edição nº 5 / 2015

92
MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SECRETARIA DA CULTURA APRESENTAM EDIÇÃO Nº5, 2015 AGO 2015 ALONDRA DE LA PARRA REGE GARBAGE CONCERTO, DE JAN JÄRVLEPP, COM O GRUPO DE PERCUSSÃO TAMBUCO NELSON GOERNER APRESENTA RECITAL DE PIANO COM PEÇAS DE HÄNDEL, SCHUMANN, CHOPIN E SCRIABIN O CONCERTO Nº 4 PARA PIANO, DE BEETHOVEN, COM REGÊNCIA DE ARVO VOLMER E O SOLISTA NELSON GOERNER RAGNAR BOHLIN REGE O CORO DA OSESP EM PEÇAS DE BACH, PÄRT E SCHNITTKE, ENTRE OUTROS ARVO VOLMER REGE A SINFONIA Nº 7, DE BEETHOVEN, E ABSOLUTE JEST, DE JOHN ADAMS, COM PARTICIPAÇÃO DO QUARTETO OSESP O VIOLISTA ANTOINE TAMESTIT INTERPRETA HAROLD NA ITÁLIA, DE BERLIOZ, COM REGÊNCIA DE JAIME MARTÍN

Upload: hoangtuyen

Post on 08-Dec-2016

229 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Edição nº 5 / 2015

MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SECRETARIA DA CULTURA APRESENTAM

EDIÇÃO Nº5, 2015

AGO2015

ALONDRA DE LA PARRA REGE GARBAGE CONCERTO, DE JAN JÄRVLEPP, COM O GRUPO DE PERCUSSÃO TAMBUCONELSON GOERNER APRESENTA RECITAL DE PIANO COM PEÇAS DE HÄNDEL, SCHUMANN, CHOPIN E SCRIABIN

O CONCERTO Nº 4 PARA PIANO, DE BEETHOVEN, COM REGÊNCIA DE ARVO VOLMER E O SOLISTA NELSON GOERNER

RAGNAR BOHLIN REGE O CORO DA OSESP EM PEÇAS DE BACH, PÄRT E SCHNITTKE,

ENTRE OUTROS

ARVO VOLMER REGE A SINFONIA Nº 7, DE BEETHOVEN, E ABSOLUTE JEST, DE JOHN ADAMS, COM PARTICIPAÇÃO DO QUARTETO OSESP

O VIOLISTA ANTOINE TAMESTIT INTERPRETA HAROLD NA ITÁLIA, DE BERLIOZ, COM REGÊNCIA DE

JAIME MARTÍN

Page 2: Edição nº 5 / 2015
Page 3: Edição nº 5 / 2015

1

Desde 2012, a Revista Osesp tem ISSN, um selo de reconhecimento intelectual e acadêmico. Isso signifi ca que os textos aqui publicados são dignos de referência na área e podem ser indexados nos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa.

FUNDAÇÃO OSESP 81

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO 72

CORO DA OSESP 74

PROGRAMA SUA ORQUESTRA 85

ENSAIO FOTOGRÁFICO

POR MAURO RESTIFFE 4

JAIME MARTÍN REGENTE

ANTOINE TAMESTIT VIOLA

HECTOR BERLIOZ JOAQUÍN TURINA MANUEL DE FALLA

AGO 6, 7, 8 26

ARVO VOLMER REGENTE

QUARTETO OSESP GRUPO

JEAN SIBELIUS JOHN ADAMS LUDWIG VAN BEETHOVEN

AGO 13, 14, 15 34

ARVO VOLMER REGENTE

NELSON GOERNER PIANO

EMMANUELE BALDINI VIOLINO

LUDWIG VAN BEETHOVEN DMITRI SHOSTAKOVICH

AGO20, 21, 22 48

RAGNAR BOHLIN REGENTE

CORO DA OSESP

JOHANN SEBASTIAN BACH JOSEF RHEINBERGER MASON BATESINGVAR LIDHOLM ARVO PÄRTALFRED SCHNITTKE

AGO 16 42

NELSON GOERNER PIANO

GEORG FRIEDRICH HÄNDEL ROBERT SCHUMANNFRÉDÉRIC CHOPINALEXANDER SCRIABIN

AGO 23 56

ALONDRA DE LA PARRA REGENTE

TAMBUCO PERCUSSÃO

SILVESTRE REVUELTASJAN JÄRVLEPP

AGO 27, 28, 29 64

Page 4: Edição nº 5 / 2015

2

APOIO

PATROCÍNIO

VEÍCULOS

EXECUÇÃO

REALIZAÇÃO

[email protected]

Page 5: Edição nº 5 / 2015

3

MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SECRETARIA DA CULTURA APRESENTAM

OSESP BICAMPEÃ!

PRÊMIODA MÚSICABRASILEIRAMELHOR ÁLBUM ERUDITOMELHOR ÁLBUM ERUDITO

Pelo segundo ano consecutivo, um CD da série de gravações das11 Sinfonias de Villa-Lobos recebe o prêmio de Melhor Álbum Erudito.

É a Osesp, cultivando e renovando a música brasileira.

PODE APLAUDIR QUE A OSESP É SUA

2O15

2O14

REALIZAÇÃO

Anuncio_Premio_Revista_Osesp2015.ai 1 07/07/15 15:39

Page 6: Edição nº 5 / 2015

4

Page 7: Edição nº 5 / 2015

5

MAURO RESTIFFE

FOTOGRAFIAS

Page 8: Edição nº 5 / 2015

6

Page 9: Edição nº 5 / 2015

7

Page 10: Edição nº 5 / 2015

8

Page 11: Edição nº 5 / 2015

9

Page 12: Edição nº 5 / 2015

10

Page 13: Edição nº 5 / 2015

11

Page 14: Edição nº 5 / 2015

12

Page 15: Edição nº 5 / 2015

13

Page 16: Edição nº 5 / 2015

14

Page 17: Edição nº 5 / 2015

15

Page 18: Edição nº 5 / 2015

16

Page 19: Edição nº 5 / 2015

17

Page 20: Edição nº 5 / 2015

18

Page 21: Edição nº 5 / 2015

19

Page 22: Edição nº 5 / 2015

20

Page 23: Edição nº 5 / 2015

21

Page 24: Edição nº 5 / 2015

22

Page 25: Edição nº 5 / 2015

23

Page 26: Edição nº 5 / 2015

24

Mauro Restiffe nasceu em São José do Rio Pardo (SP), em 1970. Formou-se em cinema pela Faap e estudou foto-grafia no International Center of Pho-

tography e na Universidade de Nova York. Suas obras foram expostas no MAC-SP (2013) e na 27ª Bienal de São Paulo e seu trabalho faz parte de coleções como as da Tate Modern, do MoMA de São Francisco, de Inhotim e da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Em 2013, foi premiado pela Fundação Conrado Wessel e, no ano seguinte, a exposição “São Paulo, Fora de Alcance” ficou em cartaz no Instituto Moreira Sal-les, no Rio de Janeiro. Em 2016, fará uma exposição individual no Museu Garage, em Moscou.

Page 27: Edição nº 5 / 2015

25

Page 28: Edição nº 5 / 2015

26

RUA DA ITÁLIA, TELA DE BELMIRO DE ALMEIDA, C. 1889

AGOSTO

Page 29: Edição nº 5 / 2015

27

HECTOR BERLIOZ [1803-69]

Harold na Itália, Op.16 [1834]

- Harold Nas Montanhas

- Procissão Dos Peregrinos Cantando a Prece Vespertina

- Serenata de um Camponês Das Montanhas

do Abruzzo à Sua Amante

- Orgia de Salteadores. Lembranças das Cenas Anteriores

43 MIN

_____________________________________

JOAQUÍN TURINA [1882-1949]

Danças Fantásticas, Op.22 [1919-20]

- Exaltação

- Sonho

- Orgia

15 MIN

MANUEL DE FALLA [1876-1946]

O Sombreiro de Tres Picos: Suíte nº 1 [1919-21]

- A Tarde

- Dança da Moleira (Fandango)

- O Corregedor

- As Uvas

10 MIN

O Sombreiro de Tres Picos: Suíte nº 2 [1919-21]

- Dança dos Vizinhos (Seguidillas)

- Dança do Moleiro (Farruca)

- Dança Final (Jota)

12 MIN

6 QUI 21H CARNAÚBA

7 SEX 21H PAINEIRA

8 SÁB 16H30 IMBUIA

JAIME MARTÍN REGENTE

ANTOINE TAMESTIT VIOLA

Page 30: Edição nº 5 / 2015

28

A “sinfonia com viola solo” Harold na Itália, de Hector Berlioz, foi resultado de uma enco-menda fracassada de Niccolò Paganini. O famoso violinista gostava muito da música

de Berlioz e muitas vezes assistia a seus concertos. No início de 1834, visitou o compositor, disse-lhe que tinha adquirido uma viola Stradivari e que gostaria de ter uma nova peça para tocar com ela. Berlioz co-meçou a trabalhar e, algum tempo depois, mostrou a Paganini o primeiro andamento. O grande virtuose ficou desapontado: “Não é bem o que eu quero”, dis-se, “minha parte tem pausas demais. Preciso tocar o tempo todo!”. Berlioz percebeu que não seria capaz de agradar a Paganini e abandonou o plano de escrever uma peça para ele. No entanto, continuou a trabalhar na composição, moldando-a como queria.

A inspiração para Harold na Itália veio de duas fontes: após vencer o Prix de Rome, Berlioz fez uma longa viagem pela Itália, nos anos de 1831 e 1832. Em suas memórias, narra longas caminhadas em que ouvia as canções dos camponeses. Na época romântica, havia um fascínio pela paisagem italiana e por um modo de vida idealizado como epítome da liberdade em meio à natureza. Essa visão refle-tiu-se em inúmeras pinturas e obras literárias, entre elas o poema épico de Lord Byron, A Peregrinação de Childe Harold, livro de que Berlioz gostava muito e do qual aproveitou a ideia de um forasteiro solitário que se torna testemunha de várias cenas diferentes, sem nunca participar delas. Em Harold na Itália, esse estrangeiro é representado pela viola.

Nos quatro movimentos da peça, a viola toca quase com exclusividade um motivo musical que representa o protagonista. Esse motivo aparece já na introdução, numa versão sombria em modo menor. Quando a viola surge pela primeira vez, o motivo — agora na versão definitiva em modo maior — é apresentado em sua to-talidade, primeiro na viola acompanhada pela harpa e, em seguida, pela orquestra completa. Essa introdução lenta é um allegro na forma-sonata clássica, que termi-na com uma coda em acelerando progressivo.

No segundo movimento, o protagonista vislum-bra uma procissão de peregrinos que se aproxima ao longe e depois desaparece à distância, sempre cantando sua prece acompanhada do toque dos si-nos da noite (representado por notas repetidas isola-das, na harpa e nas trompas).

A seguir, o peregrino ouve um camponês das montanhas de Abruzzo cantar uma serenata à sua amada (o canto é interpretado por um corne inglês solo acompanhado pelas cordas). Demonstrando seu domínio perfeito do contraponto, Berlioz dei-xa-nos ouvir simultaneamente o motivo de Harold (tocado pela flauta) e o da serenata (tocado pela vio-la solista), ambos acompanhados pelo naipe das vio-las, que imitam o zumbido de uma gaita de foles, ao estilo dos pifferari1 de Abruzzo.

O final retrata um grupo de bandidos roman-ticamente idealizado numa folia embriagada. No início, a viola recorda as várias melodias dos mo-vimentos anteriores, interrompidas constantemente pela orquestra. Incapaz de se lembrar do motivo de Harold, a voz da viola remete-se finalmente ao si-lêncio, enquanto a orgia dos salteadores toma a ini-ciativa e conduz a peça à sua conclusão.

No começo do século xx, Paris era des-tino obrigatório para os compositores espanhóis. O sevilhano Joaquín Turina completou sua formação — iniciada em

Madri — estudando com Vincent d’Indy na Schola Cantorum. Seu opus 1, o Quinteto Para Piano e Cor-das, inspirado em César Franck, estreou em Paris em 1907, obtendo sucesso de público e crítica. Não obs-tante, a obra foi severamente atacada por dois com-patriotas do autor presentes à estreia, Isaac Albéniz e Manuel de Falla, que recomendaram a Turina ouvir “suas vozes mais íntimas” e levar em conta sua herança de músico espanhol. Albéniz até o fez prometer que nunca mais voltaria a escrever “música como aque-la”! Turina levou muito a sério a crítica dos colegas e, durante toda a carreira, seguiu o conselho, buscando inspiração na música espanhola, especialmente na da Andaluzia, sua terra natal.

As Danças Fantásticas foram compostas em 1919, em Madri, onde Turina morou do começo da Pri-meira Guerra Mundial até sua morte, em 1949. Concebidas originalmente para piano, foram or-questradas pelo autor e apresentadas pela primei-ra vez ao público em versão sinfônica em fevereiro de 1920 (a estreia da versão para piano ocorreu so-mente em junho do mesmo ano). Turina selecionou

1. Flautistas populares (N.E.)

Page 31: Edição nº 5 / 2015

29

Page 32: Edição nº 5 / 2015

30

trechos do romance La Orgía, de José Más, como epígrafes dos três movimentos, mas sempre insistiu que sua música não devia ser compreendida como uma interpretação dos textos, e sim que estes ti-nham “certa conexão com o espírito musical das três danças”.

O primeiro movimento, “Exaltação”, é baseado no ritmo da jota aragonesa e tem a seguinte epígra-fe: “Parecia que as figuras daquele quadro incom-parável se moviam dentro do cálice de uma flor”. A segunda dança, “Sonho”, utiliza o ritmo pecu-liar do zortzico basco (em compasso 5/8), mas sua parte central lembra a música andaluza, com ara-bescos evocativos do cante jondo. Sua epígrafe diz: “As cordas da guitarra, soando, eram como lamen-tos de uma alma que não podia mais com o peso da amargura”. A terceira dança é intitulada — tal como o romance — “Orgia”. Turina dizia que esse movimento era “um canto ao manzanilha”, ou seja, ao vinho aromático de Sanlúcar de Barrameda, ci-dade andaluza situada na foz do rio Guadalquivir. De fato, não há dúvida de que, musicalmente, es-tamos na Andaluzia: predomina o ritmo da farruca, matizado com toques de flamenco e cante jondo. A epígrafe diz: “O perfume das flores se confundia com o aroma do manzanilha; e, do fundo das taças estreitas, cheias do vinho inigualável, como um in-censo, elevava-se a alegria”.

Além de exercer a carreira de compositor e pianista, na juventude Turina foi um re-gente ativo. Nessa qualidade, em 1917 es-treou em Madri a pantomima El Corregidor

y la Molinera [O Corregedor e a Moleira], do amigo Manuel de Falla. Essa obra chamou a atenção do fa-moso empresário russo Serguei Diaghilev, diretor dos Balés Russos e também fugitivo da Grande Guerra, temporariamente domiciliado na Espanha. Não ob-tendo a autorização de Falla, ainda hesitante quanto a coreografar Noches en Los Jardines de España, Diaghilev conseguiu convencer o compositor a transformar sua pantomima em balé, revisando o conteúdo musical e ampliando a orquestração original (conjunto de 17 músicos) para orquestra sinfônica. Em sua nova forma e com o título El Sombrero de Tres Picos [O Sombreiro de Três Pontas], a obra estreou em Londres em 1919. O

GRAVAÇÕES RECOMENDADAS

BERLIOZ

HAROLD EN ITALIE

Les Musiciens du Louvre-Grenoble

Marc Minkowski, regente

Antoine Tamestit, viola

NAÏVE, 2011

HAROLD EN ITALIE; TRISTIA

Orchestre Revolutionnaire et Romantique

Sir John Eliot Gardiner, regente

Gérard Caussé, viola

PHILIPS, 1996

GREAT ORCHESTRAL WORKS (2 CDS)

Orquestra Sinfônica de Londres

Sir Colin Davis, regente

Nobuko Imai, viola

PHILIPS, 1994

TURINA

DANZAS FANTÁSTICAS

Orquestra Filarmônica da BBC

Juanjo Mena, regente

CHANDOS, 2013

ORCHESTRAL WORKS; DANZAS FANTÁSTICAS

Orquestra da Suíça Romanda

Ernest Ansermet, regente

DECCA, 2010

DE FALLA

THE THREE-CORNERED HAT

Orquestra da Suíça Romanda

Ernest Ansermet, regente

DECCA, 2011

LA VIDA BREVE; EL AMOR BRUJO; EL SOMBRERO DE TRES PICOS (2 CDS)

Orquestra Nacional de Espanha

Rafael Frühbeck de Burgos, regente

EMI, 2008

EL SOMBRERO DE TRES PICOS; NOCHES EN LOS JARDINES DE ESPAÑA

Orquestra da Cidade de Granada

Josep Pons, regente

HARMONIA MUNDI, 1997

Page 33: Edição nº 5 / 2015

31

CARLOS MARÍA SOLARE é violista, doutor em musicologia

pela Universidade Livre de Berlim. Tradução de Ivone Benedetti.

SUGESTÕES DE LEITURA

Peter Bloom (org.)

THE CAMBRIDGE COMPANION TO BERLIOZ

CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2000

Hector Berlioz

MÉMOIRES

FLAMMARION, 2010

Alfredo Morán

JOAQUÍN TURINA A TRAVÉS DE SUS ESCRITOS

ALIANZA, 1997

Manuel de Falla

ESCRITOS SOBRE MÚSICA Y MÚSICOS

ESPASA-CALPE, 1988

Carol A. Hess

SACRED PASSIONS: THE LIFE AND MUSIC OF MANUEL DE FALLA

OXFORD UNIVERSITY PRESS, 2004

INTERNET

HBERLIOZ.COM

JOAQUINTURINA.COM

MANUELDEFALLA.COM

cenário e o guarda-roupa ficaram a cargo de Pablo Pi-casso, a coreografia foi de Léonide Massine, que, além disso, dançou no papel do moleiro, e a orquestra foi regida por Ernest Ansermet. O sucesso da estreia e da posterior divulgação do balé foram tão grandes que, em 1921, Falla decidiu preparar duas suítes sinfônicas, com a finalidade de facilitar a execução da música em salas de concerto. Falla selecionou os números mais significativos da partitura, deixando de lado a música mais ligada aos movimentos cênicos e concentrando-se nas partes cuja estrutura definida possibilitava um funcionamento independente da cena.

A Suíte nº 1 inclui quatro números da primeira parte. Após a breve fanfarra da introdução, “A Tar-de” estabelece a atmosfera andaluza e apresenta o maduro corregedor por meio de um cambaleante solo de fagote. A “Dança da Moleira” descreve ad-miravelmente a altiva beleza da jovem protagonista. O terceiro movimento, brevíssimo, descreve o en-contro dos dois personagens tão desiguais, o cor-regedor e a moleira. Finalmente, “As Uvas” narra o primeiro dos vários logros que o moleiro e sua mulher impingem ao magistrado libertino.

A segunda parte do balé foi ampliada e retocada em muitos detalhes por Falla — seguindo as suges-tões de Diaghilev — durante a transformação da pantomima em balé. A Suíte nº 2 reúne três núme-ros dela. “Dança dos Vizinhos” comemora a festa de São João, com seguidillas baseadas em temas tradi-cionais. Em seguida tem-se a “Dança do Moleiro”, fogosa farruca andaluza composta por Falla espe-cialmente para Massine, seu protagonista na estreia londrina. Na “Dança Final”, uma jota, reaparecem os vários temas do balé num ápice triunfal.

Page 34: Edição nº 5 / 2015

32

JAIME MARTÍN REGENTE

ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM JUNHO DE 2014

Nascido em Santander, Jaime Martín estudou com Antonio Arias, em Madri, e com Paul Verhey, em Haia, na Holanda. Depois de uma brilhante carreira como flautista, passou a se dedicar à regência, tornando-se regente titular da Orquestra de Cadaqués, em 2008. Desde então, já esteve à frente de orquestras como as filarmônicas de Londres e da Radio France, as sinfônicas de Pequim, de Barcelona e Nacional da Catalunha e da Galícia, e as orquestras Nacional de Lyon, Nacional do Capitólio de Toulouse, London Mozart Players, Irish Chamber Orchestra, Academy of St. Martin in the Fields e English Chamber Orchestra, sem falar na Osesp. Em 2012, tornou-se diretor artístico e regente titular da Sinfônica de Gävle, na Suécia, e, mais recentemente, assumiu a direção artística do Festival Internacional de Santander.

ANTOINE TAMESTIT VIOLA

PRIMEIRA VEZ COM A OSESP

Nascido em Paris, o violista Antoine Tamestit foi aluno de Jesse Levine, na Universidade de Yale, e de Tabea Zimmermann. Como solista, já se apresentou com as orquestras de Paris e Gewandhaus de Leipzig, as filarmônicas de Viena, Dresden e da Radio France e as sinfônicas de Londres e Alemã de Berlim, entre outras. Em 2014, seu CD com peças de Hindemith, com a Sinfônica da Rádio de Frankfurt sob regência de Paavo Järvi (Naïve, 2014), recebeu cinco estrelas pela BBC Music Magazine. É professor no Conservatoire National Supérieur de Musique et de Danse de Paris e, juntamente com Nobuko Imai, responsável pela direção artística do Viola Space Festival, em Tóquio.

Page 35: Edição nº 5 / 2015

33

5

MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SECRETARIA DA CULTURA APRESENTAM

CONCERTOS GRATUITOS

19 AGO QUA 20H – SÃO PAULO | INSTITUTO TOMIE OHTAKE

20 AGO QUI 15H– SÃO PAULO | MOSTEIRO DE SÃO BENTO

22 AGO SÁB 20H – VINHEDO | MOSTEIRO DE SÃO BENTO

Mais informações: osesp.art.br Programação sujeita a alterações

REALIZAÇÃOCORREALIZAÇÃOPATROCÍNIO

NA

TÁLIA

KIK

UC

HI

CORO OSESPRAGNAR BOHLIN REGENTE

revista osesp itinerante.ai 1 01/07/15 14:35

Page 36: Edição nº 5 / 2015

34

RESTRIÇÕES

D

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

RESTRIÇÕES

DE U

E U

RESTRIÇÕES IM

AGD

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

ME USO

RESTRIÇÕES IM

AGD

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

ME USO

RESTRIÇÕES IM

AGD

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

ME USO

RESTRIÇÕES IM

AGD

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

ME USO

RESTRIÇÕES IM

AGD

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

RESTRIÇÕES IM

AGEMDE U

SO

ME USO

IMAG

IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM

IMAGEM

M

Page 37: Edição nº 5 / 2015

35

13 QUI 21H PAU-BRASIL

14 SEX 21H SAPUCAIA

15 SÁB 16H30 JEQUITIBÁ

ARVO VOLMER REGENTE

QUARTETO OSESP

JEAN SIBELIUS [1865-1957]

Suíte Lemminkäinen, Op.22: O Retorno de

Lemminkäinen [1893-95]

7 MIN

JOHN ADAMS [1947]

Absolute Jest [Zomba Absoluta] [2011-12]

22 MIN

_____________________________________

LUDWIG VAN BEETHOVEN [1770-1827]

Sinfonia nº 7 em Lá Maior, Op.92 [1811-12]

- Poco Sostenuto

- Allegretto

- Presto

- Allegro Con Brio

36 MIN

Assim como Os Lusíadas, de Camões, para os portugueses, ou Fausto, de Goethe, para os alemães, e Dom Quixote, de Cervantes, para os espanhóis, a longa epopeia em ver-

sos Kalevala de alguma forma fundou o sentimento nacional da Finlândia. Compilação de cantos popu-lares feita por Elias Lönnrot (1802-84), a obra con-tribuiu para a afirmação do finlandês como língua nacional e literária.

Jean Sibelius escolheu um dos heróis do Kale-vala para servir de elemento narrativo a uma suí-te que reúne quatro breves poemas sinfônicos. O personagem que dá título à Suíte Lemminkäinen é uma espécie de Don Juan ou Aquiles finlandês: um grande conquistador de mulheres. No último mo-vimento, “O Retorno de Lemminkäinen”, o jovem aventureiro decide voltar para casa após uma longa campanha de guerras.

Tendo em mente esse elemento programático, podemos dizer que o andamento inicial, mode-rado, é de trote — que rapidamente evolui para galope. No entanto, se considerarmos que Sibelius estava impregnado pelo Simbolismo, que marcou a produção artística finlandesa no final do século xix e que valorizava a expressão pessoal acima do mundo objetivo do Realismo e do Naturalismo, faz mais sentido pensar nessa música como expressão de sentimentos: a ansiedade e a euforia do reencon-tro com a terra natal.

Apresentado pelos fagotes, o tema inicial é composto por um motivo de três notas, a partir do qual, por meio de variações, Sibelius constrói todo o movimento. A segunda parte é marcada por frases esfuziantes dos violinos, enfatizadas por per-cussão e metais, numa euforia que desafia os ou-vintes a se manterem sentados.

RICARDO TEPERMAN é editor da Revista Osesp e doutoran-

do no Departamento de Antropologia Social da FFLCH-USP.

Page 38: Edição nº 5 / 2015

36

A ideia para Absolute Jest [Zomba Absoluta] surgiu de uma interpretação do maestro Michael Tilson Thomas para Pulcinella de Stravinsky — uma peça que conheci mi-

nha vida inteira, mas à qual nunca havia dado muita atenção. Ao ouvir aquilo — e já comprometido em compor algo para o aniversário de 100 anos da Or-questra Sinfônica de São Francisco —, fiquei subita-mente estimulado pelo modo como Stravinsky tinha absorvido artefatos musicais do passado e feito com que funcionassem dentro de sua linguagem altamen-te pessoal. Mas a comparação, em boa medida, acaba aqui. Stravinsky aparentemente nem conhecia bem as melodias de Pergolesi e dos outros napolitanos quan-do Diaghilev apresentou a ele o projeto para Pulcinella.

Meu processo para compor Absolute Jest foi mais es-pontâneo: adoro os quartetos de cordas de Beethoven desde a adolescência, e compor a partir de fragmen-tos do Quarteto nº 14, do Quarteto nº 16 e da Grande Fuga foi para mim algo totalmente natural.

O repertório para quarteto de cordas e orques-tra é reconhecidamente um buraco negro. Existe alguma obra nesse formato que seja ouvida regu-larmente? E há bons motivos para isso. O primeiro é mera questão de logística: a dificuldade para se colocar quatro músicos na posição de “solistas”, mas ainda assim de frente para o pódio, para que possam seguir o regente. É comum que os músicos situados nas posições internas (o segundo violino e a viola) fiquem perdidos para a plateia tanto visual quanto auditivamente.

Deixando de lado o posicionamento no palco, o desafio é combinar os modos e a sonoridade alta-mente carregados de um quarteto de cordas com o tamanho e a textura menos precisa da grande orquestra. A não ser que seja trabalhada com mui-ta habilidade tanto pelo compositor quanto pelos intérpretes, a combinação desses dois grupos pode resultar numa sensação de sobrecarga sensorial e expressiva.

Em sua estreia, em março de 2012, o primei-ro terço da peça era em grande medida um tropo sobre o scherzo do Quarteto nº 14 — e padecia exa-tamente desse problema. Depois de uma abertu-ra melancólica, com um trêmulo nas cordas, e de fragmentos do tema dos impressionantes saltos de oitava da Nona Sinfonia, o quarteto de cordas sur-

Sinto-me profundamente honrado pelo fato de a Osesp ter demonstrado tanto entusiasmo por minha música nas úl-timas temporadas, fazendo as estreias

sul-americanas de Harmonielehre [em 2012] e de meu Concerto Para Saxofone [em 2014] (aliás uma coencomenda da orquestra). São pe-ças signifi cativas e desafi adoras e o fato de a Osesp tê-las programado é prova de seu profun-do compromisso com a música de nosso tempo.

Os concertos dessa semana apresen-tam uma de minhas composições preferidas, Absolute Jest [Zomba Absoluta], composta a pedido da Sinfônica de São Francisco para comemorar seu centenário. A peça usa frag-mentos da música de Beethoven, principal-mente dos últimos quartetos de cordas, e os trata de maneira imaginativa como elemen-tos para construir um scherzo gigante de 25

minutos. Nós, compositores, somos fascinados — até obcecados — com a música de nossos antecessores. Tanto Stravinsky quanto Vil-la-Lobos usaram Bach como uma rica fonte de ideias e de inspiração. Benjamin Britten fez mais ou menos o mesmo com seu ancestral inglês, Henry Purcell [no Guia da Orques-tra Para o Jovem]. Para mim, a música de Beethoven, especialmente a música vívida e cheia de energia dos seus quartetos de cordas, sempre foi um ideal de perfeição e de alegria.

Absolute Jest foi escrita para quarteto de cordas solo e orquestra, e para mim é um gran-de privilégio saber que os solistas nessas perfor-mances serão os membros do Quarteto Osesp.

Quero agradecer a Marin Alsop, minha amiga de longa data, e a Arthur Nestrovski pela dedicação à minha música e lamento muito não poder estar com vocês para esses concertos como planejamos originalmente. Es-pero logo poder visitar São Paulo para apro-veitar a grande cultura dessa famosa cidade.

JOHN ADAMS. Tradução de Rogério Galindo.

Page 39: Edição nº 5 / 2015

37

gia como se estivesse saindo de uma névoa, tocan-do as notas fortes e diretas desse scherzo, material que quase imediatamente passava por uma série de estranhas permutações.

Essa abertura original nunca me satisfez. A cla-reza do papel do quarteto de cordas ficava muitas vezes soterrada sob a atividade orquestral, resul-tando em algo que, para mim, soava como uma conversa entre tagarelas. E a necessidade de redu-zir a velocidade do scherzo do Quarteto nº 14 para que algumas passagens orquestrais se tornassem negociáveis fazia com que a abertura perdesse sua vivacidade e energia.

Seis meses depois da estreia, decidi compor um início diferente: quatrocentos compassos de mú-sica totalmente nova, substituindo o sentimento “quadrangular” do scherzo do Quarteto nº 14 por um ritmo vigoroso em 6/8, que abre a peça de maneira muito mais satisfatória. Os padrões ondulantes em 6/8 lembram o scherzo da Nona Sinfonia, mas também evocam outras referências - à Sonata Hammerklavier, à Oitava Sinfonia e a outros temas arquetípicos de Bee-thoven, que vão e vêm como efígies.

O scherzo animado em compasso ternário do Quarteto nº 16 (última obra de Beethoven para essa instrumentação) aparece depois do primeiro ter-ço de Absolute Jest e se torna o material temático dominante para o restante da peça, interrompido apenas por uma breve seção lenta que intercala fragmentos da Grande Fuga com o tema fugato de abertura do Quarteto nº 14. Uma coda final furiosa apresenta o quarteto de cordas solista se lançando em alta velocidade sobre um longo pedal orques-tral baseado nas famosas progressões harmônicas da Sonata Waldstein.

Page 40: Edição nº 5 / 2015

38

Beethoven começou a escrever sua Sinfonia nº 7

em 1811, numa cidade termal da Boêmia, e concluiu partitura em 1812. A estreia da obra — regida pelo próprio compositor — acon-

teceu em Viena, em dezembro de 1813, num concer-to beneficente para os soldados bávaros e austríacos feridos na Batalha de Hanau. A peça foi um sucesso imediato, de público e crítica, ganhando vida própria e multiplicando-se em inúmeras performances.

Wagner chamou-a de “apoteose da dança”, e o próprio Beethoven considerava a Sétima um de seus melhores trabalhos. Muito justamente, o segundo movimento — “Allegretto” — foi bisado em muitas primeiras execuções dessa obra, tornando-se um fa-vorito do público.

A Sétima Sinfonia é construída na tonalidade bá-sica de Lá Maior, na qual se sustentam o primeiro e o último movimentos. A obra começa com um “Poco Sostenuto” em que se sobressaem majestosas escalas ascendentes e expressivas modulações para Dó e Fá Maior, conferindo a esse segmento intro-dutório uma importância musical à altura das ideias subsequentes. Logo estamos envolvidos pelo vivace que domina esse primeiro movimento, construído tradicionalmente na forma-sonata, e encontramos a notável pulsação rítmica que certamente levou Wagner a ressaltar o caráter dançante da obra.

O “Allegretto” que vem a seguir é sem favor uma das mais belas páginas da história da música. Seu tema principal, em Lá Menor, tem harmonias simples e sutis, numa base rítmica que se repete, e à qual Beethoven acrescenta em contraponto um lindo desenho melódico. A este tema ímpar, o com-positor propõe uma segunda seção em Lá Maior. O caráter mais pungente desse movimento está mes-mo na ideia inicial, trabalhada magistralmente em processos de adensamento e rarefação.

É justamente o processo de adensamento do tema principal deste “Allegretto” que, recente-mente, caiu como uma luva na trilha sonora do fil-me O Discurso do Rei. A música de Beethoven emol-dura o discurso final de George vi, vivido por Colin Firth, procurando sublinhar a questão da rarefação inicial da fala com a fluência progressiva da linguagem. O tema beethoveniano, que se ini-cia timidamente nas violas e nos violoncelos, ga-nha progressivamente todas as cordas e, por fim,

Absolute Jest provocou respostas variadas dos ouvintes. Um bom número de críticos presumiu, talvez por causa do título, que a peça era pouco mais do que uma piada di-

vertida. (Certo jornalista de Chicago ficou ofendido e só conseguiu exprimir repulsa pelo abuso cometi-do contra a grande música de Beethoven.)

Não há nada de particularmente novo no fato de um compositor internalizar a música de outro e “se apropriar dela”. Compositores se baseiam na música de outros até o ponto em que querem viver dentro dela, e isso pode ocorrer de vários modos, praticamente, seja com Brahms fazendo variações sobre temas de Händel ou Haydn, Liszt fazendo arranjos para piano de Wagner ou Beetho-ven, Schoenberg criando um concerto a partir de Georg Matthias Monn ou, de maneira mais radi-cal, Berio “desconstruindo” Schubert.

Mas Absolute Jest não é um clone de Grand Pia-nola Music ou de minha Chamber Symphony. É claro que há “piscadelas”, algumas delas não muito su-tis. Mas o trabalho de composição (que levou cer-ca de um ano) foi a mais extensa experiência de pura “invenção” que já vivi. Para mim, sua criação foi uma eletrizante lição sobre contraponto, sobre transformação de temas e sobre planejamento for-mal. A palavra jest do título deve ser compreendi-da também em termos de seu significado latino, “gesta”: atos, ações, proezas. Gosto de pensar que jest indica o exercício da inteligência de alguém por meio da imaginação e da invenção.

JOHN ADAMS. Tradução de Rogério Galindo.

Page 41: Edição nº 5 / 2015

39

a orquestra inteira. Tal como a fala do rei George, o discurso sonoro se torna cada vez mais denso e fluente. Um caso de acerto total entre a situação dramática e a moldura sonora.

O terceiro movimento, “Presto”, é um scherzo que novamente sugere a dança, com seu ritmo re-vigorante e sua pulsação enfática. A forma bási-ca é construída no tradicional esquema ternário A-B-A, com repetição das seções. A tonalidade central é em Fá Maior. No trio, em Ré Maior, a pulsação rítmica arrefece, e a linguagem se apro-xima da textura coral, sugerindo a possibilidade da utilização por Beethoven de um antigo hino dos peregrinos austríacos.

O último movimento, “Allegro Con Brio”, vol-ta a demonstrar energia rítmica em atmosfera elo-quente. Beethoven retorna à forma-sonata e à tona-lidade de Lá Maior, fechando com brilho orquestral intenso uma de suas sinfonias mais reluzentes.

RONALDO MIRANDA é compositor e professor no Depar-

tamento de Música da ECA-USP. No ano passado, a Osesp

encomendou e fez a estreia de suas Variações Temporais –

Beethoven Revisitado.

GRAVAÇÕES RECOMENDADAS

SIBELIUS

TONE POEMS (7 CDS)

Orquestra Sinfônica de Gotemburgo

Neeme Järvi, regente

DEUTSCHE GRAMMOPHON, 2007

SYMPHONIES 1—7; SYMPHONIC POEMS (7 CDS)

Orquestra Sinfônica de Londres

Sir Colin Davis, regente

RCA, 2013

LEMMINKÄINEN SUITE

Orquestra Sinfônica de Lahti

Osmo Vänskä, regente

BIS, 1999

BEETHOVEN

SINFONIA Nº 5; SINFONIA Nº 7

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo

John Neschling, regente

BISCOITO FINO, 2006

COMPLETE SYMPHONIES

Deutsche Kammerphilharmonie Bremen

Paavo Järvi, regente

SONY, 2013

SYMPHONY Nº 5; SYMPHONY Nº 7

Orquestra Filarmônica de Viena

Carlos Kleiber, regente

DEUTSCHE GRAMMOPHON, 1996

Page 42: Edição nº 5 / 2015

40

SUGESTÕES DE LEITURA

Daniel M. Grimley (org.)

THE CAMBRIDGE COMPANION TO SIBELIUS

CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2004

Lauro Machado Coelho

O CANTOR DA FINLÂNDIA: VIDA E OBRA DE JEAN SIBELIUS

ALGOL, 2009

Thomas May (org.)

THE JOHN ADAMS READER: ESSENTIAL WRITINGS ON AN AMERICAN COMPOSER

AMADEUS, 2006

John Adams

HALLELUJAH JUNCTION: COMPOSING AN AMERICAN LIFE

PICADOR, 2009

Charles Rosen

THE CLASSICAL STYLE: HAYDN, MOZART, BEETHOVEN

W. W. NORTON, 1998

Glenn Stanley (org.)

THE CAMBRIDGE COMPANION TO BEETHOVEN

CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2000

INTERNET

SIBELIUS.FI

EARBOX.COM [JOHN ADAMS]

LVBEETHOVEN.COM

BEETHOVEN-HAUS-BONN.DE

ARVO VOLMER REGENTE

ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM MAIO DE 2014

Nascido na Estônia, Arvo Volmer estudou no Conserva-tório Nacional de Tallinn (atual Academia Estoniana de Música e Teatro) com Olev Oja e Ro-man Matsov, e no Conservatório Rimsky-Korsakov, em São Pe-tersburgo, com Ravil Martynov. Estreou na Ópera Nacional da Estônia aos 22 anos, tornando--se regente associado e, em 2004, diretor artístico e regente titular. Em 1989, recebeu o prêmio Ni-kolai Malko, em Copenhague, e, de 1994 a 2005, atuou como re-gente titular e diretor artístico da Sinfônica de Oulu, na Finlândia. Entre 2004 e 2013, foi diretor musical e regente titular da Sinfô-nica de Adelaide, da qual se tor-nou principal regente convidado. Já esteve à frente das orquestras Nacional da França, da Cidade de Birmingham, da Rádio e da Ópe-ra Cômica de Berlim, e das filar-mônicas de Stuttgart, Dortmund e Nuremberg, além de reger re-gularmente as mais importantes orquestras da Escandinávia. Re-torna à Osesp pela terceira vez desde 2010.

QUARTETO OSESP

Fundado em 2008, o Quar-teto Osesp reúne o spalla da Orquestra, Emmanuele Baldini, o violinista Davi Graton, o violista Peter Pas e o violoncelista Ilia Laporev. Tem como uma de suas caracte-rísticas a reunião de músicos que se formaram em escolas diferen-tes — italiana, brasileira, norte--americana e russa. A soma dessas tradições contribui para enrique-cer a identidade do grupo. Desde sua fundação, o Quarteto Osesp tem sua própria série na Sala São Paulo, na qual são apre-sentadas obras clássicas e pro-postas inovadoras e criativas. Seu repertório é extremamen-te vasto, incluindo obras que vão da época barroca até os jo-vens compositores contempo-râneos. Entre os que já se apre-sentaram com o grupo estão artistas como Ricardo Castro, An-tonio Meneses, Arnaldo Cohen, David Aaron Carpenter, Nicho-las Angelich, Nathalie Stutz-mann, Jean-Efflam Bavouzet e Osmo Vänskä.

Page 43: Edição nº 5 / 2015

41

Page 44: Edição nº 5 / 2015

42

16 DOM 16H CORO DA OSESP

RAGNAR BOHLIN REGENTE

CORO DA OSESP

JOHANN SEBASTIAN BACH [1685-1750]

Der Geist hilft unser Schwachheit auf, BWV 226

[O Espírito Ajuda Nossas Fraquezas] [1729]

8 MIN

JOSEF RHEINBERGER [1839-1901]

Missa a Oito Vozes em Mi Bemol Maior, Op.109

— Cantus Missae [1878]

- Kyrie

- Gloria

- Credo

- Sanctus

- Benedictus

- Agnus Dei

25 MIN

MASON BATES [1977]

Sereias: Do Livro de Mateus [2009]

6 MIN

INGVAR LIDHOLM [1921]

De Profundis [Das Profundezas]

7 MIN

ARVO PÄRT [1935]

Sete Antífonas de Magnifi cat [1988-91]

- O Weisheit [Ó Sabedoria]

- O Adonai [Ó Senhor]

- O Sproß aus Isais Wurzel [Ó Filho de Isaías]

- O Schlüssel Davids [Ó Chave de Davi]

- O Morgenstern [Ó Estrela da Manhã]

- O König aller Völker [Ó Rei de Todos os Povos]

- O Immanuel [Ó Emanuel]

13 MIN

ALFRED SCHNITTKE [1934-98]

Salmos de Penitência Para Coro: XI e XII [1988]

7 MIN

Page 45: Edição nº 5 / 2015

43

V#14, OBRA DE AMILCAR PACKER, 2006 (FOTO:

AMILCAR PACKER E RICK NEVES)

Page 46: Edição nº 5 / 2015

44

Johann Sebastian Bach foi provavelmente o maior compositor alemão do período barro-co, celebrizado por cantatas, oratórios, pai-xões e música instrumental diversa. O moteto

Der Geist hilft unser Schwachheit auf [O Espírito Ajuda Nossas Fraquezas] foi composto em 1729 para o funeral de Johann Heinrich Ernesti, reitor da Tho-masschule, onde Bach trabalhava. O caráter predo-minantemente alegre do moteto surpreende, já que, por ser uma reflexão sobre a morte, esperaria-se algo mais austero. O texto vem da Epístola aos Romanos, es-crita por Paulo, e fala sobre a intercessão do espírito, que nos ajuda em nossa fraqueza terrena.

Josef Gabriel Rheinberger foi um organista ale-mão requisitado, além de compositor com mais de 200 obras no catálogo. A Missa a Oito Vozes, dedicada ao papa Leão xiii, é uma resposta às

doutrinas dos cecilianos, movimento que de-fendia a simplificação da música sacra, despojando-a das inovações dos últimos dois séculos e sujeitando-a às normas do Concílio de Trento. A Missa apresen-ta uma escrita antifonal, como a dos compositores venezianos da Renascença, que exploravam efeitos acústicos com dois coros na Basílica de São Marcos. No entanto, sua linguagem harmônica romântica de-monstra influências de Bach, Schumann, Mendels-sohn e Brahms.

Incorporada à União Soviética depois da Segunda Guerra, a Estônia foi submetida às mesmas res-trições estéticas dos demais países da Cortina de Ferro. A música sacra foi abolida e a música instru-

mental deveria se adequar ao perfil do “realismo so-cialista”, que condenava as técnicas modernas de com-posição, como o serialismo e a colagem. Depois de ter o seu Credo (1968) banido pelas autoridades soviéticas após a estreia, o estoniano Arvo Pärt mergulhou num profundo estudo da música medieval e renascentista, do qual emergiu com um estilo completamente novo, que denominou de tintinnabuli. Esse estilo, predomi-nantemente sacro, modal e com dissonâncias diatô-nicas muito expressivas, caracteriza sua produção, incluindo as Sete Antífonas de Magnifi cat, compostas entre 1988 e 1991 para o Coro de Câmara da Rias, em Berlim.

Alfred Schnittke também teve obras censuradas

GRAVAÇÕES RECOMENDADAS

BACH

MOTETS

Vocalconsort Berlin

Marcus Creed, regente

HARMONIA MUNDI, 2011

MOTETS

Monteverdi Choir

Sir John Eliot Gardiner, regente

SDG, 2012

RHEINBERGER

MASS

Coro da Catedral de Westminster

Martin Baker, regente

HYPERION, 2006

BATES

SIRENE

The Esoterics

THE ESOTERICS, 2013

LIDHOLM

KHOROS

Eric Ericson Chamber Choir

Eric Ericson, regente

BIS, 2006

PÄRT

STABAT MATER; I SÜMFOONIA; MISSA SYLLABICA; 7 MAGNIFICAT ANTIPHONS

Coro de Câmara Filarmônico Estoniano

Tõnu Kaljuste, regente

EMI CLASSICS, 2009

SCHNITTKE

PSALMS OF REPENTANCE

Coro da Rádio Sueca

Tõnu Kaljuste, regente

ECM, 1999

Page 47: Edição nº 5 / 2015

45

depois que se mudou da Alemanha para a Rússia, onde se graduou no conservatório de Moscou e de-pois se tornou professor. Deixou inúmeras obras, algumas das quais refletem sua estética “poliestilis-ta”, uma apropriação de vários estilos do passado. Os Salmos de Penitência (1988) fazem parte da produ-ção tardia do compositor, que não exibe mais traços como o humor e a irreverência. Já bastante doente, Schnittke criou uma música austera, introspectiva, mas de forte apelo expressivo.

O texto do “Salmo xi” (extraído de uma coleção de escritos russos do século xvi) é uma reflexão de quem “entrou nesta vida de lágrimas como uma criança nua, e como tal irá deixá-la”, alguém desi-ludido com a fugacidade da vida e encantado com seus prazeres efêmeros. Já o “Salmo xii” é um gran-de e etéreo vocalise que, ao final, resolve as tensas dissonâncias cromáticas num grande acorde de Ré Maior — uma conclusão que aponta para o eterno.

MARCOS LUCAS é compositor, regente e professor de com-

posição e harmonia na UniRio, onde dirige o grupo Grupo

Novo da UniRio (GNU). É doutor em composição pela Uni-

versidade de Manchester e pós-doutor em ópera contem-

porânea pela Universidade de Salford.

As sereias, míticos seres musicais da ilha de Circe, ocupam um lugar único na literatu-ra. Ao contrário do que acontece com ou-tras criaturas tentadoras, a sedução delas

está na arte: seu canto é de uma beleza tão avassala-dora que leva os marinheiros à morte nos rochedos.

Para muitos, talvez, a música das sereias deve ser lírica, melódica. Meu ciclo de peças joga uma gran-de rede para explorar as possibilidades da sedução musical [...], bem como as possibilidades dramáti-cas do tema. Numa das peças, incluí o chamado de Cristo para os primeiros discípulos no Livro de Ma-teus. Pedro e André, pescando no Mar da Galileia, são abordados por Cristo, que diz uma das frases mais intrigantes (e assombrosas) da história: “Vin-de comigo e farei de vós pescadores de homens”. A música meditativa e altamente estática dos pescado-res irrompe quando Jesus fala.

MASON BATES. Tradução de Rogério Galindo.

Ingvar Lidholm é um dos compositores mais impor-tantes da Suécia e esteve na linha de frente do mo-dernismo do país por mais de meio século. Prolífico em todos os gêneros, escreveu grandes peças corais

ao longo de toda a carreira. A voz humana desempe-nhou papel importante em sua obra, e composições como Laudi e ...A Riveder le Stelle tornaram-se marcos do repertório a cappella sueco.

Com esse foco na voz, além da força dramática de sua linguagem musical, o próximo passo lógico no seu desenvolvimento artístico seria naturalmen-te a composição operística. De Profundis [Das Pro-fundezas] é uma das duas peças a cappella extraídas da ópera O Sonho, baseada na peça de mesmo nome do dramaturgo August Strindberg. O texto é uma mistura do velho hino do De Profundis intercalado com textos (em sueco) de Strindberg.

A música altamente dramática, quase atonal, com muitos elementos polifônicos, combina o res-peito de Lidholm pela tradição com uma sensibili-dade única e moderna.

RAGNAR BOHLIN. Tradução de Rogério Galindo.

Page 48: Edição nº 5 / 2015

46

RAGNAR BOHLIN REGENTE

ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM MAIO DE 2014

Nascido na Suécia, Ragnar Bohlin estudou regência com Jorma Panula e Eric Ericson, piano com Peter Feuchtwanger, em Londres, graças a uma bolsa do British Council, e canto com Nicolai Gedda. Formou-se na Academia Real de Música de Estocolmo, onde obteve o título de mestre em órgão e regência e, mais tarde, tornou-se professor. Desde 2007, é regente titular do Coro da Sinfônica de São Francisco, com o qual recebeu três prêmios Grammy. Em 2014, regeu a primeira apresentação do seu próprio coro de câmara, o Cappella SF. Trabalha regularmente com o Coro da Rádio Sueca, como em sua turnê de 2010 pelos Estados Unidos. Em junho do mesmo ano, fez sua estreia no Carnegie Hall, regendo Um Réquiem Alemão, de Brahms. Bohlin foi professor visitante na Universidade de Indiana e, em 2013, foi premiado pela Câmara Sueco-Americana de Comércio.

CORO DA OSESP

A combinação de um grupo decantores de sólida formaçãomusical com a condução de umadas principais regentes brasileiras faz do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo uma referência em música vocal no Brasil. Nas apresentações junto à Osesp, em grandes obras do repertório coral-sinfônico, ou em concertos a cappella na Sala São Paulo e pelo interior do estado, o grupo aborda diferentes períodos musicais, com ênfase nos séculos xx e xxi e nas criações de compositores brasileiros, como Almeida Prado, Aylton Escobar, Gilberto Mendes, Francisco Mignone, Liduino Pitombeira, João Guilherme Ripper e Villa--Lobos. À frente do grupo, Naomi Munakata tem regido também obras consagradas, que integram o cânone da música ocidental. Criado como Coro Sinfônico do Estado de São Paulo em 1994, passou a se chamar Coro da Osesp em 2001. Em 2009, o Coro da Osesp lançou seu primeiro disco, Canções do Brasil, que inclui obras de Osvaldo Lacerda, Francisco Mignone, Camargo Guarnieri, Marlos Nobre e Villa-Lobos, entre outros compositores brasileiros. Em 2013, lançou gravação de obras de Aylton Escobar (Selo Osesp Digital).

SUGESTÕES DE LEITURA

Albert Schweitzer

J. S. BACH: LE MUSICIÈN-POÈTE

MAURICE ET PIERRE FOETISCH, 1958

Laurence Dreyfus

BACH AND THE PATTERNS OF INVENTION

HARVARD UNIVERSITY PRESS, 2004

Christoph Wolff

JOHANN SEBASTIAN BACH: THE LEARNED MUSICIAN

W. W. NORTON, 2001

Harald Wanger

JOSEF GABRIEL RHEINBERGER: EINE BIOGRAPHIE

VAN ECK, 2007

John White

NEW MUSIC OF THE NORDIC COUNTRIES

PENDRAGON, 2002

Paul Hillier

ARVO PÄRT

OXFORD UNIVERSITY PRESS, 1997

Andrew Shenton (org.)

THE CAMBRIDGE COMPANION TO ARVO PÄRT

CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2012

Marco Aurélio Scarpinella Bueno

SCHNITTKE: MÚSICA PARA TODOS OS TEMPOS

ALGOL, 2011

Peter J. Schmelz

SUCH FREEDOM, IF ONLY MUSICAL: UNOFFICIAL SOVIET MUSIC DURING THE THAW

OXFORD UNIVERSITY PRESS, 2009

INTERNET

JSBACH.ORG

RHEINBERGER.LI

MASONBATES.COM

ARVOPART.EE/EN

ALFREDSCHNITTKE.COM

Page 49: Edição nº 5 / 2015

47

INTE

RATIVO

S

CO

NCER

TOS

MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SECRETARIA DA CULTURA APRESENTAM

Mais informações: osesp.art.brProgramação sujeita a alteraçõesIngressos à venda nas bilheterias do Theatro

JOSÉ ANANIAS FLAUTA

SÉRGIO BURGANI CLARINETE

JOEL GISIGER OBOÉ

ALEXANDRE SILVÉRIO FAGOTE

NIKOLAY ALIPIEV TROMPA

QUINTETO DE SOPROS DA OSESP

APOIOPATROCINIO REALIZAÇÃO

Música e bate-papo com oQuinteto de Sopros da Osesp

Page 50: Edição nº 5 / 2015

48

Page 51: Edição nº 5 / 2015

49

20 QUI 21HJACARANDÁ

21 SEX 21H PEQUIÁ

22 SÁB 16H30 IPÊ

ARVO VOLMER REGENTE

NELSON GOERNER PIANO

LUDWIG VAN BEETHOVEN [1770-1827]

Abertura Leonora nº 1, Op.138 [1807]

10 MIN

LUDWIG VAN BEETHOVEN [1770-1827]

Concerto nº 4 Para Piano em Sol Maior, Op.58 [1805-06]

- Allegro Moderato

- Andante Con Moto (Attacca)

- Rondo: Vivace

34 MIN

_____________________________________

DMITRI SHOSTAKOVICH [1906-75]

Sinfonia nº 9 em Mi Bemol Maior, Op.70 [1945]

- Allegro

- Moderato — Adagio

- Presto

- Largo

- Allegretto — Allegro

27 MIN

SOLDADOS RUSSOS EM BERLIM, DIANTE DOS

DESTROÇOS DO REICHSTAG, MAIO DE 1945

Page 52: Edição nº 5 / 2015

50

GRAVAÇÕES RECOMENDADAS

BEETHOVEN

THE OVERTURES (2 CDS)

Orquestra Filarmônica de Viena

Claudio Abbado, regente

DEUTSCHE GRAMMOPHON, 2007

PIANO CONCERTOS Nº 3 & 4

Staatskapelle Dresden

Bernard Haitink, regente

András Schiff, piano

WARNER CLASSICS, 2010

5 PIANO CONCERTOS (3 CDS)

Orquestra Filarmônica de Berlim

Paul van Kempen, regente

Wilhelm Kempff, piano

DEUTSCHE GRAMMOPHON, 2006

SHOSTAKOVICH

SYMPHONY Nº 9; VIOLIN CONCERTO Nº 1

Orquestra Mariinsky

Valery Gergiev, regente

MARIINSKY, 2015

SYMPHONIES Nº 5 & 9

Royal Liverpool Philharmonic Orchestra

Vasily Petrenko, regente

NAXOS, 2009

Uma conhecida história da música trazia ilus-trações nas capas de cada volume: o interior de uma igreja na Idade Média, um concer-to num palácio no Barroco. A ilustração do

volume sobre o século XIX trazia apenas um retrato: o de Beethoven. Para os românticos, o compositor personificou ideais revolucionários e libertários, mas no século passado seu legado adquiriu uma fisionomia universal. Beethoven continua uma figura controver-sa: se ainda não há uma biografia ou um estudo analí-tico definitivo, é porque ele pertence mais ao presen-te que à especificidade de sua época, e seu impacto está longe de ser completamente absorvido.

Leonard Bernstein argumentava que o consolo que a música de Beethoven proporcionava aos ouvin-tes advinha de suas certezas, da sensação de que há uma ordem superior — uma forma — que orienta todos os passos, mesmo os mais incertos. Para nós, talvez o impacto mais forte venha da maneira como administrou as incertezas e contradições.

Sua obra espelha o homem Beethoven. A impla-cável rotina de trabalho manteve a coluna vertebral de uma vida pessoal caótica e uma personalidade instável, abalada pela tragédia da surdez. Sua capa-cidade de comunicação musical sem precedentes é o legado de um homem que não teve alternativas ao isolamento total. Sua visão de mundo, que muito deveu ao Iluminismo, contemplava a independência total do indivíduo, baseada no seu valor intelectual, e não em origem social ou riqueza. [...]

Um dos aspectos da obra de Beethoven que en-contra reverberação mais forte na atualidade são as pegadas deixadas pelo processo de criação, que hoje podemos admirar por seu valor artístico intrínseco. São as gotas de suor que dão liga a essas estrutu-ras, que soam simultaneamente laboriosas e inevi-táveis. Beethoven disse ter merecido a “coroa dos mártires” por sua única ópera, Fidelio, um caso de dificuldade excepcional mesmo para um composi-tor naturalmente obcecado por minúcias e revisões. O trabalho se estendeu por dez anos, duas revisões de grandes proporções e nada menos que quatro aberturas. As três primeiras tentativas foram des-cartadas e publicadas em separado, com os títulos de Leonora números 1, 2 e 3.

Fidelio é a única ópera do gênero francês de “resgate” que se mantém no repertório. Seu argu-

Page 53: Edição nº 5 / 2015

51

mento combina o drama de Florestan, um preso político resgatado da masmorra por sua corajosa esposa, Leonora, disfarçada de homem sob o co-dinome Fidelio, e um subenredo cômico, habitado pelo carcereiro e seus problemas familiares, que abre a ópera.

Aí reside o problema de equilíbrio. A abertura teria de fazer sentido como um movimento sin-fônico independente e antecipar a exaltada ação dramática; porém, não deveria encobrir as cenas domésticas do início. A Abertura Leonora)nº 1 é rela-tivamente simples e antecipa a música que mais tar-de ouviremos da boca de Florestan. Por uma ironia da história, a ópera, que celebra a liberdade, teve sua estreia em 1805, quando Viena estava ocupada pelo exército francês. Desnecessário dizer que foi um fracasso.

Três anos mais tarde, perto do Natal, Beethoven organizou um concerto de obras suas em Vie-na. O que deveria ter sido o mais memorável concerto da história foi um fracasso retumban-

te. Foram estreadas nada menos que as Sinfonias nº 5 e nº 6, a Fantasia Coral e o Concerto nº 4 Para Piano, sem contar os habituais números vocais. Um dos ouvintes reclamou de sentar-se sem pausa, das seis e meia da tarde às dez e meia da noite, num teatro gelado, ou-vindo uma orquestra capenga. A Fantasia Coral mal foi ensaiada, e Beethoven teve de passar pelo vexame de interromper a apresentação e começar de novo.

Mas imaginem a perplexidade do público ao vê-lo entrar no palco, dirigir-se ao piano e começar, sozi-nho, o primeiro tema do Concerto nº 4, uma confidên-cia sussurrada pelos anjos, numa época em que qual-quer concerto de piano normalmente começaria com uma afirmativa introdução orquestral. E, em segui-da, a orquestra aumentaria a surpresa, exclamando o mesmo tema uma terça acima, subvertendo as rela-ções harmônicas esperadas. Notem, ainda, que este tema, de quatro notas repetidas, é um irmão menor do celebérrimo tema da Quinta Sinfonia.

Mas aqui o destino bate numa porta totalmente diferente. Beethoven sustenta um diálogo de terna nobreza e moderação ao longo do primeiro movi-mento, cujo maior ponto de interesse está na con-tração e expansão das seções e frases, em paralelo à exploração das relações tonais.

O segundo movimento foi comparado por Liszt a Orfeu domando as Fúrias, e seu caráter inquie-tante e mítico de fato remete à ópera Orfeu e Eurí-dice, de Gluck, de 1762. O autor justapõe ríspidas frases das cordas em uníssono ao lirismo piedoso do tema formulado pelo piano. As cordas gradual-mente vão se acalmando, e o piano, pressentindo a vitória, faz um solilóquio. Ao final, todos tocam juntos, em harmonia, e a última questão do pia-no é respondida pelo início do último movimento, com as cordas no tom “errado”. O piano assume as rédeas e o rondó prossegue com o brilhantismo e o bom humor esperados, sublinhados pelo uso dos trompetes e tímpanos.

O público da estreia aplaudiu com entusiasmo, mas a surdez de Beethoven havia piorado bastante, e esta seria sua última apresentação como pianista.

[2011]

FÁBIO ZANON é violonista, professor visitante na Royal

Academy of Music e autor de Villa-Lobos (Série “Folha Expli-

ca”, Publifolha, 2009). Desde 2013, é o coordenador artísti-

co-pedagógico do Festival de Inverno de Campos do Jordão

Page 54: Edição nº 5 / 2015

52

Desde Beethoven, todo compositor que em-barcou em sua nona sinfonia se sentiu pres-sionado. Shostakovich teve um fardo es-pecialmente difícil de carregar. Suas duas

sinfonias anteriores haviam retratado o sofrimento da guerra e, com a iminente derrota de Hitler, era dado como certo que uma composição sobre a vitó-ria, de proporções épicas e triunfantes, comporia uma trilogia.

“Queriam que eu fizesse uma fanfarra, uma ode”, teria dito a Solomon Volkov, autor de sua biografia. “Queriam que escrevesse uma nona sin-fonia majestosa. Todos louvavam Stalin, e eu devia participar dessa sujeira. Exigiam um naipe quádru-plo de sopros, coro e solistas para saudar o líder. Stalin achava que o número era auspicioso: 9. Ele poderia dizer: ‘Aí está ‘nossa’ Nona Sinfonia’.”

O compositor não contribuiu propriamente para reduzir a expectativa. Antes mesmo que a guerra acabasse, anunciou que sua próxima sinfonia se-ria uma obra grandiosa, para orquestra, solistas e coro, “sobre a grandeza do povo russo, sobre nosso Exército Vermelho libertando nossa terra natal do inimigo”. Shostakovich sempre disse em público o que se esperava que dissesse, mas nesse caso o tiro saiu pela culatra. “Confesso que dei esperan-ças para os sonhos do líder. Anunciei que estava escrevendo uma apoteose. Estava tentando fazer com que me deixassem em paz, mas isso se voltou contra mim.”

Tendo de escolher entre compor um hino vazio à glória de Stalin ou uma reflexão honesta sobre as dificuldades que as pessoas continuavam a viver, Shostakovich optou por uma terceira via. Escreveu uma peça de música puramente abstrata; uma obra pura e perfeita, quase neoclássica. Como música abstrata era algo que Stalin não compreendia, teria dificuldade para criticar a obra. Embora o caráter brincalhão da peça pudesse ser visto como provo-cação de um bobo da corte, sua leveza e alegria impediam que a sinfonia fosse vista como negativa.

Mas é claro que Stalin ficou furioso quando ou-viu a obra. De acordo com Shostakovich, “ele ficou profundamente ofendido por não haver coro nem solistas. E nenhuma apoteose, nem uma reles dedi-catória. Eu não podia escrever uma apoteose para Stalin, simplesmente não podia”.

Page 55: Edição nº 5 / 2015

53

SUGESTÕES DE LEITURA

Charles Rosen

THE CLASSICAL STYLE: HAYDN, MOZART, BEETHOVEN

W. W. NORTON, 1998

Glenn Stanley (org.)

THE CAMBRIDGE COMPANION TO BEETHOVEN

CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2000

Elizabeth Wilson

SHOSTAKOVICH: A LIFE REMEMBERED

PRINCETON UNIVERSITY PRESS, 2006

Lauro Machado Coelho

SHOSTAKÓVITCH: VIDA, MÚSICA, TEMPO

PERSPECTIVA, 2006

INTERNET

LVBEETHOVEN.COM

BEETHOVEN-HAUS-BONN.DE

CHOSTAKOVITCH.ORG

SHOSTAKOVICH.ORG

Um ano depois de sua estreia em 1945, críticos soviéticos censuraram a Sinfonia por sua “fraqueza ideológica” e pelo fracasso em “refletir o verdadeiro espírito do povo da União Soviética”. Outros, em círculos mais privados, compreenderam “sua opor-tuna gozação de todo tipo de hipocrisia, pseudomo-numentalidade e grandiloquência bombástica”.

A Sinfonia foi banida pelo resto da vida de Stalin e só seria gravada em 1956. A obra tampou-co foi particularmente bem recebida no Ociden-te. De acordo com um crítico norte-americano, “o compositor russo não deveria ter expressado seus sentimentos sobre a derrota do nazismo de maneira tão infantil”.

E, no entanto, de que outra maneira ele pode-ria tê-los expressado? Talvez o único modo fosse mesmo usando o disfarce da “infantilidade”. É in-trigante que a obra tenha sido escrita no mesmo ano da fábula satírica A Revolução Dos Bichos, de George Orwell. Shostakovich pode não ter re-tratado a dor e o sofrimento que continuaram crescendo após a derrota de Hitler, mas, ao se recusar a celebrar a vitória nos moldes exigidos por Stalin, não só enfrentou o poder do ditador, como contribuiu para diminuí-lo.

MARK WIGGLESWORTH é regente. Esteve com a Osesp este ano, regendo A Child of Our Time, de Michael Tippett. Em setembro, assumirá o car-go de diretor musical da Ópera Nacional Inglesa. Tradução de Rogério Galindo.

Page 56: Edição nº 5 / 2015

54

ARVO VOLMER REGENTE

ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM MAIO DE 2014

Nascido na Estônia, Arvo Volmer estudou no Conservatório Nacional de Tallinn (atual Academia Estoniana de Música e Teatro) com Olev Oja e Roman Matsov, e no Conservatório Rimsky-Korsakov, em São Petersburgo, com Ravil Martynov. Estreou na Ópera Nacional da Estônia aos 22 anos, tornando-se regente associado e, em 2004, diretor artístico e regente titular. Em 1989, recebeu o prêmio Nikolai Malko, em Copenhague, e, de 1994 a 2005, atuou como regente titular e diretor artístico da Sinfônica de Oulu, na Finlândia. Entre 2004 e 2013, foi diretor musical e regente titular da Sinfônica de Adelaide, da qual se tornou principal regente convidado. Já esteve à frente das orquestras Nacional da França, da Cidade de Birmingham, da Rádio e da Ópera Cômica de Berlim, e das filarmônicas de Stuttgart, Dortmund e Nuremberg, além de reger regularmente as mais importantes orquestras da Escandinávia. Retorna à Osesp pela terceira vez desde 2010.

NELSON GOERNER PIANO

ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM ABRIL DE 2005

Nascido em San Pedro, Argentina, em 1969, Nelson Goerner venceu em 1986 o Concurso Franz Liszt, em Buenos Aires. Estudou com Maria Tipo no Conservatório de Genebra, e, em 1990, conquistou o primeiro lugar no Concurso de Genebra. Tocou em várias cidades e festivais da Europa, como o La Roque d’Antheron, o La Grange de Meslay e o Schleswig-Holstein, e em salas de Paris, Munique, Frankfurt, Stuttgart, Genebra, Lucerna e Milão. Apresentou-se com a Orquestra Philarmonia sob direção de Claus Peter Flor, com a Orquestra Sinfônica Alemã de Berlim, com Sir Andrew Davis,a Filarmônica de Londres, com Franz Welser-Möst, e a Filarmônica Real de Liverpool, com Gerard Schwarz, entre outras. Nos EUA e no Canadá, apresentou-se em concertos e recitais com a Filarmônica de Los Angeles e com a Sinfônica de Montreal. Tocou com o Quarteto Takács na Inglaterra, na Espanha e na Itália, e com Steven Isserlis e Vadim Repin no Wigmore Hall, em Londres. Nelson Goerner gravou obras de Chopin, pela EMI, e outros álbuns com peças de Rachmaninov e Liszt pelo selo Cascavelle.

Page 57: Edição nº 5 / 2015

55

Promover a democratização da cultura como um valor maior, capaz

de modificar a vida das pessoas.

REALIZAÇÃO

Page 58: Edição nº 5 / 2015

56

Page 59: Edição nº 5 / 2015

57

23 DOM 16HRECITAIS OSESP

NELSON GOERNER PIANO

GEORG FRIEDRICH HÄNDEL [1685-1759]

Chacona em Sol Maior [1733]

10 MIN

ROBERT SCHUMANN [1810-56]

Fantasia em Dó Maior, Op.17 [1836]

- I. Durchaus phantastisch und leidenschaftlich vorzutragen

[Para ser Tocado de Maneira Inventiva e Apaixonada]

- II. Mäßig [Moderado]

- III. Langsam getragen [Lenta e Solenemente]

30 MIN

_____________________________________

FRÉDÉRIC CHOPIN [1810-49]

Noturno nº 15 em Fá Menor, Op.55/1 [1842-4]

5 MIN

Noturno nº 2 em Mi Bemol Maior, Op.9/2 [1830-2]

5 MIN

Scherzo nº 3 em Dó Sustenido Menor, Op.39 [1839]

9 MIN

ALEXANDER SCRIABIN [1872-1915]

Dois Poemas, Op.32 [1903]

- Nº 1 em Fá Sustenido Maior

- Nº 2 em Ré Maior

5 MIN

Sonata nº 5 em Fá Sustenido Maior, Op.53 [1907]

12 MIN

LEONID SABANEYEV, TATIANA SCHLÖZER E

ALEXANDER SCRIABIN, ÀS MARGENS DO RIO

OKA, NA RÚSSIA

SCRIABIN 100

Page 60: Edição nº 5 / 2015

58

NELSON GOERNER

ENTREVISTA COM

Como você pensa um recital de piano?

Vivemos numa época em que são habituais gran-des produções no palco, e quando vemos um músico sozinho em cena, pode até parecer estranho. Mas não há experiência que iguale um recital de piano. Nele se pode oferecer ao público a essência de um artista.

O repertório escolhido para este recital possui coesão musical e, ao mesmo tempo, contrastes. Sou apaixonado pela obra de Händel e ouvi pela primeira vez esta Chacona na magnífica gravação de Edwin Fis-cher. Desde então quis incluí-la nos meus programas. Depois seguimos com a Fantasia de Schumann, uma obra que me acompanha há muitos anos, além de pe-ças de Chopin e Scriabin.

Qual é sua estratégia para estudar obras compostas

para um instrumento que não é o piano atual, como a

Chacona de Händel?

Penso que para abordar essas obras é preciso le-var em conta tudo o que aprendemos com a musi-cologia histórica e tudo o que sabemos do instru-mento para o qual a obra foi composta. Mas, se tentarmos imitar o som do instrumento original, corremos o risco de fazer uma interpretação ca-ricata. É preciso assumir que estamos tocando no piano moderno e utilizar toda a gama de cores que ele permite. Acredito que a grande música trans-cende a questão do instrumento em que é tocada. No momento, preparo um registro discográfico da

Page 61: Edição nº 5 / 2015

59

Sonata Hammerklavier, de Beethoven, escrita para um instrumento que só existia na imaginação do compositor. Os instrumentos da época não podiam produzir o que a Sonata requer. Não podemos es-quecer que os compositores olhavam para o futuro, raramente para trás.

E qual a origem dessa relação tão especial com a

Fantasia de Schumann?

Diria que ela é uma das peças mais apaixona-das já escritas para nosso instrumento. Desde a pri-meira frase, acompanhada por essa mão esquerda esmagadora, é uma obra que transporta o ouvinte, sobretudo o primeiro movimento. O segundo mo-

vimento é vigoroso, com um ritmo marcado, mas também com melodias inesquecíveis e mudanças de caráter que muitas vezes acontecem de uma nota à outra. O intérprete deve ter muita mobilidade psi-cológica para saber enfrentá-las sem perder coesão. O terceiro movimento traz uma atmosfera onírica, é para se tocar de olhos fechados. Não estamos mais na realidade, estamos em outro mundo.

Por que a escolha desses dois Noturnos e desse

Scherzo de Chopin, de caráter tão contrastante?

Absolutamente contrastante. Quando programa-mos um recital, é importante que haja lógica narra-tiva, mas que também se tenha contrastes. Não po-demos permanecer no mesmo estado de espírito. O Scherzo nº 3 é uma das obras mais dramáticas, mais furiosas e moribundas escritas por Chopin — mui-to diferente desses noturnos. Mesmo que o Noturno em Fá Menor tenha uma seção intermediária apaixo-nada e inquietante, o Noturno em Mi Bemol é uma obra essencialmente lírica — um dos mais belos escritos pelo autor. Temos aí um contraste muito interessante, dois mundos completamente diferen-tes do mesmo criador.

O ano de 2015 marca o centenário de morte de

Scriabin. O que pode nos dizer sobre as peças que

vai tocar?

Achei muito interessante depois dos Noturnos de Chopin tocar os Dois Poemas de Scriabin, duas joias raramente apresentadas. São miniaturas de grande riqueza harmônica e variedade de climas. O primei-ro é um devaneio que parece ter saído diretamente da pena de um Chopin que tivesse vivido mais 50

anos. É resultado de um estudo profundo do com-positor que Scriabin tanto admirava. Com os anos, sua forma de compor evoluiu, como na Sonata nº 5, uma obra diabólica, fogo puro — que não tem nada a ver com o mundo chopiniano.

Page 62: Edição nº 5 / 2015

60

Scriabin tinha muito orgulho dessa composição e

cita na partitura um excerto do seu Poema do Êxtase:

EU VOS CHAMO À VIDA, Ó FORÇAS MISTERIOSAS!

AFOGADAS NAS PROFUNDEZAS OBSCURAS

DO ESPÍRITO CRIADOR, TEMEROSAS

SOMBRAS DA VIDA, A VÓS TRAGO A AUDÁCIA.

Acredito que não exista melhor entrada à obra do que essas frases, tão bem ilustradas nas primei-ras notas da Sonata com trinados sinistros e amea-çadores. Parece que o autor está roubando o fogo sagrado dos deuses. É impressionante, porque não lida somente com o divino, mas também com o sa-tânico, e incorpora uma diversidade de climas que o associam, de certa forma, ao espírito schuman-niano.

O poema nos faz pensar na natureza da música e

no fazer musical…

Nós, intérpretes, estamos continuamente chaman-do à vida notas escritas num pentagrama. Creio que “arriscamos a vida” no momento em que entramos no palco. Mas também fazemos isso diariamente, porque temos a ilusão de chegar um pouquinho mais fundo no que um autor quis dizer ao compor uma peça. É uma busca dolorosa, que devemos realizar sozinhos perante a obra.

Acho que a frase de introdução descreve essa pro-cura dolorosa que enfrentamos todos os dias quando sentamos ao piano e tentamos enxergar um pouco além das notas escritas. A música desperta todo o es-pectro de emoções que o ser humano é capaz de sen-tir, e são essas as forças que estamos chamando à vida, muito além de uma ou outra peça em particular.

GRAVAÇÕES RECOMENDADAS

HÄNDEL

EDWIN FISCHER PLAYS (4 CDS)

Edwin Fischer, piano

ALLIANCE, 2005

SCHUMANN

FANTASIE IN C, OP.17; FANTASIESTÜCKE, OP.12

Martha Argerich, piano

SONY CLASSICAL, 2011

FANTASIE; DAVIDSBÜNDLERTÄNZE

Mitsuko Uchida, piano

DECCA, 2011

FANTASIE IN C; FASCHINGSSCHWANK AUS WIEN; PAPILLONS

Sviatoslav Richter, piano

EMI CLASSICS, 2000

FANTASIE OP.17

Maurizio Pollini, piano

DEUTSCHE GRAMMOPHON, 1996

CHOPIN

PIANO WORKS

Nelson Goerner, piano

WARNER CLASSICS, 2012

THE NOCTURNES (2 CDS)

Nelson Freire, piano

DECCA, 2010

THE NOCTURNES

Maria João Pires, piano

DEUTSCHE GRAMMOPHON, 1996

SCRIABIN

HOROWITZ PLAYS SCRIABIN

Vladimir Horowitz, piano

SONY CLASSICAL, 2015

THE PIANO SONATAS (2 CDS)

Vladimir Ashkenazy, piano

DECCA, 1997

Page 63: Edição nº 5 / 2015

61

ENTREVISTA A LUCRECIA COLOMINAS, bacharel em mú-

sica pela Unesp e ex-assessora artística da Osesp (2011-4).

SUGESTÕES DE LEITURA

Donald Burrows (org.)

THE CAMBRIDGE COMPANION TO HANDEL

CAMBRIDGE UNIVESITY PRESS, 1997

Beate Perrey (org.)

THE CAMBRIDGE COMPANION TO SCHUMANN

CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2007

Martin Geck

ROBERT SCHUMANN: MENSCH UND MUSIKER DER ROMANTIK

SIEDLER, 2010

Nicholas Temperley

CHOPIN

L&PM, 1990 (TRAD. CELSO LOUREIRO CHAVES)

Jean-Jacques Eigeldinger

FRÉDÉRIC CHOPIN

FAYARD/MIRARE, 2003

James M. Baker

THE MUSIC OF ALEXANDER SCRIABIN

YALE UNIVERSITY PRESS, 1986

INTERNET

GFHANDEL.ORG

ROBERT-SCHUMANN.EU

CHOPINPROJECT.COM

SCRIABIN-ASSOCIATION.COM

Scriabin estava disposto a observar a música como a mais abstrata, mas tam-bém como a mais abrangente das formas de arte. Assim, assumia riscos para os quais outros compositores de sua época re-almente não estavam preparados. Por isso, acredito que, de muitas formas, muito da música do século xx que veio depois deve a ele algum tipo de reconhecimento — um aceno de cabeça ou pelo menos um toque na aba do chapéu.

MARIN ALSOP

Quais são suas expectativas com o retorno à

Sala São Paulo?

Estou ansioso pelo reencontro com o público de São Paulo, que sempre achei muito acolhedor. Há algo muito lindo na sua forma de demonstrar ao ar-tista o que sente, e essa espontaneidade chega ao pal-co. A Sala São Paulo é um espaço maravilhoso, com uma acústica excelente — sem sombra de dúvida, uma das melhores salas de concerto da América.

Page 64: Edição nº 5 / 2015

62

NELSON GOERNER PIANO

ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM ABRIL DE 2005

Nascido em San Pedro, Argentina, em 1969, Nelson Goerner venceu em 1986 o Concurso Franz Liszt, em Buenos Aires. Estudou com Maria Tipo no Conservatório de Genebra, e, em 1990, conquistou o primeiro lugar no Concurso de Genebra. Tocou em várias cidades e festivais da Europa, como o La Roque d’Antheron, o La Grange de Meslay e o Schleswig-Holstein, e em salas de Paris, Munique, Frankfurt, Stuttgart, Genebra, Lucerna e Milão. Apresentou-se com a Orquestra Philarmonia sob direção de Claus Peter Flor, com a Orquestra Sinfônica Alemã de Berlim, com Sir Andrew Davis,a Filarmônica de Londres, com Franz Welser-Möst, e a Filarmônica Real de Liverpool, com Gerard Schwarz, entre outras. Nos EUA e no Canadá, apresentou-se em concertos e recitais com a Filarmônica de Los Angeles e com a Sinfônica de Montreal. Tocou com o Quarteto Takács na Inglaterra, na Espanha e na Itália, e com Steven Isserlis e Vadim Repin no Wigmore Hall, em Londres. Nelson Goerner gravou obras de Chopin, pela EMI, e outros álbuns com peças de Rachmaninov e Liszt pelo selo Cascavelle.

Page 65: Edição nº 5 / 2015

63

Ingressos gratuitos limitados a 4 por pessoa. Disponíveis na bilheteria da Sala São Paulo desde a segunda-feira anterior ao concerto. A partir de 5 ingressos, será cobrado o valor de R$2,00 por ingresso. Bilheteria da Sala São Paulo: T 3223 3966

osesp.art.br

A Série de Concertos Matinais recebe o público das instituições convidadas:

MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SECRETARIA DA CULTURA APRESENTAM

9 DOM 11H

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULOJAIME MARTÍN REGENTE

JOAQUÍN TURINA Danças Fantásticas, Op.22 GEORGES BIZET Carmen: Suíte nº 1 MANUEL DE FALLA El Sombrero de Tres Picos: Suíte nº 1 El Sombrero de Tres Picos: Suíte nº 2

16 DOM 11H

BANDA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULOMARCOS SADAO SHIRAKAWA REGENTEJONATAS SILVA PERCUSSÃOMARCEL BALCIUNAS PERCUSSÃOMARCO ANTONIO MONTEIRO PERCUSSÃOPRISCILA BALCIUNAS PERCUSSÃO

RICHARD STRAUSS Wiener Philharmoniker FanfareDAVID RICHARD GILLINGHAM Concertino For Four Percussion And Wind Ensemble JAMES BARNES Third Symphony - “The Tragic”, Op.89

23 DOM 11H

ACADEMIA JOVEM CONCERTANTEDANIEL GUEDES REGENTESIMONE LEITÃO PIANO

LUDWIG VAN BEETHOVEN Sinfonia nº 2 em Ré Maior, Op.36 ROBERT SCHUMANN Concerto Para Piano em Lá Menor, Op.54

30 DOM 11H

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULOALONDRA DE LA PARRA REGENTETAMBUCO PERCUSSÃO

SILVESTRE REVUELTASVentanasJAN JÄRVLEPPGarbage ConcertoSILVESTRE REVUELTASLa Noche de Los Mayas

AGOSTO

Programação sujeita a alterações

REALIZAÇÃO

PATROCÍNIO

Matinais.Anuncio_AGO_Revista.Osesp.indd 1 13/07/15 15:33

Page 66: Edição nº 5 / 2015

64

Page 67: Edição nº 5 / 2015

65

27 QUI 21H CARNAÚBA

28 SEX 21H PAINEIRA

29 SÁB 16H30 IMBUIA

ALONDRA DE LA PARRA REGENTE

TAMBUCO PERCUSSÃO

SILVESTRE REVUELTAS [1899-1940]

Ventanas [Janelas] [1931]

10 MIN

JAN JÄRVLEPP [1953]

Garbage Concerto [Concerto de Sucata] [1995]

27 MIN

_____________________________________

SILVESTRE REVUELTAS [1899-1940]

La Noche de Los Mayas [A Noite Dos Maias] [1939]

- Noche de Los Mayas

- Noche de Jaranas

- Noche de Yucatán

- Noche de Encantamiento

30 MIN

DETALHE DE AFRESCO MAIA, SÉCULO IX

Page 68: Edição nº 5 / 2015

66

1. Bebida alcoólica feita do suco fermentado do agave, consumida tradicionalmente na região da América Central. [N.E.]2. Figuração rítmica composta de seis notas iguais destinadas a ocupar o lugar de quatro, num compasso simples. [N.E.]

“Amanhã me debruçarei nas jane-las para ver que diabos enxergo por elas”, disse Silvestre Revuel-tas a um amigo. Mais tarde, diria ao

mesmo amigo: “Quando compus Ventanas [Janelas], talvez tenha tentado transmitir uma ideia precisa. Agora, passados tantos meses, já não lembro o que era.” Os gracejos do compositor parecem esconder um vago mal-estar. Desde os primeiros compassos da peça, instala-se um clima de presságio e pesade-lo, uma sonolência de cujo sopor brotam inesperadas marchas épicas, que nos impelem para um ânimo di-ferente, como que tirado à força.

Escrita logo após o retorno do compositor ao Méxi-co, depois de uma longa década de estudos e trabalho em Chicago e no Texas, Ventanas pertence à primeira fase da produção orquestral de Revueltas. Mas nela se reconhece a variedade de elementos que marcarão sua produção da década seguinte, tida como mais rebelde: uma festa caótica que amontoa o ritmo de percussões isoladas, melodias que giram em círculo e mudam de rumo, motivos que se encavalam obstinadamente, am-biências de uma saudosa inocência rural, bandas estri-dentes, heroicas e infaustas, vozes que sussurram em algum recanto, na sombra, e o canto soturno da tuba, que coabita no autor com ares de autorretrato.

Diante da imagem de um todo múltiplo e grotesco, a escuta se faz cúmplice da ferramenta à qual o com-positor recorre de tempos em tempos: a colagem. Re-vueltas nos coloca em janelas distintas para, a partir do tormento de sua psique, levar-nos por corredores rui-dosos, passagens ou atalhos, à escuta de velhos pregões ou modernos arranques sonoros. É como se o compo-sitor fizesse um retrato musical dos tianguis, mercados populares que fascinavam os primeiros cronistas da Conquista e cuja evolução mestiça deslumbrou Pablo Neruda: “O México está em seus mercados”. Revuel-tas une sua dor aos carregadores do mercado de La Merced para afogá-la no fermento esbranquiçado que escorre do tonel de pulque.1

La Noche de Los Mayas [A Noite Dos Maias] é a suíte orquestral da música que Revueltas escreveu para o filme homônimo de 1939, dirigido por Chano Urueta (1904-79) e com Antonio Mediz Bolio

(1884-1957), estudioso da cultura maia, como corro-teirista. Eis aí uma conjunção de talentos que sina-liza o boom de criatividade vivido no México depois dos incessantes ajustes da guerra civil que sucedeu a Revolução Mexicana (1910-1917). O ano da morte de Revueltas, 1940, marca também o término do gover-no de Lázaro Cárdenas e o início da muito singular “revolução institucional” — um regime de partido único, “o extremo-centro”, um amontoado de facções desconexas.

O filme é marcado por uma forte influência ei-sensteiniana, presente na idealização da memória dos povos pré-hispânicos. A narrativa evoca um grupo étnico que permanece escondido na flores-ta no alvorecer do século xix, e cujos ritos tradi-cionais enfrentam a violência da modernidade. Em consonância com um tema cujo tratamento cinema-tográfico é realizado em pirâmides e templos maias, Revueltas rememora um antigo canto que a tradi-ção maia preserva, o Xtoles — “Ko’one’ex, ko’one’ex palexe’ xikubin xikubin yookol k’iin” [“Vamos, vamos, rapazes, que o sol está se pondo”]. O uso da esca-la pentatônica se justifica na premissa arqueológi-ca da época, de que as culturas centro-americanas resultavam da imigração asiática que atravessara o Estreito de Bering.

Em La Noche de Los Mayas, Revueltas apresen-ta uma sequência multicolorida que nos faz ouvir a banda de aldeia e o ritmo mestiço da sesquiálte-ra.2 Há algo de cinematográfico nas melodias e nas harmonias que enfatizam o drama com fisionomia expressionista e orquestração pomposa, como que para acentuar o matiz mágico das celebrações. No movimento final, “Noite do Encantamento”, a ex-ploração de elementos polirrítmicos supera os feitos de Sensemayá (1937-38) [interpretada pela Osesp em 2013]. Aqui, o compositor aglomera sonoridades e ritmos numa arquitetura vertical que não cede en-quanto não alcança um êxtase dolente — a expres-são maior do delírio revueltiano.

JULIO ESTRADA é compositor, professor na Universidade

Nacional do México e autor de Canto Roto: Silvestre Re-

vueltas (Fondo de Cultura Económica, 2012). Tradução de

Ivone Benedetti.

Page 69: Edição nº 5 / 2015

67

Tudo começou num dia ensolarado de 1992, quando eu não tinha nada para fazer. Olhei para a caixa azul de reciclagem na minha co-zinha e disse: “Posso fazer algo com isso!”.

Em pouco tempo, reuni 27 latas, várias embalagens de plástico e potes de vidro — indícios da minha dieta de solteiro. Peguei uma baqueta e tentei batu-car no fundo das latas, descobrindo que várias delas emitiam sons mais ou menos parecidos e que as de fundo cinzento não tinham bom som. Eliminei es-sas e continuei com um conjunto de cinco latas com sons bem particulares. Embora não emitissem notas específicas, dava para dizer que compunham um con-junto: aguda, meio aguda, média, meio grave e grave.

desafio de tentar escrever música interessante de percussão para instrumentos não melódicos. Em-bora viola e congas pudessem ter uma sonoridade rica e bela, esses novos instrumentos não eram bons para tocar notas específicas e eram incapazes de produzir uma linha melódica em legato. Portan-to, meu desafio composicional era criar linhas não melódicas que fossem interessantes ritmicamente e que não dependessem da beleza das notas. Falar é fácil. Usando protetores de ouvido na cozinha, fiz experimentos de 1992 a 1995, usando as latas e anotando os fragmentos mais interessantes que conseguia bolar.

Grudei as latas num balcão com fita adesiva, e lá elas permaneceram pelos quatro anos seguintes. Como as baquetas repicavam bem nelas, as latas se tornaram meu instrumento favorito de sucata enquanto testava minhas ideias composicionais. Tive sorte de ter vizi-nhos muito tolerantes e que me incentivavam.

Tendo escolhido, quase arbitrariamente, cinco latas, decidi usar uma notação em que cada uma ocupasse uma linha do pentagrama. Da mesma for-ma, escolhi cinco embalagens de plástico e cinco potes de vidro. Estava prestes a construir meu pró-prio conjunto de instrumentos de sucata. Acrescen-tei a esses instrumentos uma maraca feita de lata, três calotas e a própria caixa azul, que servia como bumbo. Brincar de montar um monte de instru-mentos feitos de sucata acabou sendo a parte fácil.

Mas o que fazer com esses instrumentos estra-nhos que não tinham qualquer tradição musical? Eu já havia composto Encounter [Encontro], para viola e congas. Por isso, estava acostumado com o

Fui visitar David Currie, regente da Orquestra Sinfônica de Ottawa, e expliquei a ele o que estava fazendo. Por acaso, estavam procurando uma peça que pudesse expor o naipe de percussão da orques-tra. Assim, me inscrevi para receber uma verba de encomenda de composição na Fundação Laidlaw. Fui aceito e subitamente estava escrevendo um con-certo para instrumentos de sucata e uma orquestra sinfônica completa.

Depois de um tempo, fica tedioso ouvir a bateção da sucata, que nunca soou propriamente muito bem. Por isso, decidi que um movimento lento contrastan-te seria uma boa ideia. Ao fazer experimentos com garrafas de cerveja com níveis diferentes de água, consegui desenvolver uma boa variedade de alturas, com as quais pude compor música lenta melódica. Incluí ainda um vívido movimento final, usando os mesmos instrumentos do primeiro movimento.

JAN JÄRVLEPP. Tradução de Rogério Galindo.

INSTRUMENTOS CONSTRUÍDOS POR JÄRVLEPP PARA O GARBAGE CONCERTO

Page 70: Edição nº 5 / 2015

68

ALONDRA DE LA PARRA REGENTE

ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM JUNHO DE 2013

Nascida em Nova York, em 1980, Alondra de la Parra mudou-se aos dois anos para a Cidade do México. Estudou composição no Centro de Estudios de la Música (CIEM) e foi bolsista na Manhattan School of Music, onde estudou com Jeffrey Cohen e Kenneth Kiesler. Já regeu as sinfônicas de Dallas, Houston e São Francisco, a Orquestra de Paris, a Sinfônica da Rádio de Berlim e a Ópera Nacional de Washington, em concerto com Plácido Domingo – sem falar na Osesp, com quem já trabalhou duas vezes. Em 2004, fundou a Orquestra Filarmônica das Américas, em Nova York, com o objetivo de abrir espaço para musicistas e compositores jovens. Foi diretora musical da Orquestra Filarmônica de Jalisco, no México. Em 2010, gravou o best selling duplo Mi Alma Mexicana, com a Filarmônica das Américas, pelo selo Sony Classical, em comemoração aos 200 anos da independência mexicana.

TAMBUCO PERCUSSÃO

PRIMEIRA VEZ COM A OSESP

Criado em 1993, o quarteto mexicano de percussão Tambuco já se apresentou em salas como Lincoln Center (Nova York), Barbican (Londres) e Berliner Festspiele (Alemanha). Em apresentações e gravações, já colaborou com músicos como Keiko Abe, Stewart Copeland e Eduardo Mata, grupos como Kronos Quartet e Michael Nyman Band, e orquestras como as filarmônicas de Montpellier e da Cidade do México. O quarteto já gravou oito discos e recebeu várias indicações para o prêmio Grammy.

GRAVAÇÕES RECOMENDADAS

REVUELTAS

MUSIC OF SILVESTRE REVUELTAS

Orquestra Filarmônica de Los Angeles

Esa-Pekka Salonen, regente

SONY CLASSICAL, 1999

LA NOCHE DE LOS MAYAS

Orquestra Simón Bolívar da Venezuela

Gustavo Dudamel, regente

DEUTSCHE GRAMMOPHON, 2010

JÄRVLEPP

GARBAGE CONCERTO

Orquestra Sinfônica de Singapura

Kroumata Percussion Ensemble

Lan Shui, regente

BIS, 2000

SUGESTÕES DE LEITURA

Silvestre Revueltas

CARTAS ÍNTIMAS Y ESCRITOS

FONDO DE CULTURA ECONÓMICA, 1982

Silvestre Revueltas

SILVESTRE REVUELTAS POR ÉL MISMO

ERA, 1989

Julio Estrada

CANTO ROTO: SILVESTRE REVUELTAS

FONDO DE CULTURA ECONÓMICA, 2012

INTERNET

JANJARVLEPP.COM

Page 71: Edição nº 5 / 2015

69

Compartilhar conhecimento é o que sabemos fazer melhor

A Deloitte é referência em consultoria e auditoria no Brasil e no mundo, resultado do talento em encontrar as melhores soluções de negócio para seus clientes e de seu compromisso com a sociedade.

Por isso, incentivamos o desenvolvimento da cultura nacional por meio da música. Deloitte, patrocinadora da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

www.deloitte.com.br

©2015 Deloitte Touche Tohmatsu Limited. Todos os direitos reservados.

REALIZAÇÃO

Page 72: Edição nº 5 / 2015

70

de Arthur Nestrovski como diretor artístico e do maestro francês Yan Pascal Tortelier como regente titular. Em fevereiro de 2011, o Conselho da Fundação Osesp anuncia a norte-americana Marin Alsop como nova regente titular da Orquestra por um período inicial de cinco anos, a partir de 2012. Também a partir de 2012, Celso Antunes assume o posto de regente associado da Orquestra. Neste mesmo ano, em sequência a concertos no festival BBC Proms, de Londres, e no Concertgebouw de Amsterdã, a Osesp é apontada pela crítica estrangeira (The Guardian e BBC Radio 3, entre outros) como uma das orquestras de ponta no circuito internacional. Lança também seus primeiros discos pelo selo Naxos, com o projeto de gravação da integral das Sinfonias de Prokofiev, regidas por Marin Alsop, e da integral das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky. Em 2013, Marin Alsop é nomeada diretora musical da Osesp, e a orquestra realiza nova turnê europeia, apresentando-se pela primeira vez — e com grande sucesso — na Salle Pleyel, em Paris, no Royal Festival Hall, em Londres, e na Philharmonie, em Berlim. Em 2014, celebrando os 60 anos de sua criação, a Osesp fez uma turnê por cinco capitais brasileiras.

ORQUESTRA SINFÔNICADO ESTADO DE SÃO PAULO

Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo — Osesp — construiu uma trajetória de grande sucesso, tornando-se a instituição que é hoje. Reconhecida internacionalmente por sua excelência, a Orquestra é parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. Nos primeiros anos, foi dirigida pelo maestro Souza Lima e pelo italiano Bruno Roccella, mais tarde sucedidos por Eleazar de Carvalho (1912-96),que por 24 anos dirigiu a Orquestra e desenvolveu intensa atividade. Nos últimos anos sob seu comando, o grupo passou por um período de privações. Antes de seu falecimento, porém, Eleazar deixou um projeto de reformulação da Osesp. Com o empenho do governador Mário Covas, foi realizada a escolha do maestro que conduziria essa nova fase na história da Orquestra. Em 1997, o maestro John Neschling assume a direção artística da Osesp e, com o maestro Roberto Minczuk como diretor artístico adjunto, redefine e amplia as propostas deixadas por Eleazar. Em pouco tempo, a Osesp abre concursos no Brasil e no exterior, eleva os salários e melhora as condições de trabalho de seus músicos. A Sala São Paulo é inaugurada em 1999 e, nos anos seguintes, são criados os Coros Sinfônico, de Câmara, Juvenil e Infantil, o Centro de Documentação Musical, os Programas Educacionais, a

editora de partituras Criadores do Brasil e a Academia de Música. As temporadas se destacam pela diversificação de repertório, e uma parceria com o selo sueco BIS e com a gravadora carioca Biscoito Fino garante a difusão da música brasileira de concerto. A criação da Fundação Osesp, em 2005, representa um marco na história da Orquestra. Com o presidente Fernando Henrique Cardoso à frente do Conselho de Administração, a Fundação coloca em prática novos padrões de gestão, que se tornaram referência no meio cultural brasileiro. Além das turnês pela América Latina (2000, 2005, 2007), Estados Unidos (2002, 2006, 2008), Europa (2003, 2007, 2010, 2012,

2013) e Brasil (2004, 2008, 2011), o grupo mantém desde 2008 o projeto Osesp Itinerante, pelo interior do estado de São Paulo, realizando concertos, oficinas e cursos de apreciação musical para mais de 70 mil pessoas. Indicada em 2008 pela revista Gramophone como uma das três orquestras emergentes no mundo às quais se deve prestar atenção e mais recentemente (2012) tema de destaque em publicações como o jornal The Times e a mesma Gramophone, a Osesp iniciou a temporada 2010 com a nomeação

Page 73: Edição nº 5 / 2015

71

A CCR está há 16 anos trazendo inovaçãoe modernidade para a infraestrutura brasileirae para o desenvolvimento cultural do Brasil, apoiando, por meio do Instituto CCR, projetos como o da Osesp, que há 60 anos valorizae desenvolve a nossa música. É assim queo Instituto CCR abre caminhostambém pela cultura.

AONDE AMÚSICA CHEGA,

ABRE CAMINHOS.

Saiba mais em:

www.institutoccr.com.br

REALIZAÇÃO

Page 74: Edição nº 5 / 2015

72

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR

MARIN ALSOP REGENTE ASSOCIADO

CELSO ANTUNESDIRETOR ARTÍSTICO

ARTHUR NESTROVSKIDIRETOR EXECUTIVO

MARCELO LOPES

VIOLINOS

EMMANUELE BALDINI SPALLA

DAVI GRATON SPALLA***

JUN IWASAKI SPALLA*

YURIY RAKEVICH SPALLA***

LEV VEKSLER***

ADRIAN PETRUTIUIGOR SARUDIANSKYMATTHEW THORPEALEXEY CHASHNIKOVANDERSON FARINELLI ANDREAS UHLEMANNCAMILA YASUDACAROLINA KLIEMANNCÉSAR A. MIRANDACRISTIAN SANDUDÉBORAH WANDERLEY DOS SANTOSELENA KLEMENTIEVAELINA SURISFLORIAN CRISTEAGHEORGHE VOICUINNA MELTSERIRINA KODINKATIA SPÁSSOVALEANDRO DIASMARCELO SOARESPAULO PASCHOALRODOLFO LOTASORAYA LANDIMSUNG-EUN CHOSVETLANA TERESHKOVATATIANA VINOGRADOVAMARCIO AUGUSTO KIM*

VIOLAS

HORÁCIO SCHAEFERMARIA ANGÉLICA CAMERONPETER PAS ANDRÉS LEPAGEDAVID MARQUES SILVAÉDERSON FERNANDESGALINA RAKHIMOVAOLGA VASSILEVICHSARAH PIRESSIMEON GRINBERGVLADIMIR KLEMENTIEVALEN BISCEVIC*

VIOLONCELOS

ILIA LAPOREV HELOISA MEIRELLESRODRIGO ANDRADE SILVEIRAADRIANA HOLTZBRÁULIO MARQUES LIMADOUGLAS KIERJIN JOO DOHMARIA LUÍSA CAMERONMARIALBI TRISOLIOREGINA VASCONCELLOSWILSON SAMPAIO

CONTRABAIXOS

ANA VALÉRIA POLESPEDRO GADELHA MARCO DELESTRE MAX EBERT FILHOALEXANDRE ROSAALMIR AMARANTECLÁUDIO TOREZANJEFFERSON COLLACICOLUCAS AMORIM ESPOSITONEY VASCONCELOS

ACADEMIA DA OSESP

VIOLINOS

SUELEN BOERNATHAN OLIVEIRA

VIOLONCELO

MATHEUS MELLORAFAEL DE CABOCLO

CONTRABAIXO

RAFAEL FIGUEREDOTHIAGO PAGANELLI

OBOÉ

ÉRICO MARQUESPÚBLIO DA SILVA

CLARINETE

PATRICK VIGLIONI

PERCUSSÃO

CARLOS FERREIRA

TUBA

GABRIEL DÍAZ ARAYA

TROMPA

JESSICA MARIA VICENTE

TROMPETES

CRISTÓBAL ROJAS SALINASLUCAS ESPINDOLA

TROMBONES

SILAS FALCÃOHÉLIO GÓES

FAGOTE

FRANCISCO WELLINGTONANGE BAZZANI

HARPA

LIUBA KLEVTSOVA

FLAUTAS

CLAUDIA NASCIMENTOFABÍOLA ALVES PICCOLO

JOSÉ ANANIAS SOUZA LOPESSÁVIO ARAÚJO

OBOÉS

ARCÁDIO MINCZUKJOEL GISIGER NATAN ALBUQUERQUE JR. CORNE INGLÊS

PETER APPSRICARDO BARBOSA

CLARINETES

OVANIR BUOSI SÉRGIO BURGANI NIVALDO ORSI CLARONE

DANIEL ROSASGIULIANO ROSAS

FAGOTES

ALEXANDRE SILVÉRIO JOSÉ ARION LIÑAREZ ROMEU RABELO CONTRAFAGOTE

FILIPE DE CASTROFRANCISCO FORMIGA

TROMPAS

LUIZ GARCIAANDRÉ GONÇALVESJOSÉ COSTA FILHONIKOLAY GENOVLUCIANO PEREIRA DO AMARALSAMUEL HAMZEMEDUARDO MINCZUK

TROMPETES

FERNANDO DISSENHA GILBERTO SIQUEIRAANTONIO CARLOS LOPES JR. ***

MARCELO MATOSFLÁVIO GABRIEL*

TROMBONES

DARCIO GIANELLI WAGNER POLISTCHUK ALEX TARTAGLIAFERNANDO CHIPOLETTI

TROMBONE BAIXO

DARRIN COLEMAN MILLING

TUBA

LUIZ RICARDO SERRALHEIRO*

TÍMPANOS

ELIZABETH DEL GRANDE RICARDO BOLOGNA

PERCUSSÃO

RICARDO RIGHINI 1ª PERCUSSÃO

ALFREDO LIMAARMANDO YAMADAEDUARDO GIANESELLARUBÉN ZÚÑIGA

TECLADOS

OLGA KOPYLOVA

GERÊNCIA

JOEL GALMACCI GERENTE

XISTO ALVES PINTO INSPETOR

LAURA PADOVAN PASSOS

(*) MÚSICO CONVIDADO(**) MÚSICO LICENCIADO(***) CARGO INTERINO

OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA.INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÕES

Page 75: Edição nº 5 / 2015

73

Qual o som do compromissocom a música?

O Credit Suisse também ouve atentamente, quando se trata de música clássica.É por isso que somos, com muito orgulho, patrocinadores da OSESP.

credit-suisse.com/sponsoring

REALIZAÇÃO

Page 76: Edição nº 5 / 2015

74

CORO DA OSESP

A combinação de um grupo decantores de sólida formaçãomusical com a condução de umadas principais regentes brasileiras faz do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo uma referência em música vocal no Brasil. Nas apresentações junto à Osesp, em grandes obras do repertório coral-sinfônico, ou em concertos a cappella na Sala São Paulo e pelo interior do estado, o grupo aborda diferentes

períodos musicais, com ênfase nos séculos xx e xxi e nas criações de compositores brasileiros, como Almeida Prado, Aylton Escobar, Gilberto Mendes, Francisco Mignone, Liduino Pitombeira, João Guilherme Ripper e Villa-Lobos. À frente do grupo, Naomi Munakata tem regido também obras consagradas, que integram o cânone da música ocidental. Criado como Coro Sinfônico do

Estado de São Paulo em 1994, passou a se chamar Coro da Osesp em 2001. Em 2009, o Coro da Osesp lançou seu primeiro disco, Canções do Brasil, que inclui obras de Osvaldo Lacerda, Francisco Mignone, Camargo Guarnieri, Marlos Nobre e Villa-Lobos, entre outros compositores brasileiros. Em 2013, lançou gravação de obras de Aylton Escobar (Selo Osesp Digital).

OuvidoriaDDG: 0800 770 4060Email: [email protected]

©2015 Mitsubishi UFJ Financial Group, Inc. Todos os direitos reservados. A logomarca e o nome MUFG são marcas de serviço do Mitsubishi UFJ Financial Group, Inc.

Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/AA member of MUFG, a global f inancial groupwww.br.bk.mufg.jp

REALIZAÇÃO

Paixão, dedicação e arte tornam o mundo um lugar melhor para se viver.

O Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A, membro do grupo MUFG, tem orgulho de apoiar a OSESP.

Mentes diferentes. Um único objetivo.

Page 77: Edição nº 5 / 2015

7575

Inovar para fazersua vida melhor.

Esse é o nossoespetáculo.

Temporada2015 I OSESP

REALIZAÇÃO

Page 78: Edição nº 5 / 2015

76766

COLECIONE

TODODOMINGO

NAS BANCAS

*Preço e frete válidos para os Estados de SP, RJ, MG e PR. Para outras localidades, consulte www.folha.com.br/nomesdopensamento. Confira as datas de entrega no site.

Coleção Folha Grandes Nomes do Pensamento. Aristóteles, Karl Marx, Descartes, Nietzsche, Voltaire e os maiores pensadores da humanidade. Os livros trazem questionamentos, raciocínios e reflexões que ajudam a entender seu mundo. São 28 volumes, com uma importante obra na íntegra de cada autor. Colecione.

ASSINANTE FOLHA:

Ligue (11) 3224 3090 (Grande São Paulo)

ou 0800 775 8080 (outras localidades).www.folha.com.br/nomesdopensamento

GANHE 4 LIVROS E O FRETE*.NA COMPRA DA COLEÇÃO COMPLETA,

QUEM VOCÊ PENSA QUE É?LEIA E PENSE A RESPEITO DISSO.

Page 79: Edição nº 5 / 2015

77

OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA.

INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÕES

CORO DA OSESP

REGENTE HONORÁRIA

NAOMI MUNAKATA

SOPRANOS

ANNA CAROLINA MOURAELIANE CHAGASÉRIKA MUNIZFLÁVIA KELE DE SOUSAJAMILE EVARISTOJI SOOK CHANGMARINA PEREIRAMAYNARA ARANA CUINNATÁLIA ÁUREAREGIANE MARTINEZ MONITORA

ROXANA KOSTKAVIVIANA CASAGRANDI

CONTRALTOS / MEZZOS

ANA GANZERTCELY KOZUKICLARISSA CABRALCRISTIANE MINCZUKFABIANA PORTASLÉA LACERDA MONITORA

MARIA ANGÉLICA LEUTWILERMARIA RAQUEL GABOARDIMARIANA VALENÇAMÔNICA WEBER BRONZATIPATRÍCIA NACLESILVANA ROMANISOLANGE FERREIRAVESNA BANKOVIC

CORO ACADÊMICO DA OSESP

REGENTE

MARCOS THADEU

ANDRÉ MATOS RABELLOBRUNO ARRABAL SPOSITO FERREIRADANIELA BASTOS LAMIM OLIVEIRADAVID DOS SANTOS MEDRADOEMILY DE OLIVEIRA ALVESFÚLVIO MAGALHÃES LIMA DE SOUZAISAQUE PEREIRA DE OLIVEIRAIVY CRISTINA SZOTLUIS FIDELIS DE OLIVEIRA JUNIORLUIZA BIONDI DE SOUZAMARIA MARQUES MEDEIROS RODRIGUES DA SILVAMIKAEL JONATHAS COUTINHO OLIVEIRAMIQUEIAS BRAGA PEREIRANAE KOHATSU MATAKASRODRIGO ANDRADE MAIA PRADOTAMARA ALVARENGA CAETANOTATIANE REIS DA SILVATHAIS AZEVEDO CAMPOSVANESSA CRISTINA TEIXEIRA DOS SANTOS

PIANISTA CORREPETIDORA

CAMILA OLIVEIRA

TENORES

ANDERSON LUIZ DE SOUSACARLOS EDUARDO DO NASCIMENTOCLAYBER GUIMARÃESERNANI MATHIAS ROSAFÁBIO VIANNA PERESJABEZ LIMAJOCELYN MAROCCOLOLUIZ EDUARDO GUIMARÃESMÁRCIO SOARES BASSOUS MONITOR

ODORICO RAMOSPAULO CERQUEIRARÚBEN ARAÚJO

BAIXOS / BARÍTONOS

ALDO DUARTEERICK SOUZAFERNANDO COUTINHO RAMOSFLAVIO BORGESFRANCISCO MEIRAISRAEL MASCARENHASJOÃO VITOR LADEIRALAERCIO RESENDEMOISÉS TÉSSALOPAULO FAVAROSABAH TEIXEIRA MONITOR

PREPARADOR VOCAL

MARCOS THADEU

PIANISTA CORREPETIDOR

FERNANDO TOMIMURA

GERÊNCIA

CLAUDIA DOS ANJOS GERENTE

SEZINANDO GABRIEL DE O. NETO INSPETOR

AN

DR

É S

AN

CH

ES

KE

NN

ED

Y A

LE

NC

AR

LU

IZ G

US

TA

VO

ME

DIN

A

MA

RA

LU

QU

ET

MA

RC

IO A

TA

LL

A

MÍR

IAM

LE

ITÃ

O

PE

TR

IA C

HA

VE

S

RO

SE

AN

N K

EN

NE

DY

SE

RG

IO A

BR

AN

CH

ES

RO

BE

RT

O N

ON

AT

O

LTE

R M

AIE

RO

VIT

CH

AN

DR

É T

RIG

UE

IRO

AR

NA

LD

O J

AB

OR

AR

TU

R X

EX

ÉO

CA

RLO

S J

UL

IO

BE

L P

ES

CE

CA

RLO

S A

LB

ER

TO

SA

RD

EN

BE

RG

CA

RLO

S E

DU

AR

DO

EB

OL

I

CA

RO

LIN

A M

OR

AN

D

DA

N S

TU

LB

AC

H

DE

VA

PA

SC

OV

ICC

I

ET

HE

VA

LD

O S

IQU

EIR

A

FA

BÍO

LA

CID

RA

L

FE

RN

AN

DO

AB

RU

CIO

FE

RN

AN

DO

GA

BE

IRA

FL

AV

IO G

IKO

VA

TE

GIL

BE

RT

O D

IME

NS

TE

IN

JO

RG

E L

UC

KI

JO

GO

DO

Y

JU

CA

KF

OU

RI

Para os jornalistas da , tocar notícia é como fazer uma sinfonia.

A CBN não toca música.Os comentaristas são virtuoses da palavra e da informação jornalística.

VIV

IAN

E M

OS

É

MA

RIO

MA

RR

A

MA

RIO

SE

RG

IO C

OR

TE

LL

A

MA

UR

O H

AL

FE

LD

MA

X G

EH

RIN

GE

R

ME

RV

AL

PE

RE

IRA

MÍL

TO

N J

UN

GAAAA CCBBBBNNNN nnnãããoooo tttooocccaaa mmmúúússsiiicccaaa.OOOOssss cccommmeeennnnnntttttaaaarrriisssstttaaaasss ssãããããoooo vvvvviiiirrrrtttuuuuooossssseeesss dddaaaaa pppppaalllaaaavvvvrraaaa eeee dddda iiiinnnffoorrrmmmmmmaaaççãããooo jjjjjoooorrrrnnnaaaalllííísssttttiicccaaaa..

AN

DR

É S

AN

CH

ES

KE

NN

ED

Y A

LE

NC

AR

LU

IZ G

US

TA

VO

ME

DIN

A

MA

RA

LU

QU

ET

MA

RC

IO A

TA

LL

A

MÍR

IAM

LE

ITÃ

O

PE

TR

IA C

HA

VE

S

RO

SE

AN

N K

EN

NE

DY

SE

RG

IO A

BR

AN

CH

ES

RO

BE

RT

O N

ON

AT

O

LTE

R M

AIE

RO

VIT

CH

AN

DR

É T

RIG

UE

IRO

AR

NA

LD

O J

AB

OR

AR

TU

R X

EX

ÉO

CA

RLO

S J

UL

IO

BE

L P

ES

CE

CA

RLO

S A

LB

ER

TO

SA

RD

EN

BE

RG

CA

RLO

S E

DU

AR

DO

EB

OL

I

CA

RO

LIN

A M

OR

AN

D

DA

N S

TU

LB

AC

H

DE

VA

PA

SC

OV

ICC

I

ET

HE

VA

LD

O S

IQU

EIR

A

FA

BÍO

LA

CID

RA

L

FE

RN

AN

DO

AB

RU

CIO

FE

RN

AN

DO

GA

BE

IRA

FL

AV

IO G

IKO

VA

TE

GIL

BE

RT

O D

IME

NS

TE

IN

JO

RG

E L

UC

KI

JO

GO

DO

Y

JU

CA

KF

OU

RI

Para os jornalistas da , tocar notícia é como fazer uma sinfonia.

VIV

IAN

E M

OS

É

MA

RIO

MA

RR

A

MA

RIO

SE

RG

IO C

OR

TE

LL

A

MA

UR

O H

AL

FE

LD

MA

X G

EH

RIN

GE

R

ME

RV

AL

PE

RE

IRA

MÍL

TO

N J

UN

G

Page 80: Edição nº 5 / 2015

78

O FESTIVAL AGRADECE A SEUS

PARCEIROS

MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SECRETARIA DA CULTURA APRESENTAM

revista osesp festival DUPLAAAAAA.ai 1 01/07/15 14:36

Page 81: Edição nº 5 / 2015

79

PATROCÍNIO OFICIAL

PROMOÇÃOCO-PATROCÍNIO APOIO

REALIZAÇÃO

revista osesp festival DUPLAAAAAA.ai 1 01/07/15 14:36

Page 82: Edição nº 5 / 2015

80

CORO INFANTIL DA OSESP

REGENTE

TERUO YOSHIDA

ALLICE SOUZA DINIZANA CAROLINA DA COSTA OLIVEIRAANA CLARA MOREIRA DA SILVAANA LUIZA ROSA NAVESANDRÉ LUIZ CARDOSO AZEVEDOBRUNA CARVALHO CECCICAMILA ARAÚJO FONSECACAUÃ MORYA SANTOSCAYENNE CASTRO AGUIARCLOE PERRUT DE GODOIDAVID MEYERENZO TOLEDO ANDREUCCETTIFERNANDA FERNANDES QUINTANILHAFLÁVIA MOREIRA DE CARVALHO ARANTESFRANCISCO KRINDGES GERALDINIGABRIELA KAZAKEVICIUSGIOVANNA MELLO CAMARGOGUSTAVO BARRAVIERA RODRIGUESHELENA CAPELOSSIINGRID SANTOS CLE CHERUNIRENE CHAPUIS FONSECAIRINA ALFONSO FREDERICOIZABELA AMOROSO CAVALCANTEJULIA CORRÊA OLIVEIRAJULIA PIRES DE BRITTO COSTAJULIA RIBEIRO MONTINJULLIA FISCHBORN ARDANUYLETÍCIA ARAÚJO FONSECALETÍCIA SAITO KOJIMALOHANNA SOUZA SANTOS DE LIMALORENA BATISTA REGOLUCAS SHOJILUCIANA GUEDES GERMANOLUÍSA RIBEIRO DE OLIVEIRA GUENALUIZ ROBERTO QUINTEROS DOS SANTOSLUIZA PIRES DE BRITTO COSTAMARIA EDUARDA LAGONEGRO BRAGANHOLOMARIA FERNANDA DE AVILA VIANA

MARIANE ELOAR SILVA CAMARGOMARINA CELANI GUEDESMARINA GARCIA CUSTÓDIOMINA CHYNN KU ALBUQUERQUEMONIQUE PEREIRA MOLINAMURILLO BOMFIM NASCIMENTOPAULA CAETANO LEITEPAULA SANTANA SCHIMITPRISCILA CARDOSO TEIXEIRARAFAELLA MARTINS SILVAREBECCA SANTOS DE SOUZARENATA GARCIA CUSTÓDIOSARA HELEN DA SILVASOFIA MAGON WEBERSOFIA MARTINS RIBEIRO COELHO DE MAGALHÃESSOFIA SPASSOVA COSTASUEWELLYN ABREU VICENTINITANIA GUEDES GERMANOTHAYNÁ FERNANDA SILVA BORGESVITORIA COSTA DE SOUSAYOHANA ROCHA GRANATTAYSA PAULA DA COSTA OLIVEIRA

PIANISTA CORREPETIDORA

DANA RADU

CORO JUVENIL DA OSESP

REGENTE

PAULO CELSO MOURA

ALINE THAIS MORAES DURÁNANA CAROLINA BERGAMASCHI FARIASBEATRIZ DE OLIVEIRA CONTRERA TOROBIANCA CARVALHO DE ALMEIDABIANCA FERREIRA DE SOUZACARINA BISPO MIRANDACARLOS HENRIQUE BUENO DA COSTACATARINA AKEMI LOPES KAWAKANIDANIEL MARIANO FERREIRA DA SILVA

DAVI MARIANO FERREIRA DA SILVA ELISABETH PRIMO RIOSENZO ROCHA MAGRIESTHER CAROLAYNE SILVA FURQUIMFERNANDA MOREIRA DE CARVALHO ARANTESFERNANDA MOURA DA SILVAFLÁVIO TIMAR RODRIGUESGABRIELA NASCIMENTO BARBOSAGIOVANNA MARIA SILVA CANDIDAGRAZIELA STEFANO VYUNASHELENA DE OLIVEIRA CONTRERA TOROHELLEN CRISTINA SOUZA SABINOHENRIQUE SILVA PEDROSOIZABELA VIEIRA MARCIANOJENNIFER ANNE SANTANA DA SILVAJESSICA CÂNCIO DE OLIVEIRAJOSEPH CRISTOJULIANA CALASANS DOS SANTOSLEONARDO OLIVEIRA DE LIMALYGIA POLIA SANTIAGO SAMPAIOMARCOS NATÃ DAMASCENO FERREIRAMARGOT LOHN KULLOCKMARIA CLARA PERRUT DE GODOINAARA DOS SANTOS AMARALNATHALIA GRILLO DOMINGOSRAQUEL BEZERRARENATO FRITZ HOEFLERSAMUEL CESAR MATHEUSSOPHIA ALFONSO FREDERICOSTEPHANIE DE FÁTIMA DA SILVA VIANNATHIAGO CONSTANTINOVICTÓRIA ANDREZZA PRADO PEREZVICTORIA BEATRIZ SOUZA NIZAYASMIN MARIA AMIRATO

PIANISTA

DANA RADU

NEXT

Page 83: Edição nº 5 / 2015

81

FUNDAÇÃO OSESPPRESIDENTE DE HONRA

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPRESIDENTE

FÁBIO COLLETTI BARBOSAVICE-PRESIDENTE

ANTONIO CARLOS QUINTELLACONSELHEIROS

ALBERTO GOLDMANHEITOR MARTINSHELIO MATTAR JOSÉ CARLOS DIASLILIA MORITZ SCHWARCZMANOEL CORRÊA DO LAGOPAULO CEZAR ARAGÃOPEDRO PARENTESÁVIO ARAÚJO

CONSELHO DE ORIENTAÇÃOPEDRO MOREIRA SALLES FERNANDO HENRIQUE CARDOSOCELSO LAFERHORACIO LAFER PIVAJOSÉ ERMÍRIO DE MORAES NETO

CONSELHO FISCALJÂNIO GOMESMANOEL BIZARRIA GUILHERME NETOMIGUEL SAMPOL POU

CONSELHO CONSULTIVOANTONIO CARLOS CARVALHO DE CAMPOSANTONIO CARLOS VALENTE DA SILVAANTONIO PRATAAUGUSTO LUIS RODRIGUESDENISE FRAGADRAUZIO VARELLAEDUARDO GIANNETTIEDUARDO PIRAGIBE GRAEFFEUGÊNIO BUCCIFÁBIO MAGALHÃESFRANCISCO VIDAL LUNAGUSTAVO ROXO FONSECAHELOISA FISCHERJAC LEIRNERJAYME GARFINKELJOÃO GUILHERME RIPPERJOSÉ HENRIQUE REIS LOBOJOSÉ PASTOREJOSÉ ROBERTO WHITAKER PENTEADOLORENZO MAMMÌLUIZ SCHWARCZMONICA WALDVOGELNELSON RUSSO FERREIRA PERSIO ARIDAPHILLIP YANGRAUL CUTAITRICARDO LEALRICARDO OHTAKESÉRGIO ADORNOSTEFANO BRIDELLITATYANA FREITASTHILO MANNHARDTVITOR HALLACKWILLIAM VEALEZÉLIA DUNCAN

DIRETORIA EXECUTIVAMARCELO LOPES DIRETOR EXECUTIVO

FAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA SUPERINTENDENTE

ASSISTENTES

JULIANA DIAS FRANÇACAROLINA BORGES FERREIRA

DIRETORIA ARTÍSTICAARTHUR NESTROVSKI DIRETOR ARTÍSTICO

ISABELA PULFER ASSESSORA DANNYELLE UEDA ASSISTENTE PLANEJAMENTO ARTÍSTICO

ENEIDA MONACO COORDENADORA

FLÁVIO MOREIRA

FESTIVAL INTERNACIONAL DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃOFÁBIO ZANON COORDENADOR ARTÍSTICO-PEDAGÓGICO

JURÍDICODANIELLA ALBINO BEZERRA GERENTE

VINICIUS CARLOS SANTOSVINICIUS KOPTCHINSKI ALVES BARRETO

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO MUSICAL E EDITORA CRIADORES DO BRASILANTONIO CARLOS NEVES PINTO COORDENADOR

HERON MARTINS SILVACÉSAR AUGUSTO PETENÁFELIPE FERNANDES SILVAGUILHERME DA SILVA TRIGINELLILEONARDO DA SILVA ANDRADERAFAEL RIBEIRO DA CUNHADANIELE FIERI SILVATHIAGO RIBEIRO FRANCISCO*

MARINA TARATETA FRANCO DE OLIVEIRASEVERINA MARIA TEIXEIRA

ATIVIDADES EDUCACIONAISROGÉRIO ZAGHI COORDENADOR

ACADEMIA

CAMILA ALESSANDRA RODRIGUES DA SILVADANA MIHAELA RADU PIANISTA CORREPETIDORA

EDUCAÇÃO MUSICAL

HELENA CRISTINA HOFFMANNDANIELA DE CAMARGO SILVAISABELLA FRAGA LOPES FERREIRA****

SIMONE BELOTTINAGELA GARDENE SILVA NOGUEIRACORO INFANTIL

TERUO YOSHIDA REGENTE

CORO JUNENIL

PAULO CELSO MOURA REGENTE

BRENA FERREIRA BUENOCORO ACADÊMICO

MARCOS THADEU REGENTE

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

RENATA LIPIA LIMATHAIS DUQUE RIBEIRO*

VICTOR LEITE DE OLIVEIRA*

MARKETINGCARLOS HARASAWA DIRETOR

ASSINATURAS

RAFAEL SANTOSMARIA LUIZA DA SILVATHAIS OLIVEIRA DE SOUSALUCAS MARQUES DA SILVA* EVENTOS E CAPTAÇÃO PESSOA FÍSICA

MAUREN STIEVEN GABRIELLE A. DE OLIVEIRA COELHOBRUNA COSTA DE OLIVEIRA*

THAMIRIS FRANCO MEDEIROS*

RELACIONAMENTO PATROCINADORES E PARCEIROS

NATÁLIA LIMAJULIANA MARTINS VASSOLER DE BRITTOBEATRIZ YUMI AOKIMATHEUS RIBEIRO*

COMUNICAÇÃOMARCELE LUCON GHELARDI GERENTE

DESIGN

BERNARD WILLIAM CARVALHO BATISTAMICHEL JORGE DE ALBUQUERQUE ABOU ASSALI*IMPRENSA

ALEXANDRE AUGUSTO ROXO FELIXFERNANDO FREITAS*

MÍDIAS DIGITAIS

FABIANA GHANTOUSNATÁLIA KIKUCHILAURA BING*

PUBLICIDADE / PUBLICAÇÕES E IMPRESSOS

ANA PAULA SILVA MONTEIROGIOVANNA CAMPELOLAÍS VARIZI*

CONTROLADORIACRISTINA M. P. DE MATOS CONTROLLER

ALLINE FORMIGONI ROSSIJERONYMO R. ROMÃO RAFAEL HENRIQUE DE SOUZA ALEIXO

CONTABILIDADEIMACULADA C. S. OLIVEIRA GERENTE

LEONARDO QUEIROZVALÉRIA DE ALMEIDA CASSEMIRO

FINANCEIROFABIANO CASSANELLI DA SILVA GERENTE

VERA LUCIA DOS SANTOS SOUZAAILTON GABRIEL DE LIMA JRJANDUI APRIGIO MEDEIROS FILHOTHAYNARA DA SILVA*

(*) ESTAGIÁRIOS(**) APRENDIZES(****) TEMPORÁRIO

Page 84: Edição nº 5 / 2015

82

DIVISÃO ADMINISTRATIVAGIACOMO CHIARELLA GERENTE

CAROLINA BENKO SGAI SANDRA APARECIDA DIASRAFAEL LOURENCO PATRICIOKAIKE APARECIDO MENDES COUTO**

RECEPÇÃO

ALEX DE ALMEIDA ALQUIMIMEUNICE DE FALCO ASSISCATIANE ARAUJO DE MELOMICHELLY CAVALCANTE DE MOURANADIA IDALINA DE OLIVEIRASERVIÇO DE COPA

NATHALIA DE OLIVEIRA PEREIRA****

ROSILENE DE JESUS SOARESSERVIÇOS TERCEIRIZADOS

MARIA TERESA ORTONA FERREIRAMANUTENÇÃO E OBRAS

MURILO SOBRAL COELHO

JOSÉ AUGUSTO SÃO PEDRO MARCIEL BATISTA SANTOSOSVALDO DE SOUZA BRITTOZENIVALDO DE JESUS FELIPE DE CASTRO LEITE LAPAGUILHERME FERNANDES DA SILVA*

LUIS HENRIQUE SANTOS DE SOUZA*

RECURSOS HUMANOS

LEONARDO DUTRA DI PIAZZA GERENTE MARLENE APARECIDA DE ALMEIDA SIMÃOTHAMIRIS LANE DA SILVACAMILA SANTANA DE ARAUJOINFORMÁTICA

MARCELO LEONARDO DE BARROSGEOVANNI SILVA FERREIRAGUSTAVO TADEU CANOA MORGADOFILIPE ALBUQUERQUE MATOS DE JESUS*

GUILHERME PEREIRA DE FREITAS**

COMPRAS E SUPRIMENTOS

DEISE PEREIRA PINTO JEFERSON ROCHA DE LIMAMARIA DE FÁTIMA RIBEIRO DE SOUSAROSELI FERNANDES ALMOXARIFADO

WILSON RODRIGUES DE BARROSARQUIVO

EDUARDO DE CARVALHOISABEL DE CÁSSIA CREMA GONÇALVESSAYONARA SOUZA DOS SANTOS

DIVISÃO OPERACIONALANALIA VERÔNICA BELLI GERENTE

DEPARTAMENTO PRODUÇÃO — OSESP

ALESSANDRA CIMINOANA NELY BARBOSA DE LEMOSLUCAS GOMES MARINHO MARTINSRODRIGO MALUF RAMOS DA SILVAFELIPE UBALDO MILANI BRENDA KOSCHEL DE FARIASDEPARTAMENTO TÉCNICO

KARINA FONTANA DEL PAPA GERENTE

EDNILSON DE CAMPOS PINTOERIK KLAUS LIMA GOMIDESANGELA DA SILVA SARDINHACARLOS EDUARDO SOARES DA SILVA ELIEZIO FERREIRA DE ARAUJOBIANCA PEREIRA DOS SANTOSILUMINAÇÃO

EDIVALDO JOSÉ DA SILVASOM

FERNANDO DIONISIO VIEIRA DA SILVAANDRE VITOR DE ANDRADE RENATO FARIA FIRMINOMONTAGEM

DENILSON CARDOSO ARAUJOEDGAR PAULO DA CONCEIÇÃOEDIVALDO JOSE DA SILVAEMERSON DE SOUZA GABRIEL BARONE RAMOSGERSON DA SILVAHUMBERTO ALVES CAROLINOJOSÉ CARLOS FERREIRAJÚLIO CESAR BARRETO DE SOUZANIZINHO DEIVID ZOPELARORODRIGO STEVANIN RODRIGO BATISTA FERREIRA

DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES

MÔNICA CÁSSIA FERREIRA GERENTE

REGIANE SAMPAIO BEZERRAFABIANE DE OLIVEIRA ARAUJOGUILHERME VIEIRA VINICIUS GOY DE AROLARISSA BALEEIRO DA SILVACRISTIANO GESUALDOBEATRIZ DE OLIVEIRACONTROLADOR DE ACESSO

ADAILSON DE ANDRADEINDICADORES

MARIANA DE ALMEIDA NEVES MARIA JOCELMA A. R. NISHIUCHIANDERSON BENIDANIELA DOS SANTOS DA CONCEIÇÃOFABRÍCIO DE FREITAS SILVAALUANE LOPES RODRIGUES*

ANDRESSA DA CONCEIÇÃO SANTOS*

BRENDA DOMINGUES SCHNEIDER*

BRUNO MAURÍCIO DE OLIVEIRA SILVA*

CASSIO MOISES DA SILVA*

ELINE SOUZA DO CARMO*

GIOVANNI PEREIRA DOS SANTOS*

GUILHERME CUNHA MULLERHELOISE TIEME SILVA*

JAIR DE ARAUJO SILVA*

JESSICA NAYANNE DOS SANTOS*

JULIANA LIMA VASQUES*

KLARYSSA KEISE FRANCISCO*

LAILA FERNANDA SANTOS AMARAL*LARISSA ARAUJO DOS SANTOS*

MARINA GONÇALVES SILVA*

NATHALIA DE BARROS SOUZA*

PEDRO BUSTAMANTE G. VELLOSO BRANDÃO*

REGINALDO DOS SANTOS DE ALMEIDA*

BEATRIZ DE OLIVEIRA**

TIVOLI SÃO PAULO - MOFARREJ ALAMEDA SANTOS, 1437 | CERQUEIRA CÉSAR

SÃO PAULO | SP | BRASIL

F: 55 11 3146 5900 E: [email protected]

AFINE SEUS SENTIDOS.Tivoli São Paulo - Mofarrej: Hotel Oficial da Temporada OSESP 2015

P R A I A D O F O R T E | S Ã O P A U L O | L I S B O A | A L G A R V E | C O I M B R A | S I N T R A

(*) ESTAGIÁRIOS(**) APRENDIZES(****) TEMPORÁRIO

Page 85: Edição nº 5 / 2015

83

Sinal Verdepara a CULTURA

e para você se emocionar com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

A Localiza apoia a OSESP e diversos outros projetos culturais com o Programa Sinal Verde para a Cultura. Uma iniciativa que já viabilizou milhares de eventos, levando entretenimento e arte a todos os cantos do país.

É a Localiza abrindo portas para a cultura e dando sinal verde para você se divertir.

Reservas 24h: 0800 979 2000

www.localiza.com

Page 86: Edição nº 5 / 2015

84

/osesp /osesp /osesp/videososesp

PROGRAMA SUA ORQUESTRA www.osesp.art.br/suaorquestra

[email protected] 3367 9580

MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SECRETARIA DA CULTURA APRESENTAM

APOIE SUAORQUESTRA

32A partir de R$ 400 de contribuição anual,ll vovv cê2cc22222222222222222222222222222para rr

partrr itt cii icc pii ar de dd atividades exclusivas na OsOO esee ps , pp s.en221

ASSOCIADOS OSESPTÊM ENTRADA FRANCA

NO MAM, MIS E PINACOTECA

CoCC ncecc rtrr ostt didd dii ádd ticii oscc pararr m11111111197 mil crianças e jovens e 1124 vavv ga as aos ano para rr prorr feff see s1ss1111111111t11itt pii lill cii adodd rerr see da dd apa rerr cicc aii çãoç musuu icii al;ll

Aperfeiçoamento de jovens músicos de elevado potencial para

Visitas educativas à Sala São Paulo para mais de 100 mil pessoas.ingresso no mercado profissional

333333333333333333z333izz rii 100% de sua contribuição até o limite de 6% do 33333333333333333333a33ddeedddd vviivv ddii odd .oo NoNN sitii e tt dadd OsOO esee ps vovv cêcc pode dd simii ulall r valvv oll rerr s eea melhor usufruir desse incentivo fiscal.33 p p

Há boas razões para ser um Associado Osesp

Revista OSESP PSO.ai 1 08/07/15 14:30

Page 87: Edição nº 5 / 2015

85

PROGRAMA SUA ORQUESTRA

AGRADECEMOS A TODOS QUE CONTRIBUEM COM O NOSSO PROGRAMA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA OS PROGRAMAS EDUCACIONAIS DA OSESP

PATRONO / ACIMA DE R$15.001,00ALVARO FURTADOANDRE RODRIGUES CANOANTONIO QUINTELLAFABIO COLLETTI BARBOSAPAULO BILEZIKJIAN

PRESTO / DE R$8.001,00 A R$15.000,00ANDRÉ CAMINADAANDREW THOMAS CAMPBELLHELIO MATTARJ. ROBERTO WHITAKER PENTEADOJOSÉ CARLOS DIASLILIA MORITZ SCHWARCZMARCELO KAYATHMAURICIO CASTANHO TANCREDI

VIVACE CON BRIO / DE R$4.001,00 A R$8.000,00ADRIANO ZANALBERTO CAZAUXALFONSO HUMBERTO CELIA SILVAALFREDO JOSÉ MANSURANA BEATRIZ LORCH ROTHANA DE OURO PRETO CORRÊA DO LAGOANA ELISABETH ADAMOVICZ DE CARVALHOANITA LEONIANTONIO AILTON CASEIROANTONIO DE JESUS MENDESANTONIO ROBERTO LUMINATIARNALDO MALHEIROSCARLOS ALBERTO MATTOSO CISCATOCARLOS ALBERTO WANDERLEY JUNIORCARLOS EDUARDO ALMEIDA MARTINS DE ANDRADECARLOS EDUARDO MORI PEYSERCARLOS MACRUZ FILHOCARLOS ROBERTO APPOLONICARMEM LUIZA GONZALEZ DA FONSECACHISLEINE FÁTIMA DE ABREUCLÁUDIO AUGUSTO DE MEDEIROS CÂMARADEBORAH NEALEDORIS CATHARINE CORNELIE KNATZ KOWALTOWSKIEDILSON DE MORAES REGO FILHOEDUARDO WENSE DIASELIANA AYAKO HIRATA ANTUNES DE OLIVEIRAELISEU MARTINSELZA MARIA ROCHA PADUAEMILIO EUGÊNIO AULER NETOERWIN NOGUEIRA DE ANDRADEEURICO RIBEIRO DE MENDONÇAFERNANDO MATTOSO LEMOSFERNANDO OCTAVIO MAZZA BAUMEIERGUILHERME CAOBIANCO MARQUESGUSTAVO ANDRADEHEDYWALDO HANNAHELGA VERENA LEONI MAFFEIHORACIO LAFER PIVAILMA TERESINHA ARNS WANGISRAEL VAINBOIMIVAN CUNHA NASCIMENTOJAIME PINSKYJAIRO OKRETJAYME VOLICHJOÃO CAETANO ALVARESJOONG HYUN SHINJOSÉ CARLOS BAPTISTA DO NASCIMENTOJOSÉ CARLOS ROSSINI IGLÉZIASJOSÉ ROBERTO BENETIJUDITH MIREILLE BEHARJULIO CESAR DA COSTALAURA PALADINO DE LIMALAYDE HILDA MACHADO SIQUEIRALEA FALLEIROS MENDESLEONARDO KENJI RIBEIRO KITAJIMALIA BRIDELLILIVIO DE VIVOLUIS EDMUNDO PINTO DA FONSECALUÍS MARCELLO GALLOLUIZ AUGUSTO DE QUEIROZ ABLASLUIZ DO NASCIMENTO PEREIRA JUNIORLUIZ FRANCO BRANDÃOLUIZ GONZAGA MARINHO BRANDÃOMARCEL PONS ESPAROMARCIO AUGUSTO CEVAMARCIO MARCH GARCIAMARCOS GOMES AMORIMMARIA ALEXANDRA KOWALSKI MOTTAMARIA LUIZA PIGINI SANTIAGO PEREIRA

MARINA DE ALMEIDA AOKIMAURICIO GOMES ZAMBONIMERCIA LUCIA DE MELO NEVES CHADEMIGUEL PARENTE DIASNELI APARECIDA DE FARIANELSON MERCHED DAHER FILHONELSON PEREIRA DOS REISORLANDO CESAR O. BARRETTOOSNI APARECIDO SANCHEZOSWALDO HENRIQUE SILVEIRAPAULO APARECIDO DOS SANTOSPAULO ROBERTO CAIXETAPAULO ROBERTO PORTO CASTROPEDRO HERZPETER GREINERPLINIO TADEU CRISTOFOLETTI JUNIORPROVVIDENZA BERTONCINIRAPHAEL PEREIRA CRIZANTHORAQUEL SZTERLING NELKENREGINA LÚCIA ELIA GOMESRICARDO PAULINO MARQUESRITA DE CASSIA BARRADAS BARATARODRIGO HUNG SOO PICANCO CHOIRODRIGO RIBEIRO NOVAESROSICLER ALBUQUERQUE DE SOUSASAMI TEBECHRANISANTO BOCCALINI JUNIORSARAH VALENTE BATTISTELLASATOSHI YOKOTASÉRGIO HENRIQUE DE ANDRADE PEREIRASERGIO PAULO RIGONATTISERGIO RACHMANSIDNEI FORTUNASILVIO CHEBABI TEIXEIRA DE VASCONCELOSSTEPHAN WOLYNECSUELI DA SILVA MOREIRASUZETE GARCIA DE MOURATOMASZ KOWALTOWSKIVALDIR RODRIGUES DE SOUZAVANIA CURI YAZBEKVERA DA CONCEIÇÃO FERNANDES HACHICHVERA LUCIA PERES PESSÔAVITÓRIO LUIS KEMPWALDEMAR COELHO HACHICHWASHINGTON KATOYOJI OGAWAZILMA SOUZA CAVADASZOROASTRO CERVINI ANDRADE

VIVACE / DE R$2.001,00 A R$4.000,00ABNER OLIVAALAIN CLEMENT LESSER LEVYALESSANDRA MIRAMONTES LIMAALEXANDRE LEAO FERREIRAALIDA MARIA FLEURY BELLANDIANTONIO MARCOS VIEIRA SANTOSANTONIO SALATINOBERTHA ROSENBERGCARLOS EDUARDO CIANFLONECARMEN SILVIA DE MELOCIBELE RIVA RUMELCLODOALDO APARECIDO ANNIBALDANIEL DA SILVA ROSADEBORA ARNS WANGDIANA VIDALDIDIO KOZLOWSKIEDITH RANZINIEDNA DE LURDES SISCARI CAMPOSEDSON MINORU FUKUDAELAYNE RODRIGUES DE MATOSELIANA R. M. ZLOCHEVSKYERICK FIGUEIREDO RODRIGUESERIKA ROBERTA DA SILVAETSUKO IKEDA DE CARVALHOFÁTIMA PORTELLA RIBAS MARTINSFLAVIA HELENA PIUMA SILVEIRAFRANCISCO SCIAROTTA NETOFREDERICO MACIEL MOREIRAGASTÃO JOSE GOULART DE AZEVEDOGERALDO GOMES SERRAGONZALO VECINA NETOHAMILTON BOKALEFF DE OLIVEIRA JUNIORHELDER OLIVEIRA DE CASTROHELIO ELKISJEANETTE AZARJOSE ANTONIO MEDINA MALHADOJOSÉ CARLOS GONSALESJOSE CERCHI FUSARIJOSE DE PAULA MONTEIRO NETOJOSÉ ESTRELLAJOSE GUILHERME VARTANIANJOSÉ LUIZ DE ARAUJO CANOSA MIGUEZJOSÉ LUIZ GOUVEIA RODRIGUESJOSE MARIA CARDOSO DE ASSISJOSE ROBERTO DE ALMEIDA MELLO

JOSÉ RUBENS PIRANIJULENE NEVES DE OLIVEIRA JESUSLEONARDO ARRUDA DO AMARAL ANDRADELILIA BLIMA SCHRAIBERLUCI BANKS LEITELUIS ROBERTO SILVESTRINILUIZ CESÁRIO DE OLIVEIRALUIZ DIEDERICHSEN VILLARESMARCELO JUNQUEIRA ANGULOMARCO TULLIO BOTTINOMARCOS VINICIUS ALBERTINIMARCUS TOMAZ DE AQUINOMARIA CECILIA SENISE MARTINELLIMARIA HELENA LEONEL GANDOLFOMARIA JOSEFA SUÁREZ CRUZMARINA PEREIRA BITTARMIGUEL LOTITO NETTOMIGUEL SAMPOL POUMIRIAM DE SOUZA KELLERNATANIEL PICADO ALVARESNELSON DE OLIVEIRA BRANCOPASCHOAL PAULO BARRETTAPATRICK CHRISTIAN POLAKPAULO EMÍLIO PINTOPEDRO SPYRIDION YANNOULISRAFAEL GOLOMBEKRENATO YOSHIO MURATARENÉ HENRIQUE GÖTZ LICHTROBERT A. WALLROBERTO LOPES DONKEROSA MARIA PESSÔA RANGELSALVATOR LICCO HAIMSERGIO OMAR SILVEIRASILVIA CINTRA FRANCOTARCÍSIO SARAIVA RABELO JRTHEREZINHA PRADO DE ANDRADE GOMESWALTER JACOB CURIWANDER AZEVEDOWILTON QUEIROZ DE ARAUJO

ALLEGRO / DE R$1.001,00 A R$2.000,00ADEMAR PEREIRA GOMESADHEMAR MARTINHO DOS SANTOSADRIANA RAVANELLI RIBEIRO GILLIOTTIALBINO DE BORTOLIALCEU LANDIALEXANDRE JOSE MARKOALEXANDRE SHINOBEALZIRA MARIA ASSUMPÇÃOANDRÉ LUIZ DE MEDEIROS M. DE BARROSANDRE XAVIER FORSTERANTONIO CAPOZZIANTONIO CLARET MACIEL SANTOSANTONIO DIMASARTUR HENRIQUE DE TOLEDO DAMASCENOBARBARA HELENA KLEINHAPPEL MATEUSCARLO CELSO LENCIONI ZANETTICÁSSIO DREYFUSSCÉLIA MARISA PRENDESCÉLIO CORRÊA DE ALMEIDA FILHOCHUNG RAN HANCLARICE BERCHTCRISTIANE VIEIRA DOS SANTOS BARROSDANIEL BLEECKER PARKEDANUSA STUDART LUSTOSA CABRALDAUMER MARTINS DE ALMEIDADÉCIO PEREIRA COUTINHODIONE MARIA PAZZETTO ARESEDSON DEZANEDUARDO ALGRANTIEDUARDO VILLAÇA PINTOELIEZER SCHUINDT DA SILVAELISABETH BRAITELLEN SIMONE DE AQUINO OLIVEIRA PAIVAELOISA THOMÉ MILANIELVIS HENRIQUE SANTOS ANDRADEEMA ELIANA TARICCO DE FIORIFÁBIO BATISTA BLESSAFELICIANO LUMINIFERNANDA DE MIRANDA MARTINHOFERNANDO CÉSAR NARDUZZOFERNANDO JOSÉ DE NOBREGAFERNANDO MOREIRA DE ANDRADEFILIPPE VASCONCELLOS DE FREITAS GUIMARÃESFRANCISCO SEGNINI JRFRIEDRICH THEODOR SIMONGIOCONDA DA CONCEIÇÃO SILVAGIZELDA MARIA BASSI SIQUEIRAGLORIA MARIA DE ALMEIDA SOUZA TEDRUSHELIO JULIO MARCHIHERMAN BRIAN ELIAS MOURAIDEVAL BERNARDO DE OLIVEIRAILAN AVRICHIRIRENE ABRAMOVICHIRENE DE ARAUJO MACHADO

Page 88: Edição nº 5 / 2015

86

ALLEGRETTO / DE R$400,00 A R$1.000,00ALESSANDRO CONTESSAALEXANDRE CONTI MARRAALEXANDRE SILVESTREANA CAROLINA ALBERO BELISÁRIOANATOLY TYMOSZCZENKOANDREE SOLAL RIBEIROANNA LAURA OLIVAANTONIETA DE OLIVEIRAANTONIO CARLOS MANFREDINIANTONIO CARLOS REBELLO DA SILVAAVA NICOLE DRANOFF BORGERBELA FELDMAN - BIANCOCARLOS ALBERTO PINTO DE QUEIROZCARLOS EDUARDO MANSUELLI FORNERETOCARLOS EDUARDO SEOCARLOS INÁCIO DE PAULACARLOS ROBERTO PEREIRACARMEN GOMES TEIXEIRACELIA TERUMI SANDACELINEA VIEIRA PONSCESARE TUBERTINICID BANKS LOUREIROCIRILO LEMES DE CASTROCLAUDIA SERRANO DE AZEVEDOCLAUDIONOR SPINELLICLOVIS LEGNARECRISTINA MARIA MIRADAN E MATIANA ANDREIDANIEL DE ALMEIDA OKINODANIELA DA SILVA GOMESDÁRCIO KITAKAWADEBORÁ ESPASIANIDEMILSON BELLEZI GUILHEMDOUGLAS CASTRO DOS REISDULCIDIVA PACCANELLAEDMUNDO LUCIO GIORDANOEDUARDO GERMANO DA SILVAEDUARDO MUFAREJEDUARDO PIZA PEREIRA GOMESEDVALDO DE SOUZA SANTOSEFRAIN CRISTIAN ZUNIGA SAAVEDRAELENICE SALLES KRAEMERELIAS AUDI JÚNIORELIZABETH DE NORONHA ANDRADEELY CAETANO XAVIER JUNIOREMILY JANAINA GUSHIKEN OLIVEIRAERIKA DANTAS KACHYESMERIA ROVAIEVANDRO BUCCINIFAUSTO MORABITOFERNANDO ANTONIO FOLLADORFERNANDO ANTONIO RIVETTI SUELOTTOFERNANDO HERBELLAFERNANDO LUIS LEITE CARREIROFLAVIA PRADAFLÁVIO EDUARDO PAHLFLÁVIO SENERINE BERTAGGIAGILBERTO LABONIAGINA MARIA MANFREDINI OLIVEIRAHÉLIO JORGE GONÇALVES DE CARVALHOHENRY ARIMAHILDA MARIA FRANCISCA DE PAULAILMA ADELINA CAUDURO PONTEILVIA MARIA BERTI CONTESSAIRAPUA TEIXEIRAÍRIS GARDINOJANOS BELA KOVESIJEAN FERNANDO PINHEIRO MIRANDAJEFFERSON LIMA MATIAS OLIVEIRAJOÃO PEDRO RODRIGUESJOHN WHITTLESEAJOSE ANTONIO DE ANDRADEJOSÉ LUIZ CARUSO RONCAJOSE LUIZ DOS SANTOSJOSE QUINTO JR.JÚLIO CÉSAR FERREIRA DA SILVAKARLA REGINA SILVAKOICHI MIZUTALAFAYETTE DE MORAESLARRY G. LUDWIGLEILA TERESINHA SIMÕES RENSILEONARDO TEIXEIRALILIAN ROCHA DE ABREU SODRÉ CARVALHOLUCAS DE LIMA NETOLÚCIA MACHADO MONTEIROLUIS MARCIO BARBOSALUIZ CARLOS CORSINI MONTEIRO DE BARROSLUIZ CARLOS TEIXEIRA DE SOUZA JUNIORLUIZ EDUARDO CIRNE CORREALUIZ GONZAGA PINTO SARAIVA (IN MEMORIAN)LYDIA SUEKO YOKOYAMA KITAKAWAMARCELO ANCONA LOPEZMARCELO HIDEKI TERASHIMA

ISABELA SISCARI CAMPOSISIS CRISTINA BARCHIITIRO SHIRAKAWAIVONE SOUZA CASTELLARIVONETE MARTINEZJOÃO CLÁUDIO LOUREIROJOSE ADAUTO RIBEIROJOSE BILEZIKJIANJOSE HERNANI ARRYM FILHOJOSÉ NELSON FREITAS FARIASJOSÉ ROBERTO FORNAZZAJOSÉ SUDÁ PIRESJULIO MILKOJUNIA BORGES BOTELHOKARL HEINZ KIENITZLAURO SOTTOLÉA ELISA SILINGOWSCHI CALILLEONARDO STELZER ROSSILIRIA KAORI INOUELUCIANO GONZALES RAMOSLUIZ CARLOS DE CASTRO VASCONCELLOSLUIZ CARLOS FERNANDESLUIZ FERNANDO SOARES BRANDÃOMARCIO DE SOUZA MACHADOMARCUS VINICIUS LOBREGATMARIA CECILIA ROSSIMARIA ELISA DIAS DE ANDRADE FURTADOMARIA EMILIA PACHECOMARIA EVANGELINA RAMOS DA SILVAMARIA INEZ CEZAR DE ANDRADEMARIA KADUNCMARIA LUIZA MARCILIOMARIA OLGA SOARES DA CUNHAMARIA SONIA DA SILVAMARILDA SACRAMENTO CAVALLOMARINA JAROUCHE AUNMARJORIE DE OLIVEIRA ZANCHETTAMAURICIO YASUDAMAURO NEMIROVSKY DE SIQUEIRAMESSIAS MACIEL DO PRADOMICHAEL HARADOMNADIR DA GLORIA H. CERVELLININELSON ANDRADENELSON DE ALMEIDA GONÇALVESNELSON VIEIRA BARREIRANEUSA MARIA DE SOUZANILTON DIVINO D'ADDIOOSCAR WINDMÜLLEROTAVIO DE SOUZA RAMOSOTÁVIO ROBERTI MACEDOPATRÍCIA GAMAPATRICIA RADINO ROUSEPAULO MENEZES FIGUEIREDOPAULO ROBERTO SABALAUSKASPEDRO MORALES NETOPEDRO RIBEIRO AZEVEDOPEDRO SÉRGIO SASSIOTORAFAEL D'ANDREAREGINA HELENA DA SILVAREINALDO MORANO FILHORENATA KUTSCHATRENATA SIMONRENATO ATILIO JORGERICARDO GASPAR MULLERROBERTO MORETTI BUENORODRIGO ELIAS MOREIRAROGÉRIO VALADARES BRANDÃOROLAND KOBERLEROSELI RITA MARINHEIRORUBENS BRITO DO NASCIMENTORUY BIANCHI SARTORETTOSANDRA SOUZA PINTOSELMA ANTONIOSELMA MARIA SCHINCARIOLISÍLVIA REGINA FRANCESCHINISILVIO ALEIXOSILVIO ANTONIO SILVASILVIO PARTITISONIA MARGARIDA CSORDASSONIA MARIA LEITESONIA MARIA SCHINCARIOLISONIA PONZIO DE REZENDETHOMAZ WOOD JUNIORURBANO ALENCAR MACHADOVALÉRIA GADIOLIVICENTE PAIVA CORREIA LIMAVILMA PEREIRA RIVERO VELLAVIVIANA SAPHIR DE PICCIOTTOWALTER RIBEIRO TERRAWILIAM BASSITTWILMAR DIAS DA SILVAYVAN LEONARDO BARBOSA LIMAZOÉ MARSIGLIO

MARCELO PENTEADO COELHOMARCELO SOARES RODRIGUESMARCIA DENISE FRANCISCO SCHNEIDERMARCIA MIYUKI UCHIMAMARCIO BACCANMARCIO CORREA E CASTRO PEÇANHAMÁRCIO MASSAYUKI YOCHEMMARIA APARECIDA DA SILVAMARIA CECILIA PEREZ DE SOUZA E SILVAMARIA CHRISTINA CARVALHALMARIA HERMÍNIA TAVARES DE ALMEIDAMARIA LUCIA MARTORANO DE ROSAMARIA LUCIA TOKUE ITOMARIA THEREZA LEITE DE BARROS JUNDIMARIA VIRGINIA GRAZIOLAMARINA PEREIRA ROJAS BOCCALANDROMÁRIO NELSON LEMESMASATAKE HASEYAMAMAYSA CERQUEIRA MARIN AUDIMEIRE CRISTINA SAYURI MORISHIGUEMICHELE SOPHIA LOEB CHAZANMONICA MARIA GOMES FERREIRAMÔNICA MAZZINI PERROTTANANCY ZAMBELLINAPOLEON GOH MIZUSAWANICK DAGANOLAVO AZEVEDO GODOY CASTANHOOZIRIS DE ALMEIDA COSTAPASCHOAL MILANI NETTOPATRÍCIA LUCIANE DE CARVALHOPAULO SERGIO JOÃOPERCIVAL HONÓRIO DE OLIVEIRAREBECA LÉA BERGERREGINA VALÉRIA DOS SANTOS MAILARTRICARDO BOHN GONÇALVESRICARDO BONANTE SCHIESARORICARDO SAMPAIO DE ARAUJORICARDO VACARORICARDO VASCONCELOS BOTELHOROBERT DE MORAES JARDIM AWERIANOWROBERTO LASMANROBERTO LUIS AVIGNIROGÉRIO MAÇAN DE OLIVERAROSANA TAVARESROSELY VICCIOLI LOURENCORUBENS PIMENTEL SCAFF JUNIORSELMA S. CERNEASOLANGE RIGONATTISUELI YOKOMIZOSUSANA AMALIA HUGHES SUPERVIELLETEREZINHA APARECIDA SÁVIOVALÉRIA DOS SANTOS GABRIELVANESSA TELVERA PAPINI DE S. M. R. DA COSTAVERÔNICA HEINZWALDEMAR TARDELLI FILHOWALLACE CHAMON ALVES DE SIQUEIRAWILMA PARTITI FERREIRAZELITA CALDEIRA FERREIRA GUEDES

ANÔNIMOS: 103

ATUALIZADO EM 08/07/2015

Page 89: Edição nº 5 / 2015

87

INFORMAÇÕES ÚTEIS

PRECISO ME PREPARAR

PARA OS CONCERTOS?

Não é necessário conhecimento prévio para assistir e apreciar a música apresentada pela Osesp. Entretanto, conhecer a história dos compositores e as circunstâncias das composições traz novos elementos à escuta. Com início uma hora antes dos concertos da série sinfônica, aulas de cerca de 45 minutos de duração abordam aspectos diversos das obras do programa a ser apresentado pela Osesp na mesma data. Para participar, basta apresentar o ingresso avulso ou de assinatura para o respectivo concerto. Nas Revistas você também encontra comentários de musicólogos e especialistas em linguagem acessível.

SOMENTE MÚSICA

Diferentemente de outros gêneros musicais, a música de concerto valoriza detalhes e sons muito suaves; assim, o silêncio por parte da plateia é muito importante. Telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos devem permanecer desligados, ou em modo silencioso, durante os concertos. Além do som, também a luz desses aparelhos pode incomodar.

FUMAR, COMER E BEBER

Fumar em ambientes fechados é proibido por lei; lembre-se também de que não é permitido comer ou beber no interior da sala de concertos.

QUANDO APLAUDIR?

É tradição na música clássica aplaudir apenas no final das obras. Preste atenção, pois muitas peças têm vários movimentos, com pausas entre eles. Se preferir, aguarde e observe o que faz a maioria.

CHEGANDO ATRASADO

No início do concerto ou após o intervalo, as portas da sala de concerto serão fechadas logo depois do terceiro sinal. Se lhe for permitido entrar entre duas obras, siga as instruções de nossos indicadores e ocupe rápida e silenciosamente o primeiro lugar vago que encontrar. Precisando sair, faça-o discretamente, ciente de que não será possível retornar.

IMPORTANTE

Pensando em seu conforto, além da implantação das três saídas para facilitar o fluxo de veículos após os concertos, outra melhoria foi aplicada ao nosso estacionamento: agora você retira o comprovante (ticket) na entrada e efetua o pagamento em um dos caixas, localizados no 1o subsolo (ao lado da bilheteria) e no hall principal da Sala São Paulo. A forma de pagamento também melhorou; além de cartão de crédito e débito, você pode utilizar o sistema Sem Parar/Via Fácil.Lembre-se: o ticket pode ser pago a qualquer hora, desde sua entrada até o final da apresentação. Antecipe-se. Não espere o final do concerto: pague assim que entrar ou durante o intervalo. Dessa forma, você evita filas, otimiza seu tempo e aproveita até o último acorde.

COMO DEVO ESTAR VESTIDO?

É fundamental que você se sinta confortável em sua vinda à Sala São Paulo. Entretanto, assim como não usamos roupas sociais na praia, é costume evitar bermudas ou chinelos numa sala de concertos.

E NA HORA DA TOSSE?

Não queremos que você se sinta desconfortável durante as apresentações. Como prevenção, colocamos à disposição balas (já sem papel), que podem ser encontradas nas mesas do hall da Sala. Lembre-se que um lenço pode ser muito útil para abafar a tosse.

CRIANÇAS

As crianças são sempre bem--vindas aos concertos, e trazê-las é a melhor forma de aproximá-las de um repertório pouco tocado nas rádios e raramente explorado pelas escolas. Aos sete anos, as crianças já apresentam uma capacidade de concentração mais desenvolvida, por issorecomendamos trazê-las a partir dessa idade. Aconselhamos a escolha de programas específicos e que não ultrapassem os 60 minutos de duração.

SALA SÃO PAULO

Alvará de Funcionamento nº2014/17295-00, válido até 22/07/2015.Certificado de Acessibilidade nº2014/17296-00.Auto de Vistoria nº 172322 válido até 13/03/2017.

Page 90: Edição nº 5 / 2015

88

CRÉDITOS ENSAIO FOTOGRÁFICO:© MAURO RESTIFFEBELMIRO DE ALMEIDA:© ACERVO DA PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULOJAIME MARTÍN:© SONIA BALCELLSANTOINE TAMESTITT:© DIVULGAÇÃOBEETHOVEN WARHOL:© THE ANDY WARHOL FOUNDATION FOR THE VISUAL ARTS, INC./ AUTVIS, BRASIL, 2015ARVO VOLMER:© ADELAIDE SYMPHONY ORCHESTRAQUARTETO OSESP:© DIVULGAÇÃOV#14:© AMILCAR PACKER E RICK NEVESRAGNAR BOHLIN:© ROY MANZANARESCORO DA OSESP:© RODRIGO ROSENTHALREICHSTAG BERLIM:© MARK REDKIN/GETTY IMAGESARVO VOLMER:© ADELAIDE SYMPHONY ORCHESTRANELSON GOERNER:© OMAR GARRIDOSCRIABIN:© DOMÍNIO PÚBLICONELSON GOERNER:© JEAN-BAPTISTE MILLOTNELSON GOERNER:© OMAR GARRIDOAFRESCO MAIA:© DEA/G. DAGLI ORTIGARBAGE CONCERTO:© JAN JÄRVLEPPALONDRA DE LA PARRA:© LEONARDO MANZOTAMBUCO:© DIVULGAÇÃOORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO:© ALESSANDRA FRATUSCORO DA OSESP:© RODRIGO ROSENTHAL

A REVISTA OSESP ENVIDOU TODOS OS ESFORÇOS PARA LICENCIAR AS IMAGENS E TEXTOS CONTIDOS NESTA EDIÇÃO. TEREMOS PRAZER EM CREDITAR OS PROPRIETÁRIOS DE DIREITOS QUE PORVENTURA NÃO TENHAM SIDO LOCALIZADOS.

SALA SÃO PAULOFUNDAÇÃO OSESP

PRAÇA JÚLIO PRESTES, 16T 11 3367.9500

LOCAÇÃO DE ESPAÇOS NA SALA SÃO [email protected]

ANÚNCIOS NA REVISTA [email protected] | 11 3367.9556

REVISTA OSESPAGOSTO 2015

O CONTEÚDO DAS NOTAS DE PROGRAMA É DE RESPONSABILIDADE DE SEUS RESPECTIVOS AUTORES

ISSN 2238-0299

EDIÇÃO FINALIZADA EM 10 DE JULHO DE 2015

EDITOR

RICARDO TEPERMAN

COORDENAÇÃO EDITORAL

ANA PAULA MONTEIRO

PREPARAÇÃO DE TEXTO

FLÁVIO CINTRA DO AMARAL

REVISÃO

LUIZ FUKUSHIRO

PROJETO GRÁFICO

FUNDAÇÃO OSESP

DIAGRAMAÇÃO

BERNARD WILLIAN CARVALHO BATISTA

Page 91: Edição nº 5 / 2015

DANIEL MELIM (São Bernardo do Campo, SP, 1979)Graduado em artes visuais pelas Faculdades Integradas Teresa D‘Ávila e com pós--graduação em linguagens visuais pela Faculdade Santa Marcelina, Daniel Melim desenvolve desde 2000 intervenções no ambiente urbano. Seu trabalho inclui o uso de stencils e da linguagem do grafi te aplicados, em geral, sobre empenas de edifícios e outros espaços deteriorados, de modo que as texturas e cores funcionem como ponto de partida para a criação de suas imagens. Entre 2011 e 2013, executou diversos murais na região do ABC paulista. Desde 2005, expõe suas pinturas, que são desdo-bramentos de sua pesquisa de arte urbana, em instituições nacionais e internacionais. O artista atuou também como arte-educador em instituições culturais paulistas. Atual-mente, vive e trabalha em São Bernardo do Campo.

ARTENACAPA

Cada número da Revista Osesp traz na capa uma obra de artista brasileiro contemporâneo, do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Os trabalhos foram selecionados pela curadora--chefe da Pinacoteca, Valéria Piccoli, juntamente com o diretor artístico da Osesp.

DANIEL MELIM São Bernardo do Campo, SP, 1979

Unsistema, 2012acrílica, látex e spray sobre tela200 x 400 cm

Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, BrasilDoação do Condomínio Shopping Center Iguatemi - obra em processo de tombamentoCrédito fotográfi co: Isabella Matheus

Page 92: Edição nº 5 / 2015

REALIZAÇÃO

APOIO CULTURAL

OSESP.ART.BR