edição nº 344

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Promotor é condenado por pedofilia a 17 anos em regime fechado Defendida prisão imediata dos réus condenados pelo STF O promotor de Justiça Ricardo Maia de Oliveira (foto), ex-policial federal e ex-titular do DECOM, foi condenado, no último dia 2, pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) a 17 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pela prática de crime de pedofilia cometido em 2005, contra duas garotas de nove anos de idade. Página 06 Editorial chama a atenção do Ministério Público no sentido de anular a Lei Municipal 320/98 que doou para uma associação inexistente os imóveis públicos do MERCADO VELHO, DO CEN- TRO DE ABASTECIMENTO JOÃO AFONSO E DO MERCADO ANTÔNIO PIERRE AGUIAR, todos em péssimo estado de conservação e que poderão, com certeza, servir ao Governo Municipal para a construção de outros mercados que venham a servir a cidade dentro de padrões de modernidade e de higiene, além de promover a modernização e a valorização de áreas centrais. Página 02 Por todo o Brasil, em verdadeiros atos explícitos de terrorismo, bandidos explodem agências bancárias e caixas eletrônicos e somem sem deixar rastros. Em que pese ser danoso,inaceitável e antidemocrático o regime ditatorial que nos foi imposto de 1964 a 1985, pelo menos os mili- tares daquele tempo, com certeza, não seriam hoje desmoralizados por essa bandidagem. Falta a nossas polícias um eficiente Serviço Secreto para entrar em ação e prender estes terroristas. “Prender e arrebentar” com eles. Página 11 O procurador-geral da República, Roberto Gurgel(foto), defendeu nesta sexta-feira 3/8 a prisão imediata dos réus que forem con- denados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão. Ele pediu a condenação de 36 réus. Página 06 ELEIÇÕES 2012 INÉDITO NO PAÍS EDITORIAL ARTIGO MENSALÃO Clima eleitoral é de total frieza O clima eleitoral em Crateús é de total frieza, para não dizer que os candidatos estão se comportando com total indiferença quanto às eleições municipais de 2012. Até parece que não há coligações nem siglas partidárias participando da disputa pelo cargo de prefeito do município nem lutando por uma das vagas das 15 que estão disponíveis para compor a Câmara Municipal. Até o momento, não foi dado um grito em favor deste ou daquele candidato ao trono municipal. O clima é comparável ao de dois lutadores que se enfrentarão dentro de um ringue e que, nos dois primeiros assaltos ficam apenas um a estudar os movimentos do outro, para definirem uma estratégia para vencer a luta. Tudo leva a crer que o problema maior que mantém este quadro de indiferentismo seja de natureza pecuniária: ninguém tem dinheiro para investir na eleição e o pouco que há, deve está guardado para ser gastado na reta final da competição. É esta a observação que se faz, exatamente a dois meses do pleito municipal. Onde vender a carne procedente do Matadouro? Quadrilhas explodem caixas eletrônicos Crateús-Ce. Terça-feira, 31 de julho de 2012 - Ano XV - N o 344 - R$ 2,50 Acesse nosso site: www.gazetacrateus.com.br | E-mail: [email protected]

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Page 1: Edição Nº 344

Promotor é condenado por pedofilia a 17 anos em regime fechado

Defendida prisão imediata dos réus condenados pelo STF

O promotor de Justiça Ricardo Maia de Oliveira (foto), ex-policial federal e ex-titular do DECOM, foi condenado, no último dia 2, pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) a 17 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pela prática de crime de pedofilia cometido em 2005, contra duas garotas de nove anos de idade.Página 06

Editorial chama a atenção do Ministério Público no sentido de anular a Lei Municipal 320/98 que doou para uma associação inexistente os imóveis públicos do MERCADO VELHO, DO CEN-TRO DE ABASTECIMENTO JOÃO AFONSO E DO MERCADO ANTÔNIO PIERRE AGUIAR, todos em péssimo estado de conservação e que poderão, com certeza, servir ao Governo Municipal para a construção de outros mercados que venham a servir a cidade dentro de padrões de modernidade e de higiene, além de promover a modernização e a valorização de áreas centrais.Página 02

Por todo o Brasil, em verdadeiros atos explícitos de terrorismo, bandidos explodem agências bancárias e caixas eletrônicos e somem sem deixar rastros. Em que pese ser danoso,inaceitável e antidemocrático o regime ditatorial que nos foi imposto de 1964 a 1985, pelo menos os mili-tares daquele tempo, com certeza, não seriam hoje desmoralizados por essa bandidagem. Falta a nossas polícias um eficiente Serviço Secreto para entrar em ação e prender estes terroristas. “Prender e arrebentar” com eles.Página 11

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel(foto), defendeu nesta sexta-feira 3/8 a prisão imediata dos réus que forem con-denados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão. Ele pediu a condenação de 36 réus.Página 06

ELEIÇÕES 2012

INÉDITO NO PAÍS

EDITORIAL ARTIGO

MENSALÃO

Clima eleitoral é de total frieza

O clima eleitoral em Crateús é de total frieza, para não dizer que os candidatos estão se comportando com total indiferença quanto às eleições municipais de 2012. Até parece que não há coligações nem

siglas partidárias participando da disputa pelo cargo de prefeito do município nem lutando por uma das vagas das 15 que estão disponíveis para compor a Câmara Municipal. Até o momento, não foi dado um

grito em favor deste ou daquele candidato ao trono municipal. O clima é comparável ao de dois lutadores que se enfrentarão dentro de um ringue e que, nos dois primeiros assaltos ficam apenas um a estudar os

movimentos do outro, para definirem uma estratégia para vencer a luta.Tudo leva a crer que o problema maior que mantém este quadro de indiferentismo seja de natureza pecuniária: ninguém

tem dinheiro para investir na eleição e o pouco que há, deve está guardado para ser gastado na reta final da competição. É esta a observação que se faz, exatamente a dois meses do pleito municipal.

Onde vender a carne procedente do Matadouro? Quadrilhas explodem caixas eletrônicos

Crateús-Ce. Terça-feira, 31 de julho de 2012 - Ano XV - No 344 - R$ 2,50Acesse nosso site: www.gazetacrateus.com.br | E-mail: [email protected]

Page 2: Edição Nº 344

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www.gazetacrateus.com.brCrateús - Terça-feira, 31 de julho de 2012

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

O Matadouro Público Municipal encontra-se in-augurado. Vai passar ainda por um processo de licita-ção para ser privatizado. É um empreendimento de vulto, necessário e ob-rigatório para a cidade que, há anos sem fim, vem con-sumindo carne de animais abatidos em moitas, de re-ses que até morreram de alguma doença, sem o em-prego de qualquer processo de higiene, desde o abate ao transporte em veículos imundos, até a entrada nas espeluncas de mercados e nas revendas de supermer-cados da cidade. A mesma carne que é vendida nos fé-tidos boxes da feira livre é a mesma que é vendida nos frigoríficos de nossos su-permercados e consumida pela população.

A população de Crateús sabe que a feira livre,espaço público com centenas de boxes,e o Mercado Velho, foram ilegalmente doa-dos para uma associação que, sequer, existia ou ex-iste. Nas gestões seguintes a 1998, os prefeitos nada fizeram para retomar o pat-rimônio imobiliário do mu-nicípio, pelo simples fato de não quererem se indis-por com os ocupantes dos boxes.

Este jornal, em 19 de ja-neiro de 2011, entrou com um Pedido de Providências junto ao Ministério Público que, na verdade, é o defen-sor da sociedade, requeren-do medidas legais com ob-

jetivo de apurar se uma lei que afrontou os princípios da legalidade, morali-dade, impessoalidade, su-premacia do interesse pú-blico, igualdade, se ela foi aprovada com objetivo de beneficiar algumas pessoas ou entidade. Ao mesmo tempo solicitava ao douto órgão que se dignasse a ver-ificar se existia na época da aprovação da Lei Munici-pal 320/98, a ASSOCIA-ÇÃO REPRESENTATIVA a que a mencionada lei se refere.

Decorreram-se 19 meses e este jornal, que também representa os interesses da sociedade, não recebeu a devida e merecedora aten-ção por parte do Ministério Público. Nenhuma infor-mação lhe foi dirigida ou encaminhada a título de resposta, de tal forma, con-trariando os princípios que regem as relações da ci-dadania e as regras sociais.

Crateús, muito em breve, vai se defrontar com um impasse: o Matadouro Municipal não vai cum-prir a sua destinação que é a de colocar no mercado a carne de animais nele aba-tidos. Sua função voltará a sera de simples substituto de nosso antigo Curral do Açougue, que só as pessoas mais velhas conheceram. As carnes originárias de animais abatidos, que pas-sarão por diversos proces-sos de inspeção e higiene e precisam ser armazenadas em instalações comerciais

modernas que atendam às normas da Vigilância Sani-tária, irão ser vendidas no fétido antro da antiga feira livre, ou seja: sairão de um ambiente limpo e sadio para se contaminarem na sujeira da feira livre. Do contrário, perde o sentido a existência do Matadouro Municipal, se não há lugar para vender as carnes.

Que outro local da ci-dade melhor se destinaria a servir a população, senão o local da feira livre, onde a municipalidade poderia implantar um projeto de construção de um moderno mercado de carnes, sem in-vestir na compra de outro imóvel, porque todos os boxes da feira livre já lhe pertencem?

O que podemos divisar, é que o Ministério Público, por qualquer motivo ou por inépcia, deixou, à época, de agir em favor dos interesses da sociedade, permitindo que uma aberração da lei corresse frouxa e viesse a prejudicar, no futuro, a população de Crateús.

Este jornal, após 19 me-ses de espera, volta a co-brar uma providência do Ministério Público junto à Justiça de Crateús, no sen-tido de anular a Lei 320/98 que, por natureza, já é nula de pleno Direito, para que o município possa, num es-forço maior, dotar a cidade de um Mercado de Carnes. É o mínimo que se espera.

A Justiça Eleitoral de-terminou que sete dos 14 vereadores da Câmara Mu-nicipal de Caucaia não po-derão tentar a reeleição em outubro. Dentre eles estão: o vereador Antônio Luiz de Araújo Menezes(Dr. Tanilo) (PMDB), e Deuzinho Filho (PMN), presidente da União dos Vereadores do Ceará (UVC).

O juiz Michel Pinheiro da 120ª Zona Eleitoral de Cau-caia apresentou a decisão na última semana. A acusação é de improbidade adminis-trativa, o que impede os sete atuais parlamentares de

Caucaia de postular o cargo. Os envolvidos fizeram uma licitação “armada” para aluguel de veículos e seus próprios parentes eram os donos das “empresas”.

Segundo o juiz, houve enriquecimento ilícito e lesão ao cofre público. Mi-chel Pinheiro enfatiza que o uso particular de veículo contratado ilicitamente foi para evitar o gasto com o próprio salário.

O promotor eleitoral do Município, Lucídio Queiroz, afirma que os parlamentares eram os beneficiários com a transição de contratação

do esquema de prestação de serviços.

Além de Deuzinho Filho e de Dr. Tanilo, também estão com candidaturas indeferi-das os vereadores que ten-tavam reeleição: Sebastião Conrado (PSL), Germana Sales (PSD), Tadeu Pontes, (PCdoB), José Arivaldo, o “Pernambuco”(PCdoB) e Eduardo Pessoa (PRP). O Ministério Público Estadual analisa a possibilidade de afastar todos estes vereado-res da Câmara Municipal de Caucaia.

Por: Marcus Castro

O ex-ministro da Defesa Márcio Thomaz Bastos(foto) deixou a defesa do empresá-rio Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, no último dia 31/7. A saída foi protocolada no processo, sem pronunciamento for-mal. Segundo o advogado Augusto Botelho, que in-tegra a equipe de Thomaz Bastos, informou ao G1, todos os advogados da equi-pe do ex-ministro também deixaram o caso.

A detenção de Andressa Mendonça, mulher de Ca-choeira, teria sido o estopim. Mas a crise já se alongava durante semanas. Thomaz Bastos já estava fora do caso há duas semanas. Na semana passada, durante depoimento de testemunhas e interrogatório dos réus

do processo contra Cacho-eira em Goiânia, Thomaz Bastos foi representado por Dora Cavalcanti e Augusto Botelho.

Recentemente uma advo-gada de seu escritório, Dora Cavalcanti, foi agredida verbalmente por Cachoeira.

Carlinhos Cachoeira é acusado de ter utilizado agentes públicos e priva-dos em um esquema de exploração do jogo ilegal em Goiás. Ele está preso desde fevereiro deste ano, e é réu em uma ação penal em Goiânia e suas relações são investigadas em uma CPI no Congresso.

Na segunda-feira (30/7), a noiva do empresário, An-dressa Mendonça, foi detida sob suspeita de tentar cor-romper o juiz responsável

pela Operação Montecarlo, que resultou na prisão do empresário. Ela prestou de-poimento e pagou fiança de R$ 100 mil para ser liberada.

Segundo o magistrado, Andressa o procurou na quinta-feira (26/7) afirman-do que teria um dossiê con-tra ele e, em troca da não--publicação, teria pedido um alvará de soltura para Cachoeira.

Onde vender a carne procedente do matadouro?

Sete vereadores de Caucaia estão impedidos de se reeleger

Márcio Thomaz Bastos deixa a defesa de Carlinhos Cachoeira

Fundada em 30 de maio de 1997

Sebastião César Aguiar ValeEditor-Geral e jornalista responsávelMat. nº: 01227JP - CE [email protected]

M. Duarte da SilvaCNPJ: 06.327.640/0001-97Rua Cel. Lúcio, 503 - CEP 63700-000, Crateús-Ce - Fone/Fax: (088) 3692.3810

Projeto Gráfico e Diagramação:Fabrício [email protected]

Coordenação e Digitação:Miliane Silva

Conselho Editorial:Eduardo Aragão Albuquerque Jr.José Bonfim de Almeida JúniorSebastião Cesar Aguiar Vale

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Outras localiadadesAssinatura anual R$ 120,00

EDITORIAL

Page 3: Edição Nº 344

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Terça-feira, 31 de julho de 2012

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Júnior Bonfim | [email protected]

ObservatórioEm 1982 concorriam à

Prefeitura de Crateús Lean-dro Martins e doutor Torres, pelo PDS; Zé Maria Pedreiro e doutor Fernandes, pelo PMDB e Manoel Balbino, pelo PT. Alguém pode es-tranhar a existência de dois candidatos por um único partido, mas é explicável. Àquela época vigorava o instituto da sublegenda. (Su-blegenda foi um instituto da lei eleitoral brasileira, criado no período do regime militar, que permitia o lançamento de mais de um candidato às eleições majoritárias pelo mesmo partido, somando-se os seus votos). A Rádio Edu-cadora resolveu promover um debate entre os postulan-tes. Foi grande a audiência. Os candidatos se esmeravam nas respostas às pergun-tas, procurando demonstrar grande conhecimento dos temas levantados. Em certo bloco, Manoel Balbino foi o último a fazer uso da palavra. Após todas as loquazes res-postas, disparou: - Veja, meu povo, como é difícil a gente ser candidato contra esses “grandes”. Os homens falam demais. Disseram tudo. Se isso aqui fosse um banquete, eu podia dizer que comeram toda a carne e só deixaram os ossos prá eu roer...

O CLIMAA campanha eleitoral em

Crateús está morna, modor-renta, maçante. As pesso-as reclamam. Para muitos, campanha não combina com calmaria. A atmosfera ideal para as refregas eleitorais não é a das baixas tempera-turas. Assim, todos querem disputa, contenda, confronto de idéias. E o melhor, o mais qualificado espaço para esse combate é o debate. Na mesa do debate, na exploração das contradições, na análise da história de cada postulante, na exposição dos programas, projetos e metas é que o elei-tor passa a firmar um juízo.

O CLIMA IINada disso aconteceu ain-

da. Os levantamentos feitos até agora são consensuais sobre alguns itens: 1. O Pre-feito é, por razões óbvias, o favorito deste momento. Partiu na frente, dispõe da

máquina e tem um exército previamente mobilizado. Isso é natural. É ele que tem a obrigação de ganhar. 2. Ao lado de tudo isso, o Chefe do Executivo enfrenta, também, altos índices de rejeição. O Carlos Felipe de hoje difere muito do candidato de quatro anos antes. Acumulou defec-ções (muita gente que votou nele na eleição passada diz que não vota este ano), atraiu decepções (o cidadão que apostou em uma gestão sé-ria e irrepreensível lamenta a enorme lista de notícias desairosas e equívocos co-metidos). 3. O seu principal concorrente (aquele que congrega o maior núme-ro de partidos apoiando), Ivan Monte Claudino, ainda possui uma alta taxa de des-conhecimento. Mais da me-tade da população não liga o nome à pessoa. (Isso, a rigor, não pode ser visto como algo negativo). Desconhecer não é igual a rejeitar. Quem não conhece, pode votar. Princi-palmente se, ao conhecer, o candidato cair no seu gosto. É diferente de quem rejeita. Neste caso, o eleitor conhece o candidato e, mesmo assim, afirma votar contra. 4. De Eduardo Machado ainda não existe sinal nenhum de campanha. 5. João Coelho Soriano, o Maçaroca, tem se queixado da falta apoio logístico e estrutura para a luta. 6. No PSOL, a ausência de recursos financeiros não constitui motivo para qual-quer lamúria. Pelo contrá-rio. O Partido da candidata Adriana Calaça mira o sol do idealismo e exibe, na camisa, os dizeres: “Não recebo um Real, tô na rua por ideal”.

OS DEBATESO fato é que a pública

opinião sente falta dos deba-tes. Urge que os segmentos organizados da população deflagrem uma sequencia de debates com os postulantes à Prefeitura. Está na hora da imprensa, da Igreja, da Universidade, dos sindi-catos, das associações de classe, dos empresários, das organizações sociais – enfim, da inteligência da cidade movimentar esse processo. Em Fortaleza já ocorreram vários encontros entre os

prefeituráveis. Crateús pre-cisa fazer o mesmo.

HORÁRIO ELEITORAL

Segundo o artigo 47 da Lei Eleitoral (9.504/1997), so-mente dentro de quinze dias, mais precisamente no dia 21 de agosto, teremos o início do período da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. É óbvio que a realização dos programas de rádio também aquecerá a corrida sucessória.

CURIOSIDADEAlguém sabe a qual par-

tido pertence o candidato a vereador teoricamente mais rico da atual campanha? Ou seja, aquele que apresentou a mais valiosa declaração de bens à Justiça Eleitoral? Pois bem, é do PMN (Partido da Mobilização Nacional). Seu nome é Juraci Melo Nunes, popularmente conhecido como Louro da Cruz.

RECURSODentre os que tiveram seus

pedidos de registro de candi-daturas a Vereador questio-nados, causou preocupação na Coligação que integram os nomes de Lourenço Tor-res e Eudes Oliveira, ambos indeferidos em primeira ins-tância. Os dois compunham as listas de prováveis eleitos. Por isso, resolveram recorrer da sentença de indeferimento e continuar praticando todos os atos de campanha. Até amanhã (08 de agosto) os partidos poderão realizar a substituição de candidatos às eleições proporcionais. Daí em diante, quem tiver com o registro sub judice corre todos os riscos: se conseguir reverter a situação nas instâncias superiores (TRE/TSE) terá os votos validados. Se não obtiver provimento do recurso, os votos não serão contados nem para a Coligação. Isso tem repercussão direta na distribuição das vagas para a Câmara Municipal.

PARA REFLETIR“Política é como nuvem.

Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.” (Magalhães Pinto)

Chinês de 57 anos pedala 60 mil km para assistir aos jogos olímpicos

Para assistir as Olimpí-adas, o chinês Chen Guan Ming, de 57 anos, pedalou por 60 mil quilômetros du-rante dois anos. A jornada atravessou 16 países e en-frentou desertos, frio, en-chentes e até guerras. Guan Ming chegou em Londres no dia 6 de julho.

O lavrador chinês disse ser um grande fã dos Jogos Olímpicos, em entrevista à BBC. Ao chegar na capital britânica, o homem foi en-contrado pelo inglês John Beeston. “Ele parecia com-pletamente perdido”, disse o inglês.

Uma vez que Beeston estava descrente da história

contada por Guan Ming, o oriental mostrou a ele men-sagens de pessoas e reporta-gens jornalísticas de diversos países para comprovar a sua empreitada. O chinês enfrentou calor de 38 graus na Malásia e Vietnã, além de enchentes na Tailândia.

Como teve seu pedido de entrada na Birmânia recu-sado, Guan Ming precisou “pegar um atalho” pelo Ti-bete. Em seguida passou por zonas de conflito no Paquistão, Afeganistão e Irã. Ao chegar na Turquia, enfrentou temperaturas de 30 graus negativos com a ajuda dos moradores locais.

Em 2001, Guaming já

havia pedalado por 1764 ci-dades da China, percorrendo 90 mil quilômetros para re-colher lixo e conscientizar as pessoas sobre a importância de cuidar do meio ambiente. Como presente, ganhou uma entrada para assistir à ceri-mônia de encerramento dos Jogos de Pequim, em 2008.

Guan Ming gostaria de receber o mesmo presente da organização das Olimpíadas em Londres. Mas, mesmo que não consiga, já estabe-leceu um novo destino: quer vir ao Brasil, em 2016, para assistir ao Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Um belo exemplo de superação, né? (vi no GlobEsporte.com).

“A opinião pública está sendo formada pelas redes sociais. Isso tem causado sensibilidade ao STF”Eliana Calmon – Ministra Corregedora do CNJ, ao comentar sobre o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal do mensalão. A população, disse ela, fará um juízo de valor a respeito dessa decisão de condenar ou não os réus.

GERAL

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40º BI promove aula inaugural do EBCT

CNJ aprova Ficha Limpa para cargos de confiança do Judiciário

R$ 111 mi para combate ao crack na Capital

Ceará adere ao programa do Governo Federal “Crack, é Possível Vencer”

O 40° Batalhão de Infan-taria de Crateús (40º BI) deu início, na manhã do último dia 1º/8, à aula inaugural do Estágio Básico de Cabo Temporário (EBCT), que foi ministrada pelo Capitão Lima, instrutor e coordena-dor do EBCT. O Estágio Bá-sico de Cabo Temporário, no 40º Batalhão de Infantaria,

incorporou 20 alunos que, durante 45dias, receberão instruções básicas, teóricas e práticas sobre regulamentos militares.

O comandante do 40º BI, TC José Eduardo de An-drade, presente ao evento, dirigiu palavras de incentivo, focadas na convivência e no aprendizado adquiridos nos

seus mais de 35 anos de ser-viços prestados ao Exército Brasileiro, citando os pilares da carreira militar, constitu-ídos pela honestidade, ca-maradagem, lealdade e pela disciplina. O comandante desejou a todos pleno êxito e muito sucesso nas próximas semanas e o ingresso no Exército Brasileiro.

BRASÍLIA - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou por unanimidade no último dia 31/7, a aplicação dos critérios da Lei da Ficha Limpa para funcionários em cargo comissionado no Judiciário. A lei, aprovada em 2010 pelo Congresso a partir de um projeto de ini-ciativa popular, estabelece critérios de inelegibilidade para os candidatos a cargo eletivo. Proíbe, por exemplo, a candidatura de condenados por órgão colegiado por delitos considerados de alto ou médio potencial ofen-sivo. Agora, isso passará a valer também para todos os tribunais brasileiros, com ex-ceção do Supremo Tribunal Federal (STF), que está fora do alcance do CNJ.

O texto da resolução apro-vada diz que os tribunais, no prazo máximo de 90 dias a partir da publicação da resolução, terão que fazer um recadastramento para saber se os atuais ocupantes de cargo de confiança se en-quadram nos novos critérios. E depois, em no máximo em 180 dias, os presidentes dos tribunais terão que promover a exoneração de quem não cumpre esses critérios. Se-gundo o relator da resolução, conselheiro Bruno Dantas, o prazo é necessário para não prejudicar o funcionamento do Judiciário brasileiro.

- Vai demitir, mas nós não podemos com isso criar uma

descontinuidade no trabalho de um tribunal - explicou.

A resolução também atinge os terceirizados que tenham cargo de chefia. Assim, a medida não vai atingir o pro-grama “Começar de Novo”, que promove a reinserção de ex-presidiário no mercado de trabalho. No caso dos tercei-rizados, os presidentes de tribunais terão 120 dias para se adequar à nova situação.

- A função do “Começar de Novo” não é permitir que ninguém faça carreira no Estado, é apenas permitir que comece de novo - disse o relator.

No caso de concursado que ocupe cargo de confian-ça e que seja atingido pela resolução, ele não perderá o emprego, mas não poderá ocupar mais o cargo comis-sionado.

Resolução tem diferenças para lei

No voto, Dantas diz que o CNJ, “ao aprovar esta proposta de resolução dará o exemplo para uma nova era da administração da coisa pública no Brasil, valorizan-do a impessoalidade, a probi-dade, a ética e a eficiência”. E questiona: “uma pessoa que desfila pela passarela do Código Penal ou da Lei de Improbidade Administrativa, pode ocupar cargo ou função de direção e chefia dos tribu-nais brasileiros? Justamente eles, os tribunais, deposi-tários constitucionais das

esperanças dos brasileiros que têm seus direitos fun-damentais aviltados quase diariamente, podem se dar ao luxo de nomear para o seu corpo dirigente pessoa com o perfil que aqui se discute?”

A resolução possui algu-mas diferenças em relação à Lei da Ficha Limpa. No Judiciário, o prazo para re-abilitação é de cinco anos depois do cumprimento da pena, enquanto para os car-gos eletivos é de oito anos. A lista de crimes e condições que impedem o exercício de cargo comissionado também é um pouco menor no caso da resolução do CNJ. Não inclui, por exemplo, a renún-cia para escapar da cassação do mandato.

Bruno Dantas disse que está seguro com a legalidade da resolução caso ela venha a ser questionada.

- O CNJ se preocupou com a questão legal, constitucio-nal. Essa proposta somente foi apresentada por mim ao plenário no momento em que o Supremo Tribunal Federal validou a Lei da Fecha Lim-pa. Portanto, o STF, que é a corte mais importante do país, determinou a constitu-cionalidade da Lei da Ficha Limpa. Se a Lei da Ficha Limpa é válida para os car-gos políticos, evidentemente que também deve ser válida para os cargos de direção dos tribunais.

Fortaleza tem R$ 111,8 mi-lhões à disposição até 2014 para o combate ao crack. A medida foi anunciadavia videoconferência de Brasí-lia, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A liberação da verba de-pende da apresentação de projetos. Prevê-se, porém, a criação de três consultórios de rua para atendimento vo-lante; 48 enfermarias espe-cializadas; duas unidades de acolhimento; 120 vagas em comunidades terapêuticas e a transformação de seis Cen-tros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas em estações 24 horas.

O recurso será repassado de forma direta à Prefeitura, que atuará em parceria com o Governo do Estado. “O decisivo é reconstruir os ideais de vida dos usuários. Fortaleza, pelas característi-

cas históricas de exclusão, é vulnerável ao crack”, alertou Padilha.

A segurança será reforçada com R$ 5,9 milhões na área. PM e Guarda Municipal serão qualificadas e agirão juntas. A Regional II será prioridade por concentrar grande número de adictos e pontos de venda de quí-micos. O programa prevê a instalação de câmeras em regiões de tráfico para ajudar na identificação de dependentes e vendedores. “Queremos acompanhar a migração das zonas de uso”, argumentou a secretária de segurança do Ministério da Justiça, Regina Miki.

Para setembro, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, prevê a abertura do Centro de Referência e Prevenção ao Crack. O equipamento funcionará na avenida Du-

que de Caxias e já estaria pronto, à espera somente de equipamentos.

O titular da Secretaria Es-tadual da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), coronel Francisco Bezerra, afirmou que Fortaleza não tem zonas como as “cra-colândias” do Sudeste bra-sileiro. Contudo, bairros como o Jangurussu, Praia do Futuro, Serviluz e Barra do Ceará foram apontados por ele como em situação grave no tocante ao tráfico.

O programa “Crack, é pos-sível vencer” foi lançado em dezembro do ano passado pela presidente Dilma Rous-seff. Ele deve ser estendido inicialmente para a Região Metropolitana de Fortaleza e, em seguida, para os de-mais municípios cearenses. (Bruno de Castro - bruno [email protected])

Na terça-feira 31/julho, o ministro da Saúde, Alexan-dre Padilha, participou de uma videoconferência para anunciar a adesão do estado do Ceará ao programa “Cra-ck, é possível vencer”. O vice-governador Domingos Filho também participa da videoconferência.

No programa “Crack, é

possível vencer”, o Governo Federal oferece linhas de financiamento para Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), casas de acolhimento, casas terapêuticas, compra de equipamentos, moder-nização policial, além de outras iniciativas.

São beneficiados com o

programa os seguintes esta-dos: Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Acre, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Piauí e Paraná. O Ceará será o 12º estado a assinar a adesão ao programa federal.

Por: Aniele Gurgel

Candidatos ao estágio básico de cabo temporário

VERBA FEDERAL

cIDADE

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Terça-feira, 31 de julho de 2012

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TCM se reúne em Independência

Secretaria de Educação realiza Semana Pedagógica

Informe Publicitário Informe PublicitárioIndependência Novo Oriente

Ferreira Gullar – Poeta maranhense

“O viciado é um aliado do traficante – já que tem interesses comuns – o o ajuda a burlar a repressão”

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ce-ará (TCM), com a finalidade de recomendar e orientar aos atuais governantes reuniu-se na terça-feira, dia 31/7,com-prefeitos, secretários e pre-sidentes de câmaras muni-cipais de 11 municípiosna cidade de Independência.

O encontro visou orientar os gestores em relação às transições de governos, bem

como estimular a transparên-cia na gestão pública.

Esses encontros visam abordar aspectos relevantes quanto às boas práticas de gestão pública focadas no último ano de gestão, es-pecialmente às orientações a serem observadas quanto à aplicação da legislação eleitoral, Lei de Responsabi-lidade Fiscal e equivalentes no âmbito dos governos

municipais e das câmaras.O evento é voltado não só

para prefeitos, vereadores, gestores, servidores e mem-bros de conselhos, mas tam-bém para qualquer cidadão interessado em participar da fiscalização da administra-ção pública.

O Prefeito Valdi Coutinho, na ocasião, fez um balanço da sua administração focada para a transparência pública!

A Secretaria de Educação de Novo Oriente realizou entre os dias 27 de julho e 03 de agosto a Semana Pedagógica, destinada a ges-tores, professores e técnicos pedagógicos,e contou com vasta programação.

O início de cada semestre, é ansiosamente aguardado por todos os profissionais da área da educação; é a reto-mada dos trabalhos didáticos pedagógicos e, no municí-pio, é sempre um recomeço, quando os profissionais da área são acolhidos com lem-brancinhas, música ao vivo e atividades motivacionais, para que os mesmosse sin-tam, de fato e direito, reco-nhecidos pela gestão pública, que não mede esforços para que a categoria seja valori-zada e reconhecida e possa, de fato, produzir resultados cada vez mais significativos para melhoria e evolução da educação municipal.

No dia 30/07, pudemos contar com a presença da Secretária de Educação Ma-ria Coelho Sampaio, que acolheua todos e demons-trou grande satisfação em estar à frente de um grupo de profissionais competen-tes e comprometidos com a evolução dos indicadores educacionais do município. Na ocasião, compareceu o deputado estadual Ne-nen Coelho, que não mediu elogios à categoria, além de fazer uma retrospectiva acerca da evolução da Edu-cação, desde a implantação do FUNDEF, período de sua gestão enquanto prefeito do município, aos dias atuais. Destacou o parlamentar os avanços e investimentos nas formações e melhorias salariais, o que implica di-retamente na qualidade do ensino;confidenciou ainda que se sente lisonjeado por ter sido responsável pela apro-

vação de um dos melhores Planos de Cargos e Carreiras da Categoria;reconhece a grande contribuição do Sin-dicato dos Servidores junto à categoria, quando esse dialoga com a gestão públi-cae reivindica direitos sem comprometer a qualidade do ensino público municipal. A sua exposição deixou a todos envaidecidos e na certeza do grande desafio que é dar con-tinuidade a um trabalho que para o município e região, é de grande visibilidade.

As apresentações do Cen-tro de Educação Infantil e Fundamental Edval Araújo da Silva, do Distrito de São Raimundo, contagiou e emo-cionou a todos. Ao finaldo evento, foi servido café da manhã e, logoem seguida, deu-se o início das forma-ções e planejamento por área e modalidade específicas.

COMUNICADO SEMACECOMUNICADO SEMACE COMUNICADO SEMACE

PEDRO AFONSO MARTINS DE OLIVEIRA MECNPJ: 41.650.698/0001-78

Torna público que requereu à Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMACE, a Regularização da Licença de Operação para a atividade de Fabricação de produtos de pa-daria e confeitaria com predominância de produção própria, situada, a Av. Laurindo Gomes, 482 – Centro – Quiterianópolis/ CE – CEP: 63.650-000.Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

FRANCISCA MARQUES PEREIRA 01084025337CNPJ: 16.527.028/0001-11

Torna público que requereu à Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMACE, a Regularização da Licença de Operação para a atividade de Padaria e confeitaria com predominância de revenda, situada na Vila Santa Rita, S/N – Zona Rural – Quiterianópolis/ CE – CEP: 63.650-000.

Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

JANE ADRIANA FERREIRA DE SOUSA 08914875733CNPJ: 15.703.640/0001-35

Torna público que recebeu da Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMACE a Licença de Operação N0 827/2012 – DICOP – GECON, refe-rente à Regularização da Licença com validade até 05/07/2015, referente à atividade de Fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predomi-nância de produção própria em Tauá/ CE na Av. Cel. Vicente Alexandrino de Sousa, 614, Bairro Tauazinho – CEP: 63.660-000.Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Ins-truções de Licenciamento da SEMACE.

Prefeito Valdi Coutinho fala aos participantes do encontro ao lado do presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, Manuel Veras

Aapresentação do Centro de Educação Infantil e Fundamental Edval Araújo da Silva, do Distrito de São Raimundo

DUELO EM DELEGACIA: Policiais civis serão julgados na Justiça MilitarA 10ª Circunscrição Judiciária Militar recebeu a denúncia do Ministério Público Militar e vai iniciar o processo contra policiais civis que teriam feito um “duelo” com soldados no Exército durante a greve da categoria, no começo do ano, no 3º DP, na av. Bezerra de Menezes. Segundo a denúncia, um dos soldados do Exército teria engatilhado um fuzil 762. O policial civil teria revidado ao puxar uma pistola ponto 40. A discussão teria inciado quando um inspetor retirou granada do suspensório deum dos PMS.

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 511 - CentroFone/Fax: (88) 3691.1717NOVA RUSSAS: Rua Pe. Francisco Rosa, 1311 - CentroFone: (88) 3672.0308SANTA QUITÉRIA: Rua Cel. Manoel Alves, 157 - CentroFone: (88) 3628.0374ARARENDÁ: Rua Francisco Mourão Lima, s/n- CentroFone: (88) 3633.1203

MOSENHOR TABOSA: Av. Honório Melo, 25 - CentroFone: (88) 3696.2164NOVO ORIENTE: Rua Elpídio Rodrigues, 266 - CentroFone: (88) 3629.1794QUITERIANÓPOLIS: Rua Acard Deusdete Pedrosa, 247Fone: (88) 3557.1346 / 9992.1379FORTALEZA: Rua Pe. Luiz Filgueiras, 550 - AldeotaFone: (85) 3221.4355Rua Cel. Lúcio, 221 - Centro - TeleFax: (88) 3691.1476 - Crateús-Ce

Dr. André LandimDoenças da Pele e Alegria

Dr. Gustavo Henrique BezerraOtorrinolaringologia - Videolaringoscopia

Dr. Kevin CarneiroBioquímico

Dr. Nenzé BezerraUrologia e Cirurgia Laparoscópica

Drª. Christianne Taumaturgo D. SoaresEndocrinologia

Drª. Maria de Jesus SoaresGinecologia e Obstetrícia

Dr. WaetanUltrassonografia

Dr. Gerardo JrOrtopedia e Traumatologia

Drª. Déborath Lúcia de O. DinizNeurologista - CRM 5041 - E-mail: [email protected]

Dr. Paulo NazarenoEndoscopia e Cirurgia Laparoscópica

REGIOnAL

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Ministra Mirian BelchiorFalando sobre a greve dos servidores

“Acreditamos que a greve é direito dos trabalhadores, desde que eles assumam todas as consequências desse ato. Está havendo o corte de ponto”

Promotor é condenado por pedofilia a 17 anos de prisão em regime fechado

Defendida prisão imediata dos réus condenados pelo STF

O promotor de Justiça Ri-cardo Maia de Oliveira, ex--policial federal e ex-titular do DECOM, foi condenado, no último dia 2, pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) a 17 anos e seis meses de pri-são, em regime fechado, pela prática de crime de pedofilia cometido em 2005, contra duas garotas de nove anos de idade. O crime ocorreu no interior do sítio de Ricardo, em Guaramiranga, no Maci-ço de Baturité, no dia 23 de outubro de 2005, e só teria sido descoberto pelas mães das crianças em fevereiro de 2006. Na época, Ricardo Maia chegou a ser preso, mas após cinco dias foi liberado.

De acordo com os autos, as duas meninas, na época com nove anos, foram convidadas para tomar banho de piscina no sítio do promotor sob a

alegação de que a esposa e as filhas dele estariam no local, mas não havia ninguém da família. Ricardo disse para as crianças que as pessoas chegariam em breve e con-vidou-as para entrar na pis-cina. Logo após, as meninas foram levadas para o quarto do promotor, onde foram por ele amarradas, amordaçadas e molestadas. As vítimas contam que foram ameaçadas pelo promotor para não con-tarem o ocorrido. Depois de vir a público o caso, as duas crianças sofreram bullyng na escola, onde eram chamadas de as “estupradinhas”.

Antes do crime, segundo as vítimas, o promotor se aproximou da família delas “oferecendo leite e chuchu”. O advogado da acusação, Assis Costa, disse que o promotor arquitetou todo o

plano. “Começou a agradar a família”, conta.

A condenação do promotor, inédita no País, aconteceu por ampla maioria. Ele foi considerado culpado por 14 dos 15 desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Ceará, no qual nunca um promotor havia se sentado no banco dos réus. Ainda cabe recurso.

O pleno do Tribunal, ins-tância máxima da Justiça no Estado, também requereu a perda do cargo público do promotor e a cassação da carteira da Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB). Somente o primeiro pedido foi acatado pelos desembar-gadores.

A mãe de uma das meni-nas desabafou: “Eu tô muito feliz. Foi feita a justiça de Deus e dos homens. A gente

mesmo pobre teve a vitória da verdade”, afirmou emo-cionada, a mãe de uma das meninas. A dona de casa disse, ainda, que a família vai poder viver aliviada, depois de quase sete anos de sofri-mento. Ela e as duas vítimas, que tinham nove anos na época do crime, assistiram a todo o julgamento.

O Ministério Público Esta-dual (MPE) entrou com um pedido de condenação por atentado violento ao pudor, já que o crime foi cometido em 2005, antes da nova lei do estupro, de 2009. No entanto, o relator do caso, o desem-bargador Fernando Ximenes, entendeu que a “culpabilida-de do réu é grave e evidente” e redigiu a sentença com base no artigo 217-A da nova lei (estupro de vulnerável).

A prisão do promotor só

pode ser realizada após a publicação da sentença no Diário da Justiça (DJ). A decisão poderia ter sido pu-blicada no dia do julgamento, mas foi adiada para o início da próxima semana. O réu foi condenado com recurso des-provido de efeito suspensivo. Ou seja, pela perplexidade

do crime, não existe argu-mentação legal que impeça a prisão imediata. O advogado da defesa, Cleiton Marinho, informou que deve entrar com um recurso assim que haja a publicação. “Jamais vamos aceitar esta decisão”, informou.

O procurador-geral da Re-pública, Roberto Gurgel, defendeu nesta sexta-feira 3/8 a prisão imediata dos réus que forem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do men-salão. Ele pediu a condenação de 36 réus.

“A Procuradoria-Geral da República requer desde já a expedição de mandados de prisão imediatamente após a sentença”, disse Gurgel. O pedido visa evitar que embar-gos de declaração atrasem o cumprimento da pena. Ele destacou que não cabe recur-

so do mérito da decisão que vier a ser tomada pelo STF.

Gurgel afirmou ter obtido “todas as provas possíveis” e destacou que o escândalo aconteceu entre quatro pa-redes dentro do Palácio do Planalto, fazendo referência ao ex-ministro José Dirceu. “O Ministério Público só não conseguiu provas impos-síveis”. Afirmou ainda que “jamais um delito foi tão far-tamente comprovado” e que o julgamento é “histórico”.

O procurador aproveitou ainda para dizer que foi ví-tima de ataques “grosseiros

e mentirosos” desde que apresentou as alegações fi-nais ao processo mantendo as acusações contra quase a totalidade dos réus. “Foi tudo para constranger e intimidar o procurador”. Afirmou que este comportamento é “ina-ceitável” e “inútil”. “Não nos intimidaremos jamais”.

Ele encerrou a sustentação oral com uma citação ao compositor Chico Buarque, notório simpatizante do ex--presidente Lula. “Dormia a nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraí-da em tenebrosas transações”.

INÉDITO NO PAÍS

INÉDITO NO PAÍS

Negado habeas corpus a Gilberto MoitaA 2ª Câmara Criminal

Justiça do Ceará (TJCE) negou habeas corpus para o empresário Gilberto Moi-ta, suspeito de fraude em licitação no Município de Santana do Acaraú, a 249 km de Fortaleza. A decisão teve como relator o desem-bargador Francisco Darival

Beserra Primo.A defesa ingressou com ha-

beas corpus alegando falta de fundamentação e ausência de demonstração da necessida-de da prisão. Gilberto Moita foi preso em 28 de junho.

A denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE) afirma que o empresário

fazia parte de esquema que utilizou “empresas fantas-mas” para ganhar processo de licitação da Secretaria de Educação do Município, em 2010. Segundo o Ministério Público, o grupo também atuou em outras 13 cidades do Interior do Estado, ge-rando contratações ilícitas

em valor superior a R$ 12 milhões.

Nessa segunda-feira (30), ao analisar o caso, a 2ª Câma-ra Criminal negou o pedido de liberdade provisória. Para o relator, a decisão está fun-damentada.

GERAL

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PACAJUS

MUTILAÇÕES

Espiritualidade)Oração e trabalhoGeovane Saraiva

Comemoramos no dia 11 de Julho São Bento. Bento quer dizer benção, quer dizer bendizer, aben-çoar. “Toda benção vem de Deus, Senhor da vida, da história e da criação e dele depende a pessoa humana, os animais, a natureza e toda realidade que existe no universo” (cf. Gn1, 22ss). Benção é considerada como uma manifestação da força divina e que passa de pai para filho, pela palavra transmitida e mesmo pelo gesto das mãos. Olhemos para Jesus em chamar para si as crianças e as abençoar (cf. Mc 6, 41).

É por aí que devemos olhar para São Bento. Ele nasceu em Úmbria, na Itália (480-547). Estudou na cidade eterna e tornou-se uma figura humana extra-ordinária, que marcou e influenciou em profundida-de os destinos da humani-

dade, ao escolher o Senhor por sua herança e sua taça, consciente de que lhe coube por sorte uma boa parte; sim, o mais belo e o que há mais maravilhoso, a eterni-dade (cf. 15, 5).

Bento vai para a gruta de Subiaco, reunindo um gru-po de fiéis seguidores, com o desejo viverem a partir do Evangelho, fazendo uma rica experiência do amor de Deus, indo mais tarde para o Monte Cassino. Não existia até então na Europa, ao contrário do Oriente, instituições com uma força mística dessa natureza. São Bento sentiu-se inspirado e motivado para a contem-plação e o tempo de solidão naquele lugar apropriado e sagrado, Subiaco, foi preciosíssimo e fundamen-tal no seu projeto de vida, à luz da Palavra de Deus.

São Bento deixou para trás sua casa, seus bens e

sua família, com uma única vontade: experimentar e fazer a vontade de Deus, buscando um estilo de vida e de santidade, pela oração e pelo trabalho, que escolheu como lema: “ora et labora”, tornando-se um cristão por excelência, na compreensão da Palavra de Deus, convicto de que a mesma tinha que ser vivida em profundidade na comu-nidade.

O Monte Cassino foi o local sagrado e de fato próximo da glória de Deus. Lá construiu o histórico mosteiro e escreveu a sua regra de vida, difundida em muitos países da Europa, valendo o título de patriarca do Ocidente. “ÓDeus, que fizestes o abade São Bento preclaro mestre na escola do vosso serviço, conce-dei que, nada preferindo ao vosso amor, corramos de coração dilatado no

caminho dos vossos man-damento” (Missal Romano, p. 616).

No cume de um lugar santo e abençoado, lugar de Deus (cf. Mt 5, 1ss), edificou o Mosteiro, consi-derado um centro de irra-diação da vida monástica, na contemplação, na oração e na meditação, realizou o sonho ideal da vida consagrada, vivendo em comunidade a Palavra de

Deus, sob o comando de um mestre espiritual, o abade. Esse jeito de viver cresceu de tal modo, que duzentos anos mais tarde, a regra São Bento vigorava em toda a Europa, eliminando prati-camente todas as demais formas de vida consagrada.

São Bento foi e continua sendo uma benção e um patrimônio para todos nós cristãos. Que ele nos inspi-re, na nossa realidade atual,

com seus desafios e suas exigências, a vida cristã, com equilíbrio, conscientes de que somos chamados, através do trabalho e da contemplação da Palavra de Deus, a encontrar Jesus, nosso Mestre. Numa pala-vra, colocar na nossa mente e no nosso coração o lema de Bento de Núrsia: – “ora et labora”.

F. Silveira Souza(advogado e escritor)

Afonso RochaMP alerta sobre volume de som nas eleições

Ex-médico condenado a indenizar 175 pacientes

ARTIGO

O Brasil já teve bravos bandeirantes que se aven-turavam floresta adentro, enfrentando índios, ani-mais ferozes, rios e casca-tasà procura de diamantes e pedras preciosas. Agora temaudazes caminhoneiros que, por estradas ínvias e esburacadas, transportam pessoas e mercadorias rumo ao desenvolvimento. Um he-rói desse novo bandeirismo chamava-se Afonso Rocha. Viveu no tempo das estra-das carroçáveis. Natural de Granja,era filho adotivo de Viçosa, ali constituindo família.

Ao longo dotrecho rodo-viário (342 km) que liga Viçosa a Fortaleza, em cada hotel ou pousada continua presentea lembrançadomo-torista Afonso Rocha.Dono do único veículo a serviço dos viçosenses que deman-davam a capital entre 1945 e 1970,Afonso era um cara legal, um boa praça que pri-mava por ajudar o próximo, sempre dando um jeitinho para não deixar passageiro à margem da estrada. Ami-go até dos que não podiam

pagar apassagem, seu maior prazer era desincumbir-se das encomendas que lhe eram confiadas, mormente se objetivavam o progresso de Viçosa. Também tempe-ramental, repelia qualquer reclamação injusta de seus passageiros, muitos elogian-do suas “paradas federais”, pois seguia à risca a legenda do para-choque de seu três--boléias: “Comigo a parada é federal”.

Quando o carro chegava, toda Viçosa se alvoroçava, cercando o veículo que para-va defronte a casa do Silvino Holanda. O comentário era um só: “O Afonso chegou”.Aliás, certa feita, tão logo chega o carro do Afonso, desceu uma senhora toda emperiquitada, um exótico penteado, rosto e lábios bem pintados, vestido sofisticado e de várias cores. Desfilando faceira pela Praça da Matriz foi alvo do seguinte comen-tário da Nenzinha do Chico Hortênsio:

- Vixe, menino, o carnaval chegou foi cedo...

Partindo de Viçosa às ter-ças-feiras e regressando às

sextas, por estradas péssimas (areia, buracos e atoleiros), o próprio Afonso guiando, quando não passava o vo-lante ao Zé Porqueira ou ao Mané Esperto, seu misto vencia a longa distância numa missão penosa mas eficiente, destarte credora dagratidão viçosense.

Afonso Rocha, hoje nome de ruaem Viçosa, continua na recordação dos estudan-tes, comerciantes e de quan-tos iam a Fortaleza ou dela voltavam. Ajudou também pequenos negociantes que levavam frutas, galinhas e ovospara comercializar na capital.

Em Viçosa, na década de 1950, havia a primeira (eli-te) e a segunda (operários). Emboraparente do Deputado Tonico Rocha e do gerente do BB Totó Rocha, Afonso sempre optou pela segunda que brincava carnaval no Teatro Pedro II. À frentedo bloco “Turmado funil”, de boné ou fantasiado de pirata, Afonso era o mais animado a adentrar o Teatro, pulando e cantando “Tem nego bebo aí?”. Bons tempos aqueles!

O Ministério Público do Estado do Ceará, através do promotor de Justiça da comarca de Pacajus, Ythalo Frota Loureiro, expediu recomendação aos partidos políticos para que evitem realizar qualquer atividade com níveis de ruídos sonoros acima dos parâmetros legais.

O promotor também re-comendou ao comandante

da Polícia Militar, ao co-mandante do Batalhão de Policiamento Comunitário e ao delegado de Polícia Civil da cidade, que, a partir de então, determine a apreensão de qualquer aparelhagem de som de propaganda eleitoral, em locais públicos ou não, fechados ou não, em volume excessivo.

A recomendação indica

também que as autorida-des não devem proceder a entrega ou devolução da aparelhagem de som e/ou veículo de propaganda elei-toral apreendidos, quando não for possível retirar o equipamento, senão por após manifestação do Ministério Público.

O ex-médico Alberto Jor-ge Rondon de Oliveira, 55, foi condenado a indenizar 175 pacientes que sofreram mutilações após serem sub-metidas a cirurgias plásticas. O caso aconteceu em Mato Grosso do Sul no final da década de 1990.

À época, Oliveira, que não tinha especialização nem era habilitado a realizar as

cirurgias, foi apelidado de “o monstro do bisturi”.

A decisão foi tomada no dia 26 de julho, mas só foi divulgada na segunda-feira. Ela reformou uma decisão anterior, que havia condena-do apenas o CRM (Conselho Regional de Medicina) de Mato Grosso do Sul pelos danos materiais, morais e estéticos que as vítimas

sofreram. Segundo o Mi-nistério Público Federal, o CRM havia sido omisso ao não fiscalizar as atividades de Oliveira.

O valor das indenizações vai depender de perícias realizadas nas pacientes. To-das elas haviam passado por cirurgias de mama, abdômen e correção de pálpebras com o ex-médico.

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ARTIGOs

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ir ao banheiro, lentamente. Curativo com compressas ge-ladas intermitentes. À noite, colírio (Lacrima Plus) ou pomada oftálmica (Epitezan) para proteger o olho. Evitar baixar a cabeça ou fazer mov-imentos bruscos, para evitar hematomas. Dieta deve ser leve no final do dia. Medica-mentos tomados no hospital: Antibiótico ( Kefazol 1g EV de12/12h), Antinflamatório (Profenid 01 amp. EV de 12/12h), Analgésico (Tramal 01 amp. EV se tiver dor ). O paciente deve colocar com-pressas geladas, várias vezes ao dia, nos primeiros três dias, e tomar os medicamen-tos indicados: Antibiótico (Cefadroxil 500mg VO de 12/12h caixa com 8 comp.), Anti-inflamatório (Biprofe-nid 01 comp. VO de 12 em 12 horas.), Analgésico (Dip-irona ou Tylex 30mg VO se dor) e os usuais. Proteger a cicatriz, não coçar os olhos ou a cicatriz durante a pri-meira semana.Os pontos são retirados no quarto dia. E o tempo de recuperação é de sete a quinze dias. A cicatriz fica praticamenteimpercep-tível após um mês, escondida no sulco palpebral superior e no rebordo dos cílios na pál-pebra inferior.

Outros cuidados na Ble-faroplastia são as compressas geladas por três dias; a lim-peza da face e área dos olhos com soro fisiológico; o uso de creme cutâneo ( Vit.K e Arni-ca) nas equimoses; dormir de

decúbito dorsal (barriga para cima), e exercícios só após 1 mês; não pegar sol por no mínimo dois meses, usando o fotoprotetor 30 FPS diari-amente após quinze dias.

O edema diminui 50% com uma semana e 100% com um mês.Em caso de cicatriz alta, pode massagear por um minuto com o Creme de Rosa Mosqueta à 15% + Citrato de Tamoxifeno 0,1%; ou Tri-ancinolona à 0,5% + Hidro-cortisona à 0,5%. Em caso de cicatriz avermelhada, usar Kelo-cote gel duas vezes por dia.A cicatriz pode ficar ver-melha até seis meses. Neste caso, não se expor ao Sol e evitar crustáceo. Finalmente, retornar para revisões de um mês, dois, quatro e seis meses e um ano.

Esta cirurgia tem uma re-cuperação rápida para as atividades usuais, e se o paci-ente fizer uma boa manuten-ção após a cirurgia, usando cremes e evitando o sol, o resultado é muito duradouro. A satisfação é garantida, prin-cipalmente se não houver ex-ageros na retirada de pele, e uma harmonia com a face for mantida, que deve ser tratada com o dermatologista e feita a Ritidoplastia, quando ne-cessária.

Cuide bem dos seus olhos, pois se eles são as janelas da alma, as pálpebras são suas cortinas.

Uma cirurgia estética e reparadora que revitaliza o olhar, e retira aquele cansaço, que lembra alguém que aca-bou de acordar. Procurando, sem exageros, retirar o peso de alguns anos da face.

Com o objetivo de retirar o excesso de pele em pálpe-bras superiores e inferiores, além de retirar as bolsas gordurosas, que com a idade tornam-se abauladas nos canto interno da pálpebra superior e na pálpebra infe-rior. Não existe uma idade recomendada, mas a partir dos quarenta anos a cirurgia já pode ser feita se houver in-dicação clínica. A anestesia é simples, local com uma leve sedação. A cirurgia dura em torno de uma hora e meia, e o paciente fica em torno de oito horas no hospital.

Como pré-operatório são necessários alguns exames de laboratório (Hemograma completo, Coagulograma, Glicemia, Anti-HIV op-cional, Exame de Urina); E.C.G. (eletrocardiograma) e Raio X de tórax P.A.(para maiores de 40 anos) e uma fotografia médica, que é feita antes, e após um ano da cirurgia. A avaliação com o olfalmologista, em casos de alguma queixa ocular prévia, é necessária. E nos casos onde existe muito excesso de pele nas pálpebras superi-ores é caracterizado a Ptose palpebral, sendo considerada uma cirurgia reparadora. Al-guns cuidados são necessári-os, como, evitar o cigarro,no mínimo, quinze dias antes da cirurgia; não utilizar medi-camentos com Ácido Acetil Salicílico ( AAS, Aspirina ) ou anticoagulantes, assim como Ginkobiloba, por 15 dias antes e 7 dias após a cirurgia.

No pós-operatório, o pri-meiro dia é de repouso no leito com a cabeceira elevada à 30 graus. Levantar só para

Carlinhos CachoeiraEmpresário acusado de contravenção

“Gostaria de fazer um bom debate com o Ministério Público, com todo mundo, mas devido à fase processual que houve hoje, melhor não falar”

Gazeta Saúde)Cirurgia de pálpebra- Blefaroplastia

Isaac Furtadocirurgião plásticoCRM-5243, RQE-1429

Há vários anos como colunista deste jornal, sempre abordando fatos que marcaram a história de Crateús, Flávio Machado tem se revelado no mundo das letras, como autêntico historiador, agora, com dois livros já publicados a partir de seus escritos nesta Gazeta. No último dia 21, nas dependências do CEJA Professor Luiz Bezerra, com expressiva presença de público, e de membros da Academia de Letras de Crateús (ALC), à qual pertence, Flávio Machado lançou CRATEÚS, LEMBRANÇAS QUE MARCARAM A HISTÓRIA, um livro ricamente prefaciado por sua esposa, profes-sora Lindalva Ferreira de Carvalho e Machado, com orelha do poeta Raimundo Cândido Teixeira Filho, membro da ALC, riquíssimo em conteúdo histórico de nossa terra. Vale a pena conferir.

Flávio Machado exibe seu segundo livro publicado

Flávio autografa livro para a empre-sária Sônia Linhares Freire

Flávio e suas filhas Edite e Larissa

cuLTuRA

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Terça-feira, 31 de julho de 2012

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A judoca Sarah Menezes (foto) ainda não conseguiu dormir depois das vitórias de ontem (28) em Londres. Aos 22 anos de idade, foi a primeira brasileira a con-quistar uma medalha de ouro dessa modalidade em Jogos Olímpicos.

Além disso, quebrou um jejum de 20 anos desde a última vez que o judô nacio-nal subiu ao lugar mais alto do pódio olímpico, o que aconteceu nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, com Rogério Sampaio.

A emoção que impediu o sono da grande campeã olím-pica, de 1,54 metro e 48 qui-los, nascida em Teresina, tem

motivos além da medalha. Ela disse que falou apenas rapidamente com os pais por telefone, depois da última luta, mas prevê que o feito “vai mudar completamente” sua vida e a de sua família.

Sarah Menezes quer incen-tivar os mais jovens a praticar o esporte na capital piauien-se. “Pretendo, depois dessa medalha, montar um projeto social para que apareçam no-vos talentos. Penso em ajudar as pessoas que estavam ao meu redor, no momento que mais precisei”.

A judoca também fez um agradecimento especial ao seu técnico, Expedito Falcão, um dos principais motivos

para não ter deixado o Piauí pra treinar em outro centro. “Quem sempre acreditou em mim foi meu treinador, Expedito. Então, nunca saí de Teresina porque sempre foi ele quem mais acreditou nesse sonho, e eu acabei so-nhando com ele”.

Ela também destacou o trabalho psicológico feito desde os Jogos Olímpicos de Pequim, quando foi der-rotada na primeira luta, com apenas 17 anos de idade. “O que mais é preciso trabalhar nos atletas é a parte mental mesmo”, disse.

Para os próximos meses, a estudante de Educação Física, que teve que trancar

a faculdade por conta dos treinamentos para os jogos, disse que não pensa em trei-

nos e lutas. “Não quero saber de judô agora, não. Quero estudar, voltar pra faculdade

e estudar inglês. É muito ruim viajar o mundo e não conseguir conversar”.

Luiz Inácio Lula da SilvaEx-presidente da República se referindo ao candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB de José Serra

“Vamos ter de enfrentar nossos adversários, que são os tucanos. Estou vendo nosso adversário dizer que a competência vai vencer o novo”

Judoca medalha de ouro pretende montar projeto social em Teresina para revelar talentos

Marca dos jogos olímpicos é avaliada em U$ 96,1 biA marca dos “Jogos Olím-

picos” está avaliada em R$ 96,1 bilhões, o que a coloca atrás apenas da “Apple”, com valor de R$ 142,6 bilhões. A estimativa foi

feita pela consultoria Brand Finance. Em Pequim 2008, a marca era avaliada em R$ 51,3 bilhões - um cresci-mento de 87% em apenas quatro anos.

Muito desse crescimento foi puxado pelas receitas com a transmissão de tele-visão. Elas cresceram 51% e hoje são responsáveis por dois terços da renda dos

eventos em Londres. Os pa-trocínios representam 10% das receitas, reflexo da crise econômica mundial.

Ainda de acordo com a consultoria, a marca dos

Jogos vale mais do que a das empresas patrocinadoras dos eventos esportivos: -Sa-msung (R$ 77,2 bilhões), GE (R$ 67,1 bilhões), e Co-ca-Cola (R$ 62,8 bilhões).

EspORTE

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Por certo, ainda estão na lembrança da população de Crateús as intempestivas manifestações realizadas pelos movimentos grevistas em nossa cidade. Na época, por diversas vezes, afirmei em artigos publicados neste jornal e nas redes sociais, que todos estes movimentos tinham cunho político e vi-savam desestabilizar a admi-nistração pública e favorecer grupos políticos. As eleições de outubro estão próximas e constatamos que todos aque-les que fomentavam intrigas e assacavam mentiras, hoje são candidatos, não ficando de fora os sindicalistas que patrocinaram as greves dos professores. Os meios de comunicação acompanharam esses acontecimentos. No en-tanto, conhecida emissora de rádio local, cujos operadores de sua programação são filia-dos a partidos políticos, da-vam plena cobertura e e farto espaço a esses movimentos e difundiam, durante todo o dia, entrevistas intermináveis e longos depoimentos que reforçavam argumentos dis-torcidos dos que comanda-vam as greves. Movimentos grevistas sempre existiram,

mas não com esta intensi-dade e nunca tantas pessoas inocentes foram prejudica-das com o fechamento de escolas, invasão de prédios públicos, uso de alunos da rede municipal em passeatas, intromissão de politiqueiros e outros movimentos como o MST, denúncias infundadas, agressões pessoais, desres-peito às autoridades consti-tuídas, atos de vandalismo, invasão à Câmara Municipal e à Secretaria de Educação, e tantas outras cenas dantescas que identificavam os desor-deiros quem estavam por trás de tais movimentos e quais as reais razões que motivavam essas práticas.

No centro das agressões praticadas contra as auto-ridades, as instituições pú-blicas e, principalmente, a população mais carente, que necessita do serviço oferecido pelo município, destacou-se a secretária de Educação, professora Auri-neide Aguiar, que foi pública e covardemente caluniada e desrespeitada, com seus al-gozes chegando a distribuir, em passeatas, pelas ruas da cidade, panfletos altamente depreciativos e agressivos à

imagem desta servidora pú-blica e mãe de família.

Certa feita, em uma dessas caminhadas, ao passarem em frente ao comércio do Sr. Aguiar, marido de Auri-neide, entregaram-lhe tais panfletos, mesmo sabendo que o mesmo vive sob in-tensos cuidados médicos, o que lhe agravou problemas cardíacos de que é portador, fazendo-se necessária a sua remoção ao hospital, onde permaneceu por vários dias na UTI, enfrentando perigo de vida.

No ano de 2010, período em que permaneceu à frente da Secretaria de Educação, pessoas desses grupos entra-ram com dezesseis denúncias contra a secretária Aurineide e, a cada vez que formaliza-vam nos órgãos de justiça uma dessas denúncias, os políticos sindicalistas e os radialistas políticos propa-gavam, com todo o poder das ondas AM da tal emissora, o fato como ocorrido e julgado e a condenação como aconte-cida. Termos como hipócrita, mentirosa, despreparada, desumana e prepotente eram comuns ser ouvidos e esta situação se prolongou por

meses sem trégua, sem dó nem piedade.

Já foi dito que pessoas do bem não defendem a verda-de e nem se agrupam para defendê-la como o fazem as pessoas do mal em defesa das inverdades.

Na terça-feira dia 24 de julho, à noite, compareci a um culto de louvor e ação de graças a Deus, onde se fizeram presentes muitos amigos, em ato de solida-riedade a Aurineide e seu esposo Aguiar. Emociona-da, Aurineide relatou sua epopéia frente à Secretaria de Educação. No seu relato, percebeu-se a grandeza e a força desta mulher que sou-be, com dignidade, sabedoria e muita competência, con-duzir seu navio naquele mar bravio e tempestuoso. Das dezesseis acusações formais encaminhadas ao Ministério Público e à Justiça, nenhuma delas prosperou. Todas foram arquivadas por falta de pro-vas e de fundamento diante da lisura dos procedimentos administrativos praticados pela secretária. Hoje, figu-ram como réus, parte de seus algozes, em processos de danos morais por injúria,

calunia e difamação.Os resultados das denún-

cias encaminhadas ao MP e à Justiça podem ser sin-tetizados nas palavras do técnico vistoriador do MEC/SEED/DITEC/PROINFO, Washington Luiz Borges, em seu relatório final de visita: “As denúncias, para nós da equipe PROINFO, são de extrema importância e serão sempre bem-vindas e apura-das com seriedade e acuidade necessárias, entretanto, mais uma vez, tenho uma opi-nião, e apenas opinião (que a Constituição Brasileira me permite manifestar) de que nós nos deparamos com uma situação de denúncia em que seu real objetivo e intenção ficaram incógnitos, dada a falta de embasamento, cabimento e prévia busca de conhecimento das regras do Programa PROINFO, ou então, ao apelo de caráter po-lítico de oposição desmedida. Tenho apenas que lembrar a alta oneração provocada aos Poderes das Esferas Federal e Estadual neste caso.”

Deoclides Machado

A arte de enganarARTIGO

Sabe-se pelos registros históricos que o fenômeno da seca no Nordeste brasileiro ocorre em média a cada dez anos, podendo prolongar-se por dois, três, quatro e, mes-mo em caráter excepcional, até por cinco anos, como foi o caso de 1979 a 1983.

Até aí nada fora do normal. Vivenciamos no momento uma das piores secas dos últimos 40 anos. Secas de tal magnitude acontecem, segundo registros, de 40 em 40 anos. Não fossem as polí-ticas públicas, o microcrédito e os programas sociais do governo federal, como não estaria o Nordeste nesse mo-mento? Sem dúvida, estariam

os trabalhadores amargando a fome e nas humilhantes e condenáveis frentes de serviço.

Mas o que mais chama a atenção nesse triste episódio é que, em pleno Século XXI, parcela expressiva da popula-ção nordestina não tem água para beber e atender a outras necessidades humanas. E assim fica esse sofrido povo à mercê do carro-pipa. Isso sem falar na repetição da triste e antiga paisagem do solo rachado, da roça perdida e das carcaças de animais espalhadas pelos caminhos das zonas de criatório.

Contrastando com este cenário, ao mesmo tempo,

florescem na região, graças a vultosos investimentos, os complexos industriais e por-tuários: Itaqui, no Maranhão; Pecém, no Ceará; Suape, em Pernambuco; Camaçari na Bahia. Esses complexos abri-gam refinarias, siderúrgicas, fábricas de cimento, estalei-ros, montadoras de veículos, entre outras. Nada se tem contra essas iniciativas. Pelo contrário: são empregadores de mão de obra e geradores de renda. Contribuirão para melhores condições de vida à população, mais arrecada-ção de impostos pelo Estado a fim de que este ofereça ao vasto semiárido nordestino a indispensável infraestrutura

de convivência com a seca.E como explicar a falta

de destinação de recursos orçamentários à construção de grandes reservatórios para resolver o problema que afeta tanta gente no Nordeste bra-sileiro? É porque as classes menos favorecidas e menos organizadas politicamente não têm vez?

Embora não se possa negar que os últimos governos, tanto os estaduais quanto o federal, registraram avan-ços formidáveis realocando verbas para viabilizar pro-gramas sociais garantindo a universalização de demandas básicas para melhoria da vida dos nordestinos, é chegada a

hora de acabar de uma vez por todas com essa vergonha nacional de uma grande parte da população brasileira ficar sem água para beber e para salvar o pouco capital de que dispõe para sobreviver: o ro-çado e os animais de criação.

É ilusório alimentar espe-ranças de que esse quadro se resolva logo – somente de cima para baixo - ainda mais se a massa desfavorecida continua impassível olhando o céu na esperança da chuva.

Outros sim, há a necessida-de de uma luta incessante do povo que sofre, da sociedade civil, dos políticos, enfim, de todos que desejam viver e conviver em uma socie-

dade menos desigual e mais humana.

Hoje é consenso mundial o conceito de segurança alimentar.

Por que não lutarmos pelo de segurança hídrica? Sem água não tem alimento e, consequentemente, não é possível a segurança ali-mentar.

Portanto, é URGENTE a conclusão das obras de trans-posição das águas do Rio São Francisco. Somente assim, teremos a garantia de águas para todos no Ceará.

Eduardo Aragãos | Eng.º Agrônomo e Economista com mestrado em Economia Rural

Gazeta no Gampo

Falta de água - vergonha nacional

Primeiro transplante de ovário do país é realizado no ParanáO primeiro transplante de ovário do Brasil foi realizado no sábado (28), em Maringá (PR). Na cirurgia, uma parte do tecido do ovário da nutricionista Elisa Gerep de Morais, 29, foi transplantado em sua irmã gêmea, a turismó-loga Mariana Gerep de Morais.Outra parte do tecido será preservada para o caso de um novo trans-plante.

COMISSÃO DA VERDADE: Colaboração com comitês estaduaisA primeira reunião da Comissão Nacional da Verdade com repre-sentantes de comitês estaduais de memória e verdade terminou com cobranças da sociedade civil e o compromisso do coordenador do co-legiado, ministro Gilson Dipp, de que o trabalho entre a comissão nacio-nal e os grupos locais será complementar.

ARTIGOs

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Terça-feira, 31 de julho de 2012

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Luiz Inácio Lula da SilvaEx-presidente da República

“Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento”

Rangel Cavalcante

Ainda dá tempoARTIGO

Oportunidade de Negócio

Vende-se casa dúplex recém-construída, no local mais valorizado da cidade, com 3 suítes (uma com varanda), gabinete, banheiro social, varanda, jardim gramado, garagem, área de serviço, quintal com piso cerâmico, porta principal e ja-nelas em vidro fumê, piso em porcelanato nos dois pavimentos, ampla sala de estar e cozinha, dispensa, túnel de ventilação, 4 banheiros com boxes em vidro fumê, escada e soleiras em granito preto, corrimão em

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e textura. Recebe-se imóvel de menor valor (terreno/casa) e carro. Tratar pelos fones: (88)3692.3810,(88) 9249.4157,(88) 8855.8392 e (85)9909.8296.

CASA DÚPLEX NOVA

Júlio César Cardoso

Quadrilhas explodem caixas eletrônicos

ARTIGO

Está faltando no país de-terminação de nossas auto-ridades públicas para que seja aplicada tolerância zero contra esses terroristas que desestabilizam a vida de nossa sociedade. A onda de assaltos truculentos às agências bancárias e ter-minais se disseminou pelo Brasil sem que até agora medidas combativas e pu-nitivas implacáveis tenham sido adotadas por todas as autoridades constituídas: governo federal, estadual e municipal.

O Brasil atravessa um momento delicado em que todas as espécies de margi-nais - desde aqueles que se escondem sob o mandato eleitoral, ou sob a toga da Justiça, ou sob a guarda dos direitos humanos - gozam da leniência, da brandura e da complacência de nossas pusilânimes leis penais, que não são devidamente puniti-vas, quando deveriam sê-las, aos recorrentes casos de barbáries ou violência contra pessoas, bens públicos ou privados.

O que se vê é a quanti-dade de regalias atribuídas aos presos brasileiros, que

logo estão em liberdade ou são liberados por falta de espaço nas penitenciárias. E pasmem, a nossa Justiça garante ao preso até o direito a visitas íntimas.

O Brasil está transformado em um faroeste, lembrando os filmes americanos, em que bandidos mascarados assaltavam as carruagens e casas bancárias, mas não eram tão cruéis. É preciso que o Governo Federal, o Congresso Nacional e o Judiciário tenham posicio-namentos republicanos para defender a sociedade e as nossas instituições diante do quadro de insegurança por que passa o país. Os casos de ataques com requintes de crueldadecontra os termi-nais de agências bancárias recrudescem pelo Brasil sem nenhuma resposta de enfren-tamento de nossas autorida-des que possa intimidar essas quadrilhas.

O problema não é de de-semprego porque há muitas famílias desempregadas que não vão para a criminalida-de. Aliás, o delinquente de hoje se veste muito bem e não demonstra resquícios de pobreza. O que existe

são quadrilhas organiza-das, formadas dentro e fora dos presídios, capazes de comprar a dignidade de um policial mal remunerado, de pagar advogados corruptos para fazerem suas defesas, além de não encontrarem uma organização de repres-são penal forte que coloque na cadeia por muitos anos esses malfeitores da socie-dade, sem regalias e com atividades de trabalhos nos presídios para custear as suas despesas carcerárias. Falta tolerância zero contra essa bandidagem.

Para fazer jus a regimes mais leves, o preso deveria cumprir mais tempo de pena no regime fechado. Neste sentido, os Estados Unidos aprovaram em 1987 uma lei federal que exige que todos os presos por crime violento cumpram ao menos 85% da pena. O anteprojeto do novo Código Penal aumenta de um sexto para um terço o tempo mínimo de bandidos violentos na cadeia. Somos benevolentes demais com os nossos criminosos cruéis, quando estes deveriam per-manecer mais da metade da pena na cadeia.

O secretário de polícia de São Paulo não estava brin-cando quando disse que o seu estado vive a escalada da violência. Só que mini-mizou o mais grave proble-ma que aflige a sociedade brasileira. É o Brasil inteiro que está à mercê do crime. Nunca na história deste país se viu tanta gente matan-do, assaltando, estuprando, sequestrando, furtando ou roubando.Pesquisa desta semana mostra que quase 70 por cento dos moradores de Brasília mudaram seus hábitos e a maioria não sai mais de casa à noite, com medo dos bandidos que tomam conta das ruas e quadras da capital do país. Quando será que os nossos governantes, legisladores e magistrados vão acordar, iniciando uma ação compe-tente e imediata para mudar esse quadro? Nesta semana, aqui, um cidadão matou outro, apresentou-se à dele-gacia de policia, confessou o crime, pagou uma fiança e, como não foi preso em flagrante, foi para casa como

se nada tivesse acontecido. Isso acontece todos os dias, principalmente nos crimes de trânsito. A toda hora a policia “apreende” menores matando, traficando, seques-trando, violentando, e logo depois eles são soltos porque a lei não permite prender “di menor”. O nosso bandido mirim é intocável. Lembra até uma versão deturpada do famoso conto de Malba Tahan, “A Corda de Areia”. O Brasil precisa acordar. E logo. Ou se promove de imediato uma ampla refor-ma nas nossas leis penais e processuais, e até na Consti-tuição, ou logo chegaremos à anarquia total. É preciso acabar de pronto com o ex-cesso de mimos a bandidos, principalmente aqueles que os livram de cumprir as pe-nas a que são condenados. Por que bandido tem direito a “saidinha” no Natal, no Ano Novo e outras datas? No Dia das Mães goza da folga até quem não tem mãe. Por que só se cumpre um sexto da pena quando se mata alguém? Por que rico não

vai para a cadeia? Por que tanto recurso e tanto artifício em favor dos criminosos? E – essa a pergunta maior – por que não se faz nada? Na verdade, não devemos alimentar muitas esperanças de que a maré do crime seja contida. Pode-se esperar leis que botem bandido na cadeia emanadas de um Congresso que tem mais de um terço dos seus integrantes pro-cessados ou envolvidos em inquéritos criminais? Eles são em número suficiente para impedir a aprovação de qualquer emenda cons-titucional. Será que existe alguma esperança? Existe. A única saída está no voto.

É só o povo brasileiro criar vergonha na cara e apreender a votar em gente séria, extir-pando da sua fonte de leis os maus elementos, os corrup-tos, os fichas-sujas. Não há outro caminho. Ainda neste ano temos uma primeira chance, a de limpar a área municipal. Mais dois anos, as eleições gerais. Mas será que os bandidos vão deixar você vivo até lá, para votar?

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Explosão que destruiu agência bancária em Tamboril

Implante DentárioRua Firmino Rosa, 1088 - Tel.: 3691.0700 / 3691.3057

Crateús - Ce

ARTIGOs

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O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –SEBRAE-CE, por inter-médio do seu Escritório Re-gional de Crateús, realizou, no último dia 30/07/12, em parceria com a UNICRED e a Prefeitura Municipal de Crateús, a palestra SEMI-NÁRIO DE COOPERATI-VISMO DE CRÉDITO , que teve a participação de vários empresários da cidade e da região, além de autoridades locais e convidados

O Seminário apresentou duas importantes palestras:

A primeira delas com o tema, UNICRED - os bene-fícios de participar de uma cooperativa de crédito - foi desenvolvido em palestra proferida pelo médico José Wellington Rodrigues, dire-tor da UNICRED e da UNI-MED de Crateús. Em que pese ser um grande adminis-trador, Dr. José Wellington é também um dos mais con-sagrados clínicos da cidade de Crateús e estudioso do cooperativismo.

A segunda temática do seminário prosseguiu com

o consultor credenciado do SEBRAE, Rosier Alexandre, na abordagem de PLANE-JAMENTO – os detalhes que fazem a diferença.

O seminário alcançou grande êxito pela aborda-gem dos dois temas e pelo valor individual de cada palestrante.

Observação: Pessoas dese-josas de conhecer o consul-tor Rosier Alexandre, bastam acessar o site: www.rosier.com.br

SEBRAE promove seminário de cooperativismo de crédito

Participantes do seminário de cooperativismo de crédito

Escassez de milho preocupa setor

BB convoca para regularização

Os produtores do Ceará estão aflitos com a redução do estoque de milho, insumo necessário para atividades como bovinocultura, avicul-tura, suinocultura e caprino-cultura. De acordo com o presidente da Federação da Agricultura do Ceará (Faec), Flávio Saboya, a situação já foi relatada por diversas vezes a órgãos como a Su-dene. “O estoque de milho no Ceará está praticamente zerado. Nós já vínhamos comunicando essa situação há cerca de um mês, tanto à Sudene, quanto a outras autoridades. A situação se agravou nos últimos dias, quando a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) suspendeu a venda de milho em balcão”, afirma.

Conforme Saboya, a venda em balcão é de suma impor-tância, principalmente para os produtores de menor por-te, que não têm condições de

importar o milho de outros estados e podem comprar o produto da Conab por um preço menor. “No mercado local, a saca de 60 quilos de milho é vendida por cerca de R$ 30,00. No balcão da Conab, o valor gira entre R$ 18,10 e R$ 21,00”, diz, acrescentando que o Ceará precisa de 30 mil toneladas de milho por mês.

Falta de transporteO titular da Secretaria de

Desenvolvimento Agrário (SDA) e presidente do Co-mitê de Combate à Seca, Nelson Martins, afirma que o maior problema é a che-gada do milho ao Nordeste. “Quando o Ministério da Agricultura faz licitação para contratar transportadora para trazer o milho para cá, a licitação fica deserta. As transportadores preferem le-var o milho para exportação nos portos, de onde retornam

com outros produtos”, conta.O secretário acrescenta

que a situação será apre-sentada ao governador Cid Gomes em breve, a fim de que ele possa conversar com o governo federal para solu-cionar o problema. “Espera-mos encontrar uma solução rápida, pois é uma questão de emergência. Podemos pedir ao Ministério a dispensa de licitação e encontrar alguma transportadora do Estado que traga o milho para cá”, afirma.

Outro problema, segundo Martins, é que a Conab pos-sui apenas nove armazéns no Estado. “Estamos traba-lhando, em parceria com a Conab, com as prefeituras e com a Ematerce, para am-pliar o número de armazéns. Vamos abrir unidades em ci-dades como Quixeramobim e Lavras da Mangabeira”, diz.

Brasília. Os produtores rurais que têm dívidas ven-cidas com o Banco do Brasil (BB) até 30 de junho deste ano estão sendo chamados para renegociar os débitos em condições especiais até o final do mês de setembro, segundo informou gerente executivo da Diretoria de Reestruturação de Ativos do BB, OldemirSennerGeng.

Geng disse que há em torno de 250 mil contratos inadimplentes, com os mais distintos valores possíveis, muitos deles já renegociados no ano passado, de modo que fica difícil estimar um valor total passível de rene-gociação. Ele ressaltou, no entanto, que é um número significativo, uma vez que oportunidade semelhante,

oferecida em 2011, recalcu-lou dívidas no total de R$ 2,3 bilhões.

O gerente executivo ex-plicou que as condições de agora são melhores do que as do ano passado, pois além de juros menores épossível flexibilizar o percentual de entrada mínima para renego-ciação, que era 20% e agora cai para 10%, e parcelar o débito em até dez anos. Quanto maior a entrada, melhores as condições para

recálculo dos encargos fi-nanceiros. De acordo com o gerente do BB, as operações serão analisadas caso a caso, em razão da diversidade de situações e da existência de dívidas de agricultores que não são mais clientes do ban-co. Segundo Geng, qualquer que seja a situação, o BB tem interesse em fortalecer o relacionamento com a pro-dução rural e contribuir para que seus agentes mantenham a atividade produtiva.

PECUÁRIA

DÍVIDA RURAL VENCIDA

VÍRUS H1N1: Região Sul registra 153 mortesA Secretaria de Saúde do Paraná confirmou a ocorrência de mais oito mortes de pacientes com o vírus Influenza H1N1. A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul também informou mais uma morte. Com isso, sobe para 153 o total de mortes este ano pela doença na Região Sul.

GERAL

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Márcio Thomaz BastosEx-ministro da Justiça e advogado de José Roberto Salgado, um dos réus do Mensalão

“O Supremo não pode julgar quem não tem direito a foro especial”

EscRAcHAnDODom Eugênio Sales

Agora, morreu o cardeal Dom Eugênio Sales, único líder da Igreja Católica no Brasil que foi sempre amigo de todos os presidentes-ditadores e nunca teve qualquer gesto de crítica ou resistência aos generais protetores de torturadores. Pelo contrário, adulava. E a TV Globo resolveu cometer a brutal fraude histórica de tentar transformá-lo em um Marighella de Batina.

Forjaram uma história ridícula e escandalosamente mentirosa, por ele repetida antes de morrer, de que teria recebido, abrigado, escondido, impedido de serem presos e encaminhado para o exí-lio cinco mil jovens brasileiros e latino-americanos procurados e perseguidos pelas ditaduras. Só no Rio e em São Paulo centenas de dedicados e valentes advogados protegeram e defenderam perse-guidos pela ditadura. E nenhum jamais ouviu falar em só desses cinco mil (!) acolhidos por Dom Eugênio. (Sebastião Nery – Jor-nalista)

HildeNa hora em que o Governo

Dilma cria a Comissão da Verdade exatamente para que essa dolorosa história seja contada sem fraudes, é preciso impedir que mentiras com essa prosperem. Como foi forjada pela Globo, a “grande imprensa”, associada ou acovar-dada, cala-se.

A valorosa Hilde (Hildegarde Angel) desmascarou: Em seu blog, ela conta que, procurado por ela e a saudosa mãe Zuzu Angel, Dom Eugênio “fechou-lhes os ouvidos e os portões do Sumaré”, negando-se sequer a recebê-las. E a família do bravo e inesquecível Rubem Paiva foi recebida?

Quantas centenas de familiares

de presos e desaparecidos procu-raram Dom Eugênio, esperando ao menos uma palavra e ele batia a porta na cara? E os sacerdotes do Rio que ele perseguiu com seus sermões e posições? Na época, denunciei dores inapagáveis. Era um pastor ou um impostor? (Se-bastião Nery – Jornalista)

O mundo da honestidade é dos doidos

Segundo os cientistas, existe uma sintonia imensa entre gênios e doidos. Não me causa constran-gimento e/ou abatimento algum ser chamado, por alguém deso-cupado profissionalmente e/ou destemperado, de doido. Ficaria deveras desmoralizado e abatido caso alguém se referisse a minha pessoa como corrupto, improbo, oportunista, faltoso às atividades políticas, megalomaníaco, traidor, etc. Estou no sexto mandato con-secutivo na Assembleia Legisla-tiva, sem nunca ter perdido uma eleição, nem tão pouco ter sido trazido para a Assembleia pelas mãos generosas do governador de então, Tasso Jereissati, que foi apunhalado traiçoeiramente pelos Judas Escariotes que estão no poder. Sou tido pelas pesqui-sas feitas pelo Anuário do Ceará sempre como um dos cinco mais influentes parlamentares da As-sembleia Legislativa e nunca me prestei a “lamber botas” do pre-sidente Lula da Silva ou de quem está no poder, transferindo título eleitoral como capacho serviçal da pior qualidade e levando carões e gritos públicos. Por isso, VIVA A MINHA DOIDEIRA! (Fernando Hugo – Deputado estadual-CE)

Tortura e impunidadeAs imagens de um preso tortura-

do até à morte numa delegacia de Porto Seguro, Bahia, estarreceram as consciências sensíveis. É um

absurdo que isso ocorra em pleno Estado Democrático de Direito. Mas, a verdade nua e crua é que a tortura continua sendo empregada impunimente pelas polícias. Isso acontece porque os torturadores dos presos políticos, durante a di-tadura, não foram punidos quando a Democracia voltou. Estes, por sua vez, só agiram assim porque ao fim do Estado Novo (ditadura getulista) os seus predecessores igualmente haviam sido deixados impunes. Inclusive o chefe deles – Felinto Müller – morreu como senador incensado pela Repúbli-ca. As elites que apoiaram ambas as ditaduras ficam eriçadas quan-do se fala em punição para esses criminosos, qualquer tentativa é considerada “revanchismo”. (Valdemar Meneses – Jornalista)

Perdendo a graça e a confiança

Fica cada vez mais difícil o povo comum entender as filigra-nas da Justiça, seja a eleitoral, a dos tribunais de contas, as plenas e etc. e coisa e tal. O eleitor mais simples não consegue raciocinar como é que um juiz manda botar um prefeito pra fora da prefeitura e uma hora depois um superior a esse juiz, manda a figura voltar. Muitas vezes, o próprio, que man-dou sair, manda a figura voltar. E fica no ar o que se chama de guerra de liminares, a meu juízo um desrespeito às regras estabe-lecidas entre nós e os julgadores; nós pagamos nossos impostos embutidos até na simples pitada de sal do nosso ovo cozido para pagar o salário de juízes, promoto-res, desembargadores, ministros, supremos e tal, com a ideia de que juízes e juízas cumpram os seus deveres de limparem da vida da gente a escória que mete a mão no dinheiro público, peculato pós--peculato e dá em nada. Ali tem

um irmão que vira vice e assume a melada que o irmão titular fez.Acolá, o genro protege o sogro acusado de malfeitos. Bem ali, o cunhado do primo da gostosa doméstica lá de casa, que quebra meu galho quando a patroa viaja, sai candidato a candidato à ficha suja. E o bem não vence nunca. A política brasileira é o oposto da Liga da Justiça. Contra os Super--Heróis nem o Pinguim, nem a Abelha Rainha, jamais tirarão lei-te com espuma, já aqui... (Macário Batista – Jornalista)

Bom negócioEntendem porque é um bom

negócio ser dono nacional de estadual de um partido nanico. Além da chance de traficar o tem-po da sigla no horário hgratuito, ainda há o financiamento público através do Fundo Partidário, essa incrível invenção nacional onde o contribuinte paga a conta de muitos espertalhões. Vejam o caso do insignificante PMN. A sigla só tem um deputado federal, mas abocanhou em 2011 a bagatela de R$ e,46 milhões do Fundo Parti-dário. O tal do PTC, que rendeu recentemente polêmica em Forta-leza por causa dos seus menos de 30 segundos na TV, recebeu a fatia de R$ 2,07 milhões e tem também um só deputado. Outra: o PTdoB, com três deputados deferais, levou R$ 1,13 milhão. (Fábio Campos – Jornalista)

FuzilamentoOs meios que fizeram o maior

escarcéu para derrubar a ex-minis-tra Erenice Guerra, acusando-a de corrupção, deram agora uma no-tinha quase invisível do veredicto da Justiça sobre a inexistência das irregularidades denunciadas. O ardil, no entanto, não só produziu a execução política de uma pessoa considerada inocente pela Justiça,

serviu, sobretudo, para impedir a vitória de Dilma, no primeiro turno. É assim que se faz políti-ca no Brasil. O exemplo agora se repete com o julgamento do Mensalão, quando já se condena inapelavelmente sem esperar pelo veredicto do STF. Alguns, prevendo a possível absolvição de José Dirceu – o temível adversá-rio – já ensaiam uma justificativa, afirmando que ele foi “blindado” quando se fez o rastreamento do escândalo. Querem assim manter munição para a disputa política fu-tura e compensar o descrédito de suas denúncias, caso os autos do processo não contenham provas substanciais contra o ex-ministro. (Valdemar Menezes – Jornalista)

ImpunidadeContinua solto, em plena impu-

nidade, o casal de moradores de rua quee achou R$ 20 mil debaixo de um viaduto em São Paulo e devolveu ao dono, e motorista de taxi de Brasília que entregou também ao dono uma pasta con-tendo notebook, dólares, euros, cartões de crédito e documentos esquecidos em seu taxi por um turista canadense que acabara de desembarcar na capital do País. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

A CPI do Cachoeira pode con-vocar quem quiser para protestar ou depor. Já levou ao palco os governadores Marconi Perillo, de Goiás, e Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, e agora ameaça convocar os de Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Só não admite chamar o do Rio de Janeiro, o nosso Sérgio Cabral, que está blindado por todos os lados, mesmo fotografado nas festas com os donos da Delta na Europa. Isso é que é isenção. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

Vídeo no You Tube derruba vice-ministra da Cultura da Costa Rica

Karina Bolaños(foto), vice-ministra da Cultura da Costa Rica, foi destitu-ída do cargo por aparecer em um vídeo erótico no YouTube. Ela veste apenas lingerie e faz declarações românticas a um amante. Não bastasse a saia justa por ser ocupante de um ministério, Karina enfren-tará outro problema: a

moça é casada.De acordo com o co-

municado divulgado por Manuel Obregón, titular da pasta, “as informações divulgadas no vídeo são de âmbito pessoal. O afas-tamento do cargo se dará para que ela possa resol-ver essa questão de modo particular”.

Na mensagem, ela diz

que não está acostumada a fazer esse tipo de coisa, mas fez por amor ao ho-mem, apelidado de “Pe-quis”. Não se sabe como o vídeo caiu na internet, mas a mensagem logo se espalhou pelas redes sociais e é mais um golpe na popularidade do go-verno da presidente Laura Chinchilla.

GERAL

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www.gazetacrateus.com.brCrateús - Terça-feira, 31 de julho de 2012

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Hermenegildo, urgente! Sarcástico e irreverente, irô-nico, mordaz e inteligente, fazendo um mô pra vocês.

Vê esta manchete no blog do Kutrizuma Cals: PER-DÃO, PERDÃO, PERDÃO POVO DE CRATEÚS. Dá pra lembrar o tempo das ca-tequeses: Perdão meu Jesus, perdão Deus de amor...

Quanta surpresa, quem diria, que o Dr. Kutrizuma Cals, o verdugo das famílias de Crateús viesse a pedir per-dão por tanta patifaria feita contra elas. Sabe que tem gente que perdoou!? Gente que viu no gesto de pedir per-dão o caminho para que ele tenha paz interior!? Ah! Mas tem nego por aí dizendo que, nem que ele venha trazendo o Pai Eterno ou o Filho deste,

de lado, terá o seu perdão. Tem nego aí dizendo que nem partindo a cara dele ao meio ou escalpelando a careca dele, lhe dará o perdão.

Mas tem também os me-nos radicais que comentam: como pode um cara desses vir pedir perdão e,ao mesmo tempo anunciar quemantém o mesmo conceito sobre as pessoas que tanto ofendeu e levou à execração pública? Certamente, dizem eles, este cara tá pirado e precisando montar seu consultório num hospício.

Outro, disse que devemos nos lembrar da lenda do sapo atravessando um rio,levando nas costas um escorpião. Ao chegar à outra margem o escorpião agradeceu e disse: agora, amigo sapo, eu tenho

que cumprir o meu instinto: e matou o sapo com uma fer-roada. E assim os crateuenses estão divididos com a volta do blog do DrKutrizumaCals, aquele que morde e assopra; que não mata, mas maltrata.

Masss, para os menos in-formados, este dentista sem clientela, apesar do esforço,tá se dando quase por vencido. Ele tá vivendo soba mais intensa e mórbida depre-cionice, acompanhado por psiquiatra, para obter de volta a vontade de viver e trabalhar e recuperar a clientela. Aí ele sai de casa e volta do meio do caminho. A mulher chuta o cururu e ele torna a voltar, por causa de uma homofobia, ou seja, medo de ver as pessoas. Aí ele fica que nem couro de joelho, pra lá e pra cá. Ul-

timamente, ele saiu de casa sem usar o fraldão geriátrico; borrou as calçase deixou o elevador empestado. Já se fala até numa intervenção cirúrgica do pito, mediante uma infibulaçãoanu-retal, ou seja, fechar o orifício de descarga e abrir caminho para colocar uma bolsa de colostomia do lado esquerdo.

Masss, segundo estamos informados, DrKutrizuma-Cals só encontrará a paz verdadeira no dia em que procurar, um a um, todos os seus inimigos, que ele nem sabe quantos são. Que ele faça uma pesquisa no blog, nos textos escritos e nos vídeos publicados, para reconhecer cada um e a cada um pedir o verdadeiro per-dão, por que esta história de

perdão coletivo não é lámuito aceitável não. Precisa ainda revisar suas palavras (mal) ditas em emissoras de rádio, etc. etc. A partir daí, verás tua vida melhorar, tua deprecio-nice cessar e o teu ânimo ao trabalho voltar. Quem sabe possa até fazer uma viagem aos países nórdicos em ple-no inverno, levando aquele casacão vermelho, inflável para se abrigar do frio.Bem me ensinava meu pro-fessor de latim clássico: DUM VIRES ANNIQUE SINUNT, TOLERATE

LABORES: JAM VENIET TACITO CURVA SENECTA PEDE. Enquanto o permitem as forças e os anos, tolerai os trabalhos; breve virá a velhi-ce com passo silencioso.Pra encerrar: Foi revelado que o Brasil tem apenas um milhão e meio de maconhei-ros. Por mim eu acho que esta avaliação tá mal feita. Um milhão e meio nós temos só de traficantes de maconha.Ademã que vou em frente. Os cães ladram, mas a caravana passa.

Cantinho da Poesia

Afrouxando o Riso

O coração que bate neste peito

O crachá do policial

Crateús de OntemA 15 de fevereiro de 1907,

antes mesmo da cidade de Crateús figurar no mapa como novo município do Ceará, veio ao mundo o varão Felipe Ferreira de Morais, nascidonuma das poucas casas existentes na Praça da Matriz, à época. Rebento do casal Maria da Conceição Moraes e José Olímpio de Moraes (Zuca Moraes), Feli-pe foi o segundo de uma prole de seis filhos. Foi batizado no mesmo mês do seu nascimen-to pelo vigário da paróquia, padre Joaquim Gonçalves Rosa e aprendeu as primei-ras letras numa escolinha da cidade.

Muitas vezes, na década de 1960, via aquele homem em seu ofício na antiga RVC

e ficava pasmo com a sua estatura, tão grande quanto foi o seu caráter e a sua lon-gevidade, desenvolvendo o ofício de agente da Estação Ferroviária, cargoque já fora ocupado bem antes pelo seu pai.

Seu Felipe foi um trabalha-dor incansável. Morava na Rua Francisco Sá, pertinho da Estação e, quando o trem atrasava, ficava num vai e vem constante entre a resi-dência e o seu local de traba-lho - a Estação. A expectativa só terminava com a chegada do trem horário e depois da tradicional manobra, já po-sicionado para a viagem de volta no dia seguinte.

Sem ostentar riqueza, pois vivia de salário, encaminhou

orgulhosamente, para uma primorosa educação, os sete rebentos que teve com a prima Alaíde Bonfim, com quem contraiu matrimonio a 29 de novembro de 1939. O casal teve os filhos Ma-ggy, Haydée, Maria José, José Maria, Felipe, Célio e Ana Estelita. Pai amoroso e responsáveldistribuiu, ao longo da sua existência, com exuberância, os princípios de educação que nortearam a vida de seus filhos. Dona Alaíde, sua esposa, amorosa, fiel e dedicada, complemen-tava a educação de cada filho, apontando a cada um o caminho da retidão e da Reli-gião Católica. Com elaFelipe Moraes viveu até o último dia de sua centenária vida de

probo cidadão.Apesar de com ele nunca

ter conversado, na minha concepção, não via em seu Felipe a figura de um homem brincalhão. Sempre o vi sério e sisudo no seu trabalho na Estação Ferroviária. Sei bem que se dedicava com muita firmeza e zelo ao ofício que exercia.

Felipe Ferreira de Morais e sua família permaneceram em Crateús até o início da década de 1970, quando pas-saram a residir em Fortaleza, onde seus filhos já haviam encontrado melhores condi-ções para se encaminharem na vida, através dos estudos.

Viveu 100 anos. Na sua infância, viu ser construída a Estação Ferroviária e as

pontes sobre os rios Poty e Tourão. No auge da sua juventude testemunhou a passagem da Coluna Prestes por Crateús em 1926. Vi-vendo por tanto tempo, por certo, ouviu falar das aterro-rizadoras histórias do canga-ceiro Lampião e presenciou a chegada de benefícios à sua pacata cidade. Embora distante da política partidária, testemunhou inúmeras dispu-tas políticase, com certeza, acompanhou as notícias do Estado Novo, com a pre-sença de Getúlio Vargas no poder, de 1930 a 1945, bem como o seu suicídio em 1954.Felipe esteve presente em todos os acontecimentos da cidade e viveu intensamente todos os momentos de sua

história. Como funcionário polivalente da RVC, muitas vezes acionou a sineta da estação, ordenando a partida do trem de passageiros que seguia para Fortaleza. Quem viveu 100 anos, vivenciou também muitos sonhos e ilusões. Sentiu esperanças, comemorou vitórias e amar-gou frustrações. Quem viveu 100 anos, construiu grandes amizades como patrimônio. Felipe Moraespartiu sob o aconchego familiar, em paz e com a alma limpa. Deixou o mundo material e foi ao encontro do Pai em julho de 2007, ciente da sua missão cumprida nesta terra.

Felipe Ferreira de Morais

O coração que bate neste peitoE que bate por ti unicamente,O coração, outrora independente,Hoje humilde, cativo e satisfeito;

Quando eu cair, enfim, morto e desfeito,Quando a hora soar lugubrementeDo repouso final, tranquilo e crenteIrá sonhar no derradeiro leito.

E quando um dia fores comovida- Branca visão que entre os sepulcros erra,Visitar minha fúnebre guarida,

O coração, que toda em si te encerra,Sentindo-te chegar, mulher querida,Palpitará de amor dentro da terra.

Policial federal chegou à propriedade de um pacato fazendeiro do Rio Grande do Sul, dirigindo um car-rão caracterizado da PF e no pescoço ostentando um crachá de identificação.

¬¬_Bom dia senhor, disse o policial, estou aqui para averiguar uma denúncia de que em sua fazenda existe uma plantação de maconha

e quero lhe comunicar que meu trabalho começa agora mesmo.

_O senhor esteja à von-tade para proceder em seu trabalho, disse-lhe calma-mente o fazendeiro; no entanto, recomendo-lhe que evite andar para aquele lado (apontou o lado).

O policial, retrucando--lhe, mostrou o Crachá.

Olhe, este crachá me dá o direito de vasculhar até a sua residência e não precisa o senhor apontar a direção que devo seguir. Enfiou--se na mata, justamente se dirigindo para o lado que o fazendeiro lhe recomendara não ir.

De repente, o policial deu de cara com um touro Santa Gertrudes da fazenda, que

fez carreira em persegui-ção ao policial e este saiu à procura de como se safar do valente animal. Esbaforido depois de tanto correr e gri-tar por socorro, o fazendeiro gritou a plenos pulmões: O CRACHÁ... MOSTRA O CRACHÁ!

Flávio Machado

Luís Guimarães Júnior

TIRADAsHermenegildo Catão

Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsPRÓTESE E CLÍNICA GERAL - CRO-CE: 4875

Dr Breno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO DENTISTA - CRO-CE: 6028

Drª Blenda Camerino F. C. MourãoODONTOPEDIATRIA/PERIODONTIA - CRO-CE: 5567

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Terça-feira, 31 de julho de 2012

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ComunicandoCARROS DE SOM

A última plenária do Fó-rum Social Local abordou o tema da poluição sonora em Crateús. Os proprietários de carros de som compareceram e debateram o tema com o promotor de Justiça José Ar-teiro Goiano, com o diretor da Guarda Municipal, cel. Francisco Bezerra, com o co-mandante do Ronda do Quar-teirão, Ten. Vicente Andrade, e com o inspetor da Guarda Municipal, Severino Gomes, que fez uma excelente expla-nação sobre os malefícios que causa a poluição sonora e sobre as leis existentes para combatê-la. Ao fim, surgiram os debates e ficou acordado que os carros de som seriam aferidos pela Guarda Munici-pal e nesses veículos seriam instalados um equipamento que permitia que o som do veículo se mantivesse no volume padrão de aceitação enquanto circulasse pelas ruas da cidade. Tudo com-binado. Mas o que vemos hoje? Vemos que nada mu-dou e tudo continua como antes. Nenhuma fiscalização. Nada de aferição. Todos os dias, mais intensamente no horário da manhã, ninguém consegue se entender com as pessoas porque os carros de som não permitem. As ruas centrais, Moreira da Rocha, Pedro II, Cel. Lúcio e outras se transformam num verda-deiro inferno.

O AFASTAMENTO DE ZÉ ALMIR

Quatro anos se completa-ram que o ex-prefeito José Almir Claudino Sales foi afastado do cargo por atos de improbidade administrativa. Passados alguns dias do seu afastamento, e por força de uma duvidosa liminar, ele voltou ao cargo. O processo dele está aí contando tempo na gaveta da Justiça para atingir a prescrição, o que agora está na moda. Mas, quatro anos sem qualquer movimentação, tal processo cheira mal ao nariz de qual-quer um de nós, que dirá ao nariz do douto Ministério Público. Fomos testemu-nha do exaustivo trabalho do atual promotor de nos-sa Comarca, José Arteiro Goiano, juntamente com o promotorGustavo Catanhê-de Morgado, e agora vemos as coisas entrarem para o rol do esquecimento, como se existisse um compadrio, um deixa pra lá, porque as contas do ex-prefeito foram aprovadas pela Câmara, e coisa e tal. Ora! Ninguém trabalha em vão por uma cau-sa justa. Dr. Gustavo deixou a Comarca de Crateús pela decepção sofrida. E agora, quem desenterra esse proces-so e fá-lo novamente tramitar na Justiça? O ex-prefeito Zé Almir tem a ficha suja, mas está influindo na política local, escolhendo e apoiando

candidatos. Pode?

DEZENOVE MESES NO MINISTÉRIO PÚBLICO

Aos 19 dias do mês de janeiro de 2011, este jornal entrou com um Pedido de Providências junto ao Mi-nistério Público da Comarca de Crateús, no sentido de tornar nula a Lei Municipal 320/98, que doou para uma associação inexistente os imóveis do Centro de Abas-tecimento João Afonso, com uma área de 1886m², Merca-do dos Feirantes “Antônio Pierre Aguiar”, composto por 86 boxes, e Mercado Velho “Manoel Cardoso de Vasconcelos”, composto por 93 boxes. Há 19 meses a sociedade de Crateús espera pelo Ministério Público, para que ele ajuíze uma ação de reintegração de posse em favor do município de Cra-teús, porquanto tais imóveis constituem-se de suma im-portância para a execução de projetos indispensáveis à vida da cidade. Que a Justiça se pronuncie dizendo se a Lei 320/98 tem validade, se a doação foi ou não dentro da legalidade. O que não pode é uma causa desse tamanho ficar suspensa indefinitiva-mente no ar.

BOLSA FAMÍLIAQualquer pessoa que quei-

ra se dar ao trabalho de ob-

servar as filas nas lotéricas de Crateús que pagam a minguada ajuda do Governo Federal às famílias carentes, através do Bolsa Família, pode observar o vultoso nú-mero de pessoas que estão apossadas do cartão e da senha do benefício dessa gente miserável que, para não se privar do arroz de do feijão, ou do leite da crian-ça, deixa empenhado com o bodegueiro o cartão e a senha do benefício para que ele mesmo receba ou mande alguém receber em seu lugar. Isto é um tipo de agiotagem dos mais execráveis, pois que feita por sobre a miséria mais funda de quem nada possui além dessa pequena ajuda do Governo Federal. Observam-se nas filas pesso-as conhecidas, comerciantes, mulheres enfeitadas, moças maquiadas, bem vestidas, usando joias e penteados, mototaxistas e outros porta-dores. Se de um lado existe o erro de quem se sujeita à ganância do comerciante, na outra ponta está faltando uma lei que invalide essa desenfreada agiotagem que quebra na cabeça do pobre.

MAIS DINHEIRO PARA A SECRETARIA DAS CIDADES

Milhões de reais desceram pelo ralo da Secretaria das Cidades para os bolsos de

autoridades engravatas, entre as quais o togado conselheiro e ex-presidente do Tribunal de Contas do Ceará(TCE) – Teodorico Menezes, do seu filho, deputado Téo Mene-zes, que se elegeu à custa do “escândalo dos banheiros”; de prefeitos do Ipu e Paca-jus, de secretários estaduais e funcionários do TCE e da Secretaria das Cidades e, por último, dentro deste vergonhoso episódio, deu--se a renúncia de Jurandir Santiago à presidência do Banco do Nordeste. Jurandir se declarou inocente dessa tramoia que envergonha o governo e a sociedade, e teve a dignidade de renunciar ao cargo, como o fazem os ho-mens sérios.

Agora, vem sendo anun-ciado um empréstimo junto ao BID, de U$ 106 milhões destinados ao Programa Ci-dades do Ceará II, com foco nas ações de infraestrutura e modernização de gestões municipais das Regiões Nor-te e Vale do Jaguaribe. (Que destinação pomposa!)Sinal que vem mais dinheiro por aí, para ser empregado, tal-vez, na compra do papel higiênico que faltou aos in-visíveis banheiros, pois neste ano de seca, se não houve safra de milho, também não houve a safra de sabugo que tanto serve aos sem banhei-ros na substituição do papel higiênico. Resta saber por

onde vai começar a partilha.

TURMA DO SINDICATO

A malta de sindicalistas composta por alguns “pro-fessores”, cuja sala de aula se destina ao ensino do ter-rorismo político, foi frago-rosamente derrotada pela professora Aurineide Aguiar, ex-secretária de Educação e atual secretária de Gestão Administração. Dos 16 pro-cessos movidos contra ela em várias instâncias, pelos ditos “professores” e por um su-plente de vereador, nenhum deles prosperou. Em todos ficou patente a denúncia infundada, a motivação po-lítica, a anarquia, a agressão moral e a mentira deslavada. Todos os que contribuíram para a desestabilização da Gestão Pública Municipal, conduzindo greves de até três meses, ocupando e invia-bilizando o funcionamento da Secretaria de Educação, cooptando outras categorias alheias ao malfadado movi-mento, estão aí com os seus nomes inscritos para concor-rer aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. O povo sabe identificar a todos e a cada um dará a merecida resposta nas urnas. A Justiça foi feita e, agora, eles é que vão comparecer à barra dos tribunais para responder por injúria, calúnia e difamação.

Flash do PassadoAntigas residências

Nunca sai de mim a idéia de que o tempo da minha infância passou, apesar de já ter passado dos 70, que Crateús mudou, cresceu, progrediu e é uma cidade diferente daquela do meu tempo de menino. Sempre a vejo como antigamente. A rua onde vivi boa parte de minha infância, e onde até bem pouco morei, im-ponente, lá está o casarão de Henrique Machado, as residências de Cel. Totó e de Dr. Milton Evaristo, a casa de Antônio Ricardo (a que habitei deu lugar a um pré-dio de andar) e mais, a loja do Marinheiro, a Agência Frota, o Hotel Rodolpho e a bela casa construída pelo médico José Ribeiro de

França, que hoje, existe ape-nas na minha imaginação. Se me encontro na Praça da Estação, avisto a casa de Anízio Frota, os bangalôs de Dr. José Wilson, de Mirabe-au Soares e Gentil Cardoso. Subindo pela Rua Firmino Rosa, deparo-me com o Grupo Escolar Lourenço Filho, com o Salão Paro-quial, as casas Mário Soa-res e de João Melo, de Zé Rosa e de Luiz Linhares, o Hotel Rubim e o local onde foi a casa de meu tio João Afonso Vale. Se me vejo no Quadro da Matriz, aí então, recordo cada palmo desse território urbano: os sobrados de Gonçalo Tobias e Firmino Aguiar (intactos), a bela casa de Chico Tobias

e Dona Munda, a de Vicen-te Aguiar e a de Zé Melo das Catingueiras (também intactas). Do lado oposto, moravam as irmãs Coelho e as irmãs Melo. E nesse lado da praça, a Casa Paroquial, a de Samuel Lins, de José Hermínio, de Bezerra Ca-valcante e Jovino Melo. Em cada uma dessas residências e em cada prédio citado faz morada a minha saudade, e a saudade dos homens de bem do meu tempo, igual a que sinto das badaladas do sino da Matriz, chamando pra missa, dobrando pelos mortos, repicando pelos an-jinhos ou batendo 12 vezes ao meio dia, e seis vezes na passagem da tarde para a noite.

César Vale

Andressa MendonçaEsposa do bicheiro Carlinhos Cachoeira, argumentando sobre o marido a jornalistas ao sair de audiência em Goiânia.

“Que mal esse homem fez ao Estado, à União, às pessoas? Ele é uma pessoa maravilhosa, que só ajuda as pessoas”

Cães passam a dispor de cerveja especializada

Nada é melhor que uma cervejinha depois de um dia de cão. Agora eles, os cães, também vão poder fazer jus a essa máxima. No mês que vem, chega ao mercado a DogBeer, cerveja criada es-pecialmente para os amigos de quatro patas. “Quem tem bicho de estimação gosta de dividir o prazer até na hora de comer e beber”, aposta o empresário Marco Melo, 47, dono da marca de cerveja.

Para comemorar a final da Libertadores, a executiva Ana Paula Comapany, 40, corintiana roxa, quis inserir Manolito, seu labrador, na festa.

“Ele tomou tudo. A cerveja é docinha, com fundinho de carne”, descreve. Uni-

formizado com as cores do Corinthians, Manolito não só bebeu a gelada durante o jogo contra o Boca Juniors como latiu sem parar até o fim da partida.

Desenvolvida pelo centro de tecnologia e formação de cervejeiros do Senai, no Rio de Janeiro, a bebida canina é feita à base de malte e extrato de carne. Não tem álcool, lúpulo, nem gás carbônico.

O dono da empresa prome-

te para breve uma linha com-pleta de “petiscos líquidos”, que inclui suco, energético, vinho e champanhe.

A lista de produtos huma-nos em versões animais não para de crescer. Já existem molhos, tempero para ração e até patê.

O sorvete Ice Pet é uma boa opção para cães e gatos no verão. A sobremesa tem menos lactose, não tem gor-duras nem açúcar.

pOLíTIcA

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Passou pelo calendário, domingo último, 5 de agos-to, Antônia de Maria Vale Bonfim, membro de maior assiduidade da Comunida-de Shalom em Fortaleza, de quem recebeu incontá-veis homenagens.

Irmãs Thaís e Laís Freire, ambas estudando em Fortaleza, curtiram férias em Crateús ao lado dos pais Claudinha e Dedé Freire, e da avó Sônia. Thaís e Laís também não esqueceram a patota sempre amiga e ansiosa por tê-las de volta.

César Vale www.gazetacrateus.com.br