edição 256 - março 2016

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PLATAFORMA DIGITAL NO SAMBÓDROMO - Saiba como foi o tráfego de sinais e o uso do console Rivage para gerenciar todas as torres de delays | ILUMINAÇÃO: David Bowie - O camaleão do rock deixou um estilo próprio e inconfundível nos projetos de light designer | DUALDYNE: Conheça o microfone com diafragma duplo para reprodução de voz com resposta flat | LOGIC PRO: Saiba como o flex pitch pode ajudar na edição de voz e economizar horas de estúdio | ABLETON: Veja as diferenças entre fade e crossfades e não erre mais na sua edição.

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14 VitrineO Reface Mobile MiniKeyboards são interfacesreinventadas de clássicos

teclados Yamaha, pensadosestrategicamente paratecladistas, produtoresmusicais e sound designers.

18 Rápidas e RasteirasA Equipo apresenta seu novogerente de vendas e Shure

divulga o calendário dewebnários, transmitidos paratodo o Brasil. Veja tambémcomo participar de umaexposição de áudio paraigrejas.

24 Gustavo VictorinoConfira as notícias mais

quentes dos bastidores domercado.

NESTA EDIÇÃO

28 Play RecDjavan lança seu vigésimoterceiro disco, Vidas pra Contar,que mostra um lado e um estilomarcante do cantor em gêneros

diversos de música popular.

32 Dualdyne Shure

A Shure apresenta ao mercadoseu mais novo microfone vocaldinâmico de diafragma duplo

KSM8 Dualdyne™. O equipa-mento é um inovador projeto deengenharia, sendo o primeiromicrofone portátil do mundo comdiafragma duplo para reproduçãode voz com resposta flat.

64 Vida de Artista

Embora tenha anos de estrada, avida ainda tem como dívida a Sáum dia perfeito de neve.

SumárioSumárioAno. 22 - março / 2016 - Nº 256

Um bom lugar para investirEmbora a crise afaste a ideia de investimento no mercado, existe

um outro lado que vê com bons olhos o mercado brasileiro. Fundada

em 2014, a PRG Alliance é um desses investidores. A empresa

decidiu apostar e fechar uma parceria com 3 empresas no Brasil.

Em 2016, a Gabisom, que sonoriza ocarnaval do Rio de Janeiro há 15anos, implantou todo o tráfego de

sinais em formato digital e usou pelaprimeira vez o Console Rivage da

Yamaha para gerenciar todos osdelays do Sambódromo. Captar e

sonorizar a passarela do samba é umprojeto bastante complexo, o

equivalente a um “palco móvel”, quepercorre 700 metros de avenida com

quase 4 mil integrantes. Devido aessas particularidades é necessário um

excelente e preciso sistema decaptação do áudio nas diversas fontes.

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Expediente

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoDanielli MarinhoReportagem:Luiz de Urjaiss e Miguel SáColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, LuizCarlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes eVera MedinaEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Ernani Matos / Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuída pela DINAP Ltda.Distribuidora Nacional de Publicações,Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678Cep. 06045-390 - São Paulo - SPTel.: (11) 3789-1628CNPJ. 03.555.225/0001-00

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Épermitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviadacópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

CADERNO TECNOLOGIA42 Logic Pro

O Flex Pitch é um recurso que evoluiudesde as primeiras versões do Logic Pro,quando o áudio já era uma constante.Daí em diante houve vários plug-ins echegamos ao Flex Pitch, que substitui, deforma menos sofisticada, o uso do

Melodyne em alguns casos de edição.

54 Vitrine iluminaçãoA Arena, da Avolites, é a mesaideal para festivais, teatros equalquer outro lugar que haja

necessidade de grande controlede superfície. O equipamentocombina a mais popular interfaceda Tiger Touch II com maisopções de controles ao vivo.

60 Iluminação CênicaDavid Bowie sempre será umareferência e um ícone para a culturapop, assim como para a história dailuminação cênica. Foram múltiplasas suas contribuições ao desenvolvi-

mento dos espetáculos e interaçõescênicas presentes nas apresentaçõesteatrais-musicais que ocorreramcom mais ênfase no início dadécada de 1970.

46 AbletonAlgumas pessoas ainda seconfundem um pouco com ostermos Fade e Crossfades nanomenclatura do AbletonLive. Nesta edição, saiba adiferença entre cada recurso e

não erre mais na sua edição.

CADERNO ILUMINAÇÃO

Avolites realiza workshop no SudesteA Avolites promoveu o treinamento Open Day da Avolites Brasil nos

dias 19 e 20 (SP) e 25 e 26 (RJ) de janeiro que teve entre os temas o

sistema Titan. Os participantes assistiram a uma introdução à in-

terface do sistema, e uma explicação sobre cada área e suas funções.

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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

ma conhecida frase atribuída à teoria de conservação das massas, deLavoisier, diz que: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se

transforma”. Ao longo da sua existência, o homem foi desafiado a criar ea inventar objetos e meios de sobrevivência. E, por mais criativa que umapessoa possa ser, ela sempre buscará inspiração em algo já inventado. Temsido assim nos mais diversos níveis e setores.

Dessa forma, poderíamos dizer que a capacidade de reinvenção seria talvezaté mais importante do que a de criação? Por mais originais que sejam ascriações, o processo de reaproveitamento de ideias é tão imprescindívelquanto o anterior. E melhorar ou reinventar o que já existe é uma forma defazer a mesma coisa de uma maneira diferente. Geralmente, esse tipo deatitude é inerente àqueles que deixam um local confortável e se arriscam.

Em tempos de crise, desenvolver tal conduta pode ser considerado umaboa estratégia. Até porque se examinarmos bem de perto a palavrareinventar comporta um quê de criatividade, de invenção. Portanto,aqueles que acreditam que nada substitui uma ideia original e criativa,pode até mesmo se conformar em adotar a reinvenção como uma tática.

Muitas vezes esse redirecionamento, forçado ou planejado, o conhecidoturning point, é que vai determinar se uma empresa continuará no merca-do ou não. Uma nova ação, a valorização de um detalhe que antes não eradado a devida importância pode ser crucial e determinante para umanova vida no mercado. Temos exemplos de pelo menos meia dúzia deempresas conhecidas que tiveram esse insight. Quem não se recorda dahistória das sandálias Havaianas, que agregou valor à marca, alcançandoum reposicionamento de sucesso internacional, quando decidiu investirem novos caminhos para mostrar a marca. As sandálias que passaram daimagem de “coisa de pobre” para disputar espaço em vitrines das maiorescapitais da moda mundial e enfeitar pés de modelos internacionais, “sim-plesmente” sofreram um processo de melhoria na gestão.

O que se observa é que, na maioria das vezes, enxergar uma oportunidadeonde antes parecia ser um pormenor é uma característica dessas grandespequenas mudanças. Nem sempre um grande aporte de capital ou umaideia mirabolante significará a melhor estratégia. O importante é mudara direção da flecha quando o alvo muda de local, ou seja, muitas vezesmanter o foco e acreditar no que se tem a oferecer pode ser o meio de sealcançar a solução mais eficiente.

Boa leitura.

Danielli Marinho

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A arte de

se reinventar

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REFACE MOBILE MINI KEYBOARDSwww.yamaha.com.br

O Reface Mobile Mini Keyboards são interfaces reinventadasde clássicos teclados Yamaha, pensados estrategicamentepara tecladistas, produtores musicais e sound designers. Pos-suem controles intuitivos e grande sonoridade num tama-nho compacto em quatro modelos únicos. O Reface CS, porexemplo, apresenta fácil controle, som complexo e suas pos-sibilidades são infinitas com o analógico synth modelagem.Já o Reface CP é um piano elétrico: controle retro, som clás-sico e resposta incrível. Enquanto o Reface YC é um órgãoCombo, com uma tonelada de som e controle do vintage.Por último o Reface DX, Synth FM, de nostalgia atrendsetter com controle moderno.

FONES ‘O’ EDITIONhttps://orangeamps.com/

A Orange Amplification lançou o ‘O’Edition Headphones, que foi dese-nhado para entregar uma performancesuperior de áudio e conforto. Os dri-vers de 40mm foram projetados parauma resposta de graves rica em mid-range e uma extremidade superior ar-ticulada. A resposta EQ proposital-mente neutra de som aberto permiteouvir todas os detalhes e separaçãodos sons. Assim como os famososamplificadores de guitarra da marca,esse fone de ouvido foi construídopara atender as mais altas especi-ficações técnicas. O equipamentovem com três cabos de 3,5 milíme-tros, um com um controle remoto emicrofone integrado, e é compatí-vel com a maioria dos smartphones.Esses fones de ouvido são fáceis decontrolar e usar, enquanto em mo-vimento.

BLACK MAGICKwww.suprousa.com

O pré-amplificador encontrado noBlack Magick possui dois canais ligadosem paralelo, com controles de volumeindependentes e um único controle detom compartilhado. A topologia front-end vintage dos combos originais 1959Supro foi simplificado neste equipa-mento, que possui ligação automáticados canais 1 e 2 ao usar apenas a primei-ra tomada de entrada. Este arranjo fle-xível fornece o dobro do ganho quandoutilizado com um instrumento, e tam-bém permite que dois instrumentoscompartilhem o mesmo Black Magick,ou com o uso de uma caixa / B / Y A paraalcançar canal de comutação. Esteequipamento é perfeito para atingiraquela sonoridade de blues pesados eestilos clássicos de guitarra rock. Umagama completa de tons quentes e dis-torção pesada pode ser alcançada sim-plesmente ajustando o botão de volumeem seu instrumento.

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MICROFONES SÉRIE 5000http://discabos.com.br

Os microfones da Série 5000 são de fácil utilização e suas vantagens os tornam uma opção de bomcusto-benefício em relação as principais marcas do mercado. Entre suas principais funcionalida-des podemos destacar: operação com uma única pilha AA, tornando o equipamento maisleve e compacto; até 10 horas de funcionamento com uma pilha; escaneamentode frequências que estão sendo usadas e seleção automática dafrequência com menor interferência; até 16 canais defrequência; Stopper para evitar que o microfonerole e caia; Escalonamento de recep-tores para conectar vários Mi-crofones em um amplifica-dor. O equipamento possuiainda as seguintes especi-ficações: Cápsula do tipo Di-nâmica de duplo diafragma (bo-bina móvel); resposta de fre-quência - 40 a 16.000 Hz; Padrãopolar – Cardioide, Impedância de sa-ída - 300 ohms, Sensibilidade a 1 kHz,tensão de circuito aberto - -51,5 dBV/Pa (1,85 mV); Polaridade - A pressão positiva sobre o diafragma produz tensão positiva no pino 2 em relação ao pino3; Conector - três pinos (XLR), macho; Corpo em alumínio fundido com acabamento em pintura ou níquel escovado.

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KEYSTEP CONTROLLER & SEQUENCERhttps://www.arturia.com/

A Arturia acaba de lançar um controlador USB MIDI com conec-tividade CV e passos sequenciais. A novidade é perfeita para aqueles quenecessitam de um controlador desse tipo, mas não querem abrir mão deum teclado. Com o KeyStep o usuário tem alguns módulos MIDI paraconectar, sem ter todos os footprints de um teclado grande. É possíveltambém ter um sistema modular synth e mecanismo analógico para con-trolar via CV (controle de voltagem). É possível também ter umsequenciador passo a passo com capacidade polifônica que pode ser sin-cronizado com o seu mecanismo favorito vintage. Além disso, a Arturiaadicionou ao KeyStep a capacidade de gravar, fazer overdub e tranporsequências em tempo real enquanto o usuário está executando o tecladoao vivo.

PRODX SERIESwww.mackie.com

A Mackie apresenta uma linha ultra compacta de mixers digitais com controle sem fio completo: a ProDXSeries.São dois modelos: um de 4 canais, o ProDX4, e outro de 8 canais, o ProDX8. Com o streaming sem fio e con-trole, aliados a um processamento poderoso e um aplicativo de controle extremamente intuitivo para iOS eAndroid, os mixers ProDX oferecem os benefícios surpreendentes de uma mix digital. Por suas característicasultra-compactas, se tornam perfeitos para artistas solo, bandas pequenas, locais e aplicações comerciais queexigem contagens de canal inferiores. Ambos os mixers são equipados com o Wide-Z preamps Mackie™. Estasentradas combinadas permitem a conexão do microfone, linha e instrumentos e não necessitam de ajuste deganho, o que confere uma fácil instalação e fácil controle sobre qualquer canal ou saída por meio de um únicobotão. Usando o aplicativo de controle MixerConnect™, os usuários podem desbloquear o processamento egarantir um controle sem fio total.

VIOLÃO ELETROACÚSTICO CORT SFX STwww.equipo.com.br

Rápido, confortável, moderno e muito acessível. Essas são apenas algumaspalavras que podem ser usadas para descrever a série SFX. Entre as caracte-rísticas desse instrumento podemos destacar: formato do corpo tipo SFX,tampo em Spruce, escala em Rosewood, laterais e fundo em Mahogany,braço em Mahogany, acabamentos/frisos em Ivory, pré-amplificadorFishman Isys+, marcação Bolinha, tarraxas tipo Die Cast, roseta em acrí-lico e cavalete em Rosewood.

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de Vendas da EquipoNova Gerência

A Equipo apresenta oficialmenteseu mais novo gerente de vendas aomercado: Sander Agnello, que co-leciona uma experiência de mais de15 anos de mercado musical. San-

K-ARRAY NO CARNAVAL

Contratada pelo segundo ano consecu-tivo para a sonorização do Pré carnavalVogue, a empresa curitibana MX LightDesign trouxe os sistemas da italiana K-Array como uma forma de oferecer po-tência e qualidade sem influênciar naestética do evento. Segundo o proprie-tário da MX, Maurício Pinto (Xuxa), nes-te tipo de festa, a produção tem umapreocupação muito grande no aspectovisual da cenografia. Dessa forma, os siste-mas da K-Array acabam agregando aindamais facilidade de trabalho, uma vez que,por ser um sistema compacto e discreto,acabam agradando às demandas e exigên-cias dos cenógrafos. Para o PA do evento, aMX posicionou 16 elementos da série decaixas ativas com DSP integrado KH15,sendo sete em cada lado e mais dois emum arranjo central. As caixas são compos-tas por dois alto-falantes de neodímio de8” e dois drivers de 1” do mesmo materiale trazem uma resposta de frequência en-

der assume a posição de gestor deum departamento que serviu comexcelência como consultor e posteri-ormente como supervisor de grandese consagradas marcas como Ibanez eTama. “Com 10 anos de Equipo eutive a oportunidade de reunir conhe-cimento para saber exatamente ondea empresa pode chegar e como fazê-lachegar. Construí uma bela históriacomo supervisor e agora, com o apoiodo nosso time, começarei a escreveruma nova como gerente de vendas”,diz Agnello. Para o gerente comerci-al Joey Gross Brown, a promoção deSander é muito positiva tambémpara a própria Equipo, tendo em vis-ta que Sander possui um sólido co-nhecimento do mercado e das pes-soas que fazem parte do mesmo.

DIA DO ROADIEDia 1 de fevereiro foi comemorado oDia do Roadie. Assista ao vídeo co-memorativo do Dia do Roadie comparticipação especial das equipesda Ivete Sangalo, Ratos de Porão,Matanza e Thiago Abravanel.https://www.youtube.com/watch?-v=HWiyNLHzA8Q

NOVA PRODUÇÃONos próximos dias entra em produção o segundo disco da banda argentina Abril yel Limonero Mágico, que será produzida por Andrés Mayo durante o ano de 2016.

tre 70Hz - 20 kHz, um SPL de 130 dBcontínuos (136dB de pico). Para completara resposta de graves, a empresa fez umamontagem em arco com quatro unidadesKO70 que trazem uma resposta entre25Hz e 120 Hz e são compostas por doisalto-falantes de nedímio com 21” e man-tém um SPL contínuo de 136 dB. Outrosdois elementos KH15 foram usados comodelay na parte posterior do bar.A monitoração trazia um grande desa-fio. Por se tratar de um baile de carna-val, a presença de diversos elementospercussivos e metais deixaram o volumedo palco bastante elevado. Como parteda solução para o problema, a MX mon-tou quatro sistemas KR402 como sidefillformando duas linhas de L+R, uma naparte frontal do palco para o artistaprincipal e outra na parte posterior paraa “cozinha” da banda.

AESO mês de janeiro foi de intensa ativi-dade para a Audio EngineeringSociety (AES), quando foi realizada aNAMM, o principal encontro domundo para os comerciantes da in-dústria da música. Andrés Mayo via-jou para a Califórnia para participartanto da NAMM quanto da VRLA,um encontro de desenvolvedores deRealidade Virtual de Los Angeles,além da reunião mensal da AES LA.O calendário de atividade da AES paratodo o ano incluiu: The Challenges ofCreating a Multi-Channel, MultiPlatform Product: Realizada em 26 dejaneiro, em Los Angeles. A AudioEngineering Society apresentou emconjunto com um seminário de mi-xagem de multicanal (Atmos, Auro3D, etc). Os apresentadores dos pai-néis foram Anthony Lamberti, Greg P.Russell, David Gould, Michael Kara-gosian e Jim DeFilippis.

SEMINÁRIOS EMASTERCLASSES NAPROLIGHT + SOUNDGUANGZHOUA primeira feira de iluminação e áudio doano, a Prolight + Sound Guangzhou, queaconteceu entre os dias 29 de fevereiro e3 de março no complexo de negóciosChina Import Export Fair, ofereceu umgrande espectro de produtos e tecno-logia nas áreas de áudio e iluminação,bem como conferências comandadas porexperts e professores renomados da in-dústria a fim de promover trocas de infor-mações e tecnologias, novas ideias emnegócios e inovação de produtos.

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D.A.S. NA RIO MUSIC CONFERENCE

No dia 29 de janeiro, o Museu de Arte do Rio (MAR), localizado na PraçaMauá foi palco da Rio Music Conferece, um evento dedicado à música ele-trônica. E foi neste clima que a D.A.S promoveu um dia de workshop parademonstrar os seus sistemas de Line Array e mostrar o lançamento do re-volucionário Sound Force, um sistema compacto com grande potência, de-senvolvido para casas de dance music, clubes e ambientes que requeremalto SPL sem distorção. Mais informações: 11 3333-0764.

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para todo o BrasilShure transmite webinários

Uma oportunidade excelente paraaprender, ensinar e trocar experiên-cias sobre um determinado assuntocom pessoas de todo o mundo. Foipensando nisso que a Shure vempromovendo gratuitamente em2016 sua série de seminários online,visando facilitar seu contato comdistribuidores, revendedores, con-sumidores finais e interessados dosetor de música e áudio.Os encontros serão todas às sextas-feiras, às 11h, ministrados porAdinaldo Neves, especialista de de-senvolvimento de mercado, e abor-dam temas como A evolução dosmicrofones dinâmicos, Áudio paravídeo, Como escolher um microfo-

ne sem fio, entre outros assuntos dosetor. “Desde o início, a filosofia daShure é atender às necessidades dopúblico por meio da qualidade, vari-edade de produtos e suporte. Pen-sando nisso, os webinários são umaótima oportunidade para atingir-mos com excelência as expectativasde quem já é nosso consumidor econquistarmos novos usuários”, ex-plica José Rivas, Diretor da Shure.A interação entre os participantesé através do chat, de modo que elespodem conversar entre si ou enviarperguntas ao palestrante. Para par-ticipar, entre em contato [email protected] ouacesse www.shurebrasil.com

Verifique o cronograma de Webinários para os próximos meses:

11/Março – Conceitos básicos de RF18/Março – Como escolher um microfone sem fio01/Abril – Monitores pessoais sem fio: como escolher e utilizar08 / Abril – Técnicas de microfonação estéreo15/Abril – Áudio para salas de reunião22/Abril – Conceitos básicos sobre antenas29/Abril – Microfones mitos

DIA DA MÚSICA GANHASEGUNDA EDIÇÃO NO BRASILO festival Dia da Música acabade abrir inscrições para artistase administradores de palco. Rea-lizado atualmente em 700 cida-des no mundo, o festival é base-ado no conceito da Féte de LaMusique, que acontece na Fran-ça há mais de três décadas e pro-move música autoral de todos osgêneros, acessível ao público. Aversão brasi leira, promovidapela Bits Productions, aconteceno dia 18 de junho nas cidadesde São Paulo e Rio de Janeiro. Asinscrições podem ser feitas pelosite www.diadamusica.com.braté 11 de abril.

PROLIGHT+ SOUNDORIENTE MÉDIOA Messe Frankfurt anunciou o lan-çamento da edição ProLight +Sound no Oriente Médio, uma re-gião internacional exclusiva paraeventos de negócios e relaciona-mento para serviços para entrete-nimento, eventos e indústria damídia. Um dos motivos para levar aFeira a essa região é o potencial decrescimento com uma série deeventos acontecendo nos próxi-mos anos como a Dubai Expo 2020e a Copa do Mundo, em 2022. Maisdetalhes pelo endereço :www.prolightsoundme.com

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WORKSHOP SOM NAS IGREJAS

Do dia 01 até 30 de abril será possível assistir uma exposição de áudio comworkshop em um ambiente similar ao de uma igreja. A exposição é voltadapara líderes de igrejas que poderão contar com a assessoria de técnicos ca-pacitados para esclarecer dúvidas. Os participantes também terão com con-dições especiais de pagamento. A entrada é gratuita. Mais informações pelotelefone 19 3802-2016 ou por e-mail: [email protected]

TERÇA TÉCNICA EM CURITIBA

A Amerco Brasil, em parceria com o Pro-fessor Homero Sette, proporcionaram umbate-papo durante um dos encontros daTerça-técnica em Curitiba, no dia 16 de fe-vereiro. Dentre os temas abordados, osparticipantes puderam assistir a palestrassobre alto-falantes, com destaque para osprodutos da marca italiana FaitalPRO, so-bre caixas acústicas, com os produtos utili-zados das marcas PROEL, PeeckerSound e X-Treme Audio, e também a res-peito de amplificadores, com exemplos dediversas marcas existentes no mercadomundial. O encontro foi considerado um

sucesso, indo além das expectativas dosorganizadores, e contou com a presençade proprietários de empresas, gerentes etécnicos de empresas locadoras, proprie-tários e técnicos ligados à manutenção doáudio profissional, proprietários e técni-cos de estúdios de gravação, mixagens ede Rádio e Televisão, técnicos freelancesda área e diversos outros amantes doáudio. O evento serviu para causar moti-vação ainda maior nos apaixonados e en-volvidos nesta área, fazendo com que es-ses profissionais busquem por mais en-contros dessa natureza.

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LANDSCAPEO tempo passa e algumas marcas brasi-leiras parecem solidificar conceitos emdeterminados segmentos que pratica-mente anulam a entrada de produtosimportados. Com o dólar a quatro porum, a Landscape se mostra ainda maisimbatível quando o assunto é pedalboards e fontes de alimentação para gui-tarristas de todos os estilos e necessida-des. Exemplo clássico de competênciabaseada na qualidade do produto. OAlberto, da Landscape, mantém a mo-déstia e a simplicidade, mas admite quea qualidade do seu produto é o seu me-lhor cartão de visita.

ROLLING STONESA passagem da melhor banda de rockde todos os tempos pelo Brasil deixouprofundas marcas nos fãs e nos céti-cos. O bom e velho rock and roll éimortal e mesmo a pior cegueira cul-tural reconhece que aqueles que já vi-veram mais de meio século foram pri-vilegiados por uma geração criativa emusicalmente muito acima da média.Os midiáticos que me perdoem, mastalento ainda é fundamental...

O catastrofismoparece estar dando

lugar à criatividade ea crise vem sendo

enfrentada com ideiasnovas e arrojo. Apesar

das barbaridadesoriundas de Brasília,

o mercado já percebeuque problema sem

solução é problemasolucionado e a

alternativa é criarpara não morrer. Nas

crises, enquanto unschoram, outros

vendem lenços...

CULTURA GLOBALZapeando à procura de algo interessan-te na TV aberta, encontro o Fantástico,o decadente programa dominical darede Globo, que dedicava nada menosdo que 8 minutos à parceria musical en-tre um tal de MC Bin Laden e um serta-nejo chamado Lucas Lucco. Um preci-sando de dieta e de um professor de por-tuguês. O outro querendo um espelhopara adorar o resultado da sua academia.Já a música que motivou a parceria dis-pensa comentários, vocês já devem ima-ginar a qualidade. Pensando nisso, vouali me suicidar e já volto...

PREÇOSO custo Brasil oriundo da ganância tri-butária e da corrupta burocracia do nos-so país praticamente impede maiorescontorcionismos na política de preçospraticada por aqui. A pressão do dólarnas alturas praticamente consumiuqualquer possibilidade de gordura exis-tente nos preços praticados pelos im-portadores. Sempre fui um crítico demargens abusivas ou preventivas, mas épreciso reconhecer que os importadoresestão literalmente “desentortando ba-nana” para sobreviver. Por mais ina-creditável que possa parecer, têm pro-dutos mais barato aqui do que em outrospaíses, inclusive nos EUA. Uma viajadapela internet e você vai tomar um sustoao converter os preços dolarizados ecomparar com o mesmo produto vendi-do aqui em reais.

QUALIDADERecebo a visita de um amigo guitarristauruguaio e sua esposa em minha casa no

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Sul do país. Conversa vai e vem e oassunto, claro, virou guitarras.Mostrei a ele uma das inacreditá-veis guitarras semiacústicas daWaldman e o cara pirou quando fa-lei em preço. Fã assumido do pro-duto, falei do cuidado e detalhismodo pai da criança, o irrequieto em-presário e guitarrista EvertonWaldman. Incrédulo, o amigo saiuno outro dia pelas lojas de PortoAlegre atrás de um modelo seme-lhante. Os marqueteiros que meperdoem, mas a qualidade ainda é esempre será fundamental.

DESAFIOSe alguém conseguir destruir umcase da Solid Sound em menos de10 anos me avisa, porque tentoisso há mais tempo e não consigo...Ponto para a empresa de Curitiba.

LÁ FORAEm países de primeiro mundo, ins-trumentos musicais são tratadoscomo fonte de cultura e, portanto,isentos de alguns tributos queincidem sobre a sua produção eimportação. Levantei essa bandei-ra com base em projetos de lei quedormem nas gavetas do Congres-so Nacional. Sabem quantas enti-dades do segmento se interessa-ram em empurrar essa proposta?Nenhuma...! Mesmo admitindointeresses divergentes entre im-portadores e fabricantes, passei adesconfiar que aí tem algo maisque eu desconheço. Entre brigarpor mercado ou mandar dinheiro

para sustentar a corrupção deBrasília, só uma anta não ficariacom a primeira opção.

EARTHA novata Earth anuncia a chegadade sua linha Premium com violõesvoltados ao público que não se im-pressiona com preço e prioriza aci-ma de tudo a qualidade e sonorida-de do instrumento. Com um siste-ma de captação da americana Fisch-man e madeiramento nobre, a no-va linha vem para consolidar amarca Earth entre as melhores no-vidades do país.

MADE IN BRAZILA brasileira Eliane Elias, ganha-dora do verdadeiro Grammy na ca-tegoria jazz latino com o discoMade in Brazil é mais um dos nossostalentos que vive do reconheci-mento lá fora, mas é ignorada aquino seu país. Caso semelhante àIthamara Koorax, Leni Andrade etantas outras artistas geniais. Aquias emissoras preferem mostrarWesley Safadão, Ludmila e outraspreciosidades. Definitivamente osbrasileiros não conhecem o me-lhor da música brasileira.

FALSIFICAÇÃOA capacidade dos chineses em falsi-ficar marcas famosas começa a as-sustar até os experts. Ofertas mira-bolantes em sites de compra e ven-da virtual é a isca mais utilizada pa-ra pegar incautos. Comprar guitar-ras Fender, Ibanez ou Gibson sem

documentação oriunda das impor-tadoras Pride, Equipo ou Royal é oprimeiro passo para você ser enga-nado e comprar gato por lebre.

NA REDEAs redes sociais se transformaramno maior foco de divulgação e pro-paganda da nova era. Sites e por-tais cada vez mais se valorizam evendem seus espaços a peso de ouropor conta do volume de acessos e doretorno aos anunciantes. Mas exa-tamente aí começa um problemapouco percebido inicialmente e quese transforma em enorme frustra-ção com o tempo. A interatividadeé o fator decisivo e o apelo irresis-tível para a afinidade com o artista.Mas nem sempre essa interati-vidade é benéfica ou bem utilizada.São comuns os desentendimentosque descambam para os xinga-mentos entre artistas e fãs. Os mo-tivos são os mais variados, mas essedescontrole revela facetas até en-tão preservadas da personalidadedo artista. E isso parece criar umfascínio ainda maior pela selva vir-tual. E lidar com isso exige umequilíbrio nem sempre encontra-do entre famosos e aspirantes.

ADELEA cantora inglesa desafinou noGrammy e como toda estrela quese preza colocou a culpa no micro-fone, no piano, no som, no portei-ro e na ONU. Adele é um show,mas não escapa do mal que histori-camente atinge a sua categoria.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

Vigésimo terceiro discode Djavan, Vidas praContar revela um com-positor maduro e talmaturidade leva Djavana exercer seu estilo tãomarcante em gênerosdiversos de música po-pular. No passeio porestilos da música popu-

lar, destaques para a canção Ânsia de viver, um sambasincopado típico de Djavan, que nos lembra ser ele au-tor de clássicos do gênero (Flor-de-Lis, Fato consu-mado etc). Se não vira jazz dialoga com o próprio jazzno peso da introdução instrumental, na forma livrede cantar (com direito a leves improvisos) e nacomplexidade harmônica, para uma letra que é ooposto do bolero, uma celebração do reencontro edo amor de verdade. Já Vidas pra contar é uma, aindaque originalíssima, canção de influência ibérica,com toques flamencos, lembrando essa importanteherança deixada para a música brasileira, especial-mente no Nordeste.

VIDAS PRA CONTARDjavanA cantora e composito-

ra Socorro Lira lança seudécimo álbum e o pri-meiro DVD em quatorzeanos de carreira. Inti-tulado Amazônia - EntreÁguas e Desertos e grava-do em 2013, o álbum trazem seu repertório 14 fai-xas, sendo seis de autoria

própria com parceria de Joãozinho Gomes, RobertoTranjan e o escritor angolano José Eduardo. As de-mais canções são composições de nomes como LuizGonzaga, Nilson Chaves, Vital Farias, entre outros. ODVD de mesmo nome foi gravado no Auditório Ibira-puera em julho de 2014 com direção artística de ElifasAndreato, que assina também a arte gráfica do projeto.Além das canções do CD, duas faixas bônus compõem aobra audiovisual: Delicado, de Socorro, e Poema Didáctico,parceira dela com o moçambicano Mia Couto. O temaprincipal do repertório é a Amazônia física e metafórica.A exuberante floresta amazônica, farta em água e verde,coexiste poeticamente em paralelo com o rico e, por ve-zes, desértico interior humano.

AMAZÔNIA - ENTRE ÁGUAS E DESERTOSSocorro Lira

Em Esfera, Paulo Novaes dá vida a doze de suas cançõese deixa muito claro, em todos os seus aspectos, o con-ceito que nomeia e contextualiza seu primeiro traba-lho: o álbum foi custeado por uma campanha de finan-ciamento coletivo, que contou com o apoio de um pú-blico já fiel a sua música, e teve nos amigos e na famíliao maior suporte durante todo seu processo de realiza-ção. O clima intimista do disco, marca das letras emelodias de Paulo, se faz claro pela própria forma quefoi gravado, no Estúdio Gargolândia, na fazenda da fa-mília Altério, em Alambari. Foi ali que o artista e os

ESFERAPaulo Novaes

músicos, que já o acompanham há mais de seis anos,desenvolveram uma cuidadosa produção, detalhista efocada em consolidar sua identidade musical. A cadafaixa, nota-se a intimidade entre os músicos e o capri-cho nos arranjos. Toda a concepção do álbum, daidentidade visual do encarte aos timbres dos instru-mentos, é pensada para dar coesão a uma única estéti-ca – a própria Esfera de Paulo Novaes. O compositorainda foi zeloso em dividir o disco em lados A e B, emque o primeiro transborda sensibilidade e leveza e osegundo transpira intensidade e vigor. No repertório,além da belíssima faixa-título, estão compiladas can-ções marcantes como Perdoa, Alma e Eu Mesmo, todasde sua autoria, e as parcerias Pequenas Coisas, comDani Black, De repente, com Bruna Caram e LucasCaram, e Tanto a dizer, com Pedro Altério, que assina aprodução musical com Paulo. Pedro Altério tambémempresta seu talento nas guitarras do disco, junto comseu companheiro Tó Brandileone.

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[email protected] | DANIELLI MARINHO

Com participação de 30músicos do Brasil e exte-rior, o CD de “músicainstrumental infantilpara adultos” é o oitavodisco solo do pianista.As faixas, curtas, se suce-dem como episódios, crô-nicas com instrumenta-ções diversas: alguns são

solos de piano, evocando a infância e a reverenciandosem folclorizá-la. A inspiração é o olhar da criança, apaternidade e maternidade, mas a música e a forma derealizá-la estão além, acima e em torno deste olhar.Marimbas, harpas e sons de brinquedos se combinam asaxofones, flautas, violinos, guitarras, muita percussãoe teclados. O CD abre com A Baby Beat, diálogo emoci-onado do piano acústico de Fernando com sons quebuscam a infância sustentados pelo groove dosbatimentos cardíacos gravados no ultrassom que con-firmou a chegada ao mundo de sua filha, então compouco mais de dois meses de gestação. Nos Meus Braçosganhou elenco luxuoso de 30 músicos, do Brasil e deoutros países, que nem sempre precisaram estar juntos– uma cortesia das trocas de arquivos via web adminis-tradas a partir do estúdio TudoPiano, de Moura, no Riode Janeiro. Na faixa Viva a Natureza, por exemplo, a vozde Claudia Oshiro sai de Okinawa para dialogar com oduduk do especialista em sopros Zé Nogueira, enquan-to Pássaros na Montanha tem o fluegelhorn do cubanoLuis Valle em encontro com a percussão afro de CarlosNegreiros. Na mesma direção, a guitarra “novabaiana” de Davi Moraes brinca e dialoga com oMiniMoog de Fernando e com o swing de elefantes esapos sampleados para Animais em Festa. A festa conti-nua com as contribuições da percussão de Ary Dias (ACor do Som), Marcos Suzano e Jovi Joviniano, os so-pros de Carlos Malta, Mauro Senise, Humberto Araú-jo e Andrea Ernest Dias, as cordas “populares” de LuizWaack, Sergio Chiavazolli e João Castilho e as “erudi-tas” de Bernardo Bessler e Ronaldo Diamante, entreoutros vários músicos de igual talento.

NOS MEUS BRAÇOSFernando Moura

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PRG faz eventos no Brasil há maisde 10 anos com grandes projetos

como o Rock in Rio e os Jogos Pan Ame-ricanos em 2007 no Rio de Janeiro. NoBrasil, os parceiros da PRG Alliance sãoespecialistas em iluminação, sistemas desom e vídeo – como paineis de LED etelas de plasma. “Nós conhecemos asempresas do mercado e tivemos a opor-tunidade de trabalhar com elas ao longodos anos. Como o Brasil é um país im-portante no mapa mundial de produçãode eventos, procuramos parceiros para aPRG Alliance que pudessem dar suporteaos clientes da PRG e dos membros daPRG Alliance. Visitamos pessoalmentevárias empresas para saber da qualidadedos equipamentos e dos serviços e bus-camos referências com diretores técni-cos e especialistas na área. A LPL,Loudness e Crialed foram as empresasque escolhemos após esse processo de sele-ção”, explica Tom Van Hemelryck, Diretorda PRG Alliance.

[email protected]

Fotos: Divulgação A

UM BOM LUGARPARA INVESTIRPARA INVESTIR

Embora a crise afaste a ideia de investimento nomercado, existe um outro lado que vê com bons

olhos o mercado brasileiro. Fundada em 2014, aPRG Alliance é um desses investidores. A

empresa decidiu apostar e fechar uma parceriacom três empresas no Brasil, com o objetivo de

suprir a demanda por alta tecnologia enecessidade de equipamentos de ponta para

grandes eventos. A PRG Alliance surgiu com oobjetivo de oferecer para os clientes do mercadode eventos e entretenimento uma sólida rede deprestadores de serviços em produção técnica de

eventos como equipamentos de audiovisual eáreas relacionadas com empresas em diversos

países com alta qualidade e competitividade emseu mercado local.

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Ainda segundo Hemelryck, a Cria-led é especialista em sistemas devideo, como paineis de LED, e temuma grande atuação no mercadotelevisivo, corporativo e de shows.A Loudness além da sonorizaçãode eventos também possui uma di-visão de projetos especiais parainstalação permanente e a LPL é amaior empresa de iluminação tem-porária no Brasil. “Todos têm feitoproduções incríveis nos últimosanos, têm um grande inventório eestão sempre investindo em novastecnologias”, ressalta.

INVESTIMENTOO investimento da PRG Allianceno país tem sido através de acesso acondições especiais para compra detecnologia pelos parceiros da com-panhia e pelo acesso à locação deequipamentos exclusivos da PRG,como as luminárias Icon Beam, BestBoy e Bad Boy, os servidores MBox eas mesas de controle da série V676.“Fora isso, investimos diretamenteem transferência de conhecimento,com workshops e treinamentos emnovas tecnologias e tendências demercado”, acrescenta o diretor daPRG Alliance.Hoje a PRG Alliance conta com16 empresas em 25 países ofere-cendo serviços como produçãotécnica em audiovisual, ilumina-ção, cenografia, automação e es-truturas para rigging e palcos, alémda fabricação de painéis de LED.Para 2016 a PRG vem conversan-do com empresas nas áreas de equi-pamentos de comunicação, gera-dores de energia, logística, produ-ção de conteúdo e estruturas tem-porárias para eventos.

O motivo é que, embora a PRG Allian-ce tenha apenas um membro portecnologia e por país, a empresa estáampliando seus serviços e está abertaa empresas de outros setores que po-dem beneficiar os atuais clientes dacompanhia, como produção de con-teúdo e estruturas temporárias.“Trabalhamos de acordo com o queo mercado precisa. Vemos sim van-tagem em se ter soluções integra-das e as empresas LPL, Crialed,Loudness e PRG já oferecem esteserviço”, avalia Luciana Rosa,Account Manager da PRG Alliance.Para ela, os benefícios para os cli-entes são vários, como o alinha-mento das tecnologias antes doevento, a economia com recursosque podem ser compartilhados e oespírito de equipe que existe naPRG Alliance. “Porém temos cli-entes que preferem contratar osserviços individualmente e pode-mos trabalhar dessa forma tam-bém”, acrescenta.Quanto ao momento econômicodesfavorável que o Brasil atraves-sa, Hemelryck afirma que o merca-do tem que continuar acompa-nhando as tecnologias internacio-nais. “Mesmo com a crise vemosmuitas possibilidades em progra-mas televisivos com cada vez maisuso de tecnologia – vemos mais emais o uso de paineis de LED dealta qualidade e iluminação de es-petáculos em programas de TV queseguem formatos internacionais,como shows de talentos e realityshows”, comenta. Vemos o aumen-to do número de espetáculos tea-trais no formato de musicais inter-nacionais e eventos de grande portenos mercados de eventos corpor-

tativos e esportivos. “O que acredi-tamos é que os investimentos de-vem sempre ser focados em equipa-mentos que acompanham estastendências e podem oferecer dife-renciais que impactam positiva-mente a experiência para os espec-tadores”, comenta.

EXPANSÃOContinuar a expansão com foco emfornecedores de qualidade. O objeti-vo da PRG Alliance é ter um total de30 membros em países estratégicos,tornando-se uma plataforma de em-presas sérias e que cooperam ativa-mente. “Nosso objetivo agora é fazercom que mais pessoas conheçam aPRG Alliance, facilitar a troca deconhecimento entre os membros efomentar novos negócios.Estamos investindo mais em parti-cipação em feiras internacionais eem criar mais benefícios para osmembros”, antecipa Luciana Rosa.Entre os países que podem entrarnessa expansão geográfica estãoempresas no Chile, Paraguai, Po-lônia, Índia, Croácia, além de ou-tros países do Oriente Médio, Ásiae Leste Europeu.“Procuramos qualidade de serviçose equipamentos, reconhecimentodo mercado e espírito colaborativo.Procuramos empresas que inves-tem em novas tecnologias, que sepreocupam em entender as deman-das dos clientes e que seguem nor-mas locais e internacionais de se-gurança ocupacional. Nossa in-tenção é sempre buscar parceriasde longo prazo e precisamos deempresas com compromisso nocrescimento coletivo de todos osmembros”, ressalta Rosa.

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DUALDYNEDUALDYNESOM DINÂMICOSOM DINÂMICO

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Fotos: Divulgação

equipamento é um inovador proje-to de engenharia, tendo em vista

que o KSM8 é o primeiro microfoneportátil do mundo com diafragma du-plo para reprodução de voz com respos-ta flat e incrível controle de efeito deproximidade. O modelo amplia a linhade microfones com fio da empresa, queinclui vários produtos que são referên-cia na indústria, como os microfonesUnidyne® 55 e SM58®.

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sem efeito de proximidade

Projetado para apresentações ao vivo emque a clareza vocal e a qualidade de somsão absolutamente essenciais, o KSM8não só atende aos mais exigentes padrõesde qualidade e confiabilidade, como tam-bém possui a versatilidade para adaptar-se a ambientes em constante mudançasem afetar a performance.O novo modelo da Shure promete revo-lucionar o universo dos microfones di-nâmicos utilizados em aplicações ao

A Shure apresentouao mercado seu

mais novomicrofone vocal

dinâmico dediafragma duplo

KSM8 Dualdyne™durante a NAMM2016, realizado na

cidade de Anaheim,Califórnia (EUA).

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vivo. Ele proporciona a engenhei-ros de som um microfone dinâmi-co praticamente sem efeito de pro-ximidade, com domínio do ruídofora do eixo e precisão de saída quenão requer a presença dos picos eroll-offs característicos de outrosmodelos do mesmo tipo. Ao ofere-cer uma reprodução vocal incom-parável, o KSM8 elimina quase to-talmente a necessidade de equa-lização e processamento.

“A rejeição fora do eixo desse micro-fone é algo realmente impressionan-te”, comentou Michael Abbott, quecomanda a mixagem dos programasThe Voice e Shark Tank. “A baixafrequência é muito suave, e eu noteiclaramente um bom controle deproximidade, o que é uma grandenecessidade do nosso apresentadorCarson (Daly). Além disso, a res-posta de alta frequência é nitida-mente melhor. Esse é um microfo-

ne projetado de maneira excepcio-nal pela Shure”, disse.Produzido meticulosamente paragarantir uma reprodução vocal damais alta qualidade e controle dereforço de som para apresentaçõesao vivo de nível internacional emlocais profissionais, o KSM8 possuio mais puro padrão polar cardioide

Ao oferecer uma reprodução vocal

incomparável, o KSM8 elimina quase

totalmente a necessidade de equalização

e processamento.

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já desenvolvido até hoje, proporcio-nando inigualável consistência em de-sempenho no eixo, não importando atécnica vocal de quem o utiliza.“Fazer parte do ressurgimento dos micro-fones dinâmicos me entusiasma profunda-mente, uma vez que nossos clientes semprenos perguntavam o que havia de novo comrelação a esse tipo de equipamento”, afir-ma Scott Sullivan, diretor sênior de ges-tão global de produtos da Shure. “Quandose trata de tecnologia e desenvolvimentode microfones, a Shure possui o que con-sidero a ‘fórmula secreta’. Na minha opi-nião, e graças ao nosso excelente departa-mento de engenharia, nenhuma outraempresa poderia ter conseguido o que fi-zemos com o KSM8”, desafia.De acordo com John Born, gerente deprodutos da Shure, para tornar o con-ceito Dualdyne uma realidade, foi pre-ciso reinventar a forma de produção dosmicrofones dinâmicos. “Sabíamos que aúnica maneira de dar vida ao conceitoera deixar para trás todas as peças e mo-delos de projeto já existentes e recome-çar do zero. Desde então, dedicamosmais de sete anos de engenharia e de-senvolvimento para criar algo de quesabíamos que o mercado precisava, masnunca tinha visto. Como resultado, aintrodução do KSM8 revela um ele-mento de microfone dinâmico total-mente novo”, acrescentou.A capacidade de praticamente eliminaro efeito de proximidade e controlar a re-jeição fora do eixo é proporcionada pelacápsula Dualdyne do KSM8, que possuidois diafragmas ultrafinos – um ativo eoutro passivo –, e por um inovador siste-ma de fluxo de ar invertido. Além disso,

seu corpo à prova de choques pneumáti-cos oferece excepcional rejeição de ruí-dos de manuseio sem que haja nenhumaperda na resposta de baixa frequência.Como em todos os produtos Shure, odesign e a durabilidade de padrão interna-cional estão presentes em cada aspecto doKSM8. Uma grade resistente a amassos, re-forçada em aço-carbono e revestida comtecido hidrofóbico, garante excelente pro-teção contra ruídos de vento e sons explo-sivos, além de ser quase totalmente à provad’água. O punho de alumínio – disponívelcom acabamento em níquel escovado oupreto – completa a estética sofisticada e só-bria do novo modelo de microfone, tor-nando-o perfeito para qualquer palco.O KSM8 está disponível também comoopção de transmissor portátil para ser uti-lizado com os sistemas sem fio Axient®,UHF-R®, ULX-D® e QLX-D®, e comocápsula sem fio para uso com outros sis-temas sem fio da Shure. Adicionalmen-te, os novos transmissores do KSM8 sãooferecidos agora com um acabamento emníquel escovado nos sistemas sem fioULX-D e UHF-R.

Para saber online

www.shurebrasil.com

Membros do Shure Global Product Management and Product Development com o KSM8 Beta

Fazer parte doressurgimento dos

microfonesdinâmicos me

entusiasmaprofundamente,

uma vez que nossosclientes sempre nosperguntavam o quehavia de novo comrelação a esse tipo

de equipamento(Scott Sullivan)

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aptar e sonorizar a passarela do sam-ba é um projeto bastante complexo,

devido as enormes variáveis que com-põem o desfile das Escolas de Samba. É oequivalente a um “palco móvel” (bateriada escola – com cerca de 280 músicos daescola, mais um carro de som com oscantores), que percorre 700 metros deavenida com mais de 3.800 integrantes

[email protected]

Fotos: Ernani Matos

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DIGITAL

Em 2016, a Gabisom, quesonoriza o carnaval do

Rio de Janeiro há 15anos, implantou todo o

tráfego de sinais emformato digital e usou

pela primeira vez oConsole Rivage da

Yamaha para gerenciartodos os delays do

Sambódromo.

CARNAVALCARNAVAL

cantando e sambando em cada um dosseis desfiles por noite, ao ar livre com vá-rias arquibancadas de concreto em am-bos os lados. Devido a essas particularida-des é necessário um excelente e precisosistema de captação do áudio nas diversasfontes, com um processamento dos delaysnas torres de sonorização sincronizadocom o “palco” móvel e com o reforço so-

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noro nas 48 torres (caixas acústi-cas) colocadas em toda a extensãoda pista. Para entender melhor adinâmica do carnaval, conversa-mos com Peter Racy, Eder Moura eValtinho Silva; todos da Gabisom.

FUNCIONAMENTO

DO SISTEMA DE DELAY

Valter Silva, ou Valtinho é o pro-fissional responsável pela configu-ração e operação do processo dosdelays na avenida. Ele explica queo funcionamento de todo o proces-so na Sapucaí é um trabalho deequipe. “Recebo os sinais mixados(via subgrupos) para que os mes-

mos sejam reproduzidos nastorres de som da avenida dosamba. Imaginem um conso-le de monitor onde tenhoque alimentar 48 outs (tor-res). O grande problema écomo resolver a equação doponto 0 (zero) de referên-cia do delay. Normalmenteo diretor de bateria está auns 30 metros do cami-nhão de som, temos o somdireto vindo do caminhãomais o som das torres, sendo quenosso ponto zero se move, e conse-quentemente os delays também.Ainda temos os integrantes da es-

cola na avenida, que não podemcantar o samba fora de tempo, e opúblico nas arquibancadas, que es-cuta o som de uma maneira peculi-

ar, isto é, não é a mesma das pes-soas que desfilam na avenida”, falaValtinho. Tudo parece complicado

Recebo os sinais mixados (via

subgrupos) para que os mesmos sejam

reproduzidos nas torres de som da avenida

do samba. (Valtinho)

“Usei a capacidade de processamento da RIVAGE, através dos auxiliares, do sinal ASBU para as

torres de som”. Valtinho Silva (Gabisom)

Interior do carro de som

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Inovações

Backstage - Peter, em relação ao ano pas-

sado, que inovações a Gabisom está tra-

zendo para a sonorização do carnaval

deste ano?

Peter Racy - Este ano foram feitas algumasmelhorias importantes. Uma foi a inclusão deuma rede de fibra óptica interligando ahouse mix às seis salas de amplificadoresposicionadas ao longo da avenida (além daoutra rede de fibra já utilizada em anos ante-riores para controlar e monitorar os amplifica-dores via LAN). Com esta nova rede, envia-

mos os sinais de áudio para os amplificadoresem AES/EBU, sendo que as consoles tambémestavam interligadas via AES/EBU; evitando as-sim cerca de dez conversões ADDA ao longo dopercurso. Esta nova rede foi montada em cimade uma plataforma Digico SD-7, com um SD-Rack em cada sala de amplificação e fibrasoptocore interligando cada nodo.Outra modificação importante foi a inclusãodo sistema de RF 9000 da Sennheiser. Tive-mos também um especialista, Kevin Jung,coordenando as frequências, mantendoconstante atenção ao ambiente de RF daavenida que é uma tarefa bastante difícil,pois, no decorrer do desfile, estão constan-temente entrando novos usuários num ambi-ente de RF já bastante denso. É uma penaque, apesar de se pagar para utilizar deter-minadas faixas de frequência, não há ga-rantia que elas fiquem limpas.

Backstage - Mesmo após os 15 anos so-

norizando o carnaval, que dificuldades

ainda acontecem?

Peter Racy - Eu diria que as dificuldadescom a sonorização do carnaval são devidasà natureza do espetáculo, onde as distânciassão grandes. Há muita gente envolvida, tanto

Em entrevista à Backstage,Peter Racy comenta sobre as novidades que a Gabisom trouxe

para a passarela do samba em 2016.

Digico SD7 usada como plataforma da rede digital

Peter Racy (esq.) e Marcos Posato

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Outra modificaçãoimportante foi a

inclusão dosistema de RF 9000

da Sennheiser.Tivemos tambémum especialista,

Kevin Jung,coordenando as

frequências,mantendo

constante atençãoao ambiente de RF

da avenida que éuma tarefa

bastante difícil,pois, no decorrerdo desfile, estãoconstantementeentrando novos

usuários numambiente de RF já

bastante denso.(Peter Racy)

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nas Escolas, quanto na plateia, quantona nossa equipe, e ainda por cima, éum show que se movimenta! Não hácomo escapar destas dificuldades,mesmo com toda a tecnologia e conhe-cimento no mundo. Mas conseguimos,sim, minimizar as chances de ocorre-rem problemas, utilizando tecnologiade ponta, equipamentos robustos e sis-temas de trabalho já testados ao longodos anos.

Backstage - Quais são as diferenças

(grau de dificuldade e facilidades)

entre sonorizar o Carnaval do Rio e

os shows ao vivo?

Peter Racy - Como mencionado acima, agrande diferença entre sonorizar um showconvencional e o Carnaval é que, além doCarnaval ser um show de grande exten-são, onde devemos sonorizar a avenida(que seria o Monitor) e as arquibancadas(que seriam o PA e delays), o palco princi-pal e o artista (escola, bateria e músicos)ainda estão em movimento, o que se trans-forma numa equação bastante complexa.Existem inúmeras nuances que devem serconsideradas, inclusive alguns costumescentenários do espetáculo, que persistem

ao longo dos anos e são difíceis de se-rem atualizados.

Backstage - Sobre a captação do

áudio, quais foram as dificuldades

e as soluções encontradas?

Peter Racy - A captação é toda con-centrada em torno do carro de som,onde se encontram os receptores dosmicrofones sem-fio. A bateria é capta-da por overheads, com microfonesem varas, onde uma equipe demicrofonistas posiciona as varas se-guindo orientações dos técnicos, eacompanham o desfile. Alguns instru-mentos contam com close-micing, talcomo em uma orquestra em que sãousados como complemento aos over-heads para acentuar certas peças.Os vocalistas e instrumentistas costu-mam ficar em cima ou próximos aocarro de som, também com microfo-nes sem-fio.

Backstage - Quais sistemas de re-

forço do som foram usados neste

ano e por que a escolha?

Peter Racy - Continuamos utilizandoum sistema dedicado VTX e persona-lizado para essa operação. Sua esco-lha é pelo resultado obtido com asmodificações temporárias e a ro-bustez (dois quesitos imprescindí-veis), ganhando com a praticidadedos amplificadores, que, ligados emrede LAN, podem ser controlados emonitorados a partir da central. As ex-ceções são a sonorização das frisas,que ficam por conta das Norton LS-4II,e da Avenida Presidente Vargas, ondesão usadas KF 850/TAD da EAW paraque as Escolas ouçam o samba en-quanto estão se posicionando antes deentrar na Sapucaí.

Backstage - Como técnico, o que

gostaria de citar na sonorização

do carnaval?

Peter Racy - O Carnaval em especial,mais até do que em shows e festivaisnormais, depende de um esforço gi-gantesco e entrosamento entre todosda equipe. Sem uma boa equipe, nãose faz um bom carnaval. Não consegui-ria mencionar todos os nomes aqui,mas vai aí uma salva de palmas a todos.

Torres de som

Sistema de microfones sem fio

e tem que ser resolvido para funci-onar em harmonia. Como existeum sistema de posicionamento docaminhão na avenida, que é ativadoassim que ele entra na passarela dosamba, mandando sua posição paraa sala de delay, quando esse sistemaé ativado, via MIDI, ocasiona a tro-ca das cenas previamente colocadasna Rivage. “O meu trabalho é cui-dar dos delays na avenida para to-dos (integrantes e público) ouvi-rem o samba no mesmo tempo, in-dependente da posição do carro naavenida. São mais de 100 cenas quesão trocadas durante o desfile, queforam previamente “presetadas”em função da posição do cami-nhão”, completa Valtinho.

Nota da redação:Os números dos músicos da bateria edos integrantes das agremiações sãouma média das Escolas de Samba dogrupo especial no Rio de Janeiro.

Caixas Norton SL4 direcionadas para as frisas

Caixas VTX (JBL) direcionadas para arquibancadas

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A rede digital

Backstage – Por que foi escolhido este sis-

tema de tráfego para o carnaval do Rio?

Eder Moura - O sistema foi escolhido pelapraticidade e alta disponibilidade de siste-mas DiGiCo na empresa.

Backstage - Como foi o percurso do si-

nal e a função de cada equipamento?

Eder Moura - Temos um SD Rack em cadasala de Rack com AES/EBU cards, quedistribui o sinal direto para os amps. NoSetor 9 temos SD Racks com inputs AES/EBU, lembrando que cada torre recebevários sinais.

Backstage - Quais são os diferencias

positivos neste sistema?

Eder Moura - É a transmissão via fibra óti-ca, sendo tudo digital em 96K, sem falar namelhoria significativa na qualidade do sinal,sem a perda nas conversões.

Backstage - E os pontos negativos?

Eder Moura - Como no sambódromo nãohá canaletas para passar os cabos, isto setorna um problema devido às constantesobras nos camarotes.

O carro de som

A Gabisom disponibiliza três carros de sompara o evento. Cada carro tem um consoleRAMSA S840; Sistemas de microfonesShure (UR4D) e Sennheiser (9000) e Lec-trosonics. Reforço sonoro: 4 caixas K-Arraye Caixas Meyer Sound (MJ212 e USM 1P).

“Temos três sistemas de tráfego: o principal, digital (fibra); o standy by (analógico- cabosmultivias) e o standy by do standy by (rádio)”.

Eder Moura fala sobre a rede digital que foi montadaesse ano no Sambódromo.

Rack de microfones sem fio Shure

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Figura 1

FLEX PITCH:FLEX PITCH:

rimeiro, relembraremos como ati-var o modo Flex. Temos duas formas

de fazer isto:1) Escolha o botão Edit > Show FlexPitch/Time na barra de menu da área deTracks, ou utilize o atalho Command +F. ou; (vide figura 1).2) Clique no botão Flex no menu daárea Tracks (vide figura 1).

Em ambos os casos, um botão de Flex apa-recerá em cada trilha e também um menu.Clique no botão Flex da trilha que vocêdeseja editar e o menu ficará disponívelpara que você possa escolher o algoritmode Flex Pitch ou Flex Time (figura 2).

P

X

Para ligar o Flex no Editor de áudio, abra oeditor usando uma das seguintes maneiras:•Selecione uma trilha de áudio, escolhaView > Show Editors;•Selecione uma trilha de áudio e depoisclique no botão de Editores na barra decontrole; ou•Clique duas vezes sobre uma regiãode áudio.

Clique sobre o botão Flex na barra demenu do editor de áudio, ou utilize oatalho Command + F. Antes de fazerisso, lembre-se de clicar sobre o espaçode trabalho do editor para que este este-ja selecionado. Um menu de Flex apare-

LOGIC PRO

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

ajuda na edição de vocais eeconomia nas horas de estúdio

Aqui vamos nósfalar sobre FlexPitch. Como já

falamos em outrasedições, o Flex

Pitch é um recursoque evoluiu desde

as primeiras versõesdo Logic Pro,

quando o áudio jáera uma constante.

Daí em diantetivemos vários

plug-ins echegamos ao Flex

Pitch, que substitui,de forma menos

sofisticada, o usodo Melodyne em

alguns casosde edição.

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ce ao lado direito do botão Flex nomenu do editor de áudio. Novamentevocê poderá escolher o algoritmo desua escolha (vide figura 3).Após selecionar o algoritmo de sua es-colha, de acordo com umas das formascitadas anteriormente, também é pos-sível definir um mesmo algoritmopara todas as trilhas de áudio. Para

isso, aperte a tecla Shift em seu tecla-do enquanto escolhe o algoritmo de-sejado. Se quiser também selecionar asregiões específicas para edição Flex,selecione uma região de áudio, depoisative ou desative a opção Flex nomenu de Regiões (vide figura 4).Tendo revisado tudo isto, vamos ago-ra utilizar o Flex Pitch.

Figura 2

Figura 3

Figura 4

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O Flex Pitch é uma configuração basea-da na trilha de áudio que determinacomo o pitch (altura) será alterado. Oalgoritmo possui dois parâmetros:•Formant Track: define o intervalo emque as formantes são detectadas.•Formant Shift: define como os for-mantes se ajustam às mudanças de altu-ra. Quando em 0, os formantes são ajus-tados junto com as mudanças de altura.Escolha no menu Flex a opção FlexPitch (figura 5). Você notará que, emvez de transientes, agora aparecem pe-quenos quadradinhos rachurados, sem-pre com uma linha no final. A linhacentral é onde o Logic reconhece as no-tas que estariam afinadas no tom corre-to. Se você selecionar todo o conteúdoclicando sobre a área escura e lançar to-das as notas, verá que ficam todas

marcadas numa cor fechada (figura 6).Na figura 6, não é possível visualizar,mas se você clicar sobre uma das notas(quadradinhos azuis) aparecerá umaseta com duas direções verticais. Com omouse segurando esta flechinha e todasas notas selecionadas aproxime a setapara a região central. Todas as notas semexerão até que apareça uma linha, ouseja, onde o Logic supõe que todas asnotas estejam afinadas. Na figura 7 vejao resultado final, em relação à figura 6.Abrindo agora o editor de áudio (dan-do dois cliques sobre a região selecio-nada), é possível ver as notas em rela-ção à onda (figura 8). Veja no meuexemplo que existe uma nota que oLogic não identificou, logo após o pri-meiro retângulo azul. Para que o Logicconsiga identificá-la, troque a ferra-

O Flex Pitch éuma

configuraçãobaseada na

trilha de áudioque determina

como o pitch(altura) será

alterado. Oalgoritmo

possui doisparâmetros

Figura 5

Figura 6

Figura 7

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menta principal para Pencil nomenu do editor de áudio. Com omouse pressione e mantenha-oseguro até que apareça uma linhaazul (figura 9). Arraste esta linhaaté o início da região de áudioonde não houve a identificaçãoda nota. Aparecerá então a notaidentificada (figura 10).Em alguns casos, o Logic Pro nãoidentifica alguns pedaços da ondaonde parece que existem notas,mas ao ouvir percebemos que sãooutros tipos de ruídos e não notasem si. São aqueles pequenos mo-mentos de respiração, ou um tipode ruído da garganta, palavras comconsoantes plosivas (p, t, etc) noinício, finalizações em s, entre ou-tros. Outra situação no processode identificação é que, em algunscasos, o Logic junta duas notas dealturas diferentes em um únicoevento (um daqueles retângulosque conseguimos visualizar). Nes-

tes casos, basta utilizar a mesmaferramenta Pencil que utilizamospara encontrar uma nota não iden-tificada e ir com a linha azul atéonde se quer dividir o grupo de no-tas e, automaticamente, o Logic di-vidirá esse grupo encontrando umanota correspondente. Verifique noarquivo de áudio se a altura encon-trada para essa nova nota está cor-reta, ouça também o áudio. Se acharalgo estranho, vá com a linha azulaté um pouco antes da célula queserá dividida para ver se o Logic fazum novo reconhecimento.Outra questão importante aousar o Flex Pitch. Em cada retân-gulo, também conhecido comoNote Event, podemos alterar 6parâmetros (cada uma das boli-nhas em volta do retângulo di-zem respeito a um parâmetro) acitar: Pitch Drift da esquerda,Ganho, Fine Pitch (ajuste fino),Vibrato, Pitch Drift da direita,

Para saber online

[email protected]

www.veramedina.com.br

Formant Shift. Cada Pitch Drift(esquerda ou direita) pode ligarvárias notas numa frase e, além danota estar afinada, podemos fazeralterações na forma que elas se li-gam para evitar quedas bruscas naaltura, ou até mesmo falhas docantor(a). Veja nas figuras 11 e 12o arquivo com alterações nestesparâmetros (antes e depois). Umoutro artefato interessante é ovibrato. Às vezes, quedas bruscasno final da frase ou palavra podemser corrigidas apenas alinhandomelhor o vibrato.Acredito que, com essas dicas, jáseja possível fazer muitas altera-ções e um melhor uso do FlexPitch. Caso tenham dúvidas, envi-em que as responderei.

Figura 8

Figura 9 Figura 10

Figura 11

Figura 12

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FADES E CROSSFADES

Ableton Live é um Loop Base soft-ware e, para facilitar as coisas, quan-

do você opera com loops (quem começoulá atrás com os velhos Emulator Samplerdeve lembrar), você deve editar a entradado som (começo) e a saída do som (final)para que a transição entre um loop e ou-tro seja suave, sem pops ou clicks. Porisso, criamos os Fades (in e out). Paranossa sorte o Ableton Live, por padrão*,faz esse trabalho maravilhosamente e

ABLETON LIVEABLETON LIVE

automaticamente toda vez que você criaum loop ou importa no programa.

FADES

Ao importar ou gravar qualquer segmentode áudio, o Ableton Live cria um envelopede entrada e saída no áudio no começo efinal de cada segmento“amaciando” a en-trada e a saída, evitando qualquer porçãodo áudio que não tenha sido cortado(trimmed) em Cross Zero (0).

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de Orquestra,

música para cinema e sound design na Berklee College of Music,

em Boston.

O

Nesses quase 15anos em que

trabalho comAbleton tenho

notado quealgumas pessoas

ainda seconfundem um

pouco com ostermos Fade e

Crossfades nanomenclatura do

Ableton Live. Antesde tudo, por favor,

entenda que issonão tem nada a

ver com a Virada,termo usado por

DJs para falar doMix fading:

quando se faz atransição de uma

música para outra,subitamente ou

suavemente, e quetem contribuído

para aumentar aconfusão.

01 - Fades aplicados

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Isso acontece mesmo; é normal e dá muito trabalho edi-tar. Não vale a pena se preocupar com esse detalhequando se faz um loop em real time ali na performance.Na imagem anterior não dá para notar bem, mas quan-do você dá um zoom em qualquer segmento de áudiovocê poderá reparar essa pequena sombra (seta verme-

lha) indicando que ali tem um “Fade” (Fade in, no caso).

Aqui vemos o Fade in e o Fade out.*Caso você, por alguma razão, não queira que oAbleton Live aplique automaticamente aos seus seg-mentos de áudio esses Fades, você pode desabilitarisso em “Preferences” “Ctrl +,” no PC e “Comm + ,”no Mac (imagem “05 - Preferences”).

Evidentemente você pode querer editar esses fades e,claro, o Ableton Live permite que você faça isso! Paratanto selecione “Fades” no Fades/Devise Chooser paravocê poder visualizar a barra do Fade Envelope.

Para editar o Envelope, arraste a Aste (Spline) do enve-lope por essa pequena âncora (esse pequeno nó superior

02 - Fade detalhe 03 - Fade detalhe

04 - fade detalhe 05 - Preferences

06 - Fade Select

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na Aste - Fade in Handle). Isso edita otempo do Fade In!

Essa outra âncora no meio da Aste (Spline)

edita a amplitude, o volume de transição.

CROSSFADES

Usando dois segmentos de áudio, vocêterá uma transição suave ou controlada

entre Sample 1 e Sample 2! O resultadodessa operação é um Crossfading.

No mesmo modo dos Fades, habilite oFades Envelope no Fades/Devise Chooser

(seta amarela na imagem).Exatamente como se faz com os Fades

Splines Envelope, você pode editar os FadeIns e Fade Outs arrastando as âncoras.

07 - Fade Edition

08 - Cross Fade

09 - Habilite Fades

No mesmo mododos Fades, habilite

o Fades Envelopeno Fades/Devise

Chooser.Exatamente como

se faz com os FadesSpines envelope,

você pode editar osFade Ins e Fade Outs

arrastando asâncoras.

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As diferenças começam aqui: aocolar um segmento de áudio nooutro, os Splines se fundem (diga-mos assim), permitindo um cross-fading (uma transição) entre umsegmento e outro. Arrastando a ân-cora superior (mark vermelha), para

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

esquerda ou direita, você visualizaperfeitamente o efeito da transiçãode um áudio ao outro. O Fade out doprimeiro Sample termina ao mesmotempo que o Fade in do segundoSample vai começando. Movimen-tando essa âncora ao centro (mark

10 - Edite Fades

11 - Cole um Sample ao outro

12 - criando editando cross

13 - Cross fade amplitude

14 - fixando Cross fades pref

amarela), para cima ou para baixo,você modifica a amplitude (o volu-me da interseção dos dois segmen-tos de áudio).Após concluir sua operação de edi-ção, você deve clicar com o botão di-reito em uma das âncoras editadaspara salvar essas informações no do-cumento de preferências desse seg-mento de áudio (normalmente essedocumento fica no mesmo diretóriodo áudio. Esse documento vemacompanhado da extensão .asd).

Com esse tutorial, além de descre-ver a matéria em si, acho que aca-bamos também com a polêmicaFade ou Crossfades.Mas sempre terá alguém (claro) quepoderá argumentar se não seria maisfácil assim ou assado. Tudo bem, fazparte do mundo criativo.Não se intimide, só faça o seu melhor!Boa sorte a todos!

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REPO

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[email protected]

Fotos: Divulgação

A Avolites promoveuo treinamento Open

Day da AvolitesBrasil nos dias 19 e

20 (SP) e 25 e 26(RJ) de janeiro, e

teve entre os temaso sistema Titan.

AVOLITESurante o evento, os participantes as-

sistiram a uma introdução à interfacedo sistema, bem como uma explicação so-

bre cada área e suas funções. Lucas Gallar-do, suporte técnico da Avolites no Brasil,

juntamente com Aziz Adilkhodjaev, daaréa de suporte técnico e vendas para a

América Latina, apresentaram funções eopções para otimizar a programação.

No primeiro dia de treinamento no Riode Janeiro os participantes tiveram uma

D

AVOLITESrealiza workshop em

São Paulo e Rio de Janeiro

introdução à interface Titan bem como

uma explicação detalhada sobre cadaárea e suas funções. “Sabendo usar o

sistema Titan, o usuário é capaz de utili-zar os demais sistemas da linha Titan da

Avolites”, ressaltou Lucas. Outra carac-terística com relação ao sistema Titan

em comparação aos outros sistemas daAvolites é que ele não se limita a 40 atri-

butos por aparelhos, assim como era nomodo clássico da Pearl 2010.

Page 53: Edição 256 - Março 2016

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Essa primeira parte do workshopseguiu com a apresentação das fun-

ções e opções para otimizar a pro-gramação, além de demonstração

de como programar os aparelhos,com explicações sobre algumas

especificidades da programação.Foram abordados ainda temas co-

mo Workspace window, Memorycue, Chase e Pixel mapping mais

complexo para o programador.O primeiro dia teve ainda expli-

cações sobre o uso do timecode,funções de definições de teclas e

macros. Os participantes pude-ram aprender como configurar o

Key Frame Shape, programar oPixel Mapping por layers e saber

como acessar as funções melhora-das do sistema.

O segundo dia de treinamentocontou com temas mais complexos

e avançados. Quem esteve presen-te pode vivenciar o passo a passo

para programar um show usando osistema Titan a partir da mesa

zerada. Foram apresentados tam-bém o passo a passo de como criar

um Pixel Mapping, tempos indivi-duais e muitas outras dicas para

programação do show file. Comogravar time code e toda a parte de

criação de cue list ficou para o finaldo dia. Ao final do evento, ainda

foram apresentadas as novidadesque virão com a versão 10. Foram

destacadas algumas melhorias enovidades no sistema tais como

novas funções do programador(Undo hits, Halo button, Freeform

entre outras). No entanto, a quemais agradou a todos foi a grande

novidade do 3D integrado no sis-tema Titan.

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CADERNO ILUMINAÇÃOVI

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ACL 360I www.elationlighting.com

A Elation lança seu mais novo equipamento ACL 360i, um po-deroso moving com efeito beam com a intensidade de um ACL

beam, tornando-o perfeito para um visual de movimento rápi-do, efeito spot ou belíssimos efeitos de movimentos largos

quando usado em configurações maiores. Um simples RGBWLED de 60W combinado com uma ótica avançada produz um

denso e uniforme beam de 4° com mutação de cores. As opçõesde lentes Frost com abertura de 10° a 45° (que vêm incluídas)

podem ser empregadas para atenuar ou espalhar o efeito beamem aplicações de efeitos wash. O equipamento é controlado via

3 modos DMX (16/18/20 canais) e também por RDM (RemoteDevice Management), KlingNet™ ou Art-Net. O ACL 360i

também inclui na sua característica padrão conexão para en-trada e saída DMX de 5 pin, conexão de entrada e saída

powerCON e conexão de entrada e saída RJ45 Ethernet(KlingNet™ / Art-Net). Seis botões de controle por toque no

painel com um display de menu reversível full color de 180° tor-na a navegação amigável e fácil por meio do DMX e configura-

ção manual. Uma fonte de alimentação de detecção automáticaabrange todas as tensões e frequências dos diversos locais em

que o equipamento for utilizado.

SQUAREwww.robe.cz

O Square, da Robe, oferece uma nova gama de possibilidade a partir dacombinação de projeção de video, pixels, animações, efeitos beam e LED

wash, tudo em movimento contínuo de rotação do equipamento. A ma-triz LED de 25 multichips RGBW em arranjos de pixels mapeados pode

ser controlada via canais RGB tradicionais ou por algum tipo de aplica-ção de network. Nove motores de efeitos controláveis individualmente

podem criar efeitos beam ou animações no ar. Cinco layers de zoom inde-pendentes oferecem possibilidades únicas de ondas de zoom e uma com-

binação de cobertura wash nas bordas e efeito beam no centro ao mesmotempo. Um movimento contínuo de rotação de tilt e pan oferecem cria-

ções de videos bem como de elementos cenográficos.

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ARENAwww.avolites.com

Avolites Arena é a mesa ideal para festivais, teatros e qualquer outro lugar onde haja neces-

sidade de grande controle de superfície. O equipamento combina a mais popular interfaceda Tiger Touch II com mais opções de controles ao vivo. No vibrante display principal uma

segunda tela sensível ao toque proporciona uma janela de área de trabalho adicional, alémde rotular os botões de macro adjacentes. As seis telas LCD mostram legendas eletrônicas

para 30 faders, para acesso de velocidade a todos os seus playbacks, equipamentos e paletas.Uma nova marca ótica significa que a Arena é equipada por conexões de fibra, sem perda de

sinal a longas distâncias, que pode ser desde a house mix até o palco, principalmente emlocais grandes e descobertos. Por oferecer compatibilidade Multi User, a Arena pode ser

usada como master, back up ou superfície extra de programação.

ACL BAR™www.elationlighting.com

Este equipamento é uma luminária versátil que apresenta individualmente 7 lâmpadas de 15WRGBW de LEDs 4 em 1 e o avançado sistema ótico Collimator. Pode ser usado tanto como um

pixel bar para visualização de imagens quanto uma luminária wash para superfícies de ilumina-ção e palcos, tendo em vista que consome o máximo de 135W de potência. O ACL é capaz de

produzir um efeito laser homogêneo beam de 4 graus a partir de cada lente com extrema eficiên-cia de saída e ainda oferece um controle total de pixel além de efeitos internos e macros embuti-

dos. O equipamento também pode ser usado como um aparelho wash a partir do filtro frost remo-vível que está incluído.

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CADERNO ILUMINAÇÃO

avid Robert Jones, nascido em Brixton, Londres, nodia 8 de janeiro de 1947, seria eternizado como

David Bowie a partir do lançamento de uma cançãoMod intitulada Can’t Help Thinking About Me no dia 14

de janeiro de 1966 (lançada por David Bowie & TheLower Third). Esta data marca não somente o surgi-

mento de mais um artista na efervescência pop da dé-cada de 1960; marca a transformação de um aplicado

D estudante de artes, compositor arrojado e multi-ins-trumentista em uma estrela que revolucionaria a mú-

sica e a cultura pop, na década seguinte.A transformação de David Bowie em ícone ocorreria

no segundo semestre de 1971. Com a banda que viriaser denominada de The Spiders From Mars (Mick

Ronson na guitarra e backing vocals, Trevor Bolder nobaixo e Mick ‘Woody’ Woodmansey na bateria, além

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador

em Iluminação Cênica.

David Bowiesempre será uma

referência e umícone para a

cultura pop, assimcomo para a

história dailuminação cênica.Foram múltiplas as

suas contribuiçõesao desenvolvimento

dos espetáculos einterações cênicas

presentes nasapresentações

teatrais-musicaisque ocorreram com

mais ênfase noinício da década

de 1970. DAVID LIVEDAVID LIVE

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das contribuições posteriores do dis-creto Mike Garson nos teclados – e

que oficialmente não fazia parte daSpiders From Mars), Bowie faria a pri-

meira apresentação como Ziggy Star-dust no dia 10 de fevereiro de 1972

em um pub denominado The TobyJug, em Tolworth (subúrbio de Lon-

dres, Inglaterra).

A Diamond Dogs Tour seria um divisorde águas na história dos palcos do

rock’n’roll, pela sua complexidade(seis dias para a montagem) e pelo re-

sultado, único (inspirado, visualmen-te, na obra de George Grosz). A ilumi-

nação ficou a cargo de Jules Fisher,

renomado iluminador da Broadwayque apresentou Ravitz a Bowie e foi

decisivo para viabilizar as ideias arro-jadas e ambiciosas de Bowie.

A Diamond Dogs Tour, mesmo focadana Obra de Orwell, também deveria

incluir elementos urbanos dos discosanteriores – a era Ziggy Stardust, com

os sensacionais Pin Ups (1973), Alad-

din Sane (1973), The Rise and Fall of

Ziggy Stardust... Para a iluminação, ca-

nhões seguidores, elipsoidais, e mes-mo neon e lâmpadas fluorescentes fo-

ram utilizadas para a criação de umcenário surreal, caótico e vibrante,

que retratava uma sociedade degrada-

Figuras 3-5: Acima, a maquete original da Diamond Dogs Tour, tal como concebida por David Bowie e MarkRavitz. Abaixo, imagem do cenário construído para a turnê. À direita, cena relativa à canção Aladdin Sane.Fontes: Mark Ravitz / Network54 / Time Magazine

A Diamond Dogs Tour seria um

divisor de águas na história dos palcos do

rock’n’roll, pela sua complexidade (seis

dias para a montagem)...

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CADERNO ILUMINAÇÃO

da e manipulada – em uma cidade chama-da Hunger City - cujos elementos eram

apresentados e revelados, brilhantemente.Após a gravação de Young Americans

(1975), elaborado na concepção queBowie descreveu como Plastic Soul (re-

ferências à Soul Music e ao Funk Ame-ricano, e também uma alusão à mesma

influência da música negra americanano rock’n’roll inglês definida por Paul

McCartney para o disco Rubber Soul -The Beatles, 1965), Bowie viajaria para

Los Angeles (EUA) para a gravação deStation To Station (1976). Desse magní-

fico álbum – influenciado pela filosofiade Nietzsche, referências aos pensa-

mentos de Aleister Crowley, misticis-mo, totalitarismo – e após o lançamento

dos brilhantes Low e Heroes (ambos em1977) desdobrariam duas turnês: On

Stage World Tour – também denomina-da Isolar (realizada em 1976) e a subse-

quente Isolar II (em 1978). Nelas, lâmpa-das fluorescentes proporcionavam um

cenário insólito e futurista, minimalista eurbano, complementado por refletores que

enalteciam sensações e dramaticidade.Após o conceitual álbum Lodger (1979),

e o fim do período de reabilitação e da‘Trilogia de Berlin’, Bowie lançaria três

discos que mesclavam Rock’n’Roll comelementos de Dance Music, Funk, Blues

e mesmo Reggae: Scary Monsters (and

Super Creeps) (1980), Let’s Dance (1983)

e Tonight (1984). Ele voltaria a excur-sionar com a contribuição de um novo

Lighting Designer, Allen Branton (quehavia trabalhado na Show.Co e com

The Beach Boys, Mountain e DianaRoss, entre outros), recrutado para ou-

Figuras 6-7: Turnês Isolar (esquerda) e Isolar II (direita). Destaque para as lâmpadas fluorescentes que proporcionavam uniformidade e atenção. Fontes: MIikeEvans / The Mirror Online

Após o conceitualálbum Lodger

(1979), e o fim doperíodo de

reabilitação e da‘Trilogia de Berlin’,

Bowie lançariatrês discos que

mesclavamRock’n’Roll com

elementos deDance Music,Funk, Blues e

mesmoReggae

Figuras 8-10: Serious Moonlight Tour (1983) - Allen Branton desenvolveu um projeto inovador com 40 Vari*Lites.Fontes: Rolling Stone / The Fashionisto / Mark Ravitz

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CADERNO ILUMINAÇÃO

tra ambiciosa turnê: Serious Moonlight

World Tour (1983). Nela, a iluminação

acompanhava as dinâmicas de palco,por meio de 40 Vari*Lites (moving

heads) – uma extravagante inovação

para o período - organizados e contro-lados para a produção de cenas bem

definidas, com sessenta cores diferen-tes. Como resultados, diversas cenas,

backlighting com mais austeridade, con-trastado com cores quentes e sensuais

que se alternavam e se mesclavam àsluzes estroboscópicas, alinhadas a ou-

tras, perpendiculares ao palco.Mark Ravitz voltaria a trabalhar com

Bowie, e juntos desenvolveram umpalco que mesclaria elementos do

Clássico e do Modernismo. Como re-sultado, quatro enormes colunas de

polietileno translúcido conectadas aestruturas superiores (vergas) for-

mando arcos neoclássicos, um loca-lizado à direita do palco, ao lado de

uma mão gigante, e outro à esquer-da, ladeado por uma brilhante lua

em estágio crescente.

Branton também conduziria a Glass

Spider Tour (1987), turnê de lança-

mento do álbum Never Let Me Down,um marco nas estruturas de palco –

sendo necessários 43 caminhões parao transporte de 360 toneladas de

equipamentos. Associado a uma naveespacial, o palco primava pelo uso de

andaimes para vários níveis, por ondeos dançarinos e inclusive os músicos

se alternavam em posições e alturasdiferentes, resultando em um espaço

cênico que se diluía pela imponenteestrutura superior, formada por uma

gigantesca aranha inflável com apro-ximadamente 80 metros de diâmetro

Figuras 11-12: Glass Spider Tour (1987) - Allen Branton inovou novamente com a iluminação dos tentáculos –mangueiras com 20.000 lâmpadas. Fontes: Mark Ravitz / The Time.

Mark Ravitz voltaria a trabalhar

com Bowie, e juntos desenvolveram um

palco que mesclaria elementos do Clássico

e do Modernismo.

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e suspensa a quase 40 metros de altu-ra, com tentáculos iluminados por

mangueiras com 20 mil lâmpadas nototal e que permitiam mudanças de co-

res. Além disso, outras mil lâmpadasintegravam refletores e outros instru-

mentos de iluminação cênica, e foi essauma das primeiras produções a utilizar

telas de 5m x 6m para a projeção deimagens do palco e do público.

No fim da década de 1980, e após doisanos com a superbanda Tin Machine,

Bowie planejaria uma outra turnêmundial, e que seria a primeira a in-

cluir o Brasil. Willie Williams foi oLighting Designer da Sound + Vision

Tour (1990). Um conjunto minima-lista estruturado por quatro totens

principais para a iluminação do palco,também composto por telas retangula-

res onde eram projetados clipes oufilmes pré-gravados, assim como ima-

gens da apresentação (palco e públi-co), ladeado por duas telas comple-

mentares para close-ups de Bowie.Já na metade da década de 1990, e após

o lançamento dos intrigantes e criati-

vos Black Tie White Noise (1993) The

Buddha of Suburbia (1993) e Outside

(1995), Bowie dividiria o palco e a di-reção de iluminação com a banda

Nine Inch Nails, sendo convidado oLighting Designer LeRoy Bennett para

a turnê Outside Tour (1995 – 1996).Bennet também complementaria a

última etapa da turnê Outside Summer

Festivals Tour (1996).

Com o lançamento do arrojado Earth-

ling (1997), cuja sonoridade explora-

ria elementos da Drum’n’Bass e músi-ca eletrônica, Bowie planejaria uma

outra turnê mundial, com o Lighting

Designer Gary Wescott na direção da

iluminação cênica. A Earthling Tour

(1997) seria a segunda – e última –

turnê de Bowie no Brasil (abordadaem postagem de 2013 no Blog da

Backstage, sob o título Sound And

Vision).

Em 1999, Bowie lançaria Hours...,cuja turnê seria iluminada por Tom

Kenny, Lighting Designer que acompa-nharia Bowie desde então. Já nos anos

2000, Bowie ainda realizaria as turnês

No fim da década de 1980, e após

dois anos com a superbanda Tin Machine,

Bowie planejaria uma outra turnê mundial, e

que seria a primeira a incluir o Brasil.

Figuras 13-14: Sound + Vision Tour. Projeto de Willie Williams. Fonte: Teenage Wildlife / Ken Settle

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ILUM

INAÇ

ÃO|

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CADERNO ILUMINAÇÃO

de lançamento dos álbuns Heathen

(2002) e Reality (2003). Para ambas,

elementos minimalistas ofereciamaos palcos uma iluminação mais uni-

forme e intensa, diferenciada em cadaturnê pela presença de projeções abs-

tratas e iluminação com intençõesarquiteturais (valorização de formas e

relevos), apresentações em espaçosmenores e detalhes cênicos sutis.

Bowie gravou álbuns brilhantes e rea-lizou turnês memoráveis. Se os resul-

tados das gravações em estúdio de-monstram a diversidade de sonorida-

des que consolidaram esse artistacomo um dos mais arrojados e influ-

entes de todos os tempos, as turnêstrouxeram novas texturas para o uni-

verso dos palcos, onde Bowie semprefoi a estrela de maior magnitude.

Soube como poucos absorver influên-cias e aplicá-las nas suas obras e sem-

pre com originalidade, incorporandoelementos diversos e apresentando

algo novo, único e irretocável. Bowienunca se curvou às exigências ou de-

Para saber mais

[email protected]

mandas do mercado fonográfico; aocontrário disso, determinou as dire-

ções pelas quais a música se desenvol-veria nas décadas seguintes, influen-

ciando milhares de músicos.David Bowie permanecerá como um

ícone incomparável; influenciador einspirador; singular e plural em mui-

tos aspectos; precursor de mudanças,estilos, sonoridades e fusões próprias;

mestre e gênio, que trouxe sofistica-ção ao rock’n’roll, com arranjos ora

intrincados, ora minimalistas, emcomposições brilhantes e atemporais.

Nos palcos, proporcionou emoçõespara incontáveis públicos, e, com

Lighting Designers também brilhantes,propiciou inovações na mais profun-

da essência desse termo, transfor-mando espaços cênicos em celebra-

ções e solenidades artísticas, arroja-das e ambiciosas. Abraços e até a pró-

xima conversa!

Em 1999, Bowie lançaria Hours...,

cuja turnê seria iluminada por Tom Kenny,

Lighting Designer que acompanharia Bowie

desde então.

Figuras 15-16: Heathen Tour (2002)(esquerda) e Reality Tour (2003), projetos do Lighting Designer Tom Kenny.

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63

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LUIZ

CAR

LOS

SÁ |

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ge.c

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r64 FériasFérias

ma das graças de enfrentar o frio é ver a neve cair.Desde que me entendo, a criança dentro de mim

sonha com um Natal nevado como nos filmes daDisney. Mesmo sendo um viajante várias vezes inver-

nal, só vi neve caindo uma vez. Não riam: foi em 1989,dentro de um avião no aeroporto JFK, voltando para

casa depois de umaboa temporada no-

vaiorquina hospe-dado na casa da mi-

nha querida amigaLizzie Bravo. Ven-

do-me decepciona-do pela ambição in-

satisfeita de ver onunca visto, Lizzie

me dava força: “vainevar, é só questão

de embranquecer océu...” (ela foi a primeira pessoa que explicou para este

caipira solar as caprichosas condições necessárias parao Grande Evento...). Chegada a hora da partida, foi só

sentar na poltrona e olhar pra fora que a neve começoua cair, linda, espessa, festiva... os passageiros fizeram

U

CADÊ A NEVE?

“ohhhh!” em coro, de tão perfeita que ela chegou.Neve de filme, parecendo mesmo ser atirada por uma

daquelas máquinas hollywoodianas que tentam com-pensar o aquecimento global nas estações de esqui

mundo afora. Um minuto depois o comissário anunciounossa partida, certamente apressada pela possibilidade

próxima de fechamento do aeroporto. E lá fui eu pelosares nevados, desejando ter ficado pelo menos mais um

dia. Da outra vez, também em Nova York, fui atingidopor uma geada metida a besta, uma quase neve. Olhei

aqueles flocos finíssimos que bailavam às luzes dos pos-tes, tentando entender o que seriam. Teria eu sido final-

mente premiado? Com a palavra os meteorologistas...Já pude deitar e rolar na neve, fazer meu filé à milanesa

com biju numa encosta deserta dos Andes chilenos. Eolha que eu já não era mais muito garoto: pra ser sincero,

já passava dos quarenta (risos). Só parei de curtir aquela

viajada tardia quando dei de cara com um casal, certa-mente chileno, que me olhava, espantado. Levantei-

me, meio sem graça, mas tive o insight de dar uma sinceragargalhada. Eles riram comigo e com certeza só por ti-

MAS

Já pude deitar e rolar na neve, fazer meu

filé à milanesa com biju numa encosta deserta

dos Andes chilenos. E olha que eu já não era

mais muito garoto...

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65

[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

midez não foram lá me abraçar e compartilhar daminha felicidade infantil. Essa experiência foi

absolutamente incrível. Deve ser equivalente à dointeriorano que vê o mar pela primeira vez. Só tro-

quei o azul pelo branco, ambos infinitos em minhaimaginação e na dele. Mergulhamos ambos, nessas

ocasiões primais, naquilo que não conhecemos: seele periga morrer afogado, periga eu morrer congela-

do. Para mim foi um contato com algo de alienígena.Textura, temperatura, tudo desconhecido, infinitas

possibilidades de brincadeiras. Para mim, outraareia, para o garoto de Nova York que chega no ve-

rão de Ipanema, outra neve.Em viagens esperançosas eu costumava olhar da ja-

nela dos hotéis aguardando uma daquelas nevascasque saem nos telejornais do mundo inteiro.

Carioca empedernido, criatura do sol, bicho demorro e de praia, eu me consagraria então como

aquele Legal Alien de quem Sting fala no seu English-

man in New York. Se ele, inglês, sentiu-se assim, faça

ideia eu.No caso particular da Nova York invernal, penso

nela como uma cidade feia, agravada por um inver-

no que iguala tudo em cinquenta tons de cinza nadasensuais, ainda mais quando comparados aos tam-

bém espantosos quarenta positivos do meu Rio 40graus, cidade maravilha, purgatório da beleza e do

caos – na admirável e precisa descrição de FaustoFawcett, Carlos Laufer e Fernanda Abreu. Mas a

feiura daqui é relativa. Se eu estivesse no CentralPark em outubro talvez ficasse maravilhado pelas co-

res do outono; visitar o MOMA ou o Guggenheim éuma exposição ao belo; o skyline invernal da cidade

vista da Liberty Island – com uma luz toda própria - éum indubitável colosso. Assim como podemos

achar beleza no colorido das comunidades cariocas,onde a miséria briga com a alegria, também a encon-

tramos no visual luminoso das penthouses dosquem sabe entediados zilionários que no nosso ima-

ginário terceiro-mundista entornam intermináveisdrinques, descortinando de ponta a ponta o banco

de areia mais caro do Mundo, berço do seu in-questionável poder, donos das borboletas que num

só bater de asas são capazes de transformar nossasvidas, para o bem ou para o mal. Mas neve caindo

sobre mim, que é bom, ainda não senti...

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AES Brasil .................................................................www.aesbrasilexpo.com.br ...................................................... 06

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