edição nº 341

Prefeito de Ipu, foragido, entrega-se à polícia e vice assume

Rio+20 termina à sombra da crise e com acordo “possível”

Inaugurada sede da Promotoria Pública

Marido esquartejado

Psiquiatria - Outros olhares - Livro do médico psiquiatra Antônio Mourão Cavalcante lançado dia 20, na Livraria Cultura, em Fortaleza, aborda experiências do autor ao longo de sua vida.Página 11

Promotores de Justiça pedem direito de resposta protestando contra artigo de Deoclides Beserra Macha-do, “Identidade obscura”.Página 05

Contardo Calliagris, doutor em Psicanálise e em Psico-logia Clínica, no artigo “Uma Linda Mulher”, discorre sobre o sangue frio de Elize, depois de assassinar e es-quartejar o marido, Marcos Matsunaga; sobre a diferença social entre Elize, enfermeira e bacharel em Direito, mas de origem bem humilde e Marcos, empresário e herd-eiro da Yoki. Prossegue com um lembrete aos homens. “Se você ama uma mulher que por acaso é prostituta, ai, tudo bem; mas se você ama essa mulher POR ELA SER prostituta, atenção: nesse caso, seria sábio você se familiarizar com a fantasia que sustenta seu amor”.Página 11

Protagonista do maior escândalo dos últimos tempos, no Ceará, Sávio Pontes, ex-deputado estadual e prefeito do Município de Ipu, acusado de ter desviado R$ 3,1 milhões destinados à construção de kits sanitários para famílias de baixa renda, teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), mas, há seis dias, se encontrava foragido. Depois de ter-lhe sido negado habeas corpus pelo Su-perior Tribunal de Justiça (STJ), Sávio Pontes entregou-se, na tarde de quinta-feira 21/6, ao quartel do Corpo de Bombeiros, em Fortaleza, onde se encontra preso à disposição das autori-dades.Página 04

Apenas o “possível” venceu a falta de consenso e de disposição para desembolsar recursos em nome do de-senvolvimento sustentável, e a Rio+20 termina sob críti-cas de falta de ambição e à sombra da crise econômica internacional.Página 08

Com a presença do procurador-geral de Justiça do Estado do Ceará, Ricardo Machado, foi inaugurada, solenemente, dia 15 de junho, a nova sede da Promoto-ria Pública de Crateús, situada na Avenida Almirante Tamandaré, 691.Página 04

MEIO AMBIENTE

CULTURA

DIREITO DE RESPOSTA

ESCÂNDALO DOS BANHEIROS

Crateús-Ce. Sexta-feira, 15 de junho de 2012 - Ano XV - No 341 - R$ 2,50Acesse nosso site: www.gazetacrateus.com.br | E-mail: [email protected]

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www.gazetacrateus.com.brCrateús - Sexta-feira, 15 de junho de 2012

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Há 20 anos a menina ca-nadense, Severn Cullis-Suzuki, de apenas 12 anos, discursava para chefes de Estado durante a ECO-92. À época havia fundado o Clube ECO (Environmental Children’s Organization), que trabalha projetos sociais ligados ao Meio Ambiente. “Sou apenas uma criança e não tenho todas as soluções, mas quero que saibam que vocês também não têm”. A frase é uma de muitas que voltaram a atenção do mundo para Severn Suzuki, durante a ECO-92. A menina fez um dos discursos mais categóri-cos daquela conferência, que deixou os líderes de governo mudos e virou um clássico da luta ambiental. À época, os meios de comunicação do mundo inteiro estampa-vam o vídeo que ficou con-hecido como “The Girl Who Silenced the Word for 5 min-utes”, (“A menina que calou o mundo por 5 minutos”). A ativista não parou por aí. Em 2002, atuou na Cúpula Mun-dial sobre Desenvolvimento Sustentável na África do Sul, como membro do painel de Kofi Annan. Em 2010, foi protagonista do documen-tário “Severn, a Voz de Nos-sas Crianças”, de Jean-Paul Jand. Hoje, Severn mãe de Ganhlaans, 2 anos, e Tis-saan, 5 meses, aos 32 anos, continua defendendo causas ligadas ao meio ambiente e à educação à frente da Funda-ção David Suzuki, criada por seu pai. Hoje ativista, escri-tora e palestrante, apresenta um programa de TV no Ca-

nadá sobre água e povos in-dígenas e participa de uma rede independente de ONGs, a We Canadá, que monitora compromissos assumidos por políticos de seu país. Por incrível que pareça, essa me-nina, há 20 anos, alertava o mundo para a importância da questão ambiental. Agora, ela está no Brasil, partici-pando de eventos paralelos à Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sus-tentável, como o ciclo de pal-estras da RIO+20. Passados 20 anos, o mundo ficou su-perlotado de gente. A popu-lação mundial cresceu a uma taxa de 1,3% ao ano – 1,5 bilhão de pessoas a mais. O produto Interno Bruto (PIB) Global aumentou 75%, de U$$ 36 tri em 1992 para U$$ 63 tri, em 2010.

O Índice de Desenvolvim-ento Humano – IDH aumen-tou apenas 19% em 20 anos. As emissões de gás (CO²) aumentaram 36%. Os mo-radores urbanos cresceram 1 bilhão e a favelização au-mentou 26% nesse período.

É este o mundo de hoje que, há 20 anos, preocupava a menina Severn Suzuki. Hoje, a esfera política está mais conservadora, em es-pecial após a crise financeira de 2008. Mas a preocupa-ção ambiental é mais real e tem força, como a mudança climática.

Outra diferença é que te-mos uma poderosa tecnolo-gia que permite a ativistas comunicar e disseminar in-formações rapidamente. Es-sas pessoas têm ferramenta

para ajudar e inspirar a ver-dadeira mudança no século 21.

Outrossim, o sistema econômico precisa refle-tir as realidades humanas e ecológicas. Hoje, trabalha no sentido contrário. Mede-se o progresso pelo produto In-terno Bruto – PIB, que pou-co reflete nossa qualidade de vida.

O Brasil têm reservas naturais importantes para o mundo, como a Amazônia. O mundo deve dar valor a esse capital ecológico. A so-ciedade e o governo devem mudar para ajudar o cidadão a ter uma vida mais susten-tável. Hoje é difícil. Nosso sistema está voltado para atos totalmente insusten-táveis. Poucos países podem fazê-lo como o Brasil. Afinal, reunimos uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, bem como pesados investimentos em outras for-mas de energia como eólica, energia solar e biocom-bustível, extensas áreas agri-cultáveis, o maior programa de biocombustível do mun-do, um consolidado regime democrático e uma exitosa experiência de redução da pobreza, construída nas duas últimas décadas.

Que os frutos da RIO+20 forcem nossos laços com as gerações futuras e sejam ca-pazes de alimentar um novo modelo de desenvolvimento, com lucidez, coragem e a urgência do presente que o futuro exige.

A menina que calou o mundo

Um dia, Matosfoi ao meu consultórioe mais do que queixumes, dele brotava enternecimento, palavras doces, saudades brandas de nossa terra, incentivo e mesuras para com todos. Prudente sem ser dúbio. Si-lente, sem ser ausente. Em 1987, estivemos juntos nas festas do cinquentenário sacerdotal de Monsenhor Moraes. As luzes cintilan-tesnão ofuscavam o seu manso olhar. A mesma sin-ceridade. Depois fui vê-lo no seu apartamento de For-taleza, com complicações da Diabetes Mellitus. O mesmo. Depois que se apo-sentoununca mais me pro-curou. Via-o furtivamente em alguns acontecimentos. Recolhido às suas casas de campo dedicava-se febril-mente ao seu querido lar.

Na antiga Grécia, Dió-genes usava uma lanterna para procurar a decência nos homens. Raquel de

Queiroz fala de uma réstia de luz, vindo de uma telha de vidro. Jesus foi pescar nas praias da Galileia, os seus apóstolos. Michelan-gelo ia a Carrara procurar pedra bruta, para fazer bro-tar os seus milagres eternos. Esculpindo e cinzelando, dava vida a Pietá, David e Moisés, da Igreja de São Pedro das Cadeias. Nos ga-rimpos, um árduo trabalho para achar uma pepita de ouro. Nas abissais profun-dezas do mar as pérolas se escondem. Mas, Francisco Matos e Melo era esta pe-dra preciosa rutilante. Bem próximo a nós. Fruindo a luz do sol, como se o ama-nhã nunca se findasse. Dos pequenos frascos surgem as melhores essências. A pe-quenina Ibiapaba doou-nos esta joia burilada, esmerada e perfeita. Ver o Matos pa-recia uma prece. Um salmo. Uma absolvição da nossa pequenez, diante de um ser

humano tão maior. Ao vê-lo nos seus momentos finais com o seu cérebro afogado em sangue, vi que Deus foi bom para uma criatura que era um oceano de bonda-de. Deus tinha que tirá-lo desta maneira, com Stroke. Stroke é uma palavra ingle-sa para AVC. Stroke traduz--se por corte. Decepar. Amputar. Uma noite bela e lírica somente se apagaria de uma maneira abrupta. Um jarro de alabastro não se quebra. Matos, diante do seu inconfundívelbrilho, não suportaria o sombrio fenecer dos hospitais. Ti-nha de ser sacado. Matos é o servo bom e fiel, de misericórdia de gestos de bondade e de leveza. Como reza Eclo 44, 1. Uma joia não se quebra. Se doa. Se leva. Deus levou-a de nós. Não poderia ir-se aos pedaços, tinha que ser por inteiro. Pleno.

Jose Maria Bonfim de MoraesMédico cardiologista

O precioso Matos

ARTIGO

“O Presidente do Supremo, Ayres de Brito, disse que o processo do mensalão está maduro para ser votado. Vamos torcer para que não fique podre”Pedro Taques – Senador PDT-MT

Rua Cel. Lúcio, 221 - Centro - TeleFax: (88) 3691.1476 - Crateús-Ce

Dr. André LandimDoenças da Pele e Alegria

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Fundada em 30 de maio de 1997

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EDITORIAL

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Sexta-feira, 15 de junho de 2012


Amanheci com vontade de dar pitacos. Diversamen-te do que muitos possam imaginar, pitaco não é um palpite sem fundamen-to. É uma opinião. Em se tratando da coisa pública, ou sobre os rumos de uma cidade, a opinião pode ser emitida independente de solicitação.

Obviamente, estou pen-sando em uma urbe especí-fica, mas pode servir para outras.

Dirijo estas palavras aos que se lançam à nobre tare-fa de interpretar sonhos: os candidatos. Sim, candidato a cargo eletivo, represen-tante do povo, líder popular não é senão um intérprete de sonhos, dos sonhos da coletividade.

Enquanto escrevo me vem à mente um perso-nagem bíblico do Antigo Testamento: José, o filho de Jacó e Raquel, que ficou para a posteridade como José do Egito. Certamente um emblema em se tratando de revelação da essência daquilo que é só aparência.

Uma noite, o Faraó so-nhou. Naquele transe oní-rico viu que sete vacas magras comiam sete va-cas gordas e mesmo assim continuavam magras. Em busca de uma explicação, convocou todos os sacer-dotes do Egito. Nenhum conseguiu. Apenas José, que estava preso, ofereceu uma interpretação convin-cente ao Faraó: o Egito passaria por sete anos de fartura e sete anos de seca, consecutivos.

Empolgado com a sua desenvoltura, o Faraó pre-senteia José com um anel de seu próprio dedo e o nomeia Adon do Egito, um cargo de expressão, tipo chanceler ou governador.

José, então, ordena que se construam celeiros para guardar a produção do Egi-to durante os anos de fartu-

ra. Nos sete anos de seca, José passou a vender os cereais dos celeiros reais a preço de ouro e conseguiu comprar para o Faraó quase a totalidade das terras do Alto Egito. O nome José significa “aquele que acres-centa”.

Bem representa os seus concidadãos aquele que, além de interpretar os sig-nos das aspirações popu-lares, se lhes acrescenta alguma coisa. E age. Se-meia. Planta. Cuida. Colhe. E reparte. Como lembra Thiago de Mello, “é sonhar, mas cavalgando/ o sonho e inventando o chão/ para o sonho florescer”.

A primeira tarefa de um líder, preferencialmente um prefeito, é despertar a cole-tividade do seu município para a alteração cultural. Mudar a forma de raciocí-nio, transformar os nossos esquemas mentais. Liber-tarmo-nos dos grilhões que acorrentam a massa encefá-lica. A diferença que separa um município pobre de um rico, ou um estado ou um país, não é a idade, muito menos a quantidade de recursos naturais. A Índia é um país milenar e pos-sui uma pobreza vultosa e aviltante. A Nova Zelândia é novíssima. E riquíssima também. A Suíça não pro-duz um grão de cacau, mas vende o melhor chocolate do mundo.

Estudiosos revelam: a fronteira que separa países ricos e pobres se resume à observância de algumas formas de conduta essen-ciais: 1. A ética como prin-cipio básico. 2. A integrida-de. 3. A responsabilidade. 4. O respeito às leis. 5. O respeito pelos direitos dos demais cidadãos. 6. O amor pelo trabalho. 7. O esforço para economizar e investir. 8. O desejo de superar. 9. A pontualidade.

A ética pode ser resumi-

da em tratarmos os outros como desejamos ser tra-tados. Para isso, basta nos colocarmos no lugar do outro. Será que eu gostaria de ser tratado como estou tratando um servidor, um contribuinte, um cidadão comum? Estou sendo ínte-gro, responsável, respeita-dor das leis e dos direitos alheios?

Valorizo o amor ao traba-lho ou premio apenas o meu grupo independente do mé-rito dos que o compõem? Combato a mendicância e o clientelismo? Priorizo projetos que incentivam a independência financei-ra? Ao invés de festejar a quantidade de pessoas recebendo bolsa-família, deveríamos comemorar sua diminuição. Quanto mais pessoas deixassem os programas de transferência de renda e adquirissem sua própria renda por meio de empreendimentos monta-dos e gerenciados por elas, melhor.

(Outro dia um amigo me perguntou: - Você já viu um japonês pedindo esmola? – Não, respondi. Ele com-pletou: - Pois é porque eles desenvolveram a cultura do trabalho, essencial para o progresso.)

Se uma Prefeitura deli-berar para gastar menos do que arrecada e for pontual no cumprimento dos com-promissos já eliminará mais da metade dos seus pro-blemas. O resto se resolve com o firme propósito da permanente superação.

Entendo que a campanha política é o espaço para se divulgar ideias; não intri-gas. Planejar o futuro; não propagar futricas. Dissecar projetos; não denegrir pes-soas. Sonho com isso. E esse sonho, convenhamos, de tão nítido dispensa in-terpretações.

Crônica da Cidade www.juniorbonfim.blogspot.com

Pitacos sobre a cidade Júnior Bonfim | [email protected]

ObservatórioDesta semana não passa.

No próximo sábado, dia 30, expira-se o prazo para todos os Partidos realizarem suas convenções para a escolha dos candidatos: prefeito, vice-prefeito e vereadores. A maioria, obviamente, convo-cou seus filiados para o limite legal. Em Crateús o cenário permanece praticamente o mesmo dantes delineado. Na chapa de situação, após certa relutância do Prefeito, que chegou a externar o desejo de não se recandidatar, os nomes deverão permanecer os mesmos: Carlos Felipe e Mauro Soares. Na oposição, há por enquanto três chapas definidas: a do PSOL (ainda sem os nomes), a do PV (João Coelho Soriano, o Maçaroca) e a das Oposições Unidas, liderada pelo PMDB e pelo DEM (Ivan Monte Claudino e Antonio Luiz). Luizinho Sales, do PSDB, que logo cedo havia afirma-do não ser candidato, abriu uma dissidência e lançou--se semana passada. Mas a maioria dos tucanos, agora sob a Presidência de Edmil-son Coelho, pretende manter o compromisso já firmado: a união das oposições.

ARTICULAÇÕESForam muitas as articula-

ções visando rachar o esque-ma oposicionista. Em uma reunião ocorrida em Forta-leza membros do PPS, PDT, PSDB e PMN informaram ao pré-candidato Ivan Mon-te Claudino que estavam rompendo a aliança e iriam marchar com uma candidatu-ra própria, encabeçada pelo empresário Luizinho Sales. Sucede que, no dia seguinte, a direção estadual do PSDB entregou ao TRE um docu-mento em que autorizou a vigência da Comissão Pro-visória de Crateús. Foram mantidos os mesmos nomes. Mudou apenas o Presidente. Ao invés de Zé Vagno Mota, assumiu o comando da agre-miação o ex-presidente da Câmara Edmilson Coelho. Este não é favorável à divi-são das oposições. Acha que o PSDB deve compor com os demais partidos oposicio-nistas e priorizar a eleição proporcional, elegendo uma boa bancada de vereadores. Doutor Lourival Rodrigues, líder maior do PDT, reu-niu os correligionários e

manifestou sua posição: defenderá a aliança origi-nal em sinal de lealdade ao vice-governador Domingos Filho. Com isso, contatos estão sendo mantidos com os demais líderes a fim de recompor a ampla coligação inicialmente idealizada.

MULHERESNo que pertine à eleição

para o Legislativo Munici-pal, a maioria ainda não se deu conta de uma inovação: do número de vagas reque-ridas - segundo o artigo 10, § 3º, da Lei 9.504/97 - cada partido ou coligação pre-encherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo. Ou seja, se uma coli-gação lançar vinte candida-turas, obrigatoriamente terá que apresentar no mínimo seis candidatas mulheres. O problema é que não há, nos nossos partidos, tradição de lançamento de tantas candi-daturas do sexo feminino...

IMPORTANTEApós a escolha dos can-

didatos em convenção, os partidos e as coligações deverão solicitar ao Juiz Eleitoral o registro de seus candidatos até às 19 horas do dia 5 de julho de 2012. O pedido de registro deverá ser apresentado em meio mag-nético, gerado pelo sistema CANDEX, que é o programa criado pela Justiça Eleitoral para uso obrigatório nos registros de candidaturas. A propaganda eleitoral somen-te será permitida após o dia 05 de julho de 2012 (art. 36 da Lei n.º 9.504/97). Para o registro de candidatura são necessários os seguintes documentos: 1. DRAP - Formulário Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários, gerado pelo Sis-tema CANDEX, impresso e assinado pelo Presidente do Partido (quando concorre isolado) ou pelo Represen-tante da coligação. 2. RRC - Requerimento do Regis-tro de Candidatura, gerado pelo Sistema CANDEX, impresso e assinado pelo candidato. 3. Declaração de bens. 4. Fotografia recente do candidato. 5. Compro-vante de escolaridade. 6. Cópia de documento oficial de identificação. 6. Prova de

desincompatibilização ou afastamento, quando for o caso. 7. Proposta de governo para o candidato ao cargo de Prefeito, em uma via im-pressa e outra digitalizada e anexada ao CANDEX. 8. Certidões criminais forne-cidas pelo Poder Judiciário.

OS SERTÕES E EUCLIDES DA CUNHA

A Academia de Letras de Crateús convida para uma agradável palestra e um prazeroso bate papo cultu-ral sobre OS SERTÕES E EUCLIDES DA CUNHA. O palestrante será o acadêmico Padre Geraldinho. O evento ocorrerá hoje, terça-feira, logo mais à noite, às 19:00 hs, na sede do Sodalício, na Rua do Instituto Santa Inês, 231, Crateús, Ceará.

PARA REFLETIR “O sertanejo é, antes de

tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrá-rio. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. (...) Entretanto, toda esta apa-rência de cansaço ilude. (...) Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de improviso. Naquela organi-zação combalida operam-se, em segundos, transmutações completas. Basta o apareci-mento de qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das energias adormecidas. O homem transfigura-se. Empertiga-se, estadeando novos relevos, novas linhas na estatura e no gesto; e a cabeça firma-se-lhe, alta, sobre os ombros possantes aclarada pelo olhar desas-sombrado e forte; e corri-gem-se-lhe, prestes, numa descarga nervosa instan-tânea, todos os efeitos do relaxamento habitual dos órgãos; e da figura vulgar do tabaréu canhestro re-ponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã acobreado e potente, num desdobramento surpre-endente de força e agilidade extraordinárias”. (Euclides da Cunha)

Canjica do Ítalo e RenoSabor Caseiro Marguê Freire

Ingredientes:2 espigas de milho, 80 gramas de açúcar, 2 col-heres de manteiga da terra, 600 ml de leite e Canela (opcional).

Modo de fazer:O primeiro passo, como se diz no sertão, é debul-

har o milho, ou seja, soltar o grão da espiga. Depois, leva-se ao liquidificador os grãos, açúcar a gosto, a manteiga da terra, 300 ml de leite e mistura-se, peneira-se e coloca-se no fogo. Quando começar a desgrudar do fundo da panela é hora de retirar do

fogão. Usa-se o restante do leite, aos poucos, du-rante o cozimento.

GERAL

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ESCÂNDALO DOS BANHEIROS

Protagonista do maior es-cândalo dos últimos tempos, no Ceará, Sávio Pontes, ex-deputado estadual e pre-feito do Município de Ipu, acusado de ter desviado R$ 3,1 milhões destinados à construção de kits sanitários para famílias de baixa renda, teve a prisão preventiva de-cretada pelo Tribunal de Jus-tiça do Ceará (TJCE), mas, há seis dias, se encontrava foragido. Depois de ter-lhe sido negado habeas corpus pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sávio Pontes entregou-se, na tarde de quinta-feira 21/6, ao quartel do Corpo de Bombeiros, em Fortaleza, onde se encontra preso à disposição das auto-ridades.

A prisão de Sávio deu motivos para uma queima de fogos na cidade de Ipu, que há sete dias se encontrava sem prefeito. O vice-prefeito Luiz Gonzaga Timbó foi em-possado na noite de quinta--feira, pela Câmara Munici-pal, por ordem do juiz Lúcio Alves, da Comarca de Ipu. A determinação judicial foi cumprida pelo vereador Ivo de Souza, vice-presidente da Câmara de Vereadores. A presidente da Casa, ve-readora Carmem Lúcia, no entanto, não participou da solenidade. Desde o último dia 15/6, quando promotores da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pú-blica (Procap) e a Polícia Civil estiveram no município

para cumprir os mandatos de prisão determinados pelo desembargador Francisco Darival Beserra Primo, a parlamentar desapareceu do município.

Em seu primeiro pronun-ciamento depois de empos-sado, Timbó declarou que vai priorizar o pagamento de salários aos servidores mu-nicipais, que se encontram atrasados. Ele pediu calma e paciência à população para resolver outros impasses na administração. “A folha da Prefeitura aumentou em R$ 600 mil nos últimos quatro meses. Está inchada de irresponsabilidade fiscal. Portanto, vou ter que tomar algumas medidas que não são vistas com bons olhos por algumas pessoas”, la-mentou.

RepercussãoO chamado “escândalo dos

banheiros” foi denunciado perlo jornal O Povo e, julho

de 2011 e, de início, envol-veu a pessoa do conselheiro do Tribunal de Contas do Ceará (TCE), Teodorico Menezes, seu filho, deputado estadual Téo Menezes, ou-tros dois filhos e assessores do TCE nomeados por Teo-dorico. O conselheiro teve os sigilos bancário e fiscal quebrados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que também o afastou do TCE e proibiu o seu acesso às de-pendências do TCE. O caso envolve o ex-presidente do Banco do Nordeste, Jurandir Santiago, que renunciou ao cargo na semana passada. Jurandir está sendo acusado pela Procap de ter recebido um cheque de R$ 100 mil na conta de um posto de com-bustíveis de familiares, por conta do escândalo que re-bentou na cidade de Ipu. En-volve, ainda, ex-secretários da Secretaria das Cidades, a Assembleia Legislativa e o governo do Estado.

Com a presença do procu-rador-geral de Justiça do Es-tado do Ceará, Ricardo Ma-chado, foi inaugurada, sole-nemente, dia 15 de junho, a nova sede da Promotoria Pública de Crateús, situada na Avenida Almirante Ta-mandaré, 691. O Ministério Público sai das dependências do Fórum Judiciário, onde há muitos anos funcionava em precárias instalações, em salas com divisórias, e passa a ocupar um novo e confor-tável espaço na nova sede.

O evento de inauguração foi prestigiado pela repre-sentação de amplos setores da sociedade, do Poder Pú-blico Municipal, que se fez presente na pessoa do vice--prefeito Mauro Soares, e do Poder Legislativo, na figura do seu vice-presidente, vere-ador Bibi Apolônio.

O promotor de Justiça titu-

lar da Comarca de Crateús, José Arteiro Soares Goia-no, em sua manifestação, discorreu sobre o tema “O fruto da Justiça será a Paz”, discurso bem elaborado e aplaudido pelos presentes, seguindo-se a uma série de agradecimentos.

O vice-prefeito Mauro Soares justificou a ausência do prefeito Carlos Felipe naquela solenidade, em vir-tude de se encontrar, naquele momento, passando às mãos do reitor da UFC, Jesualdo-Farias, os termos de doação do terreno onde será implan-tado o campus avançado da Universidade Federal do Ceará em Crateús. Mauro Soares, na ocasião, destacou a importância da presença da UFC em Crateús, fazendo um comparativo histórico com a chegada aqui do 4º Batalhão Ferroviário, em

1955, da Diocese de Crateús, e de outras tantas benesses para o município, sendo, por último, a inauguração da nova sede da Promotoria Pú-blica de Crateús, que chegou para oferecer aos promotores de Justiça melhores condi-ções de trabalho e mais con-forto para os jurisdicionados.

O procurador-geral de Jus-tiça, Ricardo Machado, em brilhante pronunciamento, ministrou verdadeira aula de Democracia, citando a Cons-tituição Federal de 1988 como um marco da criação do Ministério Público Bra-sileiro, ao qual foi destinado um leque de atribuições nunca visto. Discorreu ainda sobre o funcionamento dos Três Poderes da República e sobre o papel do Minis-tério Público na sociedade brasileira.

Prefeito de Ipu, foragido, entrega-se à polícia e vice assume

Inaugurada sede da Promotoria Pública

Sávio Pontes, prefeito de Ipu, entregou-se no quartel do Corpo de Bombeiros, em Fortaleza, e ficou preso

Promotor de Justiça José Arteiro Soa-res Goiano relatou trabalho do MP em Crateús ao longo dos últimos 15 anos

Vice-prefeito Mauro Soares represen-tou o prefeito Carlos Felipe na soleni-dade de inauguração da Sede do MP

Procurador-geral de Justiça do Estado do Ceará, Ricardo Machado, discorreu sobre o MP após a Constituição Fede-ral de 1988

“Tá na hora de a CPI trazer gente para trabalhar na investigação. Leia-se MPF, TCU, GCU, PF...”

Senador Delcídio Amaral (PT-MS)Para quem a simples discurseira que oposição e situa-ção estão impondo à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apura crimes atribuídos ao bicheiro Car-linhos Cachoeira, inclusive com conexões nos poderes Executivo e Legislativo, não adianta nada.Você encontra todas as matérias da Gazeta

no site. Acesse e poste seu comentário.

Rua Ubaldino Souto Maior, 1230 - São Vicente, Crateús-CE - Fones: (88) 3691.1080 / 3691.5777

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cIDADE

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Na edição anterior, come-morativa de seus 15 anos, o Jornal Gazeta do Centro--Oeste recepcionou infelizes excertos de matéria jornalís-tica intitulada “Identidade Obscura”, assinada pelo Sr. Deoclides Beserra Machado.

Dentre outras aleivosias assacadas, expressa opiniões - supostamente pessoais, se-gundo as quais “O Ministério Público, em vez de trabalhar pelo cumprimento da lei, de zelar pelo cumprimento de determinações emanadas do Judiciário, como por exem-plo, a que determinava a desocupação da Secretaria de Educação ou a desocupação de propriedade invadida na Cidade 2000, pelo MST, de-cide bancar meios termos ...” (SIC). Em outro trecho asse-verou que, em Crateús e mer-cê da (in)ação do Ministério Público, “a população está desguarnecida dos pilares que dão sustentação a uma convivência harmoniosa en-tre a sociedade, autoridades e meios de comunicação.” Afirmou ainda o Sr. Deo-clides Beserra Machado: “o

Município se vê a mercê de radialistas, politiqueiros e do Ministério Público que, jun-tos, toldam a água, obrigando a sociedade a prover-se de uma cacimba poluída.”

Cumpre-nos indagar, desde logo: 1) - onde agimos em descompasso com o Judi-ciário? (Nossas iniciativas restaram homologadas até pela Superior Instância, ape-sar das pressões...); 2) – que tipo de “população” está des-guarnecida de autoridades? E, 3) – ajudamos a “toldar a água” de quem???

Interessante destacar que o nobre articulista reconhe-ce, e até acentua a decisiva participação do Ministério Público em acontecimentos recentes, nos mais relevan-tes fatos sociais ocorridos nesta Comarca, justamente naqueles que reclamavam o pronto exercício das nossas atribuições institucionais - todas elas insertas na Lei Maior, Constituição Federal, porquanto presentes interes-ses difusos e coletivos. Vale dizer: estivemos presentes, firmes, fortes e corajosos.

Não há se falar em omissão. Mostramos e ofertamos nos-sa face. Não nos escondemos atrás do anonimato, nem buscamos fantoches para falar por nós.

Na verdade, a ácida crítica do Sr. Deoclides, consubstan-ciada na matéria jornalística ora farpeada, reside apenas no fato do Ministério Públi-co, nas circunstâncias, não ter atendido às conveniências daqueles segmentos a quem o articulista defende.

Depreende-se que o Sr. Deoclides Beserra Macha-do arvorou-se no direito de pautar o trabalho do Mi-nistério Público, ditando o modo como devemos agir, censurando nossa atuação, pretendendo-se Corregedor--Geral dos Promotores de Justiça.

O mui bem informado Se-nhor deve saber que, na con-temporaneidade, conflitos fundiários e ocupações em geral deixaram de ser “caso de polícia” e transmudaram--se em questões sociais. Não se pode patrocinar “Eldora-dos dos Carajás” tupiniquins,

emprestar apoio a ações temerárias, quando as orien-tações do próprio Governo, Federal e Estadual, apontam no sentido de soluções pela via pacífica da conciliação de interesses. Cientifique-se que a Polícia Militar do Estado do Ceará, leal parceira do Minis-tério Público, comunga deste entendimento e dispõe de grupamento, no BP Choque, qualificado, treinado e capa-citado para abordagens dessa espécie. A briosa Corporação foi devidamente comuni-cada acerca dos mandados judiciais de reintegração de posse expedidos em decor-rência dos episódios locais de ocupação. Não interveio em nenhum deles. Ponderou, ou foi orientada, acertadamente, para resguardar-se.

Quem propugna pelo uso da força, esquece que o di-álogo aproxima as pessoas, resolve os problemas difíceis e esclarece as questões com-plicadas. Olvida ser o diálogo uma ferramenta poderosa para solucionar mal-entendi-dos e até transformar campos de guerra em ambientes de

paz.Resta assegurar às pessoas

de bem deste Município que o MINISTÉRIO PÚBLICO velará sempre pela verdadei-ra Justiça. Assim, quando leis ilegítimas, inconstitucionais, se apresentarem diante de nós em conflito com o Di-reito, é ao lado deste último que deveremos nos perfilar! E sem descambar para o arbítrio.

Estão equivocados aque-les que nos querem açoda-dos, patrocinando temerárias aventuras jurídicas, mane-jando ações antes mesmo de coligir manancial probatório e elementos para funda-mentação. Enganam-se os que anseiam usar o Minis-tério Público como mero instrumento para consumar vindicta político-eleitoreira, servindo apenas para o delei-te, efêmero e conjuntural, de uns poucos, desprovidos de espírito elevado! A estes, por certo, não atenderá ja-mais a tramitação normal dos processos judiciais, porquan-to a ausência de consistência ideológica, o mimetismo

partidário e o “dinamismo da política” com “p” minúsculo não lhes permitirá aguardar o desfecho...

O MINISTÉRIO PÚBLI-CO, independente e autô-nomo, permanecerá sempre acima de querelas partidá-rias, de frívolos interesses grupais, agindo serenamente, arrimado em suas prerrogati-vas institucionais. Exigimos respeito! Exigimos e desa-fiamos o autor da matéria jornalística ora vergastada – bem assim a quem essa conduta possa interessar, a provar(em) a desídia, a par-cialidade e a pusilanimidade maldosamente insinuadas.

(A) JOSÉ ARTEIRO SO-ARES GOIANO e RAFA-EL DE PAULA PESSOA MORAESPROMOTORES DE JUS-TIÇA EM CRATEÚS(CE)

A Comarca de Crateús vai ganhar Fórum da Justiça Estadual. A promessa foi feita, na tarde do dia 19/6, por desembargadores, para a comitiva de autoridades des-te Município, em visita ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), sob a coordenação do presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) de Crate-ús, Ismael Pedrosa Machado. Na ocasião também ficou acertada a realização de um mutirão para desafogar as três Varas Cíveis – 1ª, 2ª e 3ª , que acumulam, cada uma, cerca de dois mil processos. A data para início do mutirão ainda será definida.

Além de Ismael Pedrosa Machado, integraram a co-mitiva o promotor de Justiça da Comarca de Crateús José Arteiro Soares Goiano, o prefeito municipal Carlos Felipe Saraiva Beserra, a

defensora pública Carolina Chaib Amorim de Carvalho e o vereador Antônio Jaime Sobreira Lima. Na ocasião, eles reivindicaram a constru-ção do Fórum e a realização do mutirão. Os dois pedidos foram definidos em audiên-cia pública realizada pela OAB-CE, na Câmara Muni-cipal de Crateús, quando a população local apresentou as duas propostas como essenciais para o bom anda-mento da Justiça na cidade

de Crateús.“O presidente do Tribunal

de Justiça, desembargador José Arísio, comprometeu--se em acelerar o processo de licitação para o início da obra”, informou o presiden-te da subseção da OAB de Crateús, assegurando que já existe a maquete da planta baixa do Fórum a ser cons-truído. “Estamos esperanço-sos, pois nossos pleitos serão atendidos”, afirmou Ismael Pedrosa.

Em protesto ao artigo “identidade obscura”

Justiça Estadual promete realizar mutirão para desafogar Varas de Crateús

Vereador Antônio Jaime Sobreira, defensonra pública Carolina de Carvalho, promotor José Arteiro, presidente da subseção da OAB - Crateús, prefeito Carlos Felipe e desembargadores Byron Frota e Emanuel Leite de Albuquerque

A Constituição Federal estabelece que a radiodifu-são funcione como um ser-viço de interesse público, indicando como diretrizes a preferência das finalidades educativas, artísticas, cultu-rais e informativas; a pro-moção da cultura nacional e regional; a regionalização da programação; e o respei-to a valores éticos e sociais. Por outro lado, a lógica de mercado que conduz os canais comerciais faz com que eles se comportem como negócios privados em busca de lucro, despre-zando sua função pública.

Diante disso, é funda-mental que haja regulação jurídica e controle social sobre o funcionamento dos veículos de radiodifusão. Uma forma de controle já em vigor é o mecanismo da outorga de concessões pú-blicas como requisito para poder usar sinal de rádio

ou televisão. Pelo termo de concessão, o concessio-nário se compromete a al-gumas coisas, dentre elas, a de não “alugar” espaços em sua programação a não ser para publicidade até o li-mite de 25%. Isso favorece que os canais se preocupem em produzir programações interessantes que atraiam o público em vez de serem apenas balcões de aluguel de espaço de mídia.

Como as palavras que estão na lei nem sempre têm essa mesma clareza, desvios acontecem. Ad-mitir o aluguel de espaços em rádios e TVs é favo-recer que a definição dos conteúdos não se guie pelo interesse da audiência ou pelo interesse público, mas pelo interesse de algum grupo ideológico imposto através do abuso do poder econômico.

Segundo dados do In-

tervozes, canais de grande porte e de alcance nacional já estão “alugando” 40 horas, às vezes, 50 horas de programação por sema-na. Os grupos que alugam esses horários não se com-prometem com nada que determina a Constituição. Assim, paulatinamente, a programação de TV e rádio vai deixando de ser um ser-viço com finalidade pública e passa a ser um espaço loteado acessível apenas a quem possui dinheiro.

A lógica não está mais pautada no debate e no di-álogo entre os vários pontos de vista, mas na construção de monólogos paralelos que nunca se tocam nem se encontram. Não é esse tipo de comunicação que produz diversidade nem empodera para o exercício da democracia.

Jairo Ponte

A radiodifusão e o exercício da democracia

ARTIGO

ALCÓOLICOS ANÔNIMOSSe você quer beber o problema é seu. Se seu caso é parar de beber o problema é nosso; Alcóolicos anôni-mos.Central de Trabalho: (88) 3691 2378 cIDADE

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BNB dará crédito emergencial

O semiárido, a seca e a RIO+20

Luiz Inácio Lula da SilvaEx-presidente, há 12 anos, quando lutava contra Paulo Maluf

“O Maluf é que deveria estar atrás das grades condenado à prisão perpétua por causa da roubalheira na prefeitura”

Fortaleza. O Banco do Nordeste dispõe de R$ 1 bi-lhão para empreendimentos de Municípios com decreto de situação de emergência reconhecido pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Os recursos são oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

O limite de crédito varia de R$ 2,5 mil a R$ 100 mil, com juros de 1% a.a para os agricultores familiares, com bônus 40% sobre a parcela paga em dia, e de 3,5% a.a para os demais produtores, sem bônus.

A iniciativa beneficia os produtores rurais vítimas da pior estiagem dos últimos 40 anos, cujos Municípios tenham decretado estado de emergência ou calamidade pública.

ProrrogaçãoAlém disso, poderão ser

prorrogadas as parcelas com vencimento entre 1° de ja-neiro de 2012 e 1° de janeiro

de 2013. Serão beneficiados produtores rurais de qual-quer porte, desde que suas operações de custeio e/ou investimento estejam em situação de adimplência em 31 de janeiro deste ano.

Para serem contemplados, os empreendimentos devem estar localizados em Muni-cípios da região Nordeste em situação de emergência ou estado de calamidade pública decretado após 1° de fevereiro de 2012, reconhe-cido pelo Governo Federal.

Para operações de custeio da safra 2011/2012, as dívi-das poderão ser renegociadas em até cinco parcelas anuais, com vencimento da primeira parcela em até um ano após formalização da renegocia-ção. Já para o custeio de safras anteriores e inves-timento (exceto BNDES/Finame), a renegociação po-derá ser feita em até um ano após o vencimento da última parcela vincenda constante do atual cronograma de re-embolso da operação.

As iniciativas fazem parte de um pacote de medidas do Governo Federal, que visam reduzir os impactos da maior estiagem dos últimos anos na região Nordeste e no norte de Minas Gerais, reforçando a rede de proteção social no semiárido.

As ações têm impacto direto na vida de mais de 4 milhões de brasileiros que vivem na região. O total de investimentos do Governo Federal em ações emergen-ciais é de R$ 2,7 bilhões. Sobre o Seguro Safra, até o final do mês os agriculto-res devem estar recebendo a primeira parcela, uma vez estando cadastrados no programa, com as contra-partidas em dia conforme critérios.

Mais informações:Banco do NordesteAv. Pedro Ramalho, 5700,Passaré, Fortaleza - CE, 60740-000Telefone: (85) 3299.3520

O semiárido abrange 86% da Região Nordeste e o norte da Região Sudeste. Abriga, além da biodiversidade e do potencial geológico e energético, um significativo patrimônio cultural, históri-co e humano. Deve ser inse-rido, com destaque, em um projeto de desenvolvimento nacional. A Caatinga é a zona semiárida com a maior biodiversidade de flora e fau-na do planeta, com espécies endêmicas de alto valor bio-lógico e expressivo potencial forrageiro, madeireiro e me-dicinal. Seus solos são ricos em águas subterrâneas. No momento em que o Nor-deste vive uma das piores secas das últimas décadas, o Brasil recebe chefes de Estado e delegações inter-nacionais para a Conferência das Nações Unidas para o

Desenvolvimento Sustentá-vel - Rio+20. Participei da primeira Conferência - a Eco 92, e das três conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) de combate à desertificação. Agora, repre-sentando o Senado, debate-rei Cidades Sustentáveis e Inovação. É uma oportunidade para adotarmos uma Política Na-cional de Combate e Preven-ção à Desertificação e Miti-gação dos Efeitos da Seca. Apresentei projeto com esse objetivo no Congresso. A seca deve ser considerada na elaboração das políticas agrícolas, de preservação ambiental, macroeconômi-cas, de expansão urbana, entre outras. Os estados mais afetados pela desertificação ocupam 11,5% do território nacional,

com 32 milhões de pessoas. O grande potencial produti-vo dessa área é afetado, pro-vocando perdas econômicas e ambientais e o aumento da pobreza. Temos centros de referência aptos a dar suporte técnico para a elaboração e execu-ção de projetos de desen-volvimento econômico e social sustentável. Mas esse trabalho não pode continuar disperso. Daí a necessidade de uma política nacional sobre um problema que é natural, social e histórico em nosso País e há séculos exige solução. Temos conhe-cimento científico e técnicos capacitados para fazer frente ao desafio climático. Adotar uma política permanente de valorização do semiárido é a questão a ser enfrentada.

Gazeta Saúde) PA 120X80Isaac Furtadocirurgião plástico

Como vai sua pressão arte-rial? Quando foi a última vez que você aferiu sua pressão?

A hipertensão arterial é um dos males que mais afligem o homem, e de maneira si-lenciosa vai piorando até o momento em que ela pode ser fatal. Momento em que chega a níveis muito altos, levando a acidentes vascula-res cerebrais (AVC) hemor-rágicos ou infartos. Portanto, após terminar este texto, se você tem um aparelho em casa, verifique sua pressão, caso contrário procure um posto de saúde ou um médi-co para fazer uma avaliação melhor da sua saúde. E se você tem mais de quarenta anos, faça anualmente uma avaliação completa, o famo-so Check-up. Não deixe para amanhã! Se você tem dor de cabeça (cefaleia), aperto no peito, falta de ar após pe-quenos esforços, procure um cardiologista, ele pode ser seu salvador. Mas, lembre-se é você que vai fazer valer to-das as orientações médicas, você é que será seu próprio salvador.

Se você está acima do seu peso, está sedentário a mais de um ano, e tem mais de quarenta anos de idade, provavelmente sua pressão sanguínea estará alta. Por-

tanto, transforme este quadro a seu favor. Muitas vezes, sem nenhuma medicação sua pressão pode normalizar, apenas com uma mudança de atitude de vida.

O ponto inicial é a sua ali-mentação, tendo o sal como o principal vilão, e quando ele vem acompanhado com o aumento do colesterol, temos uma dupla de matar. Diminua a ingestão de sal, e procure outros temperos, como pimenta ou ervas para realçar o sabor dos alimen-tos. Procure um nutricionista para melhor lhe orientar e adequar um cardápio que você possa conviver, pois não se trata de dieta, mas de uma verdadeira reedu-cação alimentar, que vai lhe acompanhar para o resto de sua vida.

O segundo ponto é a ativi-dade física, talvez esta seja a melhor maneira para dimi-nuir rapidamente o seu peso, e regularizar sua pressão arterial. A atividade física feita de maneira rotineira irá transformar a maneira como o seu corpo vai reagir a ca-loria extra que será ingerida. Não deixe que as sobras de calorias se transformem em gordura, e obstruam suas artérias. O condicionamento físico, após alguns meses irá

fazer com que a sua “máqui-na” circulatória tenha um rendimento mais efetivo. Mas, o exagero também pode ser prejudicial, pois a saturação da atividade física produz ácido lático e muitos radicais livres que irão “en-velhecer” seu corpo. Faça uma atividade física com orientação, procure um pre-parador físico, um “personal trainer” que irá adequar os melhores exercícios e a carga adequada para sua altura e peso. E antes da atividade física, procure um médico para uma avaliação mais completa (Teste Ergomé-trico, Doppler do coração). Enfim mexa-se, e cuide-se!

Mas, em alguns casos, a pressão só será corrigida com medicação (diuréticos, betabloqueadores etc), pois pode haver um componente familiar. Nunca interrompa uma medicação por conta própria, visite seu cardio-logista pelo menos de seis em seis meses. E em casa, ou num posto, verifique sua pressão ao menos uma vez por semana.

E aí, quanto deu sua pres-são?

Inácio ArrudaSenador

ARTIGO

cIDADE

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Cidade se mobiliza no Dia do Desafio 2012

Teatro de Rua resgata Casamento Matuto

Novo Oriente é destaque no PAIC

Informe Publicitário

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Independência

Novo Oriente

Leonardo Boff Teólogo

“Na nossa democracia, o povo não se sente representado nos eleitos; depois de uns meses nem mais sabe em quem votou”

Grande evento esportivo foi realizado no dia 30 de maio último, no município de Novo Oriente, com a participação de aproximada-mente 7.000 pessoas, dando ênfase à campanha mundial de incentivo à prática re-gular de atividades físicas: “DIA DO DESAFIO”: Você se Mexe e o Mundo Mexe Junto, campanha que acon-tece anualmente na última quarta-feira do mês de maio,

em todo mundo.O evento teve início pela

manhã e durou o dia todo, com a realização de ativida-des físicas por todos os se-tores do município: escolas, secretarias de: Educação, Saúde, Ação Social, Cultura e Esporte, Prefeitura, co-mércio, banco, associações comunitárias, topiqueiros, conselhos, programas so-ciais: PROJOVEM, Progra-ma Mais Educação e outros

segmentos.As atividades desenvol-

vidas durantes o dia foram as mais variadas, dentre as quais: caminhada, ciclismo, corrida, gincanas, jogos e brincadeiras, aula de dança, alongamentos, atletismo, futebol, basquete, vôlei, tênis de mesa, atividades especiais para pessoas com deficiên-cias.

O ponto culminante do evento ocorreu por ocasião

do encerramento do evento na Praça da Matriz, com um “aulão” de dança para todas as pessoas presentes e a corri-da de ciclismo, com premia-

ção de uma bicicleta, doada pela secretária de Educação.

Autoridades presentes fa-laram da importância que tem a atividade física para a

saúde física e mental das pessoas, e recomendaram a todos a continuidade dessas atividades para a melhoria da qualidade de vida.

O Festival de Teatro de Rua/Casamento Matuto foi criado em 2006, pelo então Departamento de Cultura da Prefeitura de Independência, para fazer um resgate das an-tigas brincadeiras dasfestas de São João, entre elas, o ca-samento de moças e rapazes de uma região, logo após a colheita da safra, que era o motivo maior das festas em comemoração aos casórios. Ficou instituído um concurso para a escolha e premiação

dos três melhores grupos ju-ninos em suas apresentações de casamento matuto.

O Grupo Terra Junina ven-ceu o concurso com 116,5 pontos e recebeu a premiação de R$ 1.000 e troféu; em segundo lugar, com 96,5 pon-tos, foi premiado com troféu e R$ 800, o grupo Coração Junino e; em terceiro lugar, foi classificado o Grupo Junino da Escola Dep. Jerô-nimo Alves, com pontuação de 88,5 pontos, que foi pre-

miado com R$ 500.Para a secretária de Cultura

e Turismo,Aldenora Vieira, o

São João de Independência é aquele que não perdeu suas raízes, que preserva a cultura

simples do povo da terra, é aquele que se alegra com os grandes invernos e que reza

por chuva nas grandes secas, amando e querendo bem a Independência.

Profissionais da área da Educação de Novo Oriente (2º e 5º ano) juntamente com coordenadores, diretores e a secretária de Educação Maria Coelho, reuniram-se, no dia 15/6, na Câmara Municipal, para receber homenagem por parte da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores, pelo desempenho alcançado pelo município no Estado do Ceará, no Programa Alfabeti-zação na Idade Certa (PAIC), 2º e 5º ano.

Na ocasião, e como forma de prestar contas com a so-ciedade, a secretária de Edu-cação e a Gerente do PAIC,

fizeram uma retrospectiva do município na área educa-cional, desde a implantação do PAIC, criado em 2007, até os dias atuais, demons-trando através dos índices de aprendizagem, a grande evolução que Novo Oriente vem alcançando.

No ano de 2011, das 22 escolas avaliadas no 2º ano, todas obtiveram o perfil de Escola Nota 10, sendo con-templadas com o Prêmio Escola Nota 10, três escolas, duas de 2º ano: Escola de Ensino Básico Dr. Antônio Eufrasino Neto (tri – Campeã do Prêmio no 2ª ano), Escola

Francisco Alexandre (tri–Campeã no 2º ano e Campeã no 5º ano), e a Escola Fran-cisco Severiano de Sousa, da localidade de Santa Maria, Campeã do Prêmio no 2º ano.

Durante o evento, o prefei-to Rodrigão, o vice – prefeito Godofredo, a secretária de Educação Maria Coelho, e o presidente da Câmara, em reconhecimento e valo-rização aos profissionais da área, prestaram homenagem pública com placas de Honra ao Mérito, e bonificação em dinheiro.

Na ocasião, o deputado Nenen Coelho fez justa ho-

menagem e retrospectiva do Trabalho exercido por Maria Coelho à frente da Secretaria de Educação, pelo trabalho e dedicação que ela vem desenvolvendo ao longo dos anos.

Na sua fala, o prefeito Rodrigo Coelho parabenizou

os profissionais da Educação pelo trabalho desenvolvido e disse que a sua gestão tem sido a gestão onde a Educa-ção mais tem crescido. Por sua vez, o deputado Nenen Coelho declarou que os da-dos apresentados são a prova concreta de um verdadeiro

trabalho.A secretária Maria Coelho

agradeceu a todos os profis-sionais da área da educação pelo trabalho e empenho exercidos e reafirmou o seu compromisso pela Educa-ção do município de Novo Oriente.

Premiados do festival de Teatro de Rua/Casamento Matuto Manifestação popular: povo participar do Festival Junino

População pratica atividade física no Dia do Desafio 2012

Prefeito Rodrigão e secretária de educação Maria Coelho prestam homenagem as escolas premiadas

Criança recebe prêmio e uma bicicleta

Vice-prefeito Godô e secretária de educação Maria Coe-lho na premiação de Escolas Nota 10

COMUNICADO SEMACE COMUNICADO SEMACE

ANTÔNIO FRANCISCO SANTIAGO 873.524.783-53CNPJ: 15.488.072/0001-05

Torna público que requereu à Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMACE, a Regularização da Licença de Operação para a atividade Fabricação de produtos de padaria e confeitaria com pre-dominância de produção própria, situada a Rua Sebastião Barbosa, 137 – Nova Aldeota – Tauá/ CE– CEP: 63.660-000.

Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

ANTÔNIA S. MOTA GOMES – ME.CNPJ: 04.854.101/0001-80.

Torna público que recebeu da Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMACE a Licença de Operação N0 407/2012 – DICOP – GECON, referente à regularização da licença com validade até 04/04/2013, referente à atividade de Panificadora em Crateús/ CE na Rua Frei Vidal da Penha, 1499 - Centro – CEP: 63.700-000.

Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

Pesquisa do CE será debatida na NoruegaUma pesquisa apoiada pela Funcap sobre vírus de planta no Ceará será apresentada no 13º Simpósio Internacional de Doenças de Plantas Ornamentais Ocasionadas por Vírus, que ocorre de 24 a 29 de junho, na Noruega. Quem profere palestra é o profes-sor José Albersio de Araujo Lima, do Laboratório de Virologia Vegetal da UFC.

REGIOnAL

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Teodorico MenezesSobre que teria utilizado recursos no polêmico episódio dos banheiros. Renuncio ao cargo de Conselheiro de conseguirem provar as acusações

“Eu renuncio o cargo de conselheiro se provarem as acusações. O MP tenta confundir e faz ilações maldosas”

Oportunidade de Negócio

Vende-se casa dúplex recém-construída, no local mais valorizado da cidade, com 3 suítes (uma com varanda), gabinete, banheiro social, varanda, jardim gramado, garagem, área de serviço, quintal com piso cerâmico, porta principal e janelas em vidro fumê, piso em porcelanato nos dois pavimentos, ampla sala de estar e cozinha, dispensa, túnel de ventilação, 4 banheiros com boxes em vidro fumê, escada e solei-ras em granito preto, corrimão em inox, portões em alumínio, sancra, acabamento de primeira, ligada à rede coletora de esgoto e rede tele-fônica, calçada em piso cerâmico, interfone, pintura em látex e textura. Recebe-se imóvel de menor valor (terreno/casa) e carro. Tratar pelos fones: 3692.3810 – (88) 9249.4157 – (88) 8855.8392 e (85)9909.8296

CASA DÚPLEX NOVA

Nunca na história deste país se viu coisa igual. O sistema público de saúde no Brasil entra na lista das causas de morte dos nossos cidadãos. A cada dia mais pessoas morrem por falta de atendimentos nos nossos hospitais públicos. Na semana passada, aqui em Brasília, um homem morreu à porta de um hospital do gover-no porque não havia leito de UTI para interná-lo. Um caso típico de morte anunciada. E ele portava dois mandados judiciais determinando a in-ternação imediata. Pelo que ocorre na capital do país, po-de-se imaginar o caos no aten-dimento médico-hospitalar em todo o Brasil. Brasília tem uma população de mais de 2,5 milhões de habitantes, número que passa dos três milhões se levadas em conta as cidades do entorno, de Goiás e Minas, cujos habitantes engrossam as filas em busca de socorro médico na cidade. Pois bem, para toda essa massa de gente existem apenas 299 leitos de UTI em toda a rede pública de

hospitais do Distrito Federal. Quase todos os dias crian-ças e adultos morrem diante de médicos mal pagos, sem meios e condições de trabalho, muitos dos quais recorrendo a tratamentos psicológicos para os traumas causados pela impotência que os impedem de exercer com dignidade a profissão. Esse quadro trági-co não se justifica num país que se orgulha de enfrentar ileso uma das maiores crises que envolvem a economia mundial, mesmo esbanjando o dinheiro público num dos maiores festivais de gastan-ça de que se tem notícia no continente. Bastaria cortar as verbas que financiam com o dinheiro do contribuinte - esse mesmo que morre na fila do hospital - os movimentos dos companheiros que invadem e saqueiam propriedades rurais, ocupam prédios públicos, fomentam greves e levam a anarquia às nossas cidades e ao campo, sempre com a garantia da impunidade, para melhorar o sistema de saúde.

O dinheiro dado de presente a ditaduras durante os governos do companheiro metalúrgico daria para instalar e manter algumas centenas dessas uni-dades de tratamento intensivo.

E o mais grave é que a ca-rência não é apenas de UTIs. Em muitos hospitais falta de tudo. Há deles em que mé-dicos não podem fazer um simples curativo porque não há esparadrapo, algodão ou álcool. Nas filas, é comum ver-se doentes trazendo esses materiais, que compram nas farmácias para suprir a incom-petência do Estado.

A presidente Dilma precisa tomar ciência de imediato de que estamos num verdadeiro estado de calamidade pública no que tange à saúde. Essa mesma saúde que um ex--presidente garantiu ter níveis de excelência, embora não tenha titubeado em passar longe dela antes de iniciar um custoso tratamento num dos mais caros hospitais privados do País.

Rangel Cavalcante

Morte anunciada

ARTIGO Rio+20 termina à sombra da crise e com acordo “possível”

Apenas o “possível” ven-ceu a falta de consenso e de disposição para desembolsar recursos em nome do desen-volvimento sustentável, e a Rio+20 termina sob críti-cas de falta de ambição e à sombra da crise econômica internacional.

Países ricos, tradicionais financiadores de projetos ambientais, usaram a crise como justificativa para re-jeitar o aporte de recursos, deixando no documento final um vazio quanto a valores a serem destinados a pro-gramas de desenvolvimento sustentável.

Delegações comemoraram o consenso, alcançado antes da reunião de chefes de Es-tado e governo, sobretudo

por ter reafirmado pontos já acertados há 20 anos, na Eco-92, e evitar um retroces-so em acordos já assinados.

Outros países, no entanto, se mostraram frustrados com o que chamaram de falta de ambição e urgência no combate a problemas decorrentes do aumento do consumo, da população e da industrialização.

A atual crise financeira assombrou a conferência, e o acordo foi chamado de “possível” pela presidente Dilma Rousseff.

“Aplaudo em especial os países em desenvolvimento que assumiram compromis-so concreto, mesmo sem a necessária contrapartida de financiamento dos países de-

senvolvidos”, disse Dilma, ao encerrar a conferência na sexta-feira.

Com a resistência dos ricos de se comprometer com no-vos aportes, o texto apontou apenas para uma diversidade de fundos, inclusive priva-dos, para o financiamento de ações para o desenvolvimen-to sustentável.

Cerca de 100 chefes de Estado e governo, que esti-veram reunidos nos últimos três dias no Rio, discutiram formas de estabelecer os chamados “objetivos de desenvolvimento susten-tável”, uma iniciativa da ONU construída em torno do crescimento econômico, da preservação ambiental e da inclusão social.

ARTIGOs

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Dilma RousseffPresidente, durante evento de assinatura do empréstimo de R$ 3,6 bilhões do BBI ao governo do Rio de Janeiro

“A mim espanta os que falam que o momento de consumo já passou. Como, se ainda tem uma demanda grande reprimida?

Cheyla Motapsicopedagoga

ARTIGO

Registros da escravidão – a Cafua das Mercês, transfor-mada em museu em 1975, foi construída no século XVIII para servir de apoio de desem-barque e comércio de escravos vindos da África.

Com duas salas, uma para cada pavimento, e um pátio revestido em pedras de canta-ria, o pequeno prédio alberga além de instrumentos de suplí-cio do período da escravidão, indumentárias, acessórios e

instrumentos musicais utili-zados nos rituais religiosos da Casa de Minas, Casa de Nagô e outros terreiros do Maranhão.

Documentos muito inte-ressantes da época também podem ser vistos na Cafua, como o testamento de Dona Ana Jansen – cruelíssima proprietária de escravos que os alugava para o Estado e em-presas. Em seu testamento, ela reconhece os seus numerosos filhos e cita vários de seus ma-ridos e amantes. O testamento é o registro de uma mulher que subverteu os padrões da sociedade maranhense de seu tempo, invertendo os papéis do homem e da mulher.

Na Cafua, conhecida tam-bém como “Museu do Negro”, uma coleção com peças de várias regiões e grupos étnicos da África podem ser aprecia-das, como bambara, dogon, senufo e outros.

Um passeio pela História convida o leitor a abrir espa-ço em sua mente e agenda, para essa ampla variedade de propostas e acervos de nossa História. É válido!!

Um passeio pela História IV

Cafua das Mercês (Museu do Negro), São Luís – MA

Antônio Mourão Caval-cante (foto), médico psiquia-tra, antropólogo e professor universitário acaba de lançar mais uma importante obra, fruto de experiências vividas ao longo de sua vida – PSI-QUIATRIA – Outros olhares. Mourão explora principal-mente os laços que unem a psique humana aos diferen-tes contextos socioculturais nos quais os sujeitos estão inseridos, a partir de uma abordagem denominada et-nospsiquiatria que, segundo o autor, esta corrente não se opõe à tradicional aborda-gem medicamentosa, mas a complementa.

A etnospsiquiatria (tam-bém chamada de psiquiatria social) fundamenta-se no re-conhecimento das diferenças entre indivíduos, ao conside-rar tanto a dimensão psíquica quanto a cultural – nesse último caso, especialmente de aspectos relacionados às relações sociais, de identida-de e de situações vividas ao longo da vida.

O a u t o r c i t a c o m o exemplo:“um paciente es-

quizofrênico do interior do Ceará não adoece do mesmo modo que um esquizofrê-nico em Tóquio, no Japão, embora a doença tenha um conteúdo genético. Enquanto o segundo pode falar que está sendo perseguido por monstros de jogos eletrôni-cos, o primeiro pode relatar demônios ou entidades da cultura popular”. Prossegue Mourão: “Outra diferença: já tratei padres e freiras com depressão. Eles choram, lamentam, mas nunca falam em suicídio, por conta dos preceitos do catolicismo”, cita.

Antônio Mourão Caval-

cante nasceu em Crateús. É formado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará e concluiu estudos na famosa Escola de Altos Es-tudos em Ciências Sociais, de Paris (França), tendo acu-mulado experiências quando de sua estada na Bélgica, no Hospital de Saint Luc, da Universidade Católica de Louvain.

O lançamento do seu livro aconteceu no último dia 20/6, na Livraria Cultura, na Avenida Dom Luiz, com ex-pressiva presença de público e do mundo acadêmico de Fortaleza.

Lançamento Cultural

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Tema central e, sem dú-vida, o que se revestiu de maior importância na Con-ferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20) “A Economia Verde no Con-texto do Desenvolvimento Sustentável e de Erradicação da Pobreza e a Estrutura Institucional para o Desen-volvimento Sustentável”.

A transição da atual eco-nomia “marrom” para a “verde” está longe de ser consenso. A grosso modo, a primeira é o sistema produti-vo atual, poluente e baseado em combustíveis fósseis; a outra preconiza uma baixa emissão de carbono e o uso mais eficiente dos recursos naturais.

Nos últimos 20 anos a eco-nomia global consumiu 23% menos materiais, emitiu 21% menos carbono. No entanto, população e consumo au-mentaram exponencialmen-te, acumulando os ganhos de eficiência num processo de “descasamento”. Isso mostra que é falsa a expectativa de que, graças à tecnologia, poderemos continuar com o pé no acelerador do cres-cimento.

É preciso que as pessoas reconheçam que o resíduo que geram tem valor econô-mico e é necessário o envol-vimento de cada cidadão na

valorização do resíduo, no reconhecimento de que ele tem valor econômico.

No Brasil ainda há pesso-as em situação de miséria obrigadas a recorrer aos lixões para sustentar suas famílias. A meta da Rio + 20 “sem lixões em 2014” é uma decisão correta do ponto de vista sanitário, ambiental e dignidade hu-mana. Vai colocar o Brasil em outro patamar sanitário. Mas não adianta só erradi-car os lixões. E preciso que haja investimento em infra--instrutora urbana nos mais de cinco mil municípios, para tratamento de seus resí-duos. Há de se praticar a arte de fazer nada virar alguma coisa. Há de se programar o gesto responsável do lixo e a inclusão social. Na cadeia da reciclagem do país o descar-te e o reúso do mobiliário no ambiente urbano extrapola o ciclo estritamente ambiental: é fundamental na inclusão social de um contingente de pessoas em situação de miséria nas grandes cidades.

Várias correntes têm de-finido a Economia Verde. A ambiental neoclássica que incorpora a questão ambiental, acreditando no avanço tecnológico, sem questionar o crescimento econômico medido pelo PIB; a economia ecológica que

integra ciências econômicas e ciências sociais, vendo a economia como parte de um ecossistema global, não se opondo ao uso de recursos naturais, embora recrimine o uso irresponsável desses recursos; o estado estacioná-rio, que propõe a estagnação da produção e da população. Nesse caso, o PIB varia pou-co, ficando próximo a zero, vislumbrando uma economia estável, sem crescimento quantitativo. Portanto os pa-íses ricos deveriam buscar o estado estacionário para que os países pobres cresçam até atingir a prosperidade. E, por último, o desenvolvimento, que prega o crescimento eco-nômico, medido pelo PIB.

Por fim, pode-se definir o desenvolvimento sustentá-vel como o que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de se desenvolverem. E seja qual for a conferência ou en-contro, não deverá detalhar metas, mas a questão de quem vai pagar a conta de conciliar proteção ambiental com desenvolvimento, não podendo ser sustentado pelos ecossistemas terrestres. Pro-põe que os países parem de crescer, melhores condições de vida devem ocorrer sem aumento de consumo.

Eduardo Aragãos | Eng.º agrônomo e economista com mestrado em Economia Rural

Gazeta no Gampo

Economia verde

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Para a Nação brasileira a televisão é o meio de co-municação mais poderoso e, para nossa região, é o rádio. Devido a este fato, a responsabilidade das emis-soras para com a população é imensa, pois dependendo do modo como as notícias venham a ser veiculadas, elas podem levar a opinião pública a um erro de deci-são, prejudicando pessoas, instituições ou mesmo a população de uma cidade e, às vezes, a própria nação. Vários são os incentivos que levam profissionais de-sonestos da comunicação a manipularem informações. Na eleição para Presidente da Republica, em 1989, o de-bate final foi transmitido ao vivo para toda a Nação bra-sileira, houve manipulação da informação por parte da toda poderosa Rede Globo a favor de Collor de Melo, influenciando decisivamente para a derrota do então can-didato Lula.

Este fato é reconhecido por todos e defendido em teses acadêmicas nas universida-des. O Senador Demóstenes Torres pertencente ao partido dos Democratas, tido como pilar da ética e da honestida-de, mostrou a todo o Brasil que não passava de um ban-dido, pois em troca de gordas propinas usou seu status de senador e informações pri-vilegiadas para favorecer a empresa Delta e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Em outras situações, ocorre tão somente a troca de favores, caso de um repórter de uma afiliada da Rede Record de Televisão que transmitia avi-sos sobre operações policiais

para um traficante em troca de informações privilegiadas sobre crimes.

Em Crateús e em outras cidades vizinhas, o rádio é o meio de comunicação mais abrangente. Pode-se perceber claramente quando há manipulação da informa-ção em beneficio de uns e em detrimento de outros. Estas emissoras não fazem nenhum rodeio em mostrar que este é o seu objetivo, dando a entender que são intocáveis, que têm costas largas e que não temem represália da Justiça. A ma-nipulação mais contundente de noticias em Crateús parte de uma emissora de rádio que, diariamente, utiliza programação jornalística para ironizar e desacredi-tar a administração pública municipal perante a popu-lação. Existem centenas de exemplos que demonstram este fato, mas vamos nos ater aos mais recentes que ainda estão na memória da popu-lação para demonstrar esta verdade. No mês passado, um radialista desta emissora, para enaltecer notícia de um município vizinho, fez uma comparação denegrindo a imagem de Crateús: Radia-lista “nunca na história os professores foram tão humi-lhados e massacrados numa administração. Por falar em professor, depois da greve há retaliações em várias escolas da rede municipal, transferência de professores, nós temos conhecimento que em algumas escolas até um atestado está sendo rejeitado pela direção da escola”. Em seguida: Radialista “Por falar em Educação, Novo Oriente

continua sorrindo à toa, o prefeito Rodrigão, o vice--prefeito Godô, o deputado Nenen Coelho, a secretária de educação Maria Coelho e os professores, diretores, alunos pela conquista. Novo Oriente teve três escolas nota 10, né... educação de qualidade lá no município de Novo Oriente”. Em outra situação, o radialista, sem nenhum pudor, culpa a admi-nistração por um ato que não lhe é pertinente: Radialista “......o prefeito quer fechar o ponto de apoio aqui na Princesa dos Inhamuns, isso vai afetar mais da metade da população da cidade de Cra-teús, então, você que mora aqui no centro, mora no bair-ro São José, mora no bairro São Vicente, vai ter que pe-gar o ônibus lá na rodoviária, enquanto você pode vir aqui, principalmente num trânsito deste, você vai ter que de-sembolsar aí mais dinheiro para você gastar, você vai pagar outra passagem pra-ticamente, você pega o taxi, não tem carro, ida e volta, aí vai findar uma passagem”. O caso mais bizarro de todos é certamente este que, dias atrás, envolveu a morte de uma criança de 02 anos em um incêndio causado pro-vavelmente por um curto circuito em um ventilador. Esta tendenciosa emissora manipulou a notícia jogando criminosamente a respon-sabilidade desta fatalidade na administração pública. Todos estes casos, inques-tionavelmente, podem ser traduzidos como propaganda política antecipada e mere-cem a atenção especial do Ministério Publico Eleitoral.

Posto de saúde 24 horas, ônibus 100% integrado, urbanização de favelas, mo-bilidade urbana e escola em tempo integral com ativida-des esportivas. Esses são os tópicos mais importantes do plano de governo apresen-tado pelo candidato Heitor Férrer, durante a convenção do PDT que homologou a sua candidatura, na manhã deste domingo (24), no Náu-tico Atlético Cearense.

Apesar dos discursos an-teriores ao seu, Heitor asse-gurou que não fará ataques

pessoais à prefeita Luizianne Lins, mas não poupará crí-ticas à gestão. Caso eleito disse que pedirá ao gover-nador Cid Gomes e à pre-sidente Dilma total apoio a Fortaleza.

Ele lembrou ainda que não é candidato de “puxadinho” (puxado por autoridades), mas, se eleito, a população terá “um prefeito para cha-mar de seu”.

(Foto – Paulo Moska)

Deoclides Machado

Propaganda política antecipada

Heitor Ferrer diz que será “um prefeito para chamar de seu”

ARTIGO

CONVENÇÃO DO PDT

“O TCM e o Julgamento das Contas Públicas com foco na Inelegibilidade Ad-ministrativa” eis o tema da Audiência Pública de ini-ciava da OAB/CE, evento que cresce em importância na medida que vai levantar uma questão que envolve o enquadramento de centenas de prefeitos, ex-prefeitos,

enfim, de quantos que, por terem suas contas, gestão desaprovadas pelo TCM, não irão conseguir registro para se candidatarem. O fato dessa Audiência reunir, além de representantes da OAB, da Assembleia, presidente Conselheiros do Tribunal, inclusive, o presidente Ma-noel Veras, mais desperta

natural interesse e atenção. A expectativa, portanto, é que, quando nada, o que esteja sendo objeto de muita especulação, termine por trazer os fatos e devidos esclarecimentos.

“Comentário político de Edilmar Noronhões

Ficha suja

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Otávio LeiteDeputado (PSDB-RJ), que criticou o prefeito do Rio, Eduardo Paes, por estar ajudando a reconstrução do prédio da UNE, sobre o que coloca suspeita

“A UNE é do País, recebeu R$ 30 milhões e nem sequer colocou um tijolo para erguer a nova sede (no Rio)”

Numa cobertura da Vila Leopoldina, em São Paulo, na noite de 19 de maio, Elize Araújo Matsunaga, 30, as-sassinou o marido, Marcos Matsunaga, 42, com um tiro na cabeça. Na manhã seguin-te, com uma faca de cozinha, Elize esquartejou o cadáver, de modo a poder transportar os pedaços em três malas. Logo, ela foi se desfazer das malas e da faca.

Esse fato de crônica tem tudo para se tornar literatura de cordel. Há o sangue frio de Elize depois do crime. Há a diferença social entre Mar-cos, empresário e herdeiro da Yoki, que acaba de ser vendida por R$ 1,7 bilhão, e Elize, enfermeira e bacharel em direito, mas de origem bem humilde.

Além disso, o ciúme foi um dos motivos: na noite do crime, Marcos acabava de ser confrontado por Elize, que conseguira a prova da in-fidelidade do marido. Mais: o horror aconteceu depois de seis ou sete anos do que foi, ao que tudo indica, uma ge-nuína paixão; a filha, de um ano, estava no apartamento, dormindo, durante o crime; foi Marcos que transmitiu a Elize o interesse pelo tiro e pelas armas (havia 30, todas registradas, no apartamento).

Mas, acima de tudo, o que transforma a história do casal em matéria de cordel é o fato de que Marcos en-controu Elize, em 2004, num site de garotas de programa. A informação parece ser re-petida pela imprensa como uma mensagem aos homens: olhe o risco que você corre, se você amar uma prostituta e casar com ela.

Ora, quero corrigir esse lembrete. Se você se apai-xonar por uma prostituta (ex ou não, tanto faz) e quiser se

casar com ela, recomendo apenas uma cautela, que não tem nada a ver com sua futura mulher e tudo a ver com você.

Claro, a culpa do crime de 19 de maio é só de Elize, mas o lembrete preventivo é para os homens, embora chegue tarde para Marcos. Se você ama uma mulher que por acaso é prostituta, aí, tudo bem; mas, se você ama essa mulher POR ELA SER prostituta, atenção: nes-se caso, seria sábio você se familiarizar com a fantasia que sustenta seu amor. Qual é, em geral, a fantasia em questão?

Todo mundo se lembra de “Uma Linda Mulher”, filme adorável de Garry Marshall, em que o rico Edward (Ri-chard Gere) se apaixona por Vivian (Julia Roberts), uma prostituta que ele “levantou” na rua. Será que a história de Marcos e Elize é Uma Linda Mulher sem o final feliz? De fato, sempre pensei que, depois dos sorrisos do fim do filme, Edward e Vivian aca-bariam mal -talvez não tão mal quanto Marcos e Elize, mas mal. Por quê?

Logo quando Edward de-cide trazer Vivian para o seu mundo, ele “acha graça” confessar a um amigo que aquela linda mulher que está com ele é uma prostituta de rua. Prognóstico inelu-tável. Um dia, Edward não resistirá à fantasia que lhe fez escolher Vivian: ele a humilhará (e se humilhará), lembrando, eventualmente diante de amigos e parentes, que Vivian vem da sarjeta e que ele poderia jogá-la de volta para lá.

Na noite do dia 19, se-gundo a confissão de Elize, Marcos a ameaçou: “Vou te mandar de volta para o

lixo de onde você veio”. Ele também declarou que, se a mulher quisesse se separar, a filha ficaria com ele, pois será que um juiz daria a guarda da menina a uma prostituta? (Eu aposto que sim, mas sou otimista...).

Em regra, o desejo de um homem que se apaixona por prostitutas (e planeja “re-dimi-las”) é sustentado por uma fantasia (inconsciente) de vingança -contra a mulher e contra ele mesmo, por ter se deixado seduzir. Explico.

A sexualidade de muitos homens é patologicamente neurótica: eles olham para o sexo pelo buraco da fe-chadura do quarto dos pais. Nessa ótica infantil, não se salva ninguém: é “puta” qualquer mulher que vai com os outros, ou seja, todas as mulheres são “putas”, inclu-sive a mãe (surpreendente-mente), porque ela vai com pai, padrasto e companhia -enquanto, para a gente, ela só tem carinho contido.

Para o homem de calça curta, ajoelhado diante da fechadura, a “puta” é um paradoxo: vergonhosamen-te acessível a todos, salvo a ele. É nessa infantilidade que nascem a misoginia básica, o gosto da violência contra as prostitutas, a ideia de que todas as mulheres, se não são prostitutas, sonham com isso e uma preferência amorosa quase exclusiva por meretrizes.

Quando um desses homens ama uma prostituta e se casa com ela, seu ressentimento pode se calar em nome do amor, mas só por um tem-po: ainda ele vai puni-la por ter sido e ser para sempre a “puta” que vai com os outros.

O modo como a impren-sa noticia é curioso: uma pacata senhora, esposa de um rico empresário – numa noite de loucura – mata o marido com um tiro na ca-beça, espera algumas horas, vai esquartejá-lo, colocar os pedaços em malas e distribuí-los por estradas sem fim…

Assim dito, dá a impres-são que qualquer casal, a qualquer momento, pode produzir a mesma cena. A busca mórbida por audiên-cia – vide diariamente os programas policiais – tenta impor uma ditadura do escatológico para garantir um mínimo de atenção. Pobre imprensa que faz tanto striptease da condição humana em busca de grana.

Voltando ao caso de São Paulo. Não é fácil compre-ender o que acontece den-tro de um casal. Sabemos

apenas de alguns detalhes ou fatos quando chamam atenção.

Esse episódio expressa uma violenta agressivida-de. Claro que um casamen-to pode se acabar. Existe a separação legal. Por que essa paixão bestial? Justa-mente porque não existia o amor. Essa violência é o contrário do amor.

O comportamento re-monta, provavelmente, a fatos do passado. A intole-rância diante do sofrimen-to. Algo que não podia se repetir. Ela joga tudo para cima. Destrói e pronto! E uma evidente dimensão autopunitiva. Ao mesmo tempo que ela mata, ela se acaba. Sua vida está igual-mente liquidada.

Em Psiquiatria, o diag-nóstico provável vai se situar no campo das psico-patias. Uma grande dificul-

dade em introjetar a lei, um flerte com a morte – por que tinha tantas armas? – e a impossibilidade de suportar uma desfeita. Tudo tem que ser conseguido e aquele que a impede de concretização vira inimigo.

O professor Yves Pelicier advertia que o psicopata é “uma história cheia de histórias.” Se formos atrás, outros episódios indicati-vos dessa tendência pode-rão ser detectados. Nesse caso, o novo nunca é súbito. Essa situação vinha sendo planejada. A atitude não é indicativa de amor. Nem de ódio. Mas de não con-seguir entender que amar é um verbo que se conjuga a dois… E, agravante ainda maior, a vida não pode ser o troco para tal contrarie-dade.

Contardo Calligaris Antônio Mourão CavalcanteMédico psiquiatra e antropólogo

Uma Linda Mulher Mulher mata marido

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Crateús perdeu um de seus filhos mais queridos e estimados – Francisco de Matos e Melo, 73, funcionário aposentado do Banco do Brasil. Sua morte ocorreu no dia 13/6, em Fortaleza, onde se encontrava hospitalizado e seu corpo foi sepultado no Cemitério São Miguel, em Crateús, com grande acompanhamento. Matos era casado com Anália Alves Melo, que deixa viúva, e com quem teve os filhos: Éthel, Érica e Luiz Gilberto. Cidadão dos mais honrados e portador dos melhores predica-dos, Matos deixa um rio de lágrimas e um mar de saudades no meio familiar e entre tantos amigos que tanto o admiravam.

A cidade de Crateús consternou-se com o passamento da Senhora Maria de Lourdes Monteiro, aos 90 anos, ocorrido no último dia 15/6, em hospital de Fortaleza. Sua morte surpreendeu a todos os seus fami-liares, ao lado dos quais, recentemente, em 07 de março, festejara nove décadas de existência, com a participação de to-dos os seus descendentes, sem apresentar qualquer sinal de doença. Maria de Lourdes era casada com Norber-to Ferreira Filho (Ferreirinha), que deixa viúvo, e com quem teve nove filhos. Seu corpo foi velado em Crateús e sepultado no Cemitério São Miguel, com grande acom-panhamento, na manhã de domingo, 17/6.

Notas de Falecimento

“É notável a relevância que a fonte eólica vem ganhando como importante integrante da matriz elétrica brasileira”Lauro Fiúza presidente do grupo Servtec, sobre a presença do Ceará contribuindo para que o Brasil seja um dos quatro países que mais cresce no setor eólico

Implante DentárioRua Firmino Rosa, 1088 - Tel.: 3691.0700 / 3691.3057

Crateús - Ce

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Ao menos 195 moradores de rua foram assassinados no Brasil entre fevereiro de 2011 e maio de 2012. Os da-dos, do Centro Nacional de Defesa dos Direitos Huma-nos (CNDDH), revelam ape-nas uma parte do problema, porque o acompanhamento

e o atendimento à população de rua são falhos.

Segundo o sociólogo Mau-rício Botrel, do CNDDH, o fato de que 61 homicídios ocorreram em Minas e 33 em Alagoas -48% das ocor-rências- não significa que os dois Estados sejam os mais

violentos com a população de rua. Para o sociólogo, eles estão no topo do ranking porque os casos foram fran-queados ao CNDDH pelas autoridades estaduais gra-ças à criação de comitês de governos locais e sociedade civil.

A cena inusitada de uma lesma viva se movendo den-tro de um sanduíche inter-rompeu o lanche de quatro amigos na loja Subway da avenida Bezerra de Mene-zes, no bairro São Gerardo, em Fortaleza . O fato teria ocorrido na noite do último sábado e foi denunciado no Facebook. Wiarlen Ribeiro, um dos jovens que presen-ciou a situação, conta que o amigo chegou a dar “quatro mordidas no sanduíche”

quando viu que algo se me-xia no pão.

Ao perceber que havia algo errado, o rapaz perguntou aos amigos o que era aquilo. Foi quando todos olharam com cuidado e constataram que era uma lesma.

Segundo Wiarlen, pes-soas da rede Subway já lhe telefonaram pedindo desculpas. Técnicos da Vi-gilância Sanitária estiveram na loja, mas não constataram nenhuma irregularidade. O

processamento dos alimen-tos está sendo realizado de forma correta. Em nota, a assessoria de imprensa da Subway informa que todas as unidades da rede seguem rígido padrão de higiene e conservação de alimentos. A empresa informou ainda que está trocando o fornecedor de verduras da região e que adotará as devidas provi-dências para garantir que casos como esse não voltem a acontecer. (Rosa Sá)

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), o decreto que regulamenta o Programa Brasil Carinhoso. Anunciado pela presidenta Dilma Rousseff no ultimo Dia das Mães, a medida ga-rante renda mensal mínima de R$ 70,00 para cada pessoa de famílias que têm pelo menos uma criança com até 6 anos. Com a publicação, os recursos começam a ser pagos imediatamente.

Só terá direito ao novo benefío as famílias já cadas-tradas no Programa Bolsa Família, mas não é preciso fazer uma nova inscrição. O próprio sistema de cadastro do Bolsa Família faz a sele-ção. Quem for benefíciado com o Brasil Carinhoso, que é uma complementação ao Programa Bolsa Família, será informado no extrato de pagamento. Os valores poderão ser sacados com o Cartão Social, de acordo com a agenda de pagamentos do Bolsa Família.

De acordo com o Minis-tério do Desenvolvimento Social (MDS), a medida deve beneficiar pelo menos 2 milhões de famílias, redu-zindo em 40% o número de famílias que vivem na linha da extrema pobreza no Bra-sil. O Brasil Carinhoso deve ter investimentos de R$ 10 bilhões até 2014. O Brasil Carinhoso inclui ainda a construção de 1.512 creches e a ampliação de 66% dos re-cursos destinados à merenda escolar da educação infantil.

Na saúde, o benefício vai estender o Programa Saúde na Escola às creches e pré--escolas e aumentar a distri-buição de sulfato ferroso e vitamina A para crianças na primeira infância. O governo também começa a distribui-ção gratuita de medicamen-tos para tratamento da asma por meio da rede Aqui Tem Farmácia Popular.

A ministra do Desenvol-vimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse que as parcelas pagas dos primeiros benefícios da ação Brasil Carinhoso – Primeira Infância elevarão a qualidade de vida de 2,7

milhões de crianças, que vivem em extrema pobreza no país.

A estimativa, segundo o Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), é que 16 milhões de pessoas vivam na faixa da extre-ma pobreza no Brasil. A ampliação dos recursos do Bolsa Família, por meio do Brasil Carinhoso, de acordo com estimativas do governo, reduzirá em cerca de 40% a extrema pobreza no Brasil e em 62% a da primeira infância.

BRASIL CARINHOSO

MAIS DE 176 MIL FAMÍLIAS CEARENSES RECEBERÃO O NOVO BENEFÍCIO DO GOVERNO FEDERAL

CAIXA INICIOU PAGAMENTO DO “BENEFÍCIO DE SUPERAÇÃO DA EXTREMA POBREZA NA PRIMEIRA INFÂNCIA”

A Caixa Econômica Fede-ral iniciou na última segun-da-feira, dia 18, o pagamento do Benefício de Superação da Extrema Pobreza na Pri-meira Infância (BSP). O benefício faz parte da ação Brasil Carinhoso, que inte-gra o Programa Brasil Sem Miséria, do Governo Fede-ral. O Ceará é o 3º estado do país com maior número de famílias beneficiadas, ficando depois da Bahia e do Maranhão.

Ao todo, tem direito ao benefício 176.949 famílias de todos os municípios do estado, somando montante superior a R$ 14 milhões. Sendo que mais de 85% deste recurso será repassado para o interior do estado. O município com maior número de famílias benefi-ciadas é Fortaleza (23.172), seguida de Itapipoca (4.373), Juazeiro do Norte (3.4727) e Viçosa do Ceará (3.210).

A iniciativa do BSP é ga-rantir uma renda mínima de R$ 70 por pessoa para as famílias extremamente pobres, que tenham crianças com até seis anos de idade, sendo um reforço ao Bolsa Família. A ação vai benefi-ciar cerca de 2 milhões de famílias e representará um incremento de mais R$ 166 milhões mensais na folha do Bolsa Família.

As famílias que tiverem direito ao novo benefício serão informadas por meio de mensagem no extrato de pagamento. A forma de pa-gamento do Brasil Carinhoso obedecerá aos mesmos crité-rios dos demais benefícios do programa Bolsa Família. O valor poderá ser sacado com o cartão do Bolsa Fa-mília e as datas seguem o escalonamento já aplicado conforme o Número de Ins-crição Social (NIS) de cada beneficiário.

Brasil Carinhoso: A nova ação da Agenda de Atenção Básica à Primeira Infância - Brasil Carinhoso, do go-verno federal, foi lançada no último dia 14 de maio, com o objetivo de reunir iniciati-vas voltadas para a primeira infância nas áreas social, com a ampliação do Bolsa Família; da educação, com o aumento da oferta de va-gas nas creches; e da saúde, oferecendo suplementação de vitamina A, ferro, e me-dicação gratuita contra asma.

Assessoria de Imprensa da CAIXARegional Norte e Sul do Ceará - Interior (85) 3270-2746www.caixa.gov.br/imprensa @imprensaCAIXA

195 moradores de rua mortos em 15 meses

Subway: lesma é encontrada em sanduíche

Programa quer tirar 2,7 milhões da pobreza extrema

VIOLÊNCIA

Foto tomada por celular

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Presidente DilmaSobre a reação dos investidores externos diante da redução de juros e spreads.

“O Brasil, disse Delfim Neto, era o último peru com farofa no Dia de Ação de Graças. Agora, disse a presidente Dilma, não seremos mais. Por isso batem na gente”

EscRAcHAnDOMorada cara

Será de R$ 6 milhões o custo neste ano dos serviços nas áreas de limpeza, conservação, portaria, zeladoria e garagens nos blocos de apartamentos da Câmara, onde residem de graça os nossos deputados federais. É o preço de 10 apartamentos. O contrato já exis-tente foi prorrogado sem concorrência. Tudo de acordo com a lei. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

JustiçaPara fazer média com os participantes da conferência da ONU sobre Desenvolvimento

Sustentável (Rio + 20), o governo vai fazer voar avião da Embraer com o biocombustível fabricado aqui. Precisa fazer justiça e dizer que não é novidade, pois há mais de 20 anos o biodiesel, criado pelo cientista cearense Expedito Parente, foi usado com su8cesso num voo de um Bandeirante, em São José dos Campos, e totalmente aprovado pela indústria aeronáutica. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

Vítima da verdadeA ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, está pagando o preço

altíssimo por não ter medo de falar a verdade. Como corregedora nacional, sabe o que diz. Por isso, advertiu para a infiltração de bandidos na magistratura. Não generalizou. Muito pelo contrário. Em vez de virar alvo de corporativismo anacrônico, ela merecia a proteção de sua entidade de classe e a solidariedade do Conselho Nacional de Justiça. (Regina Marshall – Jornalista)

Tubarão come de tudoSe os chamados homens públicos conseguem tirar comissão na promoção de shows

musicais, sejam eles megaespectáculos ou modestas apresentações de artistas locais, imaginem o quanto “apuram” em grandes obras, dessas que envolvem empreiteiras. A única conclusão a que se pode chegar diante dos fatos: o Brasil é muito rico. Fortaleza e inúmeras cidades interioranas são muito ricas. Caso contrário, com tanta comissão rolando, os cofres públicos já teriam todos sucumbido. (Neno Cavalcante – Jornalista)

Avante Democracia!Recentemente, o Senado Federal retirou de uma de suas alas, o nome de Filinto Mül-

ler, ex-chefe da Polícia de Vargas, que determinou a deportação de Olga Benário para a Alemanha nazista. A decisão merece aplausos. O nível de estabilidade política do país não permite mais homenagens à memória de quem assacou contra a democracia e os prin-cípios fundamentais da pessoa humana. No momento em que acompanhamos os passos iniciais da Comissão Nacional da Verdade, devemos ampliar as reflexões acerca do que significaram os períodos de ditadura para aqueles que foram diretamente oprimidos e para a vida do país, a fim de entendermos, ademais dos retrocessos econômico e social, o porquê do Brasil ainda sofrer com vícios difíceis de superar – patrimonialismo sobre a coisa pública, violência policial, cultura da tortura, etc. (Marcelo Uchôa – coordenador dos Direitos Humanos/CE)

Comissão da VerdadeA reunião dos familiares das vítimas da ditadura, esta semana, com membros da Comis-

são da Verdade foi muito emocionante e serviu para dirimir várias dúvidas. Por exemplo: o reconhecimento de que não há sustentação, no Direito Internacional, da tese de que existem dois lados a serem investigados. Os crimes do Estado é que estarão na mira dos investigadores – confirmaram os membros da comissão – e não atos dos resistentes, na luta contra o regime ilegítimo. Mesmo porque eles é que foram as vítimas. A propósito, já está nas livrarias de Fortaleza o livro “Memórias de uma guerra suja”, relatadas pelo ex-delegado do Dops, Cláudio Guerra, recrutado pelo regime para matar opositores. É uma leitura imperdível para se saber como agiam não só os agentes do Estado encarregados da repressão, mas os setores da sociedade civil que lhes dava apoio material. (Valdemar Menezes – Jornalista)

Regra mantidaEm depoimento à CPMI do Cachoeira, o governador de Goiás Marconi Perillo não

fugiu à regra. Como todo político envolto em enxurrada de “malfeitos”, ele rebateu as acusações, negou elo com o contraventor Carlinhos Cachoeira e se disse vítima de per-seguição política. Saiu aplaudido pelos colegas parlamentares e já está convidado para o rodízio de pizza no final da Comissão. (Regina Marshall – Jornalista)

As primeiras vítimas de CachoeiraTudo bem, o doutor Fernando Cavendish, dono da Delta, está no uso e gozo de suas

posses e guardanapos. Os governadores Marconi Perillo e Agnelo Queiroz estão no pleno uso e gozo de seus patrimônios e mandatos.

Até agora, só correm risco de tomar ferro os trabalhadores demitidos depois da suspen-são de contratos e obras da Delta. Havia 32 mil operários nos serviços da empreiteira. Já foram dispensados 2.400 funcionários diretos e três mil terceirizados. Nenhum deles conhecia Carlinhos Cachoeira, mas seus direitos trabalhistas atolarão no pântano de uma recuperação judicial. (Elio Gaspari – Jornalista)

Sua trajetória pode abrir caminho para milhares de outras mulheres.

O Prêmio SEBRAE Mu-lher de Negócio (PSMN) seleciona e premia relatos de vida de mulheres em-preendedoras. O objetivo é reconhecer histórias de mulheres donasdo seu negó-

cio, que transformaram seus sonhos em realidade criando negócio de sucesso. Esses relatos servem como exem-plos e motivação para outras brasileiras tornar realidade seus sonhos de empreender. Podem concorrer ao prêmio mulheres empreendedoras com mais de 18 anos donas

de empresas de micro e pequeno porte ou membros de negócio coletivo ou indi-vidual. O empreendimento da candidata deve ter pelo menos um ano de existência. Inscrições até 31 de agosto de 2012.

Fonte: www.mulherdene-gocios.sebrae.com.br

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mi-nistro Carlos Ayres Britto, afirmou que o julgamento do mensalão deverá terminar ainda no mês de agosto.

Ayres Britto disse que o julgamento será técnico,

apesar das pressões políti-cas. O cronograma depende ainda do ministro Ricardo Lewandowski. Como revisor do processo, ele é responsá-vel por liberar a ação penal para a pauta do Supremo.

“A se confirmar a liberação

do processo para a pauta de julgamento agora neste mês de junho, o cronograma já estabelecido será aplicado”, disse o ministro, durante visita ao estande do Conse-lho Nacional de Justiça, na Rio+20. (das agências)

O Ministério Público Fe-deral ajuizou ação de im-probidade administrativa do prefeito João Viana de Araújo, do município de Ce-dro, e mais os envolvidos em um “esquema” de desvio de recurso que, de acordo com o MP, seria para construção de 342 cisternas. Entretanto, somente 145 teriam sido

instaladas. O Ministério Público também solicitou a indisponibilidade de bens dos acusados até o montante de R$ 572.749.

A prefeitura celebrou con-vênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e tinha como objetivo a dotação de infraestrutura hídrica para

consumo humano dos mora-dores de baixa renda. Além do prefeito e do vice, outros dois vereadores participaram do esquema, segundo o MP.

O prefeito João Viana de Araújo negou as acusações e afirmou que está sendo vítima de perseguição.

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios

Mensalão STF: julgamento acaba em agosto

MPF denuncia prefeito de Cedro

DESVIO

Prima pobreFonte junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Ceará denuncia: enquanto as polícias Militar e Civil desfilam em carrões de luxo, tipo Hilux, há quatro anos os bombeiros não recebem uma viatura nova sequer do governo do Estado. A corporação mantém seu árduo trabalho de proteção às vidas, mesmo com a carência de equipamentos e carros adequados. Mas, é bom que se diga: ninguém vai entrar no fogo para se quei-mar.Regina Marshall

GERAL

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Cantinho da Poesia

Afrouxando o Riso

Faz frio. Há bruma. Agosto vai em meio.

Mosca na sopa

Crateús de OntemTranscorria, em Crateús,

na maior naturalidade deste mundo, a lida diária daquela sexta-feira, 13 de fevereiro de 1976, quando funcionários do Banco do Brasil e outros convidados, tinham a mente voltada às expectativas da comemoração do enlace ma-trimonial do bancário Luís Rosa Vasconcelos, com a jovem Fátima Freire, evento ocorrido há alguns dias, com festa programada para aquela data.

O local escolhido para a comemoração foi a fazenda Pastos Bons, pertencente a Clodoaldo Melo Ximenes e dona Celsa Freire Ximenes, esta, tia da jovem noiva.

Naquela tarde, nuvens ne-gras e pesadas invadiram os céus de Crateús, chamando mais cedo a noite, que veio acompanhada de grande es-

curidão, além de uma chuva torrencial e prolongada, cuja intensidade só diminuiu por volta das 18,30hs, interrom-pendo os planos de muitos convidados, ao ponto de re-duzir o número de presenças ao evento.

Os que compareceram à programada festa,levaram aos recém-casados a amiza-de, a alegria e os votos de vida feliz, um ao lado do outro, numa patente mani-festação de carinho e amiza-de. Um clima de harmonia e de festa invadiu aquela casa, do alpendre aos demais espaços,estampando a alegria no semblante de cada parti-cipante, ao ponto de fazer o tempo transcorrer com ines-perada rapidez.

Além de muitos casais, uma patota formada por cerca de dez jovens, se fez presente

e, no alpendre,ao som de um violão, puxavam melodias e cantavam, fazendo refletir a alegria daquele ambiente tão familiar.

José Benony Mourão Filho e Paulo Linhares Freire se incluíam naquela roda de jovens. Benony, poucos dias antes, fora empossado no Banco do Brasil e, na agência local, adquiria experiência no trabalho, para assumir definitivamente suas funções na agência de Lavras da Man-gabeira – CE.

Pouco depois das 23 horas, alguns convidados come-çaram a deixar o animado local, em busca do neces-sário descanso, após aquela semana de trabalho. Paulo Linhares, que compareceu ao evento em companhia do casal Francisco de Matos e Anália, devia retornar com os

mesmos, porém, foi convida-do pelo jovem Benony para fazer-lhe companhia na volta para casa. Paulo agradeceu ao casal, a presteza e ficou acertado que retornaria com o jovem bancário.

Em consequência da gran-de chuva caída há cerca de três quilômetros da cidade, algumas reses, soltas ao lado da rodovia, procuraram como abrigo o leito da estrada para dormirem, por ser o local enxuto, e se acomodaram no asfalto, por onde passariam diversos veículos conduzindo participantes do citado even-to. Algumas reses tinham a cor escura e se confundiam com a cor preta do asfalto.

Nas primeiras horas do dia 14, Benony retornava no seu Chevete branco, tendo ao seu lado o jovem Paulo Linhares. No local onde

estava o gado, seu carro colidiu com algumas resese permaneceu parado no meio da pistae, com as luzes ace-sas, dava a impressão de que continuava em movimento. Neste momento, o bancário Miguel Félix Neto, também do Banco do Brasil, dirigin-do um automóvel Maverik, não percebeu a tempo que o Chevete estava parado e, apesar de brusca freada, ba-teu violentamente na traseira do veículo, ocasionando a morte de Benony e Paulo, ocupantes do Chevete. No mesmo acidente,Lenira, es-posa de Miguel Felix, sofreu um aborto, perdendo o filho que carregava no ventre. No Maverik, Miguel conduzia sua família e as jovens San-dra Freire Melo, Mirtenes e Fátima Vasconcelos.

Num esforço de memória,

consegui lembrar-me de al-guns participantes daquela festa: além dos anfitriões, Clodoaldo Ximenes e Celsa Freire, estavam presentes José Mendes e Abigail, Mi-guel Félix e Lenira, Tarcísio Azevedo, Gonçalo Rodrigues de Souza e Amélia, Edi Pinto e Edilva, Geraldo Bezerra e Teresa, Mardônio Rocha Ve-ras e Alice, Francisco Matos e Anália, Benony Filho e Paulo Linhares Freire, José Humberto Bezerra, Socor-rinha Sales, Sandra Freire Melo, Mirtenes e Fátima Vas-concelos, além deste cronista e sua esposa Izabel.

Acontecimentos desagra-dáveis como este ficam regis-trados na memória de muita gente e, pela sua gravidade, perduram pelos tempos.

BOMBA, BOMBA!!! Teo-dorico Menezes, conselheiro do TCE que, nas horas vaga-senveredava pela engenharia da construção de banheiros invisíveis (Kits sanitários) para os pobres de Pacajus, Horizonte, Pindoretama e Chorozinho, declarou que re-nunciaria ao cargo no TCE se provassem que ele se utilizou dos recursos. Primeiro que tudo, ele já foi renunciado e, segundamente, quem se utilizou da gorda bufunfa, além dele, foi o filho deputa-do Téozinho, para se eleger. Agora, quem nunca se utili-zou mesmo dos banheiros foi a pobreza daquelas cidades, que continua cagando no mato.

OUTRA BOMBA!!! Pre-feito do IPU, Sávio Pontes, engoliu verba de R$ 3 mi-lhões, destinada à construção de banheiros para os pobres do ibiapabano município, e viu-se com a Polícia no cal-canhar. Ele que se encontrava

em LINS – Lugar Incerto e Não Sabido, dentro de um buraco, que nem o Saddam Hussein, cansou de ser ca-çado e se entregouà Polícia. Agora, vai ver o sol nascer quadrado, para deixar de ser irresponSávio.

REVISÃO DO CÓDI-GO PENAL – Alô, Nova Russas!!!Alô, Professor TINTIN!!!!!!!!!!!! Senado aprovou a revisão do Có-digo Penal e atribuiu pena de quatro anos de reclusão para quem maltratar animais domésticos ou silvestres, ou deles se aproveitar para fazer o “Zé Molambim”. Ai de ti, professor Tintin, se usares o de fazer pipi no de fazer xixi nas bacurotas dos Zé das Porcas, nas cabras do Tra-jano e nas jumentinhas que perambulam pela ribeira do Curtume!! Ai de tiTintin!!! E o professor Tintin apregoa que é pré-candidato a pré--prefeito de Nova Russas: se vaca, jumenta, cabra e

galinha poder votar, vamos eleger, pela primeira vez, um prefeito zoófilo. E o slogan da campanha já está prontim: “vote no Tintin e ganhe um jumentim”.

Masss, este Hermenegildo quase deixava de lado o outro professor aloprado, o Dr. Ku-trizuma Cals, aquele mesmo que escrevia o Blogdo Ku-trizuma. O cara tá que nem caminhão velhoem atoleiro: se atolou-se. Nem vai pra frente e nem pra trás. Não muge nem truge. Vive em casa, andando de perna aber-ta, usando fraldão geriátrico, por causa de uma crônica caganeira que contraiu desde que começou a frequentar a barra dos tribunais. Perdeu o encanto pela vida e, foi-não--foi, chora sem motivo ou por motivo de arrependimento. Enquanto isto, os caras vão gozando com a cara dele: cadê o valentão da internet que afrontava juiz e pro-motor, prefeito, deputado e governador? Cadê o cientista

político, o cabuetadenuncista e ameaçador? Cadê o terrí-vel? O cara, hoje, afrouxou o intestino delgado, que nem pode mais bufar. Tudo vasa pelo pito. Nem vento segura mais. Triste fim de Policarpo Quaresma, diria Lima Barreto! Triste vida, triste vida, cantaria o bentivi. Masss, o que o Dr. Kutrizu-ma Cals mais lamenta, é de não mais poder ensaiar os passos da dança do Kuduro. Agora, aqui pra nós, ele pode assumir duas recém-criadas profissões: a de masturbador de animais para coleta de sê-men e a de testador de caixão pra defunto.

Bem me ensinava meu professor de latim clássi-co:“ CUM FAVA FLORES-CIT, STULTORUM COPIA CRESCIT” Quando floresce a fava, cresce o número dos idiotas.

Ademã que vou em frente. Os cães ladram, mas a cara-vana passa.

Um acidente pavoroso

Hermenegildo, urgente! Sarcástico e irreverente, irônico, mordaz e inteligente, fazendo um mô pra vocês.

Faz frio. Há bruma. Agosto vai em meio.E eu ia jurar, bendito engano,Que a primavera veioAntes do tempo, este ano.

Vi-te. Sob o nublado céu de agostoNem os jardins começam a brotar,Mas há rosas no teu rostoE azul, azul de céu, no teu olhar.

Que importa o frio? A bruma? Agosto em meio?Juro, posso-o jurar, que não me engano:A primavera veioAntes do tempo, este ano.

Amo-te. E assim como se não houvesseInverno, a terra nua, a bruma no ar,O meu coração floresceE há luz, há luz de sol, no meu olhar.

Educado cidadão vai a um restaurante e pede ao garçom uma sopa, fornecida à moda da casa. Aguarda à mesa o pedido e logo chega o garçom para servi-lo. Após tomar algumas colheradas, notou que havia uma mosca no fundo do prato e chamou o serviçal.

_ Meu filho, tem uma mosca no fundo do prato._ Não ligue pra isso. É apenas um desenho impresso

no prato._ Mas, ela está se mexendo, meu caro!_ Pois é, cidadão; é um desenho animado

Flávio Machado

Vicente de Carvalho

TIRADAsHermenegildo Catão

Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsPRÓTESE E CLÍNICA GERAL - CRO-CE: 4875

Dr Breno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO DENTISTA - CRO-CE: 6028

Drª Blenda Camerino F. C. MourãoODONTOPEDIATRIA/PERIODONTIA - CRO-CE: 5567

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

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ComunicandoAfastamento de Zé Almir

Completaram-se quatro anos do afastamento do então prefeito José Almir Claudino Sales da Prefeitura de Cra-teús, pela Justiça, ocorrido em junho de 2008, requerido pelo Ministério Público local à Justiça, baseado em longo e árduo trabalho de investi-gaçãoda Promotoria Pública de Crateús, que detectou incontáveis irregularidades e fraudes na contabilidade do município. Enquanto isso, o processo contra o ex-prefeito dorme nas gavetas da Justiça e, mais que isso, as contas de gestão do ex-prefeito, referentes ao ano de 2008, reprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), foram aprovadas na Câmara Municipal, pela unanimidade dos vereadores presentes à sessão ordinária do dia 03/6/2012, que der-rubou o parecer contrário do TCM.

Em decorrência, todo o trabalho da Promotoria se tornou em vão diante da morosidade da Justiça em concluir e julgar o processo contra o ex-prefeito e em função da aprovação das suas contas de gestão de 2008 pela Câmara.

Fica do ar a observação: O TCM analisou em profundi-dade as contas da Prefeitura de Crateús referentes ao ano de 2008 e concluiu pela desaprovação das mesmas, depois de terem sido exa-minadas por técnicos em finanças e em legislação e de haver passado pelo crivo daquela corte de contas. A Câmara Municipal de

Crateús, sem ao menos se debruçar sobre as irregula-ridades contidas nas contas de gestão do ex-prefeito, sem submetê-las a uma aná-lise técnica, simplesmente, põe por terra o trabalho do TCM e desmoraliza-o com a aprovação das mesmas. Infelizmente, coisas desse tipo não acontecem apenas em Crateús, o que prova que o TCM é uma inutilidade pela qual nós pagamos muito caro.

Pilhas e bateriasA população de Crateús

não sabe o que fazer com pilhas e baterias, depois que são utilizadas em rá-dios, lanternas, relógios, brinquedos, em telefones celulares, etc.. Por certo, a maioria das pessoas joga todas no lixo doméstico.Pilhas e baterias contêm metais pesados, como o lí-tio que, quando jogados na natureza, podem provocar sérios danos. A Secretaria do Meio Ambiente precisa, com urgência, esclarecer a população sobre como fazer o descarte desses materiais e estabelecer locais equipados com coletores para receber esses materiais.

Poda de árvoresNossas árvores continuam

a ser tratadas como coi-sas inservíveis, por parte de pessoas que, até para adotarem uma árvore de sombreamento em frente à residência, são desprepara-das. Essas pessoas não têm noção do benefício que uma árvore pode trazer para todos nós, quando geram sombra

e amenizam o clima, por isso, ao verem-nas crescer e florescercuidam de ime-diato em mandar podá-las, radicalmente, para que suas flores não sujem a calçada e o vento não leve as flores para dentro de casa. Podam--nas radicalmente, para que demorem a reflorir, para que não sirvam de abrigoao carro ou à motocicleta do vizinho, ou até mesmo para o inseto e o passarinho. Esquecem até do benefício da sombra que ela produz, evitando a penetração do sol na própria residência. Esta cultura de podar árvores radicalmente precisa acabar em Crateús, cidade de clima quente e calor permanente, e tudo de-pende de uma campanha do Poder Público pelos meios de comunicação.

Agentes ambientaisCopiando o exemplo dos

agentes de saúde e agentes de endemias, o governo municipal bem que poderia instituir o cargo de agente ambiental, com a função de percorrer as ruas da cida-de, identificando quem está podando e matando árvores e, ao mesmo tempo, levar a cada infrator uma mensagem positiva de como plantar e conservar uma árvore e como proceder quando che-gar o tempo de desbastar o excesso da planta. Seriam pessoas capacitadas pela Se-cretaria do Meio Ambiente, para não apenas executar esse tipo de trabalho, mas também, para identificar os vários tipos de poluição am-biental na cidade, com ênfa-se para a poluição sonora.

Feira de frutas e verduras

A cidade de Crateús, que não mais possui mercado público nem mercados para a venda de carnes e de peixe, também não possui mercado para a venda de frutas e ver-duras, o que é por demais lamentável, cabendo a culpa às gestões anteriores.

Durante a gestão do ex--prefeito José Almir, foi construída uma “Central de Abastecimento” desti-nada à comercialização de produtos hortifrutigranjei-ros, uma construção de 5ª categoria que não chegou a cumprir sua função, não apenas pelo projeto mal feito e inadequado, mas, pela área construída, insuficiente para acomodar permissionários, caminhões e veículos di-versos, como ainda pela má localização que veio a causar o abandono da mesma por parte dos permissionários.

Com o abandono, a “Cen-tral de Abastecimento” foi invadida por pequenos co-merciantes de hortigranjei-ros, oriundos, principalmen-te, da Serra da Ibiapaba que, de maneira precária, abaste-cem a cidade com seus pro-dutos, uma vez por semana. As autoridades municipais, sobretudo, o prefeito, pre-cisam comparecer ao local nas tardes das terças-feiras, para observar como funciona a feira naquele local, onde nem os feirantes nem as pes-soas conseguem espaço para expor seus produtos (grande parte expostos no chão) ou para se movimentarem ao percorrer o local. É uma balbúrdia só, para não dizer que é uma esculhambação.

Deputado Fernando Hugo, sobre o suposto envolvimento de Jurandir Santiago no caso dos kits sanitários

“Se Cid tivesse, na ocasião que eclodiu o caso dos banheiros, deixado fazer audiência ou CPI, a coisa talvez não tivesse chegado a essa profundidade na administração”

Flash do Passado

Francisco de Matos e Melo (Pantico)Pantico era o neto preferido

de Zé Melo das Catingueiras e de Dona Gonçalinha Paiva Melo. Cresceu e se fez ho-mem no casarão e na fazenda de seus avós e deles herdou todas as virtudes e toda a honradez. Mais tarde, Pan-tico entrou para o Banco do Brasil, onde fez carreira até o posto de gerente e, no sa-lutar ambiente de trabalho e companheirismo, deram-lhe ‘Matos’ comoo seu nome de guerra. Cumpriu seu tempo

de serviço no Banco, educou e formou filhos, aposentou--se e entregou-se a outros afazeres, sempre ao lado da companheira e dedicada es-posa Anália, em cujas veias, também,correo sangue dos Melos.

Fomos amigos de infância e adolescência e tivemos como reduto de diversão a Praça da Matriz, junta-mente com um magote de outros meninos da geração de 39/40, por aí. Depois, o

tempo nos separou por lon-gos 40 anos, cada um de nós vivendo nas distâncias até que um dia, quando de meu retorno à terrinha, nos reen-contramos e nos recordamos um do outro, voltando, nas conversas, aos tempos idos, ciscando o chão da nossa in-fância para encontrar o pas-sado enterrado em Crateús.

Pantico era, antes de tudo, um memorialista. Guardava consigohistória e os segredos de vultos da família Melo,

das raízes, dos troncos e dos ramos da numerosa família, dasascendências e descen-dências, dos colaterais, dos parentescos, dos afins, da junção de famílias, dos ma-trimônios, das linhagens, das riquezas e heranças, dos domínios e da história de cada membro familiar. Com ele foi-se a memória viva da família Melo, uma das mais tradicionais e principais fun-dadoras de Crateús.

Era dotado de muitas vir-

tudes: acolhedor, fino no trato, servidor prestimoso, atencioso, amigo sempre, marido fiel, pai dedicado, companheiro, paciente, ho-nesto... Difícil seria apontar--lhe defeitos.

Perdi a conta de tantos amigos que se passaram para o outro lado da vida, uns, na tenra idade, outros, em plena adolescência, alguns, na maturidade e, por últi-mo, o velho amigo Pantico que,aos 73 anos, partiu antes

do tempo, tendo ainda muito a realizar, muito a curtir da vida, e muitas histórias para contar, sobretudo, histórias sobre as famílias Melo, Fal-cão e Jucá, tão entrelaçadas entre si.

Crateús perdeu, com a morte de Matos, não apenas o cidadão honrado, pelo exemplo de vida que deixou, mas, sobremodo, perdeu uma referência de Homem, na mais legítima, precisa e integral expressão do termo.

César Vale

Na hora em que o Co-mando do Exército diz de novo que os papéis da ação da tropa no Araguaia foram queimados, saiu o livro “Mata! - O Major Curió e as Guerrilhas no Araguaia”, do repórter Le-onencio Nossa. Nele está o melhor levantamento já feito sobre o extermínio to-tal e sistemático dos guer-rilheiros, praticado depois de outubro de 1973. É uma narrativa capaz de abalar o dia do leitor.

Leonencio colheu de-poimentos de 153 pessoas, muitos deles relacionados com a matança. Curió tem um pé na mitomania e al-guns detalhes podem ser contestados, mas são minú-cias.

“Mata!” descreve o as-sassinato de 30 militantes do PC do B ou de morador-es que se ligaram a eles. Ele confirma a falsidade de três afirmações.

1) Os documentos re-lacionados com o Araguaia não desapareceram. Quei-maram muitos, mas não todos. Leonencio identifica

os oficiais que comandaram a matança.

2) O extermínio dos pri-sioneiros não foi obra de militares indisciplinados. Foi uma decisão de gover-no, tomada pelos presiden-tes e ministros do Exército da ocasião.

3) Aquilo não foi uma guerra, foi uma operação para apagar a memória. Em maio de 1945, havia 20 pessoas no bunker de Hitler. Sumiu só uma. No Araguaia eram 49, e sumi-ram todos.

Aviões lançavam panfle-tos convidando os fugitivos à rendição. Um deles dizia: “Oferecemos a possibili-dade de abandonar a aven-tura com vida, com trata-mento digno e julgamento justo”. Mentira.

Quem passar por uma livraria e tiver disposição (muita) pode sapear seis páginas (196 a 202) com a narrativa da captura de Áurea Valadão, de 24 anos, ex-estudante de física da UFRJ, e do camponês Ba-tista.

Elio Gaspari

Verdade e Araguaia

ARTIGO

OP recebe propostas de segmentos sociaisNa próxima terça-feira, dia 26, a população negra da Capital poderá apresentar as demandas relacionadas à cidade durante Assembleias Eletivas do Orçamento Participativo (OP) dos segmentos. Os participantes debatem propostas que beneficiem o seu segmento social, historicamente excluído dos espaços decisão da cidade.

POLíTIcA

Com uma big festa realizada nos salões do Clube Caça e Pesca, dia 15/6, a jovem Amanda Lima debutou para a sociedade de Crateús. Filha do casal Fátima e Paulo Basílio Lima (sgt. Lima), Amanda esteve deslumbrante, distribuindo sorrisos e simpatia ao grande número de amigos, convidados e familiares.

A família Falcão Freire comemorou, no último dia 24 de maio, em Fortaleza, o centenário de nascimento do desembargador Pedro Ubirajara Freire. O magistrado nasceu em Fortaleza. Fez os estudos secundários no Liceu do Ceará, na capital cearense. Cumpriu serviço militar na Unidade do Exército da Praia Vermelha no Rio de Janeiro. Cursou a Faculdade de Direito do Ceará. Ingressou na magistratura Estadual, por concurso público. O Dr Pedro Ubirajara Freire foi Juiz de Direito das Comarcas de Independência, Tauá, Crateús (substituto), Massapê, Icó, Baturité e Fortaleza. Aposentou-se como desembargador e foi residir em Brasília, onde faleceu em 1983. Foi prefeito-interventor do município de Independência em 1945. O Dr Pedro Ubirajara Freire, quando juiz de Independência, casou com a professora da cidade, Ana Macêdo Falcão, que ainda vive em Fortaleza. Teve oito filhos: Pedro, José, Francisco, Ubirajara, Izabel, Maria do Carmo, Graziela e Ana Maria Falcão Freire nascida em Crateús, funcionária da Justiça do Trabalho. O magistrado era irmão de Dona Netinha Castelo, ex-primeira dama do Estado do Ceará, esposa do ex-governador Plácido Castelo.

NOTA SOCIAL – CENTENÁRIO DE NASCIMENTO

O Brasil agora é também o país do MMA. As academias que oferecem o ensinamento destas “artes” se constituem num fabuloso negócio. Pessoas das mais variadas idades e classes lotam estas fábricas de armas hu-manas. É simplesmente incrível como uma atividade desta natureza se transformou num negócio altamente rentável e com tantos adeptos, com cada vez mais seguidores. Seus lutadores transformaram-se em verdadeiros ídolos. É natural encontrarmos crianças, jo-vens e “velhos” que se mantêm vigilantes até altas horas da noite para assistir a uma luta dos novos “leões” das modernas arenas. A crueldade humana é legitimada e aplaudida.

No Brasil onde as brigas de galo são proibi-das, massacres do homem contra o homem é um apetitoso prato, comido quentinho e com um indigesto ingrediente: sangue humano. Quanto mais sangue melhor! Os “atletas” provocam um ao outro, com frases como: eu vou matá-lo. Ora, de acordo com o Código Penal do Brasil ameaça é crime. Então, por que não são penalizados? É que nesse caso a indústria do entretenimento prevalece em detrimento da Lei. No próximo dia 7 de julho, o mundo irá parar. Neste, o brasileiro Anderson Silva enfrentará seu maior oposi-tor, o americano Chael Sonnen. As pessoas fazem suas apostas e aguardam ansiosas para

ver o americano trucidado. Enquanto isso, a presidenta Dilma, alheia a isso, creio, chora no Conselho de ética do Senado. O motivo: os discursos de Collor e Sarney, falando,

pasmem; de ética. Isso é pior que uma luta de vale tudo. Isso é a inconteste prova, que no Brasil, em nome do Poder, Vale Tudo!

Odailson da Silva

Rinhas humanas

ARTIGO

César Vale www.gazetacrateus.com.br

edição nº 341

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