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Mensário da Junta de Freguesia AGOSTO#2011 Ano VII Edição N.º 80 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Distribuição gratuita noticiasdafreguesia.blogspot.com facebook.com/noticiasdafreguesia as notícias, as fotografias e os comentários em primeira-mão Novas perspectivas para a saúde Joana Vindeirinho estuda a relação da diabetes com a cegueira P3 Contagem decrescente para a Festa das Colectividades e Tasquinhas Últ. Pavilhão: usufruir ou não? P5 Afinal a caça não é só para eles... Últ. Notícias da Freguesia/Arquivo Direitos Reservados Fotoreporgem dos festejos de Agosto P4 Notícias da Freguesia em mais umas tasquinhas da sia

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Edição de Agosto do mensário NOTÍCIAS DA FREGUESIA DE SOUTO DA CARPALHOSA.

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Page 1: Edição de Agosto de 2011

Mensário da Junta de Freguesia AGOSTO#2011 Ano VII Edição N.º 80 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Distribuição gratuita noticiasdafreguesia.blogspot.com

facebook.com/noticiasdafreguesia as notícias, as fotografias e os comentários em primeira-mão

Novas perspectivas para a saúdeJoana Vindeirinho estuda a relação da diabetes com a cegueira P3

Contagem decrescente para a Festa das Colectividades e Tasquinhas Últ.

Pavilhão: usufruir ou não? P5

Afinal a caça não é só para eles... Últ.

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VI Festa das Colectividades e Tasquinhas

Souto da Carpalhosa espera su-cesso em mais umas tasquinhas da freguesia

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AGO2011

As palavras do senhor prior

Padre José Baptista

Abertura

José Carlos Gomes

Todos os caminhos vão dar à Charneca do Nicho

Está em marcha mais uma edição das Festa das Colectividades e Tasquinhas, que terá lugar de 22 a 25 de Setembro. Esta será a sexta edição e, apesar do ambiente de crise em que vivemos, as nossas colectividades estão com o mesmo dina-mismo e entusiasmo a que nos habituaram nos anos anteriores.

Sendo este um dos eventos de excelência da freguesia, a sua qualidade e características que o mes-mo patenteia em termos sociais, sobretudo por ser o ponto de encontro de toda uma freguesia, são ampla-mente reconhecidas a nível do concelho, a que a todos nos deve orgulhar.

Também por isso, esta-mos todos convidados a vi-sitar nesses dias a Charneca do Nicho, local onde, a exemplo dos anos anterio-res, decorre o certame.

A nossa presença será também uma forma de manifestarmos a nossa gratidão às colectividades pelo trabalho que tem em nos proporcionarem estes dias de convívio.

Por motivos de ordem profissional, o Manuel Oliveira deixou o cargo de coveiro que vinha exercen-do na nossa freguesia.

Pela forma profissional como desempenhou esta nobre profissão ao longo dos anos, profissão esta muitas vezes depreciada, mas que entendemos não estar ao alcance de to-dos, dado o elevado grau de responsabilidade que a mesma encerra, a Junta de Freguesia quer deixar-lhe um público reconhecimen-to e agradecimento.

Para o seu lugar foi con-tratado o Jorge Gaspar, pessoa em quem depo-sitamos total confiança para dar continuidade a este sensível trabalho.

Flores viçosas fazem jardim

Aprendeu a fazer flores aos sete anos, ele próprio o dizia, tem, agora, catorze. Coube-lhe a missão de, em sete anos, fazer mil e quinhentas flores de papel. “Cada uma demora cerca de cinco minutos”. Fazer flo-res, logo em criança, talvez ainda sem saber para quê, mas o certo é que ao longo de sete anos dedicou cer-ca de cento e vinte e cinco horas do seu tempo a fazer flores que não duraram mais de cinco dias, pois a chuva que lhes caiu em cima fê-las perder consistência e elas tornaram-se feios pedaços de papel molhados.

Como este adolescen-te, centenas de pessoas dedicaram muito dos últi-mos sete anos a fazer flores que haviam de enfeitar ruas quentes, num calor abafa-do antes que a chuva che-gasse, das ruas de Campo Maior. E são essas flores, pedaços encantados de tempo passado no silêncio de cada casa ou na alga-zarra de pequenos grupos reunidos, que atraem mi-lhares de forasteiros àquela vila alentejana a descair, quase, para as bandas de Espanha.

Quando lá estive, já lá vão sete anos, tinha acon-tecido o que consta acon-teceu este ano também. A

chuva resolveu “estragar” a festa. Recordo, no entanto, o ânimo corajoso com que se ouvia comentar o facto de cada rua se preparar com flores de reserva para eventualidades menos agradáveis, como a chuva, que possam acontecer.

São, certamente cente-nas de milhares de coloridas flores de papel aquelas que engalanam, cobrindo por completo, muitas das ruas da vila. É triste, pelo traba-lho que deram e beleza que mostram, vê-las perder cor em coloridos pingos de água, que, em caso de chuva, caiem implacáveis sobre as pedras de granito com que estão calçadas as ruas, ou então deixando manchas nas roupas de quem se aventura pelas ruas em tempos chuvosos.

Não passam desper-cebidos a nenhum de nós estes festejos, porque as televisões se encarregam de os fazer chegar a nossas casas. Porque algumas ve-zes já por lá estive, veio-me à ideia o associativismo e colaboração que aquelas gentes de alentejanas cal-mas manifestam, na con-jugação de esforços para que a sua terra se mostre, desta forma, a Portugal e ao mundo. Sim, porque há muitos grupos estrangeiros que, propositadamente, acorrem àquelas paragens em anos de festa.

Entre nós começa a cheirar já a Festa das Colectividades, a que tra-dicionalmente se apelidam de “Tasquinhas”. Várias são as colectividades que, mais ou menos organizadas, se apresentam e se mostram

às gentes mais próximas. Elas são já sobejamente co-nhecidas nas redondezas, e é preciso, suponho, e permi-tam-me a ousadia, gente com criatividade para dar um tom de diferente bele-za em cada ano, para que não se caia na monotonia. A Junta de Freguesia pre-para o espaço e produz a animação, o resto fica nas mãos de todos e de cada um de nós. Se as colectivi-dades se mantêm graças à colaboração de alguns, nunca demais, colabora-dores que de si dispõem e do seu tempo, é preciso ter em conta também a certeza de que o resultado desta festa será o resultado da participação colabora-dora de todas elas.

Vivemos numa terra de difícil orografia, num misto de montes e vales, o que dificulta aproximações e cria comunidades mais fechadas sobre si mesmas. Não deixaremos, no entan-to, de notar que em algu-mas situações acontece a movimentação, a nível civil como religioso. Quando se acredita na terra e nas pessoas tudo se vai fazen-do. E a nossa freguesia tem dado sinais de ser capaz, no presente, como fez no passado, de se movimentar em acção transformadora. Do que está feito, não vale a pena falar. Do que não se fez pode dar-se sinal para que estejam atentos os nossos olhares e nos va-mos consciencializando de que a todos, não apenas a uma direcção ou comissão, compete criar energias que conduzam ao bem comum, porque de muitas gotas se

forma o oceano.Para que nasça a casa

mortuária, há um cordão umbilical que falta ainda deslindar, esperamos que para breve possa tornar-se realidade. Para a igreja, de-pois de lavada a escadaria, prepara-se já o arranjo do sino, com a substituição de algumas peças, avariadas, e a automatização que facilite o toque de sinais de dor pela morte e de alegria pela vida. Será bom, cer-tamente, voltar a ouvir o toque das Avé-Marias, que no passado marcavam as vidas das gentes. Mais ainda, muito mais, há a fazer, desde a limpeza dos mecanismos do relógio, peça de grande valor, pas-sando pela substituição da instalação eléctrica, pouco segura, e adequada ilumi-nação interior (e por que não exterior?) da igreja bela que temos. Pediu-se já orçamento, que nos deixou a “pensar” mais uns tempos. Notam-se já bem os sinais de velhice, talvez cansaço, do reboco exterior e… é já bem mais que necessária a construção de um centro pastoral.

Ideias e necessidades não faltam, as possibilida-des escasseiam. Precisamos ser gente que acredita que uma flor de papel murcha pela chuva tem beleza também. Gente que não se deixa vencer por pingos de água que arrancam cor e beleza mas não conseguem parar o desejo e a vontade de em cada dia fazer mais uma flor que embeleze a comunidade. São as muitas e diversas flores que fazem um belo jardim.

Uma crónica de vez em quando...

Orlando Cardoso

Uma maravilha

Recentemente o sema-nário “Região de Leiria” colocou-me algumas questões relacionadas com aspectos culturais da nossa freguesia, tendo algumas das minhas respostas sido publicadas no Suplemento

que publicou sobre o Souto da Carpalhosa, por ocasião das recentes festividades.

Entre os diversos aspec-tos culturais que justificam uma paragem a quem passa pela aldeia ou re-solve fazer um desvio nas Várzeas para o efeito, há um que assume particular relevância. Refiro-me, na-turalmente, à Igreja Matriz, por razões que se compre-endem facilmente quando nela se entra.

O templo é de uma só nave e apresenta o altar-mor e quatro altares laterais de talha dourada, dotados de boas imagens, nomea-damente as de S. Sebastião e do Sagrado Coração de Jesus. As paredes laterais são parcialmente cobertas por azulejos discretos que

ajudam à luminosidade extraordinária que penetra pelos janelões do coro.

A Igreja, que tem o Santíssimo Salvador como padroeiro, no entanto, esconde uma enorme ma-ravilha que a torna numa das mais belas igrejas da diocese. Refiro-me ao seu tecto, que apresenta 21 quadros relativos à vida de Jesus, todo trabalhado em baixos-relevos criados pelo artista caldense Eduardo Mafra Elias, nos inícios da década de 30 do século passado.

A beleza da Igreja não se reduz apenas ao seu tec-to. Ela forma um conjunto harmonioso onde não há lugar para o mau gosto que muitas vezes destrói a qualidade do nosso pa-

trimónio cultural edificado. A sua sobriedade torna-a extremamente atractiva e é uma das razões que le-vam os filhos da terra a ela voltarem quando as voltas da vida permitem.

A Igreja do Souto é a marca da nossa freguesia. O desafogo de que agora goza, depois das obras en-volventes, veio tornar mais nobre este lugar onde, na freguesia, tudo começa e acaba. Não esqueça o leitor, pois, de em próxima visita à igreja levantar os olhos percorrendo um a um os quadros do tecto que contam, como se fosse uma banda desenhada, a história de Cristo.

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Trabalhos da Junta

Como habitualmente, deixamos a indicação de alguns trabalhos executa-dos pela Junta de Fregue-sia no decorrer do mês de Agosto.

- Limpeza de ruas no lugar do Souto da Carpa-lhosa;

- Espalhamento de tout-venant num caminho em São Miguel;

- Limpeza de ruas no lugar de Várzeas;

- Limpeza de estrada no lugar do Penedo;

- Corte de silvas na Chã da Laranjeira;

- Abertura de caixa para remate de lancil, com massa asfáltica, em Chã da Laranjeira;

- Limpeza de caminhos no lugar de Conqueiros;

- Abertura de caminho em Moita da Roda e lim-peza de ruas.

Como estava anunciado, o II encontro dos descendentes da casa do Rossio, Joaquim da Silva Ginja e Maria de Jesus, realizou-se no dia 14 de Agosto. O encontro começou com a eucaristia, pelas 11 horas, celebrada pelo Padre David Barreiri-nhas que, na homilia, para além dos comentários às lei-turas da liturgia do domingo, realçou os valores humanos e cristãos daquela família. A sua casa era “um espaço para a formação humana e cristã, onde Joaquim Ginja, homem letrado e culto, ensinava as primeiras letras e as primeiras orações aos mais novos, numa época onde o acesso à escola e à catequese não era fácil”. A sua casa foi também “um espaço de acolhimento para os pobres aquém prestava auxí-lio” e serviu, muitas vezes, para acolher os seminaristas e os padres que, naquela épo-ca, passavam pela paróquia do Souto e ali encontravam “umas merecidas férias”. De-pois, em jeito de convite de-safiava os presentes a “viver

os valores que nos legaram e pelos quais procuraram pautar a sua vida”.

Numa pequena cerimónia o Pe. David convidou os presentes a fazer memória dos antepassados. De forma solene, cada representante dos oito filhos e 32 netos já falecidos, colocaram uma foto por detrás do altar. A cerimónia contou com a pre-sença do Presidente da Junta de Freguesia do Souto da Car-palhosa, José Carlos Gomes, e dos três netos vivos: Maria Joaquina, religiosa da con-gregação NSRA das Dores,

com 90 anos, cujo aniversário ocorreu no dia 9 de Julho de 2011, Luiz de Sousa e Maria da Luz de Sousa.

O parque da Charneca do Nicho – Moita da Roda, engalanou-se para receber os convivas. Eram cerca de quatro centenas de participan-tes. À entrada do parque foi colocado um arco, réplica do existente na casa. No centro do parque, um estrado em anfiteatro, foi o palco para actuação da filarmónica da Chãs que abrilhantou a tarde com um reportório rico e va-riado. Espalhadas pelo par-

que podiam ser consultadas as árvores genealógicas. No recinto não faltou o bar, jogos e para delírio das crianças e de adultos mais atrevidos um insuflável. Foram muitas as mesas instaladas para receber tanta gente. Ao fim da tarde foi apresentada uma pequena peça teatral em quatro cenas que procurou reproduzir fac-tos e realidades daquela épo-ca e da vida do casal Ginja, nomeadamente, uma visita do Pe. Manoel Correa da Silva, pároco daquela época, uma reunião da junta da paróquia de que fez parte Joaquim da Silva Ginja entre os anos de 1873 a 1888, um jantar da fa-mília e a lembrança do passa-do, os hábitos e costumes dos finais do século XIX.

No final, transparecia a alegria e a boa disposição no rosto de muitos, embora ou-tros transparecessem cansaço mas também a satisfação do dever cumprido.

Luíz Ginja, Moita da Roda

Natural do Souto da Car-palhosa, aos 28 anos Joana Vindeirinho mostrou ao mundo onde a sua sede de aprender a está a querer levar. Foi a 15 de Julho que apresentou, em Itália e entre 6 mil investigadores, um poster sobre retinopatia diabética – manifestação ocular da diabetes e uma das principais causas da ce-gueira – tema sobre o qual se tem debruçado desde que frequentou mestrado, em Neurociências, e ao qual tem dado continuidade, agora, em doutoramento.

Fala com entusiasmo da sua investigação, e com o gosto de

quem quer dar um verdadeiro contributo para a ciência. De fu-turo, prosseguir nesta área, pela qual se apaixonou, a investiga-ção é um dos muitos objectivos. “Gostava de poder dar aulas, de ter o meu grupo de trabalho…”, diz com um enorme sorriso e o brilho de que verdadeiramente sente gosto pelo que faz. Mas este gosto pela investigação não foi algo imediato, mas que foi surgindo, principalmente a partir de uma aula do segundo ano, quando os “porquês” do professor surgiam em catadupa. “Perceber que as coisas não são

apenas o que está nos livros. Isso é apenas uma ínfima parte de tudo aquilo que está por descobrir!”, afirma entusiasmada.

Em Julho, foram cinco dias em Itália, num encontro com cerca de seis mil profissionais, em que esta jovem apresentou a investigação que está a desen-volver sobre as complicações nos olhos em diabéticos. Agora, prossegue a investigação, entre laboratórios, células, ratinhos e experiências… e, quem sabe, um nome na história.

Uma página de históriaA casa do Rossio remonta à década 50 do século XIX. Era

uma casa agrícola com algum relevo para a época, com celeiro e lagar. Situava se no centro da aldeia no local onde hoje está instado um minimercado. Os únicos vestígios que chegaram até nós, são o arco que dava acesso ao pátio interior e o poço que abastecia a referida casa. O Joaquim da Silva Ginja e Maria de Jesus tiveram 8 filhos: Maria, Emília, Joaquim, Manuel, José, Conceição, António e Júlia. Estes dois morreram muito novos. Segundo os registos já obtidos pelo esforço e dedicação do Pe. David, a descendência directa da casa do Rossio são cerca de 800 pessoas.

II Encontro da Casa do Rossio

Nome Joana VindeirinhoData de Nascimento 29/11/1982Naturalidade Souto da CarpalhosaProfissão Estudante de DoutoramentoHobbies “Descobri há pouco tempo que há pouca coisa que não me interessa fazer”. Cinema, ler, fazer voluntariado, viajar…

Perfil Joana Vindeirinho e a sede de conhecimento

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Festejos de AgostoO oitavo mês do ano é sempre rico em festas e romarias. Aqui, deixamos-lhe alguns registos dos festejos que ocorreram em Souto da Carpalhosa (1 a 3) e nas Várzeas (4 e 5), em honra dos padroeiros destas localidades, bem como o passeio “Tira a ferrugem” (6 e 7). Poderá ver mais fotografi as na página do Facebook, em facebook.com/noticiasdafreguesia

“Quando as notícias longínquas nos chegam à hora dos noticiários da noite, apercebemo-nos que nada sabemos do que se passou ao fundo da nossa rua”. A afirmação, da autoria de Carlos Camponez, já tem cerca de uma década. Professor universitário e antigo jornalista na imprensa leiriense, o autor é uma referência no âmbito dos estudos sobre “jornalismo de proximi-dade” ou da imprensa regional e local. Uma reflexão que fez no âmbito do seu mestrado, em 2001, e que importa retomar.

O Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa é um periódico infor-mativo que não sendo reconhecido, pela lei, como imprensa, e não po-dendo por isso ter jornalistas, cumpre um importante papel. Quem, se não ele, melhor retrata o dia-a-dia (ou mês-a-mês) das suas gentes? Se os media regionais – que cobrem o distrito de

Leiria – raramente o fazem, o que dizer daqueles que são considerados de âmbito nacional!

Abordo a temática, pelo interesse pessoal e académico por estes meios de comunicação social, local e regional, e as suas rotinas de produção informa-tiva. Neste âmbito, li, há uns meses, um estudo intitulado “Jornalismo de proximidade: O papel informativo da imprensa local” (Duarte, 2010), em que eram analisados três mensários do distrito de Leiria: Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa e Notícias de Colmeias (ambos de Lei-ria) e Jornal da Golpilheira (Batalha). Para além de ter ficado a saber que o periódico do Souto Carpalhosa é o que mais atenção dá à informação local (61,5% dos conteúdos) – tem 8 páginas, enquanto que os restantes têm ambos 24 –, despertou-me a atenção o resultado de alguns inquéritos efectu-ados nas três freguesias. “Media que trazem informação local; Promovem o que se faz na comunidade; São escuta activa da população – indo onde os ‘grandes’ não vão; Elo importante para

a população emigrante” fo-ram as principais mais-valias identificadas pelos inquiridos (30, no total). Outro indica-dor interessante, foi saber o que fariam as populações para se informarem, caso o periódico da sua terra deixas-se de existir. “Café” ou “não procurar” foram as respostas mais frequentes.

O citado estudo, apesar de ter sido exploratório, deixa-nos indicadores da importância da informação local, seja ela produzida por pessoas com ou sem formação nas áreas de jor-nalismo ou comunicação social (obviamente que é sempre preferível ter conhecimentos nestas áreas). Aju-dam à (in)formação das populações e da comunidade emigrante, servem de memória dos hábitos e costumes, de ponte para o debate e para a democra-cia, são um precioso contributo para a formação da identidade. Seja através de um jornal, em papel, ou de um site/resdes sociais, na Internet.

Pedro Jerónimo Projecto Local Media PT

(localmediapt.wordpress.com), de observaçao e investigação

dos media e do jornalismo de proximidade em Portugal

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Notícias da Freguesia objecto de estudoO (importante) papel da info. local

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Na sequência das notícias avança-das pela autarquia durante o mês de Agosto, em que a utilização gratuita dos pavilhões desportivos, por parte de algumas entidades, poderia ver os dias contados, vê agora a decisão sus-pensa durante o mês de Setembro.

Numa época em que os clubes estão em fase de arranque, de nada sabem quanto ao seu futuro.

O debate iniciou-se com avanço da necessidade da autarquia em aplicar o princípio do utilizador-pagador. Os doze recintos do município são utilizados semanalmente por mais de 50 entidades, para treinos e compe-tição, durante oito meses por ano. E esta utilização é suportada em 100% pela câmara no caso de os clubes/colectividades, os utilizarem “para as suas actividades de carácter federado (treinos e competições por si organiza-das ou em que participem)”. Contudo, dada a actual situação financeira da autarquia, várias vezes apresentada como “complicada”, e os cortes no apoio às colectividades, existe agora intenção de cobrar a utilização dos recintos desportivos.

Agora, a autarquia e a comissão

representativa dos clubes estão em negociações para definir o futuro de centenas de pessoas: atletas, técnicos, directores desportivos…

Para já, está decidida a suspensão do pagamento da utilização dos equi-pamentos desportivos municipais em Setembro.

Mesmo assim, o impasse conti-nua. Os clubes, que aceitam aplicar o princípio do utilizador-pagador, não concordam com o pagamento na totalidade das novas taxas aprovadas em reunião. Já a autarquia, mantém-se irredutível.

Os cenários equacionados na reu-nião foram comunicados aos clubes,

num encontro que reuniu mais de 30 clubes e cinco associações, e do qual saíram algumas propostas. A “gestão tripartida” dos pavilhões municipais ou a “reserva de horários estritamente necessários para desenvolver activida-de”, são alguns exemplos.

Todavia, muitos dirigentes estão reticentes em iniciar as competições, justificando não ter condições finan-ceiras para suportar as despesas de utilização de pavilhões e piscinas, caso a cobrança das taxas avance, e falam mesmo na “morte lenta das modalidades”. Em alguns casos, os valores podem atingir os 30 mil euros/ano.

O cenário ideal, segundo os dirigentes, é a suspensão das taxas durante esta época e trabalhar, du-rante este ano, as medidas a aplicar segundo o princípio utilizador-paga-dor em 2012.

O debate deverá voltar a lume nos dias 16 de Setembro e 10 de Outubro, datas em que a comissão reunirá com o executivo autárquico e onde serão discutidos e estabelecidos os métodos a aplicar para os próximos meses.

Com Região de Leiria

Pavilhão desportivo: usufruir ou não? Eis a questão…

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Reside em São Miguel, tem 35 anos, é animadora sociocultural, é casada, tem um filho... E é caçado-ra. Aos domingos de manhã, Sílvia Ginja veste-se rigor, pega na arma e vai caçar.

É a única mulher no meio dos praticantes inscritos na Associação de Caça e Pesca do Souto da Carpalhosa, mas não é algo que a intimide. Pelo contrário. Marido e sogro são caçado-res, mas, dos seus familiares directos, não há caçadores que se contem.

Há cerca de quatro anos foi tirar a carta para se dedicar ao tiro ao pra-to. Uma actividade que gostou, mas, de prática economicamente pouco viável.

Depois do prato, seguiu-se a caça. “Fui experimentar e gostei, e não é pelo gosto de matar, e acho que não é isso que interessa aos caçadores, mas sim o convívio, desfrutar de andar ao ar livre, e também é bonito ver os cães no terreno a trabalhar”, descreve.

A preferência recai na caça ao coelho, porque permite mobilidade, mais do que de aves, como a rola, que já exige ficar mais estática no local que está destinado ao caçador. E caçar porcos… também não. “Prefiro a caça

de salto, estar sempre a andar. Parada é que não”.

Mas terá a Sílvia ganho os hábi-tos dos caçadores? “Não tenho tanta garganta como a do típico caçador”. Contudo, confessa que nesta activida-de há costumes e vícios que se ganham por arrasto a esta convivência.

Sílvia é, assim, a mulher de armas no meio dos homens. E como reagem os homens? “Essa é a parte mais engraçada”, conta, entre sorrisos. “Chegar a um grupo onde ninguém me conhece, há as mais variadas re-

acções”. “Uns achavam muito bem, outros estranhavam e até olhavam de lado… com ar de ‘o que é que esta está aqui a fazer’… mas há sempre alguém conhecido que ajuda na integração do grupo”, conta. Hoje, as já se sente per-feitamente integrada. “Agora, também sinto algum carinho”.

Conta, de entre várias histórias, que uma vez “um caçador da fregue-sia de Amor dizia que me queria por perto, porque assim não morria sem ver uma mulher a dar um tiro”.

Aqui, na freguesia, e referindo-se

à Associação de Caça e Pesca, alguns que no inicio não encaravam bem uma mulher como caçadora, agora sentem e aceitam bem a sua participação.

Nesta época, já se estreou a 15 de Agosto, na caça à rola – e não veio para casa de mãos a abanar.

Esta é uma actividade que lhe dá gosto, onde já lhe têm acontecido peripécias que lhe ficarão sempre na memória, mas reconhece que também exige bastante cuidado e precaução.

“Gostava de ver mais mulheres a praticar”, confessa, referindo que nunca esteve com praticantes do sexo feminino, mas, frisando também que não se sente mal no meio dos homens. “São mais divertidos do que as mu-lheres e são também mais impulsivos, mas depois passa logo”. Da parte do NF, boas caçadas.

Ângela Duarte

Quem disse que a caça é só para eles?

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Opinião

Gastão Crespo c/ Simão João (ilus.)

DaTerra

Carlos Duarte

Opinião

Albino de Jesus Silva

Tranquilo regresso às aulas

Todos aqueles que têm filhos sabem o quanto é com-plicado o mês de Setembro. E digo isto, não só pelo dinheiro que os encarregados de edu-cação têm de investir em livros e materiais escolares. Também é uma tarefa difícil iniciar ou rei-niciar a prática de uma diária repleta de rotinas exigentes e, até em alguns casos, com horários madrugadores.

Este mês proponho al-gumas dicas para ajudar a minimizar a adaptação à

nova rotina. Levantar, vestir, comer e sair de casa é uma maratona na qual toda a equipa deve colaborar e ter o mesmo ritmo. O problema surge quando existem ritmos diferentes. O pai arranca, a mãe acelera a velocidade e… o filhote TRAVA...

Cuidado, isto apenas pode acontecer nos dois primeiros dias de tolerância, porque depois é entrar no sistema de piloto automático.

No que diz respeito às rotinas a minha proposta é le-vantar cedo. Deste modo, ha-verá sempre uma margem de tolerância para uma eventual birra ou atraso. Relativamente ao factor económico, hoje em dia é de extrema importância fazer escolhas sensatas. Para tal, comprar apenas o essen-cial, ajudará a poupar muito dinheiro.

De seguida, proponho várias dicas para conseguir poupar: Primeira dica e muito

importante: nunca ir com os fi-lhos às compras. – isso implica trazer, pelo menos, o dobro daquilo que precisa. Segunda dica: fazer uma lista, em casa, completa daquilo que neces-sita – outra boa ideia é rever o que pode ser aproveitado dos anos anteriores como a mochi-la, as canetas, as réguas, etc. Terceira dica: forrar todos os li-vros e cadernos – deste modo durarão mais tempo. Quarta dica: informar-se, muito bem antes de pedir apoio financei-ro para os livros. Sabia que os bancos têm hoje uma oferta muito vasta e económica? Quinta dica: fazer um seguro escolar para o seu filho, com capitais suficientes para fazer face a acidentes mais compli-cados – um bom seguro pode poupar-lhe muitos dissabores e actualmente os capitais co-bertos pelas escolas são muito baixos. Confirme sobre os ca-pitais e as coberturas incluídas no Seguro Escolar efectuado

pela escola que frequenta o seu filho. Última dica e não menos importante: guardar todas as despesas escolares que efectuar para depois de-duzir no seu IRS.

Termino este artigo com um pedido: tente sempre que possível estudar com o seu filho. Assim vai mostrar-lhe que valoriza a sua educação.

Seja feliz, faça alguém feliz! E já agora, tome o pequeno-almoço sempre que puder em família, para começar em grande o vosso dia.

Recomeço Primeiro, espero que te-

nham recuperado forças no Verão que agora termina, porque Setembro, que devia ser o início de um novo ano, em muitos aspectos, será mais do mesmo: as mesmas dificul-dades, os mesmos conflitos, as mesmas propostas, as mesmas incertezas.

Quem sabe do que me estou a referir? Do crédito bancário? Da avaliação dos professores? Das empresas e do desemprego? Do futebol e dos árbitros? Do governo e das empresas públicas? Da Sra. Merkel e restantes europeus? De Israel e dos Sírios? Não. Estou a pensar na minha vida, no meu trabalho, na minha família, e em como estamos dependentes de todas essas incertezas.

Pura perda de tempo. Nenhum desses problemas será resolvido a tempo de me facilitar a vida. Tenho de, apesar desses problemas, tomar as melhores decisões para mim, procurando dimi-nuir os conflitos, apresentar melhores propostas, e diminuir as incertezas de todos os que me rodeiam.

Creiam que, se cada um conseguir melhorar um pou-co, todos os outros ficarão beneficiados porque as co-munidades estão interligadas, e todas as acções de uma pessoa influenciam também os seus vizinhos. Por outro lado, quanto mais ganhar e guardar, menos terão os meus vizinhos. Confusos? Também eu estou! Mas a verdade está no meio destas duas posições.

Falta agora apresentar a solução, que é... Pois, não tenho uma solução milagrosa. Mas dou-vos o conselho (de-certo mau - porque se fosse bom, vendia-o) de utilizar as vossas melhores energias e não desperdiçar recursos.

Deixo-vos um pequeno exemplo, e que ouvi na rádio ser dito por A. P. Braga (um dos cantores de intervenção que ajudaram a derrubar a ditadu-ra em Portugal): “não fazer aos outros o que não gosto que me façam a mim”, e ainda: “ago-ra que cheguei à idade de ter responsabilidades e ter poder, e como a matéria-prima com que trabalho é o único recurso inesgotável das organizações, que é a massa cinzenta das pessoas lá andam, tento… fazer com que as pessoas venham trabalhar contentes todos os dias, e que não seja só o dinheiro que as motive.”

Bom ano de trabalho!

Profundas, as raízes!

Não tenho culpa de ter nascido aqui, de gostar da minha terra, não me envergo-nho de repetir quantas vezes for necessário. Visito-a, ando nela por sítios e carreiros onde sinto liberdade, revejo a infân-cia onde cresci com os meus colegas e amigos, recordo os que já partiram com saudade. Não preciso de dizer quando venho nem quando vou, quan-do estou, quando entro e saio, desde que ande nos caminhos que gosto e sempre pisei!

Aprecio e gosto de ver ca-sas novas, com jardins bonitos, mas também as antigas bem cuidadas. Não gosto de ver danificado o trabalho daque-les que se sacrificaram para edificar, porém, quando sem pré-aviso vejo descalabros, destruição de memórias, fico irritado… Desabafo com o grito que me faça ouvir até que me expliquem as razões… porque existem!

Deixar sem resposta os ata-ques que fui alvo no N.F. n.º77 não faz sentido nem parte dos esclarecimentos sobre o enun-cio feito à “Capelinha”.

A vida, a Deus pertence, mas cada um vive como pode e entende enquanto vive, des-de que não prejudique a dos

outros e respeite sentimentos. Em comunidade é diferente: convém conformidade e aprovação de todos, pelo menos duma maioria quando queremos realizar ou modificar qualquer coisa!

Já as esperava, não me sur-preenderam as ambiguidades expressas, consoante o meu grito fez efeito. Continuo o mau da fita, mas com a certeza de não ser o único a pensar des-ta maneira, também não sou influenciador, como está dito. Sou assim, digo o que penso depois de ter pensado, não me escondo e assumo, gosto da verdade mesmo quando esta faz doer!

Já me venho habituando a insultos, ameaças, até de morte, vejam lá… Panfletos distribuídos pelas caixas do correio, colocados em cima dum mocho à entrada da igreja à hora da missa, de porta a porta, nas tabernas… estou mesmo a incomodar alguém.

E portanto, tenho ape-nas divulgado o que se vê… Como a mim me disseram, “vai ver”…

As atitudes descontrola-das são das pessoas que não nasceram cá, não sentem o mesmo afecto. Só podem discordar os desinteressados do nosso passado, ou aqueles que têm interesse numerário.

Eu, sou apenas um paro-quiano aparentemente sem interesse e incómodo para a comunidade religiosa depois do ano 2000, porque, a pri-meira vez pedi qualquer coisa que não obtive. (Fui bom en-quanto dei, mesmo distante). Consciente desta sujeição a críticas, sinto razões para não concordar com tudo o que se pretende fazer sem consulta. Será que os sentidos “previsão e diálogo” tivessem sido irradia-dos, deixassem de existir?

Noutros tempos e numa situação semelhante, dizia-se: “vai ser necessário fazer… pedimos a generosidade e comparticipação de todos, como puderem!...”. Hoje, faz-se e pronto. Depois, “acham estranho que olhares farisaicos se voltem para um espaço de 10m2”!

Não Sr. Prior, não somos hipócritas. Compreendemos perfeitamente estas atitudes! A pensar nisto, as oito páginas do nosso jornal não chegariam para dizer o que precisava, acho melhor silenciar por res-peito ao bom senso até que o momento para desabafar ressurja com mais dignidade. Tenho, no entanto, anotadas todas as mesquinhices satíricas que me são dirigidas, constituí já um extenso relatório. Fazem parte da nossa história que, ac-tualmente, atravessa um mau bocado, mas não será por falta de boa vontade.

Contrariado sim, porque certas decisões são tomadas sem consulta briosa. Escrevi pessoalmente ao Sr. Prior ma-nifestando a minha opinião sobre a antiga casa paroquial, ao mesmo tempo, advertia-o das consequências dos paro-quianos que dizem pouco mas essencialmente necessários para uma continuidade mais confortável: sua Rev. não me quis ouvir, nem respondeu, entendeu que não mereço. Virou costas numa reunião a paroquianos que pretendiam ajudar! Exclamou-lhes: “Decidi está decidido”… Deitou abai-xo, reduziu a cinzas uma parte enorme da nossa história, da nossa paróquia, o sentimento comum dum povo respeitador do nosso passado. Foi bem entendido Sr. Prior o seu modo de actuar: (faz, depois diz que fez). Ultimamente fez forte!

Sabendo perfeitamente o

que estava a fazer com os téc-nicos intervenientes. Concordo plenamente com o progresso, melhorar condições, mas neste caso não havia falta de espa-ço. Prever e preservar, com despesas, sabemos, ninguém vai contra se for avisado.

Ironizando, faz doer. Eu gritei, com palavras menos cómodas, mas se assim não fizesse não haveria reacção. Juntei a minha voz àquelas que sofrem silenciosas, e foram mui-tas a dizer-me: fizeste bem.

Quanto aos outros expres-sos sobre polémica, quero dizer que polémica não existe, falta diálogo, só isso! Aqueles que me acusam de nunca ter feito nada, convido-os simplesmen-te a reflectir!

Quero juntar para informa-ção: estou reformado, profis-sionalmente fui técnico da construção civil, fui construtor, sei muito bem a que serve uma grua, muito rigorosamente res-peitei sempre o metro, o nível e o fio-de-prumo. Esclareço que não percebi as alusões sobre o tempo escolar, enquanto fiz o melhor aproveitamento, só não continuei os estudos secundários porque os meus pais eram pobres, mas isso não me impediu de progredir e viver feliz com os meus.

Já agora, junto uma ob-servação que ameaça não venha o diabo tecê-las: espero que não ponha o campanário da nossa igreja abaixo, por fal-ta dos cuidados que necessita e a sujidade que ostenta. A fal-ta não foi do pintor, mas sim a incompetência da comissão que não soube aproveitar a oportunidade ainda os andai-mes estavam instalados!

Faço votos para que tudo reingresse à normalidade, por mim, serei sempre… do Souto.

Page 7: Edição de Agosto de 2011

7opinião, social, necrologia

AGO2011

Espaço sáude

Dr. Gustavo Desouzart*

Maria Emília de Jesus Ferreira, de 75 anos, faleceu no dia 4 de Agosto. Residia na Marinha (Vale da Pedra) e era casada com Américo Pereira Viva. Foi a sepultar no cemitério do Vale da Pedra.

Maria Pereira, de 96 anos, faleceu dia 29 de Agosto. Era viúva de José Duarte (Marcelino) e foi a sepultar no cemitério das Várzeas.

Enxaqueca – a dor que não quer parar

Caros leitores, estamos a caminhar para o final do Verão, o tempo de calor e se-cura está a chegar ao fim. O nosso corpo deve preparar-se para a chegada do Outono, a ingestão de líquidos e a manu-tenção de uma alimentação balanceada são essenciais.

Hoje iremos falar sobre um problema que afecta cerca de 12% da população e, segundo a Medicina Chinesa, as suas épocas de maior incidência são o final de Verão, o início do Outono e a Primavera.

A enxaqueca é um dis-túrbio caracterizado por dor normalmente situada em um lado da cabeça (hemicrâ-nio), vómitos, fotofobia, recor-rência a intervalos regulares e alívio num ambiente escuro e pelo sono. Uma definição prática de enxaqueca é a de cefaleia recorrente benigna e/ou disfunção neurológica, em geral acompanhada por períodos livres de dor e fre-quentemente provocada por alguns estímulos.

A enxaqueca pode ser definida pelos seus estímulos desencadeantes (vinho tinto, menstruação, fome, privação de sono, reflexos luminosos ful-gurantes, perfumes, períodos de depressão leve, etc.), e os seus atenuantes (sono, gra-videz, alegria intensa). É, de longe, muito mais comum em mulheres do que nos homens (3 a 4 vezes mais). Há uma pre-disposição hereditária para os episódios e os fenómenos circulatórios cranianos que os acompanham parecem ser secundários a um distúrbio primário do sistema nervoso central (SNC).

Frequente (12% da popula-ção), benigna, mas crónica, a

enxaqueca apresenta duas di-ficuldades: o diagnóstico, que se baseia apenas na história clínica, o tratamento da crise e/ou o tratamento de fundo. A etiologia da enxaqueca é desconhecida. Trata-se de uma cefaleia dita «essencial», quer dizer sem lesão orgânica subjacente, e o mecanismo neurovascular da dor é con-troverso.

As crises de enxaqueca podem durar algumas horas, dias ou até semanas, com al-tos e baixos mas, constantes. Em alguns casos, esta torna-se incapacitante devido à dor.

Segundo a Medicina Chinesa, a enxaqueca é uma patologia que pertence etio-logicamente a um distúrbio do movimento madeira (um dos cinco elementos essenciais, segundo a Medicina Chinesa). Fundamentalmente existe uma estagnação de energia e san-gue a nível da cabeça, pode o calor, e o vento-interno serem a causa desta estagnação.

Dica: Para manter-se equilibrado e saudável, procure: 1. Fazer uma ali-mentação rica em cores;2. Enriquecer bem os sabores;3. Variar as atitudes;4. Fazer exercícios físicos dia-riamente.

FINAL DE VERÃOPrecisamos preparar-nos

para o Outono, precisamos equilibrar o nosso organismo das “loucuras de Verão”. É o momento das indecisões - o que vou fazer este ano? Será que não estou a precisar de fazer uma dieta? Quero mudar minha vida!

Alimentos mais cozidos, temperatura morna, mais hi-dratos de carbono, legumes e verduras. Cuidado! É neste período que começamos a abusar dos doces e o peso aumenta! A harmonia dos alimentos é a harmonia da nossa saúde.

“A vida é uma peça de te-atro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charles Chaplin)

* Acupunctura Tradicional Chinesa

Formação Centro de Novas Oportunidades

O Centro de Novas Oportunidades da PombalProf, Lda. inserido na Escola Tecnológica Artística e Profis-sional de Pombal – ETAP, apresenta uma larga oferta formativa para Reconhecimento, Validação e Certifica-ção de Competências Profissionalizante. Para além do CNO , poderá encontrar ainda a ficha de inscrição na Junta de Freguesia de Souto da Carpalhosa.

RVCC PRONível IISerralheiro MecânicoSerralheiro CivilOperador de Máquinas FerramentaOperador de Máquinas Ferramenta CNC Electricista de Instalações – EPRMecânico de Automóveis LigeirosAcompanhante de CriançasElectromecânico de Refrigeração e Climatização

- Sistemas Domésticos e Comerciais

Nível IVTécnico de Mecatrónica AutomóvelAnimador Sociocultural Técnico de Acção EducativaTécnico de Gestão DesportivaTécnico de ElectrotecniaTécnico de Instalações EléctricasTécnico Instalador de Sistemas Solares e Fotovol-

taicosTécnico de Electrónica e TelecomunicaçõesTécnico de Segurança e Higiene do Trabalho

Espaço do leitor

Exemplo a seguir

Há dias, uma senhora ainda nova lamentou que mesmo ente os jovens haja intrigas e as pessoas deixem de falar sem se saber por-quê. Lembrei-me, então, do seguinte exemplo que colhi na Internet, e narro a seguir, e que também contei àque-la mulher.

Plácido Domingo e José Carreras são céle-bres cantores espanhóis. Mas Plácido é natural de Madrid e Carreras é ca-talão. Devido a questões políticas, em 1984, Carreras e Domingo tornaram-se inimigos. Sempre muito so-licitados em todo o mundo, ambos faziam questão de exigir nos seus contratos que só actuariam em de-terminado espectáculo se o adversário não fosse convidado.

Mas, entretanto, Carreras ficou doente de leucemia. A sua luta contra o cancro foi muito difícil, tendo sido submetido a diversos tratamentos, a um transplante de medula ós-sea, além de uma periódica mudança de sangue, que o obrigava a uma penosa viagem mensal aos Estados Unidos.

Certo dia, alguém lhe disse que tinha aparecido em Madrid uma fundação cuja finalidade era apoiar o tratamento de doentes com leucemia. Graças ao apoio da fundação, Carreras venceu a doença e voltou a cantar. Voltou a receber os altos cachês que merecia e resolveu associar-se à fundação.

Foi ao ler os seus es-tatutos, que descobriu que o fundador, maior colaborador e presidente da fundação, era Plácido Domingo. Depressa soube que Domingo tinha criado a fundação para o ajudar e que se tinha mantido no anonimato para que ele não se sentisse humilhado ao aceitar o auxílio do seu inimigo”. Mas… o mais comovente foi o encontro de ambos. Surpreendendo Plácido Domingo num dos seus concertos em Madrid, Carreras interrompeu a actuação deste, subindo ao palco e humildemente, ajoelhou-se a seus pés e agradeceu-lhe publica-mente. Plácido ajudou-o a levantar-se e com um forte abraço, selaram o início de uma grande e bela amizade.

Este foi um gesto que, se todos o imitássemos, o mun-do seria bem melhor.

Enviado por Serafim dos Santos

Necrologia

Page 8: Edição de Agosto de 2011

FICHA TÉCNICA | Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa | Título anotado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) | Depósito Legal 282840/08 | Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Colaboradores Albino de Jesus Silva, André Reis Duarte, Carlos Duarte, Cidalina Reis, Eulália Crespo, Elisa Duarte, Gastão Crespo, Guilherme Domingues, Gustavo Desouzarte, Hugo Duarte, José Baptista (Pe.), Luís Manuel, Luisa Duarte, Márcio Santos, Mário Duarte, Orlando Cardoso, Simão João, Associações e Escolas da Freguesia Propriedade Junta de Freguesia, Largo Santíssimo Salvador, nº 448, 2425-522 Souto da Carpalhosa Telefone 244 613 198 Fax 244 613 751 E-mail [email protected] Website noticiasdafreguesia.blogspot.com Tiragem 1000 exemplares Periodicidade Mensal Distribuição Gratuita Projecto gráfico 3do3.blogspot.com Impressão OFFSETLIS, Marrazes, Leiria (244 859 900, www.offsetlis.pt)

O talento não é escrevermos um pensamento, é escrevermos trezentos. Jules Renard, dramaturgo francês (1864-1910).AGO’11

“Nas edições anteriores tivemos a presença de milhares de pessoas e, obviamente, gostaríamos que tal se repetisse”

A freguesia de Souto da Carpalhosa apresenta, de 22 a 25 de Setembro, a sexta edição da “Festa das Colectividades e Tasquinhas” na Charneca do Nicho, Moita da Roda.

Fazendo já parte da tradição desta freguesia, o evento pretende ser uma mostra gastronómica, cultural e recreativa do que de bom se faz na freguesia, sendo já consideradas por muitos, as tasquinhas excelência nas proximidades.

O evento realiza-se no coração natural da freguesia, na mata da Charneca do Nicho, no lugar da Moita da Roda, junto à casa-do-guarda. A organização compete à Junta de Freguesia e a todas as colectividades e associações participantes no evento. Para este ano está confirmada a presença de onze tasquinhas, representadas pelas várias associações e colectividades de todos os lugares da freguesia. “Nas edições anteriores tivemos a presença de milhares de pessoas e, obviamente, gostaríamos que tal se repetisse”, declara José Carlos Gomes, expectante para a edição deste ano. Além da forte afluência a este evento, o Presidente da Junta de Freguesia destaca ainda o brio e o primor que se tem evidenciado, cada vez e cada nova edição da “Festa das Colectividades e Tasquinhas”.

Além das tasquinhas, o certame promete ser bem animado, conforme comprova o programa do evento.

VI Festa das Colectividades e Tasquinhas

Souto da Carpalhosa espera su-cesso em mais umas tasquinhas da freguesia

No dia 15 de Agosto a CCDR Arroteia promoveu um almoço-convívio que juntou cerca de 70 pessoas. A iniciativa teve como objectivos juntar amigos para um dia de Verão em convívio e também angariar fundos para as obras da sede da associação. Aqui ficam alguns registos.