revista interbuss - edição 48 - 12/06/2011

20
ANO 1 Nº 48 12/06/2011 R E V I S T A R E V I S T A InterBuss InterBuss Finalmente dois vão entrar em operação nesta semana HÍBRIDOS NO RIO

Upload: revista-interbuss

Post on 25-Jul-2016

240 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

ANO 1Nº 48

12/06/2011

R E V I S T AR E V I S T A

InterBussInterBuss

Finalmentedois vãoentrar emoperaçãonesta semana

HÍBRIDOS NO RIO

Page 2: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADEINFORMAÇÃO COM QUALIDADE

ESTE ESPAÇO ESTÁRESERVADO PARA VOCÊ E PARA O SEU PRODUTO! ANUNCIE NA REVISTAINTERBUSS E ENTRE NA CASA DE MILHARES DEPESSOAS DIARIAMENTE!

ENVIE SEU E-MAIL [email protected] SAIBA COMO ANUNCIAR!É RETORNO GARANTIDO!

REVISTA

InterBussINFORMAÇÃO COM QUALIDADE

Page 3: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

Foto

: O G

lobo

N E S T A E D I Ç Ã O

EDITORIAL • Investimentos adiados ............................ 4

PÔSTER • Adriano Minervino ........................................ 10

MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 12

COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 13

Revista na RedeOs sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles:

• REVISTA ELETRÔNICAAcesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em:www.portalinterbuss.com.br/revista

• NOTÍCIASVeja notícias do setor de transportes atua-lizadas diariamente em nosso site:www.portalinterbuss.com.br/revista

• GALERIAS DE IMAGENSNossas galerias são atualizadas semanal-mente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em:www.portalinterbuss.com.br/galeria

Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br

A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5

Edição número 48 • Domingo, 12 de Junho de 2011 • Concluída às 20h01 • Esta edição tem 20 páginas

COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 16

TEMPORAL • Ônibus tomba em Sumaré/SP ................ 12

COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 17

COLUNISTAS • Luciano Roncolato ................................ 9

Fotos da capa: Divulgação

COLUNISTAS • William Gimenes .................................. 14

A Semana em Revista • Página 8A Semana em Revista • Página 8

POSTE PERFURA ÔNIBUS E MATA DOIS EM PIRACICABA/SP

Poste atingiu ônibus e deixou feridos e duas vítimas fatais

POSTE PERFURA ÔNIBUS E MATA DOIS EM PIRACICABA/SP

Page 4: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

E D I T O R I A L

A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito dis-ponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A im-pressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

InterBussREVISTA PARA ANUNCIAR

Envie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensa-gem para [email protected] e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado.

CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

talinterbuss.com.br ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algu-mas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pes-soas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A Scania anunciou há alguns dias a venda de mais dez unidades de chassis com motores movidos a eta-nol para a cidade de São Paulo. No release enviado à imprensa, a monta-dora sueca ainda informou que está em negociação já avançada com em-presas de outras cidades, entre elas Rio de Janeiro. O projeto aparentemente está indo de vento em popa e deverá grandes adeptos nos próximos meses, o que poderá colocar o Brasil no rol dos países que mantém em operação veículos comerciais movidos por com-bustíveis sustentáveis. A grande dúvi-da agora é se esses carros serão man-tidos dessa forma por muito tempo ou se serão convertidos a diesel, como aconteceu com lotes de carros movi-dos a gás natural veicular (GNV) que acabaram convertidos a diesel alguns anos depois. O projeto é bastante interes-sante, está bem estruturado e o pool de empresas que está participando dos processos está dando todo o aporte para a viabilidade de cresci-mento e manutenção da rede de ôni-bus movidos a etanol no Brasil. Os

empresários do setor de transportes envolvidos na compra desses veícu-los são bastante responsáveis, com-promissados com a qualidade e estão mostrando-se abertos a novas tec-nologias e novas ideias. No passado infelizmente as coisas não eram bem assim e os empresários acabavam fazendo o básico, colocando ônibus espaçosos para caber cada vez mais passageiros em pé e ele encher o bolso de dinheiro, apesar de alguns poucos ainda fazerem isso até hoje. Esperamos receber novas notí-cias de mais vendas de veículos mo-vidos por combustíveis sustentáveis (não necessariamente apenas etanol, como também por sistemas híbridos, hidrogênio, etc.) nos próximos meses, aumentando a qualidade de vida da nossa população com veículos mo-dernos, pouco ou nada poluentes e confortáveis. Esperamos também a manutenção do projeto por longa ou definitiva data, mantendo a garantia de que o Brasil é um país compromis-sado com a causa ecológica, e não mais um projeto passageiro fadado ao fracasso como outros passados. Vamos ficar de olho.

A manutenção do projeto dos ônibus movidos a etanol

Do Leitor

Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail [email protected]. Na próxima e-dição, publicaremos sua opinião neste espaço.

Contatos em geral Você também pode enviar seu con-tato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Caso não haja nenhum canal de relacionamento disponível na matéria, você pode enviar sua mensagem através do e-mail [email protected]. A Revista InterBuss é aberta para a sua opinião, sugestões de matérias, críti-cas e tudo que for relacionado ao transporte coletivo urbano ou rodoviário, nacional ou internacional. Entre em contato conosco e faça o envio de sua mensagem! Este espaço é democrático e está aberto para você! A Revista InterBuss é o espaço certo para a sua opinião!

Nota da redação: Agradecemos o con-tato Paulo! Estamos trabalhando arduamente para viabilizar a edição impressa e posteri-ormente colocarmos em bancas para comer-cialização, porém ainda não temos uma data fechada para que isso aconteça. De acordo com os desenrolares dos fatos, iremos informando aqui para todos.

Gostaria de saber se há previsão de quando as revistas chegarão às bancas.

Bancas

Paulo MigliaccioBelford Roxo/RJ

Page 5: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

A S E M A N A E M 1 0 T E M P O S

Rio de Janeiro testará 2 ônibus híbridos a partir desta semana

DE 05 A 11/06/2011

Nos próximos sete dias, dois ônibus híbridos, movidos a eletricidade e diesel, vão circular pelas ruas do Rio de Janeiro. A ideia é testá-los em condições reais de circulação e, assim, coletar dados que permitam estimar a redução das emissões de gases do efeito estufa, os custos envolvidos e a confiabilidade da nova tecnologia. O projeto é uma iniciativa da Clin-ton Climate Initiative (CCI), um programa da Fundação William J. Clinton, e se estenderá pelos próximos 14 meses em cidades latino-americanas da Rede C40, que incluem São Paulo, Curitiba e Bogotá. Os resultados dos testes serão uti-lizados na elaboração de recomendações que a CCI vai preparar, em 2012, para o desenvolvi-mento do mercado de ônibus híbrido e elétrico na América Latina. A expectativa do programa é de que 9.000 novos ônibus entrem no mer-cado, reduzindo as emissões anuais de dióxido de carbono em 556 mil toneladas até 2016. Segundo o secretário municipal de Transportes do Rio de Janeiro, Alexandre Sansão Fontes, a adoção dos novos ônibus de-pende da instalação de linhas de produção no país ou de condições favoráveis de importação. “A prefeitura do Rio quanto o BNDES estão trabalhando para que seja viável a fabri-cação desse tipo de ônibus aqui. Há um inte-resse de que o Rio seja a porta de entrada para uma produção em larga escala desse tipo de ônibus aqui”, afirmou o secretário. Os ônibus, que foram apresentados à imprensa na manhã da última terça-feira, vão percorrer o trecho Copacabana-Central do Brasil, passando pelo corredor-expresso de Copacabana. No caminho, eles enfrentarão diferentes situações de trânsito, desde conges-tionamentos até vias expressas. Serão utiliza-dos ônibus das empresas Volvo e Eletra, cada um com uma tecnologia específica. Eles não vão transportar passageiros, mas levarão uma

5Revista InterBuss

Foto: Divulgação

Tecnologias desenvolvidas pela Volvo e pela Eletra estarão nas ruas também de S.Paulo e Curitiba

carga equivalente como simulação. Os ônibus híbridos da Eletra são veículos tracionados exclusivamente por um motor elétrico. Esses veículos geram sua própria energia elétrica, graças a um motor de combustão interna que aciona um gerador elé-trico. A potência gerada é usada para alimen-tar o motor elétrico e, quando necessário, car-regar um pequeno banco de baterias. Durante períodos de rápida aceleração ou na subida de rampas, a potência acumulada previamente no banco de baterias é reaproveitada ao ser adicio-nada à potência total do ônibus, possibilitando rápidas saídas. Já o modelo Volvo 7700 Híbrido funciona exclusivamente por eletricidade até atingir a velocidade de 25 quilômetros por hora, quando então passa a ser alimentado por diesel. Na prática, isso significa silêncio total nas paradas e arrancadas. Esse modelo é ideal para trajetos congestionados, onde a veloci-

dade média costuma ser menor. Ainda não se sabe ao certo quais os custos finais da nova tecnologia, mas a prefei-tura do Rio garante que não haverá impacto no valor das passagens. “A gente quer que esse ônibus seja produzido no Brasil justamente para que ele tenha um preço compatível com o nosso mercado e os operadores não precisem repassar os custos para os passageiros”, diz A-lexandre Sansão Fontes, secretário municipal de Transportes. Nos próximos meses, São Paulo tes-tará as tecnologias da Volvo, BYD e Eletra, seguido do teste em Bogotá com ônibus Volvo. É esperado que Curitiba inicie os testes com BYD ao final de 2011. CCI está também cola-borando em uma iniciativa paralela do Banco Mundial na Cidade do México onde ônibus híbridos serão testado em rotas convencionais e também em corredores expressos de ônibus BRT. (Veja)

Um dos ônibus híbridos que circularão pelas ruas do Rio de Janeiro

A Secretaria de Transportes Metro-politanos (STM) autorizou, na última sexta-feira (10/06), a implantação do sistema integrado de transportes entre trens metropolitanos e os ôni-bus municipais da cidade de Jandira, na Grande São Paulo. De acordo com o despacho publicado

no Diário Oficial do Estado, a integração vai acon-tecer na Estação Jandira da linha 8 – Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O valor do bilhete que dá direito a uti-lizar os dois transportes é de R$ 4,40, e a integra-ção será física, tarifária e operacional. O transporte

urbano de Jandira é operado pela Benfica-Barueri Transportes e Turismo (BBTT) desde o ano 2000, operando hoje com 12 linhas, e tarifa de R$ 2,70. O novo sistema integrado começará a operar assim que as estruturas para que isso seja possível forem instaladas pela Prefeitura e a CPTM. (Da Redação)

Governo de SP autoriza integração entre CPTM e Jandira

Page 6: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

6 Revista InterBuss

A S E M A N A E M 1 0 T E M P O S

Linhas da Interbus e da Humaitá são transferidas para nova dona

Foto

: Luc

iano

Ron

cola

to

A Empresa de Transporte Publix vai assumir nos próximos dias 10 linhas metro-politanas gerenciadas pela Empresa Metro-politana de Transportes Urbanos (EMTU) que eram operadas pela Inter-Bus Transporte Urbano e Empresa de Auto Ônibus Circular Humaitá. A publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo aconteceu na sexta-feira (10). Nos decretos, a Secretaria de Transport-es Metropolitanos autorizou o repasse das linhas por um prazo de 180 dias, com pos-sibilidade de prorrogação por igual período. Mesmo sendo de ordem emergencial, ainda não há um prazo para que os ônibus rodem como Publix.Linhas operadas pela Inter-Bus • 101TRO – São Caetano do Sul (Vila Pros-peridade) / São Paulo (Vila das Olarias) • 102TRO – SCS (Fundação) / SP (IV Cen-

tenário) • 107TRO – Santo André (Terminal Leste) / SP (Jd. Esther) • 157TRO – Mauá (Silvia Maria) / Sto. André (Terminal Urbano) • 170TRO – SCS (Estação) / SP (Jd. Tietê) • 171TRO – SCS (Estação) / SP (Vl. Indus-trial) • 470TRO – Sto. André (Cid. S. Jorge) / Aero-porto de Congonhas Linhas operadas pela Humaitá • 066TRO – Sto. André (Jd. Las Vegas) / Ter-minal Sacomã • 172TRO – Sto. André (Cid. S. Jorge) / SP (Pq. D. Pedro II) • 444TRO – Sto. André (Pq. Capuava) / SP (Pq. D. Pedro II) • 445TRO – Sto. André (Jd. do Estádio) / SP (Pq. D. Pedro II) (Da Redação)

Ônibus da Interbus em operação: empresa foi vendida para o grupo da Viação ABC

A cidade de São Paulo deve, nos próximos meses, voltar a ter propaganda em pontos de ônibus e relógios de rua. Na noite da última terça-feira, depois de três anos parado na Câmara Municipal, o projeto do prefeito Gilberto Kassab (sem partido) que permite a concessão de relógios de rua e de abrigos de ônibus para a iniciativa privada realizar pub-licidade foi aprovado em primeira discussão pelos vereadores. A proposta agora passará por segunda votação na própria Câmara e será san-cionada pelo prefeito até o final do mês. Após a sanção, a prefeitura terá de abrir licitação para definir a concessionária do serviço. Há a possibilidade de que a cidade seja dividida em lotes. A previsão é de que a concor-rência dure três meses. Essa será a maior auto-rização de propaganda em local público desde a aprovação da Lei Cidade Limpa, em 2007.

Arrecadação A prefeitura espera arrecadar R$ 2,2 bilhões com a publicidade nesses equipamen-tos nos próximos dez anos. A concessão será válida por 20 anos, prorrogáveis por mais dez. Dentro do projeto, há a previsão da ampliação do número de relógios de rua de 320 para 850. Em relação aos pontos de ônibus, a publicidade poderá ser explorada nos cerca de 7 mil abrigos existentes e outros 16 mil que vão ser instalados. Ao total serão cerca de 24 mil locais. (Destak Jornal)

Prefeito de SP libera publicidade empontos de ônibus

No mês de maio, a Mercedes-Benz vendeu ao mercado brasileiro 1.785 chassis de ônibus, o maior volume mensal desde que a empresa instalou-se no país, há 54 anos. Diante do resultado, a montadora espera fechar o ano com outro recorde, de 36 mil unidades vendi-das, 16% a mais do que em 2010. A alta de maio foi puxada pela demanda paulista. O Estado respondeu por 700 chassis no mês, contra 400 no mesmo período do ano passado. “Com o au-mento da tarifa, melhorou a rentabilidade das empresas, que estão renovando a frota”, afirma o vice-presidente de vendas da Mercedes-Benz do Brasil, Joachim Maier. Já no acumulado do ano, a empresa vendeu 7.038 chassis, um pouco abaixo dos 7.200 de janeiro a maio de 2010. Em 2011, a Mercedes sente que o segundo trimes-tre tem sido mais forte no negócio de ônibus do que o primeiro. “Na Alemanha, nosso segundo maior mercado, nunca vendemos tantos cami-nhões e ônibus quanto aqui”, diz. (Valor)

Mercedes-Benz bate recorde de vendas

Google Maps disponibiliza serviço que informa se ônibus está atrasado Uma atualização do Google Maps permitirá que usuários de transporte público consigam ver o preço das tarifas de ônibus e se um ônibus está atrasado para chegar em deter-minado ponto. A novidade, cujo anúncio foi feito na última quarta-feira (8), a princípio só estará disponível em quatro cidades americanas e duas europeias: Boston , Portland (no estado de Oregon), San Diego, San Francisco, Madri (Espanha) e Turim (Itália). Para utilizar o serviço, chamado de Transit, os moradores (ou eventuais turistas que estiverem nas localidades em que o recurso es-tiver ativado) devem acessar o Google Maps no desktop ou no smartphone e dar um zoom na

via em que deseja verificar a disponibilidade de ônibus. Com isso, ficarão visíveis os veículos de transporte público. Clicando sobre eles, é pos-sível ver o horário de partida dos ônibus em tempo real. Outra opção do Transit, útil para quem visita uma cidade pela primeira vez, é que ele também informa o preço da passagem das linhas de ônibus. “Estamos trabalhando com empresas parceiras na área de transporte público para fornecer informações ao vivo sobre o transporte para mais pessoas e em mais cidades”, informa o post no Google Blog, site oficial da empresa. (UOL)

Page 7: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

7Revista InterBuss

Queda de ônibus deixa 16 feridos no ABC O trecho da Rua Felipe Camarão de onde um ônibus despencou sobre a linha fér-rea na manhã de quinta-feira, em São Caetano, continua isolado porque o trabalho da perícia ainda não foi concluído, segundo a Prefeitura. A administração não tem previsão para início das obras de reparos no local, mas calcula que os ser-viços sejam autorizados pelos peritos na próxima semana. Enquanto isso, o buraco aberto pelo ônibus em parte da mureta de contenção conti-nua protegido apenas por cavaletes de madeira - o que obriga pedestres a invadirem a via para veículos. A administração informou que os pe-destres estão proibidos de transitar ao lado da mureta avariada. Para atravessar a ponte a pé, os moradores deverão utilizar a calçada do lado oposto.

LINHA 101 Quem mora na Vila Prosperidade só tem uma opção de transporte público: a linha 101, a mesma envolvida no acidente. A estrutura avariada deixa os passageiros ainda mais receo-sos. “Agora já tem até o buraco feito, é só cair lá - não precisa nem quebrar o concreto”, ironizou o embalador Jorge Miguel, 40, que trabalha no bairro. “Esse viaduto tinha que ficar interditado até arrumarem completamente. Além disso, ele é muito estreito para ter duas mãos de trânsito.” A aposentada Lúcia Guerrielo, 79, também está receosa, mas se agarra na palavra do engenheiro da Prefeitura que garantiu que a estrutura da via não havia sido comprometida. “Estou com medo, acho aquele viaduto perigoso, mas se tivesse algum risco o especialista não teria liberado.” Há quem diga que se sente seguro e que a queda foi uma fatalidade, mas quando o ônibus passa pelo viaduto, não há quem não se estique para ter o melhor ângulo do local de onde o coletivo despencou. Os comentários dentro do ônibus e no ponto inicial da linha, na Rua dos Diamantes, eram a respeito do ocorrido na quin-ta-feira.

Número de vítimas de acidente aumenta para

16 pessoas O número de feridos no acidente entre o ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos e o trem da Compan-hia Paulista de Trens Metropolitanos subiu para 16 pessoas. Simone Aparecida Davi Fer-nandes, 29 anos, grávida de quatro meses, foi socorrida no Hospital da Mulher, em Santo André, após o choque entre os veículos, ocor-rido anteontem no trecho entre as estações São Caetano e Utinga da linha 10-Turquesa. Na mesma noite do acidente, a vítima pediu transferência para o Hospital e Maternidade Márcia Braido, em São Caetano, pois faz acompanhamento pré-natal na cidade. Ao chegar ao hospital, foi constatado que não havia riscos para ela e o bebê. “Com a batida, a placenta deslocou, e também se for-mou um coágulo. Mas ela está se recuperando bem”, disse o o comerciante Eduardo André Fernandes, 34, marido de Simone. O jovem Tiago Augusto de Paula, 24,

que sofreu fratura na coluna lombar, recebeu alta do Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin, também em São Caetano, na tarde de anteontem. Seguem internados no local Gabri-ela Peralta Belvis, 18, que sofreu trauma de costela e saiu ontem da Unidade de Terapia Intensiva, e Sírio Gonçalves de Souza, 82, que teve leve traumatismo craniano e deverá re-fazer a ressonância. Gabriela ficaria no hos-pital mais dois dias, e Souza deveria perman-ecer pelo menos até ontem. A motorista do coletivo, Lilian Souza Freitas, 30, também deixou a UTI do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, an-teontem à tarde, e foi para o quarto. O quadro dela segue estável. No Hospital Maria Braido, Caro-lina Pereira Guimarães segue em observação na UTI. Ela recebeu duas bolsas de sangue e suas condições renais seguem em avaliação. (Diário do Grande ABC)

Acidente grave deixou vários feridos em São Caetano do Sul

Foto: G1

Paranaense transforma ônibus em casa de veraneio Com as ferramentas certas na mão e muitas ideias na cabeça, o empresário e torneiro mecânico Antônio Lopes, o Toni, 51, morador da cidade de Paiçandu (a 14 quilômetros de Mar-ingá), foi dando vida ao seu projeto mais engen-hoso: transformar um ônibus em uma casa de veraneio sobre rodas. A viabilização do projeto exigiu um significativo investimento financeiro e vários anos de trabalho. Valeu o esforço, pois o resulta-do é surpreendente. “Em qualquer lugar que nós

vamos, as pessoas olham curiosas e surpresas”, revela ele. A ideia surgiu quando Toni, ao descer para o litoral do Paraná, durante seu período de férias, percebeu que gastava demais com com-

bustível e pedágios. “Eu tenho dois bugs que tam-bém construi e para levá-los ao litoral era muito dispendioso e trabalhoso. Foi aí que pensei: por que não desenvolver um motorhome grande o suficiente para levar os bugs e toda a família de uma vez?”, diz. Encontrar um ônibus que fosse grande o suficiente para servir de garagem para os dois bugs não foi tarefa fácil e exigiu cinco anos de procura. Então, ele começou, enfim, a colocar a mão na massa, ou melhor, na lata. (PR)

Page 8: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

8 Revista InterBuss

A S E M A N A E M 1 0 T E M P O S

Poste perfura ônibus e mata 2 em Piracicaba

O maior problema enfrentado por Deidiane Magalhães para se locomover não é a ausência de ônibus adaptados para o transporte de passageiros com dificuldades de locomoção, apesar de, na opinião dela, a quantidade ainda ser insuficiente para atender a demanda. Mas sim, o despreparo dos motoristas para lidar com o equi-pamento. Ela, que tem uma rotina de saída in-tensa durante a semana, guarda a experiência de muitas situações constrangedoras pelas quais já passou ao tentar embarcar no transporte pú-blico coletivo de Belém. “Os elevadores nunca funcionam e, quando funcionam, os motoristas preferem levar (o passageiro cadeirante) no braço porque dizem que é mais rápido”. Apesar de afirmar que muitos rodoviários se mostram prestativos a ajudar, Dei-diane se sente constrangida quando não pode utilizar o equipamento que foi instalado para facilitar a sua locomoção. “O que vejo é muita boa vontade da maioria deles (motoristas), mas a maioria não sabe mexer no elevador”, conta. “Eu enfrento problema em cerca de 80% das vezes

Foto: EPTV

que preciso pegar ônibus e isso prejudica a minha independência”. De acordo com a Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel), de um universo de 1.350 ônibus que circulam na capital paraense, apenas 422 são adaptados com elevadores para deficientes físicos, o que está em desacordo com a Lei de Acessibilidade (Nº 5296/2004) que diz que 100% da frota deve ser adaptada. “Hoje, nós temos 35% da frota de Belém com acessibilidade, porém, pelo projeto de lei federal, até 2014 todos devem estar adaptados”, explica a superintendente da Ctbel, Ellen Marga-reth. Segundo ela, os cursos de qualificação, que instrui os motoristas para o uso do equipa-mento, são de responsabilidade das próprias em-presas. “O treinamento técnico exclusivo para a acessibilidade é feito na própria empresa no mo-mento em que o ônibus adaptado é adquirido. Todas as empresas que têm ônibus acessíveis em Belém já fizeram o curso”. Apesar disso, o presidente da Asso-ciação Paraense das Pessoas com Deficiência

Queda de poste deixou duas vítimas fatais em Piracicaba

Um acidente envolvendo um ôni-bus coletivo e um caminhão que carregava dois postes na carroceria matou na hora uma passage-ira de 63 anos e deixou outras duas feridas, de 23 e 37 anos, nesta quinta-feira (9), em Piracicaba, a 160 km de São Paulo. Uma segunda morreu de-pois. O caminhão trafegava pela Avenida Raposo Tavares transportando os dois postes de concreto quando o motorista perdeu o freio durante uma subida. O veículo desceu desgovernado e atingiu a lateral do ônibus, que trafegava por uma via transversal. Com o impacto, um dos postes desl-izou da carroceria e invadiu o ônibus. Segundo guardas municipais que estiveram no local, o objeto invadiu uma das janelas laterais, atraves-sou o interior do coletivo e saiu pela outra janela. Na batida, o ônibus também atingiu um poste de energia elétrica instalado na via. Foi preciso que a CPFL, concessionária responsável pelo abastec-imento, desligasse a energia na região para que os bombeiros realizassem o resgate das vítimas. O ônibus transportava apenas as três passageiras, além do motorista, que não se feriu. O motorista do caminhão não se feriu e, segundo a polícia, deve ser indiciado por homicídio cul-poso, quando não há intenção de matar. Segunda morte • Outra passageira que estava no ônibus atingido por um poste, na Ave-nida Raposo Tavares, em Piracicaba, morreu na noite da última quinta-feira (9). Maria Aparecida Rodrigues de Abreu, 62 anos, foi socorrida pelo Samu e levada para a Santa Casa de Piracicaba, mas não resistiu e morreu. De acordo com a as-

Elevadores em ônibus de Belém não funcionam

sessoria de imprensa da Santa Casa, a vítima deu entrada no hospital às 15h43 e morreu horas de-pois. O caso era grave e ela estava com trauma-tismo craniano. No Boletim de Ocorrência consta que ela estava caída na Rua Dona Anésia e informou que estava dentro de um ônibus envolvido em um acidente, o que não significa que o óbito tenha sido em decorrência do acidente. De acordo com a enfermeira da Coordenação de Enfermagem do Samu, Iara Varela Sendin, a vítima foi socorrida na Avenida Armando Sales de Oliveira, esquina com a Rua Regente Feijó, com queixa de convul-

são e queda da própria altura. Ainda segundo Iara, outras três vítimas foram socorridas pelo Samu logo após o acidente. Regiane Aparecida Ferreira, de 22 anos e Zelita de Brito Alonso, de 37 anos, foram levadas para o pronto-socorro da Vila Cristina e Lúcia Helena foi encaminhada para o pronto-socorro da Vila Rezende. As três vítimas tiveram alta e passam bem. A outra vítima fatal, Eli Bernardete Antonio Marciano, de 63 anos, foi enterrada na sexta-feira (10) no Cemitério da Saudade, em Piracicaba. Já Maria foi enterrada no sábado, no Cemitério da Vila Rezende. (EPTV.com)

(APPD), Amaurir Silva, afirma que as reclama-ções sobre o mau uso dos elevadores são con-stantes. “São poucos os ônibus que utilizam a plataforma adequadamente”, afirma. “Elas não funcionam ou por falta de manutenção ou porque os motoristas não sabem usar”. Segundo ele, 14,15% da população be-lenense possui algum tipo de deficiência, sendo que, 5% desse universo são portadores de de-ficiências físicas. Por isso, ele defende que a to-talidade dos ônibus possua elevadores e que os mesmos possam ser utilizados. “Falta respeito do Poder Público para com as pessoas portadoras de deficiências. O deficiente, em Belém, acaba sendo conduzido para o interior dos ônibus carregados, sendo que têm equipamentos adequados”. Dentre as desculpas enfrentadas por Deidiane quando tem que pegar ônibus estão, inclusive, a ausência das chaves que acionam o equipamento. “Eles dizem que o elevador amassou e por isso não está funcionando ou afirmam que eles (motoristas) não têm a chave. Dizem que a chave fica na garagem”, lembra. (Diário do Pará)

Page 9: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

9Revista InterBuss

Luciano RoncolatoH O B B Y & D I V E R S Ã O

Conhecendo o “Ônibus Brasil” em sua essência - Parte 3

Continuando a comentar sobre o site Ônibus Brasil, a sensação do momento no hobby, nesta edição falarei sobre mais algumas coisas que andei observando nos últimos dias. Reitero que ao menos até o momento estou gostando da organização do site e da modera-ção, apesar de estar um pouco demorado nas respostas de pedidos porém essa questão já me foi atendida pelo comando do site, informando que o volume de pedidos está muito grande e por isso pode demorar um pouco. Sei muito bem como é isso pois no pico de pedidos no Portal InterBuss eu também acabava demoran-do para atender tudo, já que dividimos nosso tempo com outras ocupações como estudos, trabalhos externos e outros. Mas voltando a comentar sobre o site em sua essência, não posso deixar de falar al-gumas coisas que aconteceram nos últimos dias. Certos comentários beiraram o absurdo e o ridículo, expondo colecionadores sérios a uma situação bastante desagradável. Como todos sabem, o site mantém em seus registros os cadastros de importantes pessoas ligadas ao setor de transportes como empresários, gerentes, funcionários, diretores e muito mais. Alguns deles participam ativa-mente do site e interagem com os coleciona-dores. Esse é um grande avanço pois é o est-reitamento definitivo entre os colecionadores e as empresas, algo inimaginável há alguns anos atrás, quando pessoas chegavam a ser expulsas de portas de garagem, eram hostilizadas nas ruas e até acabavam sofrendo retaliações em casos mais graves. Na semana passada o colecionador Rodrigo Padilha Rodriges, de Bauru, esteve presente nas garagens das empresas Leads e Garcia, na cidade de São Paulo, a convite da empresa, para conhecer as instalações e fazer fotos de alguns veículos que apresentavam no-vas pinturas como um Paradiso G6 1800DD que recebeu o novo layout da Princesa do Ivaí e um Paradiso G6 1200 da Garcia que foi trans-ferido para a Leads. As duas fotos acabaram figurando entre as mais visitadas da semana

pelo ineditismo das mesmas. Logo choveram comentários, parte elogiando, parte criticando, outros com vergonha de falar alguma coisa e se limitavam ao já batido “bela foto!”. Após o aparecimento de alguns co-mentários a empresária Andréa Luft, que está há algum tempo cadastrada no site e tem inter-agido muito com os colecionadores, apareceu para responder a algumas dúvidas ali posta-das, muitas delas até pertinentes e curiosas. O problema começou algumas horas depois, quando algumas perguntas no mínimo in-fames começaram a ser feitas. De uma delas não me esqueço pois foi tão sem nexo que gravei para registrar aqui. O colecionador teve a capacidade de perguntar se a Viação Garcia ia se desfazer de um determinado modelo de ônibus pois ele queria viajar nele no final do ano. Seria o mesmo que eu chegar em um su-permercado e pedir para o caixa guardar pra mim um pacote de bolacha pois terei dinheiro para comprar ele só no final do mês. Será que mesmo após anos e anos de fotos feitas, ma-térias especiais em revistas e jornais, eventos, divulgações, etc, as pessoas não sabem como funciona uma empresa de ônibus? Chego a pensar que algumas pessoas gostam de ôni-bus apenas por gostar, por ser uma moda do momento, pois não é possível que perguntas desse nível sejam feitas, ainda mais para uma empresária do setor que tem várias ocupações administrativas e dispende um tempo precioso para interagir com os colecionadores, e ainda tem que ler perguntas como essa. É no mínimo absurdo. Fazendo um pente-fino pelos comen-tários, ao menos 80% deles são dispensáveis. Até eu faço um mea-culpa aqui já que faço co-mentários sem nexo várias vezes aos dias e até chego a usar fotos como chats, batendo papo sobre diversos assuntos que quase nunca corre-spondem à foto comentada, mas há alguns co-lecionadores que sinceramente nem sei porque comentam. Dou os parabéns aos que usam os comentários como instrumento tira-dúvidas, peguntando sobre linhas, modelos, estrutu-

ras, empresas e tudo que seja relacionado à foto ou à empresa objeto da foto. Aí sim está sendo cumprido o objetivo da área de comen-tário, que é falar algo útil. Enquanto isso, out-ros usam o espaço para divulgar suas próprias galerias colocando o link delas, ou fazem um comentário qualquer como o tradicional “bo-nita foto” só para justificar a colocação do link de sua galeria logo abaixo. Outra coisa que tem acontecido é o uso de terminologias por pessoas que sequer sabem o seu significado. Em 2006, durante uma viagem à Lon-drina, optei por voltar de leito-cama da Viação Garcia para São Paulo. O carro da viagem foi um dos Panorâmicos DD que hoje é double-service. Logo depois embarquei num Paradiso GV1800 DD da Ouro Verde na linha São Paulo X Americana e desembarquei em Campinas. Ao tomar conhecimento do fato, o meu amigo Rafael Cuesta disse que eu era rico, pois havia pego dois DDs em sequência. A partir daí, os meus amigos mais próximos começaram a usar a terminologia “rico” para designar viagens longas ou em carros mais sofisticados / serviços diferenciados, mas apenas entre nós. Com a ampliação do leque de amizades, essa termino-logia passou a ser usada com mais frequência e por mais pessoas. Quando abri minha conta no Ônibus Brasil, vi vários comentários falando “rico”, “foto de rico”, etc, e em maioria de pes-soas que nunca ouvi falar. Ou seja, as pessoas estavam usando a terminologia sem ao menos saber porquê, falavam porque outros falavam. Há várias outras terminologias usadas lá como “chato” e “manim” que também começaram a ser usadas por outras pessoas em outras regiões e hoje lá muita gente usa sem ao menos saber por que. A impressão que dá é que a busca pela popularidade é tão grande que algumas pes-soas fazem o uso de termos, emitem opiniões e publicam determinadas fotos apenas para fi-carem em evidência ou chamarem a atenção. Algumas pessoas devem usar certas termino-logias para se “inserirem” em certas panelas e dessa forma ganharem popularidade. A dúvida que ainda não sanei é: pra que? Qual o motivo leva uma pessoa a fazer certas coisas para ficar “popular”? Não seria mais fácil para a pessoa criar uma reputação boa diante de todos ap-enas com o seu trabalho, fazendo fotos boas e interessantes, comentando de forma adulta e séria e ganhando a confiança dos demais? Será que dessa forma é mais complicado? Isso que tento entender. Na próxima coluna fecharei esse as-sunto resumindo mais algumas coisas que encontrei no site. Aproveito o espaço para in-formar que a partir da edição Nº 51 a minha coluna passará a ser semanal. Nessa mesma edição teremos uma entrevista especial com uma pessoa usuária do Ônibus Brasil muito conhecida e simpática. Aguardem!

Foto

: Rep

rodu

ção

Page 10: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

R E V I S T A

InterBussAdriano MinervinoAdriano Minervino

Page 11: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011
Page 12: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

12 Revista InterBuss

M U R A L

Colecionadores, frotistas epessoas ligadas ao setor detransportes estarão aqui,todas as semanas

Abril/2009 • Amigos reunidos no Mercado Municipal de Porto Alegre - Da esquerda para direita: Renan Alves, Tiago de Grande, Luciano Roncolato, Osmar Cordeiro. À frente, da esquerda para a direita: Sérgio Carvalho, André Corrales e Wilson Yamatumi

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é [email protected]

T E M P O R A L

Um ciclone extra-tropical que atingiu o Estado de São Paulo e a região de Campinas na terça-feira (07) causou muitos estragos e atrasos na operação dos ônibus das cidades. O caso mais grave foi o tombamento de um ônibus da Auto Viação Ouro Verde. Quatro pessoas ficaram feridas, mas sem

gravidade. O coletivo, de prefixo OV-748 (Busscar Urbanuss MBB OF-1721), que fa-zia a linha 638TRO (Jardim João Paulo II / Campinas) tombou com a força do vento na Estrada Virgínia Viel, que dá acesso à cidade de Sumaré, por volta das 18h30. O incidente aconteceu no sentido Anhanguera. O motor-ista e mais três passageiros ficaram feridos,

sem gravidade. Eles chegaram a ser levados a um Pronto Socorro, mas como o centro de saúde estava sem energia devido ao temporal, foram transferidos para outros hospitais com geradores. Já o veículo ficou bastante danifi-cado. Vários vidros quebrados, incluindo o parabrisa, parachoque destruído, porta dian-teira completamente danificada. Não há pre-visão de retorno à operação normal.

Felipe Pereira

VENTO TOMBA ÔNIBUSVENTO TOMBA ÔNIBUSVendaval na região de Campinas na semana passada tombou um carro da Ouro VerdeVendaval na região de Campinas na semana passada tombou um carro da Ouro Verde

Page 13: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

13Revista InterBuss

A Federação das empresas deste serviço de São Paulo contesta obrigatoriedade e diz que o prazo é curto e não há demanda para adaptação total da frota

Adamo BazaniN O S S O T R A N S P O R T E

ANTT quer todos os ônibus defretamento e turismo interestaduais

acessíveis em 90 dias

A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT quer que em aproxima-damente 90 dias toda a frota de ônibus para turismo e fretamento que realiza viagens in-terestaduais e internacionais seja adaptada para portadores de necessidades especiais, com cadeira de transbordo ou rampa e espaço para cadeira de rodas e acompanhamentos ou equipamentos necessários. Atualmente são poucos os ônibus de fretamento que dis-ponibilizam recursos de acessibilidade. A Agência já até divulgou uma minuta de Res-olução sobre o tema. Além de cadeira de transbordo e rampa entre o degrau mais baixo e a plata-forma, a ANTT estabeleceu que as viagens devem ser feitas com um profissional da em-presa qualificado a atender pessoas com os diversos tipos de limitação, divulgar em lo-cal de fácil visualização, em pontos, paradas, terminais, nos ônibus e sites a informação do direito ao atendimento prioritário, as páginas na internet destas empresas também devem ter dispositivos acessíveis, e os equipamentos de uso pessoal que o deficiente porte, mesmo que excedam o peso, não serão considerados bagagens.

Também não devem ser cobradas taxas ou elevações nas tarifas. Se caso o eq-uipamento do portador de necessidade espe-cial ultrapassar o peso ou o tamanho limites, a empresa deve ser informada em pelo menos 24 horas antes da realização dos embarques. Os ônibus de fretamento terão de possui um espaço para cão guia que acom-panhem deficientes visuais. Os ônibus devem ser equipados não só para quem possui mobilidade reduzida, mas para quem tem limitações auditivas e visuais. Por isso, para cada um deste público devem ser colocados dispositivos de acesso e comunicação com sinais sonoros e visuais. Se houver pontos de parada na via-gem, estes devem ser acessíveis também e informados por áudio (locução) ou de forma visual (texto ou símbolo). Além de espaço para cadeira de ro-das e cão guia, os ônibus de fretamento e tur-ismo terão de contar com dois assentos reser-vados a pessoas com mobilidade reduzida, idosos, gestantes ou obesos, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Antes de três horas de embarque,

o passageiro com necessidade especial deve informar à empresa transportadora algum cuidado além do previsto que necessite, como uso de remédios, bombas de ar, etc. O embarque dos passageiros com necessidade especial deve ser feito antes da entrada dos outros passageiros, já na hora de sair do ônibus, a situação se inverte e o cli-ente com limitações deve ser auxiliado a de-sembarcar quando todos já tiverem saído do ônibus. Já nos casos de quem depende de cão guia, o procedimento é ao contrário. Com embarque por último e desembarque do pas-sageiro com limitação visual antes dos outros. A Fresp – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo – diz que o prazo de 90 dias para adequação dos veículos é peque-no e que, pela pouca demanda de pessoas nes-tas condições, não é necessário adaptar todos os ônibus. No entanto, não se sabe se a deman-da é baixa por inexistir um número consid-erável de passageiros com deficiência para o setor de fretamento ou se as pessoas portado-ras de necessidades especiais são desestimula-das a usarem estes ônibus justamente por falta de acessibilidade. Para a Fresp, as normas de acessibi-lidade que são aplicadas em ônibus urbanos ou rodoviários de linhas regulares não podem ser as mesmas para os ônibus de fretamento, porque o serviço não é público, mas estab-elecido por contrato. Na hora da realização do contrato, segundo a Fresp, é que deve ser informado se há passageiro com necessidade especial ou não. Se não houver, não haveria, para Fresp motivo para ônibus acessível. Sendo assim, ainda segundo a Federação, não é preciso que toda a frota seja adaptada. A Federação quer que seja realizado um levantamento do percentual de passage-iros com necessidades especiais que usam fre-tamento. No entanto, não considerou a pos-sibilidade de pessoas que deixam de usar os serviços de fretamento por conta da falta de acessibilidade. Além das próprias adaptações nos ônibus, a Fresp considerada que o acompan-hamento de um profissional das empresas para atenderem aos portadores de deficiência, aumentaria os custos das viações. Até o dia 16 de junho, a ANTT aceita sugestões sobre o tema. O telefone é: 0800 61 0 300 Uma das preocupações das empresas de fretamento é com a idade da frota. Muitos ônibus não são acessíveis por serem velhos e as adaptações neles se tornam cada mais difí-ceis e mais caras.

Foto

: Ada

mo B

azan

i

Ônibus de Fretamento terão de possuir equipamentos de acessibilidade e espaços para cão guia, além de outros atendimentos a pessoas com mobilidade reduzida, para serviços interestaduais e internacionais. A ANTT quer que toda a frota seja acessível em 90 dias. A Fresp, que representa as empresas de fretamento de São Paulo, reclama das regas que, segundo a entidade, devem elevar os custos das empresas. O tempo para adaptação dos ônibus também é alvo de queixas da Fresp.

Page 14: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

14 Revista InterBuss

Foto

s: Lu

ciano

Ron

cola

to

William GimenesC O L U N I S T A S

Vila Velhae Vitória

Nesta semana com-pletam-se cinco anos da primeira vez que pisei em Vitória e em suas cidades vizi-nhas para conhecer o sistema de transporte por ônibus de lá. Estive pela última vez no lo-cal em junho de 2010 e vou, na coluna desta semana, abordar um pouco as características do ótimo sistema da Região Me-tropolitana de Vitória. Tenho muitas boas lembranças dos roteiros nas cidades e nos ter-minais. Quando eu fui pelas primeiras vezes ao ES, em 2006, o sistema Transcol, ge-renciado pela Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV)

Novo layout do sistema Transcol, onde os ônibus de todas as linhas

usam essa pintura

Pintura do sistema municipal de Vitória

Page 15: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

15Revista InterBuss

contava com 6 terminais apenas: o Dom Bosco, no Centro de Vitória; o Vila Velha, no Centro daquela cidade; o Íbes, em uma região periférica de Vila Velha; o Campo Grande, na beira da BR-262 em Cariacica; o Laranjeiras, no populoso bairro homôni-mo da mesma cidade; e o de Carapina, na cidade de Serra. A frota das linhas troncais era de cor amarela e havia vários veícu-los antigos, mas muito bem conservados, como os Alvoradas B58 Articulados de 1989, os Vitórias B58 Articulados de 1990, além de vários Padron Cidade e Torinos G4 com chassis pesados. Já havia alguns carros com ar, como os Viales O-500U a-desivados com a palavra AR, além de mui-tos articulados novos como os Urbanuss Pluss. O sistema era e continua sendo mui-to bem organizado, apesar de superlotado em alguns períodos. Paralelamente ao sistema da Transcol, havia o sistema municipal de Vitória, operado na época pela Paratodos e pela Tabuazeiro. Rodavam muitos Padron Cidade e Torinos G6, além de alguns mi-cros, sendo que os primeiros chegaram a passar pela cidade de São Paulo, na Para-todos daqui. A característica principal do sistema municipal de Vitória é, por não ser um transporte integrado a mais ne-nhum modal, a de ter quase sempre ôni-bus vazios, exceto nas linhas para os mor-ros da capital capixaba, onde a Transcol não chega. A única linha do municipal de Vitória que carregava (e ainda carrega bem) é a seletiva da Rodoviária ao Jardim Camburi, passando por todos os principais pontos comerciais e turísticos da capital. Em 2006 os Viales O-500U da linha eram totalmente envelopados, o que me fez dar à época o apelido de “Viales da Claro” (e depois “Viale da Gazeta”) para eles. Fiquei 4 anos sem ir a Grande Vitória, voltando em 2010. A Transcol já contava com mais 4 terminais: Jacaraípe, em Serra; Itaparica, na Rodovia do Sol em Vila Velha; São Torquato, na mesma ci-dade; e Jardim América, em Cariacica. O bagunçado Terminal Dom Bosco foi de-sativado e virou uma rua comum. Muitos dos carros antigos já haviam saído, os mais antigos eram os Viales O-500U e os Urba-nuss Pluss Articulados no sistema troncal e os GLS Bus OF-1620 de 1996 no sistema alimentador. A superlotação aumentou, mas a organização e limpeza impecável dos ônibus e dos terminais além do cum-primento horário das partidas também. Uma nova pintura, bem mais chamativa que os velhos amarelão e azulão foi criada. A Transcol também ganhou o seu sistema seletivo, com pintura e tarifa diferenciada, sem integração e com 14 linhas. O siste-

A cor azul predominante identificava as linhas alimentadoras no Transcol

ma municipal de Vitória continua com os ônibus vazios, com mais micros nas linhas para os morros e com a Grande Vitória no lugar da Paratodos, além da saída de todos os Padron Cidade e de muitos Torinos G6. O seletivo continua, com os mesmos Via-les de outrora, mas sem a adesivagem. São 57 linhas municipais existentes atualmente (em 2006 eram 48). Também há o sistema municipal de Vila Velha, operado pela San Remo com mais de 30 linhas, ainda com embarque

pela traseira e muitos Urbanuss OF-1620. A característica principal deste sistema é a de passar em ruas e bairros onde o Trans-col não vai. Para finalizar, recomendo a todos que visitem Vitória e suas cidades próxi-mas! Tem bastante atrativos turísticos, as praias são ótimas, e para quem gosta de ônibus é um prato cheio: dá para fotogra-far sem nenhum problema nos terminais e dá para conhecer todos, com um bom planejamento, em menos de dez horas.

A cor amarela predominante identificava as linhas troncais no Transcol

Page 16: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

16 Revista InterBuss

José Euvilásio Sales BezerraC I R C U L A N D O

Alterações Operacionais

De tempos em tempos, são ne-cessárias alterações operacionais, seja em linhas, terminais ou mesmo pontos de ônibus. Essas alterações visam adaptá-las às novas ne-cessidades da população, de forma a tornar o sistema de transporte mais ágil, dinâmico e eficiente. Uma alternativa interessante, e que está sendo cada vez mais utilizada na cidade de São Paulo, é o desmembramento de pon-tos de ônibus. A idéia é simples: onde havia um ponto, que atendia várias linhas, passou a ter dois, cada qual atendendo um conjunto de linhas. É uma idéia interessante, já que agiliza o atendimento dos passageiros, dobrando a capacidade de atendimento dos pontos, assim como a diminuição das filas de espera e do consequente desembarque irregular. A idéia, apesar de simples, se não for comunicada aos operadores, pode causar grandes transtornos à população. Um exemplo ocorreu na semana passada. A SPTrans colocou anúncios em vários ônibus das linhas que passam em fr-ente ao ponto da estação São Judas do Metrô, informando que este seria desmembrado em dois: o antigo ponto da estação São Judas pas-

Foto

s: Jo

sé Eu

vilá

sio Sa

les B

ezer

ra

sou a se chamar Prof. Aprígio Gonzaga, ou simplesmente Ponto 1. O novo ponto se cha-ma Estação São Judas do Metrô, ou ponto 2. Nesse cartaz, informava que a partir do dia 04 de junho, sábado, a divisão seria implemen-tada. No entanto, no dia seguinte, dia 05 de junho, ainda havia muita confusão na região. Da parte dos usuários é até normal. O prob-lema é quando a confusão vem da parte dos operadores. Cheguei por volta das dez da manhã no “Ponto 2”. Detalhe que a discriminação “Ponto 2” estava só na placa, abaixo da cobe-rtura do ponto. Não havia nenhuma placa ex-terna, visível ao operador, indicando isso. O que se seguiu a isso foram sucessivas paradas de linhas que deveriam parar no “Ponto 2”, no “Ponto 1” – que era o ponto onde paravam, antes do desmembramento. Uma confusão. Uma garota, usuária da linha 875M Aeropor-to, da Tupi Transportes, me perguntou se os ônibus da linha paravam ali. Eu respondi que sim, mas a alertei que tinha ônibus parando no Ponto 1. De todo o modo, recomendei que ficasse no 2, já que vi também ônibus parando nele. Até porque, se o ônibus parar no 1, daria tempo pra correr até ele. E não deu outra...

O ônibus parou no 1 e a passageira saiu cor-rendo até lá. Mas uma linha que gerou muitas reclamações de usuários foi a 502J/10 Estação Autódromo, da VIM – Viação Metropolitana. Todos os carros que vi, durante o tempo que fiquei no ponto, pararam no Ponto 1. Para um deles, fiz menção de que estava parando no ponto errado. O motorista parou e me disse que foi orientado de que o Ponto 2 só começaria a funcionar a partir do dia 6 de junho. Ora, por que então a SPTrans colocou 4 de junho nos cartazes? Será que para os ôni-bus da Tupi e da Via Sul – esta última estava parando nos pontos em que foram distribuí-das as suas linhas – a data era diferente dos da VIM? Não cheguei a ver cartazes nos carros da VIM mas, se as datas eram diferentes, isso só confundiu mais ainda os usuários. Hoje certamente os usuários já estão adaptados aos seus respectivos pontos. Mas cabe à gerenciadora do sistema de Transporte da cidade de São Paulo, a SPTrans, a orien-tar melhor as empresas a instruírem seus op-eradores quando da ocorrência desse tipo de alteração. O usuário que procura se informar das alterações tem de ser premiado por isso. E não ser castigado por simplesmente acreditar no que lê nos informativos fixados nos ôni-bus.

ASTERISCOS

* Antes de ir para o ponto 2, no Metrô São Ju-das, fui recarregar meu Bilhete Único dentro da estação. Chegando lá, surpresa: o posto de recarga estava sem sistema. E ainda querem retirar os cobradores dos ônibus. Lamentável.

* Ainda sobre a recarga do Bilhete Único: os postos de recarga das estações de Metrô não aceitam cartões de débito. Um problema que a prefeitura precisa corrigir. Uma máquina de débito nesses postos pode estimular o usuário a fazer uma recarga maior já que, hoje em dia, não é todo mundo que gosta de andar com muito dinheiro. E uma recarga maior faz com que o usuário volte com menos frequência ao posto, de modo a enfrentar menos filas.

* Sobre os informativos de alterações opera-cionais. Nos informativos, a SPTrans coloca: “mais informações: www.sptrans.com.br”. No entanto, muitas alterações não constam no site da empresa. Um deles é justamente sobre o desmembramento de pontos. Outros, como a extinção da 5126/10 Metrô Conceição – Correio e sua substituição pela 9203/10 Metrô Conceição – Metrô Brás, também não foram colocados no site. Para facilitar a vida dos usuários estas informações deveriam também estar presentes – e com destaque – no site da gerenciadora.

Ônibus da linha 875M parado no ponto 1: passageiro, saído do ponto 2, corre para não perdê-lo

Page 17: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

17Revista InterBuss

Foto

s: Ti

ago d

e Gra

nde

Marisa Vanessa N. CruzV I A G E N S & M E M Ó R I A

Um breve relato sobre os oito anos de existência da ETCSBC

Em janeiro de 1989, o então prefeito de São Bernardo do Campo, Maurício Soares (na época pelo PT), assim que tomou posse, encontrou um verdadeiro caos no transporte público. A Auto Viação São Bernardo tinha transferido ilegalmente sua concessão para a Viação Riacho Grande. A Expresso São Ber-nardo e a Expresso Rudge Ramos operavam com 20% de carros abaixo do limite per-mitido e a Viação Santo Ignácio estava aban-donando o serviço. Além da frota estagnada em 184 ônibus que não crescia desde 1981, a su-perlotação e a falta de acompanhamento do crescimento do município (cujos ônibus não chegavam aos pontos mais afastados da pe-riferia), naquela época não haviam novas li-citações para entrar novas empresas. O único jeito, para o prefeito, seria a municipalização de todo o sistema urbano da cidade. Mesmo as viações Cacique, Alpina

e Trans-Bus operando com excelente frota e excelente serviço, o então prefeito expulsou essas empresas mesmo assim, após passaram cerca de um ano e meio do início da esta-tização. Ou seja, o prefeito conseguiu ter sua frota 100% municipalizada mas não queria outras excelentes empresas citadas em cir-culação, alegando acúmulo de lucros para riqueza dos empresários. Em dezembro de 1989 eu cheguei a ver, pela primeira vez, um ônibus total-mente pintado de vermelho da ETCSBC. Não haviam inscrições de nome da empresa no ônibus, eu só vi escrito ‘81’ em detalhe minúsculo feita com rapidez em uma la-teral do ônibus (que seria o segundo ônibus que pertenceu a Santo Ignácio pintado de vermelho). Após alguns meses, começaram para valer as pinturas vermelhas. Até os quatro Vitórias eu não sei de qual empresa vieram, receberam seus prefixos entre 076 e

079. Não demoraram muito, mas em 1990, todos os 139 ônibus da frota tiveram seus ônibus pintados de vermelho. Em 5 de setembro de 1991, chega-ram os 120 ônibus prometidos como acrésci-mo de frota, passando a circular com 259 ônibus. Um dia antes, os 50 ônibus fizeram ‘carreata’ nas principais ruas do centro de São Bernardo do Campo. Segundo o prefeito, haverá qualidade, pontualidade e limpeza. Mas, e outros motoristas? A frota municipal da Trans-bus foi transferida para ampliar a linha intermunicipal São Caetano-Paulicéia para Diadema. Já a frota da Viação Alpina foi transferida para fazer parte das linhas municipais de Diadema, e a frota da Cacique eu não tenho ideia para onde foi, mas talvez seus funcionários foram transferidos para a ETCSBC. Depois, os primeiros 15 veículos mais velhos foram subsituídos pelos O-365 usados, talvez ex-Tânia. Mas entre 1992 e 1993, víamos um monte de Bela Vistas e Ga-brielas parados em frente ao Paço Municipal com pneus furados (em protesto para subs-tituir a frota antiga), e pelo visto sua frota mais velha não está dando conta para muitas manutenções preventivas. Após o fim do mandato de Mau-rício Soares, entrou Walter Demarchi, do PTB. Mandou pintar todos os seus ônibus, substituindo a pintura vermelha pelo verde e branco, inclusive os Bela Vistas. Mas ape-sar da troca de mandato, o pensamento pe-rante a empresa acaba não sendo o mesmo, e em 1995 surge uma denúncia de super-faturamento da empresa, fazendo a empresa pública perder seu controle e diminuir seu faturamento. A partir daí, suas 18 linhas de-ficitárias passarem seu controle a empresas particulares, como a ABC e a Riacho Grande. Essas duas empresas foram aprovadas em uma licitação, concluída em 1996, trazendo frota nova para ambos. Em 1998, veio o Consórcio SBC-Trans (das mesmas duas empresas citadas) e aumentou ainda mais sua frota de veículos novos, eliminando toda a frota da ETCSBC, e seus ônibus mais novos da frota pública como os Mafersas foram passados para o consórcio. Na minha opinião, não adianta es-tatizar toda a empresa pois não garante que futuros mandatos dos prefeitos possam ter a mesma atenção e cuidado que o primeiro prefeito fez. Em Diadema, após sucessivas administrações, não teve mais jeito – está quase concluída sua privatização, e em Barueri tínhamos uma empresa estatal, a CMTB, que foi privatizada para a Benfica em 2002, pois o custo para renovar cerca de 30 Vitórias anos 1990 a 1992 para a prefeitura eram altos.

Ônibus da SBCTrans: atual operadora em São Bernardo do Campo

Page 18: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

A REVISTA INTERBUSS COMPLETARÁ UM ANO. SÃO MAIS DE 50 SEMANAS JUNTO COM VOCÊ, TRAZENDO AS INFORMAÇÕES DO SETOR DE TRANSPORTE TODOS OS DOMINGOS.EM JULHO, UMA EDIÇÃO ESPECIAL TRARÁ UMA NOVA REVISTA INTERBUSS, TOTALMENTE REFORMULADA, COM NOVAS SEÇÕES, NOVAS COLUNAS E MUITO MAIS CONTEÚDO. E O QUE É MELHOR, CONTINUANDO A CIRCULARTODAS AS SEMANAS.NÃO PERCAM!

Page 19: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

A REVISTA INTERBUSS COMPLETARÁ UM ANO. SÃO MAIS DE 50 SEMANAS JUNTO COM VOCÊ, TRAZENDO AS INFORMAÇÕES DO SETOR DE TRANSPORTE TODOS OS DOMINGOS.EM JULHO, UMA EDIÇÃO ESPECIAL TRARÁ UMA NOVA REVISTA INTERBUSS, TOTALMENTE REFORMULADA, COM NOVAS SEÇÕES, NOVAS COLUNAS E MUITO MAIS CONTEÚDO. E O QUE É MELHOR, CONTINUANDO A CIRCULARTODAS AS SEMANAS.NÃO PERCAM!

REVISTA

InterBussINFORMAÇÃO COM QUALIDADE

Page 20: Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

REVISTA

InterBuss

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INFORMAÇÃO COM QUALIDADE