edição n.º 1608

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SEXTA-FEIRA, 15 FEVEREIRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N. o 1608 (II Série) | Preço: 0,90 Aumenta emigração para a Suíça Autoridades helvéticas ponderam limitar entrada a trabalhadores estrangeiros SUSA MONTEIRO €1,20 Veja como na página 25 Postos BP Beja Este VALE na PUB A emigração para a Suíça não é coisa de outros tempos. Atualmente são muitos os alen- tejanos que continuam a partir para aquele país. A culpa é da crise e das melhores condições de vida que por lá dizem continuar a encontrar. Mas de lá, da Suíça, chegam notícias de que se pondera acionar uma cláusula para limitar a imigração. págs. 16/17 Rosário: entre a partida e as minas de Neves-Corvo págs. 4/5 Alberto Matos BE quer impugnar “candidatos dinossáurios” pág. 6 Arte Pública Jovens reconciliam-se com a escola no palco pág. 13 Futebol Almodôvar empata e relança Distritalão pág. 18 Ovibeja III Concurso Internacional de Azeite em abril pág. 11

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Diario do Alentejo

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SEXTA-FEIRA, 15 FEVEREIRO 2013 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXXI, N.o 1608 (II Série) | Preço: € 0,90

Aumenta emigração para a SuíçaAutoridades helvéticas ponderam limitar entrada a trabalhadores estrangeiros

SUSA

MO

NTEIRO

€1,20Veja como na página 25 Postos BP Beja

Este

VALE

na

PUB

A emigração para a Suíça

não é coisa de outros tempos.

Atualmente são muitos os alen-

tejanos que continuam a partir

para aquele país. A culpa é da

crise e das melhores condições de

vida que por lá dizem continuar

a encontrar. Mas de lá, da Suíça,

chegam notícias de que se pondera

acionar uma cláusula para limitar

a imigração. págs. 16/17

Rosário: entre a partida e as minas de Neves-Corvo

págs. 4/5

Alberto MatosBE querimpugnar“candidatosdinossáurios”

pág. 6

Arte PúblicaJovens reconciliam-secom a escolano palco

pág. 13

FutebolAlmodôvarempata e relançaDistritalão

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013 Editorial

PapasPaulo Barriga

A notícia está a ser enten-dida como um fait di-vers. Como uma espé-

cie de festa antecipada. Assim ao jeito dos casamentos reais. Ao fim de seis séculos, um papa de Roma decide entregar o báculo e o anel. Supostamente por cansaço físico e intelectual. Ratzinger tem 85 anos. Vai embora e abre espaço, em vida, a renovado espetáculo me-diático que é, sempre foi, o acen-der da lareira na Capela Sistina. O que acontecerá até à Páscoa. Que é o tempo da ressurreição. Da re-novação. Da esperança. Faz todo o sentido. Faz todo o sentido que Bento XVI resigne. Faz todo o sen-tido que a Igreja se renove. Aliás, faz todo o sentido que a Igreja faça sentido. O que, na verdade, hoje em dia acontece cada vez menos. Principalmente nos territórios ca-tólicos do chamado mundo oci-dental. Não é apenas a cadeira de Pedro que Ratzinger deixa vaga. Deixa em aberto, por igual, uma enorme cratera nos domínios da fé e da crença. Na crença das coi-sas mundanas da Igreja. Na fé nas coisas intangíveis de Cristo. Apesar dos esforços de contrição, a Igreja do papa alemão nunca conseguiu libertar-se das amar-ras da pedofilia e dos escânda-los sexuais que envolvem mui-tos dos seus clérigos. Aliás, Bento XVI sai de cena numa altura em que ainda não se chegou ao fundo do escândalo dos ficheiros secre-tos que o seu mordomo subtraiu. Há quem suspeite que esta resig-nação está intimamente ligada a este caso, ao chamado vatican le-aks. Mas é também inglória a pas-sagem de Ratzinger por Roma no que respeita às questões da fé e das vocações. Uma e outras em plena crise de afirmação. Excluindo al-gumas regiões asiáticas emergen-tes, o território onde a fé católica, apostólica e romana se dissemina é cada vez mais curto. Questões como o celibato dos padres ou a ordenação de mulheres ficaram na gaveta. Uma vez mais. E mesmo aceitando algum incremento na atitude política do Vaticano, prin-cipalmente em relação à crise eco-nómica global, à fome ou às guer-ras no mundo, a doutrina social da Igreja não chegou nem onde, nem a quem deveria chegar. Às pes-soas. Fortemente. O papa que vier pela Páscoa tem que anunciar a nova boa-nova. De que existe uma Igreja para lá desta velha Igreja, que esteve mais preocupada em retirar o burro e a vaca do presé-pio, do que em por mais umas pa-lhinhas no berço de Jesus. Caso contrário, como este que agora abala, passará o próximo papa igualmente à História por apenas fazer cardeais. E como diria o po-eta Bocage, a cozinheira faz mais do que cardeias: faz papas.

“Pedro do Carmo, o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, na entrevista que deu ao “Diário do Alentejo”, fez, pelo menos, duas

afirmações que não correspondem à verdade. Quer Francisco Trindade, eleito pelo PSD, quer eu próprio, eleito pela CDU, fomos reeleitos

presidentes da Câmara de Alvito, [e] João Rocha [Serpa] só foi eleito em 1979. Para quem exerce funções com as responsabilidades das de Pedro do Carmo, erros de análise deste tipo podem sair-lhe caros”…

Lopes Guerreiro, in alvitrando.blogspot.com, 12 de fevereiro

Maria Luísa,

60 anos, desempregadaTerá de ser uma pessoa mais jovem. Com uma mentali-dade mais aberta à sociedade e ideias mais próximas das re-alidades do nosso tempo. Que traga um empenho mais ativo e exemplar na ajuda aos mais frágeis e necessitados. E penso que os padres deviam po-der casar e constituir família. Não é por vestir a batina que vão deixar de ter desejos, de ser homens como os outros.

Margarida Barros,

43 anos, professoraUma nova pessoa não signifi-cará necessariamente um novo rumo. Talvez um papa mais jo-vem possa trazer ideias mais progressistas. A meu ver, a Igreja deverá repensar posi-ções que tem tomado ao longo do tempo. Acompanhar as ine-vitáveis mutações da sociedade. Nomeadamente na sua aprecia-ção em relação à homossexua-lidade e no papel das mulheres na sociedade contemporânea.

Dália Ventura,

40 anos, técnica administrativaJulgo ser muito difícil existi-rem mudanças estruturais. A Igreja tem enraizadas na sua crença convicções imutáveis. Julgo importante que o novo papa tenha uma mentalidade mais aberta e traga ideias re-novadas para os novos proble-mas. Para que a Igreja evolua junto com a sociedade. E es-teja mais próxima dos nossos tempos em vez de continuada-mente virada para o passado.

Catarina Charrua,

28 anos, terapeuta da falaUma nova pessoa poderá sem-pre trazer alguma novidade. Penso que era relevante ser es-colhido um papa mais jovem. Capaz de perdurar mais tempo no seu cargo. E apreciar de ou-tra forma determinados as-suntos, considerados tabu pela Igreja. Tal como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a prevenção de doenças se-xualmente transmissíveis. A Igreja deveria atualizar-se.

Voz do povo Um novo papa trará uma nova Igreja? Inquérito de José Serrano

Vice-versa“Alvito tem uma especificidade: não há um presidente de câmara que seja reeleito em Alvito. (…) Vamos concorrer a Serpa para ganhar. Serpa só conheceu um presidente de câmara”.

Pedro do Carmo, in “Diário do Alentejo”, 25 de janeiro

Fotonotícia Ninguém leva a mal. Este ano, ao que se vê, o pessoal não brincou ao Carnaval tão descascado como em anos anterio-

res. É que parecendo que não, em Cuba do Alentejo o clima é um nadinha mais agreste que em terras de Vera Cruz, onde a brincadeira se inventou.

Mas houve quem não desistisse de mostrar o corpinho bem feito como manda a cartilha do festejo. E assim, aquele ventinho de cortar à faca, en-

fiou-se pelas frinchas dos trajes mais descapotáveis, e fez as rapariguinhas mais sambódromas e imprevidentes mexer os pés, os braços e as ancas a

uma velocidade tão vertiginosa que nem o mais ilustre nativo da terra, homem muito viajado, poderia acreditar. JS Foto de Luís Beco

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013Rede social

Beja assinala o Dia do Enfermeiro

Perioperatório, hoje, sexta-

feira. Em que vão consistir as

atividades?

A iniciativa pretende assinalar o Dia do Enfermeiro Perioperatório, data que se comemora a nível eu-ropeu. Em Portugal, Beja foi uma das cidades escolhidas para rea-lizar a atividade, que consiste na concretização de um f lash mob, que vai acontecer no Continente. Inicialmente ponderou-se realizar a atividade no Parque da Cidade, no entanto, tendo em conta o tempo, que poderia estar instá-vel, e a visibilidade que queríamos atribuir à iniciativa, optámos pela sua realização numa superfície co-mercial, tendo, claro, também em conta a hora que se realiza, a par-tir das 16 e 45 horas. Os enfermei-ros vão sair do bloco para a rua, dando a conhecer a sua atividade profissional e mostrando às pes-soas da cidade os rostos que, mui-tas vezes, derivado do sítio onde trabalham, não são conhecidos.

Às vezes há desconhecimento

da população em relação a estes

profissionais?

Sim, normalmente as pessoas as-sociam o bloco operatório a mé-dicos-cirurgiões, a anestesistas e, por vezes, esquecem-se dos enfer-meiros. Queremos dar a conhe-cer-nos à população, saindo das paredes do hospital e vindo para a rua, numa atividade diferente. Achámos, por isso, importante as-sinalar este dia. Não deixar passar a data em branco.

Pode adiantar um pouco do que

se vai passar hoje?

Não muito. Posso, contudo, reve-lar que os enfermeiros vão parti-cipar de uma forma que ninguém está à espera, num sítio público e fora do contexto habitual. Vamos sair do hospital e encaminharmo - -nos para o local. O importante é que as pessoas tenham a possibi-lidade de ver rostos, que identi-fiquem as pessoas que desempe-nham este trabalho, que cuidam de todos os que passam pelo bloco. No final do flash mob vão ser dis-tribuídos folhetos informativos, que também vão dar a conhe-cer a nossa atividade diária. É um dia importante para todos os que exercem esta profissão e esta foi a forma escolhida para o assinalar. Como não é habitual as pessoas verem os enfermeiros nestas ati-vidades, e como vai ser a primeira vez que acontece, achámos inte-ressante divulgar. Bruna Soares

3 perguntasa Ana Paula

Guerreiro Enfermeira perioperatória

Semana passada

QUINTA-FEIRA, DIA 7

BEJA PSP SENSIBILIZOU ALUNOS

O Comando Distrital de Beja da Polícia de Segurança Pública, no âmbito da Operação Policia Sempre Presente, Carnaval em Segurança 2013, entre os dias 4 e 7, através da equipa da Escola Segura e da equipa de Inativação de Engenhos Explosivos e Segurança em Subsolo, realizou várias ações de sensibilização em escolas da cidade de Beja, dedicadas à problemática das armas e artifícios pirotécnicos. O objetivo foi alertar para a sua perigosidade e utilização ilícita. Os alunos foram também sensibilizados para a importância da correta utilização do número de emergência “112”.

FERREIRA DO ALENTEJO TENTATIVA DE ROUBO COM PISTOLA

A GNR deteve um homem em Ferreira do Alentejo por tentativa de roubo numa loja de compra e venda de ouro com ameaça de uma pistola, disse à Lusa fonte da força de segurança. De acordo com a mesma fonte, o homem, de 53 anos, pôs-se em fuga a pé, sem ter conseguido consumar o roubo no estabelecimento situado no centro da localidade. A GNR montou um dispositivo e conseguiu intercetar e deter o autor da tentativa de roubo.

SEXTA-FEIRA, DIA 8

MOURA PSP DETEVE SUSPEITOS DE FURTO

A PSP revelou ter detido três homens, com idades entre os 40 e os 41 anos, por suspeita do furto de vários produtos alimentares e de higiene num estabelecimento comercial em Moura e ter apreendido o material furtado. Segundo a Polícia, os detidos estavam referenciados no Comando de Beja da PSP, porque já tinham sido anteriormente identificados e detidos pela prática de outros ilícitos, sendo que um deles estava em liberdade condicional. Os detidos foram interrogados em tribunal e saíram em liberdade mediante a obrigação de apresentações periódicas às autoridades. Ficaram notificados para comparecerem em tribunal.

AMARELEJA DEZ DETIDOS POR FURTO DE METAL

Cinco homens e cinco mulheres foram detidos pela GNR de Amareleja por furto de azeitona e metais não preciosos. A detenção dos 10 suspeitos, com idades entre os 19 e os 48 anos, foi efetuada em flagrante delito quando se encontravam no interior de uma herdade já na posse da azeitona e do metal.

DOMINGO, DIA 10

VIDIGUEIRA CONDUTOR DETIDO POR AGRESSÃO E DESOBEDIÊNCIA

Um homem de 22 anos foi detido perto de Vidigueira por desobediência e agressão a militares da GNR no decorrer de uma fiscalização de trânsito, disse à Lusa fonte daquela força de segurança. Segundo a mesma fonte, a detenção ocorreu durante uma fiscalização de trânsito, quando o homem se recusou a efetuar o teste quantitativo (que serve para confirmar o valor exato) da taxa de álcool por litro de sangue. A mesma fonte explicou que o homem rejeitou efetuar o teste quantitativo, agredindo no local os militares da GNR, tendo, depois, voltado a agredir os elementos daquela força de segurança no posto da GNR de Vidigueira.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 11

SERPA MULHER QUE VIVEU ISOLADA PODE TORNAR-SE AUTÓNOMA

A mulher que viveu 23 anos “isolada do mundo”, no concelho de Serpa, tem capacidades para se tornar autónoma e vai mudar de instituição para continuar o processo de integração social. Os resultados preliminares da avaliação feita à mulher no Centro de Paralisia Cerebral de Beja, no passado mês de dezembro, indicam que “tem capacidades para se tornar uma pessoa autónoma”, disse à agência Lusa Nuno Sousa, diretor do Centro Social e Paroquial de Brinches, onde Ana de Fátima, de 33 anos, vive desde o passado dia 29 de novembro, quando foi encontrada num monte no concelho de Serpa.

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Uma turminha de espantalhos no Carnaval das escolas Como é da praxe, as crianças de Beja tiveram o seu Carnaval na sexta-feira. Um desfile que fez sair do baú tanto os tradicionais cowboys, sevilhanas e palhaços, como estes originais espantalhos, que parecem chamar a primavera com os seus chapéus-girassol.

Os mais novos foliões de Aljustrel Consta que, na vila mineira, ano não é ano se não tiver Carnaval de arromba. E como é de pequenino que se torce o pepino, cá estão os mais novos foliões da vila a dar os primeiros passos, num sortido bem rico: minnies, buzz lightyears, um woddy e um peter pan.

Desfile da passarada em Entradas Longe dos blockbusters da Disney, o Carnaval de Entradas rendeu-se às tradições mais antigas, em mais uma edição do Entrudanças. Um festival com espaço próprio também para as crianças. Que desfilaram e bailaram como pássaros nos trajes que vinham preparando há um mês.

Cortejo “carioca” aquece fevereiro em Sines Como se vê, o tempo estava bem tristonho no domingo, mas os sineenses nem por isso ficaram em casa ou esconderam o corpinho com que vieram ao mundo. O Carnaval é, desde há muito, uma instituição em Sines e o samba sai sempre à rua, haja ou não frio.

Petiscos também vão ter festival em Beja Promete dias bem passados ou, pelo menos, bem comidos. É o Festival do Petisco, de 1 a 3 de março, que foi apresentado na segunda-feira, 11, pelos seus organizadores, o Nerbe/Aebal. A imagem dá um cheirinho do que haverá por lá para provar.

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RosárioEnvelhecimento populacional acentuado e escassez de transportes públicos

“A mina de Neves-Corvo é que aguenta isto”

Rosário, no concelho de Almodôvar, é uma povoação marcada pela emi-

gração. Para França, na década de sessenta. Para a Suíça, mais recente-

mente. E há também quem tenha abalado para Lisboa ou para o Algarve,

à procura de melhores condições de vida. E o que vale a muitos dos que fi-

cam, diz a população, é a mina de Neves-Corvo, situada no concelho vizi-

nho de Castro Verde, que “sempre dá trabalho aos homens” da região e

também atrai trabalhadores de outras paragens.

Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano

A manhã acordou fria, algo acinzen-tada. Como tantas outras nos últimos dias. À porta da escola básica n.º 1 de

Rosário, indiferentes às baixas temperatu-ras, professores e alunos ultimam os prepa-rativos para o tradicional desfile de Entrudo que irá percorrer as principais ruas da aldeia naquela sexta-feira de Carnaval. Pais e avós, de olhar embevecido e de telemóvel ou má-quina fotográfica em riste, preparam-se para registar o momento para a posterioridade.

Com exceção das ruas por onde desfilam os pequenos mascarados, poucos são os que se deixam avistar pela restante aldeia. Uma aldeia envelhecida e marcada pela emigração, à se-melhança de muitas outras povoações alente-janas. Os mais novos, na chamada idade ativa, que trabalham nas vizinhanças, só regressam ao final do dia.

“A aldeia antigamente era muito alegre, porque tínhamos muita gente, tudo se punha na rua à noite, todos se davam uns com os ou-tros”, recorda Maria Mestre, 63 anos, adian-tando que ultimamente “tem morrido muita gente” e “metade das casas está fechada”, tam-bém em consequência da emigração ocorrida a partir da década de sessenta do século passado, principalmente para França. “Ao pé da igreja”, na parte alta da aldeia, não muito longe da es-cola primária, “não vive ninguém”, reforça a ex--trabalhadora da mina do Ferragudo (Castro Verde) e ex-criada de servir. Mas também a mi-gração, diz, tem levado os seus conterrâneos para outras paragens, nomeadamente para o Algarve, em busca de melhores condições de vida. E Maria Mestre sabe do que fala, viu par-tir dois dos seus filhos para terras algarvias. Na aldeia resta-lhe apenas uma filha, que trabalha em Almodôvar. O genro e o neto são funcioná-rios da Somincor. “Se não fosse a mina estava tudo em casa”, diz.

A par do despovoamento, Maria Mestre aponta a escassez de estabelecimentos comer-cias e de transportes públicos com destino à sede de concelho como outros dos problemas que afetam os rosairenses. Sem transporte pró-prio resta-lhe andar à boleia: “Às vezes vou com uma moça amiga que trabalha num banco em Almodôvar, outras vezes venho com outra moça que vem almoçar a casa. Quem não tem transporte só vai à vila [Almodôvar] de táxi. Depois há um autocarro de manhã, às 8 e 15, que vai para Beja e que só chega aqui às seis e um quarto. Antigamente tínhamos camionetas a toda a hora, depois acabou”.

A reabertura no início da semana do único minimercado da aldeia sempre vem beneficiar a população, já bastante envelhecida, frisa Maria Mestre. A existência da junta de freguesia, que

para outros lados. Mas não vejo futuro nenhum [aqui], pode correr a aldeia que não vê ninguém, ninguém. Passando rua abaixo é raro ver uma pessoa. A escola ainda tem ali uma mão-cheia de crianças, mas não são só daqui”, conclui.

Aproxima-se a hora de almoço. Nélia Pinto, 38 anos, doméstica, aproveita para comprar peixe a um dos dois vendedores ambulantes que diariamente percorrem a aldeia, exceto ao domingo e segunda-feira. Mãe de duas crianças ainda menores, viu-se obrigada a deixar de tra-balhar devido a problemas de saúde, já lá vão al-guns anos. O marido, ao fim de 22 anos a tra-balhar “numa fábrica de pedras” em Castro Verde, encontra-se atualmente “no fundo de desemprego”. “O maior problema aqui é o tra-balho. Há muita gente desempregada, de várias idades. A ajuda principal é a mina, a Somincor, fora isso não temos mais nada”, afirma.

E é precisamente por isso, adianta, que mui-tos jovens “também estão a sair agora” para o estrangeiro, principalmente para a Suíça, acen-tuando assim o problema do despovoamento da aldeia. “No verão e na época do Natal é que a aldeia está mais cheia. Os emigrantes voltam para as férias com os familiares”.

A escassos metros da casa de Nélia Pinto, junto ao largo principal, fica o único minimer-cado da aldeia, o tal que reabriu no início da se-mana com nova gerência. Dina Dores, de 27 anos e com larga experiência na área comercial, decidiu arriscar num negócio por conta pró-pria, após ter ficado desempregada. “A gente em casa não pode ficar, não é? E como aqui a po-pulação é muito envelhecida e há muitas pes-soas que não têm transporte, e outras que não têm condições para se deslocarem, então decidi abrir”. E o balanço dos primeiros dias “é posi-tivo”, diz a jovem natural de Rosário, a viver há dois anos em Castro Verde e a única de quatro irmãos que não emigrou.

“Um dos problemas da aldeia é a falta de tra-balho, não há nada, e só não é pior porque te-mos a mina, sempre dá trabalho aos homens” da região e atrai também “gente de fora, de longe” que vivem “em casas arrendadas na al-deia e que dão mais algum movimento”, diz. Das pessoas da sua geração, adianta, “umas fo-ram para Lisboa, outras para o Algarve e outras têm ido para o estrangeiro”. Como é o caso dos seus irmãos: “Tenho três e nenhum está cá, só eu. Um saiu há mais de 10 anos para França e os outros dois estão na Suíça, um há sete e o ou-tro há cinco. Esta é uma terra de muita emigra-ção. Teve aquela da década de sessenta, depois houve aí uns anos em que quase ninguém saía e agora voltou outra vez”, acrescenta a jovem, frisando que os atuais habitantes da aldeia “são quase todos emigrantes reformados”.

“evita que a gente vá buscar o correio ou levan-tar as reformas a outro lado e onde podemos ir pagar a luz e o telefone”, também é vantajoso, acrescenta. “A junta de freguesia será o melhor que está aí, isso e a escola não fechar, e também andarmos na ginástica e na piscina”, duas ativi-dades promovidas pela Câmara de Almodôvar dirigidas a quem tem mais de 50 anos.

José Serpe, 78 anos, é um dos muitos rosai-renses que emigraram para França na década de sessenta. Mas a sua saída da aldeia deu-se anos antes, aos 14 anos, rumo a Lisboa, onde só conhecia “uma rapariga que andava lá a servir e o irmão dela, ambos daqui”.

Agora que está reformado divide os seus dias entre a aldeia que o viu nascer e o país que o acolheu há mais de quatro décadas e onde vi-vem “os filhos, os netos e os bisnetos”. “Ainda há quinze dias vim de lá. Estou aqui um mês ou dois, depois parto. Lá para o dia 16 do mês que vem devo ir embora”, diz, confessando que as viagens tão frequentes se devem à restante

família que tem “além, no cemitério”: “Os meus pais, os meus irmãos e a mulher”, falecida há quase seis anos. “Isso é que me faz cá vir mais vezes”, acentua, embora revele que “pouca li-dação” faz na aldeia. “Vejo isto muito triste, por isso é que para não estar aqui vou para Almodôvar, para Castro, outras vezes para Beja ou para Lisboa, que ainda lá tenho família. A minha vida é assim, quando cá estou não paro”.

Olhando para a realidade atual da aldeia vêm - -lhe à memória os seus tempos de adolescente, em que andavam homens “de saca às costas, a pedir esmola de monte em monte”. “Rosário é uma aldeia de miséria. Uns têm, outros não e o que se vê é pobreza. As pessoas queixam-se que a vida está má. Da minha parte não tenho nada a dizer. Graças a Deus o que me valeu a mim, e a muitos, foi a emigração. E graças a Deus que a mina de Neves-Corvo está aqui. Se não fosse a mina isto estaria pior do que nos anos 50. A mina é que aguenta isto aqui. Quem não traba-lha na mina tem que ir à procura de trabalho

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Alguns pais das crianças que frequentam o 3.º

e 4.º anos do 1.º ciclo afirmam, ainda que não

o queiram fazer publicamente, que a sala de

aula reservada aos seus educandos, que terá

sido adaptada de uma sala de entrada, não

dispõe das condições consideradas ideias

para a prática do ensino. A junta de freguesia

tem conhecimento da situação?

A sala de aula tem condições, senão as tives-sem não teria sido aceite a abertura das aulas no presente ano letivo. Os meninos têm con-dições como todos têm. Têm almoço e apoios escolares, como talvez não têm outras escolas de outros concelhos. E para mais considero isto uma questão política por parte de alguns pais, porque todos sabem que existe um pro-jeto de recuperação das escolas, que irá avan-çar na interrupção das férias da Páscoa e que só não avançou mais cedo porque tem havido dificuldades no que toca à colocação dos me-ninos durante o período em que decorrerem as obras.

Que impacto tem a mina de Neves-Corvo na

economia da freguesia de Rosário?

Tem um impacto positivo uma vez que uma grande parte do pessoal da freguesia trabalha na mesma.

Quais são os principais problemas da

freguesia?

Um dos problemas da freguesia é o envelheci-mento da população, visto que a freguesia está a envelhecer e era necessário um lar social para apoiar as famílias. E também a falta de transportes públicos. Já tivemos em tempos autocarros que paravam na aldeia, mas havia pessoas que optavam por ir de boleia e os au-tocarros acabavam por andar vazios.

E as principais potencialidades?

Temos uma freguesia com algumas atividades económicas privadas, como indústrias de pa-nificação, transformação de carnes, carpin-tarias, caixilharias de alumínio e mármores, entre outras. Ainda temos neste momento um outro loteamento pronto para a construção de moradias. No caso de haver alguém interes-sado está pronto para avançar.

Quantos residentes tem a freguesia, segundo

os dados do Censos 2011, e como é que se dis-

tribuem em termos etários?

Temos 602 residentes na freguesia, segundo o Censos de 2011. Grande parte é idosa. Mas te-mos algumas pessoas de fora que vieram tra-balhar para a mina de Neves-Corvo e que es-tão a viver na aldeia em casas arrendadas, algumas há dois, três anos.

Povoamento “deverá ascender ao período da cultura megalítica”

A freguesia de Rosário, que fica situada a 10 quilómetros da sede de concelho, Almodôvar, é composta pelos lugares Dos Neves, Monte do Testa e Rosário. O seu povoamento “de-verá ascender ao período da cultura megalítica, tal como atesta a existência de um esteio de uma anta ou dólmen, situado no lugar da Anta”. Rosário, como se pode ler num resumo histórico divulgado pela junta de freguesia, “constitui um ponto muito importante no es-tudo das raízes da humanidade, visto que para vários arqueólogos a origem do megali-tismo no Ocidente teve lugar exatamente na zona do Alentejo, na qual Rosário de insere, e ainda na Estremadura”. Em termos de património cultural e edificado, destacam-se “a igreja Matriz de Rosário, a capela da Senhora das Neves, o menir, os moinhos de vento e de água e a Fonte Santa”.

Francisco LuzPresidente da Junta de Freguesia de Rosário

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Bloco de Esquerda vai a votos nas urnas e nos tribunais

Os caça dinossáuriosO Bloco de Esquerda (BE) parte para as Autárquicas com a intenção

de impugnar, junto dos tribunais, todas as candidaturas de autar-

cas com mais de três mandatos consecutivos. Não é uma questão

de obsessão, refere Alberto Matos, coordenador nacional autár-

quico do BE, mas antes uma questão de “sanidade democrática”. O

líder distrital do BE acredita que o seu partido vai ter mais eleitos

no Baixo Alentejo. Quer através de listas autónomas. Quer no apoio

a movimentos de cidadãos independentes. Como é o caso do movi-

mento Por Beja com Todos.

Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho

Autárquicas2013

Sem alguma limpeza no poder local, nomeadamente o vício do presidencialismo, a própria eleição muitas vezes acaba viciada. Os partidos estão reféns de determinados figurões que seguramente terão que dar lugar a outros e isso é importante.

O que tem o BE contra os dinossáurios?

Nada, porque os dinossáurios representa-ram um papel importante na evolução das espécies. Agora, deixando a paleontologia, e centrando a conversa na política, achamos que a renovação é importante para a demo-cracia e para os próprios partidos que, às vezes, se tornam reféns dos seus dinossáu-rios. A nossa posição não é contra ninguém em particular. Somos absolutamente contra esse truque que é contrário ao espírito e à letra da lei e, nesse sentido iremos impug-nar essas candidaturas junto dos tribunais quando forem apresentadas.

O BE parece estar mais empenhado em fazer

valer a justiça do que em fazer política…

Uma coisa não se apoia na outra, muito pelo contrário. A questão da justiça também é um problema da democracia, de sanidade demo-crática. Sem alguma limpeza no poder local, nomeadamente o vício do presidencialismo, a própria eleição muitas vezes acaba viciada. Os partidos estão reféns de determinados fi-gurões que seguramente terão que dar lugar a outros e isso é importante.

De que forma é que o BE pretende atuar

junto dos tribunais?

Só quando a lista for entregue no tribunal é que se pode pedir ao juiz que se pronun-cie sobre a sua legalidade, invocando pre-cisamente a lei de limitação de mandatos. Mesmo que venha a cair o cabeça de lista, o tal dinossáurio, sobe o segundo… não há qualquer problema de funcionamento da democracia.

Mas também há “dinossáurios” que estão em

segundos e terceiros lugares nas listas?

Pode haver… Esse é um truque possível que se calhar já não fere tanto a letra da lei, mas contra o qual politicamente também nos bateremos.

Em relação à câmara de Beja, aos candidatos

dos três principais partidos, parece estar lan-

çado um verdadeiro sarilho…

Se calhar está lançado um bom sarilho de-mocrático, vamos ver. Mas não queremos fa-zer disto o centro da campanha. O centro da

temos algumas ambições. Em Colos, por exemplo, ficámos a seis votos da vitória. Pensamos que podemos disputar esta fre-guesia do concelho de Odemira.

Quem vai ser o candidato em Colos?

Ainda não está decidido, isso é um problema dos companheiros no local. O anterior ca-beça de lista é já bastante idoso, provavel-mente não vai ser ele. O Pedro Gonçalves tem assegurado essa liderança…

O BE equaciona concorrer de forma isolada

em todos os concelhos do distrito?

Não temos nenhuma obsessão pelos núme-ros. Vamos concorrer nas autarquias onde houver vontade e capacidade dos núcleos locais do BE. Mas não descartamos outras formas de intervenção. Vemos com muita simpatia a existência de movimentos de ci-dadãos, portanto onde eles se identificarem minimamente com alguns pontos do pro-grama do BE, apoiaremos com todo o gosto esses movimentos.

O BE identifica-se com o movimento de ci-

dadãos Por Beja com Todos? Vemos com muita simpatia

esse movimento. Daquilo que já conhecemos, em termos programáticos,

tem todas as condições para vir a ter o nosso apoio.

Há vários líderes

do BE e até eleitos

que já aderiram ao

movimento….

É verdade. É o caso do meu camarada José

Pedro Oliveira, que é da Mesa Nacional do Bloco, e

que esteve na génese do mo-vimento juntamente com Lopes Guerreiro e com ou-tras pessoas. Vemos isso com muita simpatia…

Não teme que as pessoas

possam considerar que

esse movimento possa de alguma forma es-

tar “contaminado” pelo BE e não ser propria-

mente um movimento de independentes?

Ele está contaminado por pessoas que vêm de vários partidos, portanto o problema é das pessoas e dos seus partidos. Esse movi-mento não tem seguramente medo nenhum de se ver identificado nem com o Bloco de Esquerda nem com nenhum outro partido. Aliás, até pela figura do Lopes Guerreiro. Ele já mostrou que não era manipulável por nenhum partido…

Que papel pode desempenhar este movi-

mento de independentes na eleição da câ-

mara de Beja?

Pode contribuir para que não haja maio-rias absolutas, pode ter um lugar de char-neira no mínimo muito importante. Pode até, eventualmente, disputar o poder. O jogo torna-se muito mais aberto… parece--me inevitável que a maioria absoluta mor-reu em Beja.

Está a dizer que o BE pode eleger um verea-

dor em Beja?

Sim, o BE ou os movimentos que o BE ve-nha a apoiar. Eleger um vereador não é fá-cil, implica percentagens muito acima de 10 por cento.

Considera que a lei da reorganização do ter-

ritório, a barafunda que está lançada, pode

criar algum ruído eleitoral?

O BE marcou uma posição muito própria neste processo da reavaliação das fregue-sias. Por um lado, nunca tivemos a posi-ção de que tudo tinha de ficar na mesma. Mas pusemos uma condição: que se mexa no mapa ouvindo as populações e dando o poder de decisão às populações. Nenhum partido, nas últimas eleições, defendeu fu-sões ou extinções de freguesias. Não há um único eleito que tenha legitimidade para defender a extinção de freguesias. E, de-pois, existem verdadeiros absurdos nesta lei. Lembro, por exemplo, que uma rua de Beringel vai ficar a pertencer à freguesia de Santa Vitória porque extinguiram a fre-guesia de Mombeja, que tinha no seu mapa aquela rua…

nossa campanha é a política autárquica, as me-didas que a troika impôs às autarquias. O tema das nossas jornadas nacionais foi precisamente esse: resgatar a democracia local e responder à emergência social.

O que seria um bom resultado nesta eleição

para o BE?

Aumentar muito o número de eleitos que atualmente temos.

O que quer dizer com “muito”?

Muito é eleger mais autarcas nas assem-bleias onde já estamos e em concelhos onde ainda não temos eleitos. Nas freguesias

houver vontade e clocais do BE. Mas nformas de intervensimpatia a existêncidadãos, portanto onminimamente comgrama do BE, apoiaesses movimentos.

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Arrisca-se a perderJoão Espinho

A CDU – o PCP, para ser mais pragmático, tem o seu tempo muito bem distribuído e como partido centralista não deixa margem para grandes novi-

dades ou surpresas. Diz-se, talvez injusta-mente, que o eleitorado comunista vota em qualquer candidato que o partido lhe apre-sente. Mesmo que, na hora de votar, se te-

nha que fechar os olhos. Em Beja, nas últimas eleições au-tárquicas, o PCP defrontou-se com uma nova situação: subiu a sua votação mas isso não lhe bastou para ganhar. A maioria dos eleitores decidiu “derru-

bar” os comunistas e foi isso que aconteceu. De pouco serviu a tradicional fidelidade dos votos comunistas, que não foram suficien-tes para reeleger um candidato que, toda a gente o sabia, era um mau candidato. Todas as contas saíram estragadas aos dirigentes da CDU. Posteriormente, numa demonstra-ção antidemocrática, o candidato derrotado veio para a rua falar em “sindicato de voto” e em “cambão eleitoral”. O presidente der-rotado chegou a proferir a expressão “verda-deira fraude eleitoral”. Ora, este mau perder foi indício de que as coisas tinham corrido muito mal e que as estratégias escolhidas ti-nham sido as erradas. Porém, o PCP nunca admitiu a derrota. A subida do número de votos e a maioria absoluta na Assembleia Municipal chegavam para cantar vitória e, em quatro anos, preparar o caminho de re-gresso à praça da República.

Chegados a fevereiro de 2013, ano de elei-ções autárquicas, o PCP não tem, neste mo-mento, um rosto a fazer oposição ao atual executivo. A CDU, com esta estratégia de adiamento do anúncio do seu candidato, arrisca-se a repetir a anterior derrota, só que, desta vez, sem as desculpas de fraudes eleitorais.

Sem conhecer o trunfo, arrisco uma manilha de espadas. Pode ser que os parceiros de bisca revelem o seu jogo.

Compasso de esperaJoão Machado

As eleições autárquicas do pró-ximo outono irão ser um marco importante para se per-ceber qual o verdadeiro desca-labro de alguns partidos, assim

como a ascensão de outros.Os timings das forças partidarias são comple-

tamente diferentes uns dos outros e a sua estra-tégia de abordagem às eleições pode significar a

conquista de autarquias e a perda de outras.

Existe um fator fundamental que devemos ter presente e que espelha por exemplo a posição do Bloco de Esquerda quanto à limi-tação de mandatos dos presiden-tes de câmara. Um dos coordena-

dores do BE, João Semedo, anunciou que o seu partido irá impugnar judicialmente as eleições de todas as câmaras cujos partidos apresentem candidatos nessas condições.

Em muitos jornais nacionais é inclusiva-mente referido, no que diz respeito às candidatu-ras de Fernando Seara a Lisboa e de Luis Filipe Meneses ao Porto, que estas irão ser decididas pelos tribunais.

Do meu ponto de vista, a CDU está a fazer um compasso de espera, para perceber qual irá ser a tendência e as alterações que poderão surgir, in-clusivamente em termos legislativos. O meu en-tendimento, que expressei aqui noutras ocasiões, é o de que a lei é bem clara nesse sentido, ou seja, os presidentes de câmara e presidentes de junta de freguesia com mais de três mandatos não se podem candidatar, mesmo que o façam noutro concelho.

Não acho que a CDU esteja efetivamente a perder votos, contudo é imperativo que sejam rapidamente definidas as linhas gerais e a apre-sentação do candidato a presidente de câmara e

presidente da assembleia municipal, permitindo uma afirmação da candidatura e das ideias da CDU para este novo ciclo eleitoral.

Fato político relevanteSérgio Fernandes

Sendo certo que nos termos da lei as candidaturas autárquicas podem ser formalizadas até ao 55.º dia anterior ao dia da eleição, não podemos falar verdadeiramente de um atraso…

Ironia à parte, sem pôr em causa a mensa-gem de ‘tranquilidade’ que o líder dos comunis-tas baixo alentejanos aqui deixou há poucas se-manas, este prolongado processo de reflexão em

curso não pode deixar de consti-tuir um facto político relevante, merecedor da nossa própria re-flexão especulativa.

De facto, as próximas elei-ções autárquicas são críticas para o PCP. Por ordem cres-

cente de importância, está obrigado a capitali-zar em votos e mandatos o clima de forte con-testação ao governo, manter a gestão das seis autarquias a que preside e ainda a recuperar as câmaras perdidas para o PS, há quatro anos, Aljustrel e Beja, sendo que esta última traz con-sigo o simbolismo acrescido de se tratar da ca-pital do distrito.

Para complicar as contas, em duas das au-tarquias mais emblemáticas atualmente geri-das pelo PCP, a lei da limitação de mandatos inviabiliza a recandidatura dos atuais presiden-tes, subsistindo a dúvida sobre se irá o PCP pro-mover a sua reciclagem noutros concelhos.

Em síntese, o PCP debate-se com um cená-rio em que as incertezas e os riscos são direta-mente proporcionais aos seus objetivos e am-bições eleitorais. Ou dito de outra forma: muito embora ambicionando que os amanhãs voltem

a cantar o velho refrão do Alentejo [volta a ser] é nosso, existe o risco real de acabar pergun-tando: para onde foi o nosso Alentejo?

Na certeza, porém, de que esta indisfarçá-vel dificuldade em encontrar candidaturas na-turais, geradas e claramente identificadas com uma dinâmica de implantação local, sobretudo em concelhos onde soma mais de três déca-das de responsabilidades executivas, nos revela um Partido Comunista prisioneiro de um mo-delo de gestão redutor, refém de uma excessiva e pouco recomendável fulanização do exercício do poder autárquico.

E porque a mesa espera, não me resta outra alternativa que jogar a manilha de paus, seca…

Popularidade irracionalLuís Miguel Ricardo

A CDU no concelho de Beja goza de uma certa popularidade irracio-nal. Uma popularidade que lhe advém daqueles que ao longo da recente história política portu-

guesa fizeram das cores do PCP uma bandeira contra a opressão e a favor da igualdade e fra-ternidade entre os semelhantes. Daqueles que ainda persistem em acreditar numa sociedade

perfeita, que o mundo e os tem-pos já se encarregaram de des-mistificar.

«Persistência», segundo Teixeira de Pascoais (filósofo: 1977-1952), na obra A arte de ser portu-guês, é uma das infinitas qualida-

des que caracterizam o “Ser português”. Contudo, acrescenta que o lusitano possui os defeitos das suas virtudes. Ou seja, a persistência “cega” pode-se con-fundir com teimosia ou ignorância. Infelizmente, é esse perfil de persistência que norteia ainda uma boa parte do eleitorado luso. A norte vota-se CDS porque é o partido dos padres e da igreja, a sul vota-se CDU porque é o partido dos pobres e da liberdade. Vota-se de cruz nos chavões, nas cores, nas bandei-ras e nos candidatos que por elas se perfilarem.

No concelho de Beja, o eleitorado CDU está fi-delizado ao partido, e a apresentação dos nomes será uma questão secundária, que só terá influên-cia numa franja de votantes.

Para além disso, o plano da CDU para a re-conquista da câmara começou no dia se-

guinte ao da derrota de 2009. Numa primeira vaga, rasteiras e cane-

ladas em cenários inusitados e chumbos orçamentais em momentos estratégicos fo-ram enviusando a trajetória do executivo eleito. Numa se-

gunda fase, irão aparecer os no-mes que, certamente, já estão de-

finidos pelo coletivo.

Bisca Lambida

esta estratégia de seu candidato, rior derrota,

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Odemira

PS recandidata Alberto Guerreiro

Castro Verde

Do “Correio” para a câmara

José Alberto Guerreiro, atual presi-dente do município de Odemira e da Comunidade Intermunicipal do

Alentejo Litoral, é o candidato socialista àquele concelho do litoral. José Alberto Guerreiro tentará assim uma recandida-tura numa autarquia onde exerce o cargo

de vereador desde 1997. Militante do PS, de 49 anos, Alberto Guerreiro é licenciado em Informática de Gestão e em Engenharia Civil. Para além do Partido Socialista, tam-bém o PSD, em coligação com o CDS-PP, já apresentou o seu cabeça de lista à câmara de Odemira: José Francisco Silva.

António José Brito, fundador e dire-tor do jornal “Correio Alentejo” até à sua mais recente edição, é o can-

didato do Partido Socialista à câmara de Castro Verde. António José Brito, jorna-lista de profissão e antigo diretor do “Diário do Alentejo” e dos jornais “Topo Sul” e “O Campo”, já tinha feito uma primeira incur-são pelo universo da política enquanto as-sessor de António Saleiro, então gover-

nador civil de Beja. António José Brito, de 41 anos, natural de Entradas, entra assim na corrida por uma das autarquias do dis-trito de Beja que sempre esteve na esfera do PCP. Primeiro com Fernando Caeiros e, agora, com Francisco Duarte, que de-verá ser o cabeça de lista que a CDU esco-lherá para Castro Verde. António José Brito é o biógrafo do empresário bejense Leonel Cameirinha.

PS e PSD com

candidatos a Avis

Rui Henriques é o nome escolhido pelo PS de Avis para disputar a Câmara

à CDU. Este gestor de 46 anos candidata-se pela quarta vez ao lugar

ocupado por Manuel Coelho, impedido de se recandidatar por este ser

o seu terceiro mandato. Também no PSD, mas ainda sem confirmação

oficial, é dada como certa a candidatura de Hemetério Cruz, atualmente

presidente da Assembleia Municipal do concelho vizinho de Alter do

Chão, e ex-presidente do mesmo concelho durante vários mandatos.

Grândola

PS partido em três

Alcácer do Sal

PS partido em doisAlcácer do Sal

PS partido em dois

Primeiro foi a Comissão Política Concelhia do PS de Grândola a pro-por Aníbal Cordeiro como cabeça de

lista àquela autarquia. Depois veio a federa-ção distrital de Setúbal “impor” o nome do atual vice-presidente da câmara, Ricardo Campaniço. E nesta guerra de bastidores, eis que surge nova candidatura, a de António

Candeias, atual presidente da Assembleia de Freguesia de Melides. Está ao rubro a su-cessão de Carlos Beato em Grândola, uma vez que quer Aníbal Cordeiro, quer António Candeias prometem avançar com candida-turas independentes à vila morena. Contra, precisamente, a lista oficial do PS encabe-çada por Ricardo Campaniço.

Igual barafunda reina nas margens do Sado. A concelhia socialista optou por fazer avançar um peso pesado à autar-

quia, Torres Couto, antigo líder da UGT. Uma estratégia que caiu mal no atual pre-sidente da Câmara de Alcácer do Sal que avançou esta semana com uma candidatura

independente. Pedro Paredes argumenta a sua decisão com o facto de o PS se ter “desli-gado” da terra: “Uma solução interna seria, com certeza, mais bem-vinda aos muníci-pes”. Pedro Paredes, arquiteto, de 59 anos, avança assim para o seu terceiro mandato consecutivo.

Beja

PSD homologou candidaturas

A Comissão Política Distrital de Beja do Partido Social Democrata deliberou esta semana homolo-

gar as candidaturas a Almodôvar, Cuba, Odemira e Serpa. Assim, por unanimi-

dade, a estrutura distrital do PSD conferiu validade à apresentação de Ricardo Colaço, em Almodôvar, Vasco Almeida, em Cuba, José Francisco Silva, em Odemira, e José Madeira, em Serpa.

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Atual

09A CGTP –IN organiza, este sábado, uma manifestação nacional, descentralizada por todos os

distritos do País, contra a exploração e o empobrecimento. Em Beja, pelas 10 e 30 horas, junto à

Casa da Cultura, está agendada uma manifestação, convocada pela União de Sindicatos do Distrito

de Beja. Consideram os sindicatos que “é preciso pôr termo à política de direita”, defendendo que

é preciso “exigir saúde, educação e segurança social para todos”. Para os sindicatos, “é preciso

mudar de política e de governo”, para que “se pare o saque aos trabalhadores e ao povo”.

Manifestação contra

exploração e empobrecimento

Saúde em Rio de Moinhos preocupa João Ramos

O deputado do PCP João Ramos questionou o

Governo sobre a extensão de saúde de Rio de

Moinhos, concelho de Aljustrel. Recorde-se

que a mesma encerrou há alguns anos. Para

o deputado, não “se percebe como se pode

optar por fazer deslocar 700 utentes em

vez de se deslocarem três funcionários do

centro de saúde”. João Ramos quer saber se

o Ministério da Saúde está disponível para

equacionar a reabertura da extensão de

saúde.

Pita Ameixa visitou instituições

Luís Pita Ameixa, deputado socialista, visitou

instituições ligadas à área social em Beja,

nomeadamente a Caritas e Cruz Vermelha.

O objetivo “foi tomar conhecimento das

atividades destas instituições” e perceber

“a sua repercussão na vida da cidade e do

distrito, em especial no contexto da crise

económica e social”.

PSD visitou concelho de Aljustrel

O PSD continua o seu roteiro pelos

concelhos e esta semana visitou Aljustrel,

passando pela Associação de Beneficiários

do Roxo, pelo Centro de Emprego e

Formação Profissional, pela Cooperativa

Agrícola Barro & Xisto, por empresas,

unidades turísticas e, até, por uma adega.

CDU contra extinção de freguesias

Os vereadores da CDU eleitos na Câmara

Municipal de Beja propuseram que o

município tome a iniciativa, em conjunto

com as juntas de freguesia que foram

agregadas ao abrigo da Lei 22/2012, de

entregar no Tribunal Administrativo uma

providência cautelar, tendo em vista a

suspensão da referida lei. Consideram os

eleitos que “a agregação das freguesias, que

no caso concreto do concelho se traduz na

extinção de 12 das 18 freguesias, significará

a perda da sua identidade, nas mais variadas

vertentes, económica, social e cultural, e um

prejuízo para as respetivas populações”.

STAL apela a internalização dos serviços

A comissão permanente da Direcção Nacional

do STAL enviou uma circular às autarquias

para apelar à internalização dos serviços

públicos locais prestados por empresas

municipais que venham eventualmente a ser

extintas, aprovando uma proposta de lei a

enviar à Assembleia da República.

Programa de Apoio à Economia Local

460 mil euros para Ferreira do Alentejo

Ferreira do Alentejo já conta com o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) aprovado. O concelho integrou um primeiro grupo de 18 candidatos que receberam o aval do Tribunal de Contas.

O Tribunal de Contas (TC) já apro-vou a candidatura do municí-pio de Ferreira do Alentejo ao

Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), no valor de 458 617,11 euros. Este concelho do distrito de Beja integrou um primeiro grupo de 18 candidatos que rece-beram o aval do TC, sem o qual não teriam acesso às respetivas verbas que se desti-nam, essencialmente, a pagar dívidas de curto prazo.

No total, 83 municípios de todo o País candidataram-se a esta linha de crédito com um valor global de mil milhões de euros, entre os quais também se incluem Ourique (com um pedido de 2,5 milhões de euros) e Aljustrel (1,5 milhões). No litoral alente-jano, Sines (3,8 milhões) e Grândola (1,5 milhões), já com o contrato assinado, tam-bém aguardam pela decisão do Tribunal de Contas que, perante os protestos de alguns autarcas por causa do atraso no andamento dos processos, garantiu que “não houve até ao momento nenhum processo do PAEL re-cusado” e acrescentou que “a lei tem sido escrupulosamente cumprida no que res-peita aos prazos”.

As autarquias que aderiram ao PAEL ficam obrigadas a cumprir um conjunto de obrigações, nomeadamente o impedi-mento de aumentarem o endividamento durante o período do contrato, o que a

verificar-se dará lugar ao pagamento de multas.

Em meados de novembro, 82 municí-pios celebraram, no mesmo dia, um pro-tocolo de acesso ao programa, num valor calculado de 355 milhões de euros. No en-tanto, este programa foi alvo de críticas de muitos autarcas, e algumas propostas de executivos municipais não passaram no

crivo das assembleias municipais, como, por exemplo, no concelho de Beja.

Em setembro de 2012, num encon-tro realizado em Alvito, que o “Diário do Alentejo” noticiou, e em que participaram autarcas do Alentejo e da região de Setúbal, o Governo foi acusado de, com este pro-grama, “asfixiar” os municípios e tentar “castrar” a sua autonomia financeira.

Morreu António Silva Jorge Morreu, no domingo, aos 85 anos, António Silva Jorge, cidadão e antigo autarca de Sines. Depois do 25 de Abril foi eleito em assembleia popular para a comissão ad-ministrativa, que geriu a câmara até às primeiras eleições livres. Foi, posteriormente, eleito presidente da Assembleia Municipal de Sines, cargo que ocupou entre 1977 e 1979. António Jorge teve também um

longo percurso no movimento associativo de Sines, tendo sido dire-tor do Centro Recreativo Sineense e do Clube de Futebol Os Sineenses e ainda presidente da assembleia geral da Sociedade Musical União Recreio e Sport Sineense. Em 2004 foi agraciado com a Medalha de Mérito Municipal. O “Diário do Alentejo” presta a sua sentida home-nagem à família.

Crescimento de 38 por cento em janeiro

Porto de Sines bate recorde

O porto de Sines anunciou na quarta-feira que janeiro foi o me-lhor mês de sempre na movimen-

tação de contentores, representando um crescimento de 38 por cento face ao mês homólogo de 2012.

Segundo um comunicado do porto de Sines, durante o mês passado foram transportados um total de 66 359 TEU, o valor que mede a capacidade de carga contentorizada.

Comparativamente, a movimentação de contentores nas cargas cresceu 40 por

cento e nas descargas cresceu 35 por cento, “o que representa um aumento mais signi-ficativo nas exportações”, referem.

Relativamente ao total de mercadorias no porto foram movimentadas 2,7 milhões de toneladas nos cinco terminais especiali-zados, “o que representa também um cresci-mento face ao período homólogo, com desta-que natural para o Terminal XXI que já opera com o sexto pórtico super post-panamax”.

No que respeita aos navios entrados no porto, adianta a empresa, foi registado um crescimento de 16 por cento nos navios

rececionados (143) e um aumento de 19 por cento no porte dos mesmos, “sendo, do ponto de vista destes dois parâmetros, também o melhor mês de janeiro da histó-ria do porto de Sines para ambos”.

O comunicado indica que, após es-tes resultados, “mantém-se a trajetória de crescimento de 2012, melhor ano de sem-pre do porto, constituindo este início de ano uma perspetiva muito otimista para o crescimento sustentado previsto para 2013 e para o reforço do seu posicionamento global de porto ‘hub’ de águas profundas”.

DR

Diário do Alentejo15 fevereiro 2013

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Mértola esclarece comerciantes

Com o objetivo de informar e apoiar os

comerciantes do concelho, a Câmara

Municipal de Mértola, em colaboração com

outras entidades, promove durante este

mês três sessões de esclarecimento sobre as

novas regras de faturação. A primeira sessão

acontece hoje, sexta-feira, pelas 14 horas, na

Junta de Freguesia de Mértola.

Obras da ciclovia de Beja avançaram

A Câmara de Beja já adjudicou as obras

de requalificação da ciclovia periférica da

cidade, que deverão arrancar “brevemente” e

incluem a intervenção na rede de iluminação

pública e a instalação de novos candeeiros

e equipamentos de ginástica. Segundo a

autarquia, no âmbito de um projeto mais

amplo de requalificação paisagística da

ciclovia, está prevista a instalação de guardas

de segurança, equipamentos que irão

contribuir para “a melhoria da segurança

rodoviária” naquele “espaço importante de

lazer e de prática de exercício físico muito

frequentado pelos cidadãos”.

LPN promove ação de formação em Castro

“Orientações para um Turismo Sustentável

e Qualificação do Serviço em Áreas Rurais

classificadas como Rede Natura 2000” é o

tema da ação de formação que a Liga para

a Proteção da Natureza (LPN) realiza na

próxima semana, nos dias 21 e 22, em Castro

Verde.A iniciativa, no Centro de Educação

Ambiental de Vale Gonçalinho, da LPN,

tem como objetivo promover uma atitude

sustentável de fornecedores e consumidores

de produtos turísticos, em particular em áreas

rurais com importantes valores naturais.

“Pretende-se ainda contribuir para melhorar

a qualidade do serviço prestado pelos

agentes turísticos, sensibilizando e dando

formação básica em observação de aves, um

segmento com potencial relevante para áreas

desfavorecidas do interior do País”, acrescenta

a LPN.

António Calapez Garcia homenageado

O falecido médico de Odemira e deputado

António Calapez Garcia, que “se destacou

pela sua ação em prol do desenvolvimento” do

concelho e do Alentejo, vai ser homenageado

no sábado na aldeia de São Martinho das

Amoreiras. A homenagem em São Martinho

das Amoreiras vai começar às 14 e 45

horas com uma missa na igreja paroquial,

seguindo-se, às 15 e 15 horas, uma cerimónia

no largo Eng.º Adelino Amaro da Costa, onde

será inaugurado um pedestal evocativo.

Água transferida para Morgavel

Alqueva abastece zona industrial de Sines em 2015

A albufeira da barragem de Morgavel, que abastece a zona industrial de Sines, deve começar a receber água do Alqueva em 2015, o que irá “au-mentar a garantia” do abastecimento ao complexo, mesmo em períodos prolongados de seca.

A transferência de água entre Alqueva e Morgavel, através da al-bufeira do Roxo, será feita por uma

ligação de 114 quilómetros de canais, tú-neis e condutas, 83 dos quais já construí-dos, e que deverá ficar concluída até final de 2015, adiantou à Lusa João Basto, pre-sidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), a promotora do projeto.

Após concluída a ligação, a água do Alqueva será transferida para Morgavel, a origem de água para abastecer a Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), a qual irá usufruir “da garantia de água mesmo em períodos de seca pro-longados”, disse João Basto. A água do

Alqueva a transferir para Morgavel irá servir para “fins industriais” e “aumen-tar a garantia e a fiabilidade do abas-tecimento de água” à ZILS, explicou Marques Ferreira, presidente da em-presa Águas de Santo André, que ex-plora e gere o sistema de abastecimento de água, de saneamento e de resíduos sólidos, que serve, entre outras, a zona industrial de Sines.

A ligação Alqueva/Roxo, com 83 qui-lómetros, está feita, mas falta concluir a ligação Roxo/Morgavel, num total de 31 quilómetros.

Para tal, a partir do circuito hidráu-lico Roxo/Sado, um canal com cerca de 14 quilómetros, é preciso construir uma conduta dedicada de 17 quilómetros até Morgavel, cujo projeto está em fase de avaliação de impactes ambientais, disse João Basto.

Após obter a declaração de impacte ambiental, a EDIA irá lançar o concurso público da empreitada, a qual vai im-plicar um investimento de cerca de 10

milhões de euros e deverá arrancar este ano para ficar concluída até final de 2015, previu João Basto.

A conclusão da ligação entre as albu-feiras do Alqueva e de Morgavel, através da albufeira do Roxo, está incluída na va-lência de abastecimento público de água da rede primária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, o qual deverá ficar concluído em 2015, segundo as pre-visões do Governo.

A EDIA concluiu em 2010 as ligações entre a albufeira do Alqueva e as ou-tras albufeiras de abastecimento público de água abrangidas pela rede primária do projeto, ou seja, as das barragens do Roxo, do Enxoé e de Alvito (Beja) e do Monte Novo (Évora).

Desta forma, segundo a EDIA, o em-preendimento do Alqueva está pronto para reforçar o abastecimento público de água a cerca de 200 mil habitantes nos distritos de Beja e de Évora, sempre que as respetivas albufeiras apresentem ne-cessidade de água.

Certame regressa a Beja em abril

Concurso Internacional de Azeite na Ovibeja

A Ovibeja 2013, que se realiza entre 24 e 28 de abril, já lançou a 3.ª edi-ção do Concurso Internacional de

Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja. O concurso, o único de âmbito in-

ternacional realizado em Portugal, é uma organização conjunta da ACOS – Agricultores do Sul e da Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal, e tem como objetivo principal distinguir os azeites virgem extra de excelência, pro-movendo sobretudo a cultura e a imagem do azeite de qualidade.

Segundo a organização, “mais uma vez, vai-se estimular a participação alar-gada de azeites dos principais países pro-dutores europeus, bem como a partici-pação de azeites provenientes de outras geografias, nomeadamente dos novos pa-

íses produtores da América Latina, como o Chile ou a Argentina, da Austrália ou da Nova Zelândia”.

De acordo com a organização, “pelo seu grau de exigência e criteriosa composição do júri internacional, composto por alguns dos mais renomeados peritos, oriundos dos principais países produtores, que este ano se alargará ainda mais, este concurso é já uma referência ao nível dos vários con-cursos de Azeite Virgem Extra que se orga-nizam anualmente, não só no País, mas a nível internacional”.

A organização espera que, este ano, o concurso supere as edições anteriores, que primaram pela qualidade e excelência.

A região e os seus azeites, como não po-deria deixar de ser, voltam mais uma vez a estar em destaque na Ovibeja.

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Bispo de Beja pronunciou-se sobre resignação de Bento XVI

“Coragem e lucidez intelectual”O bispo de Beja, António Vitalino Dantas, considerou que o papa Bento XVI manifestou “uma grande coragem” e “uma grande lucidez intelectual” ao decidir resignar, reconhecendo que o exercício do pontificado requer hoje “muita força física”.

“Acho que foi um ato de coragem do atual papa. Ele é muito inte-ligente, tem um grande amor a

Deus e à igreja”, mas “achou que as suas for-ças físicas estavam a falhar”, afirmou o bispo de Beja, em declarações à Lusa.

O papa Bento XVI anunciou oficialmente no início da semana que vai resignar no pró-ximo dia 28 ao pontificado devido “à idade avançada”.

Contactado pela Lusa, António Vitalino Dantas mostrou-se algo surpreendido com a

decisão de Bento XVI, mas sobretudo porque “já não era costume, há muitos séculos, um papa resignar”.

Em relação à “idade avançada” do papa, que tem 85 anos, o bispo de Beja explicou que, em finais de novembro, quando esteve em Roma, constatou pessoalmente que Bento XVI estava debilitado fisicamente.

“Vi que as muitas audiências que ele tinha, os muitos compromissos, já lhe custavam um pouco a nível físico. Ele procurou adaptar-se ao meio em que vivia e dava provas de que sentia a presença das pessoas, reagia de ma-neira diferente, sorria, abençoava, mas esta-vam a falhar-lhe as forças”, contou.

Por isso, “manifestou uma grande cora-gem e uma grande lucidez intelectual ao to-mar esta decisão, coisa que já não acontecia há muitos séculos” na igreja, acrescentou.

Segundo António Vitalino Dantas, o “ofício

de papa exige, hoje em dia, muita presença, muita lucidez e muita força física” da parte de quem o exerce, “para poder estar presente e não desiludir aqueles que vão ao seu encontro”.

Ao contrário do que aconteceu com o seu antecessor, João Paulo II, o papa Bento XVI “nunca disse” que pretendia exercer o pontifi-cado até morrer, lembrou Vitalino Dantas.

“E, agora, manifestou que realmente quer dar lugar a outro”, para que o seu sucessor exerça “o ministério com mais força física”, sublinhou.

O anúncio oficial da resignação do papa foi feito na segunda-feira durante um consistório no Vaticano.

Um novo papa será escolhido até à Páscoa, a 31 de março, disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, anunciando que um con-clave deve ser organizado entre 15 e 20 dias após a resignação do pontífice.

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Bolsas para alunos de Aljustrel

A Câmara de Aljustrel vai atribuir bolsas

de estudo para apoiar 29 estudantes

matriculados no ensino superior neste ano

letivo e com dificuldades económicas, num

total de 21 650 euros. Segundo a autarquia, a

concessão das bolsas pretende “proporcionar

apoio” aos estudantes, que, devido à sua

situação socioeconómica, têm “dificuldades

em prosseguir os estudos nos estabelecimentos

de ensino superior”.

Santiago recolhe fotografias antigas

O Arquivo Municipal de Santiago do Cacém

está a recolher fotografias antigas para a

preservação e divulgação da memória do

concelho, convidando a população a participar

neste projeto através do empréstimo das suas

fotografias, para que sejam digitalizadas. O

objetivo é recolher fotografias que tenham

interesse para a história local.

Mercado de energia debatido em Odemira A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) e o município de Odemira pro-movem na sede de concelho, no próximo dia 21, uma sessão de esclarecimento sobre a comercialização de

eletricidade e gás natural, na sequência da liberali-zação do mercado de energia e da extinção das tari-fas reguladas. A sessão vai decorrer no auditório da Biblioteca Municipal de Odemira e o objetivo passa por esclarecer as dúvidas dos consumidores sobre a

possibilidade de mudança de comercializador de ele-tricidade e gás natural. “O processo de mudança não é automático, sendo necessário proceder à escolha de um novo comercializador em regime de mercado”, ex-plica a autarquia.

A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM)

estabeleceu um projeto de cooperação com o concelho de

Porto Novo, Santão Antão, Cabo Verde. “Cultiva Bô Tchôn,

defendendo o ambiente” vem dar resposta, segundo a ADPM, “a

diversas necessidades de uma pequena comunidade rural, que

vive exclusivamente da agricultura”, nomeadamente através

de produção de energia para extração de água para rega.

ADPMcoopera

com Cabo Verde

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Os dois Rui e o Miguel não gostam propriamente de ler. Têm um certa antipatia por esses objetos de mui-

tas páginas, que levam o seu tempo a des-cortinar, a digerir. São adolescentes e, como tal, têm energia de sobra, sem que saibam muitas vezes que uso dar-lhe. Ler é um ato solitário, que os obriga a estar parados, con-centrados, o que é todo o contrário do que os seus corpos lhes pedem, exigem, aos 14 e 15 anos. A uma segunda-feira, cumprem, na sala estúdio do Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, a primeira das três sessões sema-nais do projeto de integração através das ar-tes de palco, em que estão a trabalhar desde meados de janeiro. A turma, a frequentar o 2.º ciclo na Escola de Santa Maria, em Beja, integra o Programa Integrado de Educação e Formação, vulgo PIEF. Uma sigla que cos-tuma remeter para uma espécie de “fim de linha” e a própria definição oficial não o es-conde: “medida de exceção que se apre-senta como remediação quando tudo o mais falhou (…), quer no sistema educativo, quer na formação profissional (...)”.

Gisela Cañamero, atriz e encenadora da companhia Arte Pública, é a timoneira deste barco. E, depois de duas horas de trabalho, ao cabo de múltiplos exercícios – de corpo, de voz, de relaxamento, incluindo várias ex-periências à volta da palavra – o imprová-vel acontece. Os três rapazes abandonam a sessão com a primeira estrofe de um auto de Gil Vicente quase na ponta da língua. A fala de um frade, a discorrer sobre o que faz um louco ser louco, em português arcaico e, portanto, menos atrativo ainda, vai sendo desenrolada e assimilada de várias formas: em rap, de pernas para o ar, em registo de diálogo, a imitar um professor na sala de aula, em canto cigano. E isto depois de se ter preparado o corpo e o espírito para ali estar, em plenitude, deixando tudo o resto lá fora. Das brigas da véspera até ao fune-ral de um colega, atingido a tiro numa rua de Beja dias antes. O que explica uma sala estúdio pouco povoada na manhã em que o “Diário do Alentejo” foi conhecer o projeto

Arte Pública desenvolve projeto de integração com uma turma PIEF, em Beja

Jovens fazem as pazes com a escola através do palco

no terreno. De 16 alunos, o número total da turma, marcaram presença três.

O projeto parte de uma realidade que não é possível escamotear. Trata-se de um grupo de jovens “em contexto de rutura física e afetiva com quase tudo aquilo que a ‘es-cola’ enquanto instituição representa”. Há, nas breves vidas destes jovens, argumenta a companhia teatral, “repetidos insucessos e abandonos escolares”, desmotivação face aos currículos escolares, uma atitude de rejei-ção dos professores e da sala de aula, e uma crença na inutilidade da grande maioria dos conteúdos lecionados. Há, portanto, que in-tegrar essa realidade e trabalhá-la, sem de-masiadas pressas de chegar a um produto fi-nal, seja ele um espetáculo, ou apenas uma apresentação pública informal do trabalho desenvolvido. “Para já, este projeto vale por cada duas horas que nós passamos aqui. Não podemos ir a correr, tendo em vista uma meta e atropelar todo o processo, que passa por integrar e trabalhar o que lhes acontece lá fora. O que nos interessa, antes de mais, é que eles saiam daqui pessoas mais confian-tes, mais serenas, mais capazes de estar com o outro e de resolver problemas lá fora. Se,

depois disso, conseguirmos chegar ao teatro, puro e duro, e à construção de personagens, melhor”, considera Gisela Cañamero. A di-retora de turma, Elisabete Lôpa, concorda e orgulha-se com os resultados obtidos até en-tão: “Eles estão aqui e não pedem à profes-sora Gisela para sair, para ir à casa de banho, ou para fazer seja o que for. Estão aqui, estão atentos, esquecem o mundo lá fora, o que, em contexto de sala de aula, é muito difícil de conseguir”.

“Eles nunca se olharam tão profundamente”

Gisela Cañamero acredita que, numa pers-petiva global e não levando em conta ape-nas o caso destes jovens, há que apostar mais na “valorização do corpo sensível e ex-pressivo”. Elemento que a escola tradicional menospreza em favor do “corpo atlético”, trabalhado no desporto, ou da componente “intelectual”, que se pretende estimular no contexto da sala de aula. De fora deste mo-delo fica, assim, “um trabalho que promove o conhecimento de si próprio, através do qual os jovens reconhecem as suas limita-ções, tensões, incapacidades e capacidades, chegando também a compreender o outro.

Porque percebo que as minhas fragilidades são também as fragilidades do outro, que as minhas forças são também as forças do outro. Este é um trabalho de solidariedade mental e intelectual”.

E as diferenças, mesmo apesar do pouco tempo decorrido, são já óbvias, admira-se a professora Elisabete: “Os mais inibidos sol-tam-se e até mesmo o relacionamento entre eles tem melhorado, porque aceitam-se as diferenças. E há uma maior capacidade de se olharem, de se sentirem, de se tocarem, de confiarem, coisa que eles nunca fizeram. Nunca se olharam tão profundamente”.

Fora do palco, onde até houve lugar a um discurso improvisado de um minuto, sem qualquer rede, a vergonha volta. Mas as poucas palavras dão para entender como tem sido a experiência. Rui confessa que se sente “mais leve e calmo”, que nas aulas “é mais fácil aprender”, e que, inclusivamente, “até” sente “mais vontade de ler e tudo”. Miguel, que até teve direito a palmas, com o seu Gil Vicente cantado em versão cigana, reconhece agora, a muito custo, que “dantes falava de outra maneira; agora estou mais calminho, já não digo tantos disparates”.

São adolescentes, cheios de energia e carregam no breve passado uma suces-são de insucessos e uma atitude de rejeição e desencanto face ao que o mo-delo tradicional escolar tem para lhes oferecer. Em palco, num projeto condu-zido pela companhia Arte Pública desde o início do ano, estes jovens de uma turma PIEF de Beja têm vindo a modificar comportamentos. Face a eles pró-prios, ao outro, e até face a esse bicho de sete cabeças, que é a leitura. Um ca-minho que vale por si próprio, em cada sessão de duas horas, e não pelo resul-tado teatral que eventualmente possa vir a ter.

Texto Carla Ferreira Foto José Serrano

O que nos interessa, antes de mais, é que eles saiam daqui pessoas mais confiantes, mais serenas, mais capazes de estar com o outro e de resolver problemas lá fora.

Gisela Cañamero

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OpiniãoDireitos (d)e AnimaisFilipe Nunes Arqueólogo

Nestes últimos 20 anos sou re-gularmente abordado com o tema dos direitos dos animais. Adivinha-se o facto pelo conte-údo vegetariano do meu prato, que desperta fatidicamente as mesmas perguntas de sempre onde calhe a comer. Descarto de imediato que de religião não se trata, avesso que sou às mesmas,

nem tão pouco de estritos e rigorosos cuidados de saúde, pois os temperos mediterrâneos bem apurados e os copinhos que acom-panham os meus refastos dão de mim, por vezes, um mau exem-plo no que toca ao asséptico perfil dos manuais do vegetariano à venda nas caixas dos grandes supermercados. Algo saturado com estas conversas de costumes procuro encerrar o assunto com um lapidar: é uma questão de ética. Pessoal, antes de mais, na minha relação com os animais; mas sobretudo abrangente às preocupa-ções do equilíbrio ecológico e social que os regimes alimentares aportam. E nesse sentido, porque posso, porque tenho uma possi-bilidade de escolha que me permite eleger à semelhança do meu li-vre pensamento e meios de subsistência, o conteúdo do meu prato.

Invocando a ética, invoco obrigatoriamente um posiciona-mento na minha relação com os demais seres vivos e com o meio que me rodeia, o que me leva a confrontar com o sem número de re-lações sociais e culturais entre humanos, demais espécies e o meio natural. A ética pessoal também aí se afirma como pressuposto de uma ética que poderíamos designar de política no sentido de alme-jar e lutar por uma nova perspetiva dessas mesmas relações. Pelo que o ser vegetariano apenas me faz sentido, tanto quanto faz sen-tido a urgência em determinar nesta Terra que habitamos relações não autoritárias e holísticas (no seu significado de harmonia e en-tendimento geral dos fenómenos e não travestido de mero espiri-tualismo freak). Que visem estabelecer modos de vida que sejam ditados pelo equilíbrio dos ecossistemas, e encontramo-nos já em fase de os recuperar urgentemente, e pela busca incessante de ne-les viver de forma igualitária e com a justa distribuição dos recur-sos. Pelo que o vegetarianismo assim visto será sempre entendido como manifestação antissistema, contraposta à recuperação que o sistema mercantilista dele fez em nome de uma “alternativa” já ple-namente esvaziada de sentido. O que recheia o teu prato pode nesse sentido ser mais do que simples ração, mas pode ser uma comida que não só te alimente fisicamente, como conscientemente, sa-bendo o que ela implicou e do que dela possa resultar. Nem sempre assim o é, mas perder esse sentido é no sentido pejorativo do termo auto reduzir-nos a gado (quando este já em si perdeu o sentido ani-mal, para o sentido maquinal da industria e da economia).

Este é o quadro geral, certamente de forma incompleta, que ar-gumento nas minhas habituais conversas à mesa, quando visado na condição exótica do comensal “esquisito”. A amplitude desse ce-nário é para mim essencial, porque acima de tudo recuso ser re-metido à gaveta dos defensores dos direitos dos animais tout court. E porque, eis finalmente a razão que move este texto de opinião, me sentira injuriado se por ser vegetariano fosse posto no mesmo saco de quem recentemente “em nome” dos direitos dos animais veio a mostrar a mais viva indignação pelo abate do cão que tirou a vida a uma criança de 18 meses em Beja. Tais manifestações con-seguiram suplantar a minha própria repulsa à gente que ostenta e apruma tais cães, como expressão das relações de violência que de-sejam impor, permitindo semelhantes desfechos, porque se afun-dam no mais perigoso dos autismos. Aquele que propagando uma pretensa filosofia e ética antiespecicista de defesa dos direitos ani-mais, relativiza não apenas a dor dos implicados mas, pior ainda, menospreza a comoção humana tal e qual e à semelhança daque-les que antes acusara de ignorar a comoção animal. Defender a

intransigência do “direito à vida” desse cão na equidade dessa co-moção é falso (e perturbante), precisamente porque subverte a in-dignação e o direito ao equilíbrio que em situações como esta o ho-mem, no seu estado social e inato, é impelido a agir; tal como no estado selvagem e natural qualquer espécie animal é impelido ins-tintivamente a defender os seus e repor o equilíbrio. Tão pouco o mundo, seja ele natural, animal ou humano, é isento de desequi-líbrios, por vezes atrozes como esse vivido em Beja. O que não sig-nifica que os justifiquemos – ou no mínimo secundarizemos – em nome de direitos que outorgamos defender, caindo naquilo que acaba por ser ironicamente mais uma manifestação do nosso an-tropocentrismo, e pior de tudo moralizante das outras espécies. Caindo, neste caso, por terra qualquer princípio de ética. E hu-mana, antes de mais, porque assim o somos.

É por isso pois, que com dificuldade vejo como pode o autismo sectário de organizações ou as beneficências caridosas em nome dos direitos dos animais, abrindo flanco para a mais pura idiotice mediática que o tratamento do assunto em regra geral merece (ga-tinhos fofos no facebook e devotos missionários nos canis) possa realmente transmitir e levar-nos a colocar a agenda dos direitos dos animais no mesmo plano de importância que deve assumir na agenda da justiça social e da ecologia.

Manuel MongeLuís Covas Lima Bancário

Recordo com um prazer especial um dos últimos números deste nosso jor-nal no ano passado. A publicação de uma entrevista ao último Governador Civil de Beja. Um homem com uma experiência de vida inolvidável, pau-tada por uma verticalidade invul-gar na sua atuação humana e cívica e plena de valores e convicções.

Dizia alguém muito próximo de mim, que este homem constava no seu compromisso de amizades, como o melhor amigo que um amigo pode ter. Elogiava-o em várias ocasiões, pela honestidade, lealdade, competência e acima de tudo pelo seu exemplo.

A sua ligação às origens, que nunca renegou e sempre promoveu, conferem-lhe um estatuto maior no Baixo Alentejo. É reconhecido por unanimidade.

Protetor das suas gentes, sempre defendeu a proximidade do po-der local ao poder central. Nessa entrevista é magnânimo quando fala sobre o seu Baixo Alentejo com história e coração. Diz o que lhe vai na alma.

Na altura em que foi anunciada a extinção dos governos civis pelo governo atualmente em funções, o General Manuel Monge re-feriu, em comunicado de imprensa, “que foram seis anos ao serviço das gentes da nossa região” e que cumpriu “com gosto e orgulho”. No desfecho final, o general formulou “votos de progresso e desen-volvimento económico e social, que apesar da crise geral, a nossa região perspetiva, face aos projetos em curso de desenvolvimento económico”.

Era sua convicção que o desenvolvimento passaria pelo IP8, aero-porto de Beja, Alqueva, turismo e porto de Sines. O litoral e o interior, as acessibilidades e as infraestruturas como vetores determinantes do progresso económico social da nossa região.

A dinamização e o desenvolvimento do setor produtivo no inte-rior dependem em muito da descentralização de processos. Um novo mapa administrativo, com atribuições e responsabilidades acresci-das, permitiria o crescimento e a tão desejada competitividade eco-nómica. A interioridade, a desertificação, o flagelo do desemprego e o drama social a que assistimos devem ser contrariados.

Sempre preconizou a regionalização dentro de um quadro administrativo e não político. A administração e resolução dos

problemas localmente, sem necessidade de intervenção do poder central. Defendia ainda a atribuição de poderes e competências aos municípios.

É um homem com honra. Honra é o sentimento que leva o homem a procurar e manter o bom nome, honesti-dade, dignidade, distinção e a consideração pública. É, e sem-pre foi essa, a forma de estar e de viver de Manuel Monge.

Os sonhos gostam dos pijamas verdesMartinho Marques Professor aposentado

Faz frio, mas chegam-me a casa todos os cheiros da terra.

Na tentativa de desibernar, depois de um internamento que, em janeiro, feliz-mente só em casa, eu fui forçado a fazer, apetece-me sair, para sair, mas também para ficar dentro dos sítios de onde os chei-ros vêm. Para, afinal de contas, pôr os olhos ao nível da pituitária.

A sul, atravessada a via férrea, está-se na via do Tanque dos Cavalos e nos caminhos aéreos dos horizontes com verde, com azul, com flocos de nuvens brancas e com salpicos de casas.

Mais ou menos a norte, o jardim público acena-me com árvores (cujas sombras dispenso, por enquanto), com flores e com percursos que vou seguindo e tomando com a regularidade aconselhada, por eles serem mais do que agradáveis, por serem medicinais e mais baratos que os outros medicamentos.

Mas não limito os passeios a pé ao sul e ao norte. Também deam-bulo a nascente. Faço incursões a poente. Acho bom qualquer dos ru-mos de toda a rosa dos ventos. Agora prefiro o sol, mas espero durar até ao tempo de a sombra ser preferível. É para isso também que vou passeando.

Além de medicinais e agradáveis, os passeios prestam-se ao sonho, os passeios prestam-me sonho.

E o sonho até parece vantajoso por permitir passear em espaço e tempo.

Estou-me a lembrar do tempo (aos trinta anos) em que, procu-rando ao colo adormecer a minha filha de meses, lhe ficava a cantar devagarinho:

“Os sonhos gostam dos pijamas verdes...”Ela acabava por adormecer, talvez menos por efeito da canção do

pai do que pelo sono da filha.Desde que de mim me lembro ou desde que me conheço, gosto de

passeios e sonhos.Em ambos sonho e passeio.Muito me espanta quem assim não seja.Mas de alguns, menos velhos do que eu, e em princípio mais pro-

pensos a sonhar (melhor mundo, mais luz, mais equilíbrio), não es-tou esperando nenhuma primavera... Podiam encher apenas o seu ávido caneco na água enviesada e desviada do uso dos conterrâneos comuns, mas preferiram aliar-se aos promotores do próprio desvio da água e assumir um papel preponderante no enviesamento da cor-rente. Vendo-os solenemente em exercício, proeminentes, autocon-vencidos, ainda que muito pouco convincentes, não sou capaz de ver neles mais nenhuma competência, além da de tentarem cercear o so-nho alheio.

Ainda sonhei com eles a ter sonhos, mas acabei concluindo que, em vez de sonhos, têm ambições. Não para o mundo, mas para que o mundo possa ser cada vez mais de menos.

Vistam eles aquilo que vestirem, ponham eles as grava-tas que puserem, mesmo que muito se esforcem a esverdear as farpelas, mesmo que eu próprio me esforce para os ver de outra maneira, fecho os olhos, abro os olhos e só os vejo te-nebrosamente enfarpelados de pijamas pretos.

14 As CRIANÇAS DAS ESCOLAS do primeiro ciclo (e também algumas do segundo ciclo) inundaram esta semana as ruas

das aldeias, das vilas e das cidades da região com as suas máscaras carnavalescas. Não sou muito de carnavais, mas este, o das crianças, é tão genuíno que não lhe conseguimos ficar indiferentes. Aqui, a fantasia e o sonho são levados mesmo muito a sério. PB

Se é verdade que o ativismo de sofá que a Internet permite in-flacionou a “participação pública”, desvalorizando-a na prá-tica, os portais de petições são hoje a melhor fonte para se apreender a psique coletiva. Se repararmos na classificação das petições mais populares, confirmamos as ideias feitas de que os portugueses querem tirar políticos do hemiciclo e tou-ros do redondel. Vasco Barreto, “I”, 11 de fevereiro de 2013

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Incapazes de se terem afirmado de outro modo [Coelho e Relvas], a não ser pelo carreirismo partidário desde as jotas até ao Governo, repimpam-se agora à custa do erário público e esfarrapam-se para empobrecer os portugueses e Portugal. Domingos Lopes, “Público”, 11 de fevereiro de 2013

15O governo suíço está a preparar um novo pacote laboral para as políticas de imigração. Mais restritivo, por

certo, e, acima de tudo, mais discriminatório. A comunidade portuguesa é uma das maiores na SUÍÇA. Ajudou a construir o colosso financeiro que ela é hoje. E a comunidade alentejana naquele país é uma das mais respeitadas e trabalhadoras. Esperemos que se lembrem disso. PB

Apesar de o Governo ter abolido a TOLERÂNCIA DE PONTO na terça-feira de Carnaval, a maioria dos

municípios portugueses (a totalidade das câmaras da região) decidiram folgar para folear. Nada de novo a Ocidente, neste cantinho onde o Governo prossegue a sua deriva à bolina, sempre contrária à rota dos cidadãos. Cavaco já se tramou uma vez por causa do Carnaval, lembram-se? PB

Hospitaldo LitoralCarta anónima Santiago do Cacém

É com muita mágoa e tristeza que venho de-nunciar uma triste situação que se passa no antigo Hospital do Litoral Alentejano, agora Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano.

Antes do mais a minhas desculpas pelo anonimato desta denuncia, mas compreen-derão que, por motivos óbvios, não me posso identificar por agora. Digo apenas que sou um profissional de saúde deste hospital que nela trabalha desde o seu início há oito anos.

A abertura do Hospital do Litoral Alentejano foi uma grande vitória da popula-ção do litoral alentejano. Começou do zero e ao longo destes oito anos da sua existência, foi crescendo, por vezes com dificuldades, até se tornar hoje num hospital (embora com mui-tas carências) que não envergonha ninguém, antes pelo contrário. Todo os seus funcioná-rios contribuíram para que isso acontecesse.

O quadro médico do HLA é hoje mani-festamente insuficiente para as necessidades da população. Como se sabe é extraordina-riamente difícil recrutar médicos especialis-tas para um hospital desta natureza. A prova disso é que os sucessivos concursos para a ad-missão de novos especialistas têm ficado sis-tematicamente desertos.

Por isso os médicos especialistas que nele trabalham, têm lutado, com inegável dedi-cação e esforço (por vezes à custa da sua pró-pria vida pessoal) para que a qualidade da assistência prestada à população não dimi-nua. Esta situação implica a realização de ho-ras extraordinárias (realizadas sobretudo no Serviço de Urgência).

No mês de janeiro, verificou-se com es-panto que a Administração da Ulsla não pa-gou ao pessoal médico a totalidade das ho-ras extraordinárias, invocando uma lei que já tem vários anos de existência. Essa mesma lei também diz que em serviços carenciados (que é nitidamente o caso do HLA) pode não se aplicar. Aliás em nenhum dos hospitais ou centros hospitalares a sul de Lisboa a aplica. Se fosse aplicada não haveria pessoal médico suficiente para manter abertos os respetivos serviços de urgência.

A urgência do HLA é uma urgência mé-dico-cirúrgica, ou seja tem de ter obrigatoria-mente urgência médica, cirúrgica e ortopé-dica 24 horas.Como tal necessita da presença de médicos especialistas nestas áreas 24 ho-ras, em número que é determinado pe-los Colégios de Especialidade da Ordem dos Médicos.

Com esta medida economicista de não pagamento da totalidade das horas extraor-dinárias, os médicos especialistas do HLA não farão mais horas além das que são obri-gados por lei. A consequência natural é que

deixarão de haver especialistas no serviço de urgência nalguns dias e o atendimento pas-sará a ser efetuado por médicos indiferencia-dos. Ou seja a urgência hospitalar passará a ser uma urgência semelhante à existente nal-guns centros de saúde (urgência básica).

Como é evidente, esta situação é extre-mamente gravosa para a população do litoral alentejano, que tanto lutou para ter um hospi-tal. lsto significaria um regresso ao velhinho Hospital do Conde Bracial. Todos os doentes que necessitassem de cuidados diferenciados, quer na área médica, quer na área cirúrgica ou ortopédica teriam de ser transferidos para o Hospital de Setúbal ou Hospital de Beja.

Este regresso ao passado parece-me inadmissível.

É certo que a atual administração en-controu um hospital em difícil situação eco-nómica, mas tal não justifica, que por razões meramente economicistas, se tomem medi-das que prejudicam gravemente a população do litoral alentejano

Faço esta denúncia para alertar.Espero vivamente que esta situação

nunca venha a suceder.

Humberto DelgadoCarlos Luna Estremoz

Não pretendo entrar em nenhuma polémica com o autor do texto “de um lado terra, do ou-tro lado terra”, no “Diário do Alentejo” ,de 1 de fevereiro de 2013. Ruy Ventura já deu mostras do seu valor em várias ocasiões. Conheço-o, e considero-o meu amigo. É um dos escrito-res mais capazes neste nosso Alentejo e neste nosso País, e, a esse respeito, nada há a dizer. Pessoalmente, como regionalista e amigo da cultura portuguesa em Olivença, gostei de frases dele como «O território de Olivença – antigo concelho português que não deixou de o ser, pelo menos na alma, apesar de ad-ministrado por representantes de Madrid (...) Visitar o Museu Etnográfico [de Olivença] é compreender que dois séculos fizeram muito pouco pela divisão de povos duplos um do outro. A separação - metaforizada durante muito tempo na derrubada “Ponte da Ajuda” - acentuou a saudade, mas não destruiu a iden-tidade, que dispensa separações artificiais do território (...)». Copiei o texto integralmente e enviei-o a muitos amigos. No geral, todos gos-taram, em especial os oliventinos.

A ideia fundamental de Ruy Ventura é a de que o rio Guadiana, mais do que dividir, separa. É uma ideia com a qual temos de estar fundamentalmente de acordo.

Ruy Ventura prefere valorizar isso a en-trar nas polémicas da soberania, que exis-tem, e que explicam porque há mapas com a fronteira interrompida na região. Não por acaso, são principalmente mapas oficiais

portugueses. Não vou discutir este ponto de vista, pois não foi isso que me levou a escrever estas linhas.

O que surge de forma incorreta no texto é a referência à morte do General Humberto Delgado. Na verdade, ele não foi “martiri-zado” em Villanueva del Fresno, mas sim em “Los Almerines”, quatro quilómetros em li-nha reta a norte de Olivença. O seu cadáver, bem como o da sua secretária, foram levados, escondidos, de carro, até à herdade de “Malos Pasos”, entre Villanueva e a fronteira portu-guesa de Mourão, onde foram abandonados e ocultados. Sabe-se que Humberto Delgado, um lutador heroico e algo romântico pela de-mocracia em Portugal desde a sua “derrota” de 1958, foi atraído a uma armadilha, naquele ano de 1965, ao local onde faleceu em grande parte graças ao uso do nome Olivença. O General simpatizava com a causa da luta con-tra a espanholização de Olivença, e, ao ser-lhe dito que a reunião de opositores a Salazar (na verdade, agentes da P.I.D.E. sob disfarce) teria lugar em Olivença, a sua credulidade aumen-tou, o que acabou por lhe custar a vida.

A culpa deste erro não a atribuo eu ao autor, mas sim à ampla desinformação que reina sobre este assunto. Ficou provado, logo na época, que o lugar do assassinato fora em “Los Almerines”. Um dos homens que assis-tiu às investigações ainda é vivo, e mora em Olivença. Todavia, este era um tema muito polémico tanto para Salazar como para Franco, e tornou-se comum falar na morte em Villanueva. Olivença era um espinho cra-vado entre os dois nacionalismos extremados da Península Ibérica.

Depois do 25 de Abril, houve um julga-mento, e ficaram conhecidos quase todos os detalhes e os culpados. Mas, estranhamente, continua a circular a informação, nomea-damente em muitos sites na Internet, de que Delgado foi assassinado em Villanueva del Fresno, mesmo após o filme recente mos-trar a verdade. Cai-se até num ridículo quase maior: diz-se corretamente que foi morto em “Los Almerines”, mas acrescenta-se que fica nos arredores de Villanueva. O dislate geo-gráfico é evidente, pois a distância entre am-bos é de mais de quarenta quilómetros.

Ruy Ventura, a quem muito prezo, foi ví-tima desta desinformação, fruto da ignorân-cia de alguns que se dizem “profissionais de informação”. Nada disto invalida a qualidade do seu texto ou a pertinência das suas refle-xões, mas a memória de Humberto Delgado e a verdade histórica exigem que seja reposta a verdade.

Peço perdão a Ruy Ventura. Mas, não posso criticar a qualidade de alguma infor-mação que circula “por aí”. Há que ter muito cuidado com o que se propaga. E este erro, e outros de igual gravidade, encontram-se em portais de agências informativas de renome. Não pode haver desculpas para quem não se procura informar, principalmente quando faz da informação o seu modo de vida!

Há 50 anosAfinidades comunistasdo fuzilado Kassem

A par da cobertura informativa da região, de toda a região alentejana, o “Diário do Alentejo” publicava regularmente, há

meio século, notícias do País e do estrangeiro e ar-tigos de opinião sobre questões nacionais e inter-nacionais.

Na edição de 13 de Fevereiro de 1963, um texto intitulado “Revolução no Iraque”, assinado por um certo M.A.S., era destacado na primeira página. Ora leiam esta versão hollywoodesca (com um final excitante) de acontecimentos nesse “pequeno país árabe”, de história milenar, hoje conquistado e ocupado por forças militares estado-unidenses:

“O Próximo-Oriente sempre foi, e continua sendo, região propícia a tenebrosas intrigas polí-ticas, que mais se acentuaram com a intensa ex-ploração do petróleo, e onde diversas potências estrangeiras exercem sua influência, fazendo um jogo político à custa das ambições dos povos árabes.

Em geral, a tranquilidade só é aparente nes-ses pequenos países árabes do Próximo-Oriente, onde as condições de desequilíbrio económico conduzem os povos para a rebelião colocando-os à mercê dos golpes políticos de aventureiros nacio-nais, entendidos com estrangeiros.

A espionagem, a intriga política e a conspira-ção são actividades constantes nestes países ára-bes, onde os descontentamentos e a corrupção fa-vorecem revoltas e atentados.

Desta vez foi no Iraque que estalou uma revo-lução, planeada com segredo e firmeza, e desen-cadeada por elementos militares, principalmente por tropas da Aviação, com o fim de lançar por terra o regime político que o general Kassem vi-nha governando em ditadura.

Poucas horas depois de se ter iniciado a revo-lução, embora as tropas fiéis resistissem em al-gumas posições, verificou-se que a vitória pendia para o lado dos revolucionários, que operavam com violência.

O primeiro-ministro Kassem foi fuzilado, sumariamente, no Ministério da Defesa, depois deste se ter rendido. Parece que Kassem ainda ten-tou salvar a vida, parlamentando com Aref, chefe dos revoltosos, mas não tendo sido atendido o seu pedido.

Nas dependências do Ministério da Defesa funcionou um tribunal militar, que julgou Kassem, sendo apresentada a este uma lista de no-mes, ao mesmo tempo que lhe perguntaram por que razão mandara matar aquelas pessoas desde que assumira o poder.

Kassem – ao que afirmam – não respondeu, sendo levado para uma sala vizinha e fuzilado com os seus ajudantes.

Durante os poucos dias que durou, a revolu-ção causou mais de mil mortos.

Não se conhecem, por enquanto, as ten-dências políticas dos revolucionários. Quanto a Kassem era tido, para alguns, com afinidades comunistas.”

Carlos Lopes Pereira

Cartas ao diretor

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Reportagem

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Cláusula para estabilizar imigração

Saída: Alentejo. Destino: Suíça

Tal medida é necessária para proteger o trabalho dos que aqui

estão. Não podem aceitar mais trabalhadores do que o necessário”.

Juca Neves

Os portugueses, segundo dados reve-lados recentemente, são os que con-tinuam a emigrar mais para a Suíça,

tendo em conta os números globais e os imi-grantes dos países do sul da Europa.

No Alentejo há muito que se verifica esta saída. A primeira vaga verificou-se com a pro-cura de trabalhos sazonais. Depois, foi a revo-lução de Abril a contribuir, e tudo em prol de melhores condições de vida.

Mas passados tantos anos, e tendo em conta a situação que Portugal atravessa, pouco parece ter mudado. São muitos os alentejanos que atu-almente continuam a escolher o país europeu como primeira opção. Primeiro porque contam com o apoio de emigrantes que também saíram da sua terra, já lá estabelecidos, e depois porque os salários são convidativos.

Nos últimos dias, contudo, a imprensa na-cional e internacional divulgou que a Suíça estaria a ponderar limitar a entrada no país apenas a imigrantes portugueses, espanhóis, italianos ou gregos. Em causa estaria o grande aumento no número de autorizações para re-sidência para efeitos de trabalho solicitados por cidadãos dos referidos países.

A Agência Federal para a Imigração na Suíça (BFM, na sigla em alemão) acabaria, porém, por esclarecer que a cláusula que o país está a ponde-rar acionar para limitar a imi-gração não visa apenas portu-gueses ou outros cidadãos do sul da Europa, mas todos os imigrantes da zona euro.

Recorde-se que a li-vre circulação faz parte de um acordo estabelecido com a União Europeia. A

Um bilhete de ida, sem data de re-

gresso. Para a Suíça. Muitos alen-

tejanos têm partido para lá, desde

há anos. E a crise, a que se vive em

Portugal atualmente, tem feito

muitos mais emigrar. Para lá, para

o país da Europa Central, de onde

chegam notícias de que se pon-

dera acionar uma cláusula para li-

mitar a imigração.

Texto Bruna Soares

Ilustrações Paulo Monteiro e Susa Monteiro

cláusula, segundo informações dadas à Lusa, permite à Suíça “estabilizar de forma unilate-ral as quotas máximas de títulos de residência, de curta e longa duração, a atribuir a cidadãos oriundos da UE (17) e de oito países do Leste da Europa”.

A cláusula só poderá ser acionada quando o número de novos títulos de residência para efeitos de trabalho atribuídos, no espaço de um ano, ultrapasse os 10 por cento da média dos úl-timos três anos, segundo informações oficiais.

A Suíça só pode ainda acionar a cláusula até 31 de maio de 2014. Doze anos após a entrada em vigor do acordo assinado com a UE, a 1 de junho de 2002, esclareceram fontes oficiais.

Mas voltando aos emigrantes alentejanos. Juca Neves, de Beja, partiu para a Suíça há dois

anos. E, como muitos os que optaram por sair, escolheu o país porque “já lá tinha

familiares”. “Pensei que os primeiros tempos, assim, seriam mais fáceis e a integração também”, explica ao “Diário do Alentejo”.

O que o fez partir asseme-lha-se também ao que fez abalar

tantos outros. “A minha mulher estava desempregada. Tinha duas

filhas pequenas. O meu salário, na verdade, não chegava para as despesas.

Tomámos a decisão de procurar melhores condições para nós”, conta. A Suíça, sem olhar para trás, foi a opção.

E, embora só resida no país há dois

anos, já encontra diferenças. Principalmente ao nível da “organização”, mas também, como diz, no que toca “à ausência de tanta burocra-cia”. E depois, acrescenta: “É também um país muito bonito”. Não escondendo, claro, que “os salários são bastante importantes e atraentes”.

Pegando nas notícias dos últimos dias, as tais que dão conta da possível medida para limitar a imigração no país, Juca Neves co-menta: “Tal medida é necessária para proteger o trabalho dos que aqui estão. Não podem acei-tar mais trabalhadores do que o necessário”.

O bejense e a sua família residem em Fribourg e, lá, como explica, “não estão muitos alentejanos”. “Vivem aqui na zona umas cinco ou seis pessoas de Beja e estão todas bem”.

A maioria dos alentejanos trabalha em fá-bricas, na construção civil, na área das limpe-zas e na hotelaria. Contudo, segundo dizem, “está aumentar o número de enfermeiros e en-fermeiras que procuram uma oportunidade na Suíça”.

Bento Valente, natural de Vila Nova de São Bento, partiu para o país há 23 anos. Conta com 46 de idade. Contabilizando, assim, 23 anos em Portugal e 23 anos na Suíça. Metade da vida cá, metade da vida lá. E, para já, ga-rante: “É aqui que penso ficar”.

Motorista de profissão, encontrou neste país a oportunidade de melhorar as condi-ções de vida da sua família. A sua mulher, Rosa Valadas, porém, foi para o País há menos tempo. 10 anos e, ainda assim, o tempo sufi-ciente para se sentir “em casa”. Está empregada na área da restauração e os salários, como ou-

tros emigrantes alentejanos defendem, “são melhores do que em Portugal”.

“É aqui que temos a nossa vida, o nosso emprego. É difícil pensar em

regressar. Nos próximos anos, não pensamos sair”, explica Bento Valente.

Bento chegou à Suíça como

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“As circunstâncias, na altura, fizeram-me emigrar para este país. Comecei a sentir-me cá bem e bastante bem integrado na comunidade. Fui ficando e cá estou, até hoje”.

Bento Valente

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tantos outros alentejanos. “Tinha cá pessoas conhecidas. As circunstâncias, na altura, fi-zeram-me emigrar para este país. Comecei a sentir-me cá bem e bastante bem integrado na comunidade. Fui ficando e cá estou, até hoje”. A Portugal regressa para matar saudades da família, dos amigos, da sua terra, do Alentejo, do País. Nas férias, sempre.

“Emocionalmente estamos muito bem. Temos trabalho e todas as condições”, de-fende, para rapidamente enumerar algu-mas das vantagens que o país proporciona: “Um excelente sistema de saúde, uma grande proteção em caso de desemprego, segurança”.

Há bem menos tempo a trabalhar em terras suíças está Mónica Garrido. Saiu de Aljustrel há apenas um mês. A decisão, garante, “não foi fá-cil, mas foi bastante ponderada”. Saiu com 24 anos e uma mala na mão, em busca de um fu-turo melhor. Disposta, sobretudo, a trabalhar. “A necessidade fez-me sair do meu país, da mi-nha região. Se não fosse isso não teria vindo”, explica, ainda com o coração apertado. É que

as saudades, essas, garante que são já “muitas”. “Mas vida é mesmo assim, temos de saber en-cará-la”, avança, para que o que deixou em ter-ras lusas não a desfoque do seu objetivo.

“Talvez, um dia, volte”, diz. E, embora es-teja no país há tão pouco tempo, já encontra diferenças: “No trabalho, nas pessoas”. “Os portugueses são trabalhadores e têm cá boa fama”. “É fácil simpatizarem connosco, o que é uma grande ajuda para uma boa integração”.

Mónica não partiu, porém, desamparada. E a história repete-se. “Tinha cá família, pes-soas conhecidas, o que é uma grande ajuda, pelo menos, para os primeiros tempos. É um país desconhecido e sempre dá uma certa segurança”.

Lá, em Sion, garante, encontrou alente-janos e muitos portugueses de outras regi-ões do País, mas todos “bem integrados” e a trabalharem em diversas “áreas”, a fazer um pouco de tudo. Para já, a maior dificuldade “é a língua”, mas com esforço, como diz, “tudo se consegue”.

Mónica tem conhecimento das recentes

ponderações das entidades governativas do país, no que diz respeito à imigração. E, não escondendo o receio, considera: “Talvez esta seja a forma de controlarem as cotas de títulos de residência. Talvez, só assim, a Suíça possa a continuar a ser o país que é”.

O Governo português também já se pro-nunciou sobre a matéria, relembrando que qualquer restrição que venha a ser levada a cabo ao nível da concessão de vistos terá de ser negociada com a União Europeia. Até porque se trataria de uma alteração ao atual quadro de movimentação de trabalhadores, ancorado no acordo de livre circulação, que existe entre a Suíça e a UE.

Recorde-se ainda que a Suíça garante que ainda “nada está decidido”, no que a esta ma-téria diz respeito. Uma eventual decisão do Conselho Federal suíço poderá vir só a ser to-mada em abril.

Na Suíça continuam todos os alentejanos, satisfeitos com as condições que por lá encon-traram, e que só compraram um bilhete de ida. Destino: Suíça. Regresso: Sem data prevista.

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Futebol juvenil

Moura, Vasco da Gama e Castrense entre as equipas vitoriosas

Mourenses sobem para Reguengos

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Desporto

Campeonato Distrital de Benjamins (16.ª jor-

nada): Série A: Ferreirense A-Sporting Cuba, 5-2;

Desportivo Beja-Aljustrelense, 1-5; Alvito-Des-

pertar A, 0-16; Bairro da Conceição-Vasco Gama,

2-7. Folgou o Figueirense. Líder: Ferreirense, 39

pon tos. Próxima jornada (23/2): Figueirense -

-Fer rei rense A; Sporting Cuba-Desportivo Beja;

Aljustrelense-Alvito; Despertar A-Bairro da

Conceição. Folga o Vasco Gama. Série B: Despertar

B-Serpa, 1-3; Sobral da Adiça-Piense, 0-8; CB Beja -

-Ferreirense B, 8-2; Moura-NS Beja, 1-7. Folgou o

Santo Aleixo. Líder: NS Beja, 42 pontos. Próxima jor-

nada (23/2): Moura-Despertar B; Serpa-Sobral da

Adiça; Piense-CB Beja. NS Beja-Santo Aleixo. Folga

o Ferreirense B. Série C: Odemirense-Milfontes B,

9-0; Almodôvar-Rosairense, 11-0; São Marcos-Cas-

trense, 0-5; Milfontes A-Ourique, 2-9; Boavista -

-Re nas cente, 1-15. Líder: Odemirense, 46 pontos.

Próxima jornada (23/2): Boavista-Odemirense;

Milfontes B-Almodôvar; Rosairense-São Marcos;

Castrense-Milfontes A; Renascente-Ourique.

Campeonato Distrital de Infantis (16.ª jor-

nada): Série A: Vasco Gama-Bairro da Conceição,

3-3; NS Beja-Desportivo Beja, 6-1; Sporting

Cuba-Ferreirense, 4-4; Despertar A-Alvorada,

9-1. Folgou o Alvito. Líder: Despertar A, 39 pon-

tos. Próxima jornada (23/2): Alvito-Vasco Gama;

Bairro da Conceição-NS Beja; Desportivo Beja -

-Spor ting Cuba; Ferreirense-Despertar A. Folga

o Alvorada. Série B: Amarelejense-Despertar B,

7-3; Operário-CB Beja, 4-2; Aldenovense-Moura,

0-4; Piense-Serpa, 4-6. Folgou o Guadiana.

Líder: Amarelejense, 42 pontos. Próxima jor-

nada (23/2): Guadiana-Amarelejense; Despertar

B-Operário; CB Beja-Aldenovense; Moura-Piense.

Folga o Serpa. Série C: Aljustrelense-Castrense

B, 8-0; Renascente-Almodôvar, 1-10; Milfontes

A-Odemirense, 0-9; Castrense A-Boavista, 7-1.

Folgou o Milfontes B. Líder: Odemirense, 40 pontos.

Próxima jornada (23/2): Castrense B-Renascente;

Almodôvar-Milfontes A; Milfontes B- Aljustrelense;

Odemirense-Castrense A. Folga o Boavista.

Campeonato Distrital de Iniciados (15.ª jor-

nada): Odemirense-Ourique, 4-0; Bairro da Con-

ceição-Vasco Gama, 0-1; Despertar-Serpa, 2-1; Rio

Moinhos-Milfontes, 0-3; Sporting Cuba-Moura,

0-1. Folgou o Amarelejense e o Guadiana. Líder:

Odemirense, 36 pontos. Próxima jornada (17/2):

Ourique-Amarelejense; Vasco Gama-Odemirense;

Serpa-Bairro da Conceição; Milfontes-Despertar;

Moura-Rio Moinhos. Folga o Sporting Cuba e o

Guadiana.

Campeonato Distrital de Juvenis (6.ª jor-

nada): Almodôvar-Despertar, 2-1; Aljustrelense -

-Des portivo Beja, 3-7; Serpa-Castrense, 0-6.

Folgou o Moura. Líder: Desportivo de Beja, 18 pon-

tos. Próxima jornada (17/2): Despertar-Desportivo

Beja; Moura-Castrense; Almodôvar-Serpa. Folga o

Aljustrelense.

Campeonato Distrital de Juniores (11.ª jor-

nada): Despertar-Castrense, 8-0; Vasco Gama -

-Des portivo Beja, 3-1; Cabeça Gorda-Sobral da

Adiça, 5-1; Aldenovense-Odemirense, 1-1. Líder:

Despertar, 30 pontos. Próxima jornada (23/2):

Aldenovense-Despertar; Castrense-Vasco Gama;

Desportivo Beja-Cabeça Gorda; Odemirense-So-

bral Adiça.

Campeonato Distrital de Futsal (14.ª jor-

nada): NS Moura-IP Beja, 8-3; Vila Ruiva-Des-

portivo Beja, 2-8; Advns. Bento-Ferreirense, 1-2;

Alcoforado-Luzerna, 2-1; Baronia-Safara, 13-0;

Almodovarense-Barrancos, 5-2. Folgou o Vasco

Gama. Líder: Baronia, 40 pontos. Próxima jornada

(15/2): IP Beja-Vasco Gama; Safara-Alcoforado;

Ferreirense-Vila Ruiva; Luzerna-Advns. Bento;

Barrancos-Baronia; Desportivo Beja-NS Moura.

Campeonato Nacional de Iniciados (2.ª Fase

3.ª jornada): Desportivo Beja-Despertar, 1-2.

Líder: Louletano, 40 pontos; 2.º Despertar, 35. 7.º

Desportivo Beja, sete. Próxima jornada (17/2):

Despertar-São Luís; Odiáxere-Desportivo Beja.

Campeonato Nacional de Juniores (2.ª Fase

1.ª jornada): Barreirense-Moura, 1-0. Líder:

Farense, 34 pontos. 8.º Moura, 4. Próxima jornada

(16/2): Moura-Lusitano Évora.

3.ª Divisão – Série F

18.ª jornada

Sesimbra-Esp. Lagos ......................................................... 1-3 Monte Trigo-U. Montemor...............................................0-1 Vasco da Gama-Aljustrelense .........................................2-0 Lusitano VRSA-At. Reguengos ........................................0-2 Moura-Juventude Évora ...................................................3-1 Castrense-Lagoa da Palha ............................................... 2-1 J V E D G P

U. Montemor 18 13 4 1 37-11 43

Moura 18 12 5 1 43-12 41

At. Reguengos 18 10 5 3 25-13 35

Esp. Lagos 18 9 7 2 33-16 34

Juventude Évora 18 6 6 6 20-21 24

Sesimbra 18 6 6 6 22-29 24

Vasco da Gama 18 5 5 8 22-27 20

Aljustrelense 18 5 5 8 16-17 20

Lusitano VRSA 18 4 5 9 19-30 17

Castrense 18 4 3 11 18-33 15

Monte Trigo 18 4 3 11 17-30 15

Lagoa da Palha 18 1 4 13 16-49 7

Próxima jornada (17/2/2013): U. Montemor-Vasco da Gama,

Aljustrelense-Sesimbra, Esp. Lagos-Lusitano VRSA, At. Re-

guengos-Moura, Juventude Évora-Castrense, Lagoa da Palha -

-Monte Trigo.

1.ª Divisão – AF Beja

17.ª jornada

Odemirense-Aldenovense ..............................................1-0 Amarelejense-Serpa ..........................................................1-4 Desp. Beja-Praia Milfontes ...............................................0-1 Almodôvar-Rosairense ..................................................... 2-2 Sp. Cuba-São Marcos .........................................................5-1 Piense-Bairro da Conceição .............................................3-1 Cabeça Gorda-Guadiana ..................................................2-0 J V E D G P

Almodôvar 17 12 4 1 38-19 40Praia Milfontes 17 11 3 3 34-17 36Odemirense 17 11 3 3 28-13 36Serpa 17 10 5 2 34-15 35Aldenovense 17 8 5 4 33-18 29Piense 17 8 5 4 32-19 29Rosairense 17 6 5 6 25-24 23Sp. Cuba 17 6 4 7 22-19 22Cabeça Gorda 17 5 6 6 32-24 21São Marcos 17 4 2 11 13-41 14Bairro da Conceição 17 3 3 11 12-32 12Guadiana 17 4 0 13 18-41 12Desp. Beja 17 2 5 10 14-29 11

Amarelejense 17 3 2 12 16-40 11

Próxima jornada (17/2/2013): Serpa-Aldenovense, Praia Mil-fontes-Amarelejense, Rosairense-Desp. Beja, São Marcos-Al-modôvar, Bairro da Conceição-Sp. Cuba, Guadiana-Piense, Ca-beça Gorda-Odemirense.

Quatro pontos é a distância que separa o líder Almodôvar dos mais diretos per-seguidores, Milfontes e Odemirense. Mas o Serpa ainda “não jogou a toalha ao chão”.

Texto e foto Firmino Paixão

Tínhamos avisado para os efeitos cola-terais desta deslocação do Rosairense ao recinto do vizinho. Este a ganhar,

A quatro jornadas do final da pri-meira fase do nacional da 3.ª Divisão é o Moura quem está melhor posicio-nado para discutir um lugar na divisão superior.

Texto Firmino Paixão

Mas, ultrapassado com sucesso o Juventude Évora (triunfo por 3/1), aí novo jogo eletrizante para os

mourenses, com uma deslocação ao terreno do Atlético de Reguengos, outra equipa que procura um lugar no lote de subida. O Vasco da Gama vem de um triunfo em casa com o Aljustrelense (2/0), que lhe valeu a su-bida de um degrau e ficou, em igualdade com a formação mineira, a quatro pontos do Sesimbra, a equipa que encerra o lote de candidatos à fase de promoção. Mas no do-

mingo o Sesimbra estará em Aljustrel e os mineiros têm já pela frente uma oportuni-dade de diminuírem esse fosso e de o téc-nico Vítor Rodrigues oferecer o seu pri-meiro triunfo aos adeptos tricolores. Se não ganharem podem deitar tudo a perder. Mas o Vasco da Gama, que poderia benefi-ciar desse desfecho, tem uma deslocação de risco ao terreno do União de Montemor, lí-der, indestronável, da série F. O Castrense “matou o borrego”, não ganhava há algu-mas semanas e aproveitou a visita do “lan-terna vermelha” para, com alguma dificul-dade, vencer os algarvios (2/1) e subir um lugar na tabela. No domingo joga no ter-reno do Juventude de Évora, onde só uma vitória poderá abrir uma luz ao fundo do túnel. Mas, aconteça o que acontecer em Reguengos de Monsaraz, o Moura manterá o segundo posto da tabela.

Rosairense empatou em Almodôvar e prova ganhou competitividade

O Almodôvar já treme...

permitiu o empate à beira do final da par-tida e saiu da sede de concelho com um sa-bor amargo. O Almodôvar não foi capaz de mais, ganhou um ponto e permitiu a apro-ximação do Milfontes (venceu em Beja), do Odemirense (ganhou ao Aldenovense, em casa) e do Serpa (foi golear a Amareleja). E quando falamos em permitir é a adjetiva-ção correta, porque o foi por demérito do lí-der, e maior mérito dos homens do Rosário, que o campeonato se relançou. Milfontes, Odemirense e Serpa fizeram, apenas, o trabalho de casa e ponto final. A partir de

agora os aflitos podem entrar nas decisões da prova, mas não nos parece que, na pró-xima ronda, o São Marcos possa tirar pon-tos ao líder. O Milfontes tem outro jogo fácil, o Odemirense terá que vestir o traje de gala para pontuar em Cabeça Gorda. Em Serpa joga-se a partida mais empolgante, entre os locais e o Aldenovense. O Rosairense re-cebe o Desportivo, o Cuba vem ao Bairro e o Piense desce até Mértola. Cabeça Gorda e Serpa são, assim, os palcos para onde ficam dirigidos os holofotes da jornada da tarde do próximo domingo.

Distritalão O Rosairense foi empatar ao terreno do líder e relançou o campeonato

O Beja Basket Clube recebe no

próximo domingo, pelas 17 horas,

no Pavilhão Municipal João Serra

Magalhães, a equipa da Associação

Desportiva de Ferragudo. Trata-se

da partida referente à 8.ª jornada do

Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.

Andebol A Zona Azul e o Núcleo de Andebol do Redondo, 1.º e 2.º classificados do Nacional da 3.ª Divisão de seniores masculinos, defron-tam-se amanhã, pelas 17 e 30 horas, no Pavilhão de Santa Maria, em Beja. O Centro de Cultura Popular de Serpa joga em Lagos e o Andebol Clube de Sines desloca-se ao recinto do Náutico do Guadiana.

Nacional da 3.ª divisão

de voleibol em Moura

Beja Basket Clube joga

no domingo com

Ferragudo

O Atlético Clube de Albufeira, Santo

Tirso e Castro d’Aire são os adversários

da equipa sénior do Moura Volei Clube

para a segunda fase do Nacional da 3.ª

divisão. Na 1.ª jornada (23/2) o Moura

recebe o Atlético de Albufeira.

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Miguel Ângelo Lemos

Os prognósticos de hoje são do atual treinador do Desportivo de Beja, clube

onde o Miguel fez as primeiras épo-cas da sua formação, até à catego-ria de júnior, escalão de onde saiu para o Sporting Farense. Fez três épocas em Faro, a última das quais na 1.ª Liga, regressando a Beja, onde voltou a vestir a camisola do Desportivo (então na 3.ª e na 2.ª Divisão Nacional). O percurso deste esquerdino, de futebol bonito e eficaz, continuou no União de Santiago do Cacém, no Juventude de Évora, sempre no segundo esca-lão nacional, até regressar ao Baixo Alentejo. Manteve-se na terceira divisão, num périplo que começou em Serpa, passando por Cabeça Gorda e Aljustrelense. Voltou ao “seu” Desportivo, de novo no se-gundo escalão nacional. Vestiu ainda a camisola do Desportivo das Neves, Aldenovense, Vasco da Gama de Vidigueira (pela mão de Pedro Caixinha) e acabou a car-reira no Sporting de Cuba. Para trás ficaram diversos títulos, cam-peão do Algarve em juniores, cam-peão da AF Beja pelo Aldenovense, além daqueles que eram recorren-tes nos escalões de formação do Desportivo de Beja. Hoje, com 43 anos, e por amor ao seu clube de sempre, é um pilar que segura a equipa sénior do emblema bejense.

(X) SERPA/ALDENOVENSEUm dérbi tem sempre grande emoção dentro e fora das quatro linhas. São dois clubes que representei e com que simpatizo, equipas bem orientadas. Sendo verdade que o Serpa joga em casa, vou pelo empate.

(1) MILFONTES/AMARELEJENSENão haverá lugar a surpresas, o Mil-fontes é claramente favorito.

(2) ROSAIRENSE/DESPORTIVO DE BEJAJogo tremendamente difícil para a mi-nha equipa. Vamos ter que ser muito competentes. O adversário é difícil mas acredito nos meus jogadores.

(2) SÃO MARCOS/ALMODÔVARO Almodôvar tem sido a melhor equipa. Pode sentir dificuldades na adaptação ao terreno, mas não facilitará.

(X) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/SPOR-TING DE CUBAÉ um jogo de tripla. O Bairro terá mais pressão para lutar pelos três pon-tos, mas o adversário é muito difícil de bater.

(2) GUADIANA/PIENSEO Piense é teoricamente mais forte, mas o Guadiana tem uma equipa muito guerreira. Embora com dificuldades, os três pontos viajarão para Pias.

(1) CABEÇA GORDA /ODEMIRENSEO Ferrobico não perde há oito jogos, o que será suficientemente motivante para levar de vencida a equipa de Odemira.

19Hoje palpito eu...Taça Fundação Inatel – 13.ª jornadaSérie A: Quintos-Brinches, 0-1; Pedrógão-Ficalho, 2-2. Folgaram o Luso Serpense e o Salvadense. Líder: Ficalho, 20 pontos. Próxima jornada (16/2): Luso Serpense-Sal-vadense; Brinches-Pedrógão. Folgam: Ficalho e Quintos.

Série B: Penedo Gordo - -Neves, 2-1; AC Cuba-Be rin-gelense, 1-3; Faro do Alen-tejo-São Matias, 1-1. Folgou o Louredense. Líder: Penedo Gordo, 28 pontos. Pró -xima Jornada (16/2): Be rin-gelense-Louredense; Neves --Faro Alentejo; São Matias-AC Cuba. Folga o Penedo Gordo.

Série C: Jungeiros-Alvorada, 1-0; Figueirense-Santa Vi-tó ria, 1-2; Mombeja-Messe-janense, 3-1. Folgou o Vale da Oca. Líder: Vale d’Oca, 31 pon-tos. Próxima jornada (17/2): Santa Vitória-Vale d’Oca; Alvorada-Mombeja; Messe-janense-Figueirense. Fol ga o Jungeiros.

Série D (11.ª jornada): Alcariense-Sanjoanense, 3-2; Fer nandes-Albernoense, 0-1; Sete-Trindade, 1-2. Líder: Fernandes, 19 pontos. Próxima jornada (16/2): Sanjoanense - -Fer nandes; Trindade-Alca-riense; Albernoense-Sete.

Série E: Colense-Cercalense, 0 -2; Luzianes-Amoreiras Gare, 1-1; Soneguense-Relí-quias, 1-7. Folgou o Santa Luzia. Líder: Luzianes, 26 pontos. Próxima jornada (17/2): Amoreiras Gare-San ta Luzia; Cerc alense -Sone -guense; Relíquias-Luzianes. Folga o Colense.

Série F: Cavaleiro-Saboia, 0-3; Campo Redondo-Boa vista, 1-0; Milfontes-Bem posta, 4-2. Folgou o Malavado. Líder: Saboia, 29 pontos. Próxima jornada (17/2): Boavista --Mala vado; Saboia-Milfontes; Bemposta-Campo Redondo. Folga o Cavaleiro.

Série G (11.ª jornada): Almodovarense-Pereirense, 0-4; Naveredondense-San ta clarense, 1-1; Serrano-Santa Clara-a-Nova, 3-2. Líder: Santaclarense, 20 pon-tos. Próxima jornada (17/2): Pereirense-Naveredondense; San ta Clara-a-Nova-Almodo-va rense; Santaclarense --Serrano.

Reza a lenda que “em Vila Azedo grande caso aconteceu, com espingar-das e bordões e o ouriço não morreu”. E é este mamífero que simboliza a equipa de futsal do Grupo Desportivo e Cultural do Alcoforado.

Texto e foto Firmino Paixão

Há três épocas consecutivas que o trei-nador Nuno Malpão lidera esta equipa dos arredores da cidade de Beja. Na

primeira época, revela o técnico: “Criou-se uma estrutura que conseguimos transportar para o segundo ano, época em que consegui-mos ficar em segundo lugar e fazermos a fina-líssima com o IPBeja, agora a equipa está ou-tra vez em transformação, a média continua a ser muito baixa”. A equipa ocupa a sexta po-sição na tabela e o seu treinador faz aqui uma análise muita lúcida do projeto que lidera.

Os objetivos iniciais iam muito para além do

que está a acontecer?

Este ano não nos foi fácil definirmos objetivos. Queríamos lutar pela taça, porque o campeo-nato, para nós, é difícil porque os apoios são poucos ou inexistentes, quer institucionais, quer privados, e isso significa que será difícil aspirarmos a um título e subirmos para uma divisão acima. A taça é qualquer coisa que gostávamos de ter, mas começámos esta época com seis jogadores e muitos miúdos que nem sabíamos se iriam ficar na equipa. Não podía-mos ter grandes exigências.

É possível subirem um pouco mais na tabela?

Acho que sim, mas as equipas que vêm atrás de nós estão muito fortes, estão bem e têm vindo a crescer. As que estão acima de nós também estão muito fortes e coesas. Continuamos a trabalhar, a equipa está a conhecer-se cada vez melhor, vamos ver o que acontece.

“Os ouriços” de Vila Azedo que jogam futsal pelo Alcoforado

“Incomodamos muita gente”A juventude do plantel assegura a continui-

dade deste projeto?

Assim eles se fixem no clube. O nosso pro-jeto começou por arrancar com muitos jovens, acreditamos que se pode fazer formação sé-nior, contrariamente ao que dizem alguns ilu-minados, que defendem que a formação se faz apenas em jovens. Mas eu continuo a achar que nunca é tarde para formar seja aquilo que for. O que acontece é que ao darmos a estes jo-gadores algumas noções táticas do futsal, os jogadores começam a ter alguma qualidade e então as equipas com ambições e possibili-dades superiores à nossa levam-os. É um pro-cesso normal que temos que compreender em nome do sonho desses jovens.

“Os ouriços” vêm da lenda de Vila Azedo, mas

a equipa tem o nome Alcoforado. Quem em-

presta o nome a quem?

Não lhe sei responder bem a isso. “Os ouriços” vêm de uma lenda e, provavelmente, pela pro-ximidade entre Vila Azedo e Alcoforado terá acabado por se associar também o ouriço ao Alcoforado. É mais uma história…

Mas “Os ouriços” vão picando aqui e ali?

Nós incomodamos muita gente. Somos uma equipa extremamente aguerrida, somos lu-tadores, somos conhecidos pela garra e pela determinação, não damos nada por perdido antecipadamente. Temos as nossas dificul-dades e o nosso maior problema é a inexpe-riência que existe dentro do plantel. É uma dificuldade que sentimos mas não é fácil vencerem-nos.

O espaço para treinos deve ser outra das gran-

des dificuldades...

Treinarmos às 22 e 30 é para loucos. Se formos falar um pouquinho de noções energéticas es-tamos a falar de pessoas que começam o dia às oito da manhã, carregam todos um dia de

trabalhão e vêm treinar uma hora a partir das 22 e 30 e chegam a casa à meia-noite. Como é que se prepara um atleta destes, física e men-talmente? Mas fazemos o que podemos com aquilo que temos.

O campeonato está competitivo?

Está ótimo, está um grande campeonato. O melhor para mim deste campeonato é po-der acreditar que ele pode manter-se no próximo ano porque são 13 equipas, qual-quer coisa de fenomenal. Há equipas com boa sustentabilidade, bem organizadas com pessoas que têm vontade de manter estes projetos. E as equipas estão cada vez mais fortes, nota-se pelos primeiros seis luga-res da tabela, com uma diferença de pontos muito curta.

E o Baronia pode ser, outra vez, campeão?

Mas tem o Almodovarense à perna, é uma equipa que este ano está muito forte e deter-minada, renovou-se bem com alguns atle-tas jovens e outros experientes para fazerem a transição. Mas quem quer que seja campeão espero que se mantenha lá em cima. Seria muito bom para bem do nosso futsal, embora não seja fácil porque o nosso ritmo competi-tivo é diferente.

O que é preciso para dinamizar mais o fut-

sal na região?

O caminho é este, mas a AF Beja poderá fazer ainda mais para que isto aconteça. Podemos ter equipas mais jovens, esse é o primeiro passo para a dinamização do fut-sal. Mas se já é difícil para um clube man-ter uma equipa sénior, por questões finan-ceiras e falta de espaços, como é que vai ser possível fomentar a formação? Deve haver maneira de o fazer, mas é preciso criar pro-cessos facilitadores para a dinamização e crescimento da modalidade.

Diá

rio d

o A

lent

ejo

15 fe

vere

iro 2

013

20

Numa visão básica ao

desporto nacional,

pressuponho que a nível

competitivo escasseiam os

casos em que a longevidade

dos atletas se protela

desmesuradamente no

tempo. Para trás fi caram

momentos na ribalta e

de instantes históricos

marcados por plenos

êxitos. A pesquisa a que

me propus conduz-nos a

uma indubitável verdade

que justa e honradamente

trago a público, sendo

que a fi nalidade esbarra

num atleta, jogador de

futebol, que aos 49 anos,

próximo dos 50 (nasceu

em 1/7/1963), ainda se

submete a desafi ar os

agrestes 90 minutos que

um jogo ofi cial confere.

Relato com exatidão

Manoel Inácio Silva Filho,

vulgo Pitico, um atleta que

há nove épocas defende

o emblema do FC São

Marcos, uma agremiação

que milita na AF Beja.

A carreira de Pitico é

extremamente longa.

Aportou em Faro no ano de

1988 tendo como destino

o Sporting Farense, clube

que estava na ribalta do

futebol nacional, e por lá

se manteve ao longo de seis

temporadas. Seguiram-se

as épocas no Beira-Mar

(duas), Imortal (quatro)

e Olhanense (uma).

Pensou-se que o processo

futebolístico de Pitico

fosse o de pendurar as

botas. A sua idade sugeria

o fi m de uma carreira

onde se tornara brilhante.

Homem íntegro e com

uma vida disciplinada que

lhe impôs ordem social e

atlética, Pitico não recusou

um convite que lhe fora

então endossado pelo

São Marcos, coletividade

localizada no concelho de

Castro Verde. O desafi o

parecia meramente casual.

Era mais uma época,

comentava-se. A idade não

perdoa, aludiam outros.

Desiludam-se aqueles

que ditaram tal fi m. O

“jovem” resistiu às vozes

censuráveis do diabo, a

festa de homenagem foi

paulatinamente adiada e

eis-nos perante um atleta

que semanalmente se

desloca do Algarve, Faro,

para exaltar no futebol

primodivisionário sul

alentejano a arte com

a qual um dia a mãe o

colocou no mundo dos

mortais. A pujança de

Pitico é um exemplo

simplesmente louvável.

Pitico, um exemplo José Saúde

O treinador Leonel Estevens praticou futebol durante mui-tos anos e esteve, por certo, envolvido em desafios impor-tantes durante a sua longa car-reira desportiva.

Texto e foto Firmino Paixão

Mas foi com uma incomen-surável paixão que abra-çou o projeto do futebol

feminino em Vidigueira, a par do apoio que mantém como adjunto da formação principal do Vasco da Gama que disputa o Nacional da 3.ª Divisão. O técnico assume a pater-nidade deste projeto e sublinha a elevada dedicação das atletas, ex-pressa na assiduidade aos treinos e na rivalidade competitiva. Para o treinador Leonel Estevens, o fu-tebol feminino tem futuro no dis-trito e em Vidigueira tudo fará para o preservar, elogiando ainda o exemplo de Ana Capeta, a mais promissora atleta do distrito, atu-almente integrada na seleção na-cional sub/17.

O projeto do futebol feminino tem

sido bem-sucedido?

Temos sido bem-sucedidos, até me-lhor do que estávamos à espera. Em parte este foi um projeto meu, por-que tive a ideia e fiz tudo junto do nosso presidente para que criásse-mos esta equipa feminina, porque havia aqui algumas atletas que já tinham jogado futsal em Alcáçovas e estavam sem atividade, então elas próprias convidaram amigas daqui e dali e formámos este grupo.

Que objetivos desportivos têm

vindo a perseguir?

O que falámos e ficou acordado com os responsáveis do clube foi que a equipa não ficasse em último lugar. Foi essa a meta que estabele-cemos, e daí para cima tentarmos a melhor classificação possível. Estou um pouco surpreendido até pelos bons resultados que temos estado a conseguir, porque a equipa é jovem em idade e tem miúdas que nunca tinham praticado futebol.

O objetivo está superado, é isso?

Equipa feminina do Vasco da Gama isolada no 3.º lugar do campeonato

“Existem ainda muitos preconceitos…”

Campeonato Distrital de Futebol Feminino (12.ª jornada): Vasco Gama-CB Almodôvar, 23-0; CB Castro Verde-Serpa, 8-4; Odemirense-Ourique, 5-2. Classificação: 1.º CB Castro Verde, 28 pontos. 2.º Odemirense, 25. 3.º Vasco da Gama, 21. 4.º Serpa, 18. 5.º Ourique, nove. 6.º Almansôr, nove. 7.º CB Almodôvar, zero. Próxima jornada (23/2): Almansôr-CB Almodôvar; Vasco da Gama-Odemirense; Ourique-CB Castro Verde.

Estamos a fazer um bom campeo-nato, estamos no terceiro lugar, logo atrás da Casa do Benfica de Castro Verde e do Odemirense, acabá-mos de ultrapassar o Serpa, que es-tava empatado connosco e que é equipa que já joga há mais tempo do que nós, por isso estamos no bom caminho.

O campeonato ainda tem poucas

equipas…

Sim, acho que existem ainda mui-tos preconceitos à volta das miúdas. Joguei à bola durante 23 anos, pas-sei pelo Lusitano de Évora, Estoril e União de Tomar e apaixonei-me por este projeto, sobretudo pelo em-penho com que as miúdas encaram os treinos. Mas existem muitos pre-conceitos que impedem que outras

PLANTEL

Guarda redesÉrica Cavaco e Mena Paixão.DefesasMarina Lima, Ana Leão, Marisa Pires, Beatriz Marques e Cristina Rita. MédiasAndreia Santana, Marta Ferro, Inês Doutor, Ana Rita e Joana Cataluna. AvançadasTelma Candeias, Inês Estrela, Patrícia Lança, Rita Amado e Rute Rodrigues. Equipa técnicaLeonel Estevens e Ana Farinho (adjunta).

para o futebol?

Quero acreditar que sim e tenho fa-lado no exemplo da Ana Capeta às minhas jogadoras. A Ana é uma miúda extraordinária, tem um po-tencial muito elevado, tem mais qualidade no seu futebol do que certos rapazes que aí andam, e de-pois tem apenas 15 anos, o que lhe dá um potencial de crescimento enorme.

Acredita que o futebol feminino

tem futuro neste distrito?

No meu ponto de vista acho que sim e espero que o futuro dê ra-zão a esta minha forte convicção de que o futebol feminino se desen-volverá mais. É muito complicado trabalhar com raparigas, existem muitas rivalidades entre elas, mas o futebol feminino tem pernas para andar.

A Casa do Benfica de Castro Verde

vai bem posicionada para ser

campeã…

A Casa do Benfica de Castro Verde tem um avanço confortável para poder conquistar o título e tudo fi-cou mais fácil depois de ter ganho no terreno do Odemirense, por-que em Odemira está outra grande equipa deste campeonato.

miúdas se juntem a nós ou que sur-jam outras equipas para competir.

O plantel é muito jovem…

São atletas muito jovens, algumas de menor idade, têm uma excelente margem para progredir, se continua-rem a praticar daqui por três anos te-remos uma equipa para se bater com as melhores. Temos quatro atletas de Vidigueira, as restantes são de Beja, Serpa, Portel e São Brissos.

É um projeto para continuar nas

próximas épocas?

Espero que sim, acho que está tudo a caminhar para que se mante-nha. Temos algumas dificuldades com apoios, mas o facto de se tra-tar de uma equipa de miúdas faci-lita muito as coisas. As atletas não falham aos treinos, treinamos duas vezes por semana, no mesmo dia dos juniores, chego aqui muitas ve-zes e estão mais raparigas do que rapazes para treinarem. É por isso que tenho uma grande paixão por este projeto, estou muito entusias-mado e farei tudo para que estas ra-parigas tenham sucesso.

Temos uma jogadora do distrito na

seleção nacional que pode ser um

exemplo para trazer mais atletas

Disputam-se amanhã, sábado, em Vila Nova

de Baronia, os XVI Campeonatos do Alentejo

de Corta-mato, numa organização conjunta

da Associação de Atletismo de Beja, Câmara

de Alvito e Clube Natureza de Alvito. As

provas incluem atletas dos três distritos

alentejanos e iniciam-se às 15 horas.

O segundo treino oficial da campanha

desportiva 2013 da Associação Columbófila

do Distrito de Beja realiza-se amanhã,

sábado, com uma solta desde Valverde D.

Caminho (Espanha). A linha de voo é de 110

quilómetros para a Zona Centro Leste e 115

quilómetros para a Zona Sul.

Corta-mato do Alentejo

em Vila Nova de Baronia

Columbofilia: segundo

treino oficial amanhã

Diário do Alentejo15 fevereiro 2013

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Diário do Alentejo n.º 1608 de 15/02/2013 Única Publicação

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CONVOCATÓRIA

Em conformidade com a alínea b) do artigo 29 dos estatutos, convoco os associados do Centro Social dos Montes Altos, a reunirem em Assembleia-geral ordinária, no dia 30 de Março de 2013, pelas 13:30 horas, na sede da Instituição, a qual terá a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apreciação, discussão e votação do balanço de contas e relatório da direcção e parecer do conselho fi scal, referentes ao ano de 2012.

2. Diversos.Informações:Não comparecendo o número legal de sócios

efectuar-se-á a Assembleia pelas 14:30 horas com qualquer número de sócios.

O Presidente da Assembleia-geralJosé Candeias Madeira

Diário do Alentejo n.º 1608 de 15/02/2013 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS, PENSIONISTAS

E IDOSOS DO CONCELHO DE BEJA

CONVOCATÓRIAConvocam-se os sócios da Associação dos Reformados, Pen-

sionistas e Idosos do Concelho de Beja, para a Assembleia Geral e

Eleitoral a realizar na Casa da Cultura, em Beja, no próximo dia 12

de Março, pelas 14h30, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Apresentação, discussão e votação do Plano de Actividades

e Orçamento para 2013;

2. Apresentação, discussão e votação do Relatório de Activi-

dades e Contas de 2012;

3. Eleição dos Órgãos Sociais para o triénio 2013/2015.

Nota: Caso não esteja presente o número legal de sócios à

hora marcada, a Assembleia funcionará meia hora mais tarde, com

qualquer número de presenças.

Beja, 5 de Fevereiro de 2013.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

José Joaquim Caneca Baguinho

Diário do Alentejo n.º 1608 de 15/02/2013 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO VERDE

A CARGO DO NOTÁRIO, JOSÉ FRANCISCO COLAÇO GUERREIRO

Certifi co, para efeitos de publicação, que neste Cartório, no Livro

de Escrituras Diversas n° 72-A, de folhas 11 a 12, se encontra exarada

uma escritura de Justifi cação, outorgada no dia vinte e três de janeiro

de dois mil e treze, na qual, ISABEL DE BRITO GUERREIRO REVÉS,

C.F. n.° 170 134 202 e marido, ADELINO JOAQUIM REVÉS , C.F. n°170

134 199, naturais da freguesia de Casével, concelho de Castro Verde,

onde residem na Rua de Castro Verde, n.° 28, casados sob o regime da

comunhão geral, declararam que são donos e legítimos possuidores,

com exclusão de outrem, do prédio urbano, destinado a quintal, sito

na rua da Fonte, n.° 2 na sede da mencionada freguesia de Casével,

com a área descoberta de trezentos e setenta e oito metros quadrados,

não descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Verde e

inscrito na respetiva matriz predial, sob o artigo número 472, com o

valor patrimonial tributário, igual ao que lhe atribuem, de seiscentos e

noventa euros.

Que o referido prédio veio à sua posse há mais de vinte anos, em

dia e mês que não sabem precisar mas no ano de mil novecentos e

cinquenta e quatro, por compra efetuada a Isabel Maria, viúva, residente

que foi na Rua da Fonte em Casével.

Que a compra foi meramente verbal, nunca formalizada por escri-

tura pública, motivo pelo qual não dispõem do título que lhes permita

efetuar o respetivo registo de aquisição.

Que esta posse tem sido exercida à vista de toda a gente, de uma

forma pacífi ca e no gozo e fruição do prédio como seus verdadeiros

donos, nomeadamente utilizando-o, para cultivo e arrecadação de

materiais, e foram eles que suportaram os encargos inerentes, designa-

damente as limpezas e os pequenos arranjos nos muros necessários à

sua conservação, bem como a respetiva contribuição autárquica.

Que esta posse em nome próprio, pacífi ca, contínua e pública, há

mais de vinte anos, conduziu à aquisição do referido imóvel por usu-

capião, que, pela presente escritura, invocam, para efeitos de primeira

inscrição no registo predial, dado não poderem comprovar esta forma

de aquisição por mais nenhum título extrajudicial.

Está conforme.

Cartório Notarial de Castro Verde, aos 23 de janeiro de 2013.

O Notário,

José Francisco Colaço Guerreiro

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Conversa

com Jesus CristoConverse com Nosso Senhor Jesus Cristo todos os dias, sempre que esteja só, durante nove dias rezar esta oração para alcançar a graça que tanto precisa.Meu Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, em Vós deposito toda a minha confi ança, porque vós sabeis de tudo. Pai e Senhor do universo, Vós fizeste o paralítico andar, o leproso sarar, o morto voltar a viver. Vós que vedes minhas an-gústias bem sabes divino amigo como preciso alcançar de Vós esta grande graça (pede-se a graça com fé). A minha oração convosco, Meu Senhor Jesus Cristo, dá-me ânimo e fé para viver. Só de Vós espero com fé e confi ança esta graça (pedir a graça com fé). Fazei Divino Jesus Cristo, que antes de terminar esta conversa que terei convosco duran-te nove dias, eu alcance esta graça que peço com fé. Com gratidão mandarei publicar esta oração para que outras pessoas que precisam de Vós aprendam a Ter fé, con-fi ança na Vossa compaixão, guiai os meus passos e iluminai o meu caminho assim como o Sol ilumina o amanhecer. Rezar um Pai Nosso e Ave Maria.

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Pelo tel. 284329134,

depois das 14.30 horas na

Rua Manuel António de

Brito, nº 4 – 1º frente

7800-544 Beja

(Edifício do Instituto

do Coração,

Frente ao Continente)

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DR. A. FIGUEIREDO

LUZ

Médico

Especialista

pela Ordem

dos Médicos

e Ministério da Saúde

GeneralistaCONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco

de Sousa, 56-A – Sala 8

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pelo tm. 919788155

Obesidade ▼

FRANCISCO FINO CORREIAMÉDICO UROLOGISTA

RINS E VIAS URINÁRIAS

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas

Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20

7800-451 BEJA Tel. 284324690

Urologia ▼

Psicologia ▼

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SANGUESSUGADOENÇAS

DO SISTEMA

NERVOSOCONSULTAS

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a partir das 15 horas

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telfs.284322387/919911232

Rua Tenente Valadim, 44

7800-073 BEJA

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Prótese/Ortodontia

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local

Rua António Sardinha, 3 1º G

7800 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

Neurologia ▼

DR. J. S. GALHOZOuvidos,Nariz,

GargantaExames da audição

Consultas a partir das 14 horas

Praça Diogo Fernandes,

23 - 1º F (Jardim do Bacalhau)

Telef. 284322527 BEJA

Otorrinolaringologia ▼

Terapia da Fala ▼

Terapeuta da Fala

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Rua António Sardinha,

25, r/c esq.

Tm. 962557043

CÉLIA CAVACOOftalmologista

pelo Instituto Dr. Gama

Pinto – LisboaAssistente graduada

do serviço de oftalmologia

do Hospital José Joaquim

Fernandes – BejaMarcações de consultas

de 2ª a 6ª feira,

entre as 15 e as 18 horas

Rua Dr. Aresta Branco,

nº 47

7800-310 BEJA

Tel. 284326728

Tm. 969320100

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Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270

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da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora

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Fisioterapia

S. João Batista

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Drª Ana Teresa Gaspar

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Drª Elsa Silvestre

Psicologia Clínica

Drª M. Carmo Gonçalves

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de Fisioterapia

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Classes para Incontinência

Urinária

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Pélvico

Reabilitação

Pós Mastectomia

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meio aquático

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de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.

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de Ginecologiae Obstetrícia

ALI IBRAHIMGinecologiaObstetríciaAssistente Hospitalar

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quartas, quintas e sextas

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MÉDICA

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Obstetrícia,

Ginecologia,

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ConsultórioRua Capitão João Francisco Sousa 56-A

1º esqº 7800-451 BEJATel. 284320749

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OLIVEIRAPsiquiatra no Hospital

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Diário do Alentejo15 fevereiro 2013

saúde 23

Clínica Médico-Dentáriade S. FRANCISCO, LDA.

Gerência de Fernanda FaustinoAcordos:

SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E.,Portugal Telecom e Advancecare

Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/

Desabituação tabágica – H. Pulido Valente

Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina

Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de

Lisboa

Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja

Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja

Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia

Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.

Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva –

Tratamento inovador para deixar de fumar

Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar

Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação

Especial e Reabilitação

Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H.

de Beja

Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/

Obesidade – Instituto Português de Oncologia de

Lisboa

Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias

Urinárias – H. Beja

Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de

Évora

Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-

talar de Lisboa (H.Júlio de Matos).

Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças

de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva.

Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/

Alergologia Respiratória/Apneia do Sono

Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e

Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar

do Baixo Alentejo

Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital

de Beja

Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia

Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) –

Hospital da Cuf – Infante Santo

Dr. Jorge Araújo – Ecografi as Obstétricas

Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças

do Sangue – Hospital de Beja

Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica –

Hospital de Beja

Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia

da Orta.

Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/

Orientação Vocacional

Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala

Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação

Especial e Reabilitação

Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira

especialista em saúde materna/Cuidados de

enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação

pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-

nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503

Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja

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DE IMAGIOLOGIA

DO BAIXO ALENTEJO

António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma –

Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD,

MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS,

ADMS, MULTICARE,

ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas

e aos sábados, das 8 às 13 horas

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

Telef. 284318490

Tms. 960284030 ou 915529387

ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária,

Osteoarticular, Ecodoppler

TAC – Corpo, Neuroradiologia,

Osteoarticular, Dentalscan

Mamografi a e Ecografi a Mamária

Ortopantomografi a

Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício

Ecografi a | Eco-Doppler Cor | Radiologia DigitalMamografi a Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan

Densitometria Óssea

Nova valência: Colonoscopia Virtual

Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare;SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA;

Humana; Mondial Assistance.

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Marcações:Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339;

Web: www.crb.pt

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja

e-mail: [email protected]

Diário do Alentejo15 fevereiro 2013

necrologia24

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA

Gerência: António Coelho

Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

Serpa

PARTICIPAÇÃO

É com pesar que participa-

mos o falecimento da Sra. D.

ANICETE DA CONCEIÇÃO

PELICA, ocorrido no dia

07/02/2013, viúva, de 87

anos, natural de Brinches. O

funeral a cargo desta agência

realizou-se no dia 08/02/2013,

pelas 12 horas, da Igreja do

Lar de São Francisco, Serpa,

para o Crematório de Ferreira

do Alentejo.

Apresentamos à família as

cordiais condolências.

Serpa

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

António Francisco

Canhita

Filhos, netos e restante famí-

lia cumprem o doloroso dever

de participar o falecimento do

seu ente querido ocorrido no

dia 31/01/2013 e, na impos-

sibilidade de o fazerem indi-

vidualmente, vêm por este

meio agradecer a todas as

pessoas que o acompanha-

ram à sua última morada ou

que de outra forma manifes-

taram o seu pesar.

MISSA

Ester Rebelo

Bettencourt Coelho7.º Ano de Eterna Saudade

A família participa a todas as

pessoas de suas relações e

amizade que será celebrada

missa por alma da sua ente

querida no dia 18/02/2013,

segunda-feira, pelas 18 e 30

horas, na Igreja da Sé, em Beja,

agradecendo desde já a todos

os que se dignarem assistir ao

piedoso ato.

Santana de Cambas

– Mértola

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

António Peres

GomesN. 09-09-1941

F. 05-02-2013

Esposa, filho, nora e netos

cumprem o doloroso dever de

participar o falecimento do seu

ente querido.

Agradecem ao pessoal do

Hospital de Beja e do Hospital

de Serpa todo o apoio e carinho

prestados durante o seu inter-

namento, bem como a todos

o que o acompanharam até à

sua última morada. Um agra-

decimento especial ao povo de

Santana de Cambas.

MISSA

António Francisco

Carapinha1.º Ano de Eterna Saudade

A família participa a todas as

pessoas de suas relações e

amizade que será celebrada

missa pelo eterno descanso

do seu ente querido no dia

18/02/2013, segunda-feira, às

18 e 30 horas, na Igreja da Sé,

em Beja, agradecendo desde

já a todos os que se dignarem

comparecer.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor ANTÓNIO DA SILVA CARVALHO, de 90 anos, natural de Barrô - Resende, casado com a Exma. Sra. D. Arminda Magna do Carmo Tomé. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA DAS CANDEIAS SALES BAIÃO, de 86 anos, natural de Peroguarda - Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA ESPERANÇA RAIMUNDO, de 90 anos, natural de Entradas - Castro Verde, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor ANTÓNIO CUSTÓDIO ENGROSSA ROSA, de 53 anos, natural de Salvador - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

SALVADA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA JOAQUINA REVEZ, de 81 anos, natural de Salvada - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.

ALBERNÔA / CORTE DO GAFO

†. Faleceu o Exmo. Senhor MATIAS ANTÓNIO DA SILVA, de 70 anos, natural de Mértola - Mértola, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, de Casa Mortuária de Albernôa, para o cemitério de Corte do Gafo - Mértola.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA SALOMÉ DE CAMPOS TEIXEIRA DE SAMPAIO NOLASCO DA SILVA, de 75 anos, natural de Santa Isabel - Lisboa, casada com o Exmo. Sr. Manuel de Campos Nolasco da Silva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ANA TERESA CARVALHO, de 93 anos, natural de Avis - Avis, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

SANTA CLARA DE

LOUREDO

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOÃO VENÂNCIO MARUJO, de 81 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Luísa Bernardo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA FELICIDADE JACINTA, de 68 anos, natural de São Martinho das Amoreiras - Odemira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras

condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt ou siga-nos em www.facebook.com/funepaxjulia

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

www.funerariapaxjulia.pt E-mail: [email protected]

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

ASSINATURA

Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail [email protected]

Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail [email protected]

Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo:

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Assinatura Semestral (26 edições): País: 19,08 € Estrangeiro: 20,21 €

Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________

Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________

Morada ______________________________________________________________________________

Localidade ___________________________________________________________________________

Código Postal ________________________________________________________________________

Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________

Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral

CAMPAS E JAZIGOS

DECORAÇÃO

Rua de Lisboa, 35 / 37 Beja | Estrada do Bairro

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Diário do Alentejo15 fevereiro 2013

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BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado

no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou supe-

riores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abasteci-

mento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com ou-

tras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-

tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos

em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados

com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma

responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda,

roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou

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Diário do Alentejo n.º 1608 de 15/02/2013 Única Publicação

CENTRO DE APOIO A IDOSOS DE MOREANES

CONVOCATÓRIANos termos do artigo 29 alínea a) dos Estatutos,

CONVOCO

Os associados do Centro de Apoio a Idosos de

Moreanes, para a Assembleia Geral Extraordinária, a

realizar no dia 9 de Março de 2013, pelas 15 horas na

Sede Social, em Moreanes, com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

Ponto único: Eleição dos Corpos Gerentes para o

triénio 2013/2015

Chama-se à atenção do preceituado no art.º 9.º dos

Estatutos, que refere ser direito dos sócios “eleger e ser

eleito para os cargos sociais” e tendo em conta que no

presente ano 2013 se inicia um novo triénio para o qual

será necessário proceder à eleição dos novos corpos

gerentes para dirigirem o Centro Apoio a Idosos de

Moreanes, convidamo-los a apresentar as vossas listas

de candidatos aos Órgãos Sociais, as quais devem ser

compostas por 11 elementos efetivos e 11 suplentes,

assim como os respetivos termos de aceitação de can-

didatura, a fi m de serem identifi cadas, até ao dia 7 de

Março pelas 17 horas na secretaria da Instituição.

Nota: Se à hora marcada não estiver presente a

maioria dos associados, a Assembleia funcionará uma

hora depois com o número de sócios presentes, con-

forme o n.º 2 do artigo 31.º dos Estatutos.

Moreanes, 11 de Fevereiro 2013.

O Presidente da Assembleia Geral

Assinatura ilegível

Diário do Alentejo n.º 1608 de 15/02/2013 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE CUBA

LIQUIDAÇÃO DO ACTIVO

Secção Única | Processo 154/12.3TBCUB – Insolvência de

Pessoa Singular (Apresentação)

Insolventes: Álvaro de Jesus Baião e Maria da Luz Apolónia

Baião

Administrador da Insolvência: António José de Azevedo

Coutinho

Faz-se saber pelo Administrador da Insolvência, no processo

acima referenciado, de Álvaro de Jesus Baião e Maria da Luz

Apolónia Baião, a correr seus termos no Tribunal Judicial de Cuba,

Secção Única, foi ordenada a liquidação do activo por Negociação

Particular com recurso a propostas em carta fechada, a serem

remetidas até ao dia 27 de Fevereiro de 2013.

São estabelecidas as condições abaixo indicadas referentes

à liquidação do activo imóvel da massa insolvente:

1. Venda Judicial, mediante a apresentação de propostas em

subscrito fechado, cuja abertura se efectuará no escritório do

Administrador da Insolvência;

2. Valor base; 63.600,00€;

3. Para mostra do imóvel ou outras informações contactar o

Administrador de Insolvência através dos contactos: Telefone: 245

203 550 E-mail: [email protected];

4. As propostas deverão ser remetidas via postal para o Admi-

nistrador de Insolvência, Dr. António José de Azevedo Coutinho,

Rua Oliveira Tavares, 2, 7300-126 Portalegre;

5. A abertura dos subscritos e a leitura das propostas serão

efectuadas no dia 28 de Fevereiro de 2013, pelas 14:00 horas,

no escritório do Administrador da Insolvência, sito na Avenida do

Brasil, nº1, 1ºesquerdo, 7300 – 068 Portalegre, podendo os inte-

ressados estarem presentes na abertura das propostas;

6. O subscrito deverá mencionar o nome, o endereço completo

e o número da identifi cação fi scal do proponente, assim como a

frase «CONTÉM PROPOSTA PARA O PIRE Nº 154/12.3TBCUB,

da massa insolvente de Álvaro Baião e Maria Apolónia Baião».

7. A proposta deverá indicar o nome, o endereço completo e

o número da identifi cação fi scal do proponente, a identifi cação do

processo, bem como indicar claramente a que se propõe;

8. Nos termos do nº1 do art. 897 do CPC, deverão os ofertan-

tes, juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado e/ou

bancário, à ordem de Massa Insolvente de Álvaro Baião e Maria

Apolónia Baião, no montante correspondente a 20% do valor base

de venda dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor.

9. O bem será vendido no estado em que se encontra e tal

como está descrito no auto de apreensão;

10. O Administrador da Insolvência e credores, reservam-se

a faculdade de não aceitar ou rejeitar quaisquer propostas que

considerem não se adequar aos interesses da massa insolvente;

11. O proponente cuja proposta for aceite, será notifi cado

para que no prazo máximo de quinze dias, a contar da data da

notifi cação, pagar a totalidade do valor da adjudicação dos bens;

12. Nesse prazo deverão ser liquidados, pelo adjudicatário, os

impostos que sejam devidos;

O Administrador de Insolvência,

António José de Azevedo Coutinho

Diário do Alentejo n.º 1608 de 15/02/2013 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS

DO ARDILA E ENXOÉ

CONVOCATÓRIA

DA ASSEMBLEIA GERAL

Conforme o disposto no art.° 9° dos Estatutos

desta Associação, convoco os associados, no pleno

gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia

Geral em sessão ordinária, no dia 07 de Março de

2013, nas instalações da Caixa Agrícola do Guadiana

Interior, agência de Serpa, pelas 16.30 horas, com a

seguinte ordem de trabalhos:

1. Apreciação e aprovação do relatório e contas

de gerência do ano de 2012

2. Outros Assuntos de interesse para a assem-

bleia

Se à hora marcada não estiverem presentes mais

de metade dos Associados, a Assembleia reunirá

meia hora depois, com qualquer número de sócios

presentes.

Serpa, 14 de Fevereiro de 2013.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

Pedro Manuel Rocha Líbano Monteiro

Diá

rio d

o A

lent

ejo

15 fe

vere

iro 2

013

26 A Câmara de Beja integrou, no início deste mês, quatro beneficiários

de subsídio de desemprego e cinco do Rendimento Social de Inserção

(RSI), que vão colaborar em vários serviços da autarquia por um

período máximo de um ano. A integração dos trabalhadores, no início

deste mês, foi feita no seguimento das candidaturas apresentadas pela

autarquia ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)

para integrar beneficiários do subsídio de desemprego e do RSI.

Câmara de Beja integra beneficiários

de subsídio de desemprego

e rendimento social

Nova oferta a pensar nas empresas

Vila Galé e Montepio unidos por um produto inovador

A pensar na satisfação dos seus clientes, o Vila Galé acaba de lançar um produto inovador, o cartão Vila Galé Top Empresas. Um cartão mag-nético, pré-carregado que, para além das inúmeras vantagens que oferece ao cliente, garante à partida 20 por cento de desconto sobre a tarifa de alojamento.

Publireportagem Sandra Sanches

Para além dos quartos, das piscinas exteriores, dos campos de ténis e da decoração que apresenta, própria do

meio em que se insere, a unidade dispõe de um clube de saúde – espaço dedicado ao bem-estar, com jacuzzi, piscina inte-rior aquecida, banhos turcos, ginásio, tra-tamentos e massagens, em que se destaca a vinoterapia para um relaxamento total.

Outro dos pontos marcantes do ho-tel Vila Galé é o restaurante Pavilhão de Caça, onde reina a típica gastronomia da região de Beja e do Baixo Alentejo, com pratos de caça como feijoada de co-elho. Apostando também em atividades de animação turística disponibilizadas

pela empresa parceira, a Emotion, a uni-dade visa, essencialmente, o contato com o meio rural e a tradição alentejana, pelo que se “diferencia entre as demais unida-des hoteleiras”.

A unidade tem para oferecer aos turis-tas jeep-safari, passeios pedestres, mini golfe, picadeiro/tentadeiro, passeios a cavalo, tiro aos pratos, BTT com ou sem GPS, moto 4, rappel, paintball, pesca, jo-gos tradicionais portugueses e equitação. Como não poderia deixar de ser, uma ou-tra atividade disponível é a visita à adega e à cave Santa Vitória com prova de vi-nhos incluída.

E porque no Vila Galé reina a palavra inovação, os responsáveis reajustaram um dos produtos que disponibilizam desde 2010 numa parceria com o Montepio. Começou por ser o cartão Top Empresas, pré-carregado com pontos que poderiam ser rebatidos por estadias. Atualmente os pontos foram substituídos pela van-tagem principal do desconto de 20 por cento sobre o alojamento. Um cartão pen-sado nas vantagens acrescidas, sobretudo para as empresas, pelas diversas necessi-dades de deslocação que têm. É um cartão

magnético pré-carregado com 1 000 euros, garantindo um desconto de 20 por cento sobre a tarifa de alojamento em qualquer hotel Vila Galé em Portugal, com validade de um ano. Adicionalmente o cartão ofe-rece 10 por cento de desconto nos produ-tos dos restaurantes, bares, SPA e clubes de saúde dos hotéis, oferecendo ainda o Vila Galé, no momento da compra, três vou-chers, bem como dois cocktails no bar, uma refeição para duas pessoas sem bebidas ou 20 euros de desconto em serviços SPA.

Questionados quanto às mais-va-lias que o cliente pode obter na aquisi-ção do cartão, os responsáveis afirmam: “Garantia do preço mais vantajoso em qualquer hotel Vila Galé e a não existência de limite de utilizadores por empresa”.

Se já existia uma recetividade bas-tante positiva por parte dos clientes, atu-almente, com a mudança da mecânica dos pontos para o desconto imediato sobre o alojamento, juntamente com a divulga-ção que o Montepio proporciona, a uni-dade refere que o feedback é notório, fator esse que faz superar a longo prazo o inves-timento inicial aplicado por parte do ho-tel Vila Galé.

Herdade das Servas celebra aniversário com visitas gratuitasA família Serrano Mira celebra hoje,

sexta-feira, o 14.º aniversário do projeto

herdade das Servas, em Estremoz. E por-

que a vertente do enoturismo foi desde

sempre uma aposta deste produtor, o

evento é assinalado com um dia de “portas

abertas”, em que as “visitas à adega e cave

de envelhecimento e as provas de excelên-

cia” vão ser gratuitas. Os interessados em

visitar a adega e respetiva cave da herdade

das Servas, deverão, se possível, fazer a

marcação prévia das visitas, que se reali-

zarão entre as 9 e as 12 horas e as 14 e as

17 horas.

IPBeja promove Caderno Escolar EletrónicoO Instituto Politécnico de Beja (IPBeja)

apresenta a primeira versão do Caderno

Escolar Eletrónico, um projeto concebido

pelo laboratório de Sistemas de Informa-

ção e Interatividade da Escola Superior

de Tecnologia e Gestão do IPBeja, com o

apoio da Fundação Calouste Gulbenkian

através do programa Educação Especial

2011. O Caderno Escolar Eletrónico (CE-e)

é uma aplicação informática dirigida “a

alunos com necessidades especiais, inte-

grados no ensino regular, que apresentam

dificuldades na utilização de um caderno

escolar de papel, devido a problemas de

ordem sensorial, cognitiva ou motora”.

Esta ferramenta permite a qualquer aluno

utilizar um computador portátil para rea-

lizar cópias, ditados, fichas de trabalho e

tirar apontamentos, tal como sucede com

os cadernos escolares de papel. A equipa

do Caderno Escolar Eletrónico espera,

com esta aplicação, “contribuir para uma

melhor integração dos alunos especiais

nas escolas”.

Delta Cafés renova embalagem “Lote chávena”A Delta Cafés lançou recentemente no

mercado uma nova embalagem do “Lote

chávena”, um dos mais emblemáticos

lotes da Delta, que mantém todas as ca-

racterísticas únicas do café, bem como

o mesmo sabor e o aroma de um bom

café Delta. A nova embalagem exclusiva

torna-se mais moderna e funcional, de-

vido ao novo sistema de abertura fácil,

com fecho zip “para que não perca tempo

a chegar ao que mais gosta”. O novo

“Lote chávena” surge no seguimento da

implementação da nova imagem global

da Delta Cafés em toda a gama, estando

já disponível em todos os canais de dis-

tribuição, nos diferentes formatos: 250

gramas grão, moagem máquina e moa-

gem saco.

Empresas

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27A Biblioteca Municipal José Saramago de Odemira tem patente ao público a exposição de banda

desenhada “Cinzas da Revolta”, que faz parte do álbum com o mesmo título. O argumento é

da autoria do jovem Miguel Peres e os desenhos são de Jhion (João Amaral), um dos autores

portugueses que melhor faz a ponte entre os autores clássicos e a atualidade da BD nacional.

“Cinzas da Revolta” é uma história sobre a guerra colonial, tema nunca antes retratado em BD.

“Cinzas da Revolta”

em exposição em Odemira

À solta Agora que o Carnaval ficou para trás va-mos começar a publicar algu-mas ideias para decorares a nova época que aí vem.

A páginas tantas... Papá, por favor, apanha-me a lua, não sendo um livro recente, é, sem dúvida, um livro de refe-rência. Editado pela Kalandraka em 2010, este livro de Eric Carle nasce de uma narrativa à volta das fases da lua.A lua surge como um brinquedo da protagonista, Mónica, que an-tes de se deitar olha pela janela e vê-a ali, tão perto. Tão perto que quer brincar com ela. Estica-se. Mas por mais que se esticasse não consegue tocar-lhe.Ao longo das páginas de forma-tos diferentes vamos assistindo a um pai que fará tudo para sa-tisfazer o desejo da filha. Um li-vro que pela sua forma enquanto construção gráfica propõe ao leitor efeitos curiosos de escala, perspetiva. Um livro que cresce na altura, na largura, transfor-mando a leitura um jogo.

Dica da semanaPara a dica desta semana escolhemos o trabalho e o blogue da artista e faze-dora de bonecos, que as-sina com o nome Mano-mine. De uma minúcia ex-traordinária, muitos destes bonecos não excedem os 12 centímetros. Mais do que palavras as imagens falam por si. Um mundo onde as pequenas coisas crescem. http://manomine.net/

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Boa vida

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ComerBifes de vaca de cebolada com batata cozida e salsaIngredientes para 4 pessoas:800 gr. de bifes do pojadouro; 4 cebolas médias;4 dentes de alho;100 gr. de banha de porco;1 folha de louro;150 gr. de toucinho de porco salgado;2 dl. de vinho branco alentejano;q.b. de colorau;q.b. de sal grosso;q.b. de pimenta branca moída;q.b. de vinagre de vinho branco;q.b. de água;600 gr. de batata cozida.

Confeção:Peça ao seu talhante para lhe cortar os bifes (ninguém corta carne tão bem como eles).Num tacho coloque cebolas cortadas as rodelas, alhos pica-dos, banha, cubos de toucinho, vinho, colorau, pimenta, louro e um pouco de sal. Leve ao lume e deixe cozinhar por cinco mi-nutos. De seguida junte os bifes e um pouco de água. Deixe co-zinhar lentamente até os bifes ficarem macios. No final bor-rife com um pouco de vinagre e sirva com batata cozida cortada às rodelas. Polvilhe tudo com salsa picada.Bom apetite…

Nota: Cuidado com o sal, visto que o toucinho já contém.Pode substituir o toucinho sal-gado por bacon, presunto ou paio.Pode utilizar na receita outro tipo de carne que não fique rija

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

ToirosGranja recebeu festival taurino

Integrado nas Festas em Honra de São Brás, realizou-se no passado sábado, dia 9, na praça de toiros de Granja (Mourão), um fes-

tival taurino que contou com uma considerável presença de público, pois, apesar do frio que se fazia sentir, os aficionados não se intimidaram e foram “matar a fome” de toiros.

Foram lidados exemplares das ganadarias de Varela Crujo e de Silva Herculano, de compor-tamento variado, a destacar a nobreza do pri-meiro Varela Crujo, a casta e raça do primeiro Silva Herculano e a bravura do último da tarde, um Crujo, o mais terciado dos seis.

Joaquim Bastinhas esteve no seu plano ha-bitual, com ferros colocados ao estribo, andou alegre e comunicativo com o público que lhe “exigiu” no final o tradicional par de bandari-lhas, ao qual ele respondeu com uma execução perfeita.

Francisco Cortes cravou a ferragem da or-dem de forma correcta; Pedro Salvador me-lhorou nos curtos, com o seu toureio tremen-dista, deixa ferros vistosos e chega ao público; Joana Andrade andou desembaraçada; Gonçalo Fernandes teve pela frente um “Herculano” di-fícil que pedia que os terrenos lhe fossem pi-sados de outra forma, ainda assim pode consi-dera-se que teve uma actuação positiva. Andreia Oliveira prestou nesta tarde prova da cavaleira praticante, a qual superou. Tentou sempre agra-dar os presentes, foi buscar o “Varela Crujo” à porta dos sustos, parou-o com eficácia e cravou um primeiro comprido de forma correcta, já nos curtos precipitou-se de início, mas depois, com mais calma, aproveitou a nobreza do oponente deixando bom ambiente na Granja.

No capítulo das pegas, quando se fizeram as coisas bem os toiros não causaram dificuldades de maior.

Nas pegas, pelo Grupo de Cascais foram so-listas Paulo Loução e Ventura Doroteia, ambos à primeira tentativa, com destaque para o se-gundo que fez, na opinião de muitos, a pega da tarde.

Pelos Forcados de Redondo, que tiveram me-nos sorte no sorteio, pegaram Rui Grilo à quarta tentativa e João Madeira à segunda tentativa.

Pelo Grupo da Póvoa de São Miguel foram caras Marco Ramalho e Tiago Clérigo, ambos à primeira tentativa.

Dirigiu a corrida de forma correcta o sr. Agostinho Borges, assessorado pelo médico ve-terinário, dr. Carlos Santana.

Vítor Morais Besugo

JazzMónica de Nut Trio

A galega Mónica de Nut (n. 1976, Vigo) é aquilo a que podemos cha-mar uma “artista total”. Canta

ópera, jazz, música tradicional. Faz tea-tro e performance. E gosta de experimen-tar, de arriscar. Formada em Canto Lírico pela Escola Superior de Canto de Madrid e em jazz, improvisação e canto tradicio-nal pela escola Estudio de Compostela e pelo Seminário Permanente de Jazz de Pontevedra, tem desenvolvido a sua ativi-dade em diversos domínios, cruzando lin-guagens e modos de criar. Depois de atuar em diversas salas e festivais (com desta-que para o Festival de Jazz de Mariñas na Corunha e o Imaxinasóns em Vigo), apre-sentou em finais de 2011 o primeiro disco do seu trio (formado há cerca de quatro anos), pela mão da também galega Free Code Jazz Records. Esta formação deriva de um projeto em duo chamado Litanei, no qual Mónica e o virtuoso baixista Paco Dicenta (responsável também pela pro-dução e arranjos) já procuravam fundir o jazz com outros elementos, sempre com recurso a suportes tecnológicos e efeitos. Junta-se-lhes agora também o guitarrista Virxilio da Silva. O repertório do trio mes-cla a linguagem do jazz com outros domí-nios musicais, as atmosferas eletrónicas com os instrumentos acústicos, a moder-nidade com o saber ancestral. Trilhando estes caminhos há sempre o perigo de se soar a um new age datado, mas a prova é genericamente superada. No centro está a voz cristalina e sedutora de Mónica, que paira sobre as bases eletrónicas com forte travo a uma certa pop elegante. Há por aqui também uma atenção muito espe-cial às palavras: os textos são maioritaria-mente da autoria do poeta Manuel Cuña Novas. Ecos do folclore galego são escu-tados em temas como “Eu Chore” e “Por que Non Hei de Cantare”. “Como Deita o Tempo” chega mesmo a trazer à memória o trabalho desenvolvido por Amélia Muge. Muito diferente é o curiosamente intitu-lado “Habiamonos de Felicitar pola Nosa Resistencia”, ruidosamente urbano. O lado mais experimental do seu trabalho fica pa-tente em “Voz Sóa”, com um interessante processamento eletrónico da voz. “Music For A While” reinventa a obra de Henry Purcell, com Mónica a exibir os seus am-plos dotes vocais sem recurso a malaba-rismos desnecessários. Já a morna leitura de “My Funny Valentine” não acrescenta grande coisa ao velho standard de 1937 da dupla Richard Rodgers e Lorenz Hart. Um disco que se ouve descontraidamente, sem grandes sobressaltos.

António Branco

Mónica de Nut (voz, loop, efeitos), Paco Dicenta (baixo elétrico sem trastos, eletrónicas, percussões e efeitos) e Virxilioda Silva (guitarra, loop, efeitos).Editora: Free Code Jazz RecordsAno: 2011

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Beja apela aos cidadãos que na declaração de IRS, aquando

do preenchimento, se doe a esta instituição 0,5 por cento do

seu imposto, uma vez que os bombeiros lutam diariamente

com dificuldades financeiras. Para tal, segundo a associação,

“basta preencher no anexo H, quadro 9, campo 901,

colocando um x e escrevendo o número 501 072 357”.

Bombeiros de Beja apelam

a doação de imposto

No centro está a voz cristalina e sedutora de Mónica, que paira sobre as bases eletrónicas com forte travo a uma certa pop elegante. Há por aqui também uma atenção muito especial às palavras: os textos são maioritariamente da autoria do poeta Manuel Cuña Novas. Ecos do folclore galego são escutados em temas como “Eu Chore” e “Por que Non Hei de Cantare”.

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Mantendo uma tradição que se ini-ciou há já 30 anos, os Correios, durante o ano passado, enrique-

ceram a sua coleção com a editação de mais seis livros.

Como é habitual, nas edições dos livros dos Correios, todos eles contém os selos, blo-cos, ou folhas miniatura, já emitidos, sobre o tema que dá o nome ao livro.

Grosso modo, os li-vros pertencem a dois grupos: o Portugal em Selos e os Temáticos. Os primeiros incluem no seu interior todos os se-los emitidos no ano a que respeitam; os outros apre-sentam apenas os selos do tema a que respeitam.

A aquisição do Portugal em Selos tor-nou-se hoje uma forma fa-cilitada e, não mais one-rosa, de colecionar todos os selos que os Correios emitem ao longo do ano, pois ele comporta, como atrás se escreveu, todos os selos, blocos, ou folhas mi-niatura, que os Correios emitiram ao longo do ano. O cliente, ao adquiri-lo, só paga os selos que o livro contém. O livro, propria-mente dito, é gratuito.

Em jeito de “Cartas aos Jovens”, “Cartas aos Artistas”, “Cartas aos Sábios” e “Cartas aos Turistas”, o autor, Jorge Martins, apresenta o que somos e ilustra o texto com a inclusão dos selos emitidos ao longo de 2012.

Francisco de Lacerda, presidente do con-selho de administração dos Correios, escre-veu o prefácio que transcrevemos. Diz-nos ele: “Em 1983, os Correios portugueses fize-ram nascer o primeiro Portugal em Selos, li-vro que reuniu as 15 emissões que, nesse ano, evocaram efemérides que marcaram a his-tória do nosso país, comemoraram cultura e património, celebraram a natureza e incen-tivaram o desenvolvimento. Obra pioneira, esta foi mais uma aposta ganha, um projeto

que alcançou grande sucesso entre os cole-cionadores que, pese embora a inovação e a qualidade a que a filatelia os vinha habitu-ando, não deixaram de se surpreender com uma edição de grande valor.

Após 30 anos, este vetusto, mas sempre fresco álbum, ganhou o seu lugar no plano editorial e não mais deixou de ser publicado,

sempre acolhido com en-tusiasmo, tanto pelos fi-latelistas, que sempre nos têm seguido, como por aqueles que só mais re-centemente se dedicam ao prazer de colecionar episódios da nossa his-tória, emoldurados em pequenos retângulos de papel. Nada do que mais importante aconteceu em Portugal e no mundo deixou de ser registado em selo.

Com o lançamento deste trigésimo Portugal em Selos, comemora-mos também os 30 anos de atividade editorial dos CTT, já que este livro foi o primeiro de muitos e abriu caminho à edi-ção de mais de 130 títu-los, sempre escritos pela mão de especialistas nas mais diversas áreas.

O Portugal em Selos é um registo e uma justa homenagem aos selos que, cada ano, correm o mundo, divulgando o passado e o presente, evocando acontecimentos de relevância nacional ou de projeção interna-cional. Homenagem igualmente a muitos artis-tas que lhe dão o colorido e a alma, àqueles que, nos Correios, se empenham em torná-los vivos e dar-lhes voz e, ainda, aos filatelistas dedica-dos que os acolhem na sua coleção, não como mais uma peça, mas como um tesouro, ávidos de descobrir um pouco mais de Portugal e do mundo”.

Qualquer destes livros pode ser adquirido através de conta corrente ou em qualquer bal-cão dos Correios.

Geada de Sousa

FilateliaLivros dos correios de 2012

g Carneiro – (21/3 - 20/4)

Canalize o seu magnetismo, um importante reen-

contro amoroso pode acontecer. Porém, vai sentir-

-se zangado com o mundo e fará uma autocrítica

demolidora. Terá de escolher e tomar uma decisão.

A família estará pouco disponível e é provável que

se aborreça com um amigo. Faça compras, apai-

xone-se pelos acessórios glamorosos da estação.

hTouro – (21/4 – 21/5)

Porque é um lutador, precisará de reforçar as ener-

gias pois vai sentir-se um pouco desanimado. Este

estado de espírito mudará radicalmente, influen-

ciado pelas surpresas agradáveis que o amor lhe

pode trazer. Reveja os compromissos financeiros e

não corra riscos. Desfrute dos prazeres do lar, leia,

ouça música, namore e cuide de si, mas imponha ri-

gor e disciplina aos seus hábitos.

iGémeos – (21/5 – 21/6)

Toda a atividade da semana será influenciada pela

busca de harmonia e paz interior. Com alguma de-

terminação e empenho, passará a rejeitar a pers-

petiva fantasiosa que tem de certas situações

que afetam o seu quotidiano. Mantenha-se firme

neste propósito. Quanto ao seu amor, clarifique

e pondere os factos e estabeleça objetivos con-

cretos face ao futuro. Finanças em contenção.

Precauções com o sistema imunitário.

jCaranguejo – (22/6 – 22/7)

Será uma semana de muita alegria e harmonia in-

terior, que deve tentar preservar, pois enfrentará

alguns problemas familiares. No amor, tome as ré-

deas da relação, imponha regras, tome iniciativas

e a insegurança dissipar-se-á. Medite, a instros-

peção vai ajudá-lo em questões afetivas e mate-

riais. A sua saúde estará numa fase positiva.

kLeão – (23/7 – 23/8)

Planos para uma nova postura perante a vida,

adicionados à tomada de uma decisão na rela-

ção sentimental, tornam a sua semana especial.

Profissionalmente encare a possibilidade de con-

siderar uma mudança que já previa, mas peça ga-

rantias no aspeto financeiro. As fases mais difíceis

do amor antecedem as mais prazenteiras. A ar-

rogância pode ser prejudicial quando precisar de

ajuda para ultrapassar obstáculos junto da alma

gémea. Mude de atitude.

lVirgem – (24/8 – 23/9)

Continurá obstinado pela profissão. A sua paixão

pelo conhecimento profundo de tudo o que o rodeia

fazem-no um especialista na instrospeção. Seja

paciente. Vai conseguir equilibrar as suas finan-

ças. O que de novo lhe surgir em termos amorosos

pode ser efémero. Procure não tomar grandes de-

cisões. As viagens curtas estão protegidas.

aBalança – (24/9 – 23/10)

Em estado de graça, motivado por uma fé e uma

esperança excecionais, conseguirá realizar a sua

força interior. A inspiração para agir a um nível ele-

vado de valores permitirá receber algumas res-

postas e saber exatamente o caminho a seguir. O

aspeto profissional acompanhará esta tendên-

cia, com mudanças para evoluir e consolidar-se

com rigor orçamental. Propensão para acidentes

domésticos.

bEscorpião – (24/10 – 22/11)

Os aspetos do coração criar-lhe-ão grandes ex-

pectativas. Descontraia e aproveite uma das suas

melhores fases para namorar. A sua energia in-

tensa e sedutora será uma aliada de peso. Passe

mais tempo com a família. No trabalho, pode en-

frentar um período difícil, procure solucionar as

questões com tranquilidade e aconselhe-se. Faça

caminhadas ou outro tipo de exercício físico.

cSagitário – (23/11 – 21/12)

A sua capacidade de análise e organização estará

enfatizada. Canalizá-la para a sua relação amo-

rosa será uma boa opção. A harmonia será uma

aliada nesta fase de alguma tensão profissional e

vai permitir-lhe descontrair para poder encontrar

as soluções adequadas. Se tiver de tomar deci-

sões, faça-o sem emoções. A sua saúde não o deve

preocupar.

dCapricórnio – (22/12 – 20/01)

Acredite na sorte no amor e deixe-o acontecer na

sua vida. Use de determinação e perseverança.

Continue com firmeza na designação de regras

para os que colaboram consigo. Não ceda a pres-

sões nem vacile quando notar contestações. Vigie

o sistema nervoso. As suas economias atravessam

uma fase crescente.

eAquário – (21/1 – 19/2)

Defenda as suas crenças acima de tudo, em detri-

mento de opiniões terceiras pouco fiáveis.Limite a

intervenção exterior mal intencionada, mantenha

os seus princípios éticos. Dificuldades de diálogo

no seio familiar. Um novo cenário na conjuntura

obrigará a mudanças sérias a nível profissional que

deverão ser tomadas com toda a precaução. Este

aspeto pode deixá-lo tenso e afetá-lo fisicamente.

fPeixes – (20/2 – 20/3)

Implacável, rompe definitivamente com o passado.

Decidido a vencer todos os obstáculos, encetará

uma nova fase da sua vida com atitude e autocon-

fiança. Transparente e seletivo, concentre-se no

essencial para defrontar o que for inevitável. A ca-

pacidade de autocrítica trará compensações no

foro afetivo. Tensão no ambiente familiar. Faça um

programa de relaxamento. Rigor e contenção nas

despesas.

Características dos nativos de Peixes (19 de fevereiro a 20 de março)

Tendem a existir de forma emocional e instintiva. São sonhadores, pacientes e amáveis, mas dificilmente

tomam iniciativas para resolver os seus problemas. Sensíveis ao sofrimento dos outros. Dedicam-se a

atividades solidárias com empenho e dão sempre mais do que recebem.

Ana Maria Batista – Beja

Taróloga – Método Maya

Gabinete aberto (Jardim do Bacalhau)Contacto para marcação de consultas: 968117086

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História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é mi-nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

Prossegue este fim de semana, no Auditório Municipal de Portel,

o colóquio internacional “De súbditos a cidadãos – A guerra

civil no Sul na época contemporânea”. O encontro, que arrancou

ontem, quinta-feira, fechando o ciclo de colóquios integrados nas

comemorações dos 750 anos da fundação do castelo e do primeiro

foral da vila, pretende “discutir o conflito político, civil, religioso e

militar que, na primeira metade do século XIX, mediou a passagem

do Antigo Regime para o Liberalismo no Sul de Portugal”, explica

a câmara local, organizadora do evento. Hoje ainda, pelas 10 horas,

está prevista uma visita guiada a Vera Cruz e da parte da tarde

formam-se dois painéis de discussão. À noite há teatro, a partir das

21 e 30 horas, pelo Grupo de Teatro da Universidade Túlio Espanca

(polo de Portel). O colóquio termina no sábado, pelas 17 e 30 horas,

com uma homenagem a Maria de Fátima Sá e Melo Ferreira.

Guerra Civil no Sul

lembrada em Portel

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Fim de semana

Beja celebra fevereiro como Mês do Amor, uma programação que teve ontem, quinta-feira, Dia dos Namorados, o seu

ponto alto mas que prosseguirá no fim de se-mana com outras propostas amorosas. Para já, para adoçar até os corações mais empeder-nidos, prossegue até domingo, 17, na praça da República, a Feira do Chocolate, uma oferta de 25 bancas da especialidade, cinco delas de em-presários locais. O certame promete também animação diária de bombos que convidam a população a visitar e a provar as guloseimas. Hoje mesmo, os alunos de Animação da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça farão as de-lícias dos mais novos com pinturas faciais, ba-lões e outras animações e, na tarde de amanhã, a Tuna de Beja também fará uma atuação.

Mas há propostas menos calóricas para ce-lebrar o doce estado de enamoramento. O ciclo

Passeios de Beja criou um percurso especial em torno dos “lugares românticos” da cidade e con-vida a população a juntar-se, pelas 15 horas de amanhã, no largo do Lidador, junto ao castelo. Cristina Taquelim e António Barahona são os guias de serviço num regresso às gentes, lugares e literatura daquele tempo em que “namorar era uma arte de fazer entendimentos : (...) entendi-mentos por trejeitos, por acenos, por suspiros, piscações de olho, por sinais de chapéu de lenço e leque, mordeduras de beiço e pela mais viva e eloquente cortesia: o pigarro”, como dizia Júlio Dantas. E para além de descobrir como e onde se namorava na Beja antiga, há também, no do-mingo, bem cedinho, a atividade de observação de aves, com o título sugestivo de “Ficar a ver passarinhos verdes”, que levará os mais aventu-reiros até à barragem do Pisão. O ponto de en-contro é às 8 e 30 horas, na piscina coberta.

Feira decorre até domingo, 17, no âmbito do Mês do Amor

Chocolate adoça corações em Beja

Comédia no Pax Julia“A curva da felicidade” vai

passar por Beja amanhã,

sábado, para um serão de

teatro no Pax Julia, que se prevê

bem disposto. A comédia, de

Eduardo Galàn e Pedro Gomez,

encenada por Celso Cleto,

tem como protagonistas os

atores João de Carvalho, Luís

Aleluia, Luís Mascarenhas e

Vítor Espadinha, no papel de

quatro homens que tentam

resistir à crise da idade e que

procuram desesperadamente

um apartamento para

viverem. A peça sobe ao palco

pelas 21 e 30 horas e integra

o Mês do Amor em Beja.

Jovens realizadores exibidos em Serpa Decorre hoje, sexta-feira, no

Cineteatro Municipal de Serpa,

a partir das 21 e 30 horas, uma

mostra de filmes realizados no

âmbito das oficinas de iniciação

ao cinema dirigidas a crianças

e jovens do concelho, numa

organização da associação Os

Filhos de Lumière, em parceria

com a Câmara Municipal de

Serpa e as juntas de freguesias

locais. A mostra, denominada

“10 anos de cinema – Filmes

imaginados e realizados por

crianças e jovens de Serpa”

contempla dois blocos de filmes,

exibindo obras individuais

e coletivas. O primeiro dá

pelo nome de “O primeiro

olhar (2004)” e o segundo

chama-se “Cinema, cem anos

de juventude (2008-2009)” .

“Lado B” no 7Arte CaféA exposição “Lado B”, da

ceramista Vanda Palma,

mantém-se patente no 7Arte

Café, em Castro Verde, até

finais de março, podendo ser

apreciada das oito à meia-noite.

Neste conjunto de trabalhos,

a artista volta ao tema das

mulheres “na sua capacidade

de representar todos os papéis,

em toda a sua genialidade e

banalidade, predisposição

para gerir e suportar todos os

dramas, numa realidade que,

por vezes, se apresenta tão

trágica e irónica que chega a

ser cómica”, revela a autora.

“Papéis pintados” para ver nos Infantes Continua patente, de quarta a sábado, e até dia 2 de março, no espaço bejense Os Infantes, a exposição “Papéis Pintados”, do artista plás-tico Miguel Pires, que vive e trabalha entre Lisboa e Beja. O autor é formado em Design de Cena pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, e licenciado em Educação Visual e Tecnológica pela Escola Superior de Educação de Beja. Leciona pintura desde 2003, no ateliê Casa da Torre, e expõe regularmente em coletivas e individuais. Para visitar a partir das 17 horas.

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Editora lança livros infantis baseados nas “aventuras” dos deputados eleitos pela região

A Editora Vai Ver Se Chove, es-pecializada na publicação de li-vros com temática alentejana, prepara-se para lançar várias co-leções de livros infantis basea-dos nas “aventuras” dos deputa-dos eleitos pelo círculo de Beja. “A ideia surgiu quando acompa-nhávamos as notícias regionais e reparámos no número invulgar de notícias que começavam com as frases «João Ramos questio-nou» ou «Mário Simões visita»” – explicou-nos o seu diretor, Alí-pio Best Seller. – “Isto deu-nos a ideia de lançar uma coleção para os mais pequenos, ao estilo dos livros da Anita, e posso anunciar que já temos vários títulos na ca-lha. Da Coleção João Ramos te-mos «João Ramos questionou o Governo», «João Ramos ques-tionou o Comité Central e o Co-mité não respondeu», «João Ra-mos questionou a Maya» e «João Ramos questionou Vitor Gaspar sobre a descida dos portugueses ao infame Inferno Fiscal». Da Co-leção Mário Simões temos «Má-rio Simões visita a Vidigueira», «Mário Simões visita Porto Pe-les», «Mário Simões visita Branco Malveiro na Gruta Mágica», «Má-rio Simões visita quatro imóveis que não estão em nome dele» e «Mário Simões visita o Centro de Inspeção Automóvel». Também iremos lançar em breve uma co-leção mais do domínio do Fan-tástico/Terror dedicada ao depu-tado do PS que se chamará «Pita Ameixa sofre». Destaque para li-vros como «Pita Ameixa sofre com o estado da região», «Pita Ameixa sofre com a herança so-crática», «Pita Ameixa sofre com calduços de Ana Gomes» e «Pita Ameixa sofre com o ressonar de José Lello no plenário da AR». Es-tamos convencidos de que estas obras serão o maior sucesso da nossa editora depois da “Grande Enciclopédia da Hortelã da Ri-beira”, concluiu.

Inquérito Inquérito: Como é quecelebou o dia de S. Valentim?

EDGAR CORAÇÃO

MOLE, 57 ANOS

Pessoa cujas

sobrancelhas foram

declaradas floresta tropical

Não celebrei. Nunca mais me meto nisso. No ano pas-

sado namorava com uma grande maluca que me

embebedou de tal modo que fiquei inconsciente.

Descontente com a situação, a tipa aproveitou o meu

estado e mandou tatuar uma seta apontada para o

meu rabo com a mensagem “Cuidado ao entrar no

buraco negro”. A partir de agora, namorar, só no

Second Life…

JULIETA ROMÂNTICA

FM, 26 ANOS

Pessoa que está sempre

a arranjar alcunhas fofu-

chas para o namorado

É claro que celebrei! Eu mais o meu “xuxuzinho”! Ele

é tão querido, a minha “queijadinha de requeijão”!

Ofereceu-me uma viagem para a Polinésia Francesa,

se bem que estranhei que tenha sido só de ida… É

um brincalhão, o meu “’morzinho”! Está sempre na

galhofa… A mudar o número do telemóvel, a meter-

-me gás pimenta nos olhos e a dar-me choques com

um taser.. Se eu não o conhecesse, dizia que não me

queria por perto! Só me apetece agarrá-lo e nunca

mais o largar! Ah, como amo o meu “Romeuzinho de

vão de escada”!

BENTO XVI, 85 ANOS

Pessoa que já não vai lá

nem com vitaminas

Celebrar? Eu tenho lá força para alguma coisa! Já não

me mexo… Só saio daqui para o lar e não quero mais

moengas… Já não posso com as homilias, as viagens

e a Aura Miguel a perguntar-me de cinco em cinco

minutos como era privar com João Paulo II... Só quero

é ler as 50 sombras de Grey em paz. Dizem-me que está

cheio de pessoas religiosas que passam a vida a dizer

“Oh, Meu Deus!”.

A cidade de Beja acordou nos últimos dias repleta de cartazes, a anunciar a Feira do Chocolate, que causaram sensação, pois continham diversos erros ortográficos. Todavia, podemos adiantar que es-tes cartazes eram os melhores disponíveis, tendo em conta que a empresa de publicidade sul-core-ana a que foram encomendados, por ser mais barato, traduziu os textos originais com a ferramenta de Satanás designada tradutor do Google. Noutros anúncios, entretanto rejeitados, podiam ler-se mensagens como “Aparessa na Feira do Chocólate, junto ó Muzeu Rejional Rainha Dona Lionor” ou “Vênha há Pheira do Xuculate, na Prassa da Ré Pública. Tom bêm à çalgados!”

CV de FranquelimAlves revela que este comandou ataqueao Quartel de Beja A nomeação de Franquelim Alves, ex-gestor do BPN, para secretário de Es-tado, continua a fazer correr muita tinta. A mais recente causa para a in-dignação dos eleitores e comunicação social é o seu CV, que inclui diver-sas informações duvidosas, entre as quais a de ter sido consultor da Ernst & Young com 16 anos. Mas a “Não confirmo, nem desminto”, que teve acesso ao seu currículo, descobriu outros “factos” ainda mais surpreen-dentes: Franquelim Alves terá comandado o assalto ao quartel de Beja em 1962, fugindo, de seguida, para Espanha, onde viveu disfarçado da artista Sara Montiel. Para além disso, ele terá sido o primeiro empreiteiro do Cas-telo de Mértola, e a ele se devem as descobertas da lâmpada elétrica e da penincilina.

Descobertos restos mortais de Ricardo III: arqueólogos procuram ossadas de Henrique VIII na Costa Alentejana porque “os bifes reformados só querem sol e praia”

Em Inglaterra, foram descobertos os restos mortais de Ricardo III, num parque subterrâ-neo. Este acontecimento marcou o meio aca-démico, e levou a que muitos arqueólogos bri-tânicos procurassem desesperadamente as os-sadas de outros antigos monarcas ingleses não só no Reino Unido, em locais pouco usuais, como nas cozinhas da cadeia McDonald’s ou nas pare-des falsas do castelo de Windsor, mas em vários

locais do mundo… E o Alentejo não é exceção. De facto, uma Investigação “Não confirmo, nem desminto/Duran Duran/Shakespeare” apurou que se iniciaram pesquisas na Costa Alentejana em busca de Henrique VIII. Fonte ligada ao pro-jeto confidenciou-nos o porquê desta decisão: “Pá, toda a gente sabe que os bifes quando se reformam só querem sol e praia, e a Costa Alen-tejana é que está a dar… Aliás, esta tem sido, desde há muito, o destino de eleição da realeza europeia… Aqui já foram avistados o D. Duarte, o Rei dos Frangos de Moscavide e Nico Gaitán, rei das assistências da Superliga. Além disso, to-dos sabemos que Henrique VIII era o Zezé Cama-rinha britânico, e não há sítio melhor para enga-tar estrangeiras.” – declarou.

Beja Cartaz da Feira do Chololate

com erros ortográficos

realizado com a assistência

do tradutor do Google

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O céu deverá apresentar - -se pouco nublado durante o dia de hoje, com temperaturas entre os cinco e os 19 graus. As previsões para amanhã, sábado, apontam para céu pouco nublado e no domingo é esperada chuva moderada.

Feira do Queijo do Alentejo em SerpaSerpa recebe, entre os dias 22 e 24, a 12.ª edição da Feira do Queijo do Alentejo. O certame, que decorre no pavilhão do Parque de Feiras e Exposições, contará com a presença de 42 expositores de queijo. Em destaque, claro, estão os queijos da terra, mas também da região e de outros pontos do País, entre eles Nisa, Beira Baixa, Castelo Branco, Terrincho (Trás-os-Montes), Azeitão, Redondo, Borba, Estremoz, Rio de Moinhos, Serra da Estrela e Açores. Para além do queijo, porém, também há espaço para outros produtos tradicionais, tais como o vinho, azeite, mel, doçaria e artesanato. Reservado está também o espaço para as tasquinhas. No total marcam presença em Serpa 102 expositores. No que diz respeito ao programa cultural, destaque para o cante alentejano, candidato a Património Imaterial da Humanidade, com a participação de grupos corais do concelho. A música popular portuguesa também estará em evidência, bem como o flamenco. As noites contarão com a animada participação de Dj. São, porém, muitas mais as atividades agendadas, como, por exemplo, o ateliê do queijo, a demonstração de pastoreio com o cão Serra de Aires e demonstrações culinárias com chefes de cozinha de renome.

Semana Gastronómica do Porco até dia 18A Turismo do Alentejo promove, até ao dia 18, a Semana Gastronómica do Porco, a primeira de várias iniciativas semelhantes que, a decorrerem em toda a região, pretendem divulgar os restaurantes, a qualidade gastronómica e a excelência dos produtos alentejanos. A iniciativa conta com a adesão de mais de 130 restaurantes que acrescentaram às suas ementas pratos que têm como produto principal o porco.

Centro de Arqueologia e Artes em BejaA Câmara de Beja anunciou que vai apresentar o Centro de Arqueologia e Artes. O projeto resulta da reformulação do edifício sustentável, situado na praça da República. A autarquia decidiu alterar o uso do mesmo, mas mantendo-o sustentável. A proposta é criar um Centro de Arqueologia e Artes que albergue a coleção Jorge Vieira.

Em que é que se inspirou para escre-

ver Contos Alentejanos – Cozendo o

Pão, Costurando a Vida, o seu novo tra-

balho, editado recentemente pela

Colibri?

Para escrever Contos Alentejanos Cozendo o Pão, Costurando a Vida inspirei-me nas figuras típicas da minha terra, que me eram muito fa-miliares. Cito o discurso que fiz no Auditório da Freguesia da cidade de Amora aquando do lançamento deste meu livro. “Eu tinha lá na vila de Colos a riqueza do imaterial hu-mano patente nas figuras típicas com quem convivi na meninice e na ado-lescência. Não foi difícil reinventá-las evocando salutares reminiscências. Com um pouco de magia, ficcionei-as acrescentando-lhes um pouco da mi-nha imaginação”.

Disse numa das apresentações da sua

nova obra que “o conto alentejano é

um dos tipos de narrativa” que mais a

fascina. Porquê?

O meu avô e os meus tios-avós, que eram muitos, eram grandes contado-res de histórias. Embora analfabetos tinham o poder de encantar as pessoas com histórias insólitas que me marca-ram. Eu sempre os admirei. Muitas vezes me pergunto se esta queda para o conto não resultará mesmo de uma herança genética. Acho que este facto tem também a ver com a minha inten-ção de estabelecer uma ponte entre a cultura dita popular e a dita erudita, o que tenho feito divulgando alguns po-etas populares e seus poemas em cró-nicas que publico nalguns jornais.

E a poesia, género em que se iniciou

ainda adolescente, que papel ocupa

atualmente na sua vida?

Para além de uma insistente pro-cura do belo, é uma espécie de ca-tarse e um meio de comunicar uma vez que sou uma pessoa tímida. Além disso assumi compromissos em blo-gues onde sou colaboradora perma-nente. Já entrei em várias antologias de tertúlias. Além do soneto que cul-tivo desde os 17 anos também me en-canto com a poesia modernista, tendo um verdadeiro fascínio pela poesia de Álvaro de Campos e considero o po-ema “Tabacaria” dos mais lindos da literatura portuguesa. Portanto, para além do clássico, cultivo a poesia mo-derna sem rima e faço-o com grande à vontade, julgo.

O seu mais recente trabalho integra

cerca de 30 contos alentejanos. A sua

obra anterior intitula-se Contos e vivên-

cias do Sudoeste Alentejano. A coluna

que mantém atualmente no “Diário

do Sul” tem por título “Sudoeste

Alentejano”. O Alentejo, de onde saiu

há mais de quatro décadas, está muito

presente nas suas criações?

O Alentejo é o tema primordial das minhas produções, sim. Tenho grande amor à terra onde nasci e uma grande identificação com as suas gen-tes. Conservo lá casa e procuro acom-panhar as mutações da vila, relatando os seus eventos. Mas gosto de escrever sobre outros temas. Como fui profes-sora gosto de temas pedagógicos. Já tive uma coluna aqui num jornal do Seixal, denominada “Rua de Bissau às três horas”, e tenciono mantê-la, pois gosto muito de criar situações sobre a zona onde vivo e sinto feedback por parte dos residentes.

Nélia Pedrosa

Maria Vitória Afonso71 anos, natural de Colos, Odemira Maria Vitória Afonso estudou em Beja, onde fez o Curso Geral dos Liceus. Posteriormente ingressou na Escola do Magistério, na mesma cidade. Foi professora no distrito de Beja durante seis anos, tendo depois transitado para o distrito de Setúbal, onde lecionou durante 28 anos. Fez o bacharelato em História na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Depois de aposentada dedicou-se à escrita, tendo publicado duas obras. Mantém colaborações com a imprensa escrita e com vários blogues.

Maria Vitório Afonso inspira-se nas “figuras típicas” de Colos

A poesia “é uma espécie de catarse”

Maria Vitória Afonso, natural de Colos, mas a residir na Margem Sul há mais de quatro décadas, lançou recentemente Contos Alentejanos – Cozendo o Pão, Costurando a Vida, com

o selo da Edições Colibri. Uma obra que tem como inspiração as “figuras típicas” com quem conviveu “na meninice e na adolescência”. Com uma vida dedicada ao ensino, Maria Vitória

revela que o conto alentejano “é um dos tipos de narrativa” que mais a fascina e que tem um encanto especial pela “poesia modernista”. Mas o seu “maior sonho” é escrever um romance.

quadro de honra

Nº 1608 (II Série) | 15 fevereiro 2013

9 771646 923008 0 1 6 0 8

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