ed. 2 - ano 1 - 03/2009

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REVISTA Ano 1 - Nº 2 - Março de 2009 Revista mensal de atualidades para os assinantes e anunciantes do projeto Large Lovers Uma mulher que agora está de bem com a vida Comportamento Tendências Plus size, um novo verbete para o dicionário da moda Estilo de vida O charme, nada discreto, de fumar charutos Ponto de encontro Um oásis francês em um bairro de São Paulo

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Revista de variedades dedicada ao público plus size de lingua portuguesa

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REVISTAAno 1 - Nº 2 - Março de 2009

Revista mensal de atualidadespara os assinantes e anunciantes

do projeto Large Lovers

Uma mulher que agoraestá de bem com a vida

Comportamento

Tendências

Plus size, um novoverbete para odicionário da moda

Estilo de vida

O charme, nadadiscreto, de fumarcharutos

Ponto de encontro

Um oásis francêsem um bairro deSão Paulo

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Revista Large Lover 3

Ano 1 - Nº 2 - março de 2009

A revista Large Lovers é uma publicação eletrônicaperiódica editada pela Writers Editora e Comu-nicação Ltda., dirigida aos anunciantes e aos assi-nantes do projeto Large Lovers. Os artigos publi-cados aqui não refletem, necessariamente, asposições ideológicas da projeto Large Lovers e sãode inteira responsabilidade de seus autores.

EditoresRoberto Paes e Francisco [email protected]

Jornalista responsávelFrancisco Reis (MTb: 14.887)[email protected]

ComercializaçãoRoberto [email protected]

Writers Editora e Comunicação Ltda.Rua Prof. Guilherme Belfort Sabino, 1347 - Cj 112Jd. Marajoara - São Paulo - SP - 04678-002 Tel.:55 (11) 3729-3534 ou 55 (11) 3628-4825Web site: www.writers.com.brE-mail: [email protected]

Envie suas colaborações para Large LoversPara enviar mensagens com sugestões, críticas oucomentários ao conteúdo desta publicação, utilizeo endereço eletrônico [email protected] partir do segundo número desta revista os e-mails recebidos serão selecionados e poste-riormente publicados em uma seção específica.

Assuntos desta edição

Editorial

Chegamos ao número doiscom disposição redobrada

por Roberto Paes

Quando lançamos o projeto Lar-ge Lovers, há exatos 30 dias, pen-samos que choveriam mensagensde desagravo e críticas à nossa po-lítica de valorizar as pessoas queestão acima do peso. Na verdadetivemos uma tempestade sim, masde e-mails elogiando nossa inicia-tiva e apontando para a ausênciade uma publicação deste tipo nomercado editorial brasileiro. É claroque recebemos críticas. Para sersincero um e-mail que comentavaque emagrecer não era uma ques-tão de estética, mas sim de saúde.

Concordo com a afirmação des-ta mensagem. A obesidade trazproblemas para a saúde física, mastambém alertei esta leitora, quandorespondi sua mensagem, sobre osproblemas emocionais que a difi-culdade de emagrecer causa àspessoas. Nesta edição entrevis-tamos uma mulher que passou boa

parte de sua juventude correndoatrás de regimes milagrosos e con-seguiu apenas acumular frus-trações, até o dia em que conheceuseu atual marido, um apreciador deseu tipo físico, e hoje sente-se feliz,amada e de bem com a vida. Elase preocupa em fazer exercícios ecome com moderação, mas nãopara entrar em um jeans tamanhopequeno ou médio.

Além desta entrevista, nossosleitores encontrarão também, umamatéria sobre Simone Fiúza, umamodelo plus size que ganha a vidadesfilando modelitos criados paraatender quem está acima do peso.Falamos também sobre estilo de vi-da, gastronomia, pontos de encon-tro, música, literatura, locais transa-dos para comprar alimentos e bebi-das e artigos de colaboradoressobre diversos assuntos.

Boa leitura e navegação.

Estilo de vida 14Os charutos parecemescandalosos, mas para quemos fuma não há nada maischarmosas que fumá-los.

Comportamento 4Nossa entrevistada é umamulher que na adolescênciasofreu com os regimes, masagora está de bem com a vida.

Tendências 10O mercado da moda, no Brasil eno mundo, se rende aos queestão acima do peso e surgemas modelos plus size.

Ponto de encontro 17Quem mora ou trabalha nocentro velho de São Paulo podese sentir na França quandovisita o Le Tire Bouchon.

e ainda...

Lição de casa22Aprenda e preparar umrisoto de Shitake commedalhões de Filet Mignon

Literatura21Dicas sobre livros que vãoajudar você a entrar nomundo da gastronomia

Música20Rossa Nova, uma bandaeclética no que diz respeitoa gêneros musicais

Gastronomia9São Paulo Restaurant Weekchega à cidade e você deveaproveitar

Viver Melhor8Sua cidade pode ser umlugar melhor. Artigo dePaulo Visani Rossi

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A paella desta foto foi feita porHumberto Monteiro em uma de suasaulas, no mês de janeiro.

Com

port

amen

toUma mulher que agoraestá de bem com a vidaQuem acaba de conhecer a

Rita, custa a acreditar que

um dia ela se preocupou

com regimes. Com mais de

cem quilos, é responsável

pela implantação de

sistemas de um dos

maiores bancos no

Brasil, encontra

tempo para nadar, se

divertir com a família,

com os amigos e fazer

tudo aquilo que adora.

Revista Large Lover 5Fotos: Roberto Paes

No entanto, o excesso de peso nem sempre foi u-ma questão bem resolvida na vida desta paulistanade 41 anos. Durante a entrevista, o rosto sorridentechegou a se fechar, principalmente quando ela lem-bra de sua infância e adolescência. Rita nos conta

que sempre teve tendência para engordar e que sua família aobrigava a fazer um novo regime toda semana.

“Até hoje não me esqueço de um maldito regime. Não melembro o nome, mas sua essência era comer algo diferentetodos os dias. Era um saco, eu ficava com fome, mal humoradae tudo isso para entrar numa calça tamanho p”, desabafa Ri-ta. “Mas o que me deixava profundamente irritada duranteesta época é que as pessoas não me perguntavam se eu que-ria ser uma top model.

Elas imaginavam o que eu gostaria de ser, ou quem sabeo que elas gostariam de ter sido e transportavam isso paramim”, explica Rita, que não tem raiva da família por agiremassim. Para ela, os pais pensam que estão sempre fazendo omelhor pelos filhos. E assim, os anos vão passando até o diaem que os filhos se tornam donos do próprio nariz e dizem atodos o que querem ser.

“Minha família não foge à regra e imagino que muitas fa-mílias pensem da mesma maneira com relação a seus filhos,afinal quem quer ver o filho ser apelidado de ‘bola’, ‘rolha depoço’ ou, no meu caso, ‘baixa combustão’, diz Rita enquantosolta uma tremenda gargalhada.

“Provavelmente, quando tiver o meu filho, vou ser um poucoparanóica com o peso dele, não da forma exagerada que minhafamília foi comigo, mas não vou deixar de ser, com certeza. Ea briga vai ser feia porque meu marido é um apreciador degordas e eu não me espantaria se ele mandasse instalar umageladeira do quarto do menino”, sentencia Rita enquanto ima-gina a cena e sorri.

Estar bem está relacionadocom aceitação pessoal

Toda a desenvoltura com que Rita lida com seu peso nãosurgiu da noite para o dia. Depois de passar por “todo tipo deregime” como ela diz, aceitar-se, ou melhor, amar-se, acabousendo uma luta quase que diária, muitas vezes, alternandosituações felizes e outras bastante irritantes. Ela conta queaté hoje, um de seus principais problemas e fonte de grandeirritação é encontrar roupas que lhe caiam bem. Mas, ao mes-mo tempo, afirma que não existe nada melhor do que chegarem casa e ser chamada de “gostosa” pelo marido.

“Eu conheci meu marido há 14 anos, na casa de uns

“... Hoje, se tenho vontade de comertorta de chocolate eu como. Não atorta inteira, apenas um pedaço queme satisfaça. Se tenho vontade defumar um charuto, fumo. Sei quepode parecer egoísmo, mas se eu nãome amar, como poderei amar outrapessoa, ou as pessoas que estão àminha volta? ...”

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“... ele me convidou para ir até umacasa de jazz e lá acabamos trocandonosso primeiro beijo. Nos mesesseguintes, passamos a nos encontrartodos os finais de semana...”

amigos. Eles sabiam que ele gostava de gordas e planejaramo encontro. Lembro até hoje que estava frio, ele estava muitobem vestido e passamos um começo de noite bastante so-cial, conversando entre amigos e trocando alguns olhares”,diz Rita. “No final da noite, quando estávamos na calçada,ele me convidou para ir até uma casa de jazz e lá acabamostrocando nosso primeiro beijo. Nos meses seguintes,passamos a nos encontrar todos os finais de semana epassados alguns meses nos casamos e vivemos felizes atéhoje”, conclui Rita.

Ela assegura que nunca teve problemas de aceitação.Depois dos 18 anos, sempre saia com as amigas para dançare azarar os meninos. E modestamente, nunca voltava desa-companhada para casa. A vida dela era namoricos, ou o quehoje se chama de “ficar”. Sempre teve a sensação de ser se-xy à sua maneira e que era desejada. Mas, adulta, chegou àconclusão de que nada disso se compara ao amor maduro de

um casamento. Foram nos primeiros anos de matrimônio queela percebeu o que é ser realmente desejada por alguém quenão mede esforços para fazer a outra pessoa feliz.

Vivendo como quer,mas sem abusos

E ser amada, pelo visto, foi um regime que fez muito bemà nossa entrevistada. Ao longo destes 14 anos de convivênciacom seu marido, Rita deixou o cargo de chefe de caixas numaagência do banco onde trabalha até hoje e alçou vôos maiores.Passou por diversas áreas, executou diversas funções ecresceu em sua carreira profissional. Quando perguntamosse seu peso causou algum empecilho no emprego, ela res-ponde sorrindo “meus chefes e minha equipe avaliam minhacompetência e não o meu peso”.

Apesar de não sofrer mais nenhuma restrição familiar ao

“Quando as pessoas mevêem na piscina do prédio,

dançando de lá para cá,fazendo exercícios esquisitos,

elas devem me achar louca ...”

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“Provavelmente, quando tivero meu filho, vou ser um pouco

paranóica com o peso dele, não daforma exagerada que minha

família foi comigo...”

“Minha família não foge à regra eimagino que muitas famílias pensemda mesma maneira com relação aseus filhos, afinal quem quer ver ofilho ser apelidado de ‘bola’, ‘rolha depoço’...”

aumento de peso e ainda contar com o apoio do marido, Ritanão descuida da saúde. Ela regularmente pratica esportesadequados ao seu peso, passa por check-ups semestrais egosta de se achar “uma gorda equilibrada”. A prática dehidroginástica é sua fonte de equilíbrio, tanto físico quantomental e quando ela se vê impedida de ir à academia, apelapara a piscina do prédio ou da chácara de seus pais. “Quandoas pessoas me vêem na piscina do prédio, dançando de lápara cá, fazendo exercícios esquisitos, elas devem me acharlouca”, brinca Rita. “Mas eu preciso me exercitar, manter opeso e não ganhar mais”, explica Rita.

“Quem sou eu pra passar receita de viver bem”, diz logode cara Rita quando perguntamos o que ela aconselhava aosnossos leitores. Mas em seguida, com uma feição de quemgostaria de ter ouvido o que ela mesmo ia dizer há muitosanos, respondeu “o que eu aprendi em minha vida é que àsvezes passei muito tempo pensando no que as pessoas iam

achar e esqueci da única pessoa que importa: eu. Hoje, setenho vontade de comer torta de chocolate eu como. Não atorta inteira, apenas um pedaço que me satisfaça. Se tenhovontade de fumar um charuto, fumo. Sei que pode pareceregoísmo, mas se eu não me amar, como poderei amar outrapessoa, ou as pessoas que estão à minha volta?”, preconizaRita.

Gorda, bem casada, em paz com a balança e feliz comsua vida pessoal e profissional, Rita é um exemplo de mulherque passou por cima das piadinhas na escola, das balconistasque sempre dizem que não tem seu número de roupa e queconheceu alguém que a ama com ela é. Em seu dia-a-dia nãohá lugar para vergonha, medo e insegurança. Sobram motivose vontade para curtir a vida da maneira que melhor lhe convier.Algo que ela espera que um dia todos os gordos e gordaspossam fazer. O caminho ele já encontrou: amar a si prórpriae ter ao seu lado alguém que a apoie.

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Sempre quis escrever sobre a cidade de São Paulo, seupovo e suas inúmeras e impressionantes nuances. Assimestreio esta coluna falando de pequenas ações que, ao seremimplantadas, mudam o nosso cotidiano e a paisagem de umacidade que abriga, segundo dados da prefeitura, aproximada-mente 11 milhões de habitantes.

Adriana Irigoyen é um bom exemplo de como uma açãosimples pode repercutir positivamente pela cidade. Ao perceberque muitos dos moradores de seu prédio jogavam orquídeasno lixo, quando estas perdiam a floração, ela decidiutransformar este ato de desperdício em uma ação social eembelezar a cidade. Movida por um espírito de mudança, elacomeçou a recolher as orquídeas do lixo e amarrá-las nostroncos das árvores que ficam no meio fio da Avenida NoveJulho, em frente ao prédio onde mora.

Sua ação solitária incentivou outros moradores e algunsvizinhos. Hoje, com o apoio da empresa de decoração RubensFlores que lhe doa semanalmente 50 mudas de orquídeas,seu grupo ficou conhecido no bairro, como os Caçadores deOrquídeas. Segundo Adriana, sua intenção é que outros pau-listanos façam o mesmo e dêem um novo colorido à cidade.

Inspirada nessa ação simples, o Clube Atlético Paulistanolançou uma campanha de doação de orquídeas e já amarroumais de 400 orquídeas nas inúmeras árvores espalhadas peloClube.

Charlô Whately é outro personagem paulistano quetambém é adepto dessa prática há anos. Quem frequentaseu bistrô, na rua Barão de Capanema, tem o prazer de ob-servar duas imensas árvores com mais de 100 orquídeasque florescem o ano todo, deixando a fachada de seu res-taurante e a rua ainda mais coloridos. Há quem diga, que oespetáculo das orquídeas é ainda maior em frente ao prédioonde Charlô mora.

Mas estes não os únicos exemplos na cidade. Basta andara pé pelas ruas dos Jardins ou pelo Jardim Europa, que já

Por Paulo Visani Rossi

Sua cidade pode serum local agradável

notamos a presença de orquídeas enfeitando as árvores dascalçadas e mudando a paisagem urbana.

Diante de uma atitude tão simples, mas transformadora,nosso conselho é um só: faça a diferença. Você pode.

Avenida 9 deJulho, o lugar

onde tudocomeçou.

Árvore repleta de orquídeas na frentedo Bistrô Charlô, na Barão deCapanema (ao lado). As orquídeasflorescem o ano inteiro nos Jardins (fotoacima).

Paulo Visani Rossi é advogado formado pela PUCSP ecom pos graduação na FGV em Terceiro Setor e colunista dosite www.cesargiobbi.com.br (sua coluna sai sempre asquartas-feiras).

Ajude o Paulo a encontrar novas iniciativas...

Se, como o Paulo, você é uma pessoa preocupada com aqualidade de vida dos moradores de São Paulo, ouconhece iniciativas em outras cidades que melhoraram aqualidade de vida dos seus cidadãos, entre em contatopelo e-mail [email protected] e nós teremosprazer em passar sua mensagem para ele.

Fotos: Paulo Visani Rossi

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astronomia

São Paulo Restaurant Week:aproveite os últimos dias

Entre elas, nomes famosos como Bistrô Charlô;Na Cozinha, nova casa de Carlos Ribeiro; Tordesilhas,de Mara Salles; Arábia, Consulado Mineiro, Marcel,de Raphael Despirite; Boa Bistrô, da chef TatianaSzeles; Octávio Café, Sal Gastronomia, Shintori entreoutros.

A expectativa da organização do evento é de quemais de 200.000 pessoas aproveitem os baixospreços durante os 15 dias do evento, nos mais de100 restaurantes já confirmados. No último SPRW,que contou apenas com a metade do número derestaurantes já cadastrados para essa edição, opúblico estimado girou em torno de 150.000 pes-soas.

O sucesso do último evento, ocorrido em agostode 2008, estimulou vários novos restaurantes a seunirem a esse movimento, agitando o turismo gastronômicoda cidade. Um comitê formado por importantes nomes deSão Paulo avalia os restaurantes inscritos para ter certeza deque só casas de qualidade façam parte desse evento.

Estas casas aceitaram o desafio de preparar cardápiosdiferenciados com entrada, prato e sobremesa a um preçofixo, igual em todas participantes do evento, almoço por R$25,00 + R$ 1,00 e jantar por R$39,00 + R$ 1,00. O um realacrescentado na conta será revertido em doação para a Fun-dação Ação Criança.

Hugo Delgado, chef do Obá, comentou que, na ultima edi-ção, já nos primeiros dias do evento a casa “parecia uma fes-ta”, com um aumento expressivo nas vendas. “Que delíciatrabalhar com a casa cheia e que lindo quando nossos fregue-ses de carteirinha nos parabenizam ao ver a casa lotada. Émuito positivo contribuir para uma boa causa como a FundaçãoAção Criança, e ver nossos funcionários vestir a camisa comovoluntários para conseguir o máximo de participação dosclientes”, comentou Hugo Delgado.

Para Alessandro Segato, da La Risoteria, trata-se de “umevento inteligente e diferenciado, com forte apelo social, quese tornou um acontecimento anual obrigatório no universogastronômico de São Paulo”. Mukesh Rebolo, do restauranteGovinda, também expressou sua alegria: “foi uma excelentesurpresa do início ao fim. Os clientes tradicionais aprovaram,recebemos inúmeros novos clientes que saíram satisfeitos, aequipe trabalho motivada e a receita foi muito boa. O socialfoi o ponto forte”, lembrou Mukesh.

Emerson Silveira, o empresário responsável por trazer o

O evento firmou-se como

um importante marco no

cenário gastronômico de

São Paulo. Na edição de

verão, entre os dias 2 e

15 de março, participam

mais de cem casas.

evento RestaurantWeek para o Bra-sil, dono do BarCâmara, da VilaMadalena, estavamuito contentecom o resultado do evento no ano passado. “Foram cincoanos tentando emplacar a ideia em São Paulo e todos diziamque não ia dar certo”, afirma Silveira que prepara a organizaçãode eventos do mesmo porte nas cidades do Rio de Janeiro,Recife (entre 20 e 31 de julho) e Brasília (entre 6 e 19 dejulho, data sujeita a confirmação).

E o lado social fica evidenciado ao verificar o aumentodas doações à Fundação Ação Criança. Em agosto de 2007,quando surgiu o projeto do Restaurant Week, a Fundação re-cebeu uma modesta contribuição de R$ 6.000,00. No segundoano, em duas edições do evento, a arrecadação subiu paraR$ 62.100.00, com a participação ativa de 58 renomadosrestaurantes.

Para saber quais os restaurantes estão participando doSão Paulo Restaurant Week, seus cardápios e horários defuncionamento, e se participam só durante o almoço, duranteo jantar ou nos dois períodos, entre no site www.restauran-tweek.com.br, e pegue todas as informações.

Fotos: Divulgação

Acima o“Polpettone” com

mozzarella doDolce Villa e, ao

lado, o Pastel de 3leches do Oba.

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as

Revista Large Lover 11O termo plus size está ficandocada vez mais conhecido eusado no mundo da moda. Umsinal de que os consumidoresacima do peso estãochamando a atenção deestilistas e das confecçõesem todo o mundo.

Fotos: Divulgação/Arquivo Simone Fiúza

Para alguns ser gordo ou

gorda é um grande problema,

mas para Simone Fiúza seus

“quilos a mais” lhe valeram o

título de modelo e uma

carreira de sucesso

nas passarelas

ma linda menininha, de oito anos de idade, comas perninhas gordinhas, buchechas cheinhas,até meio vermelhinhas, bracinhos “fofinhos” eolhar carinhoso, fez a classe inteira rir ao re-sponder uma pergunta da professora: “Simone,o que você quer ser quando crescer?”. A menina

não titubeou e com a sinceridade que só as crianças têm,respondeu: modelo. A classe quase veio abaixo. A professorariu, os amiguinhos riram, todos riram. Simone não. Ficoutriste e nunca mais esqueceu desse dia.

Depois de quinze anos, encontramos aquela menininha“rechonchudinha”. Bem, agora não mais menininha, massim, um bela mulher, jovem, risonha, ativa e, se me permitemos leitores, “com excesso de gostosura”.

U

Plus size: umnovo verbeteno dicionárioda moda

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“Eu sou gordinha, me alimento bem,faço dieta, faço ginástica e mantenhomeu peso com muita saúde. Não querdizer que eu seja doente ou desleixadapelo contrário, cansei de lutar contra abalança, agora sou amicíssima dela!...”

a primeira coisa que eles fazem é olhar para o meu corpo,com aquela cara de ‘mas você é gordinha’, soltam um sorriso,mas aí eu explico na sequência, que sou modelo plus size,‘gordinha’. Quando estou com meus trabalhos e mostro, elasficam pasmas, pois a grande maioria das pessoas nuncaimaginou que existisse esse segmento. As pessoas ficamchocadas, vejo o espanto ao notarem que de fato, uma gordinhapode ser fotografada de uma forma bonita e sexy e que asgordinhas podem e devem se sentir dessa forma também.”

A “ignorânça” é que “estravanca” o progresso

Há muitos anos, um quadro em um programa humorístico,o personagem falava que “a ignorânça” é que “estravanca” oprogresso. A maioria das pessoas desconhecem esta profissãoque está engatinhando no Brasil, mas que faz muito sucessono exterior, inclusive com modelos brasileiras, que só voltamao nosso país para rever a família, curtir férias, ou fazer umtrabalho muito bem remunerado.

Talvez, por discriminarem pessoas acima do peso, sejadifícil compreender que existe um mundo igual para todos edo mesmo modo que as magrinhas precisam ver como suaspossíveis roupas ficam no corpo, as pessoas que têm um pe-so acima dos padrões também têm o mesmo direito. E paraisso, só com o trabalho das plus size.

Simone, de bem com a vida e com o seu peso, garanteque ser gorda não atrapalha em nada. “Nunca tive problemas

Simone cresceu e se tornou uma das pioneiras da novatendência mundial: as modelos plus size. Numa versão literal,tamanho a mais. Na prática, modelos que usam roupas comnúmeros a partir do 44.

“Fiz faculdade de jornalismo, tive bons empregos, masum dia, pela internet, descobri que existem modelos gordinhas,que no exterior recebem o nome de plus size”, conta SimoneFiúza. “Fiz meu book (álbum com várias fotos), me inscreviem uma agência de modelos e começaram a surgir ostrabalhos. A partir desse momento, descobri a felicidade.Encontrei o que eu gostava de fazer. E, graças a Deus, hojevivo da minha carreira”.

Quem diria. Como ficariam os coleguinhas de classe deSimone se a vissem hoje desfilando, sendo fotografada pararevistas e catálogos de confecções femininas. E ela não párapor ai.

Em três anos de atividade, já fez vários desfiles comdiferentes tipos de vestuário. Fez comerciais, fotos,campanhas, desfiles em programas de TV, inclusive desfilede lingerie. Para ela, a passarela é algo fascinante, difícil deexplicar. “É, um momento mágico, onde posso explorar minhabeleza”, diz Simone. “É um momento mágico, mas quandopercebo, já acabou. É tudo muito rápido”.

E a nova profissão trouxe muita alegria para Simone Fiúza,não apenas pela satisfação de fazer o que gosta, e servalorizada por isso, mas também pela reação que causa naspessoas ao falar o que faz. “Quando eu digo que sou modelo,

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“Quando eu digo que sou modelo, aprimeira coisa que eles fazem é olhar

para o meu corpo, com aquela cara de‘mas você é gordinha’, soltam um

sorriso, mas aí eu explico na sequência,que sou modelo plus size, ‘gordinha’.”

com relacionamentos, nem amizades. Sou uma pessoa nor-mal independente do meu peso e amada como todas asoutras”, garante. “Inclusive, eu acho que os homens gostammais é das gordinhas”, diz com um lindo sorriso nos lábios.“Para falar a verdade, acho que há gostos variados, tanto osque gostam de gordinhas quanto os das magrinhas. Mas con-fesso que nunca sofri com isso não. Já tive namoradosmalhados, gordinhos, magros, lindos, modelos. Afinal, o queseria do azul se todos gostassem do rosa?”

O longo caminho da descoberta

Mas, apesar de nunca ter se importado em sempre estaracima do “peso normal”, Simone passou por aquelas fasesde regime. “Na adolescência, sempre encanamos. A sua amigaé mais magra, os meninos olham mais pra ela, ela entra emqualquer roupa. Já encanei muito com isso, mas a partir domomento em que me aceitei e cheguei a conclusão de queeste é o meu biótipo, nunca mais estar acima do peso foiproblema”, diz sorrindo.

Mas até chegar a esta conclusão, passou por regimes etratamentos para emagrecer. Todo mês era uma dieta nova,um remédio novo, um tratamento que emagrecia 10, 15 quilose um mês depois, engordava o dobro. “Honestamente, nãoacho que magreza esteja relacionada à beleza ou à felicidade”,afirma nossa modelo plus size. “Afinal, quem consegue viver àbase de alface?”

Simone Fiúza não concorda com a relação: belo = magro,feio = gordo. “Eu sou gordinha, me alimento bem, faço dieta,faço ginástica e mantenho meu peso com muita saúde. Nãoquer dizer que eu seja doente ou desleixada pelo contrário,cansei de lutar contra a balança, agora sou amicíssima dela!O importante é gostar primeiro de você mesma. Isso é o quete leva a retribuir o sucesso aos outros. Nos EUA, por exemplo,grandes agências têm uma divisão especialmente dedicadaas modelos plus size. Nesta categoria se enquadram mulherescom as medidas acima do 44, pode? Nos anos 70, o modeloplus size era a partir dos manequins 36 e 38.”

Simone se sente uma “libertadora”. “A parte maisgratificante do meu trabalho é saber que estou ajudado milhõesde meninas, mulheres a se aceitarem como são. Acho queconsigo transmitir que a felicidade não está apenas notamanho de roupa, mas sim na forma como você se vê. Então,em vez de ficar em guerra contra minha própria natureza, eume aceitei e sou feliz”.

É claro que isso não significa se descuidar da saúde.“Com 1,70 metro de altura, 110 cm de busto, 110 cm dequadril e 89 quilos, sou uma gordinha muito bonita e quemantém uma rotina saudável”, explica Simone. “Façocaminhadas, me alimento bem como frutas, verduras, tomobastante água e sempre faço exames de rotinas. Não podemosvacilar. Então, você que também não está dentro dos ‘padrõesde peso normais’ se cuide, fique de olho, se ame. Se estáacima do peso e se sente bem assim, seja feliz!”

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daode ser que nunca saibamos quem inventou ocharuto, mas quem é aficionado pelo sabor, aro-mas e pela sensação de contentamento e prazerque umas bafarodas são capazes de produzir, háde agradecer este “patrono anônimo do tabaco”

por sua descoberta. E se você leitor, acha que são poucos osque têm que agradecer, fique sabendo que o número deadeptos cresce a cada ano, tanto em outros países, quantono Brasil. Segundo Arthur Avedissian, que durante muitos anosgerenciou no Brasil a conceituada marca de charutos Davidoffe, há dois anos, tornou-se proprietário da Premium Cigars, onúmero de degustadores tem crescido ano após ano.

Sem fazer espalhafato

Os produtores e os revendedores de charutos, ao contráriodo que ocorre com os que produzem e revendem bebidasalcoólicas, são proibidos por lei de propagandear as virtudesde seus produtos. Mas, ao que parece, o boca a boca positivoem torno do charuto tem dado bons resultados. Para ArthurAvedissian, os bons resultados obtidos com a comercializaçãode charutos reside em diversos fatores, mas, o principal, éque as pessoas estão começando a entender a diferençaentre os cigarros e os charutos.

Segundo Arthur, os produtos que ele comercializa na Pre-mium Cigars são feitos apenas de tabaco, ou seja, folhas daplanta conhecida cientificamente como Nicotiana tabacum eque são submetidas a um processo de secagem e fermentaçãosem a adição de nenhum produto químico. Já o cigarro, comoo próprio Ministério da Saúde adverte, contém mais de 4 milsubstâncias tóxicas, além da nicotina e do alcatrão. “Não voudizer às pessoas que o charuto não causa mal à saúde”,explica Arthur. “A questão é que uma pessoa não é capaz defumar charutos numa quantidade equivalente à que ela fumaem cigarros e, se pensarmos que o charuto não se traga, osmalefícios que ele poderia trazer ao pulmão devem ser bemmenores”, finaliza.

Outro fator ligado à crescente aceitação do charuto, atémesmo por aqueles que não suportam o cigarro, está ligadoao charme que sua degustação tem. O charuto pode chegar acustar R$ 350,00 a unidade. Os acessórios tem requintes deostentação. As caixas onde são comercializados sãoverdadeiras obras de arte. Finamente decoradas com aslogomarcas e arabescos que lembram o início do séculopassado. Existem os umidores, caixas preparadas paraarmazenar charutos em casa. Elas são feitas ou revestidasde cedro, madeira que não interfere nos aromas do charuto.Algumas são laqueadas, outras possuem um lindo trabalho

O charme nadadiscreto, maselegante, doscharutos

P

“A questão é que uma pessoa não écapaz de fumar charutos numa

quantidade equivalente à que elafuma em cigarros e, se pensarmos

que o charuto não se traga, osmalefícios são muito menores.”

Revista Large Lover 15Fotos: Divulgação/Emporium Cigars

Ninguém sabe ao certo

quando, ou quem, criou e fumou

o primeiro charuto,

mas, certamente, ele caiu

nas graças da alta burguesia

européia do século XVI e até

hoje encanta pessoas

do novo e do velho mundo

de marchetaria, chegando a custar em torno dos R$ 2.300,00.As charuteiras, para você levar seus charutos no bolso sãofeitas de couro e acomodam de uma a três unidades. Existemas guilhotinas, usadas para cortar a ponta que é levada àboca e os isqueiros, geralmente com chama de maçarico,que, em alguns casos podem chegar a custar R$ 7.500,00.

Mas existem charutos, importados e nacionais, que custamem torno de R$ 17,00 a unidade e você não precisa adquirircaixas fechadas do produto. As guilhotinas podem teracabamento não tão requintado e, algumas vezes, sãooferecidas como brinde aos charuteiros e, finalmente, osisqueiros também possuem versões mais modestas, mas nãomenos eficientes, entre R$ 15,00 e R$ 30,00.

Para quem deseja começar

Charutos e carros têm muita semelhança quandocomparamos a quantidade de marcas e modelos existentesem ambos os produtos. Existem os famosos charutos cubanos,os preferidos do nosso presidente, mas também podemosencontrar os feitos na República Dominicana, no Equador,México, Estados Unidos, Camarões, Indonésia, Filipinas e noBrasil. A qualidade de cada um deles está relacionada com acombinação perfeita entre o solo, o clima e a variedade defumo plantada. Cuba, sem discussão entre quem entende decharutos, tem a melhor combinação do planeta e lá sãoproduzidos os mundialmente conhecidos Cohiba. No entanto,em outros países, como República Dominicana, local paraonde foi a maioria dos proprietários das fábricas de charutosda Cuba pré-Castro, e no Brasil, também são produzidosexcelentes charutos.

Para quem pretende se iniciar no “mundo das baforadas”,um conselho sábio é começar sem preconceitos,experimentando charutos de todas as procedências atéencontrar aquele mais adequado ao seu paladar. Quem podeajudá-lo nesta tarefa é o proprietário ou um funcionárioexperiente daquela tabacaria onde você pretende comprar.

Muito cuidado desdeo plantio até a torcedura

Quem pensa que é fácil fazer um charuto de qualidadeestá enganado. Para que uma folha de fumo entre na fábricasão necessários 18 meses, três períodos distintos de seissemanas, que as pessoas do ramo chamam de “seismágicos”. Nos primeiros seis, a planta do tabaco germinapara depois ser transplantada para o terreno onde serácultivada. Nos seguintes, já na terra, a planta se desenvolve e

Para quem pretende se iniciar no“mundo das baforadas”, um conselhosábio é começar sem preconceitos,experimentando charutos de todas asprocedências até encontrar aquelemais adequado ao seu paladar.”

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amadurece. Nos últimos seis, ela é colhida e levada para afábrica. Lá as folhas são empilhadas e começa o processode fermentação, que ocorre naturalmente onde as folhas, ume-decidas, podem alcançar tem-peraturas de até 60 grauscentígrados. Estas pilhas sãoabertas várias vezes e o fumoque está no centro, é passadopara as bordas e o que estavanas bordas, é levado para ocentro.

Depois de terminada afermentação, o fumo é coloca-do em fardos para envelhecerdurante um período que podevariar entre 18 meses a doisanos, sendo que alguns fabri-cantes podem ir mais longe eguardar seus fardos por atémais de uma década, fase queé conhecida como amadureci-mento. Depois, o fumo é leva-do para as mãos dos torce-dores para que estes façam oscharutos. Mas antes, as folhassão trabalhadas e umedecidaspara adquirirem certa elastici-dade. Um mestre charuteirodetermina qual o blend (mistu-ra) de folhas que será usadonaquele dia e determina quebitola de charutos será pro-duzida.

Os torcedores, que namaioria das vezes são mulhe-

res, mas que não enrolam os charutos nas coxas como comu-mente se pensa, pegam estas folhas, em média quatro, e asenrolam. Em seguida, as colocam sobre uma folha que é

conhecida como capote e ter-minam a formatação do cha-ruto que é colocado em ummolde de madeira e prensadopara adquirir a forma cilíndrica.Depois de uma hora, as for-mas são devolvidas ao torce-dores e estes apanham oscharutos moldados e aplicamsobre eles uma última folha,conhecida como capa. Depoisde terminado, o charuto é le-vado para uma bitola onde émedido e aparado. Em segui-da, vai para a câmara de enve-lhecimento, onde passa emmédia 21 dias. Depois dissosão acomodados em suas cai-xas e seguem para as taba-carias de todo o mundo paraserem vendidos.

Para quem quiser conhecermelhor o universo dos charu-tos a Premium Cigars fica naAv. Paulista, 807, loja 61 e ficaaberta de segunda a sexta-feira, das 9 às 20 horas e aossábados das 10 às 18 horas.O telefone para contato einformações é o (11) 3266-5002 e o endereço do site é owww.premiumcigars.com.br.

Foto: Divulgação/Premium Cigars

Construindo um charuto passo a passo

Arthur Avedissian, além de comercializar charutos nacionaise importados é um grande aficcionado pelo produto.

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As fotos utilizadas nesta matéria foram gentilmente cedidas pela Emporium Cigars, uma empresa carioca que importa parao Brasil com exclusividade os charutos cubanos. Para conhecer mais visite o site www.emporiumcigars.com.br. Para aquelesleitores que quiserem dar suas baforadas, a Premium Cigars oferecerá descontos especiais na compra de charutos e acessórios.

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Fotos: Roberto Paes

Ponto de encontroUm oásis francês nobairro de Santa Cecília

No centro velho de São Paulo, um casal

montou um charmoso empório onde

se pode comprar vinhos, saborear pratos

deliciosos e participar de cursos e eventos

m um sábado à tarde, sob 33º de temperatura,andando pelas ruas do bairro de Santa Cecília, derepente um ar fresco me faz olhar para o lado e veralgo muito diferente, mas, ao mesmo tempo bemconhecido.

Uma ampla loja, montada onde havia uma antiga oficinaabandonada, oferece à primeira vista, um visual limpo, comexcelente iluminação e um pé direito muito alto. O teto deuma antiga oficina recebeu um revestimento especial que imitaespuma.

Ao fundo, uma estante muito alta na qual se acomodamcentenas de vinhos das mais variadas procedências. Masvinho de qualidade não foi feito para beber. Deve ser degustado.E para isso, nada melhor que um wine bar, ou, como preferemos franceses, um bar a vin.

E se você não se julga com o conhecimento necessário

para desfrutar de tudo o que um bom vinho pode lheproporcionar, não fique constrangido. Atrás da estande comos vinhos, há uma sala com capacidade para 20 pessoasonde são ministradas aulas e degustações.

E para garantir a qualidade e características dos vinhos,adegas de vinhos, onde as garrafas são mantidascuidadosamente a 14 graus. Depois de tudo isso, é impossívelsair desse lugar sem levar pelo menos uma garrafa para casa.

Neste ponto, a única dúvida é escolher o vinho que melhorse encaixe no seu paladar. Para isso, quatro vendedores fo-ram treinados para explicar minuciosamente cada tipo de vinhoe suas características. Na verdade, não são simplesvendedores. São sommeliers, pessoas especializadas em vinhoque sabem diferenciar um do outro apenas pelo cheiro.

No fundo da loja, onde havia um buraco para depositarentulho, surgiu um sofisticado restaurante. Pequeno, com

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Cercado de prédios e construções antigaso Le Tire Bouchon se destaca por seuvisual moderno e sofisticado. Um colíriopara os olhos.

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poucas mesas, mas muito charmoso. Uma parede com tijolosaparentes acaba em uma outra adega, também climatizada,que armazena alguma preciosidades da casa.

Sempre voando

Mas como um local charmoso sem ser sofisticado,espaçoso sem ser suntuoso, grande sem ser exagerado foisurgir em um lugar que definitivamente não combina com ele.“Estava procurando um local para montar minha importadorade vinhos e queria que fosse perto de casa”, explica JeanRaquin, proprietário do Le Tire Bouchon. “Quando passei e vio prédio onde funcionou uma oficina mecânica, me apaixoneie fechei o negócio”.

Aquela velha e abandonada oficina cativou Jean por doisdetalhes. Mais do que estar a apenas 200 metros de suacasa, possuía um teto alto, em forma de hangar, local ondeJean passou a maior parte de sua vida.

Aposentado depois de muitos anos na presidência de umasubsidiária francesa do ramo de aviação aqui no Brasil, Jeannunca esqueceu de sua paixão por aviões. Assim como nãoesqueceu de sua infância nos vinhedos da França onde nasceu.

“Sempre fui muito ligado a vinho”, conta Raquin. “Atéporque na França não dá para você não se envolver com vinho.Tanto assim que brincamos entre nós dizendo que francêsnão nasce na maternidade, nasce em tonéis. Sempre quisfazer algo com vinho”.

Decidiu trazer vinhos bons, e,principalmente, passarconhecimento para o brasileiro, quenão tem costume de beber vinho.“Esse segmento é muito bom,porque você encontra gente linda,que conhece a natureza,trabalhadora, que assume risco,tem uma cultura enorme, sãohumildes, inclusive aqui no Brasil,são gracinhas de pessoas”, afirmaJean.

Com um galpão enorme, comteto em forma de arco e alembrança de um hangar, foiimpossível controlar um vôo aindamais alto. “O Le Tire Bouchon nãoé apenas um empório de vinhos. Éum lugar também para se ter aulassobre vinhos, se tomar vinho no fi-nal da tarde no wine bar, e a noite,em um restaurante charmoso emuito bonito, provar as delíciaspreparadas com técnica e carinhopor um experiente chef”, explicaJean. “Nunca pensei em ter umrestaurante, mas a idéia é trazer as

pessoas para dentro da loja, assim como o wine bar, os cursosde degustação e harmonização, e, de repente, se a pessoaquiser levar um dos vinhos que saboreou conosco, ele terá aassessoria especializada para fazer a melhor compra”.

O famoso já que

A princípio, a idéia de Jean era ter apenas uma importadora.Mas depois, pensando bem na situação, achou melhor ter umlocal para expor e vender os vinhos. Com isso a importadoraganhou uma loja. Mas, inquieto e com um tino comercial dequem presidia uma empresa aérea, Jean pensou: já que tenhoa loja, por que não criar um local onde as pessoas pudessemdegustar alguns vinhos?”. E desse pensamento surgiu o winebar. Para difundir seus conhecimentos e tornar seus clientesconhecedores do que é um bom vinho, pensou-se em aulas.Já que importo, vendo e faço degustação, por que não daraulas. Assim criou a sala de degustação e harmonização.Entre um gole e outro de um bom vinho francês, outropensamento: já que as pessoas podem passar um bom tempoaqui, por que não oferecer refeição? É claro que ele não vende“quentinha”. Montou um belo restaurante que também servepara a preparação de pratos que são harmonizados com osvinhos.

E todas as previsões de Jean deram certo. O restauranteque foi criado a princípio para auxiliar nas harmonizações,

Anexo ao salão da loja há jumespaço muito aconhcegante parajantar ou apenas passar o tempodegustando uma boa bebida.

No piso inferior é possível participarde jantares harmonizados e de

degustações num ambiente quelembra as caves francesas.

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começou abrindo duas vezes porsemana, só para o jantar e hoje jáfunciona de terça a sábado parajanta, mas já existe uma fortepressão para que ele abra paraalmoço, pelo menos às sextas esábados. Mas já atende gruposespeciais, inclusive para almoço, ésó reservar. A cozinha não é apenasfrancesa. O cardápio é variado ede acordo com o vinho que o clientepretende tomar, há sempre umprato que combina perfeitamente.E o sucesso foi apenas com a pro-paganda boca-a-boca. O amigo que conta pro amigo e assimvai.

Prós e contras

O Brasil é um dos poucos países do mundo, onde seencontram vinhos de todos os países. Isso é muito bom, porém,exige de quem tem a tarefa de selecionar um bom vinho,muito conhecimento. Experiente, o proprietário do Le TireBouchon, trouxe vinhos de regiões específicas, como daCórsega e fez um trabalho de educação. O resultado é que hádois ou três anos ninguém queria beber vinho rose. Hoje, eleconseguiu mostrar que existem ótimos vinhos desse tipo,sendo que muitos deles já caíram no gosto de seus clientes.

“Vamos tentar explorar também o lado de formação,aumentando as atividades de palestras, cursos, dedegustações, harmonizações que é onde você coloca emprática a parte teórica e o cliente conhece uma maior variedadede vinhos”, explica Jean.

No Le Tire Bouchon, o cliente encontra vinhos de outrosimportadores, que foram escolhidos e são provenientes de14 países. Para ter uma proposta completa, é preciso ter osvinhos que correspondam ao perfil que você deseja com otipo de vinho e o preço. O paladar brasileiro, segundo JeanRaquin, é formado pelo chileno e argentino. Por isso oferecevinhos argentinos e chilenos.

Para atender um fatia específica, ele tem os vinhos kascher,

apreciados pela comunidade judáica, que não come nem be-be nada que não seja produzido segundo suas tradições. Ovinho não tem nada de diferente no processo de produção, aúnica diferença é que um rabino acompanha o processo paragarantir que não haja a ruptura de continuidade, o que tira aqualidade kascher do vinho.

Também é possível encontrar no Le Tire Bouchon, vinhosorgânicos. O vinho em si não tem diferença nenhuma, o quediferencia é a maneira de trabalhar do produtor que não usaprodutos químicos, só adubos naturais e filtra o mínimopossível. O ideal seria decantar tudo, porém, isso requer gran-des quantidades, longos períodos o que inviabiliza econo-micamente esse tipo de processo.

Para quem não sabe ler em francês, le tire buchon, emportuguês, nada mais é do que o nosso conhecido saca-rolhas.Se você quiser conhecer esse francês, genial como Zidane,mas muito mais educado e gentil, e ver o que o sonho e umbelo projeto podem fazer, passe no Le Tire Bouchon, na ruaBarão de Tatuí, 285, Santa Cecília. Informações pelo telefone(11) 3822-0515, ou no site: www.letirebouchon.com.br.

O Le Tire Bouchon tem um espaçoreservado para a realização de

cursos, uma sala bem montada ecom todos os recursos necessários.

Na foto ao lado uma gôndolacom produtos alimentícios, umcomplemento necessário a quemcomercializa bebidas. Na fotoacima Jean Raquin e NinaBastos, os responsáveis pelatransformação do galpão de umaoficina mecânica num oásis desabor, conforto e sofisticação.

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Três amigos unem-se e fazem um som que impressiona

pela alegria, vitalidade e por suas belas letras.

Rossa nova começaa dar frutos

Fotos: Divulgação

Alegria e simplicidade aliados ao bom gosto. Este é o tempero usado pela banda em seu primeiro CD (detalhe).

Mús

ica

O que Raul Seixas tem a ver com samba? A princípionada, mas é dessa mistura que sai a essência musical quedeixa todo mundo “Maluco Beleza”. Juka, Bezão e Xamã sereuniram para mostrar o que sabiam de música e desseencontro, surgiu a nova MPB – Mistura Popular Brasileira.

O ritmo vai do rock rural passando por baladas, moda deviola e até mesmo música tribal, com identidade própria. E oproduto final é tão bom, que o grupo já gravou pelo “selo”Circuito Musical, seu primeiro trabalho fonográfico, o CD ROSSANOVA. Inovando não apenas na música, mas também emações, quem compra o CD, ganha três sementes de ipês:roxo, branco e amarelo, com folhetos explicativos de comoplantar. Além de mostrarem seu talento através da música,procuram estimular a conscientização sócio-ambiental comouma forma diferenciada de uma nova consciência solidária. Amúsica “Mantra” é uma homenagem ao Ano Internacional doPlaneta Terra, instituído pela ONU no ano passado. E o RossaNova já voa longe, está lançando o CD na Espanha, pelagravadora Discmedi, de Barcelona, pela iniciativa da CircuitoMusical.

Bezão havia tocado em um grupo de samba junto com oamigo Xamã, que, muito eclético, além de gostar de pandeiro,havia participado de uma banda cover de Raul Seixa. Aoencontrar Juka, jamais poderia imaginar que teria naquele novoamigo, um parceiro de letras e de músicas.

Foi num dos encontros que Xamã fazia em sua casa para

reunir os amigos, que Bezão apresentou-lhe Juka. A partir daí,os três criaram uma amizade sem igual. A casa de Xamãpassou a ser o cenário para os ensaios, até que receberamum convite de Nilton Bustamante, para participarem do sarau“Sopa de Letrinhas”. Durante esta apresentação, Bezão eJuka convidaram Xamã para subir ao palco e assim formou-seo grupo ROSSA NOVA.

A popularidade e qualidade do trabalho acabaram levandoo grupo ao Estúdio Haick, em São Paulo, de onde saiu o CD“ROSSA NOVA”, que ficou pronto em quatro meses. A princípio,eram apenas 14 músicas, mas alguém teve a idéia de incluiruma 15ª canção, e ela saiu em 24 horas, e é um dos destaquesdo CD. “Bagagem” conta a história do grupo e de seu atualmomento. “Ao raiar do dia faço a prece pra buscar, força damagia na poeira do meu chão, como companheiros, meusamigos, meus irmãos....”. Das 15 canções, 13 são de autoriados próprios rapazes. O repertório é uma mistura de sons quereflete a personalidade do “ROSSA NOVA”. Canções que falamde amor, da relação com a natureza e da maneira de se encarara vida, convidam a sonhar, nos envolvendo numa viagemmusical além do imaginário.

O ROSSA NOVA já está em estúdio gravando seu segundoCD. Para conhecer a banda ao vivo, ela se apresenta semprena primeira quinta-feira de cada mês no Ao vivo music, nobairro de Moema, São Paulo. Para mais informações visite oweb sites www.aovivomusic.com.br ou www.rossanova.com.br.

Revista Large Lover 21Literatura

Viagem Gastronômicaatravés do BrasilCaloca Fernandes8ª edição, 2007Senac - 258 págs. - capa duraR$ 110,00

Rico em informações do folclore ehistória, este livro é uma celebraçãoque enche os olhos e instiga o apetite.

Aqui, Caloca Fernandes, Senac São Paulo e Sonia Robatto,Editora Estúdio, promovem a recuperação das característicasmais autênticas da culinária nacional, num conjunto em queo requinte do conteúdo e o bom gosto da forma aliam-se parafazer uma fascinante viagem gastronômica através do Brasil.Uma obra de categoria tornada possível graças ao patrocínioda Fundação Nestlé Brasil, viabilizado pelo Ministério da Culturano âmbito da Lei de Incentivo à Cultura.

Os Sabores do AlentejoHistória, vinhos e receitas1ª edição, 2006Senac - 232 págs. - capa flexívelR$ 45,00

Neste livro, o autor fala da região dosul de Portugal que, da reputação depobre e produtora de maus vinhos quedetinha na primeira metade do séculoXX, passou a ser talvez a que apresenta

o melhor padrão de qualidade do país em cerca de cinqüentaanos de esforço e modernizações. Indica três roteiros paraque os aficionados do vinho, além das tradicionais herdades,suas castas de uvas autóctones, suas modernas adegas eseus principais rótulos. Conheçam também as lindas cidadesdessa região portuguesa marcada pela influência cultural defenícios, romanos, celtas, visigodos e árabes, povos queinvadiram a região ao longo da história. Em poucas pinceladas,Záckia escreve sobre o rico patrimônio histórico, descrevendoas ruelas de casas brancas de cal, as antigas mansõessenhoriais, os castelos medievais, monumentos e os locaisde interesse, museus e, lista os restaurantes. Certo de queos amantes do bom vinho se interessam também por culturae pela boa mesa, Záckia dedica um capítulo à história dagastronomia do Alentejo e outro ainda às receitas tradicionaisde uma cozinha saborosa e variada, que hoje atrai turistas detodo o mundo.

Os Sabores da BorgonhaEmmanuel Bassoleil2ª edição, 2008Senac - 264 págs. - capa flexívelR$ 55,00

Considerada o coração da França, aBorgonha é conhecida em todo omundo, como uma das mais impor-tantes regiões vitivinicultoras desse país

e um centro de cultura gastronômica. Neste livro, EmmanuelBassoleil, premiado chef francês nascido em Dijon e radicadohá vinte anos em São Paulo, mostra a rica culinária borgonhesacom a experiência de quem cresceu numa família de gour-

mets e iniciou sua formação profissional aos 15 anos deidade. Bassoleil apresenta alguns dos melhores pratos dacozinha borgonhesa, preparados a partir de ingredientes típicosda região, e indica ainda os vinhos com os quais seharmonizam. Integram a parte culinária, formando um menucompleto, seis receitas de alguns dos chefs estrelados daBorgonha. Completam esta edição, um capítulo sobre a históriae a cultura da Borgonha e uma entrevista com EmmanuelBassoleil, assinados por Maria da Paz Trefaut, além de umcapítulo do enólogo Jorge Lucki sobre os excepcionais vinhosborgonheses. Os sabores da Borgonha é mais uma publicaçãodo Senac São Paulo destinada a enriquecer o conhecimentoe aprimorar o paladar de estudantes, profissionais eapreciadores da boa mesa.

Comida e VinhoHarmonização EssencialJosé Ivan Santos e José Maria Santana1ª edição, 2008Senac - 180 págs. - capa flexívelR$ 40,00

O Senac São Paulo traz para o amanteda cozinha um livro que aborda umproblema crucial para aquele quetransita pela gastronomia, Comida evinho: harmonização essencial. Trata-se

de como oferecer a bebida certa que complementa os saboresdos alimentos presentes num prato. Comida e vinho, juntos,garantem o prazer de uma boa refeição, e sempre foramparceiros ideais. Mas para que esse casamento seja realmentesaboroso há um segredo: a harmonização. O livro percorre asvárias instâncias do sabor e do saber reconhecer as diferentestexturas não só dos alimentos, como também dos vinhos,procurando estabelecer não regras fixas, mas um conjunto decompatibilizações possíveis e agradáveis ao prazer da boamesa. É mais uma importante referência para chefs,professores, estudantes e demais profissionais ligados aomundo da gastronomia, como jornalistas e críticos da área.

Azeite – História, Produtores,ReceitasLuciano Percussi2ª edição, 2007Senac - 288 págs. - capa flexívelR$ 55,00

Neste livro, o autor coloca sua expe-riência como empresário do ramo dagastronomia e enologia a serviço daapresentação de um alimento muito

tradicional em nossa cultura: o azeite de oliva. Aliando receitasculinárias criadas e testadas pela chef Silvia Percussi a umroteiro para a degustação do azeite, o texto proporciona aoleitor não só indicações sobre pratos de execução simplesem que esse óleo é um componente importante, como ensinae comenta a maneira de melhor identificar suas característicasmais sutis. Rico em informações culturais e técnicas, Azeite -história, produtores e receitas é um livro que certamente agra-dará aos mais variados paladares. Indo dos iniciantes na arteda cozinha aos profissionais da culinária, empresários docomércio e do público em geral.

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Liçã

o de

cas

a

O risoto leva em média 20 minutos para ficar pronto edeve ser servido rapidamente. Já os medalhões levam cercade seis minutos para atingirem o ponto de serem servidos.Por isso, comece o preparo do prato pelo risoto e, quandofaltar pouco para que ele esteja pronto, comece a preparar ofilet.

Lave, limpe bem os cogumelos e em seguida corte-os emfatias com aproximadamente cinco milímetros de espessura.Descarte os caules se eles ainda não tiverem sido retirados.Leve ao fogo em uma frigideira de bordas altas e derretametade da manteiga junto com o azeite de oliva. Acrescenteo shitake e refogue-os por quatro ou cinco minutos, mexendo-os para que cozinhem por igual. Passados esse tempo, retire-os da frigideira com uma escumadeira e reserve-os.

Despeje em uma panela, a manteiga e o azeite usadospara refogar os cogumelos e acrescente a manteiga restante.Quando o líquido estiver homogêneo, acrescente o arroz edeixe-o fritar por mais ou menos quatro minutos mexendosempre. Em seguida, despeje o vinho branco na panela, mexasuavemente até evaporar. Quando o vinho evaporar, acrescenteduas conchas de caldo de legumes ao arroz e mexa-osuavemente, sem parar. Quando o líquido tiver sido absorvidopelo arroz, acrescente outras duas conchas e repita oprocedimento até que o arroz esteja cozido. O cozimento levaráem torno de 20 minutos e serão necessárias de oito a dezconchas de caldo. Após 10 minutos de cozimento, acrescenteos cogumelos ao arroz e continue mexendo continuamente ede forma suave para não quebrar os grãos.

Depois de finalizado o cozimento, acrescente o queijoparmesão ralado (se possível rale o queijo antes de iniciar opreparo, não utilize queijo ralado pronto). Mexa uma últimavez, tape a panela e aguarde um ou dois minutos antes dedestampar. Este será o momento ideal para acertar o sal eusar o arroz para a montagem dos pratos que serão servidos.

Coloque os filés em uma assadeira, ou prato, ou tábua decortar e polvilhe em ambos os lados uma pitada de sal epimenta-do-reino. Coloque uma frigideira antiaderente paraaquecer e despeje o azeite e a manteiga para que sejamderretidos. Quando o líquido estiver homogêneo, coloque osfilés para serem fritos, três minutos de cada lado. Isso farácom que eles tenham poucos milímetros de sua parte externafritos e o interior ainda mal passado. Após retirar os medalhõese colocá-los nos pratos onde serão servidos, despeje aslâminas de alho na frigideira e deixe-as dourar. Cuidado, elasdouram rapidamente.

Assim que as lâminas de alho estiverem douradas, retire-as da frigideira e despeje uma pequena porção delas sobreos filés. Em seguida, coloque uma porção do risoto ao ladodeles. Polvilhe a salsa picada sobre o risoto e use um poucodela para decorar o prato, assim como os filetes de alhotambém.

Harmonização

O sabor do shitake, do parmesão e dos filés (de carnevermelha) pede um vinho tinto elaborado com uma uva potente,de cor e intensidade fortes, com aromas e sabores quelembrem frutas vermelhas, especiarias e, além disso, umanota de madeira. Um vinho de bom corpo, com boa acidez,

Por Humberto Monteiro

Risoto de shitake commedalhões e filetes de alho

Ingredientes para o risoto160 gramas de arroz Carnarolli ou arbóreo.150 gramas de cogumelos shitake frescos.1 litro de caldo de legumes.80 gramas de manteiga com sal.Meia taça de vinho branco seco.1 maço de salsa.40 gramas de queijo parmesão em pedaço.1 colher de sopa de azeite de oliva extravirgem.

Ingredientes para os medalhões300 gramas de filet mignon (4 medalhões) .70 gramas de manteiga.Sal e pimenta-do-reino.50 gramas de alho cortado em lâminas.

taninos leves e boa graduação alcoólica. Quando testamosesta receita, optamos por um Cabernet Sauvignon Reserva,safra 2005, que nos foi gentilmente enviado pela CooperativaVinícola Aurora, de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Ocasamento entre o prato e o vinho foi aprovado por todos queo degustaram.

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Todos os meses o sócio recebe uma caixa de vinho de 4ou 6 garrafas juntamente com o informativo.

No informativo encontrará uma descrição do vinho queo acompanha com a indicação de qual será o vinho domês seguinte e seu preço.

Em caso de não querer receber o próximo vinho, o sócio pode suspender seurecebimento avisando por e-mail ([email protected])ou telefone. No mês seguinte, receberá somente o informativo pelo correio.

O sócio pode suspender o recebimento do vinho quantas vezes quiser.

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