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Fundo Social inicia Campanha do Agasalho Com slogan “Roupa Boa a Gente Doa” o Fundo Social de Solidariedade da Prefeitura de Mairiporã deu início à Cam- panha do Agasalho 2015. As doações poderão ser feitas nos pontos de arrecadação, dispo- níveis em vários endereços da cidade, entre eles: Academia Murá, Academia 7K, Banco San- tander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Pernam- bucanas, Lojas Milene, Mihara Supermercados, Ipaema, Quali- ty Supermercado, Carla Modas, Esperança Calçados, Farma 100, Prefeitura e Câmara Municipal. As caixas coletoras estarão identificadas com cartazes da campanha. Terça-feira, 9 de junho de 2015 Pagina 6 ‘O ULTIMO CANGACEIRO‘, em cartaz no Reserva Cultural Virada Cultural 2015: Arraial em homenagem a Inezita Barroso acontece na Praça da República A Virada Cultural, que este ano acontece dias 20 e 21 de junho, faz uma homenagem especial à saudosa cantora, compositora e pesquisadora da cultural po- pular Inezita Barroso. O palco República, nesta edição, ganha o nome de “Arraial da Inezita Barroso”. Com 60 anos de trajetória pro- fissional e 90 de vida, a cantora morreu em março deste ano, mas seu imenso legado de valo- rização da cultura popular será para sempre lembrado e ganha destaque em uma das maiores festas de rua do mundo. Por meio de Inezita, que defendeu até seus últimos momentos a genuína cultura brasileira, a Virada celebra a música caipira e de raiz trazendo para o centro da cidade um clima de festa ju- nina. A festa conta, ainda, com outras atrações de viola caipira, catira, sanfona, apresentações de grupos de cultura popular e muita comida típica. Quem abre as apresentações deste palco-homenagem é a Orquestra Paulistana de Viola Caipira, regida pelo maestro Rui Torneze. Ao longo dos anos, o grupo gravou em diversas ocasiões com a homenageada, inclusive no programa “Viola, minha viola”, que foi ao ar na TV Cultura por 35 anos com Inezita à frente. Dois outros shows convidam para uma mistura entre o tradicional e o contemporâneo. Pagina 3 Pagina 12 Pagina 6

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www.folhaopiniao.com.brTerça-feira, 9 de junho de 2015

Fundo Social inicia Campanha do AgasalhoCom slogan “Roupa Boa a

Gente Doa” o Fundo Social de Solidariedade da Prefeitura de Mairiporã deu início à Cam-panha do Agasalho 2015. As doações poderão ser feitas nos pontos de arrecadação, dispo-níveis em vários endereços da cidade, entre eles: Academia Murá, Academia 7K, Banco San-tander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Pernam-bucanas, Lojas Milene, Mihara Supermercados, Ipaema, Quali-ty Supermercado, Carla Modas, Esperança Calçados, Farma 100, Prefeitura e Câmara Municipal. As caixas coletoras estarão identificadas com cartazes da campanha.

Terça-feira, 9 de junho de 2015

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‘O ULTIMO CANGACEIRO‘,em cartaz noReserva Cultural

Virada Cultural 2015: Arraial em homenagem a Inezita Barroso acontece na Praça da RepúblicaA Virada Cultural, que este ano acontece dias 20 e 21 de junho, faz uma homenagem especial à saudosa cantora, compositora e pesquisadora da cultural po-pular Inezita Barroso. O palco República, nesta edição, ganha o nome de “Arraial da Inezita Barroso”.Com 60 anos de trajetória pro-fissional e 90 de vida, a cantora morreu em março deste ano, mas seu imenso legado de valo-rização da cultura popular será

para sempre lembrado e ganha destaque em uma das maiores festas de rua do mundo. Por meio de Inezita, que defendeu até seus últimos momentos a genuína cultura brasileira, a Virada celebra a música caipira e de raiz trazendo para o centro da cidade um clima de festa ju-nina. A festa conta, ainda, com outras atrações de viola caipira, catira, sanfona, apresentações de grupos de cultura popular e muita comida típica.

Quem abre as apresentações deste palco-homenagem é a Orquestra Paulistana de Viola Caipira, regida pelo maestro Rui Torneze. Ao longo dos anos, o grupo gravou em diversas ocasiões com a homenageada, inclusive no programa “Viola, minha viola”, que foi ao ar na TV Cultura por 35 anos com Inezita à frente. Dois outros shows convidam para uma mistura entre o tradicional e o contemporâneo.

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www.folhaopiniao.com.brTerça-feira, 9 de junho de 2015

Folha Opinião Comunicação, Eventos e Jornalismo Ltda - cnpj: 11.603.231/0001-06

Rua Olavo Bilac, 347, Vila Nova, Mairiporã – CEP: 07600-000

Redação e publicidade:

4419-4923 / 4275-0504 / 9-9529-2619 / [email protected] / [email protected]

Reportagem: Bianca Fernandes Editoração eletrônica: Rebecca Sá e Rafaela Mansano

Colaboradores: Éssio Minozzi Júnior, Lucas Goulart e Tarcílio de Souza Barrros.Editor: Maurício Araújo

Estamos atravessando um período em que o conceito de equilíbrio entre os Três Poderes, tal como concebido por Montes-quieu em O Espírito das Leis está sendo posto em xeque, sofrendo alterações, devido ao fenômeno da judicialização do Estado. Como diz Ricardo Kotscho,

Com o enfraquecimento do Legislativo, dos partidos e das lideranças políticas, sindicais e empresariais, o Poder Judiciário foi aos poucos ocupando o espaço vazio para ordenar a vida nacional num processo que chegou ao auge no ano passado [2013] durante o julgamento do Mensalão, em que as leis vigentes passaram a ser apenas um detalhe. Depois da “politização do Judiciário”, chegou a vez da “judicialização da vida co-tidiana”, como pudemos notar em vários fatos recentes nos quais, por qualquer motivo, as pendências na sociedade são encaminhas para os homens de toga decidirem sobre o que pode e o que não pode, o que é certo e o que é errado (KOTSCHO, 2014).

Neste novo cenário, o Judiciário tem assumido um papel de agente político, ocupando espaços nas áreas de atuação do Legislativo e do Executivo, no sentido de aten-der às necessidades sociais cada vez mais diversificadas. O chamado Quarto Poder também tem sido atingido pelo processo de judi-cialização, tanto de forma direta

como indireta, gerando conflitos entre o judiciário, a imprensa e os jornalistas, quando entra em jogo as ameaças à liberdade de imprensa por meio da indústria de liminares que tem crescido, impedindo a publicação de mate-rial jornalístico, constituindo-se em verdadeiros atos de censura judicial.

O processo de judicialização tem atingido a imprensa também no que concerne às rotinas de produção de conteúdos através da, já denominada por alguns, como a “Judicialização da pauta jornalística” que de certa forma tem valorizado mais o Judiciário do que os outros dois poderes. Quem está em evidência na mí-dia brasileira nos últimos anos é o Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, os juízes e promotores que passaram a ser fontes diárias de matérias jornalísticas. Instituições como a OAB, advogados e juristas es-pecializados nos mais diversos ramos do Direito passaram a ser fontes requisitadas ganhando cada vez mais espaço na mídia. No entanto, essa judicialização da pauta jornalística não eliminou os conflitos na relação entre o judiciário e a imprensa, muito pelo contrário. Isto porque exis-tem os que afirmam que a mídia tenta influenciar as decisões da justiça com o peso da pressão da opinião pública e outros que se

queixam da “censura jurídica”, apesar da Constituição vetar a censura (SILVEIRA, 2011).

Apesar dessas garantias, a nossa Constituição, segundo Nelson Jobim, então no exercí-cio a presidência do Supremo Tribunal Federal, é de “abso-luta obscuridade no que se refere a conflitos entre direitos individuais e direito à informa-ção”, o que na interpretação de juristas, torna-se difícil lidar com essa questão no âmbito da lei quando esses direitos estiverem lado a lado em um mesmo processo, porque são incompatíveis e opostos (MAT-TOS, 2005). Essas perguntas ainda estão sem respostas diretas, necessitando, segundo Jobim, de uma ampla discussão nacional “para resolver essa incompatibilidade, ou uma hierarquização desses dois direitos, e isso deve ser promo-vido pelos jornais, pois quem não cuida de si mesmo deixa os outros cuidarem”. Enquanto o debate nacional não esclarecer o conflito ficaremos a mercê de interpretações. A Constituição diz que “são invioláveis a inti-midade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, asse-gurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente da sua violação” (MATTOS, 2005, p. 19-20).

A judicialização do jornalismo

Do Observatorio de Imprensa

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Como selecionar notícias e formar a opinião pública

Todo(a)s somos testemunhas de um clima que se instalou no Brasil nos últimos meses, a partir da vitória de Dilma Rousseff no segundo turno das eleições pre-sidenciais. Difícil compreender essa atmosfera quase que de ódio contra um governo, acos-sado por todos os lados, vítima de todo tipo de agressões. Como entender tal situação? Arrisco aqui uma reflexão, partindo de um fato experimentado domingo (24/5), entre 14h45 e 15h30. Acho que isso ajuda a entender como se “constrói” um clima de negatividade.

Dava minha caminhada pelo Parque da Redenção, no centro de Porto Alegre, enquanto ouvia a Rádio Liberdade. Gosto de curtir a música campeira, mar-ca registrada dessa emissora. Quem a escuta sabe que após cada música há a leitura duma manchete – e termina assim: “Leia hoje no O Sul” (é um dos jornais do conglomerado a que a emissora pertence). Vejam as manchetes que ouvi, são quase ao pé da letra Mas há ainda uma coisa bem mais séria que precisa ser dita aqui. A maioria da população tem como pressu-posto que as emissoras – a Rádio Liberdade, no caso – do Grupo Pampa podem dizer e fazer o quiserem pois, afinal, elas têm donos, e esses decidem o que dizer. E muitos até achem, talvez, que criticar essa prática das emissoras de rádio e televisão

seria “ir contra a liberdade de imprensa”, seria uma censura aos meios de comunicação.

É sobre isso que pediria licen-ça para refletir por um instante. Emissoras de rádio e televisão (não estou falando da mídia im-pressa, como jornal, revista, livros etc.) são veículos de comunicação eletrônica, e por isso uma conces-são pública do Estado. Não têm “donos”. Mas atenção: educar não é dar respostas ou ficar apenas passando informações. Educar é fazer a pergunta, é questionar, problematizar as situações para que o povo possa pensar. Um jornalista, ou um comunicador, um âncora de um meio de comu-nicação não é e não pode ser um formador de opinião. Arvorar-se em formador de opinião é uma usurpação de uma tarefa que não lhe compete. A tarefa do jornalis-ta, do comentarista, do âncora, é fazer as perguntas, buscar todas as informações necessárias, da maneira mais séria, completa e imparcial possível, para que o ouvinte, o telespectador, forme sua opinião. É o ouvinte e o telespectador que deve ser ser-vido, e tem o direito de ser bem servido. É para isso que exis-tem os meios de comunicação eletrônicos, que são concessão e foram dados, supostamente, para que os que recebem tais meios (gratuitamente!) tenham o compromisso e a capacidade de prestarem tal serviço.Do Observatorio de Imprensa

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www.folhaopiniao.com.brTerça-feira, 9 de junho de 2015

3 CIDADE

Fundo Social inicia a Campanha do Agasalho 2015Com slogan “Roupa Boa

a Gente Doa” o Fundo Social de Solidariedade da Prefei-tura de Mairiporã deu início à Campanha do Agasalho 2015. As doações poderão ser feitas nos pontos de ar-

recadação, disponíveis em vários endereços da cidade, entre eles: Academia Murá, Academia 7K, Banco Santan-der, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Pernambu-canas, Lojas Milene, Mihara Su-

permercados, Supermercados Ipanema,QualitySupermercado, Carla Modas,Esperança Cal-çados, Farma 100, Prefeitura e Câmara Municipal.As caixas coletoras estarão identificadas com cartazes da campanha.

Ao final da campanha, a Secretaria de Assistência So-cialfará a distribuição dos agasalhos arrecadados para as entidades assistenciais do município e pessoas previa-mente cadastradas.

Segundo a presidente do Fundo Social, Lúcia Naf, além da campanha, o setor já realizou, desde o início do ano, diversos eventos, em prol da campanha, cuja arrecadação será revertida para compra de cobertores.

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www.folhaopiniao.com.brTerça-feira, 9 de junho de 20154 CIDADE

Prefeitura promove Conferência Municipal de SaúdeCom o tema “Saúde Públi-

ca de Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro”, foi realizada no sábado, 30, a IV Confe-rência Municipal de Saúde. O encontro foi promovido pela Prefeitura de Mairiporã e Conselho Municipal de Saúde.

A conferência teve como objetivo discutir a saúde pú-blica e propor as diretrizes para melhorar a qualidade dos serviços. Durante o en-contro foram abordados: o Direito à Saúde, Garantia de

Acesso e Atenção de Qualidade; Participação Social; Valorização do Trabalho e da Educação em Saúde; Financiamento do SUS e Relação Público-Privado; Gestão do SUS e Modelos de Atenção à Saúde; Informação, Educação e Política de Comunicação do SUS; Ciência, Tecnologia e Inovação no SUS e Reformas Democráticas e Populares do Estado.

Participaram do evento o secretário de Saúde, Anderson Aparecido Mendonça, represen-tantes da sociedade, profissionais de saúde, entre outros.

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www.folhaopiniao.com.brTerça-feira, 9 de junho de 20156 ESPETÁCULO

Virada Cultural 2015: Arraial em homenagem a Inezita Barroso acontece na Praça da República

A Virada Cultural, que este ano acontece dias 20 e 21 de junho, faz uma homenagem especial à saudosa cantora, compositora e pesquisadora da cultural popular Inezita Barroso. O palco República, nesta edição, ganha o nome de “Arraial da Inezita Barroso”.

Com 60 anos de trajetória profissional e 90 de vida, a cantora morreu em março deste ano, mas seu imenso le-gado de valorização da cultu-ra popular será para sempre lembrado e ganha destaque em uma das maiores festas de rua do mundo. Por meio de Inezita, que defendeu até seus últimos momentos a genuína cultura brasileira, a Virada celebra a música cai-pira e de raiz trazendo para o centro da cidade um clima de festa junina. A festa conta, ainda, com outras atrações de viola caipira, catira, sanfona, apresentações de grupos de cultura popular e muita co-mida típica.

Quem abre as apresenta-ções deste palco-homenagem é a Orquestra Paulistana de Viola Caipira, regida pelo maestro Rui Torneze. Ao lon-go dos anos, o grupo gravou em diversas ocasiões com a homenageada, inclusive no programa “Viola, minha vio-la”, que foi ao ar na TV Cultura por 35 anos com Inezita à frente.

Duas duplas tradicionais do cancioneiro caipira tam-bém estão confirmadas na

programação. Primeiro, os irmãos mineiros Zé Mulato e Cassiano, premiados e bem--humorados cantadores da legítima música caipira, que defendem o formato de canto acompanhado de viola e violão e são responsáveis por suces-sos como “Meu Céu”, “Drama da Dieta”, “Sangue Novo” e “O Homem e a Espingarda”. De-pois, os paulistas Pedro Bento e Zé Estrada, veteranos e ídolos de uma geração de caipiras, que farão um show misturan-do clássicos caipiras, como “Seresteiro da Lua” e “Peão de Ouro”, além de rancheiras

e versões de paraguaios ou mexicanos como “Galopeira” e “A Lua é Testemunha”.

Dois outros shows convi-dam para uma mistura entre o tradicional e o contemporâ-neo. A apresentação do grupo paulistano Matuto Moderno, acompanhado do violeiro Índio Cachoeira e o grupo Os Favori-tos da Catira, traz uma mistura que funde clássicos caipiras, ponteados de viola e a dança caipira. Outra combinação interessante para o público do Arraial Inezita Barroso é o trio formado por Wandi Dorat-tiotto, Paulo Freire e Maurício

Pereira. Eles cantam e tocam seus instrumentos (sax, viola caipira, violão e cavaquinho), a partir do repertório de Al-varenga e Ranchinho, Tonico e Tinoco e grandes nomes.

Para auxiliar na elaboração desta homenagem, a Virada Cultural conta com o curador

Aloisio Milani, produtor e roteirista do programa “Viola, Minha Viola”. “O objetivo é buscar uma integração com o ambiente do palco na forma de um arraial, como ocorre nas festas que saúdam Santo Antonio, São Pedro e São João”, explica ele.

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www.folhaopiniao.com.brTerça-feira, 9 de junho de 20157

Tarcilio

CULTURA

Na fria tarde outonal o público amante da música clássica acorria à sala São Paulo para audição da OSESP.

Na regência o norte-america-no Tito Muñoz, diretor musical da Sinfônica de Phoenix, Arizona, USA. Junto o jovem solista de cla-rinete, o inglês Julian Bliss, consi-derado um dos mais promissores clarinetistas da atualidade em seu instrumento. Ambos tocam pela primeira vez com a OSESP. Programa abriu com Green (No-vember steps nº 2), 6 min. de Toru Takemitsu, (1930-96), composi-tor japonês. Ouvido por telefone o artista disse que sua música é um misto da música japonesa com música transversal moderna, nasceu o desejo com a descoberta da música de Claude Debussy. Utiliza o modalismo em sua es-trutura, porém com caminhos diversos. Sentimos uma estrutura intrincada não reveladora de uma formalidade clara. No todo respira um refinamento inspirador de rara beleza sonora.

Em Green sentimos o lirismo contido nas obras do compositor francês em seu mais inspirado impressionismo. Ouvir sua breve composição é mergulhar na su-blimidade.

Seguiu o Concerto para Clari-nete, op. 57, de Carl Nielsen, 24 min.(1865-1931), inaugurando o ciclo Nielsen, em comemoração ao sesquicentenário do composi-tor dinamarquês. Uma peça agra-

dável, sensível e acentuada pela técnica instrumental do solista Julius Bliss. Foi prestigiado pelo exímia orquestração da Osesp. O clarinete foi introduzido por Mozart em suas sinfonias. Nesta peça a melodia não importa tanto; importa é a maneira que o com-positor Nielsen soube aproveitar com suas invenções melódicas, assim coube ao solista inglês transformar em perceptíveis sons de clara musicalidade. Aplaudido por sua interpretação o público solicitou bis, e o solista executou de Rimsky Korsakov O Voo do

Besouro.Audição finalizou com a Sin-

fonia nº 8, op.93, em fá maior, (18110),Ludwig van Beethoven. Esta obra é o epilogo, resumindo o gênero de Haydn; é trabalha-da deliberadamente no estilo do compositor alemão. Uma nobre meditação que culmina em variações de extraordinária amplitude emocional, mas o tema dessas variações é tipicamente de Haydiana.

OSESP mostrou ao público suas imensas possibilidades orquestrais, adstrita à uma re-gência de alto nível por parte de Tito Munõz, regente dotado de

OSESP com Tito Muñoz, regente, e Julian Bliss ao clarinete concedem excelente audição musical

TARCÍLIO DE SOUZA BARROS

ESPECIAL

Tarcílio de Souza Barros é crítico de arte e analista de temas culturais

elegante gestual. Longa ovação coroou a performance por meio de longa salva de palmas por parte do público, que reconheceu o va-lor do belíssimo concerto musical.Serviço ao leitorOSESP - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

Concerto realizado na sala São Paulo em sua Temporada 2015.Praça Júlio Prestes s/nº - SPwww.osesp.art.br11 3367 9580Avaliação: Excelente

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www.folhaopiniao.com.brTerça-feira, 9 de junho de 20158 ESPETÁCULO

Guitar Parade invade o centro de SP para comemorar 30 anos de Rock in Rio

A cidade de São Paulo aca-ba de se transformar em polo mundial do rock – e da arte. Isso porque desembarca em diversos pontos do centro a Guitar Para-de, uma iniciativa da Led’s Tattoo com a Rádio Mix que expõe 10 esculturas de 2,5 metros de altura no formato de guitarras customizadas pelos tatuadores do estúdio organizador.

Com o objetivo de celebrar os 30 anos de Rock in Rio, essa grande exposição ao ar livre pode ser conferida até 11 de junho nos seguintes pontos: Avenida Paulista (em frente ao prédio da Faculdade Cásper Lí-bero), Avenida Paulista (saída do

metrô Consolação), Avenida Pau-lista (Praça Oswaldo Cruz), Ave-nida Paulista (Parque Trianon), Calçada da Galeria Olido (Galeria do Rock), Praça da Sé, Praça da Li-berdade, Teatro Municipal e Praça Roosevelt. Além de Sérgio Maciel, proprietário da Led’s, os outros tatuadores que customizaram as guitarras também fazem parte do expediente do estúdio. São eles: Melina Casteletto, Pinhu, Bob Queiroz, Sergio Ricardo, Eduardo Oliveira, Wally, Tino, Igor, Ricardo Ximenes, Rafa Firmino, Marcelo Maciel e Camilo Tuero.

Depois de São Paulo, a Gui-tar Parade segue para o Rio de Janeiro.

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Ciesp comemora Dia da IndústriaNa ultima quarta-feira a

vice-prefeita Drª Débora Lo-pes Braga, acompanhada do secretário de Relações Insti-tucionais, Cleriston Pereira do Valle, participou do evento em comemoração ao Dia da In-dústria, realizado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CiespGuarulhos. O evento tem como objetivo ho-menagear a classe industrial de Guarulhos e região.

Realizado na sede da Fe-deração das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP o evento reuniu industriais, empresários, autoridades, representantes de entidades, entre outros.

9 REGIÃO

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HORÓSCOPO

ÁRIES - 21.mar a 20.abrVocê está mais envolvente em sua comunicação. Pode atrair a atenção e mostrar um magnetismo especial. Sua rotina pode ser melhorada pelo uso da criatividade.

TOURO - 21.abr a 20.maiAs facilidades correm em direção ao socorro dos apuros e a superação de obstáculos nos negócios. Atenção para a tendência ao excesso de vaidade, que pode comprometer o dia.

GÊMEOS - 21.mai a 20.junA comunicação e a expressão de ideias, sentimen-tos e valores pessoais estão muito favorecidas. As viagens de lazer e as diversões no cotidiano também vão bastante bem.

CÂNCER - 21.jun a 21.julMomento muito positivo para ser generoso, hospitaleiro, ter boa disposição e dar proteção às pessoas. Seus recursos materiais podem ser usados para causas caridosas.

LEÃO - 22.jul a 22.agoUm dia positivo para as relações de amizade e para participar de trabalhos e atividades divertidas com os amigos. Sua presença é mais magnética e atrai a atenção.

VIRGEM - 23.ago a 22.setSol e Júpiter indicam planos mais positivos e expansivos para o futuro, em especial para seu trabalho. É tempo de encontrar saída para situações que lhe preocupavam.

LIBRA - 23.set a 22.outA boa vontade para com as pessoas é uma atitude que sempre atrai boas situações. Hoje, isto repercute positivamente no trabalho e na vida financeira.

ESCORPIÃO - 23.out a 21.novPensamentos generosos e otimistas tendem a favorecer seus planos e a orientação para o futuro. É bom mostrar-se confiante. A atividade profissional é a mais beneficiada.

SAGITÁRIO - 22.nov a 21.dezAs relações e os sentimentos afetivos são es-timulados. Mostre o lado mais nobre de seus sentimentos. Você deveria confiar nas outras pessoas tanto quanto em si mesmo.

CAPRICÓRNIO - 22.dez a 20.janAs condições de trabalho são muito boas, fa-cilitando a produtividade. O conforto em casa está beneficiado. Momento para consolidar melhores condições de saúde e de bem estar.

AQUÁRIO - 21.jan a 19.fevVocê está mais encantador e envolve-se facil-mente com as pessoas queridas. Os projetos a dois ganham mais força, colorido e enriquecem o relacionamento de vocês.

PEIXES - 20.fev a 20.marO patrimônio pessoal tende a crescer e se consoli-dar. Bons negócios são efetuados hoje, desde que já tenham sido iniciados. Recursos disponíveis para realizar desejos pessoais.

O Sol e Júpiter, considerados símbolos da vitalidade, da nobreza de sentimentos e de aspirações elevadas, formam hoje um bom aspecto. É indício de uma disposição confian-te e otimista diante de todas as situações.

Como os dois planetas simbolizam também a arrogância e o exagero mesmo num dia de boa indicação, como hoje, é preciso medir o que estamos fazendo. Em todo caso, teremos a confiança para expandir algumas situações em nossas vidas.

CRUZADAS

VARIEDADES

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GASTRONOMIA

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Lampião, Maria Bonita, Dadá e Corisco são alguns dos nomes mais conhecidos do canga-ço brasileiro. Mártires de um movimento bem organizado, tornaram-se mitos através das gerações. Pouco se conhece sobre o lado humano dos can-gaceiros, pelas vozes deles próprios. Esta é a lacuna que o interessante documentário Os Últimos Cangaceiros pretende preencher, acompanhando a história de vida de um casal idoso que integrou o bando de Lampião, e depois reconstruiu a vida com outro nome, por medo de represálias.

Não à toa, as imagens come-çam com José Antonio Souto, vulgo Moreno, e Jovina Maria da Conceição, conhecida como Durvinha, vestindo os unifor-mes de cangaceiros que usavam mais de 50 anos atrás. O diretor Wolney Oliveira ataca direta-mente o imaginário popular, os símbolos que adentraram a cultura nordestina sobre o tema. Depois de fazer poses heroicas – propositadamente artificiais – com revólveres, o casal volta a usar suas roupas comuns para compartilhar suas memórias.

O sucesso do documentário deve-se em parte à presença forte dos dois entrevistados, ainda lúcidos na época – am-bos já estão falecidos – e com um vigor impressionante nos relatos da vida de cangaceiro. Com o distanciamento imposto

CINEMA

OS ÚLTIMOS CANGACEIROS pela passagem do tempo, além da inconsequência pelo fato de estarem perto da morte, ambos abrem o coração com grande naturalidade. Os filhos, amigos e historiadores do cangaço con-tribuem ao retrato complexo deste grupo social que, ao invés de tentar de se esconder da lei, mostrava-se com vaidade e orgulho, convicto de sua impu-nidade.

Mas talvez o aspecto mais in-teressante de Os Últimos Canga-ceiros seja a discussão em torno do estatuto moral de pessoas como Moreno e Durvinha. Ban-didos e assassinos assumidos, eles são recebidos por prefeitos como heróis, participando de programa de rádio, contando a famílias deslumbradas como

PONTO DE CULTURA

BRUNO CARMELO mataram dezenas de pessoas. O processo histórico transformou o mito do ladrão romântico em algo assimilável às novas gerações, justamente em um momento tão moralista e con-denatório no que diz respeito às práticas criminosas. Talvez os mesmos políticos que acolhem o casal com tanto orgulho sejam aqueles que pedem pela redução da maioridade penal, por puni-ções cada vez mais duras.

Os cangaceiros, fragilizados pela idade e pelo esquecimento social, foram fetichizados e transformados em vovôs que-ridos, que contam “causos” do passado como se fossem histó-rias inventadas, ou alucinadas. Felizmente, o diretor nunca dei-xa os relatos parecerem irreais

– ele filma de perto a cicatriz de bala na perna de Durvinha – as-sumindo sua responsabilidade ética na representação dos dois. O filme observa os dois com uma saudável curiosidade, como um objeto de estudo digno do inte-resse coletivo.

O documentário é bene-ficiado por um trabalho exce-lente de som e de imagens de arquivo. Os trechos de ficções inseridas (O Cangaceiro, Baile Perfumado etc.) são retraba-lhados e usados em momentos apropriados, enquanto fotogra-fias são animadas, coloridas, transformadas em um conjunto vivo e lúdico. A paisagem sono-ra, com seus diálogos e efeitos de tiros, são retratados com es-mero. Para não perder nenhum

detalhe do linguajar rebuscado e dicção difícil de Moreno e Dur-vinha, Wolney de Oliveira opta pelo sempre controverso, mas justificado, uso de legendas.

Exibido em festivais desde 2011, Os Últimos Cangaceiros entra em cartaz apenas em 2015 – prova da dificuldade do mercado em absorver obras de cunho investigativo e histórico. Mas este filme divertido, de ritmo ágil e discurso complexo, pode encontrar seu público. Depois de tantas obras valo-rativas e idealistas sobre o cangaço, é louvável encontrar um filme que insira estas per-sonalidades em um contexto cultural, social e político, re-fletindo sobre seu impacto nos tempos presentes.

ServiçoReserva CulturalAvenida Paulista, 900 - Bela Vista, São Paulo - SP,(11) 3287-3529