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ECONOMIA INTERNACIONAL: NOTAS DE AULA Elaboraªo: Alexandre B. Cunha 6 O MODELO IS-LM: REVISˆO Faremos neste captulo uma revisªo do modelo IS-LM. Estudaremos tambØm as curvas DA (demanda agregada) e OA (oferta agregada). Diversos livros-textos discutem o modelo IS-LM-DA-OA. Alguns deles estªo lista- dos na œltima seªo deste documento. Neste tpico ns estudaremos uma economia fechada. Evidentemente, ns desejamos estudar economia abertas. Nome desta disciplina. PorØm, o modelo de economia aberta (Mundell-Fleming) que estamos obriga- dos a estudar Ø uma generalizaªo/extensªo do modelo IS-LM para economias abertas. Assim sendo, por razıes didÆticas ns efetuaremos uma revisªo do modelo IS-LM-DA-OA. 6.1 ParŒnteses: uma Breve Avaliaªo Por razıes diversas, ns estamos obrigados a estudar o modelo IS-LM e suas di- versas VEs (variaıes/extensıes) nesta disciplina. Razıes: ementa do curso; ENADE; exame da ANPEC;... Na avaliaªo do seu professor, os cursos de graduaªo em Economia no Brasil enfatizam demais o modelo IS-LM. 1

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ECONOMIA INTERNACIONAL: NOTASDE AULA

Elaboração: Alexandre B. Cunha

6 O MODELO IS-LM: REVISÃO

� Faremos neste capítulo uma revisão do modelo IS-LM. Estudaremos também ascurvas DA (demanda agregada) e OA (oferta agregada).

� Diversos livros-textos discutem o modelo IS-LM-DA-OA. Alguns deles estão lista-dos na última seção deste documento.

� Neste tópico nós estudaremos uma economia fechada.

�Evidentemente, nós desejamos estudar economia abertas.

� Nome desta disciplina.�Porém, o modelo de economia aberta (Mundell-Fleming) que estamos obriga-dos a estudar é uma generalização/extensão do modelo IS-LM para economiasabertas. Assim sendo, por razões didáticas nós efetuaremos uma revisão domodelo IS-LM-DA-OA.

6.1 Parênteses: uma Breve Avaliação

� Por razões diversas, nós estamos obrigados a estudar o modelo IS-LM e suas di-versas VEs (variações/extensões) nesta disciplina.

�Razões: ementa do curso; ENADE; exame da ANPEC;...

� Na avaliação do seu professor, os cursos de graduação em Economia no Brasilenfatizam demais o modelo IS-LM.

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

�Dentre vários efeitos adversos, o aluno:

� passa a acreditar que estudar Macroeconomia envolve tão somente do-minar o modelo IS-LM e suas VEs;

� o seu professor somente foi curado desta �doença�no doutorado.� sequer toma ciência dos últimos avanços e questões na área de macro-economia;

� equilíbrio geral dinâmico (modelos de ciclos reais, política ótima,...)� interação entre Teoria dos Jogos e Macroeconomia (consistência dinâ-mica, new political economy)

� O modelo IS-LM e as suas VEs são inúteis?

�Não, não é este o ponto.

�O ponto central que o modelo IS-LM (e suas VEs) não é a estrutura teóricaapropriada para discutir diversas questões macroeconômicas. Exemplos:

� Qual é o impacto da competição entre os partidos políticos sobre a for-mulação da política econômica?

� Qual é a política macroeconômica ótima?� Por qual razão �I > �Y > �C?� Por que a renda per capita dos EUA é tão mais alta que a do Haiti?� Questões intertemporais.� (lista longa...)

�Ou seja, na melhor das hipóteses o modelo IS-LM (e suas VEs) é uma ferra-menta apropriada para discutir um pequeno conjunto de problemas macro-econômicos (não necessariamente os mais relevantes). Assim sendo, não hácomo tal modelo ser o pilar fundamental da Teoria Macroeconômica.

6.2 Visão Geral do Problema

� Nosso objetivo: obter as curvas DA [Y D = Y (P; :::)] e OA [Y S = Y (P; :::)] e estudarcomo a política econômica afeta essas curvas e, consequentemente, os valores deequilíbrio de Y e P .

�Curva DA: será obtida a partir das curvas IS e LM.

�Curva OA: será obtida a partir da análise do mercado de trabalho.

� Etapas:

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

1. Estudar a curva IS.

2. Estudar a curva LM.

3. Obter a curva DA.

4. Obter a curva OA (de curto e de longo prazo).

5. Estudar a interação entre DA e OA.

6. Realizar exercícios de política econômica

6.3 A Curva IS

� A curva IS é composta pelos pontos (Y;R) nos quais há equilíbrio no mercadoproduto.

� Identidade básica da curva IS:

Y = CD + ID +G (1)

� Consumo:CD = C(R; Y � T ) (2)

� C1 � 0, 0 < C2 < 1, C22 � 0, C(R;�T ) > 0� C2: propensão marginal a consumir

� Investimento:ID = I(R), I 0 < 0 (3)

� Combine as três igualdades acima. Você concluirá que

Y = C(R; Y � T ) + I(R) +G . (4)

� A última igualdade é a equação da curva IS.

� Não é difícil mostrar que@Y

@R=C1 + I

0

1� C2< 0 . (5)

�Logo, a curva IS é decrescente.

�Grá�co 2.

� Similarmente,@Y

@G> 0,

@Y

@T< 0 . (6)

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

�Desta forma, uma elevação em G desloca a curva IS para a direita; umaelevação em T desloca a curva IS para a esquerda.

�Grá�co 3.

6.4 A Curva LM

� A curva LM é composta pelos pontos (Y;R) nos quais há equilíbrio no mercadomonetário.

� Identidade básica da curva LM:

M

P= L(R; Y ) (7)

L1 < 0, L2 > 0

� Não é difícil mostrar que se �xarmos o estoque real de moeda M=P , a igualdadeacima implica que R e Y devem se relacionar de maneira crescente.

�Grá�co 4.

� Importante: a curva LM é traçada para um dado nível de preços.

� Um acréscimo em M ou um decréscimo em P determinam um deslocamento paraa direita da curva LM.

�Grá�co 5.

6.5 A Interação entre IS e LM

6.5.1 Equilíbrio Simultâneo nos Mercados de Produto e de Moeda

� Para um dado vetor (P ; M ; G; T ), o vetor (Y ; R) corresponderá ao ponto de equi-líbrio do modelo IS-LM se e somente se

Y = C(R; Y � T ) + I(R) + G &M

P= L(R; Y ) .

�Grá�co 6.

�Obviamente, (Y ; R) depende de (P ; M ; G; T ).

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

6.5.2 Políticas Monetária e Fiscal quando P é constante

� Manteremos P constante no exercícios que se seguem.

� �M > 0: �R < 0, �Y > 0 (Grá�co 7)

� �G > 0: �R > 0, �Y > 0 (Grá�co 8)

� �T > 0: �R < 0, �Y < 0 (Grá�co 9)

6.6 A Curva DA

� O produto e a taxa nominal de juros de equilíbrio no modelo IS-LM dependem deP .

� �P > 0: �R > 0, �Y < 0 (Grá�co 10A)

� A curva DA ilustra a relação entre P e valor de equilíbrio de Y no modelo IS-LM.

�Curva DA:Y = H(P;G; T;M), H1 < 0. (8)

�Grá�cos 10A e 10B.

6.6.1 Políticas Monetária e Fiscal e a Curva DA

� �M > 0: curva DA se desloca para a direita (Grá�cos 11A e 11B).

� �G > 0: curva DA se desloca para a direita (Grá�cos 12A e 12B).

� �T > 0: curva DA se desloca para a esquerda (Grá�cos 13A e 13B).

6.7 A Curva OA

6.7.1 Curto Prazo

� Usualmente, os livros-textos obtêm a curva de oferta agregada a partir do problemade maximização de lucros de �rmas competitivas.

� Simpli�cação: existe um único bem na economia. A curva de oferta agregadaé dada pela soma das ofertas individuais.

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

� Considera situação de uma �rma perfeitamente competitiva. Suponha que o tra-balho tem retornos marginais decrescentes e que os demais fatores produtivos estão�xos. O problema da �rma é

maxN�0

Ph(N)�WN ,

onde h0 > 0 e h00 < 0.

� A condição de primeira ordem é

h0(N) =W

P. (9)

�Estamos ignorando a possibilidade de que N seja igual a zero.

� A igualdade (9) de�ne uma relação decrescente entre N e WP. Desta forma,

podemos então escrever

ND = �

�W

P

�, �0 < 0 .

� � = (h0)�1

� A expressão da curva OA é dada por

Y = �

�W

P

�, �0 < 0 . (10)

onde � = h � �. Adicionalmente, �0(x) = h0(�(x)):�0(x)

�Hipótese implicíta: há uma única �rma. Se houvesse n �rmas, então teríamosY = n�(W=P ).

� Para um dado valor de W (ou seja, o salário nominal está �xo), a equação (10)de�ne uma relação crescente entre Y e P .

�Grá�co 14.

Caso Limite 1: Curva OA Vertical

� Suponha que o mercado de trabalho se ajuste instantaneamente de forma queW=P = �w a cada momento.

�Grá�co 15.

� Neste caso, a curva OA é perfeitamente inelástica ao nível de produção �Y = h( �N).

�Grá�co 16.

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

Caso Limite 2: Curva OA Horizontal

� Primeiro passo: entender o que signi�ca uma curva de oferta ser perfeitamente (ouin�nitamente) elástica.

� Considere o mercado de um bem qualquer. A curva de oferta desse bem é perfeita-mente elástica ao nível de preços ~P quando:

� P < ~P ) Y S = 0

� P = ~P ) Y S 2 R+� Ou seja, a quantidade ofertada é indeterminada.

� P > ~P ) Y S =1�Grá�co 17.

� Agora que já dominamos o conceito de curva de oferta perfeitamente elástica,podemos atacar o seguinte problema: sob que condições a curva oferta de uma�rma será perfeitamente elástica?

�Resposta: quando a função de produção tem retornos constantes de escala.

� Custo médio constante e igual ao custo marginal.� Para sermos mais precisos, deveríamos substituir a expressão em itálicopor �a função de produção tem retornos constantes de escala nos fatoresvariáveis�. Nesse caso, o custo variável médio será constante e igual aocusto marginal.

�Vamos tornar a discussão mais concreta. Suponha que a função de produçãoseja dada por

Y = AN ,

onde A é uma constante positiva. A função lucro (�) será dada por

�(N) = PAN �WN ) �(N) = (PA�W )N .

Logo, ND = 0 se W=P > A, ND =1 se W=P < A e ND pode ser qualquerelemento de R+ se W=P = A.

�Desta forma, Y S = 0 se P < W=A, Y S = 1 se P > W=A e Y S pode serqualquer elemento de R+ se P = W=A.

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

6.7.2 Longo Prazo

� Se no longo prazo o mercado de trabalho se equilibrar, então a curva OA seráperfeitamente inelástica ao nível de produção �Y .

�A propósito, a hipótese de que a curva OALP (OA de longo prazo) é verticalé, principalmente, simpli�cadora. Resultados similares aos que serão apresen-tados abaixo poderiam ser obtidos com a hipótese mais fraca de que existeum teto �Y para a produto de longo prazo.

6.8 Equilíbrio

� Curto prazo: grá�cos 18A e 18B.

� Longo prazo: grá�cos 19A e 19B.

�OACP: OA de curto prazo

� Transição para o equilíbrio de longo prazo: grá�cos 20A e 20B.

� Se Y > �Y , então W tende a crescer e curva OA de curto prazo se deslocapara a esquerda.

� Se Y < �Y , então W tende a decrescer e curva OA de curto prazo se deslocapara a direita.

6.9 Política Econômica

6.9.1 Curto Prazo

� �M > 0

�OACP horizontal, grá�cos 21A e 21B: �Y > 0, �R < 0, �P = 0.

� O grá�co inferior é desnecessário.�OACP positivamente inclinada, grá�cos 22A e 22B: �Y > 0, �R < 0, �P >0.

� Interprete as variações em P como desvios da sua tendência de longoprazo.

�OACP vertical, grá�cos 23A e 23B: �Y = 0, �R = 0, �P > 0.

� �G > 0 e/ou �T < 0

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

�OACP positivamente inclinada, grá�cos 24A e 24B: �Y > 0, �R > 0, �P >0.

� Diferença importante entre expansão �scal e expansão monetária: impactos sobreR e I.

6.9.2 Longo Prazo

� �M > 0; grá�cos 25A e 25B.

�Economia está inicialmente em um equilíbrio de longo prazo.

�OACP positivamente inclinada.

�Crescimento transitório de Y ; queda transitória em R; elevação permanentede P .

�Hipóteses alternativas:

� OACP vertical: nada acontece com Y .

� OACP horizontal: se Y chegar a ser maior que �Y , então a OACP sedesloca para cima.

� A economia não parte de um equilíbrio de longo prazo: o raciocínio nãomuda. A convergência para �Y ocorreria mais rapidamente.

6.9.3 Apêndice: O Formato da Curva OA de Longo Prazo

� Será que a hipótese da OALP ser vertical é razoável?

�Aqueles que não gostam de tal hipótese deveriam ter algo para colocar nolugar.

� Ou seja, os critícos deveriam apresentar um modelo completo sem a curvaem questão ou então formatos alternativos para a mesma.

� Discutiremos aqui possíveis formatos alternativos.

� Isto não implica que o conceito de oferta agregada seja indispensável para aanálise macroeconômica.

� Seja Ym o máximo que o país pode produzir em uma data qualquer.

� Importante: conceito diferente de produto potencial.

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

� Isto não é um mero acaso; o seu professor assim procedeu deliberada-mente.

�Alguns possíveis formatos para a curva OALP (grá�cos A1 e A2).

�Política Econômica (grá�co A3).

� Tanto no caso ilustrado em A1 como no caso ilustrado em A2 a política econômicapode ter impactos permanente sobre o produto. Porém, em A1 o impacto somenteocorrerá se Y < Ym originalmente; em ambos os casos, a política econômica éessencialmente irrelevante se Y �= Ym.

�Poderíamos ter assumido que Ym cresce ao longo do tempo.

� Dito isto, observe que a pergunta realmente relevante é a seguinte: será que umaeconomia pode operar de forma duradoura consideravelmente abaixo de Ym?

�Pontos centrais na resposta: (1) a mensuração de Ym e (2) a resposta real-mente relevante é empírica.

� Ponto (1): poderíamos dizer que se Y é considerável e persistentemente menor doque Ym, então deveríamos reavaliar Ym.

�No presente contexto, o conceito apropriado de Ym pode ser expresso daseguinte forma: Ym é o produto máximo que o governo pode fazer economiaatingir utilizando as políticas monetária e �scal.

� Será que é o �crescimento�(possível?) do produto pode ser expressivo?

� Com relação ao ponto (2), os exemplos usuais são:

� a Grande Depressão e

� Ocorreu uma forte contração monetária nos EUA!� Queda em M1: 27,93% de dezembro de 1929 a março de 1933.

� Fonte: Friedman e Schwartz (1963), tabela A-1, p. 712-713.

� os países em desenvolvimento.

� Será que estamos falando de política �scal e monetária ou de instituiçõesde�cientes (Estado ine�ciente, educação de baixa qualidade, etc)?

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

O caso brasileiro no período da �nova matriz econômica�.

� Denote por Yx o produto associado a taxa de desemprego de x%. Pergunta: qualseria um valor razoável para a expressão Ym�Y5

Y5� 100?

�Taxa de desemprego no Brasil no segundo semestre de 2014: sempre menorque ou igual a 5%.

� Nelson Barbosa e José Antonio Pereira de Souza, no texto A in�exão do gov-erno Lula: política econômica, crescimento e distribuição de renda1, a�rmaram oseguinte (ênfase no original):

�Levando em conta os pontos acima, para os desenvolvimentistas o Brasil poderiaacelerar seu crescimento econômico de modo sustentável com base na adoção dealguns estímulos �scais e monetários por parte do governo federal. Obviamente, asrestrições de recursos inerentes a qualquer economia não permitiriam atingir qual-quer taxa de crescimento, mas seria possível alcançar uma taxa de crescimento umou dois pontos percentuais acima do estimado pelos adeptos da visão neoliberal.Uma consideração ainda mais importante: o estímulo necessário para iniciar o cír-culo virtuoso de desenvolvimento poderia ser combinado com uma postura maisativa do governo federal na redução das desigualdades na distribuição de rendae no aumento do investimento público. Enquanto a visão neoliberal respeitavacom temor quase religioso a suposta barreira estimada para o produto potencial,a visão desenvolvimentista procurou testar na prática a existência de tais limites,de forma a ultrapassá-los.�(p. 11)

�Comentários: (1) relativização da escassez e (2) experimentos.

Referências

BRANSON, William H.Macroeconomia, Teoria e Política. Lisboa: Fundação CalousteGulbenkian, 1986.

DORNBUSCH, Rudiger & FISCHER, Stanley. Macroeconomia. 2a¯ edição. São Paulo:McGraw-Hill do Brasil, 1982.

FRIEDMAN, Milton & SCHWARTZ, Anna J.AMonetary History of the United States,1857-1960. Princeton: Princeton University Press, 1963.

1O texto é um dos capítulos do livro Brasil: entre o passado e o futuro (São Paulo, Boitempo, 2010),organizado por Emir Sader e Marco Aurélio Garcia.

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Notas de Aula para Economia Internacional Elaboração: Alexandre B. Cunha

SACHS, Je¤rey D. & LARRAIN B., FELIPE. Macroeconomia em uma EconomiaGlobal. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000.

SIMONSEN, Mario Henrique & CYSNE, Rubens Penha. Macroeonomia: 4a¯ edição.São Paulo: Atlas, 2009.

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