edição 2 - jornal distrital de lisboa cds

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1 Director :: Diogo Moura 02 :: Setembro 2011 Actividade Parlamentar: A Opinião dos Eleitos do Distrito RENTRÉE POLÍTICA Ética Social na Austeridade por Pedro Mota Soares

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Edição nº 2 do Jornal Distrital de Lisboa do CDS-PP

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CDS-PP lisboa

Director :: Diogo Moura 02 :: Setembro 2011

distrital de

Actividade Parlamentar: A Opinião dos

Eleitos do Distrito

RENTRÉE POLÍTICAÉtica Social na Austeridade

por Pedro Mota Soares

Page 2: Edição 2 - Jornal Distrital de Lisboa CDS

Distrital de Lisboa

Lg. Adelino Amaro da Costa, 5

1149-063 Lisboa

telef. 218814748 | 218814700

[email protected]

www.facebook.com/pages/CDS-Distrital-Lisboa

Edição :: Distrital de Lisboa do CDS-PP

Director :: Diogo Moura

Editor :: Júlio Sequeira

Distribuição :: 6.000 pdf’s

Ano 1 :: Número 2 :: Setembro 2011

Colaboraram neste número:Adolfo Mesquita Nunes :: António Ferreira de Lemos

:: Filomena Rodrigues :: Inês Teotónio Pereira :: Isabel Galriça Neto :: Isabel Santiago Henriques ::

João Gonçalves Pereira :: João Pedro Gomes :: João Rebelo :: João Reis :: José Lino Ramos :: José Manuel Pessanha :: Luís Barros Mendes :: Miguel Xara-Brasil

:: Pedro Morais Soares :: Silvino Malho Rodrigues :: Sofia Athayde :: Teresa Caeiro :: Tiago Nunes

:: colophon ::

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Editorial

A Distrital de Lisboa tem vindo, desde a sua eleição, a apostar na comunicação dos militantes. No passado mês de Julho foi apresentado na Assembleia Distrital, o plano de comunicação que consiste basicamente em três meios: site, jornal e redes sociais. Neste último, a criação de página no facebook durante o período eleitoral foi uma excelente oportunidade sendo, neste momento, uma referência comunicacional.

No que respeita ao site, apostamos forte na elaboração de um portal distrital e de 16 portais concelhios, nos quais se poderá encontrar a informação institucional, agenda e notícias, fornecendo assim às estruturas concelhias uma ferramenta comunicacio-nal prática, funcional e criativa, a qual terá a sua edição adaptada em mobile phone e com ligação a GPS, o qual encaminhará o utilizador para o portal concelhio refer-ente ao ponto geográfico em que se encontra.

Por fim, não podíamos deixar de compilar a informação e notícias num suporte electrónico, o Jornal da Distrital. O seu lançamento, em Agosto, obteve uma recep-tividade acima do esperado, contando com centenas de visualizações e partilhas.

Enquanto responsável pelo projecto, aproveito para agradecer, em geral, às mensa-gens de felicitações enviadas por militantes e, em particular, aqueles que são elemen-tos-chave na construção destas ferramentas: Júlio Sequeira e Nuno Matias.

A todos, contamos com a vossa opinião. Vamos difundir a mensagem CDS!

Diogo MouraDirector do Jornal e Secretário da Distrital

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RENTRÉE POLÍTICADISTRITO DE LISBOA

«Ética Social na Austeridade»por Pedro Mota Soares16 | Setembro | 21:00

Sede NacionalLg. Adelino Amaro da Costa, 5

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TERESA CAEIRO *1. São vários os desafios para o CDS. Desde logo, contribuir para desfazer a herança socialista, que nos deixou sobre-endividados, sem crescimento económi-co, sem credibilidade inter-nacional e com imposições das entidades internacionais que nos resgataram finan-ceiramente. Depois, cumprir

os objectivos traçados para recuperarmos a plenitude da nossa soberania. Em terceiro lugar, devolver confi-ança, crescimento e equidade social. Finalmente, con-seguir todos estes objectivos, num cenário de coligação e sem desvirtuar o código genético do CDS. Sempre fomos um partido autónomo, com valores próprios e totalmente livre. Devemos manter-nos assim.

2. Sem qualquer dúvida, as assimetrias sociais, o apoio a quem verdadeiramente precisa: como os casais desem-pregados e com filhos a cargo, os idosos com pensões de miséria, as pessoas com deficiência, com demência e com necessidades especiais que não conseguem os apoios justos e necessários do Estado e da sociedade. Em geral, aqui no Distrito, tal como no resto do País, proporcionar igualdade de oportunidades e acesso à educação e à saúde, na medida em que cada um pre-cise, independentemente da sua capacidade financeira.

3. Antes do mais, somos representantes da população que nos elegeu, como base num determinado programa e compromissos eleitorais: os do CDS. Manteremos a

Três meses após o início da XII Legislatura colocámos 4 questões aos nossos deputados 1. Qual o maior desafio da legislatura para o CDS?

2. Que áreas problemáticas do Distrito pensa que devem ter uma solução a curto prazo?

3. Como se gere a actividade do Deputado de um Partido que sustenta a maioria governativa?

4. Que leitura política faz da recente onda de violência que assaltou a Grã-Bretanha?

nossa promessa de estar em contacto com a sociedade, de falar com quem queira contactar connosco; de pro-curar resolver os problemas de toda a população e não só dos que votaram em nós. Tratando-se de um partido que apoia a maioria governativa, teremos de articular estes compromissos essenciais com a lealdade que de-vemos ao Governo e aos nossos parceiros de coligação. Mais uma vez, sem desvirtuar os princípios do CDS, numa clara opção preferencial pelos mais vulneráveis.

4. Não tenho preocupações em ser politicamente cor-recta: há décadas que padecemos de uma cultura que nos diz “ a culpa é da sociedade”. A Grã-Bretanha é um Estado de Direito Democrático, que adoptou o modelo social europeu recebeu generosamente mil-hões de imigrantes. Como vimos na imprensa, não se trata de fracturas sociais ou raciais, mas do resultado de uma geração que cresceu a acreditar que só tem di-reitos e não tem deveres; que só quer privilégios do mundo desenvolvido, sem dar nada em troca; que tem actos de rebeldia, sem nenhuma causa. Portugal tem de olhar com atenção para este fenómeno e para a forma célere e eficaz como a Justiça britânica lidou com os transgressores. E que não haja dúvidas entre quem é vítima e quem é agressor!

Actividade Parlamentar: A Opinião dos Eleitos do Distrito

* 42 anos | Licenciada em Direito | JuristaCargos que desempenhaDeputada na XII Legislatura; Vice-Presidente do CDS-PP; Membro Suplente do Conselho de Administração da As-sembleia da República; 2007 - Membro da Comissão Exec-utiva do CDS-PP; Representante do Grupo Parlamentar do CDS/PP no Grupo Parlamentar Português sobre População e Desenvolvimento; Membro da AWEPA.

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JOÃO REBELO *1. Garantir um apoio efecti-vo e leal ao Governo e man-ter a sua autonomia em rela-ção ao PSD. E acompanhar no terreno o trabalho das estruturas procurando aju-dar o no trabalho político.

2. Neste momento o desem-prego e a segurança são os assuntos mais terríveis que afectam a população de Lis-

boa. Deverão ser encontradas soluções o mais rapida-mente possível para minorar estes flagelos.

3. Com muito trabalho e dedicação. E sobretudo saber articular com o Governo e o PSD a nossa actuação.

4. O comportamento dos criminosos que provocaram esta violência, merece da sociedade e dos Governos uma resposta de condenação e de repressão destes ac-tos de vandalismo.

ISABEL GALRIÇA NETO *1. Estar à altura de en-contrar respostas consis-tentes e sólidas, para os enormes problemas que o país atravessa e que traduzem uma situação verdadeiramente preo-cupante e excepcional, que viabilizem o nosso futuro como Nação. Para além disso, é fundamen-

tal que possamos todos contribuir para uma mudança de mentalidades , sustentada em maior participação dos cidadãos nas decisões sobre os problemas que a eles dizem respeito e ainda na ideia de que é impre-

scindível gastar apenas aquilo que podemos pagar.

2. Há inúmeras, mas num cenário de tal excepcio-nalidade há que fazer opções políticas e estabelecer prioridades. Escolheria precisamente pelo que a saúde representa, as áreas do acesso aos Cuidados de Saúde Primários e Continuados e Paliativos, já que o distrito de Lisboa é das zonas do país com maiores problemas no acesso aos médicos de família e com maiores atra-sos no acesso aos Cuidados Paliativos.

3. Exige-se coordenação com os restantes elementos do partido e com os do outros partido que suporta a coligação, com respeito pelos compromissos eleitorais assumidos, pelo programa de governo e pelas priori-dades definidas, num processo que tem igualmente que ser criativo e inovador, na busca de soluções “menos ortodoxas” para os problemas - “thinking outside the box”

4. Face aos recentes acontecimentos de violência na Grã-Bretanha, importa reforçar a necessidade de os partidos políticos monitorizarem atentamente os cenários de crise social, o impacto das medidas económicas restritivas e os diferentes tipos de movi-mentos sociais. Emerge também a importância das politicas e estratégias de comunicação das mensagens escolhidas e da difusão da informação relevante à so-ciedade civil.

JOSÉ LINO RAMOS *1. Aliar a responsabilidade social e a melhoria da quali-dade de vida dos portugue-ses ao rigor orçamental e ao corte drástico nos des-perdícios da despesa públi-ca, racionalizando os meios humanos e materiais. Fazer crescer a economia e contri-buir para que os portugueses se orgulhem de sermos Por-

* 41 anos | Licenciado em Relações Internacionais | Profes-sor Universitário Cargos que desempenha Deputado na XII Legislatura e Membro Efectivo do Con-selho de Administração da Assembleia da República; Con-sultor da NOVABASE, SA; Membro do Conselho Con-sultivo da Sociedade Protectora dos Animais; Presidente da Assembleia Concelhia de Lisboa do CDS-PP;

* 51 anos | Licenciada em Medicina - Faculdade de Medic-ina de Lisboa | Mestre em Cuidados Paliativos- Faculdade de Medicina de Lisboa | MédicaCargos que desempenhaDirectora da Unidade de Cuidados Paliativos e Continu-ados do Hospital da Luz e membro da sua Direcção Clínica; Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos

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tugal.

2. A questão social e o combate ao desemprego, através da adopção de medidas que visem incrementar o de-senvolvimento económico e, paralelamente, apoiar os mais desfavorecidos e os verdadeiramente necessitados.

3. Uma grande atenção às questões governamentais e uma atenção ainda maior ao dia a dia do distrito e das suas gentes, pugnando por um contato permanente com as pessoas que aqui vivem ou trabalham e com as nossas estruturas partidárias e os nossos militantes.

4. Um bom exemplo de como uma boa causa – o desejo de uma melhor qualidade de vida – pode ser transfor-mada em vandalismo e em atos criminosos e de sel-vajaria que em nada dignificam quem os pratica nem a nossa civilização. Prevenir é a palavra de ordem que retenho: prevenir o desemprego e os problemas sociais, criando condições para a sua minimização ou, sempre que possível, resolução e prevenir atuações criminosas através d reforço dos mecanismos policiais e da atu-ação célere da justiça.

ADOLFO MESQUITA NUNES *1. O maior desafio desta legislatura para o CDS é, assim, a criação de condições políticas para a superação dessa crise que vivemos e para a construção de um mod-elo não socialista de de-senvolvimento.

2. Todo o Distrito tem Estado a mais e socie-

dade a menos. Temos de inverter urgentemente esta situação, sob pena de, em pouco tempo, termos as pes-soas a trabalhar para o Estado e não o Estado a tra-balhar para as pessoas. É preciso lembrar que devem ser as pessoas, as famílias, a decidir o que fazer e como

gastar os rendimentos do seu trabalho e não o Estado a gastar por elas.

3. Ser Deputado não tem, do ponto de vista da gestão de tempo, de vontades ou de competências, qualquer especialidade face às outras profissões: muito trabalho, muito estudo, muito empenho e muita força de von-tade.

4. Recuso-me a entrar no coro desculpabilizador que se tem visto por aí. Violência num Estado de Direito é inadmissível.

INÊS TEOTÓNIO PEREIRA *1. Apoiar o Governo com lealdade mantendo a autonomia. O CDS como partido que apoia o Governo tem a re-sponsabilidade de ser coerente com os seus princípios, firme com as medidas que são essen-ciais para voltarmos a ter soberania e eficaz na res-olução dos gravíssimos

problemas que o país vive. O CDS atravessa um dos maiores senão o maior desafio da sua história, ajudar o país a reconquistar a confiança dentro e fora de portas, assim como a sua soberania.

2. A área social em primeiro lugar, a juventude em se-gundo. A área social na medida em que é urgente aten-uar e minorizar o drama do desemprego, da pobreza, da exclusão e do abandono dos mais idosos e dos mais frágeis. É necessário e fundamental encontrar e imple-mentar respostas imediatas e urgentes para atenuar o sofrimento e estancar o crescimento da pobreza. E em Lisboa os casos são muitos. E essas respostas estão principalmente nas instituições de solidariedade social

* 42 anos | Licenciado em Direito | AdvogadoCargos públicos que desempenhaDeputado na XII Legislatura, Vereador da Câmara Munici-pal de Sintra, Membro da Direcção da Associação Turismo de Lisboa

* 33 anos, natural da Lapa, Lisboa | Licenciado em Direito pela UCP e Mestre em Ciências Jurídico-Políticas pela Fac-uldade de Direito de Lisboa | Advogado nas áreas de Direito Administrativo, Contencioso Administrativo, Contratação Pública, Ambiente e Urbanismo | Membro da Comissão Executiva e Vice-Presidente da Concelhia de Lisboa do CDS-PP | Deputado à Assembleia da República

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que vivem diariamente estas situações, conhecem com proximidade os dramas sociais e sabem combater a ex-clusão social. O arrendamento deve ser outra priori-dade, para facilitar o acesso dos jovens à habitação e ao início de uma vida autónoma, sem que para isso ten-ham de viver presos a uma dívida na figura do crédito à habitação e a uma casa que lhes vai condicionar opções futuras.

3. Com a gratificação de saber que as nossas iniciativas têm resultados reais e que o nosso apoio ou críticas às iniciativas do Governo são sempre construtivas. Sou nova na Assembleia da República, por isso, não sei como é ser deputada na oposição. Sinto, no entanto, enorme responsabilidade por exactamente pertencer a um partido que sustenta o Governo e a expectativa dos portugueses é compreensivelmente enorme.

4. É o resultado de uma sociedade em que por um lado a ausência de ética e dos princípios básicos civiliza-cionais é latente e, por outro, a fragilidade da autori-dade das forças de segurança é também sintomática. Estes dois factores aliados ao facto do aumento do de-semprego, das desigualdades sociais, originaram estas lamentáveis ondas de violência. A sociedade europeia está confusa com tantas determinações e pressões que dominam a acção os vários poderes.

JOÃO GONÇALVES PEREIRA *1. Infelizmente estamos a passar pela maior crise económica, financeira e social desde que vi-vemos em Democra-cia. Esta crise obrigou o País a recorrer à ajuda internacional (Troika), o que faz com que o maior desafio desta legislatura para o CDS seja a def-esa no Parlamento de

toda a actividade governativa em período de profunda austeridade. Vai ser preciso lembrar os portugueses, de

forma recorrente, que foi o Partido Socialista que de forma absolutamente irresponsável trouxe o País para esta profunda crise.

2. Existem grandes assimetrias no Distrito de Lisboa. A zona urbana do Distrito tem problemas muito dife-rentes da zona Oeste. Os 7 Deputados eleitos pelo CDS estão conscientes da importância da defesa dos interesses destas duas realidades bem díspares do Dis-trito de Lisboa.

3. Com grande sentido de responsabilidade. O País, e os portugueses, precisam de um Governo que “arrume a casa” e que ponha as contas em ordem.

Com este cenário, e sendo o CDS um dos partidos que sustenta esta maioria, torna-se uma tarefa extrema-mente difícil.

4. Com grande preocupação. Neste momento, temos alguns indicadores de segurança interna que revelam indícios preocupantes de crescimento da violência e segurança nos grandes centros urbanos de Lisboa, Porto, Setúbal e Braga.

Felizmente não temos casos com as proporções que as-sistimos na Grã-Bretanha, mas Portugal não está livre de movimentações nas ruas idênticas àquelas que se têm vivido em algumas Capitais Europeias.

* 39 anos | Frequência das Licenciaturas de Ciência Política e Direito | JornalistaCargos que desempenhaDeputada na XII Legislatura; Colunista no Jornal i

* 34 anos | Licenciado em Ciência Política | Pós-Graduado em Gestão de Comunicação de Crises | Responsável de Co-municação e ImagemCargos que desempenha:Deputado na XII Legislatura, Responsável de Comunicação e Imagem numa empresa na área do Ambiente (suspenso durante o mandato), Presidente da Concelhia de Lisboa do CDS-PP, Vogal da Comissão Política Nacional do CDS-PPCoordenador Autárquico Distrital de Lisboa do CDS-PP.

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de Setembro a NovembroACÇÕES DE FORMAÇÃO AUTÁRQUICA

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Trabalhadores do meu País

Por inúmeras vezes, ouvimos dizer que os trabalhadores portugueses, são dos melhores do mundo, senão mesmo os melhores. Tal conclusão, baseia-se essencialmente, na capacidade que estes detêm, de se enquadrarem em estruturas devidamente organizadas, as quais per-mitem que todos os seus componentes, possam unicamente preocupar-se, em exercerem as suas funções laborais, atingindo patamares de produtividade, de elevados níveis.

Também é de domínio público que, tal circunstância ocorre normalmente, quando essas funções decorrem em empresas fora do território nacional, ou seja, em meios empresariais não portugueses, e naturalmente surge a pergunta habitual: Se o trabalhador português tem essa característica, porque é que não é possível implementá-la em Portugal, quando se sabe, que um dos principais problemas inerentes ao tecido económico nacional é a baixa produtividade existente?

Diz o povo que “há males que vêem por bem” e “para grandes males, grandes remédios” e normalmente o povo, raramente se engana. Vem tal a propósito, que talvez seja necessário, passarmos pela crise financeira que a todos nos afecta, para que a nossa massa trabalhadora possa ser no seu País, aquilo que há muito tempo já o é, fora dele. É um facto, que não depende só dela mas também depende dela.

O importante, é que o tecido empresarial, igualmente dê a sua contribuição, que nós, por cá, acompanharemos tal intenção.

Eu quero ter a certeza disso, o País precisa dessa certeza e todos nós precisamos que o País tenha certezas, desde que sejam honestas, coerentes e reais. De uma vez por todas, sejamos nós o País.

José Manuel Pessanha | Presidente da Distrital de Lisboa da FTDC

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Notícias das Concelhias Alenquer | Amadora | Arruda dos Vinhos | Azambuja | Cadaval | Cascais | Lisboa | Loures | Lourinhã | Mafra | Odivelas | Oeiras | Sintra | Sobral de Monte Agraço | Torres Vedras | Vila Franca de Xira

AlenquerReabilitação e RegeneRação URbana

Uma vila que não se regenera é como um corpo moribundo que perdeu a capacidade de se revitalizar.

Alenquer, vila histórica situada a menos de quarenta quilómetros de Lisboa, necessita, urgentemente, um programa de reabilitação e regeneração urbana.

O retrato actual é desolador, embora semelhante a muitas vilas e cidades do país. Comércio tradicional a definhar, imóveis abandonados, elevados níveis de degradação do edificado, população altamente envelhecida, elevado número de imóveis em venda, etc... Paralela-mente verifica-se que, nos últimos 30 anos, se privilegiou o alargamento do perímetro ur-bano e o aparecimento, ad hoc, de novas urbanizações na periferia da vila de Alenquer.

O modelo seguido foi o de crescimento desordenado, muitas vezes fora do perímetro ur-bano, em detrimento da consolidação do núcleo histórico da vila.

Na última década surgiram, quase exclusivamente nas grandes cidades, sociedades de re-abilitação urbana, as famosas SRU, com a missão de promover a reabilitação das respectivas zona de intervenção e, designadamente, elaborar a estratégia de intervenção e actuar como mediador entre proprietários e investidores, entre proprietários e arrendatários e, em caso de necessidade, tomar a seu cargo a operação de reabilitação, com os meios legais dis-poníveis. Mas as pequenas vilas, como Alenquer, por inépcia do executivo municipal ou por falta de iniciativa de potenciais parceiros, em 35 anos de poder autárquico eleito nunca ti-veram a iniciativa de desenvolver um programa de reabilitação urbana. O resultado só não é pior porque a crise no imobiliário estancou o número de novas urbanizações na periferia de Alenquer. E esse deve ser o ponto de partida para um novo paradigma de ordenamento do território em Alenquer. Incentivar fiscalmente todas as intervenções de reabilitação urbana na vila, e no concelho, começando, obviamente, por elaborar uma estratégia de intervenção coerente com o interesse histórico e cultural da vila berço do humanista Damião de Goes.

Recentemente foi lançado no facebook, por um alenquerense residente no estrangeiro, um grupo designado “Revitalizar Alenquer decadente”. O elevado nível de participação nesse grupo e a alta qualidade da maioria das propostas em debate dá-nos uma certeza: há massa cinzenta em Alenquer para dar a volta à situação. Congregar esforços e reunir ideais inovadoras de muito fazer com pouco financiamento é o caminho. Vamos a isso, assim haja vontade dos munícipes, dos promotores imobiliários, dos proprietários e do executivo camarário.

Reabilitar é, tradicionalmente, mais oneroso do que construir novo em terrenos baratos. Mas com métodos construtivos modernos e recorrendo a voluntariado e a novos modelos de governança de projectos entre municípios e promotores, é possível e inadiável regenerar e reabilitar as nossas vilas históricas.

Luís Barros Mendes | Vogal do CDS-PP Alenquer

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Notícias das Concelhias

CadavalCadaval em CResCimento

A concelhia do Cadaval tem desde 15 de Julho de 2011 uma nova comissão politica. Com este novo grupo de trabalho, iniciaram-se também um conjunto de novas actividades.

Com uma nova sede e reuniões regulares de vários grupos de análise nas áreas do desen-volvimento agrícola, desenvolvimento/planeamento urbano e tecnologia, estamos à nossa dimensão a dar o nosso contributo para a resolução dos problemas locais e supra locais. Um dos aspectos que mais tem sido debatido nas últimas reuniões é o impacto que a continuação e melhoramento ou extinção da linha do oeste poderá ter no desenvolvim-ento do Oeste, esperando sinceramente que antes de ser tomada alguma decisão por parte do Governo, haja um debate sério sobre o futuro desta linha, num momento em que ao nível governamental se fala na possibilidade de avançar com a construção de vias férreas especialmente pensadas para o transporte de mercadorias, não é aceitável que a região Oeste, com um crescimento sustentado nas suas exportações, perca uma possível forma de diminuir os custos e aumentar a competitividade com o transporte dos seus produtos.

A necessidade de repensar a organização do território na zona Oeste parece-nos cada vez mais importante, definir o que se pretende em termos estratégicos em relação a esta zona do país e com base nessa análise começar-se a construir uma estratégia integrada ao nível dos PDM´s dos vários municípios do Oeste, onde se assegure que as vias (viárias, fer-roviárias, de comunicação etc.) têm continuidade, que as zonas urbanas, industriais, rurais, etc. estão coerentes não só com o que se pretende fazer no próprio município mas também nos municípios contíguos parece-nos de fundamental importância. O nosso País não su-porta mais erros e excentricidades de presidentes de Câmara que têm como único objectivo com as suas obras alimentar os seus egos “colossais” ou os interesses dos amigos.

Nesta óptica de “entender” o Oeste como um todo, a concelhia do Cadaval pretende dar continuidade ao trabalho já iniciado com as outras concelhias do Oeste, sob a forma de reuniões de trabalho com os respectivos presidentes e que já deram os primeiros frutos, no processo de coordenação das últimas eleições. Tivemos a honra de ter recebido a última destas reuniões na nossa sede no passado 9 de Agosto, acreditamos que só com muito trabalho e algum desprendimento bairrista é possível fazer a nossa região e o País evoluir, nós, estamos completamente empenhados nesse objectivo.

João Reis | Presidente do CDS-PP Cadaval

CascaisRejuvenescimento CDS Cascais

Quero aproveitar a oportunidade para dar as boas vindas aos novos militantes do CDS Cascais.

Desde o acto eleitoral do passado dia 23 de Junho, aderiram à Concelhia de Cascais 60 novos militantes, de salientar o rejuvenescimento que também se assistiu na Juventude Popular com a adesão de mais de uma centena de novos militantes.

Ao longo dos últimos anos temos assistido a um crescimento significativo do número de militantes em Cascais o que tem permitido a uma consolidação do CDS no nosso con-celho e consequentemente a um rejuvenescimento e no crescimento do partido.

O objectivo estabelecido em 2010 de crescimento na ordem dos 10% para este ano foi largamente alcançado.

Pretendemos continuar com a campanha de visitas institucionais a diversas entidades e representantes da sociedade civil no nosso Concelho, de forma a conhecer com mais por-

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Notícias das Concelhias

Lisboaeste é o momento

Os portugueses estão azedos. Vivem-se tempos difíceis, é um facto. A grande maioria da nossa população activa não tem memória de tempos tão negros. O desemprego, ou directa-mente, ou pela experiência de alguém próximo, toca a todos. A crescente precariedade do emprego fomenta receio, insegurança. Realidades como o anunciado corte no subsídio de Natal ou o aumento do preço dos bens essenciais afectam de uma forma muito concreta, e no imediato, a qualidade das nossas vidas. E prenunciam um futuro muito duro e incerto.

É compreensível, então, que cair no queixume permanente, embarcar no apontar o dedo e na crítica destrutiva, seja para nós um óptimo escape: desabafa-se, carpem-se as mágoas e, de caminho, deixa-se claro que a situação actual do nosso País “não é culpa nossa!”. É um alívio. Uma tentação.

Acontece que esta atitude, tão tipicamente portuguesa, é inconsequente. Não produz. E esgota-nos energias. Acontece também que, para vencer a situação actual, são precisas to-das as energias. As que ainda temos, e as que vamos ter de arranjar.

A verdade é que não temos grande tendência para dar valor ao que nos pertence. Da mesma forma, os portugueses não têm dado grande valor a Portugal. Portugal tem-nos dado uma História feita, como todas, de momentos grandes e menores, mas as grandes marcas são as da coragem, da perseverança, da vontade. Nestes nossos tempos de derro-tismo e azedume, continuo a acreditar no sucesso. Há muito tempo, alguém me disse uma frase que fixei. Relembro-a, muitas vezes, e ganha para mim cada vez maior sentido: “Ter sucesso não é necessariamente ser o melhor. Ter sucesso é conseguir resolver o pior”. E, para se resolver esta complicação séria, não podemos contar com mais ninguém. Só con-nosco. Falta-nos, para isso, uma atitude nova, como uma boa lufada de ar fresco – Portugal precisa de portugueses empenhados, com capacidade de trabalho, polivalentes, flexíveis, coerentes, talentosos, e optimistas! Com convicção, entusiasmo e vontade de viver o dia a dia a conquistar sucessos, sejam grandes ou banais.

Um país é, acima de tudo, o seu povo. Portugal somos nós. Portugal será o que nós quiser-mos ser. Será o que nós fizermos. E, definitivamente, não podemos esperar escrever uma História de jeito se ultimamente o nosso feito mais marcante tem sido apontar o dedo. Aos políticos, aos partidos, aos Governos, aos Empresários, a tudo e todos. Precisamos das nossas mãos por inteiro, para fazer Portugal. Cada um de nós à sua medida, todos os dias, em todas as nossas dimensões. Na família, no trabalho, na sociedade civil, na solidariedade social em que, nesta fase, devemos participar com força redobrada. Com integridade, com responsabilidade, com respeito pelos direitos dos outros. Focados nas nossas potenciali-dades sem desvios pelas fraquezas dos outros.

Há momentos de receber. Sucedem-se, regra geral, a momentos de dar. Este é o momento de dar. Sem condições. Este é o momento de conquistarmos direitos pelo exercício do dever. Este é o momento em que somos chamados a ultrapassar-nos. Este é o momento de os portugueses darem a Portugal. Vamos aproveitar este momento.

Sofia Athayde | Vogal do CDS-PP Lisboa

menor a realidade local, de forma a melhorar o trabalho dos nossos autarcas, bem como aumentar o número de simpatizantes e militantes.

Pedro Morais Soares | Presidente do CDS Cascais

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Notícias das Concelhias

Mafraagosto: Um mês dediCado à eConomia loCal

No passado dia 15 de Agosto os deputados do CDS-PP na Assembleia Municipal de Ma-fra e vários dirigentes da concelhia visitaram a FexpoMalveira, evento que se tem revelado como a mais completa mostra da actividade económica do concelho.

A comitiva do CDS-PP de Mafra teve oportunidade de trocar impressões com a Presiden-te da Comissão organizadora da FexpoMalveira, Carla Galrão, visitando logo de seguida os diversos stands onde se achavam representadas algumas das forças mais dinâmicas do concelho de Mafra ao nível associativo, empresarial, cultural e desportivo.

No final da visita foi feito um balanço extremamente positivo do certame, aproveitando os autarcas do CDS-PP para elogiar a organização impecável da FexpoMalveira 2011. Pese embora a preocupante situação económica que o país atravessa, a verdade é que a FexpoMalveira 2011 demonstrou que o concelho de Mafra continua a dar mostras de um excelente dinamismo.

No seguimento deste roteiro pelas instituições e forças vivas do concelho, o deputado do CDS-PP na Assembleia da República, Dr. João Gonçalves Pereira, deslocou-se ao con-celho no dia 22 de Agosto.

Acompanhado de vários dirigentes da concelhia, visitou durante o início da manhã uma moderna e eficiente empresa de lacticínios que emprega várias dezenas de funcionários e dinamiza a economia regional.

Durante o final da manhã visitou uma relevante instituição de solidariedade social do concelho que, desde há longos anos, vem mostrando a importância que as IPSS’s têm no apoio aos mais carenciados.

Para Alves Pardal – presidente da concelhia de Mafra do CDS-PP - o principal objectivo consiste em fazer chegar à Assembleia da República - através do grupo parlamentar do CDS-PP - a realidade sócio económica do concelho de Mafra. Nesse sentido, as visitas do Deputado João Pedro Gonçalves Pereira são as primeiras de muitas outras que o CDS-PP de Mafra pretende levar a cabo para promover as instituições, empresas e associações do concelho de Mafra junto do Parlamento português e aproximar os Deputados da Assem-bleia da República das populações.

Tiago Nunes | Vice-presidente do CDS-PP Mafra

OdivelasPensaR odivelas

Há cerca de um ano, com valores bem definidos, com uma missão objectiva, com a dis-crição clara dos objectivos que nos propúnhamos atingir e uma estratégia de intervenção delineada, foi eleita uma nova Comissão Política no CDS de Odivelas.

De imediato foi lançado um plano de trabalho:

1 - Criámos o Fórum Pensar Odivelas, inclui militantes e simpatizantes que produzem projectos e propostas nas mais diversas áreas sectoriais. No primeiro ano destacaram-se o Projecto do Revitalização e Dinamização do Comércio Local e a Petição para a Abertura ao Público do Mosteiro de Odivelas.

2 – Fiscalizámos o trabalho municipal, denunciamos situações relacionadas com a má gestão autárquica (Bloco Central) e apresentámos um conjunto enorme de propostas em Assembleia Municipal.

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Notícias das Concelhias

SintrasintRa: “solidaRiedade em maRCha”

De Os vários anos de despesismo e de falta de responsabilidade governativa fez com que o Governo Socialista levasse o nosso país quase à banca rota e à necessidade de termos de recorrer ao apoio financeiro do FMI, o qual, todos nós, vamos ter de pagar ao longo dos próximos 13 anos. Só um um ex-1º Ministro que vivia num mundo de fantasia e que não conhecia o Portugal real, levou a que os portugueses tenham de passar hoje por extremas dificuldades.

As pequenas empresas fecham, o desemprego aumenta, o endividamento das famílias é enorme, os ordenados não chegam até ao fim do mês e os mais idosos não sabem como sobreviver. Todas estas dificuldades são também sentidas pela população de Sintra. Por isso, são sempre de louvar todos os tipos de apoios aos cidadãos mais carenciados do nosso concelho.

Recentemente, tomámos conhecimento que o Regimento de Artilharia Anti-aérea n.º1 de Queluz, também se preocupa com quem mais precisa. Sempre que confecciona refeições a mais, informa telefonicamente uma Junta de Freguesia do concelho de Sintra, que minutos depois envia uma viatura para recolher essas refeições para serem distribuídas às pessoas que constam numa lista de ajudas da freguesia.

De acordo com o comandante do Regimento, a ajuda dos militares às pessoas mais caren-ciadas não se restringe só às refeições, pois também participam num programa de apoio de recolha de roupas e brinquedos e também dão alguns alimentos cujos prazos de validade estão quase a expirar.

3 – Elaborámos uma agenda que inclui uma série de visitas institucionais e várias “inicia-tivas de rua”.

4 – Colaboração activa com a Distrital e a Nacional, destacou-se a Candidatura à or-ganização do Congresso em Odivelas e a organização/participação em 60 iniciativas de campanha eleitoral aqui no Concelho.

5 - Dinamização de informação na net e na imprensa local.

Como resultado de todo este trabalho, levado a cabo por uma equipa fantástica e cada vez maior, o CDS já está a “colher alguns frutos”. Para além de mais 24% de votos e de sermos desde as últimas legislativas a 3ª força política no Concelho, do número de militantes activos e de simpatizantes ter aumentado substancialmente, temos hoje capacidade para marcar a agenda política.

Naturalmente sentimos orgulho nos resultados e no trabalho efectuado, mas estamos ci-entes que ainda pouco alcançámos e que jamais poderemos viver “à sombra da banan-eira”. A nossa senda é continuar com a mesma humildade e determinação, pois só assim conseguiremos, tal como Paulo Portas disse e é nosso desejo “ fazer que Odivelas seja a segunda Ponte de Lima”.

É fácil ver que o trilho é longo, duro e tortuoso, mas Odivelas precisa inequivocamente do CDS e todos são poucos para ajudar.

Sabemos que está connosco e por isso mesmo convidamo-lo a participar, a acompanhar e/ou simplesmente a divulgar as nossas iniciativas. É para facilitar a sua colaboração, a qual por muito simbólica que seja, será para nós da maior utilidade, que actualizamos diari-amente o facebook e o blogue do CDS de Odivelas. Obrigado.

Miguel Xara-Brasil | Presidente do CDS Odivelas

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Notícias das Concelhias Trata-se na verdade de um bom exemplo de articulação entre duas instituições, Militar e Autarquia, que resultam num bom trabalho de solidariedade.

Como as Juntas de Freguesia são o poder local mais próximo dos cidadãos e que por isso conhecem melhor a realidade e as necessidades da sua população, lançamos aqui o desafio para que os Autarcas do CDS-PP proponham aos Executivos das suas Juntas de freguesias que sigam estes bons exemplos de articulação entre as Juntas e instituições locais e imple-mentem mecanismos idênticos a este para ajudar as pessoas que mais precisam.

Silvino Malho Rodrigues | Presidente do CDS Sintra

Torres Vedraso desafio de Uma geRação

Estes são tempos conturbados. Para além de uma crise económica e financeira internacio-nal gravíssima, temos ainda de resolver os problemas criados por um governo de inconsci-entes, que hipotecou e de que maneira os interesses e o futuro de Portugal e dos Portugue-ses. Em poucos anos, todo o bom trabalho feito na recuperação da credibilidade externa e no combate ao défice foi deitado ao lixo. Foi assim de 1995 a 2002 e de 2005 a 2011.

Felizmente hoje temos um Governo que tem como objectivo principal restaurar a confiança no país, pagar as nossas dívidas e promover o crescimento económico, garantido dessa forma mais e melhores condições para o futuro dos nossos cidadãos e das gerações vindouras.

Este é um esforço que convoca todos os Portugueses. Sabemos que podemos conseguir. Como afirma o presidente do nosso Partido, “se cumprimos, poderemos ter uma chance de ter sucesso. Se não cumprirmos seremos completamente arrasados”. Em toda a nossa história, nada nos foi dado, tudo foi conquistado, muitas vezes com sangue, suor e lágrimas. Nos maus momentos, sempre soubemos encontrar forças para prosseguir e superar as nos-sas dificuldades enquanto país. Esta não será, com toda a certeza, a excepção.

Não esquecendo a nossa integração num projecto Europeu que se quer mais coeso e solidário, não podemos voltar as costas ao mar. Fomos os pioneiros da globalização, abri-mos rotas de comércio por onde antes se pensava existirem monstros e abismos, mostrámos ao mundo que uma pequena nação poderia ser grande em ambição. É essa a Portugalidade que o nosso país necessita neste momento. Sempre tivemos um povo com uma ambição muito maior que este pequeno rectângulo plantado no canto mais ocidental da Europa.

Entendo que é fundamental reforçarmos as nossas ligações a África e à América Latina, não descurando também a Ásia. No fundo, trata-se apenas de regressar onde já estivemos. Mas este nosso regresso terá forçosamente de ser diferente, alicerçado em competência técnicas e apostado em gerar uma mais-valia para nós e para esses países. O nosso futuro está, mais uma vez, no mar.

Os militantes do CDS-PP têm de desempenhar um papel de relevo neste “virar de página” do nosso país, apoiando as políticas do nosso Governo e estando disponíveis para, dentro das suas possibilidades, darem o seu contributo na recuperação de Portugal. É um esforço que cabe a todos, do qual ninguém se pode demitir nem ser afastado, pois o destino do nosso país é que está em causa.

Assim, se soubermos cumprir as nossas obrigações, cumprimos o nosso desígnio. Recu-peramos a nossa soberania, deixamos de ser um “protectorado” e poderemos proporcionar às gerações vindouras um futuro diferente, onde o mérito prevaleça sobre o interesse, e onde existam verdadeiras oportunidades para quem, por força do seu esforço e do seu trab-alho, pretenda ter uma vida melhor para si e para os seus. Esse é o nosso destino! Saibamos cumpri-lo!

João Pedro Gomes | Presidente do CDS/PP de Torres Vedras

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Reforma Administrativa próximo número:

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Notícias das Concelhias

Vila Franca de Xiravila fRanCa PRePaRa o fUtURo

A A CPC de VFX reúne assiduamente um Grupo Autárquico o que ocorre mensalmente em dia fixo. Esse Grupo encontra-se aberto não só a militantes mas também a pessoas que nos merecem confiança, estando todos em conjunto a desenvolver nas questões autárquicas, quer tendo em vista o desenrolar do novo ordenamento do território quer a preparação de tão complexo processo eleitoral. São recolhidas propostas e ideias, para serem analisadas, discutidas e esquematizar propostas programáticas.

A seguir à Rentrée do partido, temos programado Conferências temáticas a realizar na nossa Sede em Vila Franca de Xira, a primeira das quais abordará a Constituição da República e a necessidade de ajustamento às novas realidades.

O Grupo Mello na pessoa do Sr. Eng. Vasco Luís de Mello, solicitou á CPC do CDS-PP de VFX uma reunião o qual veio a acorrer na nossa sede, tendo comparecido também o Administrador do Hospital de Vila Franca de Xira – Dr. Jaime Santos, fizeram uma análise do que encontraram naquele estabelecimento Hospitalar, deram-nos conta da grande reor-ganização que ocorreu tanto a nível funcional, como de Equipamentos e até remodelação de instalações como seja a ampliação do serviço de Urgências. Fomos informados do anda-mento da construção do novo Hospital.

No âmbito da visita da Ministra de Agricultura e do Secretário de Estado da Agricul-tura a uma herdade inserida na Lezíria Grande de Vila Franca de Xira o Deputado João Gonçalves Pereira fez o acompanhamento da mesma conjuntamente com uma delegação da Comissão Concelhia de Vila Franca de Xira do CDS-PP. Esta visita foi importante porque tivemos oportunidade de ver no terreno o aproveitamento de verbas de um pro-grama comunitário, mas para além disso em conversa do Sr. Deputado com os membros do governo ficámos a saber dos trabalhos desenvolvidos no sentido de conseguirem no imediato alocar verbas, evitar devoluções a Bruxelas com aconteceu no passado e pagar a tempo aos agricultores.

Filomena Rodrigues | Presidente do CDS Vila Franca de Xira

Alves Pardal como “personalidade influente” em MafraFoi no passado dia 30 de Julho que o Prof. Alves Pardal recebeu o diploma do concurso “As 30 personalidades mais influentes do concelho”. O concurso foi realizado pelo jornal local O Ericeira, que premiou o presidente do CDS-PP Mafra como uma das personalidades mais influentes na área da política concelhia. O prémio foi encarado por Alves Pardal como um reconhecimento do trabalho do CDS-PP no concelho de Mafra.

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“Pensar Odivelas” entrega petição na ARReconhecendo a falta de resposta em equipamentos de Creche e Pré-escolar na rede solidária de IPSS’s na Freguesia, a Junta de Cascais presidida pelo CDS, por Pedro Morais Soares, lan-çou uma Bolsa Social de apoio às Jovens famílias. Trata-se de uma inovadora parceria entre as Creches Privadas e a Junta de Freguesia de Cascais rentabilizando assim recursos já existentes e evitando a construção de novas infra-estruturas.

O objectivo principal é apoiar a integração das crianças das Jo-vens Famílias com mais baixos recursos salvaguardado-se sempre uma comparticipação das famílias indexada aos seus escalões de rendimentos.

Questões Sociais dominam a agenda dos autarcas do CDS Na Freguesia de Cascais: Voluntariado

A Junta de Cascais organizou a II Semana do Voluntariado Jo-vem que contou com a participação de 1300 alunos das escolas de Cascais e envolveu cercas 400 utentes dos Centros de Convívio. Esta iniciativa, promovida em parceria com a Associação Coração Amarelo, teve como objectivo sensibilizar os mais novos para o Vol-untariado: para a sua prática e para a sua relevância na comunidade. Foram programadas acções subordinadas temáticas como o Com-bate à solidão, a Deficiência, a Pobreza, a Solidariedade, Cidadania activa e Ambiente.

Na Câmara Municipal de Cascais: Farmácias de Cascais

Um projecto inovador foi recentemente lançado pela Vereadora do CDS na CMC, Mariana Ribeiro Ferreira em parceria com 10 farmácias aderentes do concelho. Este projecto consiste na dis-ponibilização de medicamentos por parte das farmácias e no âm-bito da sua responsabilidade social a famílias com baixos recursos sinalizadas e acompanhadas por IPSS’S do concelho que de outra forma não conseguiriam ter acesso ao medicamento.

Eleições na Juventude Popular - Vasco Botelho da Costa eleito novo da Presidente da Concelhia da JP com mais de 70% dos Votos.

Numas eleições bastantes concorridas e com duas listas a votos, a Juventude Popular de Cascais deu mostras de grande vivacidade.

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«A Um Metro e Meio do Chão - como as crianças vêem o mundo», de Inês Teotónio Pereira, Oficina do Livro, 2011, 184 págs.Prefácio de José Diogo Quintela

Quem são essas pessoas pequenas a que chamamos crianças: como pensam, como agem, que dúvidas têm, o que ambicionam? Como vêem este mundo controlado por pessoas maiores? Que impacto têm nelas palavras como Deus, terrorismo ou crise financeira? Oriunda de uma família de nove irmãos e mãe de cinco filhos, Inês Teotónio Pereira responde a estas e outras perguntas com ironia, perspicácia e optimismo - e, acima de tudo, com a sabedoria que só a experiência consegue proporcionar. A Um Metro do Chão, firmemente ancorado em casos concretos do dia-a-dia, é uma ferramenta funda-mental para percebermos melhor a personalidade de cada um dos nossos filhos, para os valorizarmos nas suas particularidades individuais e, em última análise, para simplificarmos as nossas vidas de adultos. Mais do que um manual, uma obra inspiradora para todos os pais.

Sugestão de leitura:

«Três Olhares Sobre a Saúde em Portugal», de João Varandas Fernandes, Pedro Pita Barros, Princípia, 2011, 104 págs.«Ao fim de 30 anos do Serviço Nacional de Saúde, reconhece-se o papel que este teve e tem na sociedade portuguesa. Porém, discute-se continuamente a sua viabilidade e a extensão da sua activi-dade. […] Nas circunstâncias actuais sentimos a necessidade de analisar o presente e reflectir sobre o futuro do sistema de saúde, procurando construir ideias a partir de pontos de vista e experiências muito diferentes […] A diversidade de experiências e de pontos de vista, numa discussão honesta, só pode ser benéfica […] Os três olhares que aqui apresentamos, ao jeito de ensaio e resultando das nossas experiências profissionais, procuram, de um modo politicamente descomprometido, ajudar à evolução do sistema de saúde português.»

«Adelino Amaro da Costa», de Maria do Rosário Carneiro e Célia Pedroso, Casa das Letras, 2010, 370 págs.Adelino Amaro da Costa foi um dos fundadores do CDS, em Julho de 1974. Na Constituinte e na Assembleia da República é lembrado como um dos mais brilhantes parlamentares a seguir ao 25 de Abril. O ideólogo do centrismo foi também o estratega que esteve por detrás do acordo com o PS em 1978 e da iniciativa para a constituição da Aliança Democrática, em 1979. Morreu aos 37 anos, a 4 de Dezembro de 1980, em Camarate, no Cessna onde viajava com Sá Carneiro.

Esta é a primeira biografia de Adelino Amaro da Costa, uma personalidade extraordinária que dei-xou uma obra e um percurso singular que faltava contar. Da infância na Madeira aos anos no Liceu de Camões, do curso no Instituto Superior Técnico, às aulas que leccionou de Introdução à Univer-sidade. Nos anos 60, destacou-se no jornalismo universitário, no Tempo. Comunicador de excelência, escreveu sempre colunas e artigos em jornais como o Diário Popular, O Século, Expresso, O Jornal, entre outros. Conheceu Freitas do Amaral na Marinha, deu aulas no Técnico e foi um colaborador próximo e fundamental de Veiga Simão na Reforma Educativa. No CDS foi sempre o número 2 do partido, formando uma dupla insubstituível com Freitas do Amaral. br> A sua história de vida é também um exemplo de dedicação ao serviço do público e do bem comum - sempre com um sorriso e um optimismo resistente às adversidades.

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No âmbito da Assembleia Metropolitana de Lisboa, muito se tem debatido sobre a necessidade de Investimentos Públicos, designada-mente os de grande dimensão e com enormes exigências financeiras localizadas na Região.Convém registar que as decisões ao investimento são o cerne de qualquer estratégia de desenvolvimento económico em qualquer período e em qualquer sistema económico. Mesmo em economias liberais é reconhecida a sua importância e contributo necessário (mas não sufi-ciente) para o crescimento e prosperidade das regiões e dos Países, promovendo a sua competitividade e produtividade.A questão não deve, no entanto, centra-se na função “investidora” do Estado mas prioritariamente nos sectores e regiões em que deve investir e quais as “características” mais relevantes que melhor favorecem os objectivos a alcançar. Ao Estado é suficiente as nobres funções normativas, reguladora e fiscalizadora.Nem todos os investimentos, reclamados ao Estado, se podem realizar simultaneamente no mesmo sector ou na mesma Região e alcançar os mesmos efeitos em qualquer período. É neste contexto, que desde há muitos anos, as organizações internacionais envolvidas no desenvolvimento económico e social se dedi-caram a criar instrumentos e metodologias de apoio técnico às decisões político - governamentais. Com algumas ligeiras diferenças técnicas, pode-se considerar que a análise custo-beneficío (cost benefit analisys) é a que tem reunido maior convergência de apoios pelas mais distintas e variadas instituições nacionais e internacionais.Esta ferramenta não é contudo uma panaceia universal, para todos os intervenientes em qualquer local ou em qualquer momento. Requer, antes de mais, uma clara definição dos pressupostos a utilizar e a sua aplicação homogénea a todos os projectos com alternativa nacional ou meramente regional.Para proceder a uma correcta “Cost-benefit analysis”, temos que estar seguros que estão incluídos, devidamente quantificados, todos os custos e todos os benefícios reclamados com o projecto e os seus efeitos positivos e negativos induzidos na esfera económica.Todos os elementos deverão ser expressos em valores monetários, numa base comum de modo a permitir calcular o valor actual e ante-cipando responsabilidades futuras.Convém registar que a grande diferença de, uma análise deste tipo relativamente à avaliação financeira de quaisquer projectos de investi-mento de cariz empresarial, é essencialmente, na tónica colocada nas externalidades, ou seja no seu impacto na economia e na sociedade o que implica uma criteriosa fundamentação e selecção de pressupostos que em última análise residem nos objectivos e programas gov-ernamentais legitimamente sufragados.Numa primeira fase, é pois indispensável o governo libertar-se da ideia de “pacotes” de investimento Estatal de tipo KEYNESIANO com resultados muito duvidosos considerando a já enorme intervenção do estado na economia e substitui-los pela elencagem dos seus méritos e benefícios relativos à conjuntura e oportunidade de sua execução, sem excluir custo e ambiente de contexto.Uma conjuntura recessiva, com excessos de endividamento, sem consolidação orçamental, com elevada necessidade de importações e poucas exportações, com débil nível tecnológico e brutal desemprego, impõe uma definição de pressupostos completamente diferente de uma situação saudável, com níveis de crescimento adequados, estabilização orçamental e inflação controlada.Com isto pretendo dizer que uma decisão, num dado momento de um conjunto de investimentos públicos necessariamente em detri-mento de outros, não são os investimentos em si que estão em causa, mas a sua oportunidade, ou seja o estabelecimento de pressupostos que irão conduzir à análise dos seus custos e benefícios, sobretudo os que lhe são externos (externalidades). Posto o problema dos investimentos públicos nestes termos e na actual conjuntura de Portugal, é muito mais eficaz debater com realismo e sentido patriótico os pressupostos que antecedem à hierarquia no tempo e no espaço os novos grandes investimentos estatais, o que também reduziria a enorme instabilidade nos agentes económicos que são aliciados a intervir nas respectivas realizações. Com a neces-sidade de proceder à actualização de todos os fluxos económicos que implicam custos e benefícios actuais e futuros (Value of the Money) mais distinta se torna a avaliação financeira empresarial da avaliação económica nacional que inexoravelmente provoca divergências e conflitos que podem originar roturas graves na indispensável Coesão Nacional. Será sempre da responsabilidade do Governo da maioria, com respeito pelas minorias, evitar estas situações actuais ou futuras, sobretudo porque tem ao alcance os meios necessários e suficientes para o seu total esclarecimento.Termino, com um apelo à responsabilização das oposições quer de âmbito nacional quer regional para que reflictam à luz destes princípios, meramente informadores das decisões, que comprometem não só custos actuais mas também para gerações futuras já sobrecarregadas de responsabilidade que inevitavelmente se irão prolongar por décadas.

INVESTIMENTOS PÚBLICOSAntónio Ferreira de LemosLíder da Bancada CDS-PP na Assembleia Metropolitana de Lisboa