edição n.º 5

24
PUB SUPLEMENTO | FESTAS DA VILA DE SÃO MARTINHO DO CAMPO AUTÁRQUICAS 2009 CASTRO FERNANDES APRESENTA CANDIDATURA À PRESIDENCIA DA CÂMARA DE SANTO TIRSO Café com... Carina Vieira, PUB violoncelista p.10 DISCURSO DIRECTO JOÃO ABREU Director: VítorCarneiro 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA p.6 PRÉDIO ABANDONADO TRANSFORMADO EM POMBAL Moribundo e insalubre, jaz na Praça Camilo Castelo Branco aquilo a que muitos gostam de chamar “o cartão- de-visita de Santo Tirso”. Quase 30 anos decorridos após a sua construção, este prédio em avançado estado de degradação continua a espantar até os mais preveni- dos. Até quando? p.13 “Santo Tirso precisa urgentemente de tomar um novo rumo” p.12

Upload: santo-tirso-hoje

Post on 10-Mar-2016

230 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Edição n.º 5

TRANSCRIPT

Page 1: Edição n.º 5

PUB

SUPLEMENTO | FESTAS DA VILA DE SÃO MARTINHO DO CAMPO

AUTÁRQUICAS 2009

CASTRO FERNANDESAPRESENTA CANDIDATURA À PRESIDENCIA DA CÂMARA DE SANTO TIRSO

Café com... Carina Vieira,

PUB

violoncelistap.10

DISCURSO DIRECTO

JOÃO ABREU

Director: VítorCarneiro24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

p.6

PRÉDIO ABANDONADOTRANSFORMADO EM POMBAL

Moribundo e insalubre, jaz na Praça Camilo Castelo Branco aquilo a que muitos gostam de chamar “o cartão-de-visita de Santo Tirso”. Quase 30 anos decorridos após a sua construção, este prédio em avançado estado de degradação continua a espantar até os mais preveni-dos. Até quando?

p.13

“Santo Tirso precisa urgentementede tomar umnovo rumo”

p.12

Page 2: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA2 santo tirsohoje

Editorial

NÚMEROS ÚTEISFARMÁCIAS

Farmácia Caldas da SaúdeAreias252862730

Farmácia PopularSão Martinho do Campo252843260

Farmácia FerreiraSão Tomé de Negrelos252941166

Farmácia SalutarSanto Tirso252852247

Farmácia FariaSanto Tirso252830150

Farmácia CoutinhoAves252941290

Farmácia das FontaínhasAves252 871 960

Farmácia MonteiroAgrela229681227

Farmácia Silva E DamiãoVilarinho252841479

Farmácia NevesMonte Córdova252898600

Farmácia Leite CoelhoLamelas229681027

Farmácia Santa CristinaSanta Cristina Couto252858849

Farmácia de RebordõesRebordões252833065

Farmácia de RorizRoriz252881850

CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO252 830 400

CENTRO DE EMPREGO252 858 080

BOMBEIROS

Santo Tirso (vermelhos)252 858 548

Tirsenses (amarelos)252 830 500

Vila das aves252 820 700

GNR

Vila das Aves252 873 276

Santo Tirso252 808 250

PSP

Santo Tirso252 851 635

POLÍCIA MUNICIPAL252 860 345

PROTECÇÃO CIVIL808 201 056

HOSPITAL DE SANTO TIRSO252 830 700

CENTROS DE SAÚDE

Santo Tirso252 809 750

Caldas da Saúde252 866 404

Monte Córdova252 898 197

Negrelos252 870 040

Vila das Aves252 870 700

São Martinho do Campo252 841 128

Lamelas252 860 670

CRUZ VERMELHA252 851 680

TIRAGEM4000 exemplares

PROPRIEDADEEDITIRSOPublicidade, Marketing e Comunicação, Lda Rua de Cedofeita, Ed. São Domingos, Loja 34795-460 São Martinho do CampoNIPC : 508 901 014

Registada na CRC de Santo Tirson.º 314/2009Capital Social: € 5 000,00tel. 252 843 524fax 252 843 [email protected]

DIRECTORVítor Carneiro

REDACÇÃORafael Gomes

COLABORADORESAbílio LimaAndreia CostaAmadeu GonçalvesAntónio AzevedoJosé Carlos SousaJosé Pedro Miranda (PSD)

Manuel MonteiroMiguel MartinsVera Silva (CDU)Vitor Lemos

[email protected]

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃOTiago Martins | Jorge Matos

IMPRESSÃOGRÁFICA DO DIÁRIO DO MINHO, LDARua Cidade do Porto - Parque Industrial GrundigLote 5 Fracção A4700-087 Braga

DEPÓSITO LEGAL294286/09

Contrariando os números nacionais, o desemprego volta a subir no concelho de Santo Tirso. Outrora pujante em termos industriais, fonte de emprego e condições de vida, o nosso concelho perdeu dimensão, perdeu importância estratégica e está a perder competitividade

directa com concelhos vizinhos.Com a perda do emprego, outras perdas se sucedem. Mas quando se perde emprego, quando

se perdem jovens, quando se perdem serviços públicos, quando se perde a maternidade, quando se perde uma Universidade, há sempre o reverso da medalha: outros concelhos ganham. E aí, todos temos o direito de saber: ganham, porquê?

Durante muitos anos, Santo Tirso viveu à sombra de uma iniciativa privada empreendedora, que alavancava as iniciativas públicas. Hoje, sem essa dinâmica empreendedora, a iniciativa pública deve alavancar as iniciativas privadas.

Santo Tirso precisa de uma nova vaga de empreendedores. De jovens tirsenses, de empreend-edores de qualquer parte do mundo que, como outros, noutros tempos, encontrem em Santo Tirso as condições necessárias para arriscar e para criar riqueza.

Mas Santo Tirso precisa de algo mais. Uns chamarão a esse algo, uma nova alma. Outros, uma nova era. Outros, chamarão de novos tempos. Provavelmente, Santo Tirso precisa de uma nova alma, para iniciar uma nova era, num tempo que não podemos perder, adiar, sequer fazer esperar.

Os tirsenses decidirão entre as obras feitas e uma nova vida.

@[email protected]

BREVES

5567 5625

59626224

63616576 6613 6715

3000

4000

5000

6000

7000

0

1000

2000

01-08 07-08 12-08 01-09 02-09 03-09 04-09 05-09

A emblemática fábrica do Arco, sedeada na cidade de Santo Tirso, prepara-se para dispensar 60 trabalhadores. Ao que se apurou, os trabalhadores alvos dessa medida iniciaram já o gozo das férias, prevendo-se que a desvinculação ocorra no final do mês corrente. Contactada por este jornal, a administração da empresa em causa recusou tecer qualquer comentário.

Mais 60 postos de trabalho em risco

CÂMARA GASTA UM MILHÃO E SEISCENTOS MIL EUROS NO FUTEBOL

Evolução do desemprego no concelho de Santo Tirso (dados do IEFP)

Numa análise à prestação de contas dos anos de 2005,2006, 2007 e 2008, nomeadamente em despesas com pessoal, apurou-se que a Câmara Municipal de Santo Tirso, gastou em horas extraordinárias cerca de um milhão de euros .

Assim não pode serCÂMARA GASTA UM MILHÃO DE EUROS EM HORAS EXTRAS

Page 3: Edição n.º 5

3 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

Actualidade

GCST promove ocupação de tempos livres Avizinham-se as férias escolares. Este ano, o Ginásio Clube de

Santo Tirso volta a organizar, entre 29 de Junho e 31 de Julho, actividades de ocupação de tempos livres. À disposição estarão os programas “Clínicas de Ténis” e “Férias Desportivas”. Como o próprio nome indica, o “Clínicas de Ténis” incluirá programas semanais de treino intensivo na área do ténis. Além desta modali-dade, serão ainda realizadas actividades desportivas nas áreas do voleibol, andebol, futebol, basquetebol, piscina e caminhada.Por outro lado, orientado para crianças dos 5 aos 15 anos, o “Férias Desportivas” (2 edição) decorrerá em períodos de uma a duas semanas de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e 17h00. Com inscrições limitadas a 20 participantes por semana, este programa abrange a pratica de actividades desportivas nas modalidades de futebol, andebol, voleibol, ténis, orientação, jogos tradicionais, natação, entre outros.Os interessados podem obter mais informações e efectuar as suas inscrições na secretaria do clube ou em http://gcst.wordpress.com/.

www.eb1lagevilarinho.blogspot.com, não deixem de visitar. Este original e aprazível blog surgiu a partir de uma iniciativa da Associação de Pais da EB1 Lage-Vilarinho com o intuito de dar a conhecer as actividades realizadas nesta escola vilarinhense. Desde a sua criação em Novembro de 2008, o blog já recebeu mais de 400 visitas. Aos administradores do projecto, a equipa do santo tirso hoje endereça votos de prosperidade e bem merecidas congratulações. Bons ventos e acima de tudo boas visitas...

Escola EB1 Lage-Vilarinhoà distância de um click

PS36,82%

PSD30,38%

BE8,73%

CDS7,59%

CDU7,07%

ERRATA:Na edição anterior (n.º4), no artigo Europeias ‘09 comunicamos erradamente os resultados concelhios.Apresentamos aqui as nossas desculpas por qualquer inconveniente que este erro possa ter causado.

PJ deteve suspeitos de rapto, roubo e violação A Polícia Judiciária deteve hoje (quarta-feira), três homens

suspeitos da autoria dos crimes de sequestro, roubo e violação nos concelhos de Santo Tirso e Famalicão. Suspeita-se que os três homens sejam os autores dos sequestros e roubos violentos ocorridos, na segunda-feira, com duas mulheres em Santo Tirso e em Riba D'Ave. Recorde-se que uma das mulheres fora raptada no acesso à variante EN 104, em Santo Tirso, por três indivíduos (um deles encapuzado e outro armado com uma caçadeira) que se deslocavam num veículo roubado. Os assaltantes abalroaram o carro onde a vítima seguia, forçando depois a condutora a deslocar-se a uma caixa Multibanco e a revelar o código do seu cartão. Uma vez consumado o assalto, a vítima foi abandonada na zona industrial de Alfena. Pouco antes, esse mesmo grupo terá, igualmente, raptado uma jovem à porta de casa, na freguesia de Riba D’Ave (Famalicão).. Os três assaltantes partiram o vidro do carro e levaram a jovem para um automóvel, introduzindo-na no porta-bagagem. A vítima acabou por ser agredida, assaltada e violadaPosteriormente, a jovem foi encontrada em Rebordões, afirmando ter sido agredida, violada e obrigada a revelar os códigos dos seus cartões Multibanco.

A Assembleia da República aprovou, por unanimidade, a elevação de 22 povoações a vilas assim como a criação de cinco cidades, numa votação que foi seguida por várias dezenas de populares, a partir das galerias do Parlamento.

As propostas tiveram origem em todas as bancadas parlam-entares e foram votadas depois de terem sido debatidas na Subcomissão para a Criação de Novos Municípios, Freguesias, Vilas e Cidades, no âmbito da Comissão de Poder Local, Ambiente e Ordenamento do Território.

Foram elevadas à categoria

de cidades: Borba, Senhora da Hora, Samora Correia, Valença e São Pedro do Sul.

Vilarinho foi uma das 22 freguesias de passaram à condição de Vila, por força da proposta apresentada pelo PCP, e que gerou o projecto de lei nº 389/X que deu entrada no dia 27 de Junho de 2007.

Os pressupostos que estiveram na origem da aprovação, por unanimidade, na elevação de Vilarinho a Vila foram os parâmetros de situação geográfica, histórica (com papel relevante), monu-mentos, actividade económica e serviços diversos: farmácia; es-

tabelecimentos restauração e de hotelaria; agências de contabili-dade; comércio diversificado (tel-ecomunicações, pronto-a-vestir, padarias, cabeleireiros, minimer-cados, drogaria, florista, comércio de materiais de construção, quiosques e papelarias); Cabines públicas de telefones; Escolas do 1º ciclo e ensino pré-primário; oficinas e empresas de diversa natureza; campo de futebol; cemitério. A dinâmica da freguesia no que respeita ao movimento as-sociativo e às questões demográ-ficas revelou-se, de igual modo, um factor significativo.

VILArinho em festa com elevação a vila

Reacção do PSD:O PSD congratula-se com a elevação de Vilarinho a Vila, saúda os Vilarinhenses cuja auto-estima obviamente sai reforçada, mas deseja que esta distinção venha contribuir para afirmar esta im-portante freguesia de Santo Tirso, para que passe a ser a porta de entrada e não de saída do concelho, como tem acontecido nos últimos anos. É por isso importante que esta elevação a Vila tenha consequências na qualidade de vida das populações e que sejam corrigidas muitas das in-suficiência de que padece Vilarinho

ReacçõesReacção da CDU:A CDU congratula-se com a elevação de Vilarinho a Vila uma vez que foi satisfeita uma aspiração dos seus habitantes. O comunicado da Câmara Municipal de Santo Tirso é natural pois é mais um motivo de prop-aganda de um trabalho que satisfaz aquela população. Só se esqueceu de dizer no comuni-cado que antes de a Câmara fazer a proposta já a CDU a tinha estabelecido, exactamente com os mesmos argumentos. Não terão sido utilizados e copiados pela Câmara? Só que a proposta da CDU foi reprovada pelo PS, para meses depois fazerem o contrário!Vilarinho vai ser Vila, desde já os nossos parabéns.

A Ministra da Educação, Maria Lurdes Rodrigues, realizou uma visita surpresa à escola primária Conde de São Bento, em Santo Tirso. A in-esperada visita decorreu no âmbito de uma merecida homenagem que a comunidade escolar e a asso-ciação de pais prestaram à Professora Conceição Pinto pelo magnífico trabalho executado ao longo de uma carreira impar e que, infelizmente, termina agora com a passagem da directora à reforma.

Ao contrário do que é habitual, a Ministra não se fez acompanhar das autoridades locais, facto que causou alguma perplexidade nos presentes.

Ministra da Educaçãoem visita relâmpago a Santo Tirso

Reacção da Junta de Freguesia de Vilarinho:A Junta de Freguesia de Vilarinho e a Câmara Municipal de Santo Tirso congratulam-se pelo facto da Assembleia da República ter aprovado no passado dia 12 de Junho, por unanimidade, a elevação da Freguesia de Vilarinho a Vila.

(www.jfvilarinho.pt)

Page 4: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA4 santo tirsohoje

Autárquicas 2009

PUB

É oficial, o PSD de Santo Tirso mantém a aposta em Carlos Coelho para encabeçar a lista à Junta de Freguesia da Reguenga. A apresentação da recandidatura ocorreu, a 13 de Junho, numa das salas do afamado Café Castro, em Reguenga.

Durante a apresentação, o presidente do partido laranja Alirio Canceles, salientou a coragem e determinação de Carlos Coelho, que, recorde-se, em 2005 não ganhou por poucos votos. Mesmo assim, o candidato continuou a trabalhar na Assembleia de Freguesia e em conjunto com o PSD, partido com o qual ,hoje, mantém uma relação de grande proximidade. Naquela que é a freguesia mais “laranja” do concelho, Alirio Canceles disse ter a certeza que Carlos Coelho será o próximo presidente da Junta da Reguenga.

Por sua vez, Carlos Coelho, numa intervenção emocionada, agradeceu a confiança do PSD e do candidato á Câmara Municipal João Abreu, bem como o apoio que recebeu ao longo dos 4

anos de mandato, no trabalho de oposição que considerou difícil, dadas as especiais condições politicas da Reguenga e de Santo Tirso. Servir a terra e as suas populações são, segundo Carlos Coelho, os principais propósi-tos da anunciada recandidatura. Seguidamente, o candidato e ainda membro da Assembleia de Freguesia referiu que hoje, mais do que nunca, está certo de que “com a confiança, apoio, empenho e energia de todos, o objectivo seria alcançado”. Carlos Coelho considerou ainda ser “um imperativo ganhar a Junta e con-tribuir para aumentar a votação para a Câmara, até porque, em 2005 a candidatura do João Abreu saiu vencedora, nesta freguesia”. O candidato à Junta da Reguenga terminou a sua intervenção mani-festando o seu apoio incondicion-al ao candidato à Câmara João Abreu e ao projecto de mudança com o qual se identifica.

Chegada a vez do candidato à câmara tomar a palavra, João Abreu, evidenciou a sua ligação emocional à Freguesia

da Reguenga, já que foi nesta freguesia que viveu um dos momentos mais caloroso e emo-cionantes da campanha de 2005 (sic) “… nunca esquecerei o olhar de esperança das muitas pessoas que em 2005 acredita-ram em mim e na nossa equipa. Aqui ganhámos em 2005. Aqui ganhámos nas recentes eleições europeias. Aqui estamos a lançar as bases de um resultado que nos permitirá mudar de vida, na Reguenga e no concelho de Santo Tirso…”. João Abreu congratulou-se com o elevado número de jovens que marcaram presença nesta apresentação, defendendo que “…É deles a responsabili-dade de não deixar que as coisas corram ao sabor do vento e dos outros. Cada jovem deve saber o que quer e quem representa um tempo de mudança e de moder-nidade. Acham que quem está há 27 anos no poder e não consegui colocar Santo Tirso na rota do desenvolvimento, o vai conseguir agora? Quando os líderes não resultam, não alcançam resulta-dos, temos que mudar de pro-

tagonistas. Se mudamos tudo nas nossas vidas, haverá algo que nos impede de mudar o sentido do nosso voto?”. Numa postura crítica e arrasadora, o candidato á Câmara Municipal não poupou as palavras: “…A Reguenga está situada a 15 minutos da principal auto-estrada do país, do aeroporto, da cidade do Porto, das praias. Não é aceitável que não haja qualidade de vida porque não existem, sequer, condições básicas na freguesia. Não é aceitável que não haja mais emprego porque não se atrai investimento e porque não há infraestruturas. Não é aceitável que nas freguesias vizinhas, o

século XXI tenha, efectivamente, chegado enquanto na Reguenga ainda estejamos na era das obras eleitoralistas que nada acres-centam à vida das pessoas”. O candidato à câmara terminou a sua intervenção salientando a experiência do Carlos Coelho em termos de gestão, bem como o amor pela sua terra, “eviden-ciado na forma como se entrega às causas da freguesia, sempre com enorme disponibilidade e com sentido de missão”. “É por isso hora de o deixarem contribuir, desta feita, na liderança da Junta de Freguesia” apelou, ainda, João Abreu.

REGUENGA NOVAMENTE COM CARLOS COELHO

Júlio Fernandes recandi-datou-se, pelo Partido Social Democrata, a presidência da Junta de Freguesia de Areias.

A apresentação pública pro-tagonizada pelo presidente da Comissão Politica do PSD, Alírio Canceles, decorreu na passada terça-feira 9 de Junho.

Num discurso proferido perante os vários apoiantes de Júlio Fernandes, Alírio Canceles congratulou-se com a disponibi-lidade do candidato para apostar num segundo “round”. O presi-dente dos laranjas considerou que Júlio Fernandes se revelou “um homem de carácter e de

coragem” porque “nunca desistiu, e quer contribuir para que o panorama da sua freguesia e do seu concelho se altere”. “São exemplos como os que Júlio Fernandes nos mostra, tanto hoje como nos quatro anos em que liderou a oposição na Assembleia de Freguesia que nos permitem ter a certeza que só temos um caminho - mudar Santo Tirso”, considerou Alirio Canceles.

Por sua vez, Júlio Fernandes agradeceu a confiança das pessoas que o acompanharam ao longo dos últimos anos, nome-adamente ao presidente do PSD e ao Dr. João Abreu, pelo apoio

prestado no trabalho realizado. Dando conta de algumas preo-cupações e anseios por parte das populações, o candidato afirmou que os propósitos de 2005 ainda se mantêm: “servir a minha freguesia e contribuir para mudar Santo Tirso”. Seguidamente, Júlio Fernandes prometeu empenhar-se para derrotar o actual poder da freguesia e do concelho que considerou “ultrapassado e vazio de ideias”, aproveitando a ocasião para manifestar publicamente o apoio ao candidato à Câmara Municipal, João Abreu

Quanto à João Abreu, o candidato laranja alertou para as potencialidades e característi-cas de Areias: “..é uma freguesia muito especial, pela sua localiza-ção estratégica, pela existência de um vasto conjunto de recursos turísticos que vão das termas das Caldas da Saúde ao Turismo de Habitação e aos espaços para eventos, passando pelos espaços de lazer, pela restauração. Mas

a freguesia tem tradição e é por demais conhecida uma das suas instituições – o Colégio das Caldinhas. Aqui se encontra uma excepcional escola de artes e uma orquestra. Daqui são naturais ilustres tirsenses. Aqui estudaram muitas personalidades das ciências e das letras, em-presários, dirigentes desportivos, etc.”. Neste sentido, João Abreu demonstrou-se revoltado: “… Areias não pode passar, apenas, por ser uma freguesia onde os caminhos e os muros retratam a preocupação dos seus autarcas. Tem de se preocupar com isso, mas deve exigir que as infraestru-turas básicas estejam concluídas, que os planos de pormenor para algumas urbanizações sejam con-cluídos e concretizados, que haja investimento capaz de atrair gente para o turismo, para viver e para gerar emprego. Se assim não for, não será uma porta de entrada, mas de saída para o vizinho concelho de Famalicão”. Por

outro lado, referindo-se à gestão da freguesia, o candidato do PSD à Autarquia apelou à mudança: “não devemos ficar satisfeitos pelo que se fez, mas insatisfeitos pelo que se deveria ter feito e não se fez. E o facto de não se aprovei-tarem os recursos naturais, o in-vestimento privado e a história da freguesia é um sinal claro de que urge mudar a liderança, para se iniciar uma nova fase na vida da freguesia.” Em jeito de conclusão, João Abreu pronunciou-se, ainda, sobre Júlio Fernandes: “Já o conheço há muitos anos, bem antes do reencontro na política autárquica. Posso dizer-lhes que não tenho dúvidas da sua capaci-dade para ser um Presidente da nova geração”. “Contará comigo e com toda a equipa do PSD para levar Areias ao lugar que merece. Connosco na Câmara, o Júlio fará de Areias uma terra de futuro, que honrará os seus pergaminhos” vaticinou por fim João Abreu.

PSD RECANDIDATA JÚLIO FERNANDES Á FREGUEIA DE AREIAS

Page 5: Edição n.º 5

5 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

Freguesias

A última Assembleia de Freguesia de Vila das Aves de-marcou-se pela “abstinência” dos deputados da bancada do Partido Socialista. Depois de terem aban-donado a sessão anterior por motivos publicamente divulgados, desta feita os eleitos do PS enten-deram não participar na sessão de trabalhos.

No inicio da sessão, os deputados do PS Helena Miguel e Bernardino Certo questionar-am a data da reunião e declara-ram pretender “fazer greve ao micro”, dado que estavam em período de reflexão, isto, apesar da Presidente da Assembleia de Freguesia Felisbela Freitas ter anunciado os motivos da escolha

do dia 7, lendo um e-mail da Comissão Nacional de Eleições onde se explicitava não existir qualquer violação da Lei.

Depois de mais este inédito episódio, a sessão correu dentro da normalidade, tendo sido aprovada uma proposta do deputado Rui Batista no sentido da “junta criar condições aos avenses para que estes sejam elucidados, sobre os requisitos necessários para legalizarem os poços.”

O tão badalado subsidio de 5.000 euros, respeitante à Quinta dos Pinheiros, deliberado pela Câmara Municipal mas não pago, foi uma vez mais tema nesta sessão. Sobre este assunto,

o presidente da Junta Carlos Valente salientou que a freguesia de Vila das Aves é a 3º entre as 24 freguesias do concelho, com menor investimento per capita.

A ponte pedonal de caniços foi também tema da ordem do dia. Em sua intervenção, Carlos Valente alertou para o avançado estado de degradação em que a ponte se encontra, facto esse que, nas palavras do presidente, poderá determinar o encerramen-to da mesma caso as Câmaras Municipais de Famalicão e Santo Tirso não assumam a resolução deste caso. Na opinião da bancada do PSD, a recuperação da ponte pedonal resumir-se-ia a alguns trocos.

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVESDeputados do Partido Socialista em “abstinência”

MOVIMENTO CÍVICO DE VILA DAS AVES

Hoje dia 13 de Junho de 2009, reuniu a direcção do Movimento Cívico de Vila das Aves, a pedido de moradores das Carvalheiras, no sentido deste Movimento Cívico, lhes prestar apoio e solidariedade ao grave problema ambiental, relacionado com intensos e constantes, ruídos e vibrações provocados de noite e de dia, por uma tecelagem que dista a 10 m das suas habitações.

Para os devidos efeitos, os moradores vem reclamando junto das autoridades autárquicas, Junta de Freguesia e Câmara Municipal, através de exposições e abaixo-assina-dos e até á presente data, não obtiveram da parte destes poderes sequer, qualquer tipo de resposta, muito embora estes órgãos reclamem com frequência estarem ao serviço das populações.

A verdade é que perante estes factos concretos, os re-sponsáveis autárquicos se demitem das suas fundamen-tais obrigações de apoio e solidariedade para com os seus fregueses e munícipes quando estes ficam desamparados e entregues a si próprios.

O Movimento Cívico de Vila das Aves, honrando a memória do seu Presidente falecido, Mário Antero Neto e outros membros do Movimento e certo de interpretar o seus sentimentos, tudo fará, para dar continuidade a esta obra de solidariedade para com os nossos concidadãos.

A Direcção

A Comissão de Freguesia da CDU de São Martinho do Campo vem, através de comunicado, lamentar que a última Assembleia de Freguesia de São Martinho do Campo se tenha realizado sem que tivesse existido qualquer edital nos diferentes lugares de estilo que habitualmente são usados.

“Infelizmente, fomos todos colocados de parte numa Assembleia de Freguesia que, como todos sabemos, devem ser públicas e por isso bem divulga-das para que toda a população possa marcar presença, caso

assim o entenda.Lamentamos pois esta

situação, alertando os respon-sáveis autárquicos para que nas próximas ocasiões não se esqueçam da população e das suas obrigações perante a lei.” afirmou Jorge Castro, respon-sável da Comissão de Freguesia da CDU e candidato à Junta de Freguesia.

Contactada a Junta de Freguesia de São Martinho do Campo, Adelino Moreira explicou ao nosso jornal que só um edital esteve afixado na janela da Junta

de Freguesia.“Procuramos divulgar ao

máximo as assembleias desde o início. Nunca as assembleias tinham sido tão divulgadas”

Por seu lado Jorge Lima, Presidente da Mesa da Assembleia explicou que “durante os dois mandatos, pautamos pela divulgação das sessões da Assembleia.”

“Não foi intenção dos órgãos autárquicos pôr qualquer entidade, partidária ou não, à margem das assembleias, bem pelo contrário”, referiu ainda.

Lugares em movimento _Vitor Lemos

Como já vem sendo hábito, um grupo de sócios da Associação dos Amigos do Sanguinhedo, no passado dia 10 de Junho, levanta-ram o mastro no centro do arraial.

Nesse dia, juntaram-se cerca meia centena de sócios e sim-patizantes que, debaixo de uma chuva miudinha, prepararam o mastro em madeira revestindo-o com bambolins de cores variadas e cravaram-no no chão num buraco previamente escavado.

Sem apoio de qualquer máquina, com recurso de simples

cordas e à custa do esforço manual dos sócios e simpati-zantes o mastro foi levantado sob a orientação e coordenação de uma só voz.

O mastro é levantado todos os anos em data marcada (dia 10 de Junho), faça chuva ou faça sol. A sua retirada não tem dia definido, acontecendo geralmente entre Setembro e Outubro.

O levantamento do Mastro é uma forma simbólica de comunicação. Com ele, ficam todos, sócios e simpatizantes da Associação dos Amigos do Sanguinhedo, alertados da prox-imidade das festas e consequen-temente dum trabalho redobrado para que no dia abertura esteja tudo a postos e a cascata em pleno funcionamento.

Levantamento do Mastro no Sanguinhedo

Cartório Notarial de Margarida Maria Nunes Correia Pinto Regueiro.

CERTIFICO, para efeitos de publicação que no oito de Maio de dois mil e nove, a folhas dezoito Livro de Notas para escrituras Cento e Treze – G, deste Cartório, foram alterados os Estatutos da “Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Santo Tirso”, com o número de identificação de pessoa colectiva 501.325.700, com sede na Praça Conde S. Bento, freguesia e concelho de Santo Tirso.

Santo Tirso, aos oito de Junho de dois mil e nove.

A Notária,(Margarida Maria Nunes Correia Pinto Regueiro).

ComunicadoA Junta de Freguesia de São Martinho Campo, vem pub-

licamente agradecer a generosidade do Banco Santander-Totta, que doou parte do mobiliário utilizado nas Instalações provisórias.

Tal só foi possível, devido ao empenho da gerência do balcão Santander-Totta de São Martinho Campo.

Por sua vez, como a Junta não precisa de equipamento mobiliário, vai doar o mesmo às Instituições interessadas que demonstraram necessidade deste tipo de mobiliário.

O Presidente da JuntaAdelino A. Martins Moreira

VILA DAS AVES

SÃO MARTINHO DO CAMPO

Mais certeiros que Obama!

PUB

CDU lamenta falta de divulgação da Assembleia de Freguesia

Page 6: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA6 santo tirsohoje

João Abreu candidato pelo PSD

A pré-campanha está ao rubro e mais do que nunca um novo embate eleitoral paira sobre Santo Tirso. Esta quinzena, o santo tirso hoje entrevistou João Abreu, candidato à presidência da Câmara Municipal pelo Partido Social Democrata. Numa conversa directa e frontal, o principal rosto do apelo à mudança abordou, sem reservas, os assuntos mais quentes da pré-campanha. Apostado em traçar um novo rumo para o concelho, João Abreu assumiu como prioridade a renovação do tecido socioeconómico, a educação, o apoio às famílias, a criação de condições de empregabilidade e atracão ao investimento. Quanto ao combate eleitoral que se avizinha, o candidato laranja afirma-se completamente preparado. Afinal e como o próprio afirma: “ser tirsense convicto é defender uma mudança”.

“Santo Tirso precisa urgentemente de tomar um novo rumo”

- Após as últimas eleições autárquicas, manteve-se como um dos principais rostos do PSD de Santo Tirso. Porque volta a candidatar-se?

Antes de mais, porque a Comissão Política assim o entendeu e porque estou de consciência tranquila quanto ao trabalho feito em 2005 e desde aí, quer em sede de Vereação, quer na ligação com a CPS e com os eleitos na Assembleia Municipal, quer nas visitas às freguesias.

Depois, porque o resultado de 2005 foi o melhor resultado de sempre do PSD e porque gerou uma enorme onda de simpatia pela candidatura, pelas propostas e pela mudança.

Também, porque as pessoas que se envolveram no processo da mudança, antes e depois das eleições de 2005, me manifesta-ram sempre apoio incondicional.

Mas, fundamentalmente, porque sinto a responsabilidade do que afirmei e assumi em 2005 - Santo Tirso merece e precisa urgentemente de tomar um novo rumo. Santo Tirso é um concelho com características ímpares de localização, recursos de lazer, beleza natural, património cultural, gente empreendedora. Com marcas de grande prestígio, que importa preservar, revitalizar, apoiar e divulgar.

- Sente que a sua candidatu-ra, com o apoio dos órgãos dis-tritais do PSD, ganha mais força junto do eleitorado?

Para mim, o mais importante foi o apoio sentido por parte das estruturas nas freguesias, dos eleitos em 2005, da população, durante as dezenas de visitas efectuadas até esta altura. Mas reconheço que a presença da Distrital em Santo Tirso foi uma nota muito positiva, pois reflecte a aposta que a C P Distrital faz no concelho de Santo Tirso, como concelho de mudança, e é o reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser feito desde as eleições. Não podemos esquecer que Santo Tirso obteve o melhor resultado distrital nos concelhos de poder socialista. Mas também sinto o apoio de muitos autarcas do Distrito, com os quais é possível combater este isolamen-to a que o concelho tem estado votado.

- Depois de há 4 anos ter conseguido o melhor resultado eleitoral do PSD nos últimos anos, em Santo Tirso, parte confiante para mais estas eleições?

Quase 19 mil pessoas votaram na mudança, em 2005. Desde essa altura, o concelho registou importantes perdas numa con-juntura de governação socialista. Foi nestes 4 anos que Famalicão ganhou a Maternidade e um novo Tribunal. Foi nestes 3 anos que Paços de Ferreira ganhou o Ikea e reduziu a taxa de desem-prego. Nestes 3 anos, Lordelo,

Alfena, Seroa, Folgosa, Sobrado, Trofa, Vizela, cresceram, atraíram empresas de Santo Tirso.

No nosso concelho, foi nestes 4 anos que encerraram empresas, que vimos fugir a maternidade e serviços médicos, o serviço de finanças na Vila das Aves. Nestes 4 anos, ainda não vimos a Universidade, ainda não vimos o Cine Teatro, ainda não vimos a Incubadora a funcionar em pleno, ainda não vimos as novas áreas de acolhimento empresarial. Mas continuamos a ver obras a demorar uma eternidade, a serem inauguradas de acordo com a agenda política, bolsas de estudo a serem retiradas da agenda política do executivo, investi-mentos a fugir para concelhos vizinhos, decisões de apoio ao investimento a demorarem anos.

- Quais são as suas preten-sões, vontades e desejos para as próximas eleições?

Acima de tudo, que funcione a democracia, que haja respeito pelas opiniões contrárias e pela vontade da população, que haja uma imprensa livre e que a população reflicta sobre a situação do seu concelho, sobre os 27 anos de poder socialista e faça uma análise comparativa entre o que se passou neste concelho e nos concelhos vizinhos. Durante estes

4 anos, verificou-se um quase total desrespeito pelo estatuto da oposição, de que demos conta, uma tentativa de calar a voz do PSD, o que demonstra medo de perder.

- Estas poderão ser as eleições mais disputadas de sempre. Preparado para isso?

Já em 2005 o combate político foi duro, mas também bastante interessante, animado, disputado em cada freguesia, em cada rua, em cada casa. É positivo que uma comunidade tenha uma oposição que se apresente como alternati-

va. É fundamental que no principal partido da oposição, no PSD, se queira vencer eleições. Quando isso acontece, o combate político ganha, porque a rivalidade fica mais intensa. Mas não deixará de ser um combate político que tem Santo Tirso como pano de fundo. Só isso me move na candidatura. Não confundo questões políticas com questões pessoais, profis-sionais, ou outras.

- A pré-campanha eleitoral já começou e trouxe algumas novidades?

Num concelho médio, com uma cobertura mediática reduzida, o trabalho de uma candidatura tem de assentar na proximidade às populações. Mas também tem de ser alegre, positiva, tem de chamar a atenção das pessoas para os problemas e, depois, para as soluções. Esse é o nosso propósito.

Mas a campanha também pretende dar a imagem do que conseguiremos fazer quando ganharmos as eleições: atentos, determinados, corajosos, criativos. Temos de deixar de ser apenas bons alunos, de ser meros comissários deste ou daquele governo.

Um concelho sem crianças, sem jovens, é um concelho sem condições para tratar convenien-

temente da sua terceira idade.

- Caso seja eleito, quais as suas grandes prioridade?

Em 1º lugar, a minha pri-oridade serão as crianças deste concelho. Santo Tirso será a Capital das Crianças.

Por isso, debater-me-ei por priorizar o Emprego, a Atracção de Investimento e a Educação. Não há crianças se as famílias

aqui não se sentirem bem. E as famílias só estarão bem com emprego. Este só aparece com investimento. É preciso pôr este ciclo a funcionar.

Depois, a prioridade vai para aqueles que foram crianças, que cresceram neste concelho. Atrair massa crítica, potencial humano capaz de se transformar em desenvolvimento. Na minha experiência autárquica aprendi,

em pouco tempo, que desen-volvimento se faz com aposta em pessoas e em relações profícuas.

Por fim, a prioridade irá para todos aqueles que pretendem ver as suas crianças nascer e crescer neste concelho. Atrair juventude em idade activa. Criar condições de atracção e fixação. Apoiar e dinamizar políticas de ar-rendamento para casais jovens, as famílias empreendedoras, os jovens talentos, os micro em-presários. Sem esta base, o concelho continuará em perda.

É um erro pensarmos que apostar nas crianças é só construir mais parques infantis. Apostar nas crianças é sobretudo dar condições de emprego, de qualidade de vida, de fixação aos pais, aos casais jovens em início de vida. Um concelho que vê fugir uma parte significativa da sua população activa para concelhos vizinhos (cerca de 1500 pessoas em 6 anos), que assiste à fuga da mão-de-obra qualificada, que não atrai por via do emprego nem da educação, que perde mão-de-obra para trabalho precário fora do país, que perde a sua mater-nidade, não é um concelho de futuro. Um concelho sem crianças, sem jovens, é um concelho sem condições para tratar convenien-temente da sua terceira idade.

Não tenho dúvidas que se os

"...a campanha também pretende dar a imagem do que conseguiremos fazer quando ganharmos as eleições: atentos, determinados, corajosos, criativos. Temos de deixar de ser apenas bons alunos, de ser meros comissários deste ou daquele governo."

"Quase 19 mil pessoas votaram na mudança, em 2005. Desde essa altura, o concelho registou importantes perdas. Numa conjuntura de governação socialista."

A partir de hoje começamos uma ronda de entrevistas aos candidatos à Câmara Municipal.Damos entrada com o PSD, seguem-se o PS, CDS e CDU.

Page 7: Edição n.º 5

7 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

DISCURSO DIRECTO

nossos indicadores fossem outros, o poder central não nos retiraria estruturas que promovem, pela proximidade, a nossa qualidade de vida. Quem aposta num concelho que está na liderança do desemprego? Quem quer investir no 306º lugar do desenvolvimento municipal, na penúltima posição da Área Metropolitana do Porto em qualidade de vida, na cauda das taxas de cobertura de creches e jardins-de-infância no Vale do Ave, que perdeu a Universidade, que perde os investimentos geradores de emprego para concelhos vizinhos, que perde população, onde a habitação é cara e diminuta e onde sanea-mento e abastecimento de água ainda são bandeira do poder?

- Mas Santo Tirso também tem potencialidades?

Tem com toda a certeza, e muitas. Mas os pontos fracos resultam de uma má gestão municipal que nunca soube aproveitar as oportunidades. Já se pensou que durante tantos anos as empresas têxteis concel-hias fizeram de Santo Tirso um concelho liderante no Vale do Ave, no Norte e no país? Seria nessa altura que devíamos ter lutado por grandes equipamentos, por grandes áreas empresariais, por serviços públicos de referência. Foi isso que fizeram, por exemplo, os concelhos de Famalicão, Guimarães e Vila do Conde. Todos liderados por Câmaras so-cialistas.

Santo Tirso, para responder à sua questão, tem montanha, rios, termas, golfe, hotelaria, restau-rantes e boa gastronomia, vinhos, doçaria, atractivos turísticos e monumentalidade, eventos, gente empreendedora, uma localização excepcional. Se temos isto tudo e não temos turismo, se temos isto tudo e perdemos pessoas, algo está mal. E o que está mal é a forma como se gere o município. Uma gestão ultrapassada e preocupada com as questões menores.

- Como analisa a vitória recente de Paulo Rangel nas eleições europeias e o resultado no nosso concelho?

Foi a vitória de uma nova forma de fazer política e a derrota da arrogância, da prepotência, das vitórias antecipadas. A vida é feita de substituições, de novos rostos, de alternativas. A per-petuação dos mesmos apenas convém a pequenos grupos, que sempre são favorecidos. O medo da mudança não está nos jovens, nos profissionais liberais, nos comerciantes, nos taxistas, nos pequenos empresários. O medo está em quem detém os poderes,

quem convive diariamente com o poder. Mas quero deixar bem claro que tratarei todos os tirsenses de igual modo. O que está em causa é o futuro do concelho, não de cada um de nós, em particular.

Em Santo Tirso, e apesar do PS fazer ouvidos de mercador, a quebra de votação nestas eleições foi impressionante. Significa que muitíssimos tirsenses que têm votado no PS agora não

o fizeram, penalizando quem mereceu ser penalizado. Esse é um sinal para as legislativas e para as autárquicas. Executivos que não ouvem, que se assumem como donos da verdade, acabam por sofrer as lições da democra-cia. Os tirsenses saberão decidir em consciência.

- Na pré-campanha, usa

algumas frases que permitem avaliar que haverá propostas alternativas à actual gestão da Câmara Municipal. Será assim?

Sim, sem dúvida. O PSD não quer fazer um bom resultado. O PSD quer ganhar as eleições e, mais que isso, quer ganhar o concelho. Apresentámos no dia 2 de Maio o Programa Municipal de Apoio à Família, onde prevemos um conjunto de apoios às famílias mais numerosas e carenciadas, às pessoas com falta de mobi-lidade, às famílias empreendedo-ras, aos mais jovens que neces-sitem de recorrer a uma bolsa de arrendamento a custos mais controlados. Para além disso, queremos repensar os custos de serviços básicos como a água e o alargamento dos serviços de transportes. Os tirsenses não podem ter apenas obrigações. Devem ter direitos iguais aos de famílias e pessoas dos concelhos vizinhos.

Mas também instituiremos uma Oficina Social e um Banco Amigo, para que se dê a trans-ferência e o aproveitamento de muitos bens e serviços para as tais famílias necessitadas. Falo de computadores, móveis, kits de cozinha, medicamentos, roupa e têxteis - lar, bricolage. Falo de um serviço de reparações ao domicílio para apoiar as pessoas isoladas, sem recursos, mas ben-eficiando, por outro lado, o rein-gresso de pessoas no mercado de trabalho.

Porque razão afirma que as micro empresas serão o grande

negócio do concelho e que o emprego se gera com investimen-to e não com dificuldades?

Há cerca de 3 semanas, tive uma conversa com um empresário natural e residente em Santo Tirso que me deu a resposta à sua pergunta: disse-me que era tão difícil tratar do seu investimento no concelho, que nem pensou duas vezes em mudar de locali-zação. Nada foi feito para segurar

esse investidor. E este é apenas um caso.

Teremos de renovar o tecido empresarial do concelho, e isso só se faz com as micro e pequenas unidades empresariais. Deveremos estimular, incentivar, apoiar e reter os melhores em-preendedores. Ter capacidade e imaginação para encontrar investidores, onde quer que se encontrem.

Avançaremos com um forte programa de apoio ao Empreendedorismo, de revitaliza-

ção de espaços, de abordagem a novos negócios, mais próximos da Economia Criativa, da Economia Social e da Inovação Tecnológica.

No seu discurso de apre-sentação falou de intervenções capazes de gerar emprego, mas fora dos sectores tradicionais...

Um gestor público municipal

tem de entender que a com-petição entre territórios é hoje um facto, e que as oportunidades de investimento são escassas. A educação e a formação, as artes, o mundo associativo, as actividades de lazer e bem estar, a saúde e o desporto, a energia e os transportes, são áreas em que não temos políticas definidas ou coerentes. Por isso, há que introduzir factores ou novas

variáveis de sucesso. Uma delas tem a ver com a ligação em rede dos recursos turísticos e de visita existentes. Outra, prende-se com os recursos humanos empreende-dores e com os talentos tirsenses espalhados pelo mundo. Não tem que haver receio em convidá-los a regressar para fazer coisas. Uma terceira variável está relaciona-da com a cidade fantástica que temos. Uma cidade que dispõe de condições de lazer únicas, mas que não tem sido o denominador comum para s restantes 23 fregue-

sias. Também a recuperação de edifícios devolutos e degradados para uma função económica e criativa. Mas decisiva será a ca-pacidade de influenciar o exterior, de trabalharmos em parceria, de elevar a auto estima da população, de fazer bem e rápido, de decidir com equidade. Depois,

vamos à procura de quem sabe, de quem tem mais experiência, de quem tem mais disponibilidade para ouvir.

- Fala-se bastante da sua passagem por Penafiel, apesar de viver em Santo Tirso...

Se se fala tanto dessa passagem por Penafiel é porque terá deixado alguma marca. E como sou reconhecido, agradeço a oportunidade que me foi dada em Penafiel, e que muitos tirsenses não têm em Santo Tirso.

Mas, antes de mais, a minha ligação a Santo Tirso é a de um tirsense comum: estudei numa escola primária, em Vilarinho, na Escola Claustral de Singeverga, no Instituto Nun'Alvres. Nunca vivi noutro concelho, primeiro em Vilarinho, depois na cidade de Santo Tirso. O meu filho aqui estuda, aqui faz a catequese, aqui pratica o seu desporto. Aqui fui dirigente associativo, colaborador na imprensa local, escrita e radi-ofónica, aqui milito no PSD há 25 anos. Aqui liderei o Interact Club, o Rotary Club, aqui fui co-director da Revista da Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso. Aqui fui vogal e Vice Presidente da ASAS.

Mas, e para além de Santo Tirso, a minha vida passou sempre mais por outros locais, que não

Penafiel. Mas como à falta de outros argumentos, este podia ser lançado, em 2005, passei a ser outras coisas que não era.

Os percursos profissionais não são determinados por um interesse político a médio ou longo prazo. Quem vive na política au-tárquica há tantos e tantos anos, acredito que pense assim. O que importa é a riqueza das experiên-cias, dos sucessos e dos erros, a sua diversidade e a sua aplicação em diferentes contextos.

Não me veria a estar dezenas de anos a fazer as mesmas coisas, seguramente que não!

"Esta forma de fazer política e de gerir a autarquia, voltada para dentro de uma casa muito pequenina, e sem janelas, sem perceber que lá fora, o mundo pulou e avançou, tem sido nefasta, diria mesmo catastrófica para Santo Tirso. O poder não se interroga, não dialoga, tem muitas certezas, demasiadas certezas. "

"...minha prioridade serão as crianças deste concelho. Santo Tirso será a Capital das Crianças.Por isso, debater-me-ei por priorizar o Emprego, a Atracção de Investimento e a Educação. Não há crianças se as famílias aqui não se sentirem bem"

Page 8: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA8 santo tirsohoje

Autárquicas 2009-Acha que as várias ex-

periências fora do concelho de Santo Tirso o diminuem na condição de candidato à Presidência da Câmara de Santo Tirso?

Tirsenses não são aqueles que o dizem, mas os que o sentem e fazem algo. Na vida de um concelho há muitas pessoas que afirmam a necessidade da mudança, de uma maior dinâmica, mas depois, confortavelmente, adoptam uma atitude passiva. Ser tirsense convicto é defender uma alternativa de mudança, dar a cara por um projecto, assumir o risco de uma derrota e de uma vitória. Ser tirsense convicto é perceber o que os outros fizeram para mudar, porque o fizeram, como o fizeram. Não adianta passear na cidade, ou fazer política de café, sempre sentado nas mesmas mesas, a falar com as mesmas pessoas. Hoje as decisões tomam-se em fracções de segundo. A competição entre autarquias é um facto, e o con-hecimento de boas práticas, a preparação técnica de excelência e a capacidade de gerir equipas e gerar influência e proximidade determinam o avanço de alguns concelhos e o retrocesso de outros.

Penso que ninguém quer um tirsense convicto que faça uma gestão voltada para as elites ou que nos conduza para a cauda do desenvolvimento, do emprego e da qualidade de vida.

- Mas o actual Presidente

da Câmara lançou algumas críticas ao seu afastamento de Santo Tirso?

Se o Senhor Presidente

estivesse mais preocupado com o concelho do que com o que fazem outras pessoas, talvez Santo Tirso fosse um concelho diferente. Mas no discurso do PS há uma enorme contradição. Criticam os que trabalham fora e tentam diminuir os seus direitos cívicos. Mas só criticam os que são do PSD. Também se estranhará, então, que se atribuam medalhas a atletas que ganham campeona-tos fora do concelho. Bem pelo contrário. Há muitos tirsenses que estão fora do nosso concelho, e que poderiam já ter dado ex-cepcionais contributos. Não os considero menos tirsenses. Serão menos tirsenses os emigrantes que durante décadas viveram e lutaram fora do país? Será menos tirsense a Doutora. Eliana Souto, recentemente agraciada pela Câmara Municipal, por dar aulas e fazer a sua investigação em Berlim ou no Porto? Será menos tirsense qualquer jovem atleta por

treinar e competir em clubes de alta competição fora do concelho? Será menos tirsense o Ricardo Rocha por jogar em Inglaterra, no Benfica ou no Braga? Será menos tirsense o Dr. Ivo Martins por dirigir brilhantemente o melhor Festival de jazz do país, mas em Guimarães? Será menos tirsense o Dr. José Paulo Dinis, por dirigir uma das melhores estruturas de formação do Norte, associada à Capital do Móvel? Serão menos tirsenses os treinadores de voleibol que para a Trofa arreca-daram o título nacional feminino? Será menos tirsense o designer João Ornellas, que pelo país ou no estrangeiro, encontra aplicação do seu talento? Será menos tirsense o actor e encenador Marcos Barbosa, por se estabelecer em Lisboa ou colaborar com o Centro Cultural Vila Flor? Será menos tirsense o Doutor Félix Carvalho por leccionar na Faculdade de Farmácia, ou o Doutor António

Azevedo por leccionar na Universidade do Minho?

Esta forma de fazer política e de gerir a autarquia, voltada para dentro de uma casa muito pequenina e sem janelas… sem perceber que lá fora, o mundo pulou e avançou, tem sido nefasta, diria mesmo catastrófica para Santo Tirso. O poder não se interroga, não dialoga, tem muitas certezas, demasiadas certezas.

- O trabalho de uma autarquia e de um Presidente de Câmara passa pela formação de uma boa equipa e por asses-sorias competentes. Tem a sua equipa formada?

A equipa está formada e aparecerá no tempo que en-tendemos oportuno. Mas quero assegurar que uma equipa autár-quica, para mim, não é composta por 5 elementos principais e uns 15 secundários. Esse é um erro que muito tem custado a Santo

Tirso. Entendo que os eleitores têm o direito de conhecer um conjunto de 20 pessoas, o seu percurso e o objectivo da sua escolha. Sendo uma candidat-ura do PSD, os integrantes da equipa representarão a diversi-dade do concelho, mas também um conjunto de competências políticas e técnicas. E acima de tudo, serão pessoas da minha confiança. Aceito que haja outras ideias, que se anunciem estes ou aqueles nomes. Mas será sempre areia para tentar tapar os olhos dos tirsenses. A lista é da minha responsabilidade, assumo isso, do 2º ao 20º lugar. Será uma lista para ganhar as eleições, com pessoas que não duvidam disso nem um segundo!!!!

- Quem é João Abreu, candidato do PSD à Câmara Municipal de Santo Tirso?

Sou um homem de 42 anos, que tem no filho aquilo que mais ama na vida. Que gosta de escrever e fotografar. Que mantém as amizades de há longo tempo. Que gosta de enfrentar desafios e gosta da mudança. Que aprecia a boa mesa portu-guesa e as viagens no país.

Adoro dar aulas. Os alunos vão-me mantendo "on line" com a actualidade. Gosto muito de música, teatro e dança. Especialmente dos velhos Génesis, GNR, FGTH..

Ultimamente tenho procurado adquirir o máximo de informação sobre a relação entre as artes e a gestão empresarial.

O meu projecto profissional do momento chama-se Academia das Emoções.

"...montanha, rios, termas, golfe, hotelaria, restaurantes e boa gastronomia, vinhos, doçaria, atractivos turísticos e monumentalidade, eventos, gente empreendedora, uma localização excepcional. Se temos isto tudo e não temos turismo, se temos isto tudo e perdemos pessoas, algo está mal."

DISCURSO DIRECTO

No âmbito da apresentação do Programa Municipal para a Cultura, Vasco Espinheira, membro fundador dos Blind Zero, deslocou-se a Santo Tirso para manifestar o seu apoio à candi-datura de João Abreu. Em de-clarações ao Santo Tirso Hoje, o guitarrista afirmou acreditar no projecto de João Abreu: “não posso deixar de apoiar uma pessoa em quem confio, em quem acredito e que me ensinou bastante. É quase como aquela velha máxima, se é bom para mim provavelmente vai ser bom para muita gente… enquanto ex-aluno e amigo, acredito plenamente que ele vai trazer grandes mudanças e mais-valias para Santo Tirso”.

A cumplicidade de Vasco Espinheira com o candidato social-democrata remonta aos tempos em que era aluno na Universidade Fernando Pessoa.

Como o próprio explicou: “tive o prazer de ter sido aluno do Dr. João Abreu no curso de Marketing e, para ser muito honesto, é um daqueles professores que deixam a sua marca. É um dos profes-sores que mais me marcou pela sua simplicidade, objectividade e pela amizade que conseguiu criar naquele grupo de alunos”. Segundo Vasco Espinheira, na época da sua criação, os Blind Zero foram como que “apadrin-hados” pelo agora candidato à câmara: “a banda começou ex-actamente no ano em que o Dr. João Abreu era meu professor e tínhamos mais dois elementos da banda que também eram seus alunos. Lembro-me perfeitamente que, muitas vezes, no fim da aula, íamos falar com o Dr. João Abreu pedindo-lhe conselhos sobre marketing musical, por exemplo. Ele dava-nos utensílios ou melhor

dava-nos a cana de pesca para que pudéssemos pescar”.

Aquando da apresentação do programa cultural, foi igualmente revelado que, em Julho, Vasco Espinheira, a par de nomes como Rafael Montes Gómez, Maestro da Orquestra do Norte, participará num conjunto de workshops re-alizados sob a chancela da can-didatura de João Abreu. Além disso, a colaboração de Vasco Espinheira estender-se-á igual-mente a alguns projectos do programa cultural como é o caso do Áudio Fórum, um laboratório de ensaio, experimentação, debate e exibição musical. Vasco Espinheira submeterá, assim, ao serviço dos artistas tirsenses a sua experiencia e conhecimentos do mundo da música para apoiar e coordenar a ascensão dos valores do concelho.

Vasco Espinheira, fundador dos Blind Zero, apoia João Abreu

Page 9: Edição n.º 5

9 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

PUB

M a n u e l E d u a r d o Sousa

Nasceu em Santo Tirso a 22de Dezembro de 1931. Poeta e artista, desta-

cou-se com brilhantismo na área da fotografia, ofício do seu pai. Tirou o curso de contabilidade no Porto e chegou a emigrar para França e Alemanha, mas havia de voltar para se dedicar primeiro à pintura e depois à fo-tografia, montando dois estúdios fotográficos no concelho de Santo Tirso. Em 1976, integrou um dos maiores meios fotográficos portu-gueses a convite do Instituto de Fotografia do Porto. Faleceu a 2 de Janeiro de 1983 legando uma obra notável.

Délio Santarém

Nasceu em 31 de Maio de 1903 e faleceu em 20 de Março de 2000. Licenciado em

Medicina pela Universidade de Coimbra, foi médico radiologista na sua terra – Santo Tirso. Entre outros cargos públicos foi presi-dente da Câmara Municipal de Santo Tirso entre 1959 e 1970. A ele se deve a construção dos Paços do Concelho e praça adjacente, entre outras obras.

F e r n a n d o Andrade Pires de Lima

D i s t i n t o a d v o g a d o , escritor na área do Direito, n o t a b i l i z o u -

se também como professor tendo sido Ministro da Educação Nacional. Homem inteligente e de acção, deixou uma obra notável para a Educação do país.

A l e x a n d r e Lima Carneiro

N a s c e u em Areias, concelho de Santo Tirso, a

2 de Junho de 1898. Em 1922 terminou o curso superior de Medicina no Porto. Nesta cidade foi docente na Faculdade de Ciências, depois de concluída a sua tese de doutoramento, com a classificação de 18 valores. Os seus numerosos trabalhos, em especial sobre as águas termais das caldas da Saúde (de que foi director), foram reconhecidos e a sua voz escutada em muitos con-gressos, no país e no estrangeiro. Foi secretário das comissões por-tuguesas na defesa de trabalhos na área da Etnografia e da Hidrologia, por exemplo em Liége na Bélgica ou em Copenhaga na Dinamarca. Foi presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso entre 1951 e 1959.

III Edição do Festival Multicultural de Santo Tirso apresentadaTerrakota e Mão Morta são cabeças de cartaz

Decorreu, na passada segunda-feira 15 de Junho, a apresentação oficial da terceira edição do Festival Multicultural de Santo Tirso. A apresentação tomou lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho pelas 11h30. Fruto de uma organização conjunta entre o Grupo ST Culterra e a Câmara Municipal de Santo Tirso, o festival está agendado para os dias 7,8 e 9 de Agosto, no Parque Urbano da Rabada em Burgães. A edição deste ano destaca-se pela presença dos grupos musicais “Terrakota” e “Mão Morta”, já confirmados como cabeças de cartaz. Sean Riley & Slowdrivers, Plus, Mazgani e Meltin Pot são as restantes bandas convidadas a actuar ao longo de duas noites de concertos (7 e 8 de Agosto).O evento, de entrada livre, proporcionará ainda animação de rua, marionetas, aeróbica, yoga, feira alternativa, ateliês de pasta de papel e origami, actividades radicais com o apoio do Exército e um campeonato de pesca desportiva no recuperado Rio Ave.No programa estão igualmente incluídos um festival concelhio de folclore e o lançamento do livro "Libertação do pensamento... em nome da vida", do poeta de Santo Tirso Pedro Ribeiro.

Concursos de montras e fotografia – inscrições já estão abertas Já estão abertas as inscrições para os concursos de montras e de

fotografia (8 a 12 de Julho) subjacentes ao tema “As Festas de São Bento”. Os interessados podem formalizar as suas inscrições até ao dia 03 de Julho, nos serviços de Turismo da Câmara Municipal de Santo Tirso ou através do endereço www.cm-stirso.pt

Vitor Carneiro expõe aguarelas em FamalicãoEm exposição na Casa-Museu Soledade Malvar, as aguarelas de Vitor Carneiro retratam as localidades mais significativas da cidade de Famalicão.

Na passada segunda-feira 15 de Junho, o pintor tirsense Vitor Carneiro inaugurou, na Casa-Museu Soledade Malvar em Famalicão, a sua mais recente exposição de aguarelas.

Expressamente criadas para o efeito, as aguarelas retratam a perspectiva do pintor acerca dos locais mais emblemáticos e representativos de Famalicão. Como o próprio explica: “esta exposição surge no seguimento de três anos de exposições nas mais variadas cidades e desen-volvidas no mesmo género. Esta, em particular, é composta por modelos originais, pela primeira vez expostos e especificamente

elaboradas para Famalicão. É uma aguarela mais temática que privilegia o pormenor e a realeza da imagem com alterações de cores e o aproveitamento cromática da tela”.

Brindados com um Porto de Honra, os muitos convidados e visitantes que na Casa-Museu marcaram presença, tiveram ainda a oportunidade de adquirir reproduções numeradas e assinadas pelo pintor.

Igualmente referenciado pelas suas obras a óleo e pinturas de arte sacra, Vitor Carneiro já tem a próxima exposição agendada. Desta feita, ocorrerá em Baiona (Espanha), de 1 a 15 de Julho

na Casa do Concelho, onde o pintor apresentará um conjunto de aguarelas submetidas ao tema “Terra e Mar”.

Os trabalhos de Vitor Carneiro estarão brevemente disponíveis para consulta em www.vitor-ca rne i ro .wordp ress .com. “A página Web está em processo de formação. Assim que estiver concluída, poderão ver pinturas a óleo, fotografias e possivelmente poemas entre outras coisas mais que eu faço”, acrescentou.

A exposição de aguarelas de Vitor Carneiro estará patente até ao dia 26 de Junho.

Arte & Lazer

Page 10: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA10 santo tirsohoje

Café com...Carina Vieira

Santo Tirso, 11 da manhã, Café Imperial. Tudo a postos para mais um Café com… esta quinzena, trazemos juntos dos nossos leitores o agridoce ranger do violoncelo. A convidada? Carina Vieira.Licenciada pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculos do Porto, esta violoncelista tirsense integrou, durante cerca de três anos, a imponente Orquestra do Norte. Em paralelo, tomou parte de múltiplos projectos orientados para música de câmara. Actualmente, a sua mais recente aventura - Guitarcelotrio - tem assumido um destaque ascensional entre os amantes de música portuguesa. Senhores e senhoras haja silêncio na plateia. O espectáculo vai começar.

Realizei vários concertos que me marcaram, num deles ainda enquanto ad-olescente, foi com o Maestro Ernest Shell , um maestro alemão convidado regular-mente pela Artave. Foi um concerto no Europarque em 2002 com a Orquestra de Jovens APROARTE onde se interpretou Quadros de uma Exposição de Mussorgsky, tratou-se de um concerto realmente genial. O famoso violoncelista Misha Maisky tinha sido convidado para tocar a solo, o Concerto de Dvorak. Por isso, a marca

que me deixou, permanece registada no meu pensamento e coração. Tratou-se de um grande concerto com lotação esgotada, com grande destaque e energia. O maestro que estava a frente da orquestra conseguiu transmitir tudo o que sentia, porque a música é feita essencialmente de sentimen-tos. Tocar um instrumento não é só dar aos dedos e aos braços, tem muito de interior.

Outro momento muito importante na minha vida, foi um concerto a solo que executei perante duas mil pessoas.

Aconteceu em 2004 e foi o meu primeiro concerto a solo acompanhada pela Orquestra do Norte.

Recordo-me igualmente de outro concerto que me proporcionou uma sensação diferente. Foi em 2008 quando fiz um recital em directo para a Antena 2, com o meu amigo Pedro Cunha ao Piano. Havia um misto de nervosismo e responsabili-dade acrescidas, mas que me deram muito gozo. Tornou-se ainda mais fantástico depois de ouvir excelentes críticas acerca

das obras que executei. Foram umas obras portuguesas de Joly Braga Santos, não muito conhecidas, e uma sonata de Chopin para Violoncelo e Piano. De resto, também me marcou muito um concerto que fiz a nível profissional, no ISEP, também com a Orquestra do Norte e com o Maestro Pederecky, maestro polaco, compositor e uma grande referência ainda viva do mundo musical. Poderia falar de outras mais mas….

Fui recebida na Orquestra do Norte em 2003 e por lá permaneci até 2006, o que me trouxe outras vantagens. Conheci gente de todo o mundo, músicos fantásticos e maestros extraordinários. A orquestra é um mundo um pouco à parte das outras áreas, muito específico, um mundo mágico do qual não se consegue sair. Penso que qualquer instrumentista de orquestra pensará assim. Trabalhar com 60 ou 70 músicos não é fácil, mas o resultado final é fantástico, uma adrenalina… mas voltando ao inicio, eu entrei para a orquestra enquanto estudava na ESMAE, e ainda bem porque ajudou-me a concluir a licenciatura em Violoncelo. Deu-me muita energia e vontade de lutar em prol de um sonho, o de mais tarde, ingressar numa outra orquestra, em Portugal ou em outro país. No entanto, com muita pena

minha, tive que optar por sair. A Orquestra do Norte tem uma actividade muito grande, tem cerca de 120, 140 concertos por ano, viaja por todo o país e não só. Ocupava-me demasiado tempo e eu não conseguia concluir a minha licenciatura, por isso, neste momento, a minha experiencia na Orquestra do Norte continua apenas enquanto reforço e através de várias colaborações. Entretanto, fui convidada pelo CCM, Centro de Cultura Musical, para leccionar a disciplina de Iniciação ao Violoncelo para crianças desde os seis anos. O CCM é um conservatório de Música regional, onde as crianças ou até mesmo os adultos se podem inscrever para aprender a tocar um instrumento musical, com professores devidamente formados na área.

Orquestra do Norte

Momentos marcantes

Primeiros passosComecei a estudar violoncelo,

aos 12 anos, na ARTAVE, Escola Profissional Artística do Vale do Ave. Lembro-me que o som daquele instrumento transcendia-me, era um som lindíssimo e puro. Assim que o vi, apaixonei-me e nunca quis saber de outros in-strumentos… Os anos passados naquela escola proporcionaram-me uma experiência muito vasta. Preparou-me para o futuro, para o mercado de trabalho e para uma escola superior de música. É graças a ela que estou a dar esta entrevista… Dentro da ARTAVE, aprendi a trabalhar em música de câmara e em orquestra. A minha formação esteve a cargo de uma professora, Pétia Samardjieva, que durante seis anos me abriu os olhos para o mundo do violoncelo. Naquela época, realizei vários concertos com vários maestros de várias nacionalidades, o que me inspirou bastante. Abriu-me a alma para novos horizontes, para o futuro.

Após seis anos na ARTAVE, ingressei na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculos do Porto, na classe de Violoncelo do Professor Jed Barahal. Foi um período de transição, durante o qual surgiram algumas dúvidas da minha profissão, mas o sen-timento que sempre nutri pelo instrumento fez com que batal-hasse ainda mais. Para a música é preciso muito trabalho, contacto com o instrumento e dedicação. Ter um instrumento é como ter um filho. Necessitamos passar o tempo todo com ele, de o estudar imensamente. Precisamos abdicar de muitas coisas da nossa vida para concretizarmos os nossos sonhos. E é isso que tenho feito ao longo de todo esse percurso. Desde criança que me vejo nos palcos. Não tenho qualquer complexo nem nervosis-mo - em cima do palco, sinto-me bem e realizada.

Foi-me incutido na ARTAVE… sempre fiz música de câmara em paralelo com outras actividades, sempre tive os meus grupos de música de câmara, sempre fiz os meus recitais com várias formações, duos, trio, quarteto, sexteto etc. Por outro lado, também já estive integrada na Orquestra de Música Antiga da ESMAE, o que para a formação de um instrumentista é importante a experiência e contacto com pessoas da área da música antiga. No que diz respeito à música de câmara é uma base para saber tocar em conjunto, para saber trabalhar e relacionar de mais perto com outros instrumentistas. Dá-nos um gozo diferente, assim como uma grande perspectiva da música. Pessoalmente, não gosto de ser solista nem de me destacar,

prefiro trabalhar em conjunto, daí, eu me referir à orquestra e à música de câmara. As m i n h a s f o r m a ç õ e s favoritas são os duos com piano, trio com violino violoncelo e piano e quarteto de cordas. Trabalho habitualmente com duo, e de certo modo tenho-me destacado um pouco mais com esta formação, já fiz gravações para a Antena 2, recital em homenagem à grande violoncelista portuense Guilhermina Suggia, entre outros…

Música de Câmara

foto.: Mário Santos

Page 11: Edição n.º 5

11 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

Café com...

@santo tirsohoje

PRÓXIMA EDIÇÃO - 8 DE JULHODISPONÍVEL NOS LOCAIS HABITUAIS (PÁGINA 23)

Violoncelo é um instrumento que, devido às suas característi-cas, tem um som muito doce mas também muito agressivo, suscita inúmeras formas e suportes, adapta-se ainda a outros estilos musicais e tende a ser cada vez mais explorado em vários géneros de música, seja na musica POP/ Rock ou até na música electróni-ca, exemplo disto, é a existência de um famoso quarteto de vio-loncelos chamado Apocalyptica e que, contra todas as expecta-tivas, toca algumas músicas dos Metallica.

É completamente natural que um músico queira explorar mais o seu instrumento. Embora seja originário de há muitos séculos, o violoncelo é um instrumento que já sofreu várias alterações espe-cialmente a partir do século XVIII. Adequa-se a qualquer estilo de música. No meu caso, sendo eu portuguesa e até um pouco rev-

olucionária, e pelo facto de nutrir uma certa adoração pelo Zeca Afonso, fui convidada pelo meu colega Pedro Pinto, antigo aluno do Artur Caldeira, a integrar no grupo Guitarcelotrio, em conjunto com ele, fazemos arranjos para violoncelo e tocamos juntamente com a guitarra portuguesa e com a guitarra clássica. Elaboramos arranjos das músicas de Octávio Sérgio e Carlos Paredes, entre muitos outros. A sonoridade do violoncelo preenche a con-sistência das guitarras, envolv-endo a música numa tonalidade e harmonia diferentes. Visto que as coisas começaram a correr bem, decidimos juntar-nos igual-mente a um cantor chamado Vitor Silva. Foi o vencedor do Chuva de Estrelas para melhor imitação de Zeca Afonso e com ele temos feito vários concertos. Também temos realizado inaugurações em museus, temos tocado nas

FNAC´s sempre com grande en-tusiasmo e aplausos. Além disso, já está agendada a nossa par-ticipação, este verão, no Festival Noites da Guitarra Portuguesa em Viana do Castelo.

De facto, este quarteto tem dado muitos frutos e temos sido bastante bem recebidos pelo público. As pessoas parecem gostar do complemento que o vio-loncelo impõe na música, dando uma harmonia mais doce.

De resto, em paralelo já par-ticipei em outras formações como o Duo Lamicorda, com o co-fun-dador e percussionista brasileiro Luís Oliveira, aí sim, as músicas eram originais. O duo Lamicorda, também recebeu muitos aplausos. Portanto, cada vez mais, me interesso por esse lado, em fazer aparecer o violoncelo não só na música erudita, mas também noutros géneros.

O ensino Actualmente, entre os projectos que já mencionei

anteriormente, lecciono. Talvez não seja das áreas que mais me fascina mas, entusiasmo-me cada vez mais. Tento transmitir aos meus alunos uma boa energia, explicar-lhes o potencial do instrumento, cativá-los e envolvê-los no violoncelo, para isso, não basta ensinar-lhes a colocar os dedinhos nas cordas, é preciso sentir e criar uma relação humana com o instrumento. Com eles, aprendo imenso, e é sempre um prazer ver o resultado final, após abrimos a nossa gaveta da sabedoria e experiência. O mais gratificante, é quando me mostram o que lhes incuto ao longo do tempo. Sou nova nesta área e tudo isto está a florir.

Projectos futurosTenciono continuar a estudar e evoluir no instrumento para

ganhar mais experiência, mais técnica, aprofundar mais o meu conhecimento e conseguir entrar numa boa orquestra, talvez não em Portugal. Neste momento, Portugal está dominado pelos in-strumentistas estrangeiros. Se calhar temos que fazer o inverso, os estrangeiros vem para cá e os portugueses vão para fora. Gostaria ainda, de chamar a atenção para o que se passa na área musical no nosso país. A grande fase dourada da música erudita em Portugal já passou… neste momento estamos numa fase de reconstrução. Na década de 60, 70, havia uma imensidão de or-questras portuguesas a funcionar e isto perdeu-se. A Orquestra da Rádio Difusão fechou, outras orquestras da RTP também. Os concertos ao domingo de manhã no Canal 1 desapareceram, isto é, a música erudita esmoreceu. Os instrumentos electrónicos, de certa forma, vieram-se impor aos instrumentos “ditos” clássicos. Apareceram os sintetizadores que levaram a música para outro campo, e claro… como é obvio, manter uma orquestra não é fácil, é muito dinheiro investido, daí muitas vezes as coisas não darem certo.

Referências Posso-lhes dizer que Shostakovich é o meu compositor

favorito, com o qual mais me identifico e que adoro tocar, depois Bach é sempre o deus da música...Quanto a intérpretes, destaco, sem dúvidas, o violoncelista norueguês Truls Mork. Em música de câmara, gosto muito de Cronos Quartet e das orquestras posso salientar a Chicago Orquestra, London Sinfony Orquestra e Berlin Orquestra, entre outras mais.

Os Conselhos Antes de mais, aqueles que pretendem estudar um instru-

mento, têm de estar bem cientes daquilo que pretendem. Estudar um instrumento por estudar, é melhor nem começar. É preciso existir sacrifício de corpo e alma ao instrumento.

Além disso, viver da música é um pouco difícil, temos por vezes, sujeitar-nos a trabalhos de que não gostamos muito, mas como tudo na vida, passamos por algumas dificuldades e muitos obstáculos. É muito complicado desenvolver uma carreira musical no nosso país, há demasiadas dificuldades envolvidas, especialmente na colocação de espectáculos. Um dos problemas principais, é a música estar tão dependente financeiramente das autarquias, estas gerem a situação de forma não muito clara e ao sabor do seu vento, até mesmo, quando se propõe projectos e ideias de custos insignificantes.

Estou completamente desiludida. Eu sou tirsense e já me fecharam muitas portas dentro da minha própria cidade. Enderecei várias propostas à Câmara e sempre foram recusadas. Depreendiam-se com a cedência de um local para a apresentação de es-pectáculos, recitais de música de câmara, recitais a solo, entre outras coisas. Nunca obtive respostas. Estou a falar de mim, mas isso não aconteceu só comigo. Quanto ao que se passa na cidade, é péssimo. É uma cidade desprovida de cultura. É algo que me deixa muito triste. Santo Tirso podia vingar nessa área porque possui excelentes meios e pessoas capazes. Muitas destas saíram daqui, em

parte por não se sentirem satisfeitas nem realizadas nesse âmbito. É que não temos nada, não temos um bom cinema, não temos um bom sarau, não temos uma boa exposição digna desse nome. É uma cidade apática, orientada para as pessoas idosas, uma cidade que está monótona, sem dinamismo, sem nada. O dinamismo de que necessitamos não passa pelos idosos, embora estes sejam importantes, mas sim, pelos jovens que cada vez mais tendem a afas-tarem-se, porque realmente a actividade cultural e as oportunidades são inexistentes. Eu própria sou caso paradigmático desta situação, optei por viver no Porto.

Mundo de coresSó quem está por dentro deste mundo é que

consegue perceber, quando toco é com muita energia e vivacidade. Para mim, a música é isso, um conjunto de sons e sentimentos e é isso que me faz querer sempre mais. Se estou do lado, o do público, é a mesma coisa, já estive em concertos que me deixaram com as lágrimas nos olhos. É um mundo de cores que faz parte de mim e que sem o qual não consigo viver.

Explorar o violoncelo

Santo Tirso

www.myspace.com/guitarcelotrio

Page 12: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA12 santo tirsohoje

PRÉDIO ABANDONADOTRANSFORMADO EM POMBAL

27 anos depois, o esqueleto do prédio que nunca chegou a ser concluído continua abando-nado e em avançado estado de degradação. Este imóvel, cujo projecto compreendia garagens e uma série de apartamentos, é hoje considerado por muitos como “o prédio da vergonha”. Além da franca agressão exercida sobre o meio ambiente, este espaço, outrora tão promissor, transfor-mou-se num autêntico “pombal” onde para além das pombas, abundam ratos, ratazanas e outros bichos, que diariamente atentam contra a saúde daqueles que por ali têm de passar. Também os conhecidos painéis que, em tempos, taparam a carcaça do prédio estão hoje deteriorados e

remetidos ao abandono, concor-rendo com o lixo que ao longo dos anos se tem acumulado no interior do prédio cadavérico.

Por outro lado, o acesso ao interior do prédio faz-se com toda a facilidade o que possibilita a uti-lização frequente de que tem sido alvo, nomeadamente por toxi-codependentes, daí as seringas visivelmente misturadas com o lixo amontoado no interior do imóvel.

Reza a história que a empresa que lançou este empreendimento e de que era funcionário o actual Presidente da Câmara Castro Fernandes, faliu. O processo relegado para o fórum jurídico revelou-se uma autêntica “trapal-hada”. Muitas foram as famílias

Tirsenses que ali aplicaram as suas economias, ficando sem casa e sem dinheiro. Localizado na principal entrada da cidade, na Praça Camilo Castelo Branco, este esqueleto de péssimo aspecto é hoje o cartão-de-visita para quem se desloca a Santo Tirso.

Ditam as regras elemen-tares do bom senso que uma cidade que se preze, prima pela qualidade de vida, tenha elevados padrões de exigência a nível ur-banístico e de planeamento e que queira atrair visitantes assim como investidores, não pode, ao longo de tantos e tantos anos, dar-se ao luxo de tolerar este tipo de cartão-de-visita. Certo é que, em 2004, aquando do

Europeu de Futebol, a Câmara Municipal gastou muitos milhares de euros em painéis com o intuito de “esconder” a face do prédio. Entretanto, os referidos paneis degradaram-se e acabaram por ser substituídos por outros que custaram mais alguns milhares de euros ao erário público… quantos mais paneis serão necessários?

Nunca foram dadas expli-cações aos Tirsenses para o facto de 27 anos depois, 324 meses, 16.848 semanas e cerca de 135 mil dias, nada tenha sido feito para resolver este assunto. Mas este não é um caso único. Quem entra na cidade a partir da rotunda Lama, também dá de “caras” com o esqueleto de um prédio que se encontra abandonado.

Recentemente, e apenas em algumas semanas, a Câmara tomou posse administrativa de um prédio em São Martinho do Campo. O prédio acabou por ser demolido, acertadamente ou não, já que conforme veio a público, os tribunais ainda não se pronunciaram sobre o assunto. Este facto pode significar que a Câmara Municipal tem instru-mentos, poder de influência e condições para, com vontade política, resolver a situação que, naturalmente, envolverá, de igual modo, os interesses das famílias que ali, e com toda a legitimidade quiseram ter a sua habitação.

Moribundo e insalubre, jaz na Praça Camilo Castelo Branco aquilo a que muitos gostam de chamar “o cartão-de-visita de Santo Tirso”. Quase 30 anos decorridos após a sua construção, este prédio em avançado estado de degradação continua a espantar até os mais prevenidos. Até quando?

VOZ DO POVO

Lixo acumulado na cave.

Telas colocadas pela Câmara Municipal para tapar o edificio, agora abandonadas dentro do mesmo.

Belmiro Martins, 50 anos, vendedor de automóveis

Acho que esta situação não traz nada de bom para Santo Tirso, pelo contrário… este prédio dá uma imagem muito má porque, de facto, isto é um absurdo. (…) 30, 20 ou 10 anos que sejam é demasiado tempo.

Andrew Breunson, 54, professor (inglês)

É horrível. O prédio deveria ser demolido ou talvez alguém devesse acabá-lo. (…) 20 e tal anos neste estado é realmente mau. Isto não aconteceria em Inglaterra. O prédio seria demolido ou requalificado. (…) Quando cá cheguei há cinco anos atrás, pen-duraram imagens de Santo Tirso para que parecesse melhor. Este prédio passa a imagem de que Santo Tirso é uma cidade pobre e sem futuro e nenhuma cidade deveria fazer isso a si própria.

Emília Moura, 44 anos, auxiliar de acção médica

Se eles taparam isto na altura do Euro2004, por alguma coisa o fizeram, era esconder aquilo que estava por trás porque é feio para os visitantes que cá vem e até para nós, dentro da cidade. Quem entra aqui, mesmo que não quer ver, depara-se com isto… é sempre algo que chama a atenção (…) sei que já acon-teceram situações muito chatas aqui. Era qualquer coisa relacion-ada com droga.

António Costa, 54 anos, vendedor

Acho que é ridículo. Por aquilo que eu sei, não se sabe de quem é a responsabilidade. (…) Isto acontece porque há vigaristas (…) Já a pessoa que tinha isto montou uma fábrica de veludos e deixou de investir aqui e acabou por falir e isto ficou assim

Luciano Moreira, 60 anos, aposentado

Acho que é o melhor postal que a Câmara Municipal de Santo Tirso podia arranjar para os forastei-ros (…). Isto, logo á entrada da variante e está muito lindo. Está bonito (risos). Já morreu ali um elemento da PSP, enquanto tra-balhava, (…). Além desse, houve outros acidentes. Já era tempo de verificar que monstros destes não são para ter nas entradas de uma cidade, ainda por cima uma cidade como esta em que não há emprego… cada vez há menos jovens porque eles arranjam emprego fora e fogem daqui. As empresas que existiam estão transformadas em monstros como este, vazios, só paredes ao alto. (…) Eu culpo principalmente a Câmara Municipal porque as licenças são tardias e é só problemas. (…) e os industriais arranjam em outros concelhos da redondeza melhores condições e fogem. Quanto a indivíduos como eu que trabalharam 46

anos na mesma empresa, vamos acabar por morrer aqui sozinhos naqueles bancos compridos que utilizavam para matar porcos. (…) Vamos acabar sozinhos e é só isso que tenho a dizer. Gosto muito deste prédio e há mais disso cá em Santo Tirso.

Conceição Mota, 58 anos, comerciante

É obvio que aqui para nós, com-erciantes, isto desilude. Dá um aspecto horroroso, este mono aqui (…). Quando taparam isto, gastou-se muito dinheiro. Na altura, falou-se em valores exor-bitantes e esse dinheiro poderia ter sido investido em coisas mais úteis. (...) Em lugar disto, poderia haver estacionamentos. A nossa cidade está muito carenciada de estacionamentos. Os clientes queixem-se muitas vezes que não conseguem estacionar. Isso é mau porque as pessoas acabam por não voltar.

Aurora Pereira, 59 anos, com-erciante

A melhor solução era demolir. Quando cá veio a Selecção Francesa, lavaram a cara ao prédio e para quê? Para francês ver… se tivessem aplicado esse investimento em outras coisas. Os estrangeiros que cá vêem ficam admirados por isto ainda estar assim. Rosa Machado, 66 anos, com-erciante

É a vergonha da nossa cidade. Eu acho que já está na hora de pôr aqui uma bomba e deitar isto abaixo (risos). Agora vamos lá ver com as novas eleições (…) Punham aqui um prédio novo ou, sei lá, um cinema já que o outro está assim da mesma maneira. Podiam fazer aqui uma casa de espectáculos. Em vez de ser para as pombas, era para nós.

Page 13: Edição n.º 5

13 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

CASTRO FERNANDES REPETE CANDIDATURA

No passado dia 19 de Junho, Castro Fernandes, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, anunciou publicamente a sua recandidatura. Num jantar realizado em Fontiscos e que segundo as estimativas contou com a presença de cerca de 1.600 pessoas, foram várias as person-alidades do PS e do Governo, que marcaram presença. Pedro Silva Pereira, Ministro da Presidência, Manuel Pizarro Secretário de Estado da Saúde, Renato Sampaio Presidente da Distrital do Porto, Duarte Cordeiro Líder da JS Nacional, Nuno Araújo, Presidente da JS Distrital, Elisa Ferreira deputada no parlamento Europeu e candidata à Câmara do Porto foram os nomes de destaque entre os inúmeros so-cialistas que quiseram manifestar, oficialmente, o seu apoio a Castro Fernandes.

Esta apresentação ganhou força e mobilização acrescida, já que foram apresentados 22, dos eventuais 24 candidatos do PS às Juntas de Freguesia do concelho. Os candidatos de Lamelas e Lama não foram, no entanto, apresenta-dos, facto para o para a qual não foram dadas explicações.

Duarte Cordeiro, na sua in-

tervenção, elogiou a obra feita no concelho e considerou Santo Tirso um exemplo.

Já Renato Sampaio destacou a estima que nutre por Castro Fernandes, considerando-o um “amigo leal, frontal, sincero, sempre disposto a dar alguma coisa sem receber nada em troca” e apelando aos Tirsenses para que se mantenham fiéis “à aposta na continuidade deste trabalho.”

Por sua vez, Pedro da Silva Pereira considerou que a recan-didatura de Castro Fernandes é reflexo da confiança no percurso político do socialista tirsense. Para o Ministro da Presidência, Castro Fernandes “tem realmente obra feita, e estes projectos que

estão em curso, que estão em andamento merecem a nossa confiança”. O ministro continuou garantindo que “A ambição de fazer mais, de ir mais além, de apoiar mais iniciativas” são aspectos que os tirsenses podem continuar a esperar de Castro Fernandes, de tal forma que “a escolha em Santo Tirso não poderia ser mais simples.” “Castro Fernandes já deu todas as provas: é um homem sério, uma pessoa íntegra e a sua per-sonalidade mostra que é uma pessoa atenta aos problemas da população” reiterou ainda. Silva Pereira terminou o seu discurso afirmando invejar Santo Tirso pelo facto de possuir “muita sorte em ter esta democracia”.

Chamado a discursar, Castro Fernandes revelava-se surpreen-dido: “começo por agradecer a vossa presença em massa, neste jantar de candidatura. Já me tinham apoiado, antes, de forma inequívoca mas hoje ultrapas-saram todas as expectativas”. E de forma algo emocionada, o edil anunciou o que já todos esperavam e desejavam: “vocês todos, os presentes e os ausentes, são a razão do nosso projecto para o concelho de Santo Tirso

e são ainda mais. São a razão essencial da minha recandidatura à presidên-cia da Câmara Municipal.” Na senda do slogan de campanha “TEMOS OBRA”, o candidato procedeu, então, a um pormenorizado retrato das obras executadas, começando por abordar as iniciativas promovidas em prol do emprego e no combate ao desemprego,

enumerando as parcerias entre o CITEVE e a Microsoft, o Centro de Novas Oportunidades, o Centro de Incubação de Empresas, o Programa Finicia, entre outros.

Na área do ambiente, Castro Fernandes salientou a bandeira verde recentemente atribuída a Santo Tirso e referiu que “o novo edifício do Ambiente, antigos SMAES, são um sinal desta mod-ernização: juntarão os serviços de ambiente, água, saneamen-to, resíduos, higiene e serviços urbanos, num edifício renovado, moderno e equipado da melhor tecnologia.”

No apoio às famílias, Fernandes destacou a con-strução de habitação social no

âmbito do Programa Municipal de Realojamento; a aquisição de casa própria a custos contro-lados; os programas RECRIA, RECRIPH e SOLARH.

Quanto à educação, o autarca notificou a plateia de que ainda haverá “duas grandes obras, a reabilitação da Escola Secundária Tomaz Pelayo, no valor de 12,5 Milhões de Euros … e a rea-bilitação da Escola Secundária D. Dinis”. Seguidamente, o candidato abordou a área do Desporto enaltecendo a con-strução do Polidesportivo

Municipal, o Pavilhão Desportivo Municipal e o Pavilhão Desportivo de Rebordões.

Na cultura, Castro Fernandes relembrou a construção de novos espaços como o Centro Cultural de Vila das Aves, o Centro Interpretativo do Monte Padrão em Monte Córdova e o já conhecido e elogiado Museu Internacional de Escultura Contemporânea ao Ar Livre.

A surpresa da noite veio com o anúncio dos mandatários do pres-idente e também candidato a mais um mandato. Armindo Araújo e

Sara Moreira foram os atletas escolhidos para esta missão. Se Armindo Araújo não constitui surpresa, face às relações de proximidade publicamente con-hecidas que mantém com Castro Fernandes, já o mesmo não se pode dizer de Sara Moreira que vive e treina fora do concelho e que, numa entrevista concedida em 27 de Abril de 2007 ao jornal entremargens, foi muito crítica para com a Câmara Municipal de Santo Tirso.

_A.R.

PS NACIONAL E DISTRITAL MOBILIZA-SE PARA APOIAR O CANDIDATOVárias figuras proeminentes do PS distrital e nacional juntaram-se a cerca de 1600 socialistas, em Fontiscos, para apoiar formalmente a re-candidatura de Castro Fernandes. No seu discurso e sob o lema “Temos Obra”, o candidato socialista relembrou as obras públicas executadas pela câmara.

PUB

Page 14: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA14 santo tirsohoje

Todos nós sabemos que quando instalamos um sistema deste tipo, por norma o sinal vai para além da nossa casa e que em muitas situações outras pessoas usam e abusam da nossa rede para fazer download de filmes, mp3, andar no msn, ir ao hi5, ver o e-mail, etc, etc.

Existe ainda a possibilidade de termos algumas partilhas de

ficheiros nos pcs em questão o que pode possibilitar a alguém de fora ter acesso a informações sensíveis.

Iremos falar em passos que evitarão o acesso a sua rede sem fios por parte de pessoas não desejadas

1) Mudar a password e utili-zador de gestão no router

A alteração das credenciais de acesso ao router, que vêm por omissão, devem ser de imediato trocadas. Nos motores de pesquisa facilmente se encontram as palavras passse por defeito.

2) Mudar a encriptaçãoA encriptação WEP está

obsoleta foi quebrada já em 2001 o ideal será usar o WPA ou WPA2. Mais Informações em: http://pt.wikipedia.org/wiki/WEP http://pt.wikipedia.org/wiki/Wpa

3) Desactivar o broadcast do SSID

O SSID é o nome da rede ou seja quando alguém num PC faz uma pesquisa de redes, se estiver activo, o sistema mostrará a rede, se tiver desactivo apenas que souber o nome da rede poderá ligar e assim evita que intrusos detectem facilmente a sua rede.

4) Filtrar os PCS por MAC Address

Devemos incluir o endereço

MAC, de cada placa de rede dos PCS que terão permissão de se ligar na rede e bloquear todos os outros. Para saber o MAC da sua placa de rede vá à linha de comandos e escreva ipconfig /all.

O comando devolverá um texto do tipo 00-A0-1A-53-45-A3. Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Endere%C3%A7o_MAC

5) Limitar a atribuição de IPSOutra forma de configurar

segurança na nossa rede é limitar a atribuição de endereços IP, isto é, tornar só disponíveis o número de endereços IP que pretendem-os por exemplo se temos três pcs só devemos colocar três , assim

evita que um quarto se ligue. 6) Observar diariamente os

Logs de RegistoOs logs são um registo de

todas as ligações e operações no router são uma forma de podermos detectar alguma ligação ilícita ao mesmo, tendo dados como o IP do atacante, hora, informação obtida.@

Saúde e bem estar

OFICINA DE INFORMÁTICApor Miguel Martins

[email protected]

Uma alimentação saudável contribui para uma maior qualidade de vida, ajudando a pessoa idosa a manter a sua in-dependência e melhorar a sua capacidade para desenvolver as tarefas básicas diárias.

Uma boa alimentação é impor-tante em qualquer etapa da vida, os nutrientes (que constituem os alimentos), promovem o fortaleci-mento e manutenção dos ossos e músculos, e fornecem energia ao corpo.

Adoptar uma dieta adequada ajuda a reduzir o risco de doenças (como Diabetes, Obesidade, desnutrição, doenças cardíacas, Hipertensão, Osteoporose e alguns tipos de cancro) e pode melhorar a qualidade de vida nas pessoas que sofrem de doença crónicas.

Os hábitos alimentares da

pessoa idosa são fortemente in-fluenciados por factores sócio-económicos. Quando existem dificuldades económicas e con-sequentemente diminuição do poder de compra a possibilidade de compra de alimentos nutri-tivos em qualidade, quantidade e variedade diminuiu drastica-mente. Os problemas de coorde-nação motora também agravam a situação porque dificultam a manipulação dos utensílios necessários à confecção dos alimentos.

O sentimento de solidão e carência afectiva, estados de-pressivos são também factores que conduzem ao desinteresse pela confecção das refeições e a falta de apetite.

As patologias e seus trata-mentos podem limitar a escolha alimentar e por vezes alteram

o paladar e o olfacto. A falta de dentes ou o uso de próteses dentárias mal adaptadas dificulta a mastigação. Tal como a diminu-ição da produção de saliva altera a deglutição.

As alterações na motilidade do aparelho digestivo podem condicionar o aparecimento de problemas digestivos e de obsti-pação o que condiciona também as escolhas alimentares da pessoa idosa.

Existem critérios, em termos de recomendações alimentares concretas, que são comuns a todos os grupos etários e como tal são úteis para as pessoas idosas. A melhor alimentação para o idoso terá que ser adequada e equilibrada, especifica ao gosto pessoal e de acordo com as orien-tações com o médico assistente.

Recomendaçõespara uma alimentação saudável do idoso

Embora necessite de menos calorias do que quando era jovem, necessita sempre dos mesmos nutrientes, em igual quantidade, excepto no caso do cálcio e vitamina D cujas necessidades aumentam com a idade,

Inclua na sua alimentação alimentos dos 7 grupos da Roda dos Alimentos nas seguintes quantidades aproximadas:

Cereais e derivados, tubérculos – 28%Hortícolas – 23% (400 gr. /dia)Fruta – 20% (2 a 3 peças/dia)Lacticínios – 18% (750 ml = 3 chávenas médias por dia)Carnes, pescado e ovos – 5%Carne: prefira as carnes brancas (frango, peru, coelho, porco)

Peixe: prefira o peixe à carne que deve consumir pelo menos 3 x por semanaOvos: 2 a 3 por semanaLeguminosas – 4% (fonte de proteína que pode substituir a carne quando combinadas com arroz, batata, milho…)Gorduras e óleos – 2% (evite as gorduras saturadas, prefira o azeite)E água: pelo menos 1,5 l/dia (ou chás de ervas)O pequeno-almoço deve con-stituir uma refeição equilibrada: inclua sempre leite ou equiva-lente (1 chávena de leite equivale a 2 iogurtes naturais, 2fatias de queijo, 100 gr. de requeijão), pão ou cereais e fruta,Uma porção de qualquer alimento, em volume, equivale a um baralho

de cartas ou ao tamanho da palma da sua mão; Tomar sempre o pequeno-al-moço, evitar estar longos períodos em jejum;Não fazer intervalos entre as refeições superiores a 3 horas;Não se esqueça que a sopa é uma excelente forma de consumir produto hortícola (hortaliças e legumes);Reduza o consumo de sal (sub-stituindo-o por ervas aromáticas, especiarias, alho, louro, limão…) e evite alimentos ricos em sal (caldos instantâneos ou “cubos de carne”);Limite o consumo de açúcar refinado (o que faz parte dos bolos, sumos, doces…)

_Enfermeira Filomena Ferreira

• Efectuar uma alimentação variada e evitar comer demais;• Iniciar as refeições com entradas (sopa ou pratos com vegetais);• Consumir líquidos em abundância, sendo a água a melhor

bebida;• Moderar o consumo de doces, gorduras saturadas e bebidas

alcoólicas;• Consumir alimentos ricos em fibras (frutas, legumes,

verduras…);• Comer regularmente (5 a 7 pequenas refeições), alimentar-se

com calma, mastigando bem os alimentos e não saltar refeições;• Ir ao dentista regularmente para prevenir problemas de masti-

gação ou desadaptação das próteses;• Controlar o peso de forma a manter um estado nutricional

equilibrado;• Manter uma vida activa, com níveis moderados de actividade

física diária;• Aumente os seus conhecimentos sobre alimentação pois estes

ajudam a manter-se saudável;• Não fazer qualquer tipo de dieta sem consultar o seu médico/

nutricionista;• Desfrute da vida e de uma alimentação equilibrada, viva uma

vida plena e saudável.

Recomendações especialmente importantes para as pessoas idosas:

A União Desportiva e Social de Roriz, em colaboração com o Instituto Português do Sangue, através do Centro Regional Sangue do Porto, irá realizar uma recolha de sangue. A recolha será no próximo dia 4 de Julho entre as 9:00h e as 12:30h nas instalações da U.D.S. Roriz.

O sangue não pode ser produzido artificialmente, a única forma de tê-lo disponív-el no serviços hospitalares é através da sua dádiva pelas pessoas saudáveis, e depende do número de dadores que pe-riodicamente e voluntariamente doam o seu sangue.

Recolha de sangue

“Hoje salva uma vida, amanhã pode ser a sua!”

4 Julho9:00h - 12:30h

União Desportiva e Social de Roriz

Torne a sua Rede Wireless mais Segura

Page 15: Edição n.º 5

15 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

Livre ArbítrioOs artigos que se seguem são da inteira responsabilidade dos seus autores

Eleições ou cheque em branco.Quem o merece?

A eleição para o parlamento europeu já passou, já faz parte do passado. Agora seguir-se-ão outras, as legislativas e autárquicas.

O que mais me surpreendeu, nestas eleições, foi o voto de confiança dado pelos portugueses ao partido do governo. Sim, porque um partido que durante a legislatura em que governou, legislou ob-jectivamente para proteger a corrupção, promover a violência, patrocinar as falências e aumentar o desemprego e a governar assim, conseguir eleger sete deputados, é mesmo surpreendente.

Depois desta surpreendente surpresa, esperemos que Vital Moreira recorra do direito de pensionista que lhe assiste e se aposente definitiva-mente antes de entrar em funções e de se lembrar do imposto europeu que intenta criar.

Da mesma forma, também espero que Correia de Campos não tenha mais nenhuma daquelas incursões capazes de contaminar o bom funciona-mento das instituições como aconteceu na Saúde com Santo Tirso a ser severamente lesado.

Se para o parlamento europeu a importância é relativa, como foi dito pelos altos dirigentes partidári-os que a apelidaram de barómetro para as eleições que se seguem, para as legislativas e autárquicas, a importância muda de figura. Essa passa a ser vital.

Agora, a causa não é o “emprego” do amigo. Agora, o que está em causa é o poder da cúpula partidária. O poder de mandar. O poder de poder manusear o “cheque”.

Por isso, eles vão dar tudo por tudo, vão prometer mundos e fundos para continuarem com o poder.

No final de uma legislatura em que os nossos governantes dividiram a sociedade em portugueses de 2ª (o cidadão comum); portugueses de 1ª (os políticos) e os portugueses especiais (os administra-dores públicos), mantê-los na governação é uma autêntica desumanidade.

Só os masoquistas é que continuarão a dar o seu voto de confiança a quem depravou a liberdade e os direitos fundamentais da democracia.

Por mais que nos arredemos dela, esta legis-latura ficará sempre na memória dos portugueses, como o pior acontecimento nacional das últimas décadas.

Foi durante ela que os portugueses mais poder de compra perderam, que mais empresas fecharam e que mais se fez para “aniquilar” a sociedade média.

Foi durante esta legislatura que os bancos, as petrolíferas, a Eléctrica, a Telecom, etc., apresenta-ram os maiores lucros de sempre.

Foi nesta legislatura onde houve o maior número de fraudes e de corrupções.

Foi nesta legislatura que a polícia entrou nas escolas, nos sindicatos, etc., como outrora a PIDE fazia, para intimidar aqueles que queriam manifestar o seu desagrado das políticas aplicadas.

Foi também nesta legislatura que o “fosso” entre ricos e pobres mais aumentou, que o limiar da pobreza passou para a porta dos 25% e tudo isto a contrastar com os “empregos” milionários distribuídos pelas administrações das Petrolíferas, dos Bancos, dos Correios, da Telecom, da TAP, dos Hospitais, dos Institutos Públicos, etc., com alguns vencimentos anuais a ultrapassarem, em muito, o milhão de euros.

Será que queremos esta política? E os nossos vindouros? Alguém se lembrou deles?

_Vítor Lemos

Reflectir sobre os enormes desafios que se prefiguram para Santo Tirso, bem como, sobre a in-terdependência

deles com o todo Nacional, pareceme ser de capital importância neste tão conturbado ano de eleições.

Na verdade, vamos ser chamados a decidir sobre o que queremos e o que não queremos para o nosso futuro próximo.

Importa, por isso, ter uma opinião clara sobre o conteúdo, as intenções e o alcance, das inúmeras e variadas propostas que seguramente nos vão ser apresentadas.

Mas, é profundamente inquietante, quando não conseguimos vislumbrar uma única proposta válida sobre qual vai ser no futuro imediato o rumo a seguir na nossa terra e em nosso nome.

Que o Poder Local e os que a ele querem aceder, não saibam, não estejam preparados ou nem tenham uma estratégia estudada, pode vir a custar-nos muito caro.

Enquanto Comunidade autónoma e senhora dos seus desígnios, arriscamo-nos a ver o futuro dos Tirsenses seria-mente comprometido.

Direi mesmo, que em democracia é muito perigoso e muito preocupante quando sentimos que existe uma total falta de visão sobre o caminho a percorrer para alcançarmos o tão desejado desenvolvimento social e económico, autêntico sustentáculo da melhoria da qualidade de vida de todos nós. Ou, quando sentimos que não nos sabem transmitir o que querem fazer para ambicionarmos a melhores oportu-nidades de futuro.

Daí que hoje transpareça aquilo que verdadeiramente sentimos todos nós: Uma grande apreensão quanto ao nosso futuro. Uma consciência nítida de que Santo Tirso está imersa numa gravíssima crise de identidade. Uma crise bem mais grave do que aquela que assola o todo do nosso País.

Pelo que, diante de uma Europa mais evoluída e mais avançada, perante os efeitos da pressão constante e inex-orável da Globalização Mundial, pre-cisamos de descobrir um antídoto para esta débil situação económica, social e cultural da nossa terra.

Uma situação que nos aparece como resultado de um longo período de marasmo coincidente com os últimos 25 anos de governação Socialista.

Um período todo ele excessiva-mente marcado por consecutivos erros acumulados na gestão do que é nosso. Pela completa indiferença perante o que vai acontecendo à nossa volta, aqui bem perto. E, por um total, eloquente e trágico autismo de todos os que nos vêem aqui governando.

Projectos fundamentais para o Concelho, como:-O novo Hospital e as novas respostas de Saúde;-A Rede de Creches e de ATL;-A Quinta de Verdeal e o Centro Cívico de S. Martinho;-O Parque de Lazer da Quinta de Geão e a Urbanização das Margens do Ave;-As Vias Estruturantes, de Vila das Aves e do Vale do Leça;-Os Parques de estacionamento subter-râneos e a nova Feira de Santo Tirso;-Os projectos de reabilitação, da Fábrica

do Teles, do Cine-Teatro de Santo Tirso e do Teatro Brasão;-A Requalificação Urbana e o Plano de Ordenamento do Território;-A Política de Habitação para os mais jovens;-O desenvolvimento e a qualidade da oferta dos Parques Industriais;-A aposta na promoção da nossa terra.

São alguns dos projectos com muitos anos, mas que mantêm penosamente o seu papel de projectos, sujeitos a diag-nósticos e mais diagnósticos, planos e mais planos. Alguns deles já condena-dos ao fracasso total, depois de anos, anos e anos de promessas Socialistas não cumpridas.

Santo Tirso ficou para trás..!! A situação é crítica e é explosiva..!!

Perdeu-se todo o dinamismo, toda a capacidade de criar riqueza de outros tempos, não temos neste momento nenhum projecto âncora, que possa criar qualquer vantagem competitiva, decisiva para incentivar um clima de atracção e de fixação de iniciativas para o desenvolvimento sustentável de toda uma Comunidade.

É altura de dizer, basta..!! Precisamos de acção urgente..!! Antes que seja demasiado tarde, pre-cisamos de agir e de fazer..!!

Por isso, temos que exigir das várias forças políticas que, com humildade, com honestidade e com verdade, mais do que com promessas, nos apresen-tem programas, calendários e objec-tivos, credíveis e coerentes, que nos motivem e mobilizem…

_Carlos Almeida [email protected]

Uma Opinião à Margem ”Santo Tirso que futuro? Uma profunda inquietação”

“será que somos masoquistas?”

Já há muito que escrevi sobre as obras do antigo cinema e respec-tivos tapumes que são uma autêntica obstrução à mobilidade.

Como forma de resolver parte dela, a Câmara Municipal optou por gastar mais um pouco que o necessário para resolver parte de um problema, por ela criado, na envolvência daquele simbólico edifício.

A ter tudo, tapumes e suportes, não entendi a necessidade de se gastar dinheiro num estrado perigoso quando bastava desmontar e remontar um metro atrás o tapume existente, aproveitando a ocasião para limparem o entulho que está a tomar conta do passeio escondido.

Ao fazê-lo, não só resolveria o imbróglio da parte do passeio na Av.

S. Rosendo, como também o da Av. de Sousa Cruz e eliminaria o antro de ratazanas que se protegem na lixeira protegida pelo tapume.

Será que ainda ninguém se apercebeu que o passeio da Av. Sousa Cruz contíguo ao do Centro Comercial Galáxia também está obstruído? Que desse lado um deficiente que se movimente em cadeira de rodas ou uma mãe que transporta o seu filho num carrinho de bebé, que queira dir-igir-se para o tribunal ou hospital, não conseguem passar.

Será que resolver coisas simples em Santo Tirso é mesmo complicado?

_V.L.

Complicar é sinónimo de pouco saber,mas em Santo Tirso é um acto normalíssimo

Page 16: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA16 santo tirsohoje

Poder TriPartido

Vera SilvaDeputada da CDU na Assembleia

Municipal

Até à hora do fecho da edição não foi recebido o texto do Partido Socialista( )

Este espaço é destinado aos partidos com representação na Assembleia Municipal

Quero felicitá-lo pelo excelente jornal que dirige. Fazia falta um jornal como este em Santo Tirso. Gostava de manifestar a minha indignação em relação ao escandaloso embuste que foi a divulgação em forma de propaganda do resultado do estudo do INTEC. Na realidade, a Câmara que já tinha na sua posse os dados do estudo divulgado em 2009, omitiu alguns itens, como o da Economia e Emprego, onde no estudo divulgado em 2008 Santo Tirso aparecia em 5º lugar numa tabela de 6, mas em 2009 em 10 concelhos, Santo Tirso nem sequer aparece. É uma vergonha que num momento de grande dificuldade para as populações menos favorecidas, a Câmara gaste tanto dinheiro num estudo e depois em publicidade com um único objectivo: ENGANAR OS TIRSENSES.

Continuem, estão no bom caminho.

Manuel Martins Simões

Carta ao Director

PUB

Após as eleições do passado dia 7 para o Parlamento Europeu temos oportunidade de transmitir a nossa opinião, aos caros leitores do Santo Tirso hoje, sobre as mesmas. Não é nossa preocupação analisar quem subiu ou desceu mas antes fazer uma reflexão sobre o que representou, para a CDU, este acto eleitoral.

Em 1º lugar, porque é o mais significativo, votaram cerca de 40%. Porque razão as pessoas se alheiam de par-ticipar num acto que lhes é vital depois de tantos apelos à participação? Entendemos que esses apelos são entendidos como "votem em nós que é im-portante" e como ouvimos todos os dias "são todos iguais" não vale a pena votar. Assim se fez. Aqui chamamos a atenção de quem nos lê para, por uma vez pelo menos, reflectirem sobre

quem é igual. Mais de 30 anos de alternância PS/PSD sem nunca se perceber quem é bom e quem é mau. Sai um entra outro e tudo na mesma. Temos mesmo de pensar.

Em 2º lugar verificou-se, no Concelho e a nível Nacional, uma grande penalização ao partido no poder o que é motivo de satisfação, pois como diz o nosso povo, " elas cá se fazem e cá se pagam". É necessário fazer pagar a quem tanto nos tem tirado mas esse pagamento terá de reverter a favor dos credores e não nos parece que assim tenha sido.

Em 3º lugar ouvimos hinos de vitória desmedidos. Que tipo de vitória? Apenas, em nosso entender, se verificou uma ul-trapassagem num percurso que ainda está no início. Vêm aí as legislativas e as autárquicas e só no fim se verá quem ganhou.

Em 4º lugar queremos alertar para algumas afir-mações proferidas, após os re-sultados, que muito significam para a nosso entendimento da situação política. Ouvimos, como toda a gente, dizer que os votos na esquerda eram um drama. Para salvar o país é necessário que a situação seja corrigida. Pelo contrário enten-demos que a salvação da pátria e do povo está em reforçar os votos na verdadeira esquerda, nomeadamente na CDU. Trinta e cinco anos após o 25 de Abril o que temos? Desemprego, as-sistência social desumana, falta de segurança, ensino caótico, leis laborais indignas de quem trabalha e por aí fora. Para terminar este ponto lembramos aquilo que há quatro anos afirmamos aquando da queda do governo PSD. "Nada se alterará se o PS ganhar com

maioria absoluta". Abusará do poder e ficamos na mesma. Humildemente temos de admitir que nos enganamos acerca desta governação PS. Não ficamos na mesma, pioramos!

Quanto à CDU em Santo Tirso, ao contrário das aparên-cias, estamos satisfeitos com os resultados. Temos consciên-cia das nossas debilidades. Estamos a tentar superá-las e vamos conseguir. Nas fregue-sias onde temos militância activa os resultados foram os melhores de há muitos anos. Esta tendência é imparável, assim o entendemos.

Trabalhamos para o bem das populações deste Concelho por isso o reconhecimento chegará.

Page 17: Edição n.º 5

17 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

Poder TriPartido

A Política Hoje

Os resultados das eleições para o Parlamento Europeu 2009 demonstram claramente o des-interesse e o afastamento das pessoas da realidade política actual. Acima de tudo a Abstenção ganhou o que prova de uma forma concludente um muito mau agoiro.

O Dr. Vasco Pulido Valente no jornal Público, do dia 19 do corrente mês, refere-se ao país real, verdadeiro, que é apolítico, que pouco está interessado em ideologias e liga mesmo muito pouco às clivagens esquerda/direita; acima de tudo os portu-gueses querem que o Estado os

sirva qb, não querem as suas liberdades restringidas, querem é emprego e dinheiro.

As pessoas estão cansadas, têm os seus problemas para resolver no dia a dia, mas não estão desatentas, não são parvas. E por alguma razão deram uma vitória inequívoca ao PSD. Deram-na pelo mérito do candidato, deram-na pela credi-bilidade demonstrada pelo PSD (sem grandes parangonas, sem comícios de luxo), deram-na pela reprovação em relação à gov-ernabilidade socialista, deram-na porque estão atentas. Note-se que o mundo está em mudança, e quem não apanhar este novo comboio, pode-se perder irrever-sivelmente.

Este tão propalado Bloco Central que tanto se fala, ou seja, PSD e PS, este centrão cinzento e confuso que tanta gente fala, não é bem assim, pois diferenças os opõem.

Contudo, já na segunda metade do século XIX, tivemos o fenómeno do Rotativismo (aliado também a um maior progresso e desenvolvimento do nosso país, como o fontismo), entre o Partido Progressista e o Partido Renovador. Rotativismo esse que se foi deteriorando, em que políticas activas, centradas e preocupadas no real desenvolvi-mento do país foram paulatina-mente substituídas pelas guerras

de lana caprina, do servirem-se a si próprios, ao invés de servirem o país, de uma maneira de estar tão má afamada e que ainda hoje em dia verificarmos nos negócios públicos (o nosso Eça descrevia tal na perfeição). Esta situação alem de indesejável, é perigosa.

Na altura, as pessoas (leia-se o povo português, dos mais incautos aos mais avisados) can-saram-se, fartaram-se e se num primeiro aviso, despoletaram o 31 Janeiro de 1891, num segundo com o Regicídio, já no terceiro derrubaram definitivamente a Monarquia.

Ora, actualmente, vimos forças politicas, colocadas mais a esquerda do PS, como o PCP e o BE, a melhorar consideravel-mente os seus resultados eleito-rais. Desenganem-se aqueles que pensam, pois não foi por mero acaso, que esses dois partidos políticos juntos tiveram pratica-mente 20% das intenções de voto. Não me canso de o dizer, as pessoas estão fartas e cansadas.

De referir que o PS Santo Tirso ganhou as eleições no nosso concelho, sem nenhuma maioria, e na freguesia/sede do concelho perdeu -as mesmo, ou seja, aí o PSD saiu vitorioso (curiosa esta análise)!

Já soubemos da esperada renovação de candidatura do actual representante máximo do PS do nosso concelho e actual

Presidente da Câmara Municipal, exactamente à Presidência da Câmara Municipal de Santo Tirso para as Autárquicas que se avizinham (de principio em Outubro do corrente ano).

Nada contra, o actual Presidente do órgão executivo do nosso Município, tem todo o direito do mundo em recandidatar-se (como qualquer outra cidadã ou cidadão do nosso Município).

Não se deve esquecer e nem confundir a diferença entre Candidato e Presidente da Câmara Municipal. Esta destrinça pode e deve ser efectuada.

Por exemplo, pode o Presidente da Câmara Municipal levar a cabo uma obra, que já tenha sido levada a concurso, ad-judicada e agora a ser executada? Pode, que o mundo não está para esperas.

Pode o candidato, no seu discurso de candidatura, apre-sentar um Projecto para a Cidade de Santo Tirso denominado “ Inventar a Cidade”, projecto esse efectuado ao abrigo do Programa Acções Inovadoras, Polis XXI, com verbas de 2 Milhões de Euros (Fundos da União Europeia), para obras a realizarem-se (não se sabe, mas também não interessa, apresenta-se mais um projecto e depois vê-se) na envolvente do actual Cine Teatro, no cruzamento do Tribunal, do Largo General Humberto Delgado, bem como um

Projecto de animação e gestão do espaço público?

Parece-nos que é obvio que não. Primeiro, pois um plano de desenvolvimento da freguesia de Santo Tirso, tem outros agentes envolvidos (público e privados) e estes nem são ouvidos e achados. E quando se fala na qualidade de candidato, temos que nos saber despir das funções públicas que ocupamos. No mínimo isto. Tem que haver discernimento. Regras básicas a serem cumpridas.

Deve um candidato a Presidente da Câmara Municipal Santo Tirso ser o primeiro a pre-ocupar-se pelo desenvolvimento do Concelho, particularmente com a sua coesão social e territorial?

Obviamente que sim. Por isso, volvidos todos estes anos no exercício do poder questiona-mos que o básico, que é deter uma rede de água e saneamento (por exemplo) com coberturas de 100% no concelho, demonstrando e patenteando a tal coesão social e territorial de Santo Tirso, estão feitas/realizadas? Não, não estão.

Ora como dizia, um discípulo de Karl Popper, falecido na semana passada, Sir Ralf Dahrendorf, o que se pretende para o Homem e para o Mundo é um “desenvolvimento socialmente sustentável”.

A ver vamos…

José Pedro MirandaDeputado do PSD na Assembleia Municipal

Olho na Câmara Revele o seu olhar crítico.Envie as suas imagens para [email protected]

“UMA VERDADEIRA ABERRAÇÃO!”Este prédio localizado na Rua Drº Carneiro Pacheco,

constitui um atentado arquitectónico. Será que os arqui-

tectos da Câmara Municipal não se escandalizaram com

este “mamarracho”?

_enviado por José Maria Cerdeira

Seja repórter por um diaEnvie as suas fotos, acompanhadas de um pequeno texto com o local e a descrição, para: [email protected]

Page 18: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA18 santo tirsohoje

Opinião Pública

O que são torrentes de sen-timentalismo da sua obra-prima “Rosas de Malherbe” – tran-scendendo todavia os acanhados horizontes do lirismo amoroso – comparadas com uma boa polémica?

Eu queria falar daquele ALEXANDRE CÓRDOVA que acompanhou do Porto, num for-midável Benz conduzido pelo Rodrigo Machado, o Dr. Leonardo Coimbra e o enalteceu até ao delírio, introduzindo uma confer-ência que o ilustre filósofo do Porto viera proferir no Teatro Eduardo Brasão, em 1928.

Eu queria falar do hábil e delicado panegírico que ao «toast», como se chamavam os brindes naquele tempo, arrebat-ava centenas de forasteiros na quinta da Lante.

Eu queria falar do elogiante orador que, junto ao rio, vitoriou o jornalista João Pimentel, ad-versário político, precedendo o de-scerramento da placa “Cais João Pimentel” feito pelo Dr. Luís Trepa.

Mas tenho aqui à minha beira o demónio da verdade!

E a verdade é que o estro do poeta rapidamente se convertia em epigrama, em troça e em in-solência. E, depois de andar “coligindo umas coisas”, Alexandre ganhava disposição para esmagar

os opositores como quem esbor-racha percevejos.

Fica aqui, do tempo em que a política provocava e permitia duelos jornalísticos, a refrega de dois homens que, não tendo a espinha flexuosa dos homens da corte, passaram dum desaguisa-do histórico-pombalino para uma contenda entre a beca e o bisturi e, dali, para a luta política.

A Ditadura estava verde ainda, mas para alguns era já templo in-expugnável. O Dr. Serafim Lima, recém-formado médico, rever-berou na imprensa uns apartes de Alexandre Córdova em con-ferência sobre Sebastião José de Carvalho e Melo.

O Dr. Córdova chuchurreou di-ficilmente as palavras do médico. Sagaz até à protérvia, ficou-se pelo gabinete, noite dentro, a entrouxar catilinárias para a liça.

Quando o Dr. Serafim se arre-pendeu de “testilhar com doidos”, como ele dizia, já era tarde e não havia recuar. Estava o verniz es-tilhaçado!

Pegou na caneta de tinta permanente e, contra o “político inábil”, o “secretariador de confer-ências”, ululou:

“– É reles, é reles e é porco!...”“– É tolo, é tolo e é malandro!”Usou uma vozearia jornalística

destinada a comprovar a “person-alidade doublée de político e de caluniador barato” do advogado tirsense, de quem disse que “está ou parece estar positivamente avariado”.

Chamou-lhe mesmo, em letra de forma, fazedor “de antigos discursos políticos nos quais, ao serviço dum partido criminoso, procurava arrastar a Nação para o abismo.”

E, num crescendo sinfónico, ataca pechas pessoais:

“Embora não tenha fracturas de pernas, cambaleia física e es-piritualmente frequentes vezes”; “não são pedradas que o Senhor me atira; são, em classificação mais rigorosa e apropriada, baforadas…”; “o sr. Dr. Alexandre Ferreira tem uma nevrose talvez provocada por excessos etílicos”; “torna-se assim, pela sua prosa baloiçante e lazarenta, insuportáv-el e até mesmo nojento”; “fracas-sado e embriagado com os fumos da sua vaidade e com outros fumos mais perturbadores que frequentemente lhe entontecem o cérebro”.

Passados dias, o Dr. Córdova, ferido pelo ataque à temulência, retomou a sanha e atirou para os prelos um folhetim intitulado “Vento Suão (seca as terras, irrita os doidos, dana os cães)”, em que visa os desconhecimentos ortopédicos do facultativo Serafim Lima.

“– Espanta pardais da horta da

medicina” – bramiu o jurisconsulto. E trovejou:“– Cabeça de abóbora

porqueira que não ressume nem água chilra”.

Com uma caneta grossa, es-picaçada, «elogiou» ao médico “a sua formidável ciência histórica, entulhada na trapeira do caco”; cujo “entulho das águas furtadas da cachimónia é cisco”; “dentro da sua cabeça há o pavoroso vácuo das caveiras”; “cabeça de abóbo-ra-menina choca”; “bobo em dec-adência”; “pithecanthropus des-caudado em dando-lhe a vareja da sabença arreia logo asneira”; autor de uma “pelintrice de prosa que um bicho caloiro liceal melhor-mente cerziria, esganifadinha de ideias, esquelética de estilo”.

E clamou, rematando:– “Matóide!”. Esta querela principiou em uma

conferência de Costa Azevedo e acabou na perna partida do Tamanqueiro da Ponte, atropelado pelas três horas da madrugada na recta da Trofa Velha.

O Dr. Lima ainda retorquiu: “Intitulei-a (a notícia) «Vinho Novo». Quem sabe se em lugar dum artigo de execução pública dum escriba, triste figura, eu não faria melhor atacando, sob o ponto de vista higiénico e profilático, os excessos e delírios provocados pelos repetidos abusos alcoóli-cos…”

Alexandre Ferreira, que contava 38 anos, ameaçou

responder com “Portelo de Esgana-Cão”, mas o perro desçamado da malquerença esmoreceu. A rogo de uma comissão de individuali-dades, a resposta ficou no tinteiro ou no cavalete da caixa de tipos.

Raul Fernandes, Espergueira Mendes, Sousa Fernandes, Henrique de Almeida, Pinto Meireles, Manuel Melo, Armindo Azevedo, Alfredo Costa, e outros, foram envolvidos na polémica.

Um leitor de Belo Horizonte defende Alexandre Córdova, por este ser de esquerda, e opugna Serafim Lima, por ser de direita. E de quem se serve? Vejam como é aliciante analisar o assunto a décadas de distância com as lentes correctoras do tempo e do siso. “Para mim tanto vale um literato como um homem que cava a terra. Mussolini diz ser mais necessário este que aquele” – respiga da cartilha do ditador italiano o leitor de terras de Vera Cruz.

Os meus leitores estão empe-drados de espanto com estas baixezas. Eu de mim, especta-dora indecisa destes e quejandos fenómenos, faço o que fazia o padre António Vieira, em vista dos disparates do seu tempo: admiro-me também.

_Amarí[email protected]

Interlúdio IV

O Zé e a Maria, desempregados da têxtil, não foram votar para as eleições europeias. Na “casa” dos 40, com dois filhos, um dos quais menor, viram a vida sofrer um forte revés e desconhecem o que o futuro lhes reserva.

Ele passa os dias entre o café da aldeia e a casa, onde ainda se entretém a tratar do quintalzito. Ela, entre as lides domésticas e as vigílias à porta da fábrica, tenta arranjar algumas ocupações para aumentar o orçamento doméstico – trata da limpeza de casas.

Ocasionalmente, o Zé também faz uns biscates, que com a ajuda dos parcos euros que o filho mais velho traz da oficina de mecânico, permite adiar a miséria. Mas a vida nunca mais será a mesma.

Demasiado velhos para arranjar outro emprego estável, demasiado novos para ficaram praticamente inactivos, o Zé e a Maria sabem que a tragédia profissional que lhes bateu à porta, mais cedo ou mais tarde, vai contaminar a sua vida pessoal.

Ele deambula pela casa ou assenta arraiais no café. Ela, mais enérgica, tenta encontrar um novo rumo para a vida familiar. A presença permanente do miúdo, com as férias escolares, é mais um factor de perturbação que de tranquilidade.

Que motivos tinha este casal para ir votar? Ainda por cima, as eleições eram sobre assuntos que eles pouco entendiam. Soluções para os seus problemas, zero. Em Santo Tirso, onde o desemprego atinge níveis altíssimos, esta realidade foi a causa de uma abstenção a rondar os 60% - a que há que somar mais 4,5% de votos brancos e nulos, consagrando um movimento de censura e de protesto às políticas em curso.

Contudo, podem perguntar: como se explica o cartão vermelho nacional ao PS tenha sido minimizado em Santo Tirso? Numa análise superficial pode chegar-se a essa conclusão. Vejamos mais de perto: no concelho, o PS, face a 2004, tem uma descida acentuada, que se cifrou nos 18% e mais de 3 mil votos a menos (mais significativo ainda se se levar em linha de conta que houve uma entrada de novos eleitores).

É certo que os socialistas apostaram muito em Santo Tirso, com a presença de José Sócrates e de Vital Moreira. O problema é que, pelos vistos, apenas conseguiram com esta estratégia segurar o núcleo mais duro e ortodoxo do partido.

Quase de certeza que o Zé e a Maria são simpatizantes do PS, e a esses não chegou a mensagem para a mobili-zação. Eles sabem, ai se sabem, que o desemprego tem muito mais a ver com incapacidades políticas internas do que com a crise internacional.

Seja como for, querem regressar ao mercado de trabalho e não olham para Bruxelas em busca de soluções; olham para quem está ao pé da porta, a câmara ou o governo. No outro prato da balança, o PSD.

A nível nacional o PSD venceu as eleições com 5 pontos de vantagem do PS. Os resultados dos sociais-democratas no concelho foram percentualmente praticamente idênticos – 30% e 31%. Em Santo Tirso, face às eleições de 2005, é impossível fazer extrapolações. Há 4 anos, PSD e CDS foram coligados, este ano o PSD concorreu sozinho.

Certo é que o PSD teve este ano sozinho mais votos (600) que há 4 anos com o CDS. Numa linguagem meramente aritmética podemos dizer que a soma, nestas

eleições, dos votos PSD e CDS (como em 2005) teria o efeito de um “empate técnico” com os socialistas.

Mas o que pretendo, mais que analisar e reflectir, é como se vão comportar nas próximas eleições – legislativas e autárquicas – os zés e as marias deste concelho? Vão penalizar outra vez o PS pela situação de desemprego? Vão ficar em casa, conformados, sem esperança no futuro, engrossando um voto de deses-perança através da abstenção? Vão assumir um voto de protesto mas de desencanto com os políticos e as políticas, através do voto branco ou nulo?

Ou, pelo contrário, vão ser seduzidos por políticas al-ternativas, por soluções concretas e reais, por um novo futuro que lhes permita recuperar o emprego e dar um novo sentido à sua vida? É a esta pergunta que os partidos da oposição, no concelho e no país, têm de saber responder. O Zé e a Maria estão à espera de um “clic”. Se calhar ainda não o sentiram porque andam ensimesmados, absortos, alheados.

É nos “zés” e nas “marias” que está a chave dos próximos resultados eleitorais.

_Pedro FonsecaConsultor de Comunicação/Lic. em Direito (Ciências Jurídico-Políticas)

[email protected]

O Zé e a Maria

Page 19: Edição n.º 5

19 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

Opinião Pública

Três medidas, agora, dezenas a seguir. Temos um Programa e Santo Tirso precisa de nós.

Propomos a criação do Banco do Norte e Minho, para que os dinheiros do Norte sejam investidos no Norte.

Propomos a criação do Conselho do Provedor dos Munícipes, constituído por três advogados, de quadrantes difer-entes.

Propomos a criação de Assembleias de Democracia Directa, periódicas, nas fregue-sias, com a presença do Presidente da Câmara. Temos ideias claras e soluções práticas.

Recusamos o artifício da “independência” e situamo-nos, ideológica e estrategicamente, da Direita e para a Esquerda, com políticas realistas e solidári-as, para a democratização da cidade, a modernização e o Projecto Novo.

Exigimos listas de candidatos sem “yes man” e sem incompe-tentes. Santo Tirso, para sair da crise, obriga a exigência.

Vamos vencer a crise, com a humanização da economia.

Vamos contabilizar menos, e humanizar mais a vida das pessoas, das famílias e dos povos.

Vamos erguer uma sociedade em que os afectos não sejam contabilizados, os filhos não sejam numerados, os pais não sejam isolados. Recusaremos a educação sem valores, a família sem apoios, a economia sem função social.

Queremos um paradigma de sociedade nova, porque a crise não se resolve com a recuper-ação do passado.

Somos capazes de tornar o concelho conhecido no mundo, pela excelência das suas reali-zações.

Somos abertos ao pensa-mento, capazes de unir, porque capazes de compreender.

Somos capazes de realizar, porque capazes de decidir.

Provocaremos a discussão pública, o saber e as ideias novas, o respeito pela opinião diferente.

Recusaremos o pessimismo, a derrota, o medo da luta, a inca-pacidade para vencer.

Nós temos ideais, temos Programa e temos um Projecto Novo. Apoiamos Partidos. Somos pela Democracia.

Queremos a juventude na luta, no projecto, na ambição e nas realizações.

Queremos o saber dos mais velhos na construção da unidade fraterna, com Vila das Aves e a Trofa.

Aos problemas responder-emos com as soluções. Para cada problema, há sempre uma solução.

Este será o lema da nossa luta.

O poder das Câmaras é o poder dos munícipes. As Câmaras não são eles ; as Câmaras somos nós.

A maior crise é o silêncio dos descontentes. O pior é a descrença da juventude.

Queremos connosco os que têm ideais e sabem ser per-sistentes todo o tempo, e não só por circunstância.

Chamaremos os que se movimentam pelas ideias, pelos projectos e não pela conveniên-cia e pela ambição pessoal.

Iremos à luta e estaremos com os que lutam.

Se lutar uma hora, um dia, um ano, não é bastante, pois lutemos uma vida inteira, para que a vida seja total.

Votar e eleger não é uma coroação. O poder não é um reinado, acima da crítica, da discussão e da alternativa.

O eleitorado tem de estar apto a exigir a correcção de erros, que atingem a cidadania e os direitos.

É tempo de ajudar a geração,

a que não soubemos dar valores de humanidade, e se afogou na economia.

Saberemos propor a sabedoria dos que sabem mais, a cultura dos que conhecem melhor, a tenacidade dos que não desistem. Saberemos propor projectos que relancem a imagem do concelho, chamando as populações ao desenvolvi-mento gerador de moderni-dade, equilíbrio, qualidade e paz social. Somos capazes de tornar o concelho conhecido no mundo, pela excelência das suas realiza-ções. À sociedade do consumo, reponderemos com a alegria da cultura.

Não queremos que os jovens deixem o concelho, as crianças deixem de sorrir e os mais velhos fiquem mais sós.

As famílias serão o objectivo de uma política de vida, porque o futuro não se faz com lares e antecâmaras da morte.

Precisamos dos mais velhos a ensinar os mais novos e o saber popular na procura e génese das soluções.

Esta crise vence-se com a sabedoria dos que já venceram outras crises.

Saberemos defender a de-mocracia e a liberdade, as ideias e o respeito mútuo, o equilíbrio e o desenvolvimen-to, as vontades individuais e o interesse colectivo. Saberemos dizer aos menos afortunados que o podem deixar de ser, com trabalho e paixão pela terra. Aos, com maior poder económico, que sonhem, imaginem e façam obra. Essa a sua obrigação. Ao poder financeiro que altere o comportamento e saiba investir nas pessoas. Essa a exigência da humanidade.

Associação dos Cidadãos pela Democracia

_Fernando Pires de Lima

O Nosso Manifesto Defende Princípios e Medidas Concretas

20 MEDIDAS PARA O EMPREGO E MODERNIDADE DO CONCELHO1ª Reestruturação da Câmara e Serviços Municipalizados, re qualificação dos recursos humanos, criação dos 4 dias de trabalho, para um novo critério de produtividade e poupança, com mais tempo para as famílias e os filhos.

2ª Rigoroso contrôle dos prazos de decisão sobre projectos de munícipes e investidores. e sobre o poder discricionário, sub jectivo, de modo a permitir mais obra, mais emprego e mais riqueza.

3ª Obrigação dos bancos, que pretendam abrir balcões no concelho, nomearem os propósitos de investimento e desen volvimento local, e em que áreas.

4ª Criação do Museu de Etnografia e História para o conhecimen to da génese do concelho.

5ª Promoção da abertura de Clínica de Medicinas Alternativas e Blocos Operatórios em regime de funcionamento continuado, de forma a garantir, por custos mínimos combinados, inter venções cirúrgicas, capazes de cuidar dos vivos.

6ª Criação do Plano de Desenvolvimento Turístico e Termal - um projecto de paixão pela terra, investimento, exigência de qualidade, garantia de actividades que não se deslocalizem para outros países, e criação da Escola de Turismo. 7ª Criação do Plano de Fomento Desportivo, com a mudança do Estádio, a criação da Cidade Desportiva e a abertura de espaços desportivos, servindo grupos de freguesias, feitos em instalações fabris desocupadas.

8ª Aproveitamento da beleza geográfica e paisagística, Rio Ave e Monte D´Assunção, na nova centralidade.

9ª Modernização e regresso da actividade agrícola aos campos de qualidade, rendimento e interesse jovem, com produtos novos e tecnologia especializada, nomeadamente com apoio técnico da Holanda e Israel.

10ª Internacionalização do artesanato, folclore e criação do Movimento da Colher de Pau para a gastronomia regional, com a construção, na muralha do Parque Dona Maria II, de 4 pequenos restaurantes temáticos e panorâmicos.

11ª Lançamento do concurso de arquitectura e ideias “A Cidade e o Rio”, com construção de novo lago (Açude) a sul da ponte, praia fluvial, esplanadas, espaços de lazer e cultura, e o teleférico Cidade/Monte D´Assunção.

12ª Ligações facilitadas ao Parque da Rabada e criação da Aldeia da Criança, para a formação e a cultura.

13ª Libertação da Escola Agrícola e conversão em novo destino de eleição, como Pousada.

14ª Transformação dos edifícios problemáticos (vários por acabar) em habitação para jovens.

15ª Realização do Congresso das Juventudes e dos Povos, com especial atenção para as culturas cristãs e árabes.

16ª Construção do Teleférico Cidade/Monte D´Assunção/Cidade Desportiva/Parque de Campismo/Hotéis.

17ª Construção da Rotunda do Comendador, à entrada sul da cidade, com nova iluminação, para todo o espaço, do Parque D. Maria II, até ao Mosteiro.

18ª Rebaixamento da estrada, em túnel, da nova Rotunda até à cota da Rotunda da Ponte, criando a ligação do jardim do Parque D. Maria ll ao jardim do Mosteiro, num espaço contínuo, por cima do túnel, e em segurança.

19ª Construção do Palácio de Vidro no Parque D. Maria II, como Mostra permanente de actividades produtivas do concelho, Posto de Turismo, Salas de exposições, restaurantes e Casa de chá/Galeria de arte.

20ª Nomear o Senhor José Graça, Comandante da Polícia Municipal, para humanização das relações com os munícipes.

_ASSOCIAÇÃO DOS CIDADÃOS PARA A DEMOCRACIA

Homem ligado ao coleccionismo desde miúdo e como tal com ideias próprias nesta área cultural.

Não foi por acaso que em 1988 se fundou um grupo de coleccionismo ao qual foi dado o nome COLECCIONAR É CULTURA, que a partir daí teve grande nfluência nas actividades culturais e colec-cionistas em Santo Tirso.

Então, daí nasceram as exposições com colecções que ao longo dos anos se têm realizado na cidade em diversos locais.

Homem de carácter muito próprio, este colec-cionador chefiou algumas passagens por convivên-cias em grupo no hobby e assumiu a tarefa de se-manalmente ir para o ar com um programa de rádio sobre coleccionismo e de longe a longe na televisão também.

Era frequente em programas de televisão e no “Praça da Alegria” onde o tema sempre era o colec-cionismo.

Se por um lado criou grandes amizades devido às funções que se empenhou, por outro criou inimigos, sinal de inveja por parte de algumas pessoas ao longo dos tempos.

O ser coleccionador tem algo que se diga, é saber as regras de conduta no coleccionismo.

Luís Araújo sempre se empenhou numa conduta culta e boa o que lhe deu confiança por parte dos outros coleccionadores e como Presidente do grupo sempre foi respeitado e trasparente o que lhe deu mérito ao longo dos anos de chefia.

_Luís Araújo

Autobiografia de Luís Araújo no coleccionismo

Page 20: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA20 santo tirsohoje

Desporto

Foi no primeiro tempo que o Ginásio atravessou a sua melhor fase, onde mais aguentou a oposição da equipa penafidelense. Mas, na segunda metade falou mais alto a maior experiência da equipa forasteira. Naturalmente, o resultado foi ampliando à medida que o cronómetro avnçava.Realce-se o ambiente próximo entre apoiantes e a equipa do Ginásio Clube, dando continui-dade ao espectáculo verdadeiro que os miúdos constroem.No final do jogo, o treinador José Ferreira prestou declarações ao santo tirso hoje.

STH - Quando se começou a formar esta equipa? O número de atletas foi sempre o mesmo?José Ferreira (JF) - Começámos no final de Setembro, com um grupo pequeno, que foi crescendo aos poucos com as actividades que fomos promovendo. No entanto como começamos um pouco tarde, não conseguimos

alcançar o numero de atletas que idealizamos. Hoje são perto de 15 atletas.

STH - Quais os objectivos deste processo? Como descreve a evolução dos miúdos? JF - O objectivo passa por formar miudos que possam alimentar os escalões superiores. Que os miudos gostem do andebol e que continuem ligados a nós durante muito tempo. A evolução dos miudos nestas idades é bastante rápida. Passam rapidamente de uma fase em que nem as regras conhecem (quando chegam cá) para a realização de jogos competitivos e bem disputa-dos. STH - Qual tem sido o feedback por parte dos pais e direcção perante os resultados?JF - Penso que o ambiente é bom em torno da equipa, desde os pais, que são bastante presentes, até á direcção! Os resultados

são algo que tem um valor muito relativo nestas idades. Até porque a nossa equipa é muito nova. No próximo ano só sobem a infantis 3 atletas. Para os miudos claro que é importante ganhar, ficam mais motivados. Para nós técnicos não é fundamental ganhar, mas que os atletas vão melhorando e evoluindo passo a passo. STH - Sente que há preo-cupações, por parte da direcção, em formar cada vez melhor?JF - Sim, sem duvida. Os jovens que formarmos hoje, serão o futuro do clube. Há também uma preocupação muito grande, na formaçãointegral dos jovens, e não só como atletas.

_Zé Eduardo

Campeonato Regional Minis 3ª Fase

Data: 7.6.2009Hora: 15:00Recinto: Pav. Ginásio C.S.T.Árbitro: Nuno FernandoEspectadores: 80

Ginásio C.S.T. – 1 Duarte Silva, 2 José Torres, 3 Afonso Marques, 4 Mário Silva, 5 Bruno Brandão, 6 João Nogueira, 5 João Diniz, 7 Lucas Ferrão, 8 Carlos Martins,9 JoãoTreinador: José Ferreira

Ginásio C. S. T 8-16 C. B. Penafiel

NATAÇÃO

O Ginásio Clube de Santo Tirso engrandeceu o seu espólio com mais um título regional, desta feita, no escalão de iniciados femininos de voleibol. Na passada quinta-feira 11 de Junho, a dupla Patrícia Leal/Vera Assunção sagrou-se campeã regional ao vencer o Torneio de Voleibol de Ar-Livre, realizado no Parque da Cidade, no Porto.

Com um impressionante registo de sete jogos, sete vitórias, esta sensacional dupla tirsense apurou-se em primeiro lugar na fase de grupos, levando de vencida o Arcozelo, Póvoa, SC Espinho e Vilacondense.

Seguidamente, nas meias-finais, foi a vez do Castelô de Maia sucumbir por 1-2 perante a dupla do Ginásio Clube. No segundo jogo, eliminaram a Ala de Gondomar por 2-0. Na final, disputada frente ao Esmoriz, Patrícia Leal e Vera Assunção ar-recadaram o tão pretendido título

de campeãs regionais com uns incontestáveis 2-0.

Com esta conquista, Patrícia Leal e Vera Assunção assegura-ram uma posterior participação na fase final do campeonato nacional, marcada para os dias 3 e 4 de Julho, na cidade da Guarda.

Patrícia Leal e Vera Assunção sagram-se campeãs regionais

Iniciados Femininos de VoleibolVOLEIBOL

ANDEBOL

A atleta Master do Ginásio Clube de Santo Tirso Sandra Santa Bárbara sagrou-se Campeã Nacional Master Escalão B na prova de 50 m Mariposa, a qual terminou com o tempo de 00:35,86. Este feito foi alcançado durante o XI Campeonato Nacional Masters Open Verão, que decorreu durante todo o fim-de-semana passado (20 e 21 de Junho) no Complexo Olímpico de Coimbra.Marcaram presença neste Campeonato 39 Clubes num total de 298 Atletas, o que demonstra bem a vitalidade

e competitividade desta competição. Além deste título, Sandra Santa Bárbara conseguiu ainda o 3º lugar nos 100 m Livres, com o tempo de 01:13,06.Pelo facto de ter decorrido em simultâneo a este Campeonato o Meeting Internacional do Porto, a mesma decidiu competir apenas nas duas provas já referidas.Muitos parabéns por estes excelentes resultados, fruto de um enorme esforço pessoal que todos reconhecemos e aplaudimos!

foto: GCST

Sandra Santa BárbaraCampeã Nacional Natação MasterAtleta do GCST venceu prova dos 50 m Mariposa

Decorreu, na tarde do dia 13 de Junho, o XI Torneio Cidade de Fafe, no qual o Ginásio Clube de Santo Tirso se fez represen-tar pela sua equipa feminina de Absolutos.A participação da equipa foi bastante positiva, tendo sido alcançados 3 novos Recordes Pessoais em 7 provas individ-uais, num desempenho médio de 101%. Destaques para o 1º lugar da Mariana Dias Almeida nos 100 m Bruços, o 2º lugar da Rute Sofia Teixeira nos 100 m Mariposa, e os 3ºs lugares da Helena Manuel José nos 100 m Livres e da Estafeta de 4×50 m Estilos. Para além das atletas já referidas, estiveram também presentes e em bom nível as atletas Maria João

José e Mónica Pinto Coelho. Várias análises a esta prova, bem como os seus resultados completos, estão disponíveis no site da Natação do GCST em http://gcstnatacao.wordpress.com.As próximas provas para os Absolutos são os importantes Campeonatos Regionais Juvenis/Absolutos PL, que decorrerão em Famalicão de 25 a 28 de Junho, isto sem contar com o XXVII Meeting Internacional do Porto, no qual o nosso Clube se fará representar por 3 dos seus atletas, e que se realizará dias 20 e 21 de Junho na Piscina de Campanhã no Porto.

_Fernando Vale/GCST

Equipa feminina de Absolutos do GCST esteve presente no XI Torneio Cidade de Fafe Foram alcançadas quatro presenças no pódio

Page 21: Edição n.º 5

21 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

Desporto

Este Domingo foi um dia grandioso para o voleibol do clube, uma vez que os minis B mascu-linos se sagraram CAMPEÕES REGIONAIS.

Foi uma final muito disputada, estando indefinido o campeão até ao último segundo do torneio. A nossa equipa entrou muito bem, ganhando logo a dois adversários directos: Sporting de Espinho e Juventude Pacense. Foi somando vitórias, mas perdeu inesperada-mente um jogo contra o Esmoriz, o que veio aumentar a indefinição. Foram sendo cumpridos os jogos e a equipa revelou o seu instinto campeão, consagrado num jogo muito complicado contra a Académica de S. Mamede em que, após ter perdido o primeiro set por nove pontos, deu a revi-ravolta de maneira magistral e

ganhou o jogo. Aí se mostrou o verdadeiro campeão.

Esta equipa mereceu total-mente este título pelo trabalho, pelo empenho, pela dedicação, pela disciplina, pela entrega e pela

honra com que tem defendido as cores do clube. Na altura certa, mostraram-se vencedores e trouxeram para Santo Tirso o galardão.

Mas o caminho destes vence-

dores não terminou aqui. Dia 21 de Junho realizar-se-á em Espinho o Encontro Nacional onde a nossa equipa lutará pelo título de campeã nacional do seu escalão. É já um orgulho partici-par como campeões represent-antes da associação portuguesa de voleibol mais forte do país. Os atletas preparar-se-ão por isso para continuar a mostrar o seu valor.

Obrigado a todos os pais, que marcaram presença e foram determinantes no apoio que prestaram à equipa. Esta vitória também é vossa!

Pede-se no entanto desde já que esse apoio se estenda a toda a família ginasista, para que no dia 21 engrossem esse apoio e venham festejar connosco.

Para terminar, é preciso deixar

uma mensagem aos atletas: vocês são uns grandes campeões, mas o sucesso está apenas a começar. Isto é apenas o começo de um percurso de sucesso que se quer estender a todas as equipas do clube. Tudo é possível quando feito com disciplina, dedicação, empenho, objectivos e união. Os minis conseguiram atingir esse espírito, é preciso que ele se alastre a todos os atletas, todos os escalões, todos os elementos do clube.

Força Ginásio, somos e seremos cada vez mais vezes campeões.

_Fernando ValeGinásio Clube de Santo Tirso

VOLEIBOL

“CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS CAMPEÕES!!!”

Ginásio Clube de Santo TirsoMINIS B MASCULINOS CAMPEÕES REGIONAIS

AR Negreloscampeão concelhio de futebol amador

Parabéns

Presidente João Freitas reeleito

Em Assembleia Geral, os sócios do CD Aves renovaram o voto de confiança a João Freitas, reelegendo-o para o cargo de Presidente da direcção. O dirigente manter-se-á, assim, no comando dos destinos do clube.

Segundo declarações proferi-das pelo próprio João Freitas, a confiança e vontade dos sócios revelaram-se um factor prepon-derante na decisão do mesmo em permanecer no cargo. “Decidi manter-me pelo muito apoio dos sócios. Vou ficar pelo menos um ano graças à vontade demon-strada pelas pessoas em criar condições para a sustentação deste clube a médio e longo prazo”, explicitou o mesmo.

Constituindo o único nome proposto para a eleição, os cerca de 50 sócios presentes na Assembleia votaram unanime-mente em João Freitas. A primeira tarefa do Presidente passará agora pela preparação da nova época. Ao que tudo indica e após várias operações de reestru-turação do plantel, as próximas apostas do clube incidirão na con-tratação de dois pontas-de-lança, dois extremos e um médio.

O Cube Desportivo das Aves reforçou o seu plantel com a con-tratação de três novos jogadores, o médio Diego e o guarda-redes Hugo Ferreira, ambos ex-joga-dores do Valdevez e ainda o defesa central Filipe, proveniente do U.Madeira.O clube das aves ataca assim a próxima época. Recorde-se que, recentemente, o CD Aves acertou a subida do avançado júnior João Silva para o escalão sénior assim como a permanência de Benicio e Hugo Dias na equipa.

Segundo informações recolhidas, também existem movimentações no sentido de garantir a continui-dade dos jogadores emprestados Ruben Lima e Romeu Ribeiro (Benfica) e de Tiago Valente do Paços Ferreira. Quanto às saídas, está praticamente confirmada a não renovação com Robert, Rui Miguel, Octávio e Gouveia.

CD Avesprepara a próxima época

SARAU DOS TRAMPOLINS DE SANTO TIRSO

No passado dia 6, no pavilhão municipal, os Trampolins de Santo Tirso, Clube de Desporto e Aventura, organizou o seu sarau de encerramento.

Este evento, que se organiza anualmente e que anuncia o encerramento das competições, tem como objectivo mostrar à comunidade tirsense as actividades praticadas no clube e os troféus arrecadados pelos atletas nas competições da época finda.

Com uma assistência que rondou as mil pessoas, ao longo de duas horas e meia, desde os saltos às brincadeiras e passando pelo rappel, os Trampolins fizeram vibrar o público sobremaneira encantado com as demonstrações protagonizadas pelos atletas.

O sarau terminou com todos os atletas e treinadores a serem agraciados com as medalhas alusiva ao evento. O momento alto na entrega das faixas de campeões recaiu sobre os atletas Ana Pacheco e José Moreira, que na categoria de individual seniores se sagraram campeões nacionais em trampolins.

_Vítor Lemos.

Page 22: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA22 santo tirsohoje

PassatemposSudoku

O homem é do tamanho do seu sonho Fernando Pessoa“

Ken Ken

Como Jogar

As regras para jogar KenKen são bastante simples:Para um enigma 4x4, preencher com os números de 1 a 4. Não repita o mesmo número em qualquer linha ou coluna.Os números em cada conjunto fortemente delineadas de quadrados, chamada gaiolas, devem combinar (em qualquer ordem) para produzir o alvo número no canto superior da gaiola usando a operação

Aconteceu a 24 de Junho

Pen

sam

ento

1128 - Em Guimarães travou-se a Batalha de São Mamede entre Dom Afonso Henriques e as tropas de sua mãe, D. Teresa.A teve como desfecho a derrota de D. Teresa. Os galegos viram assim deitada por terra a ambição de se apoderarem do Condado Portucalense.

1358 - Fim da Jacquerie com a morte, no total, de cerca de 20.000 camponeses.A Jacquerie, ou Revolta dos Jacques, foi uma insurreição espontânea levantada por camponeses, reflexo do descontentamento das classes desfavorecidas.

1509 - Coroação de Henrique VIII de Inglaterra.

1901 - Abertura da primeira exibição de obras de Pablo Picasso.

1947 - Inauguração da Ufologia em sua fase moderna.O piloto Kenneth Arnold fez em Washington, EUA, o primeiro registo visual dum OVNI. A forma como descreveu o movimento dos objectos avistados, dizendo que se assemelhavam a “um disco lançado sobre a água”, deu origem ao conceito de disco voador.

1983 - O Space Shuttle Challenger regressou à Terra com Sally Ride na tripulação, a primeira mulher a integrar numa missão espacial da NASA.

1999 - A vila de Quarteira, em Portugal, é elevada a cidade.

2006 - Gloria Macapagal-Arroyo, presidente das Filipinas, declara a abolição da pena de morte no país.

matemática indicada.Gaiolas com apenas uma caixa devem ser preenchidas com o número alvo no canto superior.Um número pode ser repetido dentro de uma gaiola, desde que não se encontra na mesma linha ou coluna.

EMBRULHARUM

PRESENTEUSARCOMO

TOALHAFAZER

UMAVIÃO

...

NÃO DEITE FORA ESTE JORNAL

REUTILIZE

*Soluções na última página

Pergunta aos nossos leitores

Sim Não

Responda emwww.santotirsohoje.come conheça os resultados na próxima edição (8 de Julho)

PUB

Pergunta da edição anterior (resultados)

As eleições autárquicas deviam ser no mesmo dia das legislativas?

Acha queCristiano Ronaldo “vale” 94 000 000 € ?

Sim 41%

Não 59%

Page 23: Edição n.º 5

23 | 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITAsanto tirsohoje

Agrela Café AgrelenseCafé Antigo Café Europa Café Pica Pau Café São Pedro Mini-Mercado MoranguitoPadaria ArtesanalPão Quente Cruzeiro

Água LongaCafé Califórnia Café Maracana Café Snack Bar São Roque CRP de Água LongaMercearia Conde Pastelaria Pão Quente Trigo de Sonho LdaSupermercado MAG

Areias Café Cidade na AldeiaCafé DanijúCafé MoreiraCafé Vieira Cafetaria GenovaClínica Médico DentáriaELSANUSFoto MalheiroFutebol Club das CaldasPão Quente das CaldinhasPão Quente de AreiasPizzaria NoddyPosto Galp SandôpaTalho Ideia Favorita

Burgães Café Burganense Lda Café D´AvelhaCafé DavidsonCafé RamadaMercados AvelinoPosto da Cepsa

GuimareiMini-Mercado Oliveira

Lama Café Encontro Café Santo António Padaria Cafetaria Pão de Mel

Lamelas Café Primavera

Café Salgada Pão Quente Sonho Meu

Monte CórdovaAssociação Recreativa de CavanasBar JovemCafé GonçalvesCafé HortalCafé Juventude Café LoboCafé MaiaCafé Mercearia Moreira Café Restaurante MoreiraCafé Universal MadeilealMini-Mercado CarneiroMini-Mercado MeroucinhosPão Quente Panisilva Petisqueira Santa Luzia

RebordõesAssociação Recreativa de RebordõesCafé Bem Estar Café HermesCafé VergadelaMini-Mercado (Loja Nova)Pastelaria Pão Quente 5 TorresQuiosque M&MQuiosque Padrão

RefojosCafé Casa Gomes Café Salão Café São Cristovão

ReguengaCafé Castro Café Santa Maria Rancho Típico Sta Maria da Reguenga

RorizCafé Alberto Costa Café ArgolaCafé Central Café Chico Neves Café de FontãoCafé São JorgeCafé São Pedro Mini-Mercado Caldas

Santa Cristina do CoutoCafé BarrosCafé CostaCafé do Bairro Café Grilo Café PereiraCafé Quim D´AdegaCafé SafariCafé Snack Bar TarrioMina d´Água, café restaurante Lda

Mini-Mercado MerouçosPão Quente PantirPosto Galp (São Roque)

Santiago da CarreiraCafé Conde Café Pedra Azul Café Santiago O Nosso Café Posto BP

Santo TirsoBABBUS - Quiosque e PapelariaPosto Galp (Auto-reparadora Picoto)Posto RepsolQuiosque D. DinisQuiosque da Central de CamionagemQuiosque ManetaQuiosque MartinsQuiosque MascotinhaQuiosque UniversalQuisque e Café - Laços de CulturaQuiosque do CC Carvalhais

São Mamede de NegrelosCafé Brasil Café Casa de Pasto OlivalQuiosque Central + Café MeloSanto Sabor CaféSupermercado Elizabete Nunes

São Martinho do CampoCafé Beira RioCafé Francisco BessaCafé SuperstarCafé Rompante Café VenezaCasa Leão Quiosque AvenidaScamSnack Bar Restaurante Padernes

São Miguel do CoutoCafé São Miguel Mini-Mercado AndradeMini-Mercado Sâo RosendoPantirRicardo´s Café

São Salvador do Campo Marcearia AbreuPão Quente Doce Bela VistaPão Quente Maripão

São Tomé de Negrelos Associação Recreativa de NegrelosCafé Adeskavir Café das Pombinhas Café Devesa

Café Giovani Café Nova York Café Santo António Casa do Povo Rio Vizela Padaria São Tomé Pão Quente Bela Vista Papelaria FernandesSupermercado Matias

SequeiróAssociação Recreativa de SequeiróBar KinaCafé BouçasCafé LarCafé Ponto de EncontroCafé RegoPosto de Combustível (Top Tire)Quiosque A.M.

Vila das AvesCafé Europa Café LuvazimCafé Nova Geração Café Nunes Café PalácioCafé Snack-Bar Sampaio Café Santo André Café SenegalCafé Snack Bar P-1 Café Surpresa Café TrovadorElipaper - Papelaria e LivrariaPapelaria BelitaPapelaria CCPosto Combustível Alves BandeiraPosto Galp (T.F.Geste)Quiosque das AvesQuiosque PoldrãesQuiosque Troféu

VilarinhoCafé Brothers Café CarvalhoCafé LamelaCafé LareiraCafé Juventude Café Nova Geração Café Pastelaria 2000Café Soares Café Toca do LoboMercado Senhora da LivraçãoPão Quente Vila Boa Quiosque Pôr Do SolSede do Futebol Clube de VilarinhoSupercado Rompante

Avidos (Famalicão) Supermercado Sousa

Famalicão)Casa Carlos

santo tirsohojeESTES SÃO OS LOCAIS ONDE PODE ENCONTRAR O SEU JORNAL

Page 24: Edição n.º 5

| 24 DE JUNHO DE 2009 | ANO 0 N.º 5 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA24 santo tirsohoje

O candidato à presidência da Câmara Municipal, João Abreu, apresentou, no passado sábado 20 de Junho, o seu Programa Municipal para a Cultura. O evento decorreu na galeria “Segundo Piso” junto ao Parque D. Maria II em Santo Tirso, onde largas dezenas de convidados lotaram o espaço.

Alírio Canceles, presidente da concelhia do PSD Tirsense, lançou o mote e fez a honras da casa dando inicio ao certame. O Presidente dos “laranjas” descreveu o Programa Municipal para a Cultura como o “resultado de um trabalho feito ao longo de várias semanas e que contou com a participação de vários agentes ligados à cultura e à arte”. O líder laranja não deixou, por isso, de manifestar agra-decimentos ao presidente da JSD, Carlos Pacheco, apontado como o principal dinamizador das reuniões temáticas. Também o Professor José Maia mereceu uma referência pelo forte envolvi-mento neste trabalho.

Alírio Canceles referiu, ainda, que este constituía já o segundo programa apresentado pela candidatura, e que outros se seguiriam no “timing” conveniente, reforçando a ideia de que “os programas não podem ser feitos em gabinetes fechados de forma mais ou menos trabalhada, mas desajustada da realidade; devem ser feitos com as pessoas e prin-cipalmente para as pessoas”.

De forma incisiva, Alírio Canceles questionou, de igual modo, os 100.000 euros gastos pela Câmara num protocolo

celebrado há mais de um ano com a Fundação de Serralves, perguntando directamente aos artistas presentes se tinham sentido algum retorno.

Por sua vez, o candidato João Abreu considerou ser necessária “uma definição clara de uma Política Cultural para Santo Tirso, que envolva a participação da comunidade, em particular, dos mais jovens, na criação e nos processos culturais, a valorização da riqueza patrimonial, a criação do sentimento e da afectividade, a afirmação pela diversidade artística”. Para tal, defendeu mais apoio às actividades associativas mediante o estabelecimento de protocolos e contratos-progra-ma, com subsídio à actividade e ao mérito e com especial realce para o apoio às actividades de formação e criação de novos públicos.

Nesse sentido, João Abreu defendeu igualmente a im-portância da elaboração de uma Carta Cultural Concelhia e de um Regulamento de Apoio às Actividades Culturais, bem como a criação de uma Federação Concelhia de Associações Culturais.

Recorde-se que o programa apresentado por João Abreu resultou de uma actualização do programa de 2005 e da realiza-ção de um conjunto de Encontros Temáticos, decorridos entre Dezembro de 2008 e Maio de 2009. Durante esses Encontros, cerca de 43 intervenientes directos ou indirectos nos processos de produção e programação cultural concelhia debateram as questões

mais prementes da área. “Falámos com músicos, pintores, escultores, fotógrafos, designers, estilistas, bailarinos, coreógra-fos, maestros, artistas circenses, arquitectos, programadores, ani-madores, gestores culturais… E muitos deles aqui estão, para além de tantas pessoas que en-tretanto aderiram ao projecto de mudança” elucidou João Abreu.

Começando por apresentar duas promessas já concretiza-das e agendadas (a plataforma virtual de talentos e produção cultural – www.artirso.eu e o ciclo de workshops para formação de agentes culturais locais), João Abreu fez incidir a sua proposta programática na diversidade artística, na rede de parcerias, na fixação dos talentos locais, na aposta em equipamentos de excelência, na itinerância, na regularidade, na importância da comunicação e da construção de públicos, com especial relevo para os mais jovens.

Para além de revitalizar e dar centralidade a equipamen-tos já existentes, João Abreu pretende firmar novas apostas: “As novas apostas, capazes de atrair as atenções culturais sobre Santo Tirso, são necessárias, talvez determinantes. É o caso do Áudio Fórum, que será um laboratório de ensaio, experi-mentação, debate e exibição musical, a Pousada das Artes – que funcionará como Centro de Residências Artísticas, o Museu Contemporâneo de Fotografia, a Reabilitação de espaços, no-meadamente do Teatro Eduardo Brazão”. Mas o candidato não

ficou por aqui: “Também se mostra imperiosa a instalação, na cidade, de um Centro Interpretativo Virtual para o Museu Contemporâneo de Escultura ao Ar Livre, permitin-do que se afirme como produto de turismo cultural.” E num tom afirmativo, prosseguiu: “Mas uma aposta cultural tem que ser mais ousada e multiplicadora. É preciso constituir estruturas de identificação e promoção dos jovens talentos que sistematica-mente pensam deixar o concelho. A criação do Festival Concelhio de Jovens Criadores - FESTIRSO, a criação do Centro Internacional de Promoção de Jovens Talentos e a criação do Laboratório das Artes - Ponte Velha / Incubadora Cultural de Promoção Directa serão os primeiros passos determinantes para uma nova vida cultural e para uma Economia Criativa mais pujante na cidade e no concelho”

João Abreu assegurou, igual-mente “não descurar o Ensino e Formação Artística, acarinhando todas as unidades existentes no concelho, potenciando a marca de prestígio que é, no meio musical, a ARTAVE e o Centro de Cultura Musical do INA.” No entanto, o candidato afirmou-se decidido a elevar a fasquia: “…mas Santo

Tirso precisa de mais. Precisa de uma abordagem livre, de acesso à aprendizagem, à valorização, à reciclagem. Daí, a criação do Instituto das Artes e Expressões – Escola das Artes, a instalação de uma Companhia Residente de Dança – Teatro e Artes Circenses, de um Serviço Educativo – Cultural municipal. Para além disso, o concelho deve acolher os velhos mestres, promover a ligação entre os mundos do talento criativo e da tradição. Vamos desenvolver o projecto da Academia dos Saberes, onde jovens artistas e velhos mestres do têxtil e vestuário se encontrem e partilhem experiências”

João Abreu aproveitou, ainda, o evento para apresentar os Mandatários da Mudança Cultural no concelho: Carina Vieira, vio-loncelista, Henrique Gonçalves, baterista e Carlos Vilela, fotógrafo. Para o candidato à Câmara “é importante que a gestão cultural fique a cargo de um colégio de comissários de inegável valor técnico e respeitabilidade cultural, partindo da implementação de uma rede de talentos locais, naturais, residentes ou espal-hados pelo país e pelo mundo”.

Sudoku Ken Ken

SOLUÇÕES (passatempos p.22)

Rua José Narciso Martins da Costa, 753 - 1º Esq.4795-474 S. Martinho do Campo

MEDICINA DENTÁRIA . OTORRINOLARINGOLOGIA . PODOLOGIA

tel. 252 843 940fax 252 843 941

PUB

Autárquicas 2009

João Abreu apresenta“Programa Municipal para a Cultura”

João Abreu apresentou um programa ousado para a cultura. O Áudio Fórum, a Pousada das Artes, o Museu Contemporânea de Fotografia, o Festival Concelhio de Jovens Criadores (FESTIRSO) e um Laboratório de Artes são algumas das novidades propostas.