edição 127

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Perseguidos por Getúlio Vargas, os representantes caxienses de Mussolini queimaram registros da militância que um dia significou status e vantagens financeiras. Mas deixaram marcas de um legado que ainda constrange os descendentes

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O futebol é imprevisível.Compareça ao Centenário! 29

Fotos: 16: Acervo do Arq. Hist. Municipal. 6 e 13: Maurício Concatto/O Caxiense. 7: Andrei Andrade/O Caxiense. 21: Antonio Giacomin, Reprodução/O Caxiense

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Um consenso entre rivais

Os donos da rua da Estação Férrea

Quando ser fascista erastatus, não vergonha

O ônibusonde cobrador não entra

As caras do Brasil, por Nivaldo Pereira e Antonio Giacomin

MODA E BELEZAO CAXIENSE lança uma peça-chave

O sonho grená

Incêndio: um acidente evitável

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A sensação de não saber absolutamente nada sobre um assunto ou saber o insu-ficiente serve de combustível para nossa Redação. Quando ficamos sem respostas para nossas perguntas é que enxergamos as melhores pautas para nossas reporta-gens. E se o assunto é tabu, melhor. Serve como incentivo para buscarmos ângulos inesperados. Não é raro vários jornalistas da equipe já terem pensado que gostariam de escrever exatamente sobre o mesmo tema. Se isso ocorre, não tem escapatória. Foi justamente o caso da edição 127, que você tem em mãos. O eleito para desem-penhar a tarefa de pesquisar e contar a his-tória do fascismo em Caxias do Sul foi o repórter Andrei Andrade, novo integrante da nossa equipe. Através de seu texto, uma história que quer ser esquecida por muitos é contada novamente. A historiadora Loraine Slomp Giron, “repórter Esso do passado”, cumpriu este papel por primei-ro com o livro As Sombras do Littorio: o fascismo no Rio Grande do Sul. A história não pode ser esquecida. Esperamos que esta reportagem colabore para enxergar a atualidade de uma nova maneira. Quem gostar da matéria, leia também o livro.

Na edição 126, a repórter Gesiele Lor-des contou as tristes vivências de mulheres que sofreram agressões de seus parceiros. Os leitores entenderam a importância e seriedade do tema:

Ao mesmo tempo em que damos boas-vindas ao repórter Andrei Andrade – que também assina nesta edição uma crônica jornalística falando do dia de passe-livre nos ônibus, na seção Bastidores –, nos despedimos da seção HQCX. Com muita filosofia, surrealismo e reflexões sobre a sociedade pós-moderna, a HQCX está presente há quase um ano em O CAXIEN-SE, desde a edição 86. Foram 40 histórias em quadrinhos publicadas por Adan Marini, FTF, Luciana Lain, Rafa Rodrigues e Thiago Danieli. Acreditamos que a re-vista, desenhistas e roteiristas cumpriram o papel de abrir espaço para o gênero HQ na cidade. Mas a despedida é apenas na edição impressa. O próximo passo, claro, será dominar o mundo através da internet. Fique atento ao nosso site, www.ocaxiense.com.br, para conferir, em breve, o novo formato da HQCX.

No espaço ocupado pelos quadrinhos, as duas últimas páginas de cada edição, O CAXIENSE passa a publicar colunas temáticas, com tendências e dicas de consumo nas áreas de moda, gastronomia, arquitetura e automóveis. A intenção é ampliar os assuntos tratados na revista. O projeto é conduzido pela subeditora Carol De Barba, que estreia com uma versão maior de sua coluna de moda, 1ª Fila. Boa leitura.

Paula Sperb, diretora de Redação

DIGA!História calada do fascismo em caxias | até logo, HQcx! | diversificação do conteúdo

Diretor Executivo - Publisher

Felipe Boff

Paula SperbDiretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

Editor-chefe | revista

Marcelo Aramis

Editor-chefe | site

Jaisson Valim

SubeditoraCarol De Barba

Andrei AndradeFabiana SeferinGabriel IzidoroRafael MachadoRobin Siteneski

Dimas Dal RossoGesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

Maurício Concatto

Designer

Luciana Lain

COMERCIALExecutivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo

ASSINATURASAtendimento

Tatyany R. de Oliveira

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

FOTO DE CAPAStudio Geremia, Arquivo Histó-rico Municipal/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) [email protected]

Parabéns pela última edição. Jornalismo de qualidade fornece leitu-ra que edifica conhecimento e transforma pessoas. Vanessa Kukul

Parabéns pela matéria de capa, está ótima! Vou sugerir a leitura para os meus colegas e professores! Clarissa Silveira

Fotos: 16: Acervo do Arq. Hist. Municipal. 6 e 13: Maurício Concatto/O Caxiense. 7: Andrei Andrade/O Caxiense. 21: Antonio Giacomin, Reprodução/O Caxiense

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“R$ 5 é crime!” A reclamação clássica de quem chega no Largo da Estação Fér-rea e depara com os donos da rua pode virar slogan de uma campanha contra a atuação dos flanelinhas, iniciativa de um grupo de donos de bares e de fre-quentadores do local. Ainda sem saber detalhes de como a ação vai funcionar, o proprietário do Mississippi Delta Blues Bar, João Antônio Pezzi Bagoso, o Toyo, conta que a campanha é uma resposta às diversas reclamações de clientes.

No último domingo (29), o frio e o chuvisqueiro da madrugada afastavam os clientes. Ainda que tímida, a atuação dos flanelinhas se mantinha. Um garoto de aparentemente 16 anos e um homem de 30 formavam a primeira dupla de flanelinhas, às 22:00, no início do mo-vimento na Estação. Enquanto o mais velho ficava próximo à Secretaria Muni-cipal da Cultura, o guri ficava quase na outra extremidade da rua. Com gestos e meias frases gritadas, eles indicavam onde havia vagas – um serviço dispen-

sável por ali, pelo qual cobram R$ 5, in-cluindo a “segurança” do veículo. “Fica sossegado!”, garantia um deles. Mesmo quando os motoristas dispensavam a ajuda e iam em direções diferentes das sugeridas, tinham de prometer que o pagamento seria dado na volta. Uma vez ou outra, um cigarro pedido com jeito era oferecido como adiantamento, até porque o próprio flanelinha sabia seria bem provável não estar mais ali quando aquele cliente voltasse.

Às 23:25 a dupla vai embora. Se tives-se demorado mais meia hora, seria vista pela única ronda policial nas primei-ras 3 horas da madrugada. Uma hora depois, um rapaz aparentando ter não mais de 25 anos para nos trilhos. Olha ao redor e percebe que o território está livre. Aos poucos, tira as mãos dos bol-sos do moletom e, com gestos tímidos, repete a função desnecessária dos outros flanelinhas. Pouco depois, um colega disputa atenção dos motoristas. O últi-mo, mais sorridente, consegue dinheiro

logo. O suficiente para ir embora. Frequentadora da balada da Esta-

ção, a farmacêutica Fabiane Botter, de 29 anos, calcula um gasto de cerca de R$ 20 por semana com flanelinhas. Ela está entre as preferidas dos infratores, que gostam de ameaçar mulheres sozi-nhas em lugares isolados. “Eu sei que é errado, mas tenho medo. Pago quando desço do carro mesmo”, diz.

A cobrança já virou hábito e a como-didade de deixar o veículo ao alcance dos olhos é o motivo da pouca procura por estacionamentos privativos. Os dois mais próximos cobram R$ 10 e R$ 15 pela noite inteira. Toyo acredita que o pagamento indevido de estacionamen-to financia o crack. E diz não adianta resolver o problema ali, pois os flane-linhas migram. “Tem que ter inclusão social.” Conforme o empresário, se as autoridades não vigiarem – com mais de uma ronda por noite –, o ponto se torna propício para furtos e assaltos. “Precisa de fiscalização ou uma base da polícia.”

BASTIDORESUm ônibUs onde cobrador não entra |crônicas da cidade invisível | evite incêndios

Se essa rua, se essa rua fosse minha...

No Largo da Estação, estacionar custa R$ 5 na cobrança dos flanelinhas | Fotos: Maurício Concatto/O Caxiense

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74.MAI.2012

Sufoco e diversão têm passe livre

por Andrei Andrade

É em meio a um cenário de caos da aglo-meração humana que chego ao ponto de ônibus da esquina das ruas Visconde de Pelotas e Bento Gonçalves, no feriado do Dia do Trabalhador, querendo conferir as aventuras dos caxienses num dia de passe livre.

Dentro de um ônibus lotado, a peque-na multidão que aguardava eufórica pelo transporte para os shows gratuitos nos pavilhões da Festa da Uva começava a dar sinais de impaciência diante daquela cena um tanto incomum mesmo para quem é escolado na viação pública: o motorista não sabia o caminho. Isso porque é o pri-meiro mês de Ivanir, recém chegado de Ve-ranópolis, no volante dos ônibus da Viação Santa Tereza (Visate).

Começo a entender o que está aconte-

cendo quando Ivanir desce do ônibus, para desespero geral, e pergunta se sou eu o “lí-der”. Respondo que não, sou só um repór-ter, e ele me explica que está procurando pelo colega encarregado de guiá-lo nesse dia, o primeiro naquela linha. Travamos uma conversa rápida sobre o infortúnio da situação, até sua decisão de sair para pro-curar ajuda no ponto da rua transversal, o que gerou nova onda de protestos da tur-ma, que reunia desde infalíveis DJs de Ôni-bus até jovens emos vestidos a caráter; de casais de namorados adolescentes a senho-ras perfumadas, que agora espremiam-se de pé contra os bancos do ônibus, algumas carregando crianças no colo.

Aproveito o momento para entrar no ônibus e tentar uma interação com a mas-sa, talvez uma foto. Mal consigo subir os 3 degraus da escada, pois agora o 810 da Vi-sate está realmente superlotado, já que não

tem ninguém para barrar a entrada. De-sisto. Antes de voltar, consigo avistar nos primeiros assentos a turma que me deu a primeira entrevista do dia, 5 jovens – Mi-rela, Uesley, Andriele, Andriely e Mateus. Eles aproveitaram o passe livre para pegar os dois ônibus que os levariam do bairro Fátima até os ecléticos shows do dia, algo com Reação em Cadeia, Tchê Barbaridade, Musical Barbarella e MC Jean Paul.

O ônibus, agora lotado, chegou vazio ao ponto da Visconde às 12:45. Já são 13:10 e nada do Ivanir voltar. Mas nem é por isso que resolvo dobrar a esquina e acompa-nhar a movimentação no ponto da Bento Gonçalves. Quero descobrir onde vai Joa-na Darc. Natural de Bom Jesus, mas mora-dora do bairro Planalto Rio Branco desde os 11 anos – portanto caxiense há 21 – ela aproveitou a gratuidade do dia para levar os filhos, de 11 anos, 4 anos e 3 meses, para

Terminal de ônibus na esquina das ruas Visconde de Pelotas e Bento Gonçalves | Andrei Andrade/O Caxiense

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visitar a tia Crélia, que mora no bairro San-ta Fé, do outro lado da cidade. “Faz uns 3 anos que a gente não vai lá. Meu guri tinha um aninho na última vez”, fala, apontando para o pequeno, que espantava uma pom-ba com ameaças de chute. Para Joana Darc, que não trabalha e tomaria 4 ônibus para visitar a tia, contando ida e volta, o passe li-vre representava uma notável economia de R$ 10,80 (o caçula vai no colo e o do meio passa por baixo da catraca).

Ainda estou ouvindo as histórias de Jo-ana Darc quando o motorista Ivanir passa por mim a passos rápidos, quase correndo. Quer retornar logo ao posto de trabalho, pois conseguiu ajuda, segundo me avisa sem diminuir a passada. Ainda lembra de virar para trás e gritar: “põe meu nome lá na revista”. Como não botar, Ivanir?

Passa um, passam dois, passam pelo me-nos 10 ônibus sem que nenhum fizesse a linha que promoveria o encontro de Joana e tia Crélia. “Como demora!”, ela recla-ma, agora já fumando um cigarro, nocivo principalmente para o recém-nascido da família, que recebe a fumaça diretamente no rosto repousado no seio direito da mãe.

Retorno para a Visconde de Pelotas, onde finalmente o ônibus mais lotado que já vi se prepara para arrancar. O socorro a

Ivanir será dado pelo motorista de outro veículo, dos muitos que agora passarão a fazer o percurso até os Pavilhões. “Vai tran-quilo”, diz o colega, tratando de animar o novato veranopolitano.

Aliviado com o desfecho aparentemen-te feliz desta história, me desloco para um local bastante concorrido em dias de busão grátis: a praça Dante Alighieri, no Centro. É lá que encontro, dividindo-se em partes iguais entre dois bancos, um grupo bastan-te curioso, para quem o passe livre repre-sentaria em economia o máximo que eles conseguissem visitar de bairros caxienses. Trata-se da camareira Ana, que levou para passear seus dois filhos e 5 amigos senega-leses.

Ana veio de Goiânia há 12 anos, e mora atualmente em um albergue no bairro Fátima Alto. Foi lá que conheceu e ficou amiga dos africanos – são 16 ao todo – que desembarcaram há cerca de um mês em Caxias, atraídos por notícias de bons empregos na área da construção civil (mas que ainda não se confirmaram). A comu-nicação deles com a brasileira se dá em espanhol, língua que eles arriscam e ela domina, assim como os filhos, que aos 6 e 7 anos já frequentam curso do idioma e se divertem mostrando a cidade para os

novos amigos. “Eles precisam encontrar emprego rápido. Cada um tem 4 esposas pra sustentar”, conta Ana, acrescentando que, apesar de alguns maus bocados que têm passado no albergue, principalmente desentendimentos com a dona do lugar, os sorridentes senegaleses estão adorando a vida em Caxias.

No Dia do Trabalhador, a turma toda saiu para unir o agradável do passeio ao útil de ajudar a amiga a encontrar uma casa para morar. E que dia seria melhor para ba-ter perna atrás de placas de “Aluga-se” do que um feriado calmo e de ônibus sem co-bradores? “Quero mostrar para eles alguns bairros bonitos da cidade, como o Serrano e o São Caetano”, comenta a goiana, sem revelar seus critérios estéticos. Sentados no banco, acompanhando a conversa, eles só riem, praticamente desde a minha chega-da até a despedida com apertos de mão e meus desejos de “buena suerte” a todos.

No fim do passeio, já estou a caminho da Redação quando começo a me perguntar: com quem tia Crélia teria achado pareci-do o novo sobrinho-neto? E a turma das Andriely(e)s, teria arrumado um bom lu-gar para assistir aos shows do feriado? Ou ainda: teria Ivanir conseguido chegar aos Pavilhões da Festa da Uva?

Ana com os filhos e os amigos do Senegal |Fotos: Andrei Andrade/O Caxiense

Uesley, Andriele, Andriely, Mateus e Mirela Joana Darc leva os filhos para visitar a tia Crélia |

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Causas de incêndio

Botijão de gásO item básico para a cozinha domiciliar é o maior causador de incêndios em Caxias.

O erro é deixar o botijão em locais inadequados e com fácil acesso às crianças. Deixe o botijão fora da cozinha, em um local seco, ao abrigo do sol. Vale também revisar a validade da mangueira que conduz o gás, que tem prazo de 5 anos a partir da data de fabricação.

Curto-circuitoFiação elétrica antiga e o excesso de aparelhos ligados

em uma mesma tomada são os principais causadores de curtos-circuitos. O tempo e o acesso de roedores aos fios desgastam a fiação e causam um problema invisível aos olhos dos moradores. O Corpo de Bombeiros sugere uma revisão a cada 10 anos. E cuidado com os Ts: use apenas um em cada tomada.

VelaFaltou luz em casa? Corre-se para acender uma vela. O perigo do

hábito é não cuidar do local onde se deixa a vela e, o pior, dormir sem apagar a chama. Quando imprevistos com a rede elétrica acontecerem, é preferível a utili-zação de lanternas.

CigarroAlém de sujar a cidade, as bitucas jogadas no chão podem ser o

primeiro passo para causar um incêndio, uma causa comum das queimadas em terrenos baldios. Apague o cigarro e jogue-o no lixo. No carro, opte por não fumar. Ou conviva com o cheiro do cinzeiro.

CriançasPor melhor instruídos que sejam sobre o peri-go, os pequenos ainda

veem no fogo um grande atrativo para brincar. Mantenha fósforos, isqueiros e acendedores longe da criatividade deles.

Nem todo incêndio é uma fatalidade. Com a ajuda do 5° Coman-do Regional de Bombeiros, que registra fogo em residências e terre-nos baldios como a principal ocorrência, O CAXIENSE mostra as principais causas do acidente e mostra como evitá-lo.

TOP5 BOAGENTE

Por acaso. Assim foi o encontro dos escritores Maikel de Abreu, de 30 anos, e Cesar Mateus, de 28. “Assim que a gente se conheceu, passamos a nos emprestar livros e discos que colecionávamos. Foi aí que surgiu a ideia de escrevermos”, explica Maikel. A dupla começou a desenvolver os contos no blog Invernos Cegos. Ce-sar, que gosta de ler romance, escrevia em Caxias. Maikel, fã de quadrinhos e contos, atualizava o blog em Porto Alegre. Na escrita, encontraram se-melhanças que formaram um bom par. “Nesse momento, tudo era mais difícil pra nós. Enquanto eu estava nessa fase de adaptação em outra ci-dade, o Cesar estava de saída da casa dos pais. Essa foi a nossa inspiração na hora de escrever os primeiros con-tos”, define Maikel, que hoje também mora em Caxias. O passo seguinte foi reunir os textos no livro Couro Ilegítimo & Outros Contos, con-templado pelo Financiarte e lançado em abril deste ano pela editora Mo-delo de Nuvem. A obra tem 11 contos de cada escritor e um em conjunto. Falam de experiências dos dois, e de personagens e lugares submersos ou esquecidos no caos urbano. Para Ce-sar, em tempos de prateleiras virtuais, os livros de papel ainda encontram espaço. “Poucos conseguem se adap-tar ao costume de ler pelo computa-dor. Talvez um complemente o ou-tro. No nosso caso, a internet ajudou muito na divulgação do livro.” Maikel e Cesar já pensam em um segundo li-vro, tratado ainda em segredo, como preferem os artistas.

Estreia legítima

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CAMPUS

O curso de Administração da FSG re-aliza na próxima quarta (9), às 13:30, o 3° Seminário de Educação Financeira. Com o tema Grandes Empresários – Do Início ao Sucesso, o seminário terá pales-tras e oficinas com executivos, diretores e presidentes de empresas de Caxias e região. As inscrições devem ser feitas pelo site www.moddo.com.br ou pelo Portal do Aluno. O ingresso é um quilo de alimento não perecível. A programa-ção completa pode ser conferida no site www.fsg.br.

O enfermeiro Alexandre Quadros, membro da Comissão de Urgência e Emergência em Desastres do RS, será o palestrante da Semana Acadêmica de Enfermagem da FSG, no dia 9 de maio. No dia 10, as enfermeiras Elisandra de Albuquerque, do Centro de Reprodu-ção Humana Conception, e Juliana Cos-ta, Gerente Assistencial do INCORSG, comandam mesa-redonda. No dia 11, ocorrerá apresentação de trabalhos aca-dêmicos. As atividades ocorrem sempre às 19:30 no auditório da instituição.

Doutor em Artes Visuais da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul, jornalista, curador e professor, Eduardo Veras vai palestrar na aula inaugural dos cursos de Artes Visuais da UCS. Com o título Arte Conceitual: o que é? O que não é? Por quê?, o encontro será nesta segunda-feira (7), às 19:40, no Auditó-rio Marelli do Campus 8 da UCS.

Receita do sucesso

Desafios da enfermagem

Arte?

UCS: FRANCISO GETÚLIO VARGAS, 1.130. 3218-2800 | FACULDADE AMÉRICA LATINA: MARECHAL FLORIANO, 889. 3022-8600 | FA-CULDADE DA SERRA GAÚCHA: OS DEZOITO DO FORTE, 2366. 2101-6000

+ VESTIBULARUniversidade de Caxias do SulSeguem até o dia 10 de junho as inscrições para o Vestibular de Inverno UCS. A taxa de inscrição é de R$ 40 até 25 de maio e R$ 50 depois dessa data. As inscrições devem ser feitas pelo site www.ucs.br. Prova no dia 24 de junho, a partir das 13:30.

Faculdade da Serra GaúchaNa segunda (7) a Faculdade da Serra Gaúcha abre inscrições para o Vestibular de Inverno. Elas po-dem ser feitas até o dia 21 de junho no site www.fsg.br. Quem se inscrever até o dia 8, paga R$ 40. Depois, o valor é R$ 50.

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Uma das mais fortes categorias dá a partida nes-te sábado (5) à campanha salarial de 2012. O Sin-dicato dos Metalúrgicos faz uma assembleia para discutir o dissídio.

As negociações prometem ser intensas com o Simecs. O reajuste de 14,75% do salário mínimo gaúcho embasará solicitações ambiciosas dos em-pregados. Já os patrões lembrarão o desaquecimen-to da economia: as empresas caxienses reclamam de uma perda de desempenho de 8,45% neste ano.

A inauguração oficial da DG Sul, na semana passada, reafirma a importância do mercado caxiense para o setor automotivo. Com a nova loja, a GM segue o caminho de outras grandes montadoras, como Volkswagen e Fiat, e en-cerra a exclusividade que o antigo revendedor da marca tinha na cidade. Entre os fabricantes tradicionais, só a Ford mantém apenas uma revenda em Caxias. Para os consumidores, quanto mais concorrência, melhor.

Pertencente ao grupo DR Sul, que acumu-la revendas de outras 4 montadoras, a DG Sul revigora a marca Chevrolet em Caxias. A moderna loja é a única da região com a nova identidade visual da GM, antecipando por aqui o novo padrão mundial. E sua lar-gada não poderia ser mais promissora. Este ano, a GM pretende colocar 7 lançamentos no mercado – um recorde na indústria na-cional.

Sabedoria políticaConsenso auspicioso

O azar de Paese

Debate intenso Arrancada forte

Concorrência faz bem

Ao desempatar a votação den-tro da comissão processante, a experiente presidente da Câma-ra, Geni Peteffi (PMDB), tomou uma decisão sábia e optou por levar para o Plenário da Câmara a discussão da cassação dos direitos políticos do ex-vereador Moisés Paese.

Primeiro, porque a questão me-rece um fórum maior e um debate público. Depois, porque preser-vou sua imagem diante do elei-torado – levaria a culpa, sozinha, pelo arquivamento do processo.

Um assunto fora da alça-da municipal tem a chance de se tornar um dos temas principais de debate entre os prefeituráveis na larga-da da corrida à sucessão do prefeito José Ivo Sartori (PMDB).

Os pré-candidatos Marisa Formolo (PT), Alceu Bar-bosa Velho (PDT) e Assis Melo (PC do B) mostram preocupação com o futuro dos pedágios no entorno de Caxias do Sul. O bom para a cidade é saber que, rivais nas urnas, eles comungam a mesma posição: são contrá-rios à prorrogação das atu-ais concessões.

Em suas atividades par-lamentares, eles se concen-traram atenção ao tema nas últimas semanas. Veja as ações de cada um:

Marisa Formolo (PT) – Presidente da Frente Parla-

mentar contra a Prorrogação dos Contratos de Pedágios, aguarda a regulamentação de um projeto de sua autoria já aprovado, que implanta um sistema que controla a recei-ta das praças.

Alceu Barbosa Velho (PDT) – Mobiliza-se contra a contratação pelo Estado de uma consultoria, ao valor de R$ 8 milhões, que apresen-tará o “melhor modelo de pedágio”. Para ele, o serviço é dispensável, porque a so-ciedade entende as praças comunitárias como melhor opção.

Assis Melo (PC do B) – Deputado federal, reuniu-se com integrantes do Corede-Serra, que defenderam a im-portância de um movimento regional pelo pedágio comu-nitário e a devolução das es-tradas federais à União.

Será difícil acreditar que Pa-ese escapará da suspensão dos direitos políticos por apresentar atestados falsos. Vereadores de-monstraram, ao surpreender e recusar um aumento de 25% nos próprios salários, que não estão dispostos a assumir o ônus de decisões impopulares em pleno ano eleitoral.

PLENARIO

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134.MAI.2012

Umberto e Wangler, entre os troféus que contabilizam as glórias do Caxias |Maurício Concatto/O Caxiense

Na antessala da História

Equipe e torcedores grenás preparam-se para a batalha final do Gauchão contrao time que, se tivesse prefeito, seria o quinto maior município gaúcho

por Gabriel Izidoro

Lá em janeiro, quando tudo parecia tão improvável e distante, o alemão tei-moso de Roca Sales que veio se tornar, mais do que cidadão, personagem de Caxias do Sul – entre aliados e desafetos –, apareceu com um cálculo que passava despercebido para ilustrar o abismo de desigualdade no futebol gaúcho. Osval-

do Voges, o presidente do Caxias, ob-servara que um dos favoritos ao título, o Inter, deteria o quinto orçamento do Rio Grande do Sul se fosse um município. “É Porto Alegre, Canoas, Caxias, Triunfo, o Inter e só depois Pelotas.”

O Inter apresentou credenciais tão mastodônticas na mesa do Gauchão

2012 que até em número de sócios se-ria um município sujeito à disputa de segundo turno, caso tivesse prefeito, em vez de presidente. “Pela verba e pela po-pulação, o presidente do Inter tem mais poder que o prefeito de Pelotas”, insistia Voges.

Eis que aquele cálculo lá de janeiro,

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SERVIçO

DOM. (6). 16:00. Estádio Francisco Stédile

Ingressos:Arquibancada: R$ 60. Idoso/Estudante: R$ 30. Arquibancada visitante: R$ 60. Cadeiras: R$ 90.Acompanhante de sócio: R$ 70.

quando só um devaneio poderia sugerir um desfecho arrebatador para a sono-lência do campeonato, agora retrata per-feitamente o problema que o Caxias tem diante de si nas finais do Estadual, nos dias 6 e 13 de maio. O problema de so-lução mais fácil do mundo, é claro. Nada mais resta ao Caxias para fazer no Cen-tenário e no Beira-Rio, nos dois próxi-mos e mais importantes domingos deste ano – até a Série C. Nada mais há no que pensar ou com que se preocupar. Não há outra alternativa. Não há meios de se re-duzir o oceano de diferença em relação ao Inter. Não há expediente secreto ou mágico ao qual recorrer para melhorar as perspectivas. Não há conjectura al-guma com que se perder tempo. Não há falsas esperanças às quais se prender. E isso é que torna tão fácil solucionar o problema.

A única coisa que o Caxias pode fazer diante do Inter é lutar. Lutar é a única resposta grená. Lutar com a serenidade enfurecida de quem sabe que chegou ao limite e está longe demais para voltar. Lutar como quem sabe que a luta é a re-compensa de si mesma.

O pior que pode acontecer é tudo ficar do jeito que está, como preconiza o vito-rioso slogan de campanha do deputado federal mais votado do Brasil.

Já o melhor, é mais ou menos o se-guinte (e preste atenção agora, capitão

Lacerda, você que ficou impressionado com o mesmo artefato, quando o viu no jogo de despedida de Washington, no Centenário, em 13 de dezembro passa-do).

Um meia chamado Danilo Gomes, de quem os grenás não teriam razão al-guma para lembrar mais ou menos do que qualquer outro Danilo, certo dia entre 2009 e 2010, enfrentou o Caxias no Centenário, atuando pelo Zequinha. Imediatamente depois do jogo telefonou para um amigo que há tempos não via.

Do outro lado da linha, Gil Baiano, de quem os grenás não esquecerão jamais nem quando o Apocalipse destruir São Francisco de Paula e o resto do planeta, foi surpreendido com o testemunho de Danilo: “Meu irmão, você virou bandei-ra no Caxias! Os caras te botaram numa faixa na arquibancada!”.

É a isso que está sujeito quem lutar contra o monstro grande que pisa for-te chamado Inter. “É gratificante pra caramba! Claro que eu esperava rece-ber algum carinho da torcida, mas nem tanto, depois de se passar tanto tempo. Tenho muito orgulho de virar bandei-ra depois de tanto tempo. Tenho muito orgulho de bater no peito e dizer que a história da minha vida se confunde com a do Caxias. Tenho orgulho de dizer que é o clube com o qual mais me identifi-quei”, escancara Gil Baiano.

Na verdade, qualquer jogador grená que agora desfruta do privilégio de ten-tar repetir a conquista tem uma ideia do que significa entrar para a eternidade particular de um razoável grupo de se-res humanos apaixonados por um clube do Interior.

Toda vez que aguardam na antessa-la da secretaria para resolver alguma pendência administrativa, cercados de fotos de títulos, mesmo que nem todos tão reluzentes quanto aquele que agora está em disputa, eles têm essa ideia bem clara. “Eu olho aquelas fotos desde que cheguei aqui. Sempre gostei de uma com o estádio lotado, na Série C de 2009, e sonhava em jogar com um público da-queles. Agora quero ser o campeão mais jovem da história do Caxias, com 17 anos”, revela o atacante Marcos Paulo.

O anseio dos garotos reflete mais um dos riscos a que estará exposto quem lu-tar contra o Inter: mudar de vida. “Todo mundo conseguiu dar rumo na sua vida, de um jeito ou de outro. Título é título”, sintetiza o atual técnico do Cianorte-PR, então zagueiro, Paulo Turra.

Aliás, o ex-xerifão da zaga serve de referência pessoal para um integrante do grupo. Porque o mundo é muito pe-queno, você sabe... “O Paulo Turra é o cara mais famoso de Tuparendi. Quan-do eu estava em escolinha ele vinha dar palestra para a gente. Sempre conver-

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154.MAI.2012

“O povo de Caxias tem que esquecer a

gente, esquecer de 2000 e fazer

por outros. Já está mais do que na

hora de ter novos ídolos. O clube e a

cidade precisam disso”, diz o eterno

craque grená Gil Baiano

samos sobre futebol, ele sempre foi um cara que me serviu de exemplo. Agora também quero botar minha fotinho na parede”, revela o volante Mateus, conter-râneo do ídolo grená.

E que muito além do frasista folcló-rico que uma certa superficialidade da atual cobertura esportiva do país procu-rou explorar, foi um dos esteios do bom funcionamento do time ao longo do se-mestre.

Papel semelhante ao de Umberto. O camisa 5, para felicidade e graça, pri-meiro de Paulo Porto, e agora de Mauro Ovelha, raramente vira desfalque por lesões ou suspensões. Sem falar na lide-rança positiva no vestiário, constante-mente mencionada pelos “sobrinhos”– considerando o apelido de “titio” dado por eles ao volante. “Quem passa na frente do Centenário vê escrito lá que o clube é campeão gaúcho. Isso fica para a história. A gente tem agora uma grande chance de marcar época aqui”, diz Ma-teus.

A chance, evidentemente, depende muito dos primeiros 90 minutos e dos totais 180 minutos de decisão. “Este jogo do dia 6 não define, mas encaminha muita coisa. O Centenário vai ser um di-ferencial importante a nosso favor”, pro-jeta Umberto. Para o capitão Lacerda, que se emocionara com a recepção da torcida aos campeões de 2000 na despe-dida de Washington, este grupo já tem do que se orgulhar. E o fato da imagem

da conquista da Taça Piratini até agora não ter aparecido nas paredes da antes-sala da secretaria só pode ser, ele supõe, brincando – mas não muito –, porque o destino está preparando uma versão mais atualizada. “Nós estamos na fren-te de pelo menos um, podendo ser dos dois, da Dupla Gre-Nal. Eu penso muito nisso. Eu quero poder dizer que estava no grupo que veio depois de 2000. Que-ro fazer história no Caxias, voltar aqui no futuro e encontrar minha foto lá na parede.”

A alguns dias e milhares de quilôme-tros de distância da declaração do za-gueiro, Gil Baiano pareceu tê-la ouvido, ao responder: “O povo de Caxias tem que esquecer a gente, esquecer de 2000 e fazer por outros. Já está mais do que na hora de ter novos ídolos. O clube e a cidade precisam disso”.

Sem sequer imaginar o que o ami-go dissera no interior paraibano, Paulo Turra endossou o discurso, lá no norte paranense: “A cidade precisa ter consci-ência de que um título desses é impor-tante para ela, não só para o clube”.

E em uma fagulha de espírito que veio brevemente à tona, o ex-capitão permi-tiu ver as marcas mais profundas que uma façanha pode deixar, bem mais do que fotos nas paredes. “Meu time é o Ca-xias, torço para o Caxias, sou sócio do Caxias e não me interessa onde este time estará amanhã ou depois. O Caxias é mi-nha vida e não vou largar nunca”.

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OS ESCOLHIDOSDE MUSSOLININo final dos anos 20, entre muitos colonos pobres, o fascismo italiano elegeu os poucos ricos para construir aqui uma cópia fiel à pátria europeia. Recompensava-se bem. Quando o Brasil impôs o amor à bandeira, eles foram perseguidos. E tentaram apagar uma história que os descendentes preferem não lembrar

Dr. Romolo Carbone (em pé) palestra em reunião festiva do núcleo fascista de Caxias |Reprodução do livro As sombras do Littorio - O fascismo no Rio Grande do Sul/O Caxiense

por Andrei Andrade

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174.MAI.2012

em cinzas um curto e quase esquecido capítulo da história de Caxias. É agosto de 1942, o fim da época em que a bur-guesia buscou fazer por aqui uma versão miniaturizada da Itália de Benito Mus-solini.

Essa história começa na primeira me-tade da década de 20, com a tentativa do poderoso chefão italiano de expandir para além de qualquer fronteira o im-pério que buscara erguer desde seu país com a ascensão do fascismo, um regime de extrema-direita marcado pela oni-presença do Estado na sociedade. Tudo no  Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado era a frase que melhor definia a ideologia política. Para unir as colônias espalhadas pelo mundo, era preciso atrair os filhos da pátria onde quer que eles estivessem. E hoje se sabe que não foi nada difícil conseguir ven-der o peixe por aqui.

Mussolini fez de tudo para agradar e atrair os imigrantes de Caxias para a “italianização” do mundo. Chegou a fi-nanciar, em 1925, o álbum comemora-tivo do cinquentenário da imigração na região, que estampava em página inteira um imponente retrato seu. No prólogo do livro, afirmava em linguagem rebus-cada o orgulho de ver no Rio Grande do Sul “o signo da nobilíssima estirpe que imprimiu um traço imorredouro na História dos Povos”.

Na turma que atuou como represen-tante do governo italiano e fundou o primeiro fasci – nome dado aos grupos organizados de militantes – de Caxias do Sul, estavam as principais figuras do ainda incipiente processo de urba-nização dos anos 20, quando a imensa maioria da população ainda era formada por colonos. Figuras como o prefeito da época, Celeste Gobatto, o construtor Síl-vio Toigo, os empresários Abramo Eber-le e Aristides Germani, o médico Romo-

lo Carbone, entre outros que hoje dão nome a ruas, praças ou escolas. Todos italianos de nascimento, pertencentes às primeiras gerações de colonizadores da região, eles viam no fascismo alguns dos valores cultivados na velha Itália, como a conquista da dignidade pelo trabalho, o respeito à autoridade e a importância do militarismo como marca de uma na-ção vencedora. E depois ainda descobri-ram que era uma forma de obter boas vantagens econômicas.

Era chique ser fascista. Para os mais destacados, representava o poder de ostentar títulos pomposos concedidos pelos italianos e talvez receber uma me-dalha das mãos do próprio Mussolini, oferecendo a seus filhos e netos uma boa história para contar. Para a família-burguesa-fascista-caxiense, era comum participar de jantares bem frequenta-dos, normalmente realizados no salão do Clube Juvenil, onde se cantava a Gio-vinezza, o hino do fascismo, com seu grudento refrão: Giovinezza, giovinezza/ primavera di bellezza / nel Fascismo è la salvezza/ della nostra libertà (Juven-tude, juventude / primavera da beleza / no Fascismo está a salvação / da nossa liberdade).

O militante da causa, levando no bol-so a carteira de membro do fascio, era acolhido de braços abertos na Itália. Lá ele poderia ganhar bolsas de estudo, estagiar em grandes empresas e apren-der ofícios que virariam bons negócios no Brasil. Ainda podia importar mão de obra especializada – desde que es-colhesse trabalhadores ideologicamen-te alinhados – e obter empréstimos de bancos italianos. Do lado de cá, a famí-lia matriculava os filhos em escolas que ensinavam tudo sobre o país de seus antepassados e quase nada sobre a terra onde viveriam suas próprias vidas. No

verão, se divertiam em colônias de férias nas praias de Rio Grande. Tudo isso pa-trocinado pelo fascismo. Para o humilde colono, deixado de fora das ações polí-ticas, mas convencido principalmente pelos padres e pela propaganda feita pelos jornais da época, era reconfortan-te saber que não só Deus, mas também um governo olhava por eles. Esse poder, que estava em um país distante, do qual só tinham ouvido falar, podia estar mais próximo que Deus.

Com o tempo, vários fasci começa-ram a surgir dentro de sociedades des-tinadas a prestar auxílio médico aos colonos. Sabe-se que também existiram grupos organizados em Bento Gonçal-ves e Garibaldi. Para a matriz, com sede no Palácio do Litório, em Roma, eram representações importantes não só pela propagação dos ideais, mas principal-mente pelas contribuições financeiras que enviavam ao Partido Nacional Fas-cista, especialmente em períodos de guerra, quando a Itália se via em maus lençóis com o bloqueio econômico que sofria de seus inimigos.

Talvez ninguém tenha se debruçado sobre os reflexos deste período na vida caxiense como a historiadora Loraine Slomp Giron. Na introdução do livro que dedicou ao tema, As Sombras do Littorio: o fascismo no Rio Grande do Sul (1994, Parlenda), refere-se a si mes-ma como a “Repórter Esso do passado, a primeira a mergulhar em temas que a sociedade finge que não aconteceram”. Exagerando ou não na autorreferência, de fato é ela quem traz à tona a maior parte do que hoje se conhece de dados e relatos do período. Pela ousadia, diz ter sofrido “um gelo” por parte da aca-demia, de algumas famílias e institui-ções que preferiam fingir que nada tinha acontecido. “Fui tachada de comunista,

Nos fundos da loja Mazer, esquina das ruas Sinimbu e Garibaldi, a fumaça de uma grande fogueira acinzenta o céu caxiense. Na calada da noite, dois homens vestindo camisas negras atiram ao fogo tudo o que foi possível reunir de documentos que comprovassem a exis-tência de um grupo de militantes fascistas na região. Em poucos minutos, transformaram

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18

“O surgimento da diocese

só foi possível porque o prefeito

Celeste Gobatto tinha parentes

entre os membros da cúria do

Vaticano”, conta Loraine

Giron

de mentirosa. Até o bispo da época li-gou para falar comigo”, lembra.

O telefonema do bispo era uma ten-tativa de dissuadi-la sobre uma das suas posições mais polêmicas, que envolve a influência do fascismo na criação da diocese de Caxias do Sul, em 1934, e a atuação de padres como divulgadores da ideologia. “O surgimento da diocese só foi possível porque o prefeito Celeste Gobatto tinha parentes entre os mem-bros da Cúria (órgão que administra as dioceses) do Vaticano. Durante minha pesquisa, cheguei a mostrar uma foto de um encontro do fascio a um padre. Ele me jurou que não conhecia nenhuma das pessoas da foto, mas eu sabia que ele mesmo estava nela”, conta Loraine.

O fascismo era uma festa que ia bem até a adoção de políticas nacionalistas cada vez mais radicais pelo governo bra-sileiro, após Getúlio Vargas decretar o Estado Novo. A onda patriótica inibia quaisquer manifestações étnicas estran-geiras, até as mais inofensivas, como a música e a dança. A entrada do Brasil na 2ª Guerra, em 1942, contra Itália, Ale-

manha e Japão, fecha ainda mais o cerco contra os “subversivos”, que são forçados a decidir entre naturalizar-se brasileiros ou deixar o país, condenados a apagar sua própria história de uma forma ou de outra.

A queima dos arquivos, que abre esta reportagem, foi narrada por um dos protagonistas, Moacir Chiarello, em depoimento a Loraine. Chiarello era amigo e colega de fasci de Ângelo Mazer, dono da loja que levava seu sobrenome (onde hoje funciona uma agência do banco HSBC) e segundo personagem da cena da fogueira. Era a forma mais rápida de se livrar da perseguição sofri-da pelos simpatizantes do fascismo por parte da política nacionalista de Vargas, que se tornou mais intensa após a decla-ração de estado de guerra. Diante de um cenário que demonizava comunistas, nazistas e fascistas, era preciso esconder qualquer sentimento de amor por uma pátria que não fosse o Brasil. Ou isso, ou a prisão.

Nas ruas de Caxias, o período é mar-

Manifestação anti-fascismo da Liga de Defesa Nacional, em 1942, quando a Praça Dante Alighieri virou Ruy Barbosa |Julio Calegari, Acervo Arquivo Histórico Municipal/O Caxiense

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194.MAI.2012

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível 6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: vinte(20) dias. Natureza: Cobrança Processo: 010/1.11.0020213-7 (CNJ:.0038062-40.2011.8.21.0010). Autor: Polímeros Sul Comercial Ltda. Réu: Reprolubi Comercial e Empre-iteira Ltda. Objeto: CITAÇÃO de Reprolubi Comercial e Empreiteira Ltda, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial.

Caxias do Sul, 17 de abril de 2012. ESCRIVÃ: Zélia Thomasini. JUIZ: Sílvia Muradás Fiori.

cado por diversas manifestações nacio-nalistas. Os revoltados chegaram a exigir que fossem trocados os nome de ruas e avenidas da cidade. E conseguiram. Por um tempo, a praça Dante Alighieri virou Ruy Barbosa. E a Avenida Itália, é claro, virou Brasil. Com o fim da guerra, quan-do as relações voltam a ficar amenas, a “brasilidade” promovida por Getúlio já tinha feito com que assumir-se italiano desgarrado da pátria não parecesse tão atraente quanto ser um cidadão brasilei-ro de fato. “Quando Vargas se posiciona a favor dos aliados, muitos (militantes fascistas) tremem nas bases e tratam de apagar suas pegadas, por temerem re-

pressões violentas. E quando o assunto volta a ser discutido já estão todos mor-tos e os documentos já desapareceram”, observa o historiador Juventino Dal Bó.

Pelo legado facilmente associável à xenofobia, o tempo fez com que reco-nhecer ligação com os ideais defendidos pelo fascismo se tornasse um assunto embaraçoso, desses que é mais conve-niente deixar esquecidos. Como expli-car que nunca antes na história de Ca-xias houve tantos bebês batizados com o nome Benito?

Passados 70 anos do declínio das in-tenções fascistas em terras caxienses,

ainda restam marcas. Com o termo fas-cismo e suas derivações quase excluídas das palavras-chave para buscas, o Ar-quivo Histórico Municipal João Spadari Adami mantém em seu acervo digital algumas fotos da época. Sem identifi-car nomes, uma delas mostra um gru-po de 21 Camisas Negras – como eram conhecidos os militantes fascistas – e uma criança posando para o fotógrafo do tradicional Studio Geremia em fren-te ao prédio da Sociedade Príncipe de Napoles, na Avenida Júlio de Castilhos (ao lado do hospital Pompéia), um dos pontos de encontro do fascio.

Na sala aconchegante da sua casa no

O livro comemorativo aos 50 anos da colonização italiana no “Rio Grande del Sud” estampa a foto de Mussolini |Reprodução/O Caxiense

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Abramo Eberle recebe o título de Cavalheiro del Lavore, entregue pelo vice-cônsul da Itália em Caxias, Celeste Gobbato |

Acervo do Arquivo Histórico Municipal/O Caxiense

Luiza Tronquini, filha de Sílvio Toigo |Acervo do Arquivo Histórico Municipal/O Caxiense

bairro Cinquentenário, Luiza Tron-quini, 92 anos, lembra com carinho e saudade do pai, Sílvio Toigo, que foi um dos mais importantes arquitetos e construtores de Caxias do Sul, onde fundou o primeiro fascio da região. Em pouco mais de uma hora, ela conta boas histórias sobre a vida do “nono”, como sempre se refere, quase sem precisar do auxílio do sobrinho, homônimo do avô, que acompanha a entrevista enquanto folheia o álbum de memórias da famí-lia. Luiza não se incomoda em comentar as ligações que o pai mantinha com o fascismo. “Era algo normal para nós. O nono ajudava todo mundo, fazia muito pela cidade... só gostava do partido dele e amava o país onde tinha nascido”.

Entre as principais obras assinadas por Toigo em Caxias do Sul estão o prédio do Monumento ao Imigrante, o Clube Juvenil e o Cine-teatro Ópera, que hoje dá lugar a um estacionamento. Nes-te último, deu-se ao capricho de fazer uma pegadinha com os historiadores,

bem antes do Código Da Vinci. Colocou no topo do prédio um feixe (fascio, em italiano) de vimes entrelaçados, um dos símbolos do fascismo. Os anos do Esta-do Novo foram complicados para a fa-mília Toigo. “Quando começaram a per-seguir os italianos, não podíamos nem cantar nossas músicas, coisa que a gente adorava”, conta Luiza, num exemplo que demonstra bem o fim daquele período.

Para Loraine, não há motivos para que as famílias descendentes se enver-gonhem ou queiram esconder este lado da história de seus antepassados. “Eles levaram uma série de vantagens pesso-ais, mas não houve corrupção, delitos ou violência. E, com pouco mais de meio século de imigração, é normal que aque-las pessoas se sentissem mais italianas do que brasileiras, independentemente de onde tenham nascido. Se fosse hoje, e o Berlusconi (ex-primeiro-ministro ita-liano) oferecesse as vantagens que Mus-solini ofereceu na época, tu achas que a burguesia não iria correndo atrás?”

“O nono ajudava todo mundo,

fazia muito pela cidade... só gostava dopartido dele e amava o país

onde tinha nascido”,

lembra Luiza

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214.MAI.2012

por Paula Sperb

Há uma livre associação entre Jeitos de Ser Brasil (Editora Belas

Letras) e os livros dos Lugares e Fazeres do Instituto do Patrimô-

nio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A semelhança, descarta-dos os rigores técnicos e conside-rando a liberdade da escrita, está no registro da cultura brasileira e de seus espaços vividos – lugares

antropológicos como fala Marc Augé. A relação do processo de

pesquisa de campo da obra com o ofício de repórter é inevitável.

Nivaldo Pereira desempenha um duplo papel de antropólogo e

jornalista registrando de forma não-oficial os saberes da gente

brasileira. Só assim para termos acessos aos detalhes do cotidiano

de cada canto da nossa imensa nação. Como no Acre, onde o lá-tex retirado do seringal vai direto

para uma fábrica de preservati-vos. Na mesma região, vive uma árvore famosa, que apareceu na minissérie Amazônia, da Rede Globo. Em Maracaju, no Mato

Grosso do Sul, tem o Festival da Linguiça. Em Belém, no Pará,

alguns barcos são chamados “pô-pô-pôs” por causa do barulho

que fazem. Em Brumadinho, Minas Gerais, é possível escutar

o barulho da Terra, ampliado com microfones especiais.

Em uma viagem tão extensa, não chega a ser uma surpresa ser

atacado por pássaros serranos que protegem seus ninhos, em

Campo Grande. Eles só atacam pelas costas, nunca atacam pela

frente. Nivaldo Pereira fez até um guia com os preços dos artigos

da Feira do Gaurá (DF), Mercado Central de BH (MG) e de uma

loja de trajes típicos em Bagé (RS). Para ler com calma e viajar

pelo Brasil sem sair do lugar.

por Marcelo Aramis

A deserta Bagé (RS) se pare-ce muito com a movimenta-da Juazeiro do Norte (CE). A organização de Curitiba lembra o caos paulistano. Isso se fa-larmos de paisagens, porque, se compararmos os rostos e os costumes de cada lugar, veremos que o Brasil continental é uma vila de gente muito parecida.

Essa é a segunda leitura das obras de Antonio Giacomin, em Jeitos de Ser Brasil (Editora Belas Letras). A primeira talvez mostre o oposto: apenas 160 quilômetros separam Caxias do Sul de um outro país, São José dos Ausentes. O Brasil inteiro é assim, feito de pequenos países. É na sutil mudança de traço e de cores que as aquarelas de Giaco-mim mostram as semelhanças e os contrastes dos caminhos que percorreu. A qualidade fotográfi-ca dos esboços prende o traço na fidelidade à paisagem. E as cores deixam o artista voar. Giaco-min desviou os cartões postais para mostrar o que é corri-queiro e invisível nos cadernos de turismo: pintou elementos banais que guardam a verdadei-ra identidade de cada lugar.

Em quase 400 aquarelas entre as 296 páginas do livro, Giaco-mim teria cometido apenas um pecado. Na ânsia de turista, de levar para casa as curiosidades escritas em cada lugar – placas, fachadas, cartazes – o pintor inseriu os textos na aquarela – uma linguagem estética que prefere sugerir, não denotar. E aquarelou poucos deles. Mas Chico Buarque disse que “não existe pecado do lado de baixo do Equador”, a área de abrangência da rota do artista. E a obra de Giacomin também é imune.

Todos os países com jeitinho brasileiro

PLATEIACinema bom, menino mau | Som FantaSy Revival | GRavuRaS SuRRealiStaS

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CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVINA melhor estreia da semana conta uma história depressiva do ponto de vista da mãe de um

psicopata, e engloba toda a relação conturbada entre Eva Khatchadourian e seu filho Kevin. Baseado no best seller homônimo de Lionel Shriver, o longa conta com a atuação impecável de Tilda Swinton, indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz, na pele da mãe. Estreia.

★ ★ ★ ★★ORDOVÁS SEX (4). 19:30. SÁB (5). 20:00. DOM (6). 20:00. QUI (10). 19:30. 16 1:52

AMERICAN PIE: O REENCONTROEles já são adultos, mas o roteiro continua quase

a mesma coisa: grandes festas, muita bebida, sexo, os discursos motivacionais do pai de Jim e as pia-das sobre a lendária mãe do Stifler. E o público quis mais do mesmo. A comédia está em 2° lugar nas bilheterias do final de semana, com R$ 2,3 milhões arrecadadoss.

CINÉPOLIS 14:30-17:30-20:00 16 1:36

ANJOS DA LEIDois policiais idiotas atuam disfarçados de alunos

em uma escola de ensino médio para tentar desco-brir quem é o novo traficante de drogas da cidade. Há algumas cenas engraçadas de comédia física. O longa é baseado na série de TV que alavancou a car-reira de Johnny Depp. Estreia.

CINÉPOLIS 13:30-16:30-19:50GNC 13:45-16:30-18:40-21:00

16 1:49

Tilda SwINTON, John C. REILLy, Ezra MILLER. De Lynne RAMSAy ROBINSON

Zac EFRON. Taylor SChILLING. Blythe DANNER. De Scott hICkS Channing TATUM. Jonah hILL. De Phil LORD e Chris MILLER

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234.MAI.2012

PARAÍSOS ARTIFICIAISMúsica eletrônica, droguinhas de festa, tintas fluorescentes

(a foto não é de um Avatar moderninho) e algumas mulhe-res se beijando são a premissa do longa. E nem é um bes-teirol americano. O filme, dos mesmos produtores de Tropa de Elite, narra o romance entre dois jovens, Erika e Nando, tendo as raves do nordeste, Rio de Janeiro e Amsterdã como cenário. Estreia.

CINÉPOLIS 14:30-17:30-20:00 16 1:36

UM HOMEM DE SORTEBaseado no livro de Nicholas Sparks, o longa conta a his-

tória de um sargento da marinha americana, Logan Thibault, que acredita ter sido salvo no Iraque pela foto de uma linda mulher desconhecida. Quando retorna aos EUA, ele busca a tal mulher para conquistar seu coração. Estreia.

CINÉPOLIS 14:00-17:00-19:30-21:50GNC 14:00-16:20-19:20-21:30

12 1:41

ESPELHO, ESPELHO MEUReleitura do clássico conto de fadas, com referências da cultura

pop, em que a madrasta (Julia Roberts) deseja casar com o príncipe para resolver os problemas financeiros do reino. Então, Branca de Neve (Lily Collins) aparece, linda e morena, para roubar o coração do pretendente. Neste longa, os anões não trabalham em uma mina, são saqueadores. E a doce Branca de Neve é cúmplice. O figurino, destaque do longa, foi o último trabalho da japonesa Eiko Ishioka, que morreu em janeiro deste ano, antes da estreia do filme. 5ª se-mana.

CINÉPOLIS 13:10-15:40GNC 14:20

1:28

Nathalia DILL. Luca BIANChI. Lívia de BUENO. De Marcos PRADO Zac EFRON. Taylor SChILLING. Blythe DANNER. De Scott hICkS

Chris hEMSwORTh. Scarlett JOhANSSON. Robert DOwNEy JR. De Joss whEDON Julia ROBERTS, Lily COLLINS, Armie hAMMER. De Tarsem SINGh.

OS VINGADORESPara salvar o mundo do terrível deus Loki, o diretor da S.H.I.E.L.D,

Nick Fury, recruta Os Vingadores, grupo formado por Homem de Ferro, Hulk, Thor, Capitão América, Viúva Negra e Gavião Arquei-ro. O filme é a realização de uma projeto de longo prazo da Marvel, em que cada super-herói ganhou um longa próprio. Separados eles não foram grande coisa, juntos também decepcionaram, apesar do desempenho nas bilheterias. Os Vingadores está no 6° no ranking brasileiro em 2012 e 1° lugar do último fim de semana. 2ª semana.

CINÉPOLIS 13:00-16:00-19:00 | 3D 15:00-18:30-21:30GNC 13:30-16:10-18:50-21:40 | 13:10-15:50-18:30-21:20

3D 19:00-22:00 | DUB 13:00-16:00 12 2:16

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24

Um dos grandes nomes da MPB brasileira nos anos 2000, o cantor Jorge Vercillo se apresenta em Caxias com repertório focado em seu último CD, Como Diria Blavatsky, de 2011, cujo título homenageia a escritora, filósofa e teóloga russa. Mas não vão faltar, é claro, oportunidades de parali-sar o olhar do público com os hits de sua carreira, como Monalisa – da infame rima “teu olhar me paralisaaaa”. A festa também terá a presença do músico Alexandre Trindade, que divide o palco com Vercillo em alguns momentos.

SEX. (4). 22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

+ SHOWS

De Monalisa a BlavatskyMUSICA

SEXTA-FEIRA (4)

All Jazzeira 20:00. Entrada Franca. ZarabatanaJaimar e Alexandre 21:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolFranciele Duarte & Banda 22:00. R$ 12 e R$ 18. MississippiTattoo Rock Club 23:00. R$ 10 e R$ 12. Vagão ClassicSaravá 23:00. R$ 12 e R$ 15. LevelConstelação 23:00. R$ 20 e R$ 25. Havana

SÁBADO (5)

Pátria e Querência 21:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolRegra 30 22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13Little Boogie 22:00. R$ 12 e R$ 18. MississippiDescartes 22:00. R$ 8 e R$ 12. AristosElectrofreaks 3.0 23:00. R$ 10 e R$ 12. Vagão ClassicLooklike 23:00. R$ 25 e R$ 40. HavanaDinamite Joe 23:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

DOMINGO (6)

Sai Dessa 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

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Sinfonia para o teatroA terceira edição de 2012 do Programa Quinta Sinfônica, da Orquestra da UCS,

marca a reabertura do UCS Teatro, fechado para reformas há 3 meses. O concerto será regido pelo maestro Manfredo Schmiedt e terá a participação especial do solista Emiliano Barri, saxofonista da Argentina. O repertório terá as obras Claire de Lune (C.Debussy/Arr. André Caplet), Légende (A.Caplet), Pavane pour une in-fante défunte (M.Ravel), Concertino da camera (J.Ibert) e Divertissement (J.Ibert). Os ingressos devem ser retirados nas livrarias Maneco. Sugere-se a doação de um quilo de alimento.

QUI. (10). 20:30. UCS Teatro. Gratuito

Essa é para quem foi jovem no fim dos anos 80 (e início dos 90): o DJ Jaime Rocha traz de volta à vida, por uma noite, a Som Fantasy. Na época, eram os le-gítimos toca-discos da sonorização que levavam o melhor do rock para a pista. Além de Rocha, também assume as agulhas o DJ Cláudio Sachet. No repertório, hits dos anos 70, 80 e 90, como Rolling Stones, AC/DC e The Cure.

SÁB. (5). 23:00. R$ 15. Quinta Estação

O bom e velho toca-discos

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254.MAI.2012

Depois do sucesso de Gam-bling and Living, lançado em 2007 pelo Fundoprocultura, a The Blues Beers lança de forma independente seu segundo tra-balho, Ao Som de Blues. Mais maduro, o grupo formado por Camila Dengo (vocal), Josué Baciquet (baixo), Léo Reis (ba-teria), Rafael Reis (harmônica) e Cristian Rigon (guitarra) pro-cura se manter fiel à sonoridade do tradicional gênero do Delta do Mississippi, mas imprime sua identidade nas letras, com-postas agora em português. Dentre as faixas mais bacanas, destaque para Adictus e Um Anjo e o Diabo, com participa-ção do excepcional guitarrista argentino Matias Cipiliano.

DOM. (6) 20:00. R$ 15. Teatro Municipal

Como o nome da festa entre-ga, a proposta da balada Black Box é fazer o público perder a caixa preta na última noite an-tes do fechamento do The King, ao som dos DJs Caio Britto e Gisele Rebelo. O local deve se-diar o primeiro restaurante do superchef premiado por Ana Maria Braga, Charlie Colonetti.

SÁB. (5). 23:00. R$ 15. The king

O tema da festa Moulin Groo-ves é a arte burlesca, associada à tradição ancestral do striptease e popularizada na última déca-da por Dita Von Teese. Música de cabaré, indie pop e indie rock com a dupla DJs & Dra-gons (referência ao RPG Dun-geons & Dragons, para quem suspeitou desde o princípio). No cenário, projeções temáticas da VJ Verônica Junker.

SÁB. (5). 23:00. R$ 12 e R$ 15. Level

Blues nacional

A queda do rei

Strip-RPG

TERçA-FEIRA (8)

Cris Caberlon 22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

QUARTA-FEIRA (9)

Fúlvio Motta Trio 22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

QUINTA-FEIRA (10)

Macuco 21:00. R$ 5 e R$ 15. PaiolBarbarella 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingDisco 22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

+ SHOWS

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ARTE

Em O Melhor dos Mundos Possíveis, as curadoras Mara Galvani e Maria Helena Wagner Rossi selecionaram 20 obras, entre desenhos e pinturas, que compõem o trabalho de doutorado em poéticas visuais de Nara Amelia Melo. As imagens têm um grande teor surrealista e mesclam desenhos com literatura, quase sempre com o objetivo de ilustrar fábulas. Outro ponto forte da obra de Nara Amelia é o uso da natureza e dos animais como metáfora para mostrar a bestialidade do ho-mem e a indeterminação do estranho. Freud explica.

O Melhor dos Mundos Possíveis Nara Amelia Melo. Abertura SEG. (7). 19:30. SEG.-SEX. 08:00-22:30. Campus 8

O homem animal

Monumentos de uma Trajetória Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla.

Corpo em FugaLucas Auller. A partir de QUI (10). SEG.-SEX. 09:00-19:00 SÁB. 09:00-12:00. Farmácia do Ipam

Elementos da Cultura Polonesa Coletiva. SEX. (4) e SÁB. (5). 09:00-21:00. Prataviera

ExperimentalisMárcia Regina Valentini. Abertura TER. (8). 19:30. SEG.-SÁB. 10:00-19:00. Catna Café

Os Desenhos do Arco da Velha Lipe Albuquerque. A partir de SÁB. (5). SEG.-SEX. 09:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Recorte Étnico Coletiva. SEG.-SEX. 08:30-18:00 SÁB. 10:00-16:00. Museu Municipal

Urbanos 4 ★ Beatriz Balen Susin. SEG.-SEX. 08:30-18:00 SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Videoarte BR Diana Domingues. SEG.-SEX. 09:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

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CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ARISTOS. AV. JÚLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BOTECO 13: DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | HAVANA: DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT: CORONEL FLORES, 789. 3536-3499. | MISSISSIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | PAIOL. FLO-RA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | TEATRO MUNICIPAL: DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | THE KING PUB: RUA TRONCA, 2802. RIO BRANCO. 3021-7973. | UCS TEATRO: FRANCISCO GETÚLIO VARGAS, 1130. 3218-2309 | VA-GÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 | ZARABATANA: LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3228-9046 |

GALERIAS:CAMPUS 8: ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | CATNA CAFÉ: JÚLIO DE CASTILHOS, 2546. SÃO PELEGRINO. 3221-5059. | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009-3150 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, 3221-3697 | GALERIA UNIVERSITÁRIA: FRAN-CISCO GETÚLIO VARGAS, 1130. PETRóPOLIS. 3218-2100 | INSTITUTO BRUNO SEGALLA: RUA ANDRADE NEVES, 603. CENTRO. 3027-6243. | MUSEU MUNI-CIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | PRATAVIERA SHO-PPING: AV. JÚLIO DE CASTILHOS, 2030. 3028-2029 | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ ZOLO. 3901-1316 |

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror Fantasia

MúsicaBlues Coral Eletrônica Erudita Funk Hip hop Jazz Metal MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista Folclórica

DançaClássico Contemporânea Flamenco Forró Folclore Jazz Dança do Ventre Hip hop Salão

ArtesDiversas Escultura Artesanato Fotografia Pintura Grafite Desenho Acervo Vídeo

ENdERECOS CAMARIM

Uma luminária do designer ca-xiense Rodrigo Pereira da Silva para a Intral ficou em 2° lugar no concurso internacional Prêmio Abilux de Design de Luminárias, realizado pela Associação Brasi-leira da Indústria de Iluminação, em São Paulo. A peça de ilumi-nação pública Maestra, desenvol-vida com a equipe de engenharia e produto da Intral, conquistou também o prêmio especial de Conservação de Energia.

O Centro de Eventos dos Pa-vilhões da Festa da Uva sedia, de 4 a 13 de maio, a Mãos da Terra – Feira Internacional de Cultura e Artesanato. A mostra terá 250 expositores de 15 países e 12 es-tados brasileiros. Não se deixe deslumbrar pela variedade de na-cionalidades. Há peças genuínas, mas precisam ser garimpadas. No conjunto, a feira é um gran-de camelódromo com produtos que nem sempre representam o melhor o ou mais fiel à cultura de cada lugar. A prefeitura repete a parceria realizada no ano passado e leva 155 artesãos caxienses para a feira. Os ingressos custam R$ 6.

Torcemos pela chegada de Pre-cisamos falar sobre o kevin nos cinemas caxienses. A estreia no Ordovás seria motivo de come-moração. Seria... Mas chegou tar-de – melhor do que nunca. Per-deu para a locadora.

Ideia caxiense

A feira e a xepa

Precisamos falar

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FUTEBOLCampeonato Municipal de Futebol (Séries Ouro e Prata)SÁB (05) e DOM. (06). 13:15. Gratuito. Estádio Municipal, Enxutão, Campo do Madrid, Campo do Fátima. Campo do Sagrada Família e Campo do Estrela

XADREzCopa QI de XadrezDOM (06). 9:00 às 16:00. Gratuito. Escola QI

VÔLEICampeonato Aberto de DuplasDOM (06). 8:30.Gratuito. Ginásio Colégio Imigrante

SESI: CIRO DE LAVRA PINTO, S/N°. FÁ-TIMA. 3229-6500 | ESCOLA QI: MARE-CHAL FLORIANO, 970 | ENXUTÃO: LUIZ COVOLAN, 1.560, MARECHAL FLORIANO | ESTÁDIO MUNICIPAL: JÚLIO DE CASTI-LHOS, S/M. CINQUENTENÁRIO | CAMPO DO MADRID: ELOy FARDO, S/N°. PLA-NALTO RIO BRANCO | CAMPO DO FÁTI-MA: AVELINO ANTÔNIO DE SOUZA, S/N°. FÁTIMA | CAMPO DO SAGRADA FAMÍLIA: CÂNDIDO JOÃO CALCAGNOTTO, S/N° SA-GRADA FAMÍLIA | CAMPO DO ESTRELA: LUDOVICO CAVINATTO, 680. NOSSA SE-NHORA DA SAÚDE | GINÁSIO COLÉGIO IMIGRANTE: ANTÔNIO GASPERI, 1124. BELA VISTA

ARQUIBANCADAesporte e lazer adaptado | corrida para recUperar o feriado | xadrez para conQUistar bolsa de estUdos

Com atraso de uma semana, a Corrida do Trabalhador terá largada no do-mingo (6), na rua Bento Gonçalves, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos. Os competidores da categoria geral masculina e feminina percorrerão 7 qui-lômetros. Para a minirrústica e pessoas portadoras de deficiências serão 3,5 quilômetros – cadeirantes percorrerão 2,4 quilômetros. Os primeiros colocados receberão troféu, medalha e prêmios em dinheiro de R$ 50 a R$ 450.

DOM. (06). 9:30. Gratuito. Rua Bento Gonçalves

A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer realiza a 7ª edição da Jornada Saú-de e Movimento. Com palestras, debates e oficinas, o evento trata da teoria e da prática de atividades esportivas e de lazer adaptadas à deficiências. As inscrições podem ser feitas no local.

SEX. (04) e SÁB (05). 8:30 às 12:00 e 13:30 às 17:30. Gratuito. Centro Esportivo do Sesi

Corrida na hora do descanso

Inclusão no esporte

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GabRielizidoRo

ARENA

#ficaadica Tudo a seu tempo

Futebol não oferece garantias. Ainda bem

Você tem um impulso incon-trolável pela corneta, né? Tudo bem. Quem nunca? Agora, se realmente for imprescindível assoprar a vuvuzela do seu des-contentamento com a vida du-rante todos os 90 minutos, mais intervalo e acréscimos da parti-da, prefira a casamata visitante.

E se realmente você não con-seguir de jeito nenhum exerci-tar um pouquinho de paciência com os eventuais e absoluta-mente normais vacilos grenás, tente exercitar a capacidade de sua mandíbula, enchendo-a com amendoins, para ver até onde ela aguenta mastigar.

O Caxias está deven-do parte dos direitos de imagens a seus jogado-res. O tal direito de ima-gem nada mais é do que um artifício que a astúcia administrativa do futebol brasileiro inventou para depositar a maior parte dos salários da boleira-da – que compactua com isso – fora dos encargos da CTPS.

Se por uma obra do tra-balho e do destino o Ca-xias sagrar-se campeão gaúcho, é bem provável que, a exemplo de 2000,

quase todo o time seja desmontando antes do amanhecer seguinte.

O que deixaria uma contagem regressiva de 15 dias para remontar tudo até a estreia na Sé-rie C, em casa, no dia de Caravaggio, frente ao Macaé-RJ.

Tudo isso, porém, tem que ficar para ser tratado depois das finais. Porque dependerá exatamente de como elas serão, para se definir o futuro imediato do clube. Uma coisa de cada vez.

Pode estar chovendo no domingo (6), por volta das 15:30, pouquinho antes de o Caxias entrar em campo para encarar o Inter e todo o circo pronto para a final mais previsível e rentável aos promotores de um cam-peonato que só é gaúcho no nome? Sim, pode.

Pode ventar demais no Centenário e você pegar uma friagem? Pode.

Pode alguém riscar o seu carro estacionado em algu-ma rua das cercanias? Pode.

Pode acabar as pilhas do seu radinho no meio do jogo? Pode.

Pode – deusolivre – ter-minar a cerveja no posto, em pleno aquecimento?

Olha que pode.Pode passar um colorado

do outro lado da rua, rindo da sua cara? Pode.

Pode você voltar triste, talvez arrasado, para casa? Pode.

Mas pode, também, o raio cair mais uma vez, só mais uma vez, no mesmo lugar, e o Caxias dar uma sacode histórico nos planos da Ca-pital que eles não vão esque-cer nunca mais, como não esqueceram até hoje o de 2000? Ah, pode sim.

Qualquer uma das hipóte-ses acima pode se tornar re-alidade na primeira partida da final do Gauchão 2012. Ou todas, ou nenhuma. Por-que o futebol não oferece

garantias. Nem dentro, nem fora de campo. Nem antes, nem depois do jogo

E que bom, que graça di-vina que seja assim.

Pois do contrário, não ha-veria motivo nenhum para você mobilizar todos os seus parentes, amigos, colegas de firma, vizinhos, conhecidos, adicionados do fêice e gale-ra da buaty para entupir o Centenário e participar da realização do impossível.

Se houvesse alguma ga-rantia, o Inter já seria cam-peão.

E só porque não há, o fu-tebol é o esporte mais apai-xonante do mundo.

Abrace a dúvida: vá ao Centenário.

O governo da Ucrânia não curtiu um comer-cial holandês que liga a imagem do país, reali-zador da Eurocopa 2012 ao lado da Polônia, à far-tura de mulheres lindas. Pediu providências. En-quanto isso, terrorismo e crise política comendo soltos...

Luiz Carlos Martins. O novo técnico do Juventude impressionou positivamente logo na chegada. Justamente por preferir a sobriedade à pirotecnia no discurso.

Grêmio. Se havia algu-ma dúvida, o clássico da Capital na última sema-na deixou bem explícito quem seria o melhor adversário para o Caxias na decisão.

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MODA E BELEZA

A clutch pode até estar meio va-zia, mas ninguém deixa de comprar pelo menos uma lembrancinha para a mãe no segundo domingo de maio. E a intenção do presente, geralmente, benefi cia os negócios de moda e beleza: deixar as mulheres que nos trouxeram ao mundo ainda mais lindas. Neste Dia das Mães, a Fecomércio prevê um au-mento de 8% a 9% nas vendas, lidera-

das – batata! – por artigos de vestuário (35,9%), seguidos por perfumes e cosméticos (13,3%) e calçados (12,5%). A pesquisa da entidade também aponta um gasto médio por pessoa de R$ 122 – custo de, por exemplo, uma bela peça em tricô, o que anima o setor mais forte da Serra, ansioso pelo inverno. Na página ao lado, você confere algumas sugestões da coluna.

O Iguatemi premia a mãe e um acompanhante com 10 tratamentos re-laxantes no Spa Armo-nia, no Luxury Resort Hotel, na Bahia. O pacote também inclui translado, hospedagem, café da ma-nhã, almoço e jantar. Para participar, basta trocar notas fi scais no valor de R$ 200,00 por cupons, responder à pergunta Qual shopping vai dar pra sua mãe um dia das mães relaxante? e depositar nas urnas até as 17:00 do dia 13 de maio.

O San Pelegrino contemplará as mães de 3 ganhadores com uma se-mana dos sonhos no Ku-rotel, em Gramado. Para participar, é só retirar o cupom no quiosque da promoção (térreo) ou em qualquer loja e preencher respondendo Por que sua mãe merece uma semana no Kurotel?. Não há limite de cupons por pessoa, e a promoção vai até o dia 13 de maio.

O Martcenter pode dar um toque especial ao seu presente de Dia das Mães. Os autores das 15 frases mais criativas sobre a campanha Declare o seu amor infi nito por sua mãe ganharão uma joia de ouro, com o símbolo do infi nito, para presentear as mães. Para participar, é só preencher os cupons que estão disponíveis nas lojas do shopping, até 13 de maio.

A Puc, franquia infantil da Hering, criou uma coleção de pijamas que – para desespero dos pais – vai agitar a noite da criançada. As peças têm es-tampas do Cartoon Network que brilham no escuro. Os pequenos ainda podem curtir um jogo virtual protagoniza-do pelo pijama. O objetivo é procurar itens por um quarto escuro iluminando o caminho com as estampas.

Mães na moda Presenteie e concorra

por Carol De Barba

Festa do pijama

Upman contra o câncerUpman contra o câncer

A UpMan criou uma linha de cuecas exclusiva para alertar sobre a importân-cia da prevenção do câncer de próstata. A marca de underwear masculina caxiense é a primeira do segmento a licenciar cuecas com o logotipo da campanha O Alerta da Moda para o Câncer de Próstata. A linha tem 4 pro-dutos e parte da venda será destinada a entidades envolvidas com a causa.

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Com o frio chegando, a aposta da coluna para o presente deste Dia das Mães é na malha. Veja a seguir algumas sugestões que vão deixar qualquer mãe aque-cida e em sintonia com as tendências.

VITRINE

UM BASICO UM LUXO

Boutique Delas | Dez Tricot | R$ 189 Boutique Delas | Friolã | R$ 290

por Beth Venzon, professora e consultora de moda

Marasquino Store | Anselmi | R$ 169 Magnabosco | Biamar | R$ 179

ARTESANAL Bordados e aplicações,

como as deste casaco, diferenciam a peça porque parecem feitas à mão. Para mães românticas, a dica é combinar com renda.

conhecimento “Bagagem cultural é

essencial”, justifica. Beth não conseguiu citar só uma peça de roupa. Para ela vestuá-rio é apenas um código da nossa identidade.

equilíbrio “Para respeitar as

vontades e filtrar as in-formações valorizando o seu eu. Luxo é o seu bem-estar”, diz Beth.

BRILhO O brilho é uma tendên-

cia forte deste inverno, inclusive no dia a dia. Na malha, o lurex dá um efeito mais discreto e o foil (foto) um metálico mais denso.

ÉTNICOA vibe boho chic e anos

70 ganha força na estam-paria étnica. Na saia longa, é perfeita para enfrentar o frio e para as mães mais modernas e ousadas

ANIMAL PRINT Apesar do bombardeio

nos últimos tempos, a estampa de bicho é clássica. Mais discreta, em modela-gens tradicionais como a do cárdigã, é eterna.

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