edição nº 27 - jornal do sindicato do serviço público buziano - asfab

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DIRETORIA DO SINDICATO Marcos Santos (presidente), Alessandri Adriano (vice-presidente), Eduardo Moulin (diretor assistencial), Luis Carlos Palencia (1º tesoureiro), Américo Leonardo (1º secretário), Edgar Pinto (2º tesoureiro) e Jesica Lins (2º secretária) ENDEREÇO & CONTATOS Estrada da Usina, 315, Centro, Armação dos Búzios, CEP 28905-000 Tel.: [22] 2623.8084 Site: www.asfab.com.br | www.facebook.com/asfab | Atendimen- to de segunda à sexta-feira, das 9h às 18h | CNPJ nº. 14.154.148/001/05 DADOS INSTITUCIONAIS Custo Gráfico: R$ 0,38/exemplar x 5.000 = R$ 1.900,00 PLANO DE CARREIRAS GERAL ESTÁ NA GAVETA DO PREFEITO. REVISÃO DO PCCR DOS PROFESSORES TAMBÉM. Como parte do processo de refor- mulação que busca maior intera- tividade com seus associados e novos públicos, o Sindicato está adotando nova identidade visual, sem abrir mão da marca ‘ASFAB’, originária da Associação que lhe deu origem. PÁGINA 6 Observando exigências dos associados, nos diversos setores de trabalho, resolvemos veicular uma série de matérias informativas sobre funcionamento do Sindicato. Muitas críticas, embora bem motivadas, às vezes derivam do desconhecimento acerca do pa- pel sindical e dos mecanimos internos de funcionamento. Solicitamos atenção especial aos textos, nas próximas edições. ||||||||||||||||||||| “Processo Seletivo em nada difere do concurso Públi- co”, decide magistrado. SENTENÇA PROFERIDA em ação defendida pelo Sindicato é histórica e traz novas perspectivas na carreira dos agentes co- munitários de saúde. Os ACS têm sido vítima das maiores injustiças possíveis, mesmo que Lei federal garanta o custeio de até 95% dos seus salários, o Município insiste em lhes negar o piso nacional e as mesmas garantias dos estatutários, como triênios e auxílio alimentação. PÁGINA 4 SINDICATO ADOTA NOVA IDENTIDADE VISUAL O DIA A DIA DO SINDICATO CONQUISTA NA JUSTIÇA! Segundo a Constituição Federal, o direito à greve é uma garantia fundamental do trabalhador. Po- rém, como o Congresso Nacional ainda não aprovou lei que regula- mente as especificidades da para- lização no setor público, o STF, em julgamento de ações sindicais, determinou que a greve de servido- res se oriente, no que couber, pela Lei 7783/89, que diz respeito ao setor privado. Em Búzios estamos em fase de construção de um am- biente coletivista, necessário para deflagrarmos movimento dessa gravidade. PÁGINA 5 MASSACRE DO SERVIDOR DE CARREIRA GREVE: COMO FUNCIONA NO SETOR PÚBLICO? Estudo da Associação dos Fis- cais prova: municípios que gratifi- cam a produtividade de seus setores de fiscalização arrecadam melhor e têm maior autonomia financei- ra. Búzios tem sua fiscalização segmentada em seis areas, porém apenas a fiscalização fazendária recebe adicional de gratificação por produtividade. Congratulamos com os colegas que já deram este primeiro passo, mas defendemos a necessidade de estimular a produtividade e articu- lar a atuação de todo o poder fiscal da Cidade. PÁGINA 4 ARTIGO DA EDIÇÃO: AFISCAB Até hoje, cerca de 500 pessoas recorre- ram aos serviços jurídicos do Sindicato, com 70% obtendo ganhos. O que intri- ga é a falta de reconhecimento: parece que o pessoal, agraciado por melhora nos vencimentos ou indenizações tem medo de relatar a novidade e ter que emprestar dinheiro... A situação do serviço público buziano é tão precária que dos 10 primeiros moto- ristas convocados a partir do concurso, TODOS já abandonaram a carreira. E os outros poucos só ficaram (por en- quanto) porque são carne de pescoço. Já na Guarda Marítima Ambiental, dos 43 aprovados, restam apenas 28. E parece que o governo quer ‘finalizar’ o restante: 18 já estão sofrendo pro- cessos por conta da manifestação na Câmara. Atenção MP, Comissão de Direitos Humanos e OAB: a perseguição está sufocante. Adiantamentos Sem profissionalizar, sem organizar, sem pagar com justiça, só pode crescer como samambaia: para baixo. Será que nenhum político viu isso ainda? Mal o ano começa, vigora orçamento novo: são mais de R$ 200 milhões a arrecadar. É nesse momento que a lei obriga o governo a reajustar os salários dos servidores, no mínimo, pela inflação. Quem pensou a lei certamente foi inteligente: viu que esta era a ocasião ideal (15 de março), já que sendo o governo um grande prestador de serviços, nada mais equilibrado do que planejar de início o pagamento de seus trabalhadores. Mas, para indignação geral, como nos outros anos, logo um álibi é construído: “os royalties tiveram queda, a folha de pessoal está muito alta”. Será o trabalhador quem arcará com o descontrole dos gastos muni- cipais? Embora saibamos que essa política negativa afeta diretamente os trabalhadores, cabe ressaltar o duplo prejuízo à socieda- de. Primeiro o povo é penalizado porque o achatamento de salários dos trabalhadores acaba resultando na piora dos serviços. Se- gundo porque os royalties não vêm sendo aplicados corretamente. A conclusão é que os recursos estão vazando em algum ponto obscuro. PÁGINA 3 Governo prefere gastar R$ 2,5 milhões com publicidade a investir no trabalhador SERVIDORES CONTINUAM SEM REAJUSTE FOTO: Agente da Guarda Municipal auxilia idoso em travessia perigosa na Estrada da Usina. Embora a GM já tenha seu Plano de Carreiras, definido em legislatura anterior, a categoria busca regulamentações pendentes, e passa pelo mesmo arrocho salarial que afeta a todos. Foto: ASA ATENÇÃO colabore distribuindo este jornal no trabalho e na comunidade. BÚZIOS agradece. Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano | Búzios, 1º de maio de 2015. Edição nº. 27 | Ano 5 | Edição bimestral | Tiragem de 5.000 exemplares JORNAL DO SINDICATO DO SERVIÇO PÚBLICO BUZIANO “A qualidade dos serviços públi- cos entregues à sociedade está diretamente relacionada à forma de tratamento dispensada ao tra- balhador da área pública”.

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Armação dos Búzios, 1º de maio de 2015 - Edição Nº 27 | Ano 5 | Edição Bimestral

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Page 1: Edição Nº 27 - Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano - ASFAB

DIRETORIA DO SINDICATOMarcos Santos (presidente), Alessandri Adriano (vice-presidente), Eduardo Moulin (diretor assistencial), Luis Carlos Palencia (1º tesoureiro), Américo Leonardo (1º secretário), Edgar Pinto (2º tesoureiro) e Jesica Lins (2º secretária)

ENDEREÇO & CONTATOSEstrada da Usina, 315, Centro, Armação dos Búzios, CEP 28905-000 Tel.: [22]2623.8084 Site: www.asfab.com.br | www.facebook.com/asfab | Atendimen-

to de segunda à sexta-feira, das 9h às 18h | CNPJ nº. 14.154.148/001/05

DADOS INSTITUCIONAIS Custo Gráfico: R$ 0,38/exemplar x 5.000 = R$ 1.900,00

PARABÉNS, TRABALHADOR!

O Sindicato do Serviço Público Buziano, nossa antiga ASFAB, cumprimenta aqueles que

permanecem firmes na luta contra a desvalorização. Deus nos dê energia e coragem para conquistar

nossos direitos!

Edição comemorativa do nosso dia.

PLANO DE CARREIRAS GERAL ESTÁ NA GAVETA DO PREFEITO. REVISÃO DO PCCR DOS PROFESSORES TAMBÉM.

Como parte do processo de refor-mulação que busca maior intera-tividade com seus associados e novos públicos, o Sindicato está adotando nova identidade visual, sem abrir mão da marca ‘ASFAB’, originária da Associação que lhe deu origem. PÁGINA 6

Observando exigências dos associados, nos diversos setores de trabalho, resolvemos veicular uma série de matérias informativas sobre funcionamento do Sindicato. Muitas críticas, embora bem motivadas, às vezes derivam do desconhecimento acerca do pa-pel sindical e dos mecanimos internos de funcionamento. Solicitamos atenção especial aos textos, nas próximas edições. |||||||||||||||||||||

“Processo Seletivo em nada difere do concurso Públi-co”, decide magistrado.

SENTENÇA PROFERIDA em ação defendida pelo Sindicato é histórica e traz novas perspectivas na carreira dos agentes co-munitários de saúde. Os ACS têm sido vítima das maiores injustiças possíveis, mesmo que Lei federal garanta o custeio de até 95% dos seus salários, o Município insiste em lhes negar o piso nacional e as mesmas garantias dos estatutários, como triênios e auxílio alimentação. PÁGINA 4

SINDICATO ADOTA NOVA IDENTIDADE VISUAL

O DIA A DIA DO SINDICATOCONQUISTA NA JUSTIÇA!

Segundo a Constituição Federal, o direito à greve é uma garantia fundamental do trabalhador. Po-rém, como o Congresso Nacional ainda não aprovou lei que regula-mente as especificidades da para-lização no setor público, o STF, em julgamento de ações sindicais,

determinou que a greve de servido-res se oriente, no que couber, pela Lei 7783/89, que diz respeito ao setor privado. Em Búzios estamos em fase de construção de um am-biente coletivista, necessário para deflagrarmos movimento dessa gravidade. PÁGINA 5

MASSACRE DO SERVIDOR DE CARREIRA

GREVE: COMO FUNCIONA NO SETOR PÚBLICO?Estudo da Associação dos Fis-

cais prova: municípios que gratifi-cam a produtividade de seus setores de fiscalização arrecadam melhor e têm maior autonomia financei-ra. Búzios tem sua fiscalização segmentada em seis areas, porém apenas a fiscalização fazendária

recebe adicional de gratificação por produtividade.

Congratulamos com os colegas que já deram este primeiro passo, mas defendemos a necessidade de estimular a produtividade e articu-lar a atuação de todo o poder fiscal da Cidade. PÁGINA 4

• ARTIGO DA EDIÇÃO: AFISCAB

• Até hoje, cerca de 500 pessoas recorre-ram aos serviços jurídicos do Sindicato, com 70% obtendo ganhos. O que intri-ga é a falta de reconhecimento: parece que o pessoal, agraciado por melhora nos vencimentos ou indenizações tem medo de relatar a novidade e ter que emprestar dinheiro...

• A situação do serviço público buziano é tão precária que dos 10 primeiros moto-ristas convocados a partir do concurso, TODOS já abandonaram a carreira. E os outros poucos só ficaram (por en-quanto) porque são carne de pescoço.

• Já na Guarda Marítima Ambiental, dos 43 aprovados, restam apenas 28. E parece que o governo quer ‘finalizar’ o restante: 18 já estão sofrendo pro-cessos por conta da manifestação na Câmara. Atenção MP, Comissão de Direitos Humanos e OAB: a perseguição está sufocante.

Adiantamentos

Sem profissionalizar, sem organizar, sem pagar com justiça, só pode crescer como samambaia: para baixo. Será que nenhum político viu isso ainda?

Mal o ano começa, vigora orçamento novo: são mais de R$ 200 milhões a arrecadar. É nesse momento que a lei obriga o governo a reajustar os salários dos servidores, no mínimo, pela inflação. Quem pensou a lei certamente foi inteligente: viu que esta era a ocasião ideal (15 de março), já que sendo o governo um grande prestador de serviços, nada mais equilibrado do que planejar de início o pagamento de seus trabalhadores.

Mas, para indignação geral, como nos outros anos, logo um álibi é construído: “os royalties tiveram queda, a folha de pessoal está muito alta”. Será o trabalhador quem arcará com o descontrole dos gastos muni-cipais? Embora saibamos que essa política negativa afeta diretamente os trabalhadores, cabe ressaltar o duplo prejuízo à socieda-de. Primeiro o povo é penalizado porque o achatamento de salários dos trabalhadores acaba resultando na piora dos serviços. Se-gundo porque os royalties não vêm sendo aplicados corretamente. A conclusão é que os recursos estão vazando em algum ponto obscuro. PÁGINA 3

Governo prefere gastar R$ 2,5 milhões com publicidade a investir no trabalhadorSERVIDORES CONTINUAM SEM REAJUSTE

FOTO: Agente da Guarda Municipal auxilia idoso em travessia perigosa na Estrada da Usina. Embora a GM já tenha seu Plano de Carreiras, definido em legislatura anterior, a categoria busca regulamentações pendentes, e passa pelo mesmo arrocho salarial que afeta a todos.

Fo

to: A

SA

(*Levantamento preeliminar, sujeito à alteração)

A T E N Ç Ã O colabore distribuindo este jornal no trabalho

e na comunidade. BÚZIOS agradece.

Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano | Búzios, 1º de maio de 2015. Edição nº. 27 | Ano 5 | Edição bimestral | Tiragem de 5.000 exemplares

JORNAL DO SINDICATO DO SERVIÇO PÚBLICO BUZIANO

“A qualidade dos serviços públi-cos entregues à sociedade está

diretamente relacionada à forma de tratamento dispensada ao tra-

balhador da área pública”.

b

Page 2: Edição Nº 27 - Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano - ASFAB

O Sindicato se reuniu na tarde do dia 13 de abril último com a Comissão de Orçamento do Poder Legislativo, tendo sido por ela con-vidado, para discutir a revisão geral anual, negada pelo governo, sob argumento de baixa na arrecadação dos royalties.

Sabe-se que o Município vem operando seu caixa sempre em cima do limite prudencial, em flagrante má técnica, se considerarmos as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Porém, além de transmitir sua insatisfação diante de mais essa negligência do Executivo, o Sindicato fez à Comissão a seguinte propos-ta, como medida preventiva contra repetições do problema:

Sugerimos que a Lei de Diretrizes Orça-mentárias (LDO), ao ingressar no trâmite legislativo, seja emendada, passando a cons-tar explicitamente não apenas a obrigação da revisão geral, mas que também se insira naquela norma dispositivo obrigando o Exe-cutivo a comprovar dotações de pessoal na Lei Orçamentária Anual (LOA) com valor estimado da futura revisão. E mais, para ga-rantir a intocabilidade de tais créditos, ou seja, que o valor estará separado exclusivamente para a revisão geral anual, que o Executivo se obrigue a mantê-los orçamentariamente bloqueados, em reserva de contingência, a salvo de movimentos para outras finalidades.

A diretoria acredita que a simples presen-ça de créditos livres nas dotações é bastante motivo de mais inchaço na folha de pessoal.

Do ponto de vista contábil, a medida é sim-ples e regular. Juridicamente, a priori, também não há impedimentos, já que a emenda não afetaria quantitativamente valores, mas apenas disporia sobre a ‘forma’ do procedimento orçamentário. Os vereadores componentes da Comissão, assessorados pelo Dr. Leonardo, prometeram estudar a proposta.

Em relação ao ‘leite já derramado’ – a re-posição que até agora não veio – os verea-dores ali presentes acertaram que, através de representação conjunta das comissões de Orçamento e de Seguridade, oficiarão ao Ministério Público, na Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Cidadania, solicitando àquela Instituição medidas que estanquem a flagrante ilegalidade.

A partir daí, não disseram os membros da Comissão, mas o Sindicato diz, poderá o próprio órgão do MP decidir pelo ingresso de ação civil pública contra o Município ou o chefe do Executivo, André Granado.

O Sindicato acredita no compromisso pú-blico das Comissões envolvidas e divulgará informações e protocolo no MP, tão logo o receba. | Vereadores presentes: Lorram da Silveira, Messias Carvalho e Gugu de Nair. (foto abaixo). —

No dia 26 de março último, a Comissão de Seguridade do Poder Legislativo Municipal conseguiu aprovar no plenário requerimento que cobra do executivo informações sobre a elaboração do Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração dos servidores.

Como se sabe, apenas a Guarda Municipal e o Magistério têm suas carreiras regulamentadas por esse instrumento.

Trata-se da primeira ação sistematicamente encadeada, no tocante ao Plano de Carreiras. É tardia, mas benvinda, a medida, já que a LC 15/2007, que instituiu o Regime Jurídico Único, deixou em seu artigo 188 a obrigação de o governo instituir o PCCR no prazo de 12 meses, coisa que nunca o Legislativo se dignara cobrar.

A COMISSÃO ESPECIALComo resultado de deliberação em Assem-

bléia Geral promovida pelo Sindicato, em junho de 2013, o governo criou uma comissão especial para conduzir estudos visando à concessão e regulamentação de benefícios ao funcionalismo público, tais como auxílio-alimentação, auxí-lio-transporte, e, o que se destaca em relevân-cia hitórica, a discussão das perdas salariais e inflacionárias acumuladas ao longo dos anos.

Neste último aspecto, os estudos não avan-çaram por insuficiência de dados oficiais e pela falta de profissionais de alguns setores especializados, como da Controladoria Geral, isto alegado pelo Procurador então designado para acompanhar os trabalhos.

Em itens como auxílio-refeição, que teria seu valor aumentado para R$ 12 reais em 2014 e R$ 15 em 2015, os acordos foram firmados, mas as medidas jamais se concretizaram. Hoje o auxílio-alimentação é de menos de R$ 10,

havendo incluive casos em que o direito, mesmo defasado, é negado, ensejando ações judiciais.

Em resumo, a Comissão Especial foi quase nada produtiva, refletindo o fato de só ter sido instaurada com grande esforço de articulação.

MINUTA DE PCCRAproveitando o ensejo dos encontros com

representantes do Executivo, o Sindicato, após colaboração de seus associados, entregou ao governo proposta de lei do PCCR, devidamente estruturada para o caso Buziano, com clara intençao de dirimir custos com consultorias, já que contratar a FGV vem sendo uma tendência quase natural.

É bom ressaltar as tentativas que o Sindi-cato tem feito, desde a primeira gestão, de ser propositiva, em vez de apenas criticar, como acusa integrantes do governo.

Desde então nada mais se falou. E o silêncio voltou a reinar sobre o ambiente de desigual-dades e desmotivações.

O Sindicato hoje tem enorme dificuldade de acesso ao governo, sendo forçado a abrir uma enormidade de processos administrativos e judiciais. Inclusive, considerando o fato de a Lei Complementar 15 ter determinado o prazo de 1 ano para se elaborar o PCCR geral, a entidade está em fase de estudos para a judicialização da demanda.

É essencial entretanto que os colegas co-brem dos seus vereadores e dos gestores as providências.

A ideia básica é que a organização do setor público constitui necessidade mínima para o bom andamento dos serviços à comunidade. Servidor bem preparado e bem remunerado coopera mais com a Administração.

Proposta Nossa

QUAIS AS PERSPECTIVAS PARA O PCCR GERAL?

A disciplina muito nos interessa!

2 Jornal do Sindicato do Servico Público Buziano | Edição nº 27 | 1º. de maio de 2015 Acesse www.asfab.com.br

Associados e amigos, como preza a boa diplomacia, temos deixado claro aos cole-gas que se preocupam com os impasses nas negociações com o Executivo, que estaremos sempre abertos ao diálogo, pois nossa função social maior é esta: colaborar para o bem do servidor e do cidadão, por todos os meios legais e acordáveis.

Mas pelo que se sabe, em nossas reuni-ões com os prefeitos tornou-se já exótico o momento em que um ou outro cobra do Sindicato que “resolva o caso de servidores indisciplinados”. Ora, a defesa de direitos, atividade essencial do Sindicato, não colide com o direito-dever que a Administração tem (exclusivamente) de induzir o rendimento, de disciplinar, de processar e de punir, sem-pre obedecendo a legalidade e o interesse público.

Não cabe porém ao Sindicato a atuação corregedora, que é iniciativa restrita do Exe-cutivo. À nossa entidade cabe promover os princípios éticos da Administração Pública, em caráter geral e impessoal.

É nesse aspecto de reconhecer o mérito de quem honra a função pública, que temos grande interesse em que a Administração opere suas ferramentas de disciplinamento. Sim, o Sindicato é o maior interessado em separar ‘o joio do trigo’. Lutamos diariamen-te por justiça laboral, sabendo que o ‘poder

de império’ está do lado do governo, e a ele, como instância do estado-nação cabe dar o primeiro passo organizativo e de promoção da justiça. E perguntamos: como a institui-ção perpétua e soberana que é a Prefeitura deixará de ser no mínimo mais equilibrada e mais comprometida do que um indivíduo? Agimos então assim: entendendo que o pri-meiro passo é do poder público: remuneran-do, capacitando e dando oportunidades de crescimento na carreira; esgotadas essas es-tratégias, na falha do individuo, deve operar rigorosamente a disciplina, sendo garantidos os direitos essenciais do trabalhador.

Ocorre que a autoridade municipal, ao empurrar para o Sindicato a atribuição que é exclusivamente sua, demonstra ou inap-tidão para o cargo ou sua incompreensão a respeito das regras basilares do Serviço Público. Não obstante isso, ignora também que o Sindicato está o tempo todo envolvido na solução de problemas criados exatamente no âmbito de um sistema de governo injusto, ineficiente e omisso. Quanto a isso, cabe ao servidor-eleitor ‘disciplinar’ (servidor também vota!) o político que elegeu.

Como observamos nas três últimas elei-ções municipais em Búzios, os prefeitos não se reelegem, sendo objeto coincidentemente de grande rejeição entre os trabalhadores públicos. —

EDITORIAL

AJornal do Sindicato do Serviço Público Buziano | Edição 27 | Ano 5 | Tiragem 5000 exemplares | 1º de maio de 2015

ASFAB PROPÕE AO LEGISLATIVO MEDIDAS PARA

EVITAR FUTUROS IMPASSES NOS REAJUSTES

Mesmo depois de todo o empenho do Sindicato na Comissão Especial insti-tuída pelo governo, os resultados das negociações não foram implementados

Page 3: Edição Nº 27 - Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano - ASFAB

3Jornal do Sindicato do Servico Público Buziano | Edição nº 27 | 1º. de maio de 2015 Acesse www.asfab.com.br

A Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano | Edição 27 | Ano 5 | Tiragem 5.000 exemplares | 1º de maio de 2015.

• Constituição Federal, artigo 37, inciso ‘x’:

“a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices”.

• Lei Municipal 322/2002. art. 1º.:

“Fica instituída a data 15 de março, como limite para a revisão geral anual da remu-neração dos servidores públicos municipais de Armação dos Búzios, como disposto no inciso X, do Artigo 37, da Constituição Fe-deral de 1988.”

• Compromisso do atual prefeito, na campanha eleitoral:

“No nosso entendimento, a cidade passa por uma grave crise de legalidade. Não só em relação aos servidores, assim como no caso das licitações e do licenciamento. Em relação ao servidor, nosso compromisso será cumprir estritamente a lei, buscando formas de harmonizar os interesses das ca-tegorias, que, no fundo são os interesses da própria cidade, esta que permanece além dos governos”.

Criada através da Lei que organizou o último concurso públi-co de Búzios, a Guarda Marítima Ambiental (GMA) já chegou a ter 43 membros, e atual-mente está capengando, com apenas 28 recém concursados.

Uma prova de que o governo não digeriu ainda o ‘grito’ de revol-ta da categoria (Foto), é que, dos 28 remanes-centes, 18 manifestantes estão sendo processa-dos. Assiste razão aos protestantes? Os casos são pontuais, e os fatos, que dizem mais do que a resignação pessoal de cada um, mostram que sim. E uma coisa é certa: essa é apenas a ponta do iceberg: desde a gestão Mirinho o governo trabalha para neutralizar a Guarda Ambiental.

O absurdo do momento é a acusação enco-mendada pelos que querem a extinção da GMA: “insubordinação grave”, aplicada por padrão a todos os que estão enfrentando PAD.

Neste momento em que o gestor se arrisca numa arbitrariedade, deveria se perguntar, se o Poder Público já permitiu aos GMAs atuarem em condição no mínimo próxima do ideal.

SITUAÇÃO ATUAL É PRECÁRIADos concursados que resistem aos desmonte,

ninguém recebeu treinamento específico, como por exemplo, o que os tornaria aptos a lidar com

animais peçonhentos, cartografia náutica, riscos e leis ambientais, legislação municipal, etc.

Não bastasse este vácuo, a rotina se encontra repleta de informalidades, o que dá margem ao risco de assédio moral ou até a acusações infun-dadas desse crime. Ressalte-se que o comando geral é nomeado pelo prefeito, sendo pessoa de fora do serviço público. A pressão das ordens e dos relatos ‘de boca’ parece ter o único objetivo de desestabilizar emocionalmente o trabalha-dor e levar ao abandono da carreira, além de desgastar qualquer pessoa que seja designada a comandar mais próxima do grupo.

Apelamos às entidades civis que militam na causa socioambiental e aos órgãos de defesa da legalidade, que interpelem o governo.

A GMA compõe o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), conforme a Lei Federal 6.938/81, e uma cidade com meio ambiente tão rico e frágil não pode ficar desguarnecida.—

SERVIDORES PEDEM SOCORRO

Foto: GMAs Protestam na Câmara. Denunciam a situação da corporação. Detalhe: o ‘uniforme’ foi adquirido pelos próprios.

Aviso àqueles que se preocupam com o futuro da Cidade:

Governos têm trabalhado para extinguir a Guarda Ambiental

REFLEXÃO

O cidadão que se dirige a um balcão da Saú-de e da Educação vê à sua frente a figura do governo, que muitas vezes ele critica e noutras poucas até elogia. Mas o que normalmente pas-sa despercebido é que ali está um trabalhador que não é nada diferente de si. Está lá, muitas vezes para dizer o ‘não’ que o governo diz com suas negligências.

Quando opta por gastar 2,5 milhões com publicidade, o governo está tirando do remédio e do salário do médi-co, do recepcionista, da professora. Quando su-perfatura obras, ou as escolhe por fora de um planejamento urbano, o governo está tirando o ‘pão da boca’ não apenas da moradora e do idoso: está também situando o conflito no âmbito da relação pro-fissional x população.

Pois essa negligên-cia com o povo e com os trabalhadores da área pública está evi-dente, e nem se precisa humildemente dese-nhar, como moradores fizeram nesta placa da fotografia abaixo. E nos

perguntaremos que parcela de partipação no insucesso dos serviços públicos tem a explo-ração do trabalhador ou a desorganização do setor público.

Quando Búzios instalou sua administração, em 1997, foi possível estabelecer padrões de vencimentos, embora desordenados, que colo-cavam a cidade à frente de todos os municípios da Região dos Lagos. Não por coincidência, a

primeira gestão de Delmires Braga é conside-rada “a melhor”.

Logo em seguida, incapazes de resistir à pressão pelo emprego, pelo privilégio, e muitas vezes pelo benefício individualmente justo mas coletivamente insustentável, os governos pre-feriram fazer o jogo da perpetuação no poder, em detrimento da organização do setor público.

Logo o argumento de que “não tem orçamen-to” virou marchinha de carnaval. Não tem recurso ou o trabalha-dor não é prioridade?

Como consequ-ência, o descaso no tratamento do tra-balhador público se relaciona com a baixa na qualidade dos ser-viços públicos, que por sua vez se corre-laciona à estagnação econômica que assola a cidade.

A desculpa dos royalties de petróleo, nesse caso, nada mais é do que uma fanta-sia a caráter para um baile para o qual o trabalhador público e a população não foram convidados. —

Foto: Manifestação de populares, à beira da Av. José Bento expõe a má qualidade da saúde pública. O desafio do Sindicato é mostrar a correlação entre arrochos, perseguições e a inconstância na qualidade.

ENQUANTO NEGLIGENCIA REAJUSTE DO TRABALHADOR, DESPESAS CONTINUAM

Mensagem do prefeito ao presidente do Legislativo:“(...) Vimos informar que, devido a queda na arrecadação municipal, da diminuição dos repasses dos royalties do petróleo o qual impactou negativamente todos os municípios produtores, bem como a crise financeira que assola não só os municípios vizinhos mais [sic] a todo o país, fica, por hora [sic], o Poder Executivo impossibilitado de efetuar o reajuste anual dos servidores (...).”

Médicos especialistas estão entre os que tiveram as maiores perdas

Page 4: Edição Nº 27 - Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano - ASFAB

* Os convênios se destinam aos associados. Maiores informações pelo tel.: (22) 2623.8084

Musculação. Valor para associados da ASFAB R$ 85,00 mensais. Pagamentos realizados entre os dias 25 e 29 de cada mês, terão desconto de R$ 5,00. Período mínimo de vinculação 6 meses.Documentação necessária: RG, CPF, Comprovante de residência, RG, CPF, Comprovante de residência, Certidão de casamento ou declaração de união estável reconhecida em cartório.

Espaço de rejuvenescimento que oferece RPG, Pilates, Fisioterapia e Dermatologia Funcional, em Manguinhos.

Escola de natação para todas as idades. Vantagens: 10% a 20% de desconto Vantagens: 10% a 20% de desconto na mensalidade.

Clínica de depilação. 20% de desconto nos serviços de depilação na primeira consulta e 10% de desconto nas consultas seguintes.

Musculação.

Academia WorkOut

Clínica Movement

Lorelei

Só Pellos

Academia Pérola

CONVÊNIOS

A recente crise econômica que atingiu mu-nicípios beneficiários de royalties do petróleo no estado do Rio de Janeiro, os quais dependem em até 60% desses repasses, escancarou as fa-lhas da gestão pública, já que juntos perderam mais de 2 bilhões de reais. A discussão deste incidente não se restringe apenas a efeitos so-cioeconômicos, de externalidades passageiras, mas revelam a necessidade de mudanças de paradigmas na gestão municipal.

Essas crises são comuns no noticiário es-pecializado e podem passar desapercebidas pelos gestores, muitas vezes por ocorrerem em grandes economias, cujo exemplo mais recente foi a falência de Detroit, nos EUA, conhecida como “Motor City” – coração da indústria au-tomotiva norte-americana no século XX.

A falência de Detroit ocorreu após décadas de declínio econômico – principalmente com a crise do setor automotivo, da qual Detroit dependia financeiramente. Somou-se a isso o esvaziamento populacional, a má gestão dos serviços públicos e, por fim, o alto endivida-mento.

Se naquela metrópole a crise do setor auto-motivo foi a principal razão de sua falência, no estado do Rio de Janeiro a crise do petróleo já é motivo de preocupação.

As possibilidades de superação do problema aqui, de modo sustentável e a longo prazo pas-sam, inexoravelmente, pelo aprimoramento da gestão pública municipal, e uma das vertentes que iremos abordar é a da gestão fiscal e tribu-tária, ou seja, aquela que poderia garantir uma maior autonomia financeira da Cidade, através de um esforço tributário eficaz e eficiente.

A fim de contribuir com esse aprimoramen-to, a AFISCAB sintetizou a tabela acima, com

dados oficiais mais atualizados das contas pú-blicas, abrangendo os 92 municípios do Estado, obtidos em relatório oficial do TCE/RJ (2013).

AUTONOMIA FINANCEIRA E ES-FORÇO FISCAL

Dentre 92 municípios foram selecionados para análise os 12 municípios com o maior esforço tributário em 2012, ou seja, aqueles que mais empenharam sua administração para

arrecadar autonomamente seus tributos, em comparação com as receitas arrecadas. Foram selecionados os 12 primeiros municípios nesse critério, pois a 12ª colocação no ranking foi a ocupada exatamente por Búzios.

No ranking, quanto ao esforço tributário em 2012, o 1º colocado foi Nova Friburgo, com 67,10%, e o 12º foi Búzios, com 28,70%.

Esse dado demonstra claramente a depen-dência financeira de Búzios em relação a outras fontes de receita que não sejam as arrecadadas por sua máquina pública . Demonstra também

grande fragilidade frente a externalidades eco-nômicas, tais como a redução dos repasses dos royalties do petróleo.

Quanto à autonomia financeira em 2012, ou seja, a capacidade do município de manter a sua máquina administrativa, o 1º colocado no ranking foi Itaguaí com 61,90% e o 12º foi Belford Roxo com apenas 9,00%, porém Búzios ficou na 8ª colocação, com somente 18,30%.

Os dados foram complementados pela pes-

quisa quanto à existência de legislação sobre gratificação de produtividade fiscal nos 12 municípios da análise. Nesse quesito, apenas 3 municípios não dipuseram de informação. Portanto eles foram desprezados nas análises elaboradas a seguir.

VANTAGEM DA GRATIFICAÇÃO DE PRODUTIVIDADE FISCAL

Nos 9 municípios em que detectamos algum tipo de legislação sobre gratificação de produ-tividade fiscal, quanto à autonomia financeira,

identificamos que Itaboraí (41,40%) foi o 1º colocado, enquanto Búzios (18,30%) foi a 4ª colocada.

Já quanto ao esforço tributário, Nova Fri-burgo (67,10%) foi o 1º colocado, e por último Armação dos Búzios (28,70%), na 9ª colocação.

Cabe observar que dos 9 municípios nos quais detectamos algum tipo de legislação sobre gratificação de produtividade, apenas Búzios e Angra dos Reis beneficiam somente a fiscalização fazendária. Não por coincidência, Búzios e Angra dos Reis possuem desempenho muito semelhante entre si, quanto ao esforço tributário e à autonomia financeira em 2012.

O aumento da arrecadação municipal, que garanta autonomia, depende do exercício do poder de polícia por todas as fiscalizações (Urbanismo, Sanitária, Meio Ambiente, Pos-turas e Transportes) dentro de suas respectivas competências legais, e não só da ação de um setor em particular.

Não obstante, há um papel importantíssimo e quase inexplorado de educação e conscientiza-ção dos contribuintes que estão na ilegalidade ou inertes quanto ao cumprimento das normas legais, os quais podem ser trazidos para a lega-lidade através de ações fiscais com esse intuito.

Assim, diante dos dados, fica evidente que um melhor desempenho Tributário e na autono-mia financeira deveria passar, necessariamente, por uma mudança nas leis municipais quanto à produtividade fiscal, tal qual ocorre nos muni-cípios com melhore desempenho. Vemos aqui a necessidade urgente de renovação do espírito das leis municipais para fazer frente ao cenário de crise dos royalties e o primeiro passo, sem dúvida, passa pela existência da gratificação de produtividade fiscal a toda a categoria. —

Acesse www.asfab.com.br4 Jornal do Sindicato do Servico Público Buziano | Edição nº 27 | 1º. de maio de 2015

AJornal do Sindicato do Serviço Público Buziano | Edição 27 | Ano 5 | Tiragem 5000 exemplares | 1º de maio de 2015

Municípios que estimulam a produtividade de seus setores de fiscalização têm maior capacidade financeira para vencer a turbulência

ARTIGO DA AFISCAB A CRISE DOS ROYALTIES DO PETRÓLEO NO ESTADO DO RIO

Atendendo à ação interposta por ACS asso-ciada, através do serviço jurídico do Sindicato, o Dr. Marcelo Villas, juiz de Direito da 2ª Vara da Comarca de Búzios, emitiu sentença reco-nhecendo o caráter estatutário de sua carreira.

Corajosa e inovadora, a decisão do Juízo de-volve esperança não apenas à servidora direta-mente beneficiada, mas também abre precedente para que os demais profissionais da carreira escapem do fosso jurídico em que têm sido jo-gados pelo governo, oprimidos entre a CLT e o Estatuto, sempre sendo vítimas do menor direito que lhes assista.

Além de conquistar a condição de Estatu-tária, a servidora teve reconhecimento de seu direito aos triênios que completou e aos que vier a completar.

PERSPECTIVA DE ENQUADRAMENTORessalte-se além disso que o Plano de Car-

reiras, partindo da ótica de sua abrangência es-taturária, terá que incluir esses agentes, o que de fato os traz para o cenário de evolução da carreira, embora a luta pelo PCCR esteja pela metade, aguardando definição do governo.

O juiz definiu ainda multas, em caso de des-cumprimento das ordens, visto que o Município

sequer se dignou defender-se, sendo condenado à revelia.

TRECHO DA SENTENÇA“Todavia, nas hipóteses em que o agente

comunitário de saúde ingressou nos quadros da Administração Pública através do devido processo seletivo prévio de provas ou de pro-vas e títulos de acordo com a complexidade da função a ser desempenhada, violado não estaria nenhum princípio constitucional nem tão pouco a regra constitucional do concurso público. Não existe diferença ontológica entre concurso e processo seletivo prévio de provas ou de provas e títulos. Daí que a autora, de acordo com a Lei Complementar Municipal invocada deveria ter sido enquadrada como servidora estatutária”

Lembramos que a decisão foi proferida pelo Dr. Marcelo Villas, no processo 0001752-11.2013.8.19.0078.

Os agentes comunitários em igual condição, se já não entraram na Justiça, poderão fazê-lo através do serviço jurídico do Sindicato. Ressal-vamos que na Comarca de Búzios atuam dois magistrados, e que não há qualquer vinvulação entre o entendimento de um e de outro juízos. —

AGENTE COMUNITÁRIA CONQUISTA

NA JUSTIÇA CONDIÇÃO DE CONCURSADAAção foi impetrada pelo Sindicato e provoca decisão inovadora

Por André Luiz (fiscal de urbanismo, vice-presidente da AFISCAB)

Page 5: Edição Nº 27 - Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano - ASFAB

A Constituição Federal garantiu a todo trabalhador o direito à greve. En-tretanto, determinou que, para ser

executada no setor público, a greve preci-saria ser regulamentada por lei específica, expedida pelo Congresso Nacional, coisa que até hoje não foi feita.

A essa altura você pensa: mas eu já vi greve de funcionários públicos. E é verdade. Em tese o direito de greve é uma prerrogativa decorrente das garantias fundamentais, como a livre expressão e a livre associação para fins pacíficos. Em decorrência disso ela não será barrada pela falta de uma lei específica.

Diante do impasse, sindicatos e governos foram acionando os tribunais, que por sua vez reconheciam a fundamentalidade desse direito, porém o ambiente era de receio e de insegurança jurídica: poderia a governo descontar no salário dos grevistas? Todos os serviços poderiam ser paralizados? Quais seriam as exgências prévias?

Até que em 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu declarar a omissão legislativa e admitir que se aplique a Lei de Greve do setor privado, nº 7.783/89, no que couber, às greves do setor público.

EXIGÊNCIAS LEGAISDas adaptações da Lei de Greve ao serviço

público, resultaram as seguintes regras juris-prudenciais (resultande dos julgamentos das ações), que devem ser cumpridas antes que a paralização seja decidida:

1. Estabelecer tentativas prévias de atendi-mento pelo Executivo, apresentando a pauta de reivindicações e documentando todos os elementos de comunicação, como ofícios, processos administrativos, atas, declara-ções de compromisso não cumpridos, etc.

2. Convocar assembleia-geral da categoria (não apenas dos associados) mediante a observância dos critérios definidos no Es-tatuto do Sindicato e com divulgação do Edital com antecedência razoável (72 horas, como sugestão) em jornal de circulação regional.

3. Em assembleia, votar a pauta de reivin-dicações e deliberar sobre a paralisação parcial de serviços.

4. Comunicar a decisão da assembleia ao governo e à sociedade por meio de edital, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas horas).

5. Durante a greve, buscar sempre que possí-vel a negociação para o atendimento das rei-vindicações, documentando-a ao máximo;

6. Manter equipe de servidores para assegurar a continuidade da prestação dos serviços in-dispensáveis ou que venham a causar danos irreversíveis a pessoas e ou ao patrimônio.

7. Manter até o final da greve um “ponto paralelo”, para registro pelos servidores grevistas, o qual poderá ser instrumento útil para discutir eventual desconto dos dias parados.

PODEM DESCONTAR OS DIAS PA-RADOS?

Pesquisando as decisões judiciais acerca do assunto atualmente, vemos que não há consenso, além daquele que admite: a greve no setor público precisa ser regulamentada.

Muitos magistrados têm entendido que, sendo o desconto uma ‘punição’, não pode ser executado contra direito garantido cons-titucionalmente.

Já outros entendem que, não tendo havido trabalho em tal ocasião, é justo que o servidor não receba por ele.

De concreto, os sindicatos têm buscado cumprir as formalidades negociais até o li-mite possível, documentando tudo, para, se necessário, haver um acionamento da Justiça.

Outro aspecto a se notar é que alguns tri-bunais têm vinculado o desconto ou não ao mérito da causa, ou seja: se a categoria em razão no pleito, não cabe desconto; se a greve é ‘abusiva’, sem fundamento, o desconto é plausível. Obviamente deve-se manter um ‘ponto de greve’, onde os trabalhadores pro-varão presença nas atvidades.

Entende-se que é necessário revestir-se do máximo de precauções e envolver o maior número possível de servidores no movimen-to, a fim de demonstrar seu apelo social e diminuir riscos de represálias individuais.

Cabe considerar por outro lado, que a po-pulação buziana é tipicamente dependente dos serviços públicos essenciais, como os de saúde e de educação. E na hipótese de planejarmos uma paralização, será necessário que estabeleçamos um comitê de greve, para planejar o alcance do impacto, de modo a não penalizar a população além do que ela já vem padecendo com a queda da qualidade dos serviços públicos. —

5Jornal do Sindicato do Servico Público Buziano | Edição nº 27 | 1º. de maio de 2015 Acesse www.asfab.com.br

VOCÊ SABE O QUE É POLÍTICA?

Por Luis Carlos Palencia

Diretor-Tesoureiro

A palavra ‘política’ origina-se do grego antigo politiká, cujo significado remete ao bem estar da polis (cidade-estado da Grécia Antiga), de maneira que todo cidadão possuía direitos e deveres po-líticos, a partir de seus interesses e ne-cessidades sociais, sempre no contexto de uma coletividade. Sendo assim, o termo política tem profundidade mag-nífica, representando o zelo pelo bem da cidade.

Preocupa-nos quando alguns cida-dãos e políticos dizem “não gostar de política”.

No caso de político que ocupa cargo eletivo, partindo da idéia original, suben-tende-se que não tem apreço pela da cidade, ou não tem interesse em contri-buir e construir, mas sim em ter benefício próprio, utilizando recursos administrati-vos em seu poder, usurpando ao seu bel prazer “a gordura das ovelhas”, sendo estas, os munícipes. Visto assim, não gostar da política é igual a não gostar do bem estar da cidade.

No caso do cidadão comum, quando tenta repelir a política de seu cotidiano e de sua vida, segundo Aristóteles, se-ria como negar sua própria essência: “O homem, por natureza, é um animal político.” E como seres políticos que somos, intrinsecamente temos respon-sabilidades de participação nas ações políticas, seja de modo direto ou indireto.

O problema da sociedade não é a política, quando na verdade, a política é a busca de soluções, partindo do prin-cípio de sua origem e ideal. À vezes a política se contamina pela má índole dos envolvidos neste processo, ou sofre a omissão dos que possuem um caráter reto, mas se eximem em participar de maneira mais direta.

E, como Platão em sua grande sabe-doria já disse: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de polí-tica, simplesmente serão governados por aqueles gostam.”

Ou seja, o envolvimento na política se faz necessário para todo cidadão de bem, não necessariamente sendo parti-dário, mas tomando parte em audiências públicas, prestações de contas, sessões da Câmara de Vereadores; discutindo o orçamento da cidade, entre outros. Tudo o que fazemos em prol da cidade é política, e segundo o filósofo Platão, “O castigo dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus.” Precisamos fazer mais política.

Por sua vez, o Sindicato do Servi-ço Público Buziano, quando defende um serviço de qualidade, que beneficie toda a população; quando reinvindica salário justo, plano de cargos e salá-rios atualizado para todos, ele entende que melhores condições de trabalho resultarão em uma melhor prestação de serviço à população. Logo a entidade está fazendo política, no sentido mais essencial da palavra. —

A Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano | Edição 27 | Ano 5 | Tiragem 5000 exemplares | 1º de maio de 2015

•GREVE•COMO FUNCIONA A SUSPENSÃO COLETIVA DO TRABALHO NO SETOR PÚBLICODiante da sensação de injustiça que muitas vezes toma o servidor público em seu local de trabalho, o que mais vêm à cabeça é “por que o sindicato não faz logo uma greve?” O que muitas vezes não se considera é que o Sindicato representa a vontade de seus associados. Por mais que isso não seja claro no dia a dia, é esta a realidade jurídi-ca. Ocorre que, para essa ‘vontade’ do associado poder se transformar em um ato tão extremo quanto a greve, é necessário, além do senso coletivo, que se cumpram critérios legalmente exigidos. Os sindicatos que não observam as regras acabam por penalizar seus trabalhadores, e muitas vezes partem sem o apoio da própria comunidade.

Trabalhadores terceirizados durante varrição da Praia de Manguinhos.Excluindo-se da soma da receita os royalties, a limpeza urba-na tem consumido 50% da receita própria do Município, sem

que o trabalhador participe socialmente do progresso.

Page 6: Edição Nº 27 - Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano - ASFAB

Além de se focar no ‘visível’, a reforma da identidade tem também a intenção de atrair atenção para as mudanças de postura na re-lação com os poderes instituídos. A entidade reafirma seu foco na diplomacia e no diálogo construtivo, sem abrir mão porém de recorrer a outros recursos legítimos, quando as portas se fecharem e as negligências oprimirem o trabalhador.

Como é natural em uma instituição que per-corre sua segunda década de vida, o relacio-namento difícil com os governos vem gerando desgates, pois nem sempre o associado com-preende a fundo as limitações de se carregar uma pauta sem se ter a caneta para resolvê-la.

Adotamos assim um logotipo que passa a ideia de coesão e força, e que projeta a visão

do que se espera de um Sindicato. Junto ao logotipo, opcionalmente, um símbolo cíclico estilizado, representando a reunião coletiva e racional em torno dos interesses da categoria.

Nessa linha, o site institucional também passa por uma reformulação, que busca ‘limpar’ o visual e agregar novas ferramentas de conecti-vidade, como recurso de login para associados.

Como está agora em suas mãos, o jornal já não se chama ‘A Voz do Servidor’. Ganha novo corpo, sem perder seu espírito inovador e inquietante, de quando lançado pelo colega Osmane Simas, ex-presidente.

Assim nasce o Jornal do Sindicato do Servi-ço Público Buziano, que continuará sendo sua voz. Também adotamos o slogan ‘Sindicato do Serviço Público Buziano’, que de fato somos. —

ENTIDADE IMPLANTA NOVA IDENTIDADE VISUAL

Mudança vem acompanhada de novas estratégias de comunicação e ocor-rerá gradativamente, sem custos

No dia 16 de abril, o Sindicato do Serviço Público Buziano se reuniu em Assembleia Geral Extraordinária. Na abertura do evento, o pre-sidente Marcos Silva explanou sobre algumas ações da ASFAB, relatou as reuniões com co-missões de diferentes categorias e apontou um grande problema: o inexistente diálogo com o Executivo, mesmo sendo feito através de Pro-cesso Administrativo, do qual o sindicato não recebeu nenhum tipo de resposta.

Dando sequência o vice-presidente Alessandri Adriano, alertou sobre a importância de o servi-dor ser mais presente em eventos do sindicato, já que a diretoria foi eleita para liderar ações que são deliberadas pelo servidor sindicalizado.

“Não adianta ficar reclamando em redes so-ciais e não comparecer nas assembleias. Temos demandas importantes, como o Plano de Carrei-ras. Não existe justificativa para o Executivo não aprovar a minuta encaminhada pelo sindicato junto à comissão específica (com membros do Sindicato, Procuradoria, Executivo e Legislati-vo). Servidores de todos os setores foram ouvi-dos em diversas reuniões. Estamos estudando formas para combater a inércia do Executivo“, disse Alessandri.

O vice-presidente do sindicato lembrou ainda que, se os servidores não incomodarem, o Exe-cutivo não irá se mexer .

“O sindicato não faz greve, ele prepara a es-trutura. Quem promove a greve ou a paralisação é o conjunto de pessoas que confiam no sindicato

como liderança. A greve se faz com adesão, podendo ser resultado de uma construção que começa agora”, explana.

O diretor Luis Carlos Palencia relatou a série de tentativas de diálogo com o Executivo, to-das em vão, demandas foram veementemente comunicadas inclusive na tribuna popular da Câmara dos Vereadores. Luis Carlos pede que no mínimo as leis sejam cumpridas.

“O reajuste anual está previsto na LDO (Lei de Diretrizes Or-çamentárias), a Lei 332 determina esse reajuste. O que estiver ao alcance do Sindica-to será feito. Mas te-mos que transformar nossa insatisfação em ação, o servidor pre-cisa sair da zona de conforto. Sem mobilização não teremos reajuste nem o Plano de Carreira. o Sindicato somos todos nós servidores“, ressalta.

EDUCAÇÃO APRESENTA DEMANDASDo plenário da Assembleia, professores se

destacaram no uso da palavra, prontamente abraçando o movimento, mas advertindo para os casos daqueles que se sentirão coagidos a não aderir. “Cidade que reduz salário de professor não deve estar preocupada com o povo, pois sabemos a importância da educação na vida

das pessoas”, foi uma opinião compartilhada. Os colegas do magistério também ressaltaram

a importância de se revisar o plano de carreiras dos professores, que se encontra defasado há anos, indicando uma ligação de pauta com o total do funcionalismo, que ainda não tem o PCCR, com exceção da Guarda Municipal.

Saindo da Educação, outro relato indigna-do gerou comoção. “Nunca se viu tamanha

imoralidade no trato do trabalhador. Eu me sinto indignada, humi-lhada, sendo jogada de um canto a outro, como estivesse pedindo um favor para trabalhar. Eu me recuso a cola-borar com as baixarias que vejo no meu dia a dia de expediente”, es-

bravejou a senhora.

“ESTRATÉGIA DO GOVERNO É DI-VIDIR PARA CONQUISTAR”

Comentando recentes medidas do governo, que escolheu demandas menos onerosas de seg-mentos do funcionalismo, “para criar álibi”, ignorando o suplício da maioria, acusou o diretor Alessandri. “Nós devemos nos cangratular com todos os colegas que, fugindo a esse bloqueio do governo, conseguem alcançar alguma melhoria, mínima que seja, mas devemos estar alerta. A

estratégia do governo é de jogar migalhas para pequenos segmentos, com o único intuito de desmobilizar a maioria. É a velha estratégia de ‘dividir para conquistar’, que pega carona no individualismo contra o qual precisamos gerar consciência”.

MANIFESTAÇÕES DELIBERADASA Assembleia Geral deliberou por dois atos.

Primeiro: no dia 30, a partir das 16h, na frente da prefeitura, para que não seja preciso se ausentar do expediente. Servidores de folga ou deso-brigados poderão se concentrar quanto antes, enquanto os de serviço poderão ser juntar ao grupo a partir das 17.

Já no dia seguinte, 1o de maio, Feriado do Tra-balhador, os presentes concordaram em se fazer uma caminhada de Manguinhos até o Centro da Cidade, pela via principal. A partir das 9h começa a concentração na Praça da Escola Mu-nicipal Nicomedes Theotônio Vieira, e a partida se dará às 10 horas, em caminhada até o Centro. Importante ressaltar que o prefeito não recebeu o Sindicato para dialogar sobre a pauta (PCCR, Revisão Anual e Recomposição da Defasagem). Todas as tentativas foram esgotadas.

Relembrando a fala de Luis Carlos Palencia, “precisamos sair de nossa zona de conforto. Cada dia que passamos sem a revisão dos vencimentos pela inflação e sem perspectiva de carreira, per-demos valores que não serão repostos. Perdemos irrecuperavelmente parte de nossa vida”. —

Fotos: A

SA

REAJUSTE SALARIAL NÃO CONCEDIDO E PLANO DE CARREIRAS FORAM OS TEMAS MAIS DEBATIDOS EM ASSEMBLEIA GERAL (16/4)

Manifestações foram deliberadas por instransigência do Executivo, que se esquiva de abordar injustiças contra trabalhadores

“O sindicato não faz greve, ele pre-para a estrutura, designa comitê, etc. Quem promove a greve ou a paralisação é o conjunto de pesso-as que confiam no Sindicato como liderança. A greve se faz com ade-são, podendo ser resultado de uma construção que começa agora”.

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S I N D I C AT O D O S E R V I Ç O P Ú B L I C O B U Z I A N O

aFotos: Guardas Marítimos Ambientais guardam posição na região de um despejo de resíduos. Na opinião do presidente do Sindicato, Marcos Santos, “mesmo que a infração esteja ocorrendo em área do Parque da Costa do Sol, a exposição de trabalhadores àquelas condições não se justificam, tamanha a precariedade presenciada. Certamente há mecanismos mais eficientes de coibir as ações.”

6 Jornal do Sindicato do Servico Público Buziano | Edição nº 27 | 1º. de maio de 2015 Acesse www.asfab.com.br

AJornal do Sindicato do Serviço Público Buziano | Edição 27 | Ano 5 | Tiragem 5000 exemplares | 1º de maio de 2015

Page 7: Edição Nº 27 - Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano - ASFAB

Em fevereiro, a nova diretoria do Sindi-cato do Serviço Público Buziano (Asfab) tomou posse, em evento realizado no salão da Câmara dos Vereadores.

Fundada em 2001, esta é a sexta gestão da Entidade.

Osmane Simas, vice-presidente da gestão que chegou ao fim, ressaltou a continuidade da luta, mesmo com a saudável mudança de gestão, e lembrou que os esforços não devem ser somente da diretoria, mas de todos os servidores.

A ex-presidente também saudou a nova equipe, lembrando as conquistas e os per-calços enfrentados no último triênio.

“A renovação é necessária para dar prosse-guimento ao trabalho feito. Foram três anos de muitas lutas e dificuldades. Fico contente de poder ter contribuído com o sindicato. Vejo em mim um amadurecimento e um acréscimo na importância, não somente como servidora, mas como cidadã”, disse Cláudia Sant Anna, que ainda completou lembrando que membros da atual diretoria já têm um histórico de lutas no Serviço Público.

NOVA DIRETORIAO novo presidente eleito, Marcos Santos,

em seu pronunciamento ressaltou a impor-tância da ocasião.

“O momento é muito importante para mim como servidor, inicialmente fiquei receoso com o convite de Eduardo Moulin (Diretor Assistencial) para formar chapa, no entanto, levamos em consideração a visão represen-tativa da ASFAB. Novos olhares são im-portantes para se formar uma chapa. Pude participar e acompanhar a criação do Estatuto do Servidor, agora estamos trabalhando no Plano geral de Cargos e Carreira e concla-

mo a todos os servidores do Município que se unam para lutarmos por nossos direitos, conclamo a todos por uma entidade cada vez mais forte”, disse o presidente, que desde 2006 é funcionário do setor da Saúde.

O vice-presidente eleito Alessandri Adria-no lembrou o trabalho feito por gestões ante-riores e prometeu muita dedicação às causas do serviço público.

“O (presidente) Marcos Santos leva muito a sério o Serviço Público, assim como eu, e essa gestão promete bastantes resultados. A entidade cresceu muito e Osmane Simas a profissionalizou. Parabenizo Osmane e Cláu-dia pelo trabalho realizado. Infelizmente, hoje, o Executivo não conversa e vamos ter que judicializar diversas demandas, já temos atualmente um número aproximado de 400 ações por conta de um Executivo que não dialoga”, disse Alessandri, ressaltando que a diretoria depende do servidor, que é a força motriz do sindicato.

“Faço um apelo: precisamos somar e nos juntar para fazer frente ao Executivo. Temos que nos associar, sozinhos não temos como realizar”, finalizou o vice-presidente.

O diretor Luis Carlos Palência, que com-pôs a antiga diretoria e também faz parte da atual, lembrou a importância de uma gestão comprometida.

“Fizemos nos últimos três anos um traba-lho extenso que resultou no Plano de Cargos e Salários que está todo elaborado, agora falta o Executivo dar andamento. Acredito que essa gestão vá colher o que foi plantado nos últimos anos”, disse Cacau, que ainda parabenizou Alessandri Adriano, que es-teve cumprindo horário na ASFAB mesmo estando de Licença Prêmio, já que a Licença Sindical da nova diretoria ainda não havia

sido publicada no Boletim Oficial.O Diretor Eduardo Moulin também se

manifestou e prometeu trabalho.“Todos os servidores têm que estar juntos,

disposição aqui não faltará. Que comecem os trabalhos” finalizou.

Vale lembrar que o novo Conselho Fiscal também foi empossado. A diretoria vai atuar no triênio que se segue. Conforme autoriza o Estatuto, três diretores obtêm licença sin-dical, para ocupar-se exclusivamente dos interesses das categorias. —

DIRETORIA (2015-18)

Marcos Santos da SilvaPresidente

Alessandri AdrianoVice-presidente

Américo Leonardo Negriros1°Secretário,

Jessica Lins de Barros2°Secretário,

Luis Carlos Palência1°Tesoureiro

Edgar Pinto Guimarães 2°Tesoureiro

Eduardo MoulinDiretor Assistencial

CONSELHO FISCAL (=)

Denise MorandOsmane Simas

Eliel Simas

NOVA DIRETORIA É EMPOSSADA E PEDE UNIÃO AOS SERVIDORES

7Jornal do Sindicato do Servico Público Buziano | Edição nº 27 | 1º. de maio de 2015

NOTAS DA DIRETORIA

50 gatos pingadosDe Luis Carlos Palencia, diretor-tesoureiro, na assembleia em que apenas 50 associados estiveram presentes: “Se nós não estivermos dispostos a sair de nossa zona de conforto, nada vai acontecer. E continuará parecendo que tá tudo muito bom, que estamos felizes com a forma como o governo tem nos tratado.”

Não basta se associarApesar da pouca adesão histórica à Assembleia, há um movimento crescente de adesão ao Sindicato. E o presidente Marcos tem feito questão de receber um a um dos que se filiam, com a mensagem de que, “não basta se associar. Tem que participar da vida da Entidade, dos movimentos”.

Maior Entidade Civil de BúziosMuitos não sabem com precisão, mas a nossa lutadora associação – ASFAB – teve seu estatuto alterado há algum tempo, sendo juridicamente Sindicato. Somos também a maior entidade civil do terceiro setor em Búzios, com mais de 700 associados. A diretoria atual, ciente dessas dimensões, entende a função social que nos cabe, e incorpora a ideia de que “a qualidade dos serviços públicos, e por consequência o desenvolvimento de Búzios, são reflexo da forma como o governo organiza a Administração e trata o seu trabalhador”.

PCCR Seria um Salto de QualidadeFalando na forma como o governo trata o trabalhador, a diretoria defende enfaticamente a necessidade de se tramitar a lei que cria o PCCR geral. Muitos trabalhadores qualificados têm desistido de Búzios, e os que sobraram continuam sem qualquer expectativa de carreira. Conforme já se comenta, o que seria garantia de estabilidade, é hoje um risco de prisão (Gráfico).

Propaganda 2,5 x 0 trabalhadorSegundo o vice-presidene Alessandri, que se posiciona como um observador de mídias da Entidade, se o governo de fato gastar 2,5 milhões em publicidade, num território de 8km2, corremos o risco de ser inundados por outra perigosa forma de poluição: aquela que busca des-convencer pessoas a cerca de uma relidade. “Nós trabalhadores passamos atualmente pela pior crise da história da CIdade” – reclama.

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A Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano | Edição 27 | Ano 5 | Tiragem 5000 exemplares | 1º de maio de 2015

Ninguém discorda de que a titular da Gestão 2012-2014 enfrentou um dos períodos mais severos à frente do Sindicato. E essa atuação soube traduzir o nome de sua chapa: “Moral e Dignidade na Luta”.

Mesmo enfrentando reveses como a redução dos vencimentos dos professores contratados em 20%, Cláudia se manteve firme e determinada.

Entre as conquistas contempo-râneas de sua gestão aparecem o Concurso Público, a elaboração da Minuta de um Plano de Carreiras Geral, o estabelecimento de uma sede apropriada às atividades do Sindicato e o controle patrimonial sistemático, que hoje, em plena crise, garantem razoável estabili-dade ao caixa.

Vale relembrar, com destaque, da participação ativa da Asfab nos movimentos que resultaram no concurso público, e de sua atuação forte, tanto na articulação social quanto na frente judicial, pela convocação dos aprovados.

Hoje o quadro de servidores vive um mo-mento de despertamento crítico, exatamente em função do renovo que decorreu da chegada de novas cabeças pensantes ao cenário público.

FOCO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO

Sendo a educação sua área de profissão e de vida, Cláudia teve papel fundamental nos impasses ocorridos durante a polêmica gestão do ex-secretário Claudio Mendonça, cujo epi-centro foi a redução em 20% dos vencimentos de professores contratados, fato veementemente rechaçado pela então presidente.

Condições indignas de trabalho dos profes-sores foram apontados, assim como falta de profissionais, falta de material básico, insta-lações precárias, etc.

MANIFESTAÇÃO UNIFICADA PELA MELHORIA DA EDUCAÇÃO EM BÚ-ZIOS

Tantos foram os problemas, que resultaram numa manifestação unificada entre ASFAB, a UMEAB e o SepeLagos, pela melhoria da educação em Búzios.

A cidadania foi exercida. Mesmo em dia chuvoso, diversos profissionais da Educação, estudantes e entidades percorreram da Escola

Nicomedes, em Manguinhos, até a prefeitura, na tentativa de uma audiência com o prefeito.

PROPOSTA CONCRETA DO PLANO DE CARREIRAS GERAL

Recebendo em mãos o ‘bas-tão’, a atual diretoria, considera contudo, que o maior de todos os méritos da profa. Cláudia Sant’anna foi ter formulado, de modo participativo, uma robus-ta minuta de Plano de Carreiras Geral, logo depois encaminha-do ao Executivo, onde persiste até hoje.

“Certamente temos conosco, no mínimo essa missão, de levar à frente a luta pela implantação do Plano de Carreiras. E, quando tivermos a conquista final, certamente a ex-presidente Cláudia será lembrada por sua importante con-tribuição” – conclui o atual presidente, Marcos Santos. Nessa linha, a diretoria deseja sorte à colega Cláudia, em sua nova fase. —

PROFa. CLÁUDIA SANT’ANNA ENCERRA SEU MANDATOReconhecida por todos, nossa ex-presidente se despede com sensação de dever cumprido

Page 8: Edição Nº 27 - Jornal do Sindicato do Serviço Público Buziano - ASFAB

Concepção visual, design e diagramação: Alessandri

JORNAL DO SINDICATO DO SERVIÇO PÚBLICO BUZIANOA

BO SINDICATO VAI LANÇAR OS CLASSIFICADOS DO ASSOCIADO EMPREENDEDOR*. SE VOCÊ É ASSOCIADO, PROCURE SABER: 2623.8084

O empreguismoé usado como moeda de

troca por voto, e há excesso de mão de obra não qualificada

na Prefeitura

A iniciativa privada não gera

empregos em boa quantidade ou

qualidadee as pessoas e as pessoas

pressionam para ingressar na

Prefeitura

A cidade não se desenvolve

e a estagnação precariza o turismo. O governo cada vez

mais depende de de royalties do

petróleo Ocorre a desintegração da pouca estrutura

urbana e administrativa, e cresce a pressão dos lobbies, inclusive sobre

o meio ambiente

Serviços prestados à

população vão piorando ano a ano e não

sobram recursos para planejamento planejamento e investimento

Governo não administra

a produtividade, porque tem excesso de

trabalhadores; a folha é a folha é

sobrecarregada sem gerarresultado

Acesse www.asfab.com.br

O CICLO DA MORTE DE UMA CIDADE

*Quem complementa a renda de seu trabalho público com outra atividade autônoma, entre em contato conosco e anuncie, por cortesia. É

a chance de melhorar o salário da PMAB. Requisite o regulamento por e-mail.

PRÓXIMA EDIÇÃO: O CICLO DO RENASCIMENTO

INPC anual acumulado 7,68%Reajuste concedido pelo governo: 0%

A cada ano que passa sem atualização pela inflação e sem plano de carreiras geral, o governo agrava a

desmotivação do trabalhador, cada vez mais empobrecido, e condena Búzios a ficar estagnada no passado. Ano que vem

teremos pessoas recebendo menos de 1 mínimo. Esta é a Búzios da propaganda?