edelink efrain tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

18
61 Temperatura no Leito de Pelotas - Teste com recipiente de aço 0 250 500 750 1000 1250 1500 10 9 0 1 70 25 0 33 0 41 0 49 0 5 70 6 50 73 0 81 0 89 0 97 0 10 5 0 1 13 0 1 21 0 12 9 0 13 7 0 14 5 0 15 3 0 1 61 0 1 69 0 1770 18 5 0 Tempo (segundos) Temperatura (ºC) Camada Superior Camada Intermediária (Cadinho com Escória) Camada Inferior 7. Resultados 7.1. Pote grate e forno de mufla A fim de submeter às escórias sintéticas às mesmas condições térmicas a que ficam submetidas as pelotas RD comerciais durante seu processo de fabricação, o ciclo térmico ilustrado na (Figura 16), foi programado para os testes no pot grate. Figura 16 - Perfil térmico no pot grate para o tratamento das escórias sintéticas De acordo com a (Figura 16), as escórias sintéticas ficaram cerca de 6,1 min submetidas à etapa de queima (camada intermediária), o que garantiu a reprodução do intervalo correspondente ao do processo industrial (6 a 7 min). Em seguida, as misturas correspondentes às escórias sintéticas produziram, para cada tempo de teste (40 e 120 min), na temperatura de 1330 ° C, três amostras, cada uma correspondente às seguintes condições de resfriamento: dentro do forno (20 horas); fora do forno (20 min) e fora do forno, sob ventilação forçada (6 min).

Upload: others

Post on 15-Oct-2021

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

61

Temperatura no Leito de Pelotas - Teste com recipiente de aço

0

250

500

750

1000

1250

1500

10 90 170

250 330 410 490 570

650

730 810 890 970105

011

3012

10129

0137

0145

0153

016

1016

90177

0185

0

Tempo (segundos)

Tem

pera

tura

(ºC

)

Camada Superior Camada Intermediária(Cadinho com Escória)

Camada Inferior

7. Resultados 7.1. Pote grate e forno de mufla

A fim de submeter às escórias sintéticas às mesmas condições térmicas a

que ficam submetidas as pelotas RD comerciais durante seu processo de

fabricação, o ciclo térmico ilustrado na (Figura 16), foi programado para os testes

no pot grate.

Figura 16 - Perfil térmico no pot grate para o tratamento das escórias sintéticas

De acordo com a (Figura 16), as escórias sintéticas ficaram cerca de 6,1 min

submetidas à etapa de queima (camada intermediária), o que garantiu a

reprodução do intervalo correspondente ao do processo industrial (6 a 7 min). Em

seguida, as misturas correspondentes às escórias sintéticas produziram, para cada

tempo de teste (40 e 120 min), na temperatura de 1330°C, três amostras, cada uma

correspondente às seguintes condições de resfriamento: dentro do forno

(20 horas); fora do forno (20 min) e fora do forno, sob ventilação forçada (6 min).

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 2: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

62

Quartzo, SiO2

Portlandite, Ca(OH)2

Cal, CaO

Alumina, Al2O3 Monetita, CaPO3(OH)

Carpholite magnesiano, Mg2Al2Si2O6(OH)4

00-035-0489 (*) - Magnesiocarpholite, syn - MgAl2Si2O6(OH)4 - Y: 6.25 % - d x by: 1. - WL: 1.54000-009-0080 (I) - Monetite, syn - CaPO3(OH) - Y: 2.08 % - d x by: 1. - WL: 1.5406 - 0 -

00-043-1484 (C) - Corundum, syn - Al2O3 - Y: 2.08 % - d x by: 1. - WL: 1.5406 - 0 - I/Ic PDF 1. - 00-037-1497 (*) - Lime, syn - CaO - Y: 6.25 % - d x by: 1. - WL: 1.5406 - 0 - 00-004-0733 (I) - Portlandite, syn - Ca(OH)2 - Y: 14.58 % - d x by: 1. - WL: 1.5406 - 0 - I/Ic PDF 1.00-046-1045 (*) - Quartz, syn - SiO2 - Y: 50.00 % - d x by: 1. - WL: 1.5406 - 0 - I/Ic PDF 3.4 - D:\Difratogramas (2008)\2 - Empresas\Samarco\pdr.RAW - File: pdr.RAW - Type: 2Th/Th locked -

Lin

(Cou

nts)

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

2-Theta - Scale

10 20 30 40 50 60 70

Ln

Con

tage

ns

7.2. Difração de raios X

Após o ensaio a amostra foi cominuida e os materiais gerados submetidos à

Difração de R-X. Os difratogramas a seguir mostram, primeiramente (Figura 17) a

confirmação das estruturas cristalinas dos constituintes puros usados para a

elaboração das misturas, posteriormente (Figuras 18 a 24), a constatação de que

apenas na condição de resfriamento lento (dentro do forno), as escórias sintéticas

mostraram-se cristalinas, (Figuras 21 e 24). Nas outras duas condições de

resfriamento, fora do forno sem e com ventilação forçada, as escórias sintéticas

apresentaram-se amorfas, (Figuras 19, 20, 22 e 23), ocorrendo o mesmo quando

ensaiadas no pot grate, (Figura 18).

Figura 17 - Difratograma da mistura para produção da escória sintética

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 3: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

63

Quartzo, SiO2

Alumina, Al2O3

00-043-1484 (C) - Corundum, syn - Al2O3 - Y: 2.08 % - d x by: 1. - WL: 1.5406 - 0 - I/Ic PDF 1. - S-Q 53.7 % - 00-046-1045 (*) - Quartz, syn - SiO2 - Y: 6.25 % - d x by: 1. - WL: 1.5406 - 0 - I/Ic PDF 3.4 - S-Q 46.3 % - D:\Difratogramas (2008)\2 - Empresas\Samarco\ESCORIA.RAW - File: ESCORIA.RAW - Type: 2Th/Th locked - Start: 10.000 ° - End: 75.000 ° - Step: 0.050 ° - Step time: 3. s - Temp.: 25 °C (Room) - Ti

Lin

(Cou

nts)

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

2-Theta - Scale

10 20 30 40 50 60 70

Ln

Con

tage

ns

File: Am1.raw - Type: 2Th/Th locked - Start: 10.025 ° - End: 89.975 ° - Step: 0.050 ° - Step time: 2. s - Temp.: 25 °C (Room) - Time Started: 0 s - 2-Theta:

Lin

(Cou

nts)

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

1100

1200

1300

1400

1500

2-Theta - Scale

11 20 30 40 50 60 70 80 90

Ln

Con

tage

ns

Figura 18 - Difratograma da escória sintética formada no pot grate

Figura 19 - Difratograma da escória sintética formada no forno de mufla (40min); resfriamento fora do forno, sem ventilação (20 min)

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 4: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

64

File: AM7.raw - Type: 2Th/Th locked - Start: 10.025 ° - End: 89.975 ° - Step: 0.050 ° - Step time: 2. s - Temp.: 25 °C (Room) - Time Started: 0 s - 2-Theta:

Lin

(Cou

nts)

0

1000

2000

3000

4000

2-Theta - Scale

11 20 30 40 50 60 70 80

Ln

Con

tage

ns

00-046-1045 (*) - Quartz, syn - SiO2 - Y: 17.79 % - d x by: 1. - WL: 1.54056 - 0 - I/Ic PDF 3.4 - S-Q 2.3 % - 00-041-1486 (*) - Anorthite, ordered - CaAl2Si2O8 - Y: 91.09 % - d x by: 1. - WL: 1.54056 - 0 - I/Ic PDF 0.4 - S-Q 97.7 % - File: Am2.raw - Type: 2Th/Th locked - Start: 10.025 ° - End: 89.975 ° - Step: 0.050 ° - Step time: 2. s - Temp.: 25 °C (Room) - Time Started: 0 s - 2-Theta:

Lin

(Cou

nts)

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

1100

1200

1300

1400

1500

2-Theta - Scale

11 20 30 40 50 60 70 80 90

Anortita, CaAl2Si2O8 Quartzo, SiO2

Ln

Con

tage

ns

Figura 20 - Difratograma da escória sintética formada no forno de mufla (40min), resfriamento fora do forno, com ventilação forçada (6 min)

Figura 21 - Difratograma da escória sintética formada no forno de mufla (40min) resfriamento dentro do forno (20 h)

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 5: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

65

File: Am5.raw - Type: 2Th/Th locked - Start: 10.025 ° - End: 89.975 ° - Step: 0.050 ° - Step time: 2. s - Temp.: 25 °C (Room) - Time Started: 0 s - 2-Theta:

Lin

(Cou

nts)

0

1000

2000

3000

4000

2-Theta - Scale

11 20 30 40 50 60 70 80

Ln

Con

tage

ns

Figura 22 - Difratograma da escória sintética formada no forno de mufla (120min), resfriamento fora do forno, sem ventilação (20 min)

Figura 23 - Difratograma da escória sintética formada no forno de mufla (120min), resfriamento fora do forno, com ventilação forçada (6 min)

File: Am9.raw - Type: 2Th/Th locked - Start: 10.025 ° - End: 89.975 ° - Step: 0.050 ° - Step time: 2. s - Temp.: 25 °C (Room) - Time Started: 0 s - 2-Theta:

Lin

(Cou

nts)

0

1000

2000

3000

4000

2-Theta - Scale

11 20 30 40 50 60 70 80

Ln

Con

tage

ns

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 6: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

66

Anortita, CaAl2Si2O8 Quartzo, SiO2

00-046-1045 (*) - Quartz, syn - SiO2 - Y: 17.79 % - d x by: 1. - WL: 1.54056 - 0 - I/Ic PDF 3.4 - S-Q 2.2 % - 00-041-1486 (*) - Anorthite, ordered - CaAl2Si2O8 - Y: 93.60 % - d x by: 1. - WL: 1.54056 - 0 - I/Ic PDF 0.4 - S-Q 97.8 % - File: AM6.raw - Type: 2Th/Th locked - Start: 10.025 ° - End: 89.975 ° - Step: 0.050 ° - Step time: 2. s - Temp.: 25 °C (Room) - Time Started: 0 s - 2-Theta:

Lin

(Cou

nts)

0

1000

2000

3000

4000

2-Theta - Scale

11 20 30 40 50 60 70 80

Ln

Con

tage

ns

Figura 24 - Difratograma da escória sintética formada no forno de mufla (120min); resfriamento dentro do forno (20 h)

Considerando que na etapa de resfriamento das pelotas no processo

industrial o tempo médio é 11 min, pode-se concluir que as escórias das pelotas

RD comerciais também deverão apresentar estruturas amorfas. Portanto, os

estudos dos comportamentos dos elementos contaminantes, como o fósforo, nas

fases escorificadas das pelotas, deverão ser feitos sem considerá-los inseridos em

estruturas cristalinas.

7.3. Seletividade do método qualitativo

Finalmente, para verificar a eficiência da seletividade do método de análise

química do fósforo, em função da natureza estrutural (amorfas ou cristalinas) das

escórias, a (Tabela 13) abaixo apresenta os resultados obtidos, considerando cada

situação de resfriamento a que as escórias sintéticas foram submetidas.

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 7: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

67

Tabela 13 - Análises do fósforo nas escórias sintéticas

FÓSFORO %

# amostra

IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS Escória (%P) Resíduo (%P) Eficiência (%)

1 40min, resfriamento fora do Forno. 1,270 0,153 96,314

2 40min, resfriamento fora do Forno com ventilação forçada.

1,290 0,101 98,418

3 40min, resfriamento dentro do Forno. 1,280 0,302 85,749

4 120min, resfriamento fora do Forno. 1,270 0,070 99,228

5 120min, resfriamento fora do Forno com ventilação forçada.

1,300 0,010 99,985

6 120min, resfriamento dentro do Forno.

1,310 0,376 78,416

Com base nos resultados acima, ficou evidente uma maior eficiência do

método analítico quando aplicado às escórias amorfas. Assim, foi possivel

concluir estar o mesmo adequado para ser utilizado nas pelotas RD comerciais, e

preciso o suficiente para monitorar o fósforo presente em fases oxídicas e

escorificadas, objetivo das próximas etapas deste projeto investigativo.

7.4. Fósforo liberado nas escórias

Estas velocidades iniciais de liberação do fósforo presente nas escórias

formadas depois do aquecimento do pellet feed, obtidas da equação (6) estão

graficadas na (Figura 25), que mostra a dependência e ajuste desta velocidade à

temperatura.

Obtiveram-se os valores das constantes de equilibrio que apresentaram uma

boa correlação, assim mesmo, os gráficos da curva de Arrhenius obtidos

apresentaram uma correlação superior a 95%, que garantem que a escolha da

ordem da reação foi acertiva, elas também permitiram obter os valores das

energias de ativação, 47,44 kJ/mol para o caso da basicidade 0,1; 41,17 kJ/mol

para 0,6 e 42,54 kJ/mol para 0,9; para os testes feitos nas temperaturas de 900,

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 8: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

68

0

10

20

30

40

50

500 1000 1500 2000

-d [%P ] / dt | t=0

= , mol/min

T, K

( para todas as basicidades, i.é: 0,1→ 0,9 )

-

d(%

P)/

dt

t=0

= k

, m

ol/

min

Figura 25 - Velocidades iniciais de liberação do fósforo

1150 e 1350 ºC, que mostraram que estão em função da temperatura, como se

esperava, mas também da para notar que tem uma influencia da Basicidade,

observa-se que aumentando a basicidade binária a energia de ativação diminui;

isso tem um limite porque depois a curva se forma assintótica, significando que

não adianta aumentar mais a basicidade (Figura 32).

Da equação (1,1) de fluxo da liberação de fósforo que se apresenta na

escória, pode-se dizer que em um tempo muito grande chegase a um valor

máximo de liberação de fósforo, onde não se tera mais liberação por mais que seja

aumentado o tempo de residência. Isto ocorre também para os outros testes feitos,

mas cabe mencionar que a liberação de fósforo e diretamente proporcional à

temperatura de trabalho.

Com os valores de k e A empregados para a aproximação das velocidades

de liberação do fósforo das escórias equação dois extrapolamos ditos valores para

uma faixa mais ampla de basicidade desde 0,1 ate 0,9, para assim gerar uma

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 9: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

69

superfície resposta. Essas mostram os efeitos que tem as variveis temperatura de

queima e basicidade na liberação do fósforo nas escórias formadas, depois do

aquecimento do pellet feed.

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 10: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

70

Tabela 14 - Análise Química (%) da Liberação de fósforo das escórias depois do aquecimento dos pellet feed (B=0,1)

AMOSTRAS Análise química do pellet feed (ICP) Análise química do residuo (ICP) Eficiência de liberação (%)

SiO2 Al2O3 CaO MgO P SiO2 Al2O3 CaO MgO P SiO2 Al2O3 CaO MgO P

PF CALCINADO 900°C - 10 min 1.02 0.34 0.10 0.03 0.041 0.66 0.07 0.02 0.02 0.020 35.3 79.4 80.0 33.3 51.2

0.65 0.08 0.02 0.02 0.020 36.3 76.5 80.0 33.3 51.2

PF CALCINADO 1150°C - 10 min 1.01 0.34 0.10 0.03 0.041 0.56 0.28 0.02 0.02 0.009 44.6 17.6 80.0 33.3 78.0

0.58 0.29 0.02 0.02 0.010 42.6 14.7 80.0 33.3 75.6

PF CALCINADO 1350°C - 10 min 1.11 0.36 0.10 0.03 0.042 0.43 0.32 0.02 0.02 0.007 61.3 11.1 80.0 33.3 83.3

1.14 0.37 0.09 0.02 0.043 0.42 0.33 0.01 0.01 0.007 62.2 8.3 90.0 60.0 83.7

PF CALCINADO 900°C - 30 min 1.00 0.35 0.12 0.03 0.042 0.70 0.21 0.04 0.03 0.019 30.0 40.0 66.7 0.0 54.8

1.02 0.34 0.09 0.02 0.044 0.67 0.18 0.02 0.02 0.019 33.0 48.6 85.0 46.7 56.8

PF CALCINADO 1150°C - 30 min 1.02 0.33 0.083 0.020 0.044 0.58 0.29 0.010 0.014 0.008 43.1 12.1 88.0 30.0 81.8

0.56 0.28 0.010 0.015 0.007 45.1 15.2 88.0 25.0 84.1

PF CALCINADO 1350°C - 30 min 1.14 0.37 0.09 0.02 0.043 0.34 0.33 0.01 0.01 0.006 70.2 13.2 93.3 60.0 86.0

1.14 0.38 0.12 0.03 0.043 0.39 0.34 0.03 0.03 0.006 65.8 10.5 75.0 0.0 86.0

PF CALCINADO 900°C - 60 min 1.00 0.34 0.10 0.03 0.042 0.65 0.22 0.02 0.02 0.015 35.0 35.3 80.0 33.3 64.3

0.65 0.23 0.02 0.02 0.016 35.0 32.4 80.0 33.3 61.9

PF CALCINADO 1150°C - 60 min 1.00 0.34 0.10 0.03 0.041 0.56 0.30 0.02 0.02 0.007 44.0 11.8 80.0 33.3 82.9

0.56 0.30 0.02 0.02 0.007 44.0 11.8 80.0 33.3 82.9

PF CALCINADO 1350°C - 60 min 1.14 0.38 0.10 0.03 0.041 0.35 0.33 0.01 0.02 0.005 69.3 13.2 90.0 33.3 87.8

0.34 0.34 0.01 0.02 0.006 70.2 10.5 90.0 33.3 85.4

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 11: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

71

Figura 26 - Ajuste dos dados experimentais da análise química da liberação de fósforo das escórias (B=0,1)

Figura 27 - Gráfico de Arrhenius (B=0,1) Ea (kJ/mol)= 47,44 ± 10

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 12: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

72

Tabela 15 - Análise Química (%) da liberação de fósforo das escórias depois do aquecimento do pellet feed (B=0,6)

AMOSTRAS Análise química do pellet feed (ICP) Análise química do resíduo (ICP) Eficiência de liberação (%)

SiO2 Al2O3 CaO MgO P SiO2 Al2O3 CaO MgO P SiO2 Al2O3 CaO MgO P

PF CALCINADO 900°C - 10 min 0,98 0,33 0,65 0,03 0,044 0,680 0,160 0,005 0,017 0,023 30,612 51,515 99,231 43,333 47,727

PF CALCINADO 1150°C - 10 min 1,04 0,33 0,67 0,03 0,045 0,550 0,260 0,143 0,020 0,009 47,115 21,212 78,657 33,333 80,000

PF CALCINADO 1350°C - 10 min 1,07 0,33 0,67 0,03 0,046 0,190 0,280 0,005 0,011 0,005 82,243 15,152 99,254 63,333 89,13

PF CALCINADO 900°C - 30 min 1,00 0,33 0,66 0,03 0,044 0,690 0,170 0,008 0,017 0,021 31,000 48,485 98,788 43,333 52,273

PF CALCINADO 1150°C - 30 min 1,07 0,33 0,67 0,03 0,046 0,510 0,270 0,145 0,020 0,008 52,336 18,182 78,030 33,333 82,609

PF CALCINADO 1350°C - 30 min 1,09 0,33 0,66 0,03 0,046 0,160 0,280 0,005 0,010 0,004 85,321 15,152 99,254 66,667 91,304

PF CALCINADO 900°C - 60 min 1,01 0,330 0,66 0,03 0,045 0,680 0,180 0,015 0,018 0,020 32,673 45,455 97,727 40,000 55,556

PF CALCINADO 1150°C - 60 min 1,05 0,33 0,66 0,03 0,045 0,470 0,270 0,138 0,019 0,008 55,238 18,182 79,091 36,667 82,222

PF CALCINADO 1350°C - 60 min 1,08 0,33 0,66 0,03 0,046 0,110 0,300 0,005 0,011 0,004 89,815 9,091 99,242 63,333 91,304

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 13: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

73

Figura 28 - Ajuste dos dados experimentais da análise química da liberação de fósforo das escórias (B=0,6)

Figura 29 - Gráfico de Arrhenius (B=0,6) Ea(kJ/mol)= 41,17 ± 5%

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 14: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

74

Tabela 16 - Análise Química (%) da liberação de fósforo das escórias depois do aquecimento do pellet feed (B=0,9)

AMOSTRAS Análise química do pellet feed (ICP) Análise química do residuo (ICP) Eficiência de liberação (%)

SiO2 Al2O3 CaO MgO P SiO2 Al2O3 CaO MgO P SiO2 Al2O3 CaO MgO P

PF CALCINADO 900°C - 10 min 1.020 0.330 0.930 0.030 0.045 0.690 0.170 0.005 0.023 0.023 32,353 48,485 99,462 23,333 48,88

PF CALCINADO 1150°C - 10 min 1.050 0.340 0.950 0.030 0.045 0.550 0.270 0.220 0.011 0.009 47,619 20,588 76,842 63,333 80,00

PF CALCINADO 1350°C - 10 min 1.000 0.330 0.930 0.030 0.044 0.180 0.280 0.010 0.007 0.005 82,000 15,152 98,925 76,667 88,63

PF CALCINADO 900°C - 30 min 1.020 0.330 0.930 0.030 0.045 0.680 0.170 0.005 0.022 0.021 33,333 48,485 99,462 26,667 53,33

PF CALCINADO 1150°C - 30 min 1.040 0.340 0.930 0.030 0.045 0.560 0.270 0.250 0.012 0.008 46,154 20,588 73,118 60,000 82,22

PF CALCINADO 1350°C - 30 min 1.000 0.330 0.940 0.030 0.044 0.170 0.280 0.010 0.007 0.004 83,000 15,152 98,936 76,667 90,90

PF CALCINADO 900°C - 60 min 1.030 0.330 0.920 0.030 0.044 0.680 0.180 0.005 0.021 0.020 33,981 45,455 99,457 30,000 54,54

PF CALCINADO 1150°C - 60 min 1.050 0.340 0.930 0.030 0.045 0.560 0.270 0.250 0.012 0.008 46,667 20,588 73,118 60,000 82,22

PF CALCINADO 1350°C - 60 min 0.990 0.330 0.930 0.030 0.045 0.160 0.280 0.006 0.006 0.004 83.838 15.152 99.355 80.000 91.11

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 15: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

75

Figura 30 - Ajuste dos dados experimentais da análise química da liberação de fósforo das escórias (B=0,9)

Figura 31- Gráfico de Arrhenius (B=0,9) Ea(kJ/mol) = 42,55 ± 4%

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 16: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

76

Com os datos obtidos das analises químicas Tabelas 14, 15 e 16, geraram-se

as curvas que refletiram do comportamento da liberação de fósforo. Essas

liberações do fósforo, modeladas por reação de primeira ordem (Figuras 26, 28 e

30), exibiram uma correlação média 97,2% no ajuste dos dados experimentais. Já

para as (Figuras 27, 29 e 31), os gráficos de Arrhenius nos três casos, i.é, das

basicidades binárias 0,1; 0,6 e 0,9 das liberações de fósforo das escórias formadas,

o ajuste no cálculo da energia de ativação aparente teve uma correlação média de

93% e estas mesmas energias mediram 47,44 kJ/mol para o caso da basicidade

0,1; 41,17 kJ/mol para 0,6 e 42,54 kJ/mol para 0,9.

Figura 32 - Influência da basicidade binária, na energia de ativação aparente

Da (Figura 32), pode-se concluir que para basicidades menores ( B = 0,1 ) a

energia de ativação referente a liberação do fósforo na escória é mais alta

decrecendo com um aumento desta basicidade (B= 0,6 e 0,9). Além disso, um

comportamento assintótico, exibindo uma saturação em cerca de 40 kJ/mol,

também é observado .

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 17: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

77

7.5 Superfície resposta

Figura 33 - Superfície resposta da liberação de fósforo das escórias, condições para 10 minutos

Observando a superfície-resposta da (Figura 33), a liberação do fósforo

mostra uma marcada dependência da temperatura para todos os valores da

basicidade de trabalho. Essa liberação do fósforo apresentou um discreto aumento

com a basicidade, variando entre cerca 73% para 1150°C, até uma percentagem

máxima de 84% a 1350°C, quando a basicidade flutua entre 0,1 e 0,9. Este

aumento de liberação ocorre pela formação das escórias que captaram parte do

fósforo liberado quando os pellets feeds foram aquecidos.

Nas superfície-respostas (Figuras 34 e 35), para tempos de residência de 30

e 60 minutos dentro do forno, o incremento da liberação de fósforo com o

aumento da temperatura mostrou-se inversamente proporcional ao tempo de

residência para basicidades binárias superiores de 0,7. Para estes tempos de

residência se obtiveram liberações de fósforo até um máximo entre 86% e 88% a

1350°C, para as basicidades de 0,1 e 0,9 respetivamente.

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA
Page 18: Edelink Efrain Tinoco - maxwell.vrac.puc-rio.br

78

Figura 34 - Superfície resposta da liberação de fósforo das escórias, condições para 30 minutos

Figura 35 - Superfície resposta da dissolução de fósforo das escórias, condições para 60 minutos

DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0921880/CA