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ECONOMIA DE COMUNHÃO E ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA EM BUSCA DE UM PANORAMA DE RELAÇÃO PEDRO TADEU BERTTO (AFA) [email protected] Fernando Celso de Campos (UNIMEP) [email protected] Este artigo teve como principal objetivo o levantamento bibliométrico e a apresentação de um panorama das principais publicações sobre a Economia de Comunhão (EdC), na literatura nacional, no período 2000-2012. Especial atenção é dada aos ttrabalhos que relacionam a EdC e a Engenharia de Produção. Pelo que se pôde perceber, o tema encontra-se, ainda, em uma fase de descoberta e tem suscitado, no Brasil, trabalhos em muitas Instituições de Ensino Superior, públicas e privadas, contemplando as mais diferentes áreas de concentração São apresentadas a origem e o contexto da Economia de Comunhão, a abrangência do projeto no contexto mundial e o seu relacionamento com outras áreas, e de maneira mais específica com a Engenharia de Produção. Destacam-se, em relação ao volume de produções científicas levantadas, a quantidade de teses e dissertações realizadas no período, cujos temas e resultados foram apresentados em congressos e simpósios relacionados à Engenharia de Produção, Os resultados apontam novas oportunidades de pesquisas e propostas ainda pouco exploradas. Palavras-chaves: Economia de Comunhão; EdC; Engenharia de Produção; Bibliometria. XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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Page 1: ECONOMIA DE COMUNHÃO E ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: …2 1. Introdução Para bem compreender o projeto Economia de Comunhão (EdC), é preciso contextualizá-lo no tempo e no espaço,

ECONOMIA DE COMUNHÃO E

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: UMA

ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA EM BUSCA

DE UM PANORAMA DE RELAÇÃO

PEDRO TADEU BERTTO (AFA)

[email protected]

Fernando Celso de Campos (UNIMEP)

[email protected]

Este artigo teve como principal objetivo o levantamento bibliométrico e

a apresentação de um panorama das principais publicações sobre a

Economia de Comunhão (EdC), na literatura nacional, no período

2000-2012. Especial atenção é dada aos ttrabalhos que relacionam a

EdC e a Engenharia de Produção. Pelo que se pôde perceber, o tema

encontra-se, ainda, em uma fase de descoberta e tem suscitado, no

Brasil, trabalhos em muitas Instituições de Ensino Superior, públicas e

privadas, contemplando as mais diferentes áreas de concentração São

apresentadas a origem e o contexto da Economia de Comunhão, a

abrangência do projeto no contexto mundial e o seu relacionamento

com outras áreas, e de maneira mais específica com a Engenharia de

Produção. Destacam-se, em relação ao volume de produções

científicas levantadas, a quantidade de teses e dissertações realizadas

no período, cujos temas e resultados foram apresentados em

congressos e simpósios relacionados à Engenharia de Produção, Os

resultados apontam novas oportunidades de pesquisas e propostas

ainda pouco exploradas.

Palavras-chaves: Economia de Comunhão; EdC; Engenharia de

Produção; Bibliometria.

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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1. Introdução

Para bem compreender o projeto Economia de Comunhão (EdC), é preciso contextualizá-lo

no tempo e no espaço, uma vez que sua gênese está indissociavelmente relacionada à vida e à

obra de Chiara Lubich (22/01/1920-14/03/2008), fundadora do Movimento dos Focolares, em

1943, em Trento, Itália. Ali, na efervescência da II Guerra Mundial, acalentada pelo calor de

fogueiras e pela companhia de jovens amigas, Chiara Lubich, diante da desolação provocada

pela guerra, teve uma intuição que, iluminada pelo Evangelho, a levou a começar

desenvolver, juntamente com suas amigas, um trabalho de caridade, destinado a socorrer as

vítimas da guerra, que rapidamente se transformou em um movimento, o qual se espalhou,

primeiramente pela Itália e, após 1956, por toda a Europa, inclusive a Oriental (Lubich, 2004),

e por outros continentes (SOARES PINTO; LEITÃO, 2006).

Desde 1958, o Movimento dos Focolares(Obra de Maria, para a Igreja Católica Apostólica

Romana), que congrega hoje, no mundo, mais de cinco milhões de pessoas, tem se difundido

também no Brasil, contando atualmente com 55 centros de difusão, em todos os Estados

brasileiros, estimando-se em cerca de 280 mil o número de pessoas que aderem à sua

espiritualidade, em mais de 500 cidades brasileiras.

Embora haja muito que se dizer sobre o Movimento dos Focolares e sobre sua importância, o

escopo deste trabalho não permite tal empreendimento, limitando-se a compreendê-lo como

pressuposto básico para a compreensão da gênese da EdC, que se constitui no tema central

deste estudo exploratório. Portanto, a pergunta de pesquisa que deu início a esse processo

investigativo é: “O que já foi publicado no Brasil sobre EdC? Qual a relação dessas

publicações com Engenharia de Produção?” O que se pretende com esse artigo é apresentar

um panorama geral do que foi publicado em alguns periódicos nacionais, eventos nacionais e

dissertações/teses do Brasil envolvendo a temática EdC. Como resultado desse levantamento

pretende-se cruzar todo esse referencial à procura de oportunidades de pesquisas e propostas

ainda pouco exploradas.

2. Método de pesquisa

Este trabalho tem por escopo o levantamento bibliométrico acerca das publicações sobre a

Economia de Comunhão, na literatura nacional, nos anos 2000 a 2012, visando o

delineamento de um “panorama” destas publicações. Especial atenção é dada aos trabalhos

que relacionam a EdC e a Engenharia de Produção.

Para a realização da pesquisa priorizou-se a busca por artigos e outras formas de publicação

que tivessem a expressão Economia de Comunhão ou EdC em seus títulos.

Foram pesquisadas, prioritariamente, bases de dados constantes do Portal de Periódicos da

Capes, o Banco de Teses da Capes, anais de congressos relacionados à área de Engenharia de

Produção, entre eles, os anais do ENEGEP, do SIMPEP e do CNEG, além das Revistas

Produção e Produção On-Line, vinculadas à ABEPRO – Associação Brasileira de Engenharia

de Produção, Revista Gestão & Produção, da Universidade Federal de São Carlos, Revista

Sistemas e Gestão da Universidade Federal Fluminense, Revista GEPROS (Gestão da

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Produção, Operações e Sistemas), da UNESP/Bauru, Revista RAE, da Fundação Getúlio

Vargas, RAC e RAC On-Line da ANPAD e RAUSP, da Universidade de São Paulo além de

fontes constantes dos mecanismos de busca Google Scholar e Google Acadêmico.

Os resultados obtidos foram, então, classificados em planilhas eletrônicas, agrupados segundo

sua natureza, a saber: Teses, Dissertações, Artigos encontrados em anais de congressos e,

finalmente, artigos encontrados em revistas e periódicos nacionais.

Em relação às Teses e Dissertações, estas foram classificadas de tal forma a se permitir saber,

em relação a cada uma, seu título, autores e orientadores, instituições onde foram

apresentadas e área de concentração, ano de publicação e, quando for o caso, possíveis órgãos

financiadores da pesquisa.

De modo análogo, os artigos apresentados em congressos foram classificados levando-se em

conta os seguintes dados: nome e edição do evento, ano de publicação, título do artigo,

autores e co-autores.

Para as publicações em revistas ou periódicos foram consideradas: o nome do veículo,

instituição relacionada, ano de publicação, título do trabalho, autores e co-autores e, ainda, a

classificação Qualis do veículo, obtida na Lista Completa de Periódicos Classificados

(WebQualis).

O conjunto de dados obtidos foi, então, processado de tal maneira a permitir a obtenção de

dados bibliométricos, que passam a ser apresentados na sequência.

3. A Economia de Comunhão: suas origens e contexto histórico

Uma das concretizações do Movimento dos Focolares, desde sua criação, foi a organização de

pequenas comunidades onde se vive uma experiência de “convivência humana renovada, em

todos os seus aspectos pelo Evangelho”, (Bruni, 2005), às quais se convencionou chamar de

Mariápolis (ou cidades de Maria). São chamados, também, de Mariápolis, os encontros

característicos dos focolarinos, realizados em diferentes regiões e cidades do país, todos os

anos.

Em maio de 1991, Chiara Lubich, em visita a Mariápolis Ginetta localizada em Vargem

Grande Paulista, impressionou-se com o contraste existente na cidade de São Paulo, onde

luxuosos edifícios coexistiam (e ainda coexistem) com as favelas da periferia da cidade, às

quais, Dom Paulo Evaristo Arns (então Cardeal Arcebispo de São Paulo), já havia se referido

como sendo uma “coroa de espinhos” da metrópole paulistana (BRUNI, 2005).

É preciso ressaltar que, na verdade, aquela visita de 1991 não era a primeira que Chiara

Lubich fazia ao Brasil, uma vez que aqui já estivera nos anos de 1961, 1964 e 1965, cuja

realidade sócio-econômica já a impressionara, mas que, naquela oportunidade havia se

agravado substancialmente (Araújo, 1998) in COSTA et al. (1998).

Novamente Chiara Lubich se sentiu impelida a buscar uma resposta para sua indignação e, no

dia 25 de maio de 1991 se deu o lançamento, em nível mundial, a partir da Mariápolis Ginetta

(até então Mariápolis Araceli), do projeto Economia da Comunhão na Liberdade, com uma

proposta paradoxalmente simples e revolucionária: criar junto às mariápolis condições de

geração de atividades industriais que fossem capazes de gerar lucro e emprego (Soares Pinto e

Leitão, 2006), levando ao surgimento de diversas empresas, que em apenas três anos

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formaram o primeiro pólo industrial da EdC, denominado Pólo Spartaco, próximo à

Mariápolis Ginetta, na região metropolitana de São Paulo.

À essas empresas, conforme Bruni (2002) destaca, caberia a missão de servirem como um

laboratório, do qual deveria ser destilado um novo estilo de gestão econômica, marcado pela

transparência, pela eficiência e pela responsabilidade, de sorte que pudessem vir a

compartilhar o modo de vida comunitário.

Segundo a contribuição de Ferrucci in Costa et al. (1998), a EdC, “em lugar do lucro, coloca

no centro o homem e sua felicidade”, indissociável da felicidade dos demais seres humanos

que o cercam, sendo, portanto, viável desde que inserida no contexto dominado por “valores

humanos, pela amizade entre as pessoas, sociedades e nações”, que dela queiram participar.

A compreensão da EdC, se dá, necessariamente, por meio da assimilação de suas principais

características, que segundo Lubich (2004), estão diretamente relacionadas à visão do mundo

segundo a espiritualidade do projeto. Desta forma, aos agentes das empresas da EdC, se

impõe o desafio da coerência entre o estilo de comportamento na organização produtiva e na

vida social e também econômica, de modo que o ambiente de trabalho possa se tornar lugar de

crescimento humano e espiritual.

Gratuidade, solidariedade e atenção para com os excluídos, passam a ser palavras de ordem

nas empresas da EdC, que se apresenta não como um modelo alternativo de empresa, mas

como um modelo transformador das estruturas que norteiam as “relações intra e extra

empresariais segundo um estilo de vida de comunhão” e que preservem, ao mesmo tempo, os

valores da empresa e a do mercado (LUBICH, 2004).

Pressupõe-se que as empresas da EdC devam ser capazes de produzir riquezas, que possam

ser canalizadas para a satisfação das necessidades daqueles que se encontram em dificuldades,

exigindo lideranças empresariais realmente capazes de fazer as empresas funcionarem e

obterem lucros, que por sua vez, teriam uma destinação diferente do que ocorre no modelo

econômico tradicional.

Segundo Lubich (2004) parte do lucro deve ser destinada aos necessitados (até que estes

possam se sustentar por seus próprios meios). Outra parte deve ser destinada à formação dos

chamados “homens novos”, que são pessoas que, uma vez animadas e formadas no amor,

possam ser capazes de assimilar a “cultura da partilha” e, a terceira parte, destinada à

incrementação da própria empresa, a fim de que continue gerando lucros.

Aqui está a essência conceitual da Economia de Comunhão, cujo último ingrediente não é

outro se não a Providência Divina à qual Soares Pinto e Leitão (2006), se referem como o

“sócio invisível”, uma vez que, segundo Lubich (2004), “nas empresas da Economia de

Comunhão deixa-se espaço à intervenção de Deus, mesmo na atividade econômica concreta”.

Uma das bases da EdC é a gratuidade. No entanto, conforme discorre Zamagni (2002) in

Bruni (2002), a gratuidade praticada na Economia de Comunhão não se confunde com o

altruísmo ou a filantropia, uma vez que o ato de dar não pode se desconectar de significados e

relacionamentos, e neste sentido é muito didática a explicação de Bruni (2006) in Soares Pinto

e Leitão (2006), quando afirma que, enquanto “na economia de mercado tradicional, vende-se

o peixe para quem tem fome” (e pode comprá-lo), “na filantropia, dá-se o peixe para quem

tem fome” (e não tem recursos), “no altruísmo, ensina-se o faminto a pescar”, já na “EdC,

pesca-se junto com quem tem fome”, uma vez que o projeto é essencialmente relacional.

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4. Abrangência da EdC no contexto mundial e no Brasil

Desde sua fundação, a EdC teve pleno acolhimento, não somente no Brasil, mas em várias

partes do mundo assim várias foram as empresas que aderiram ao projeto, modificando seus

estilos de gestão, de forma a adequá-los à espiritualidade do Movimento dos Focolares, que

fornece a sustentação espiritual, ideológica e ética (Soares Pinto e Leitão, 2006), além de

“alguma infraestrutura e troca de experiências e de solidariedade”. Os autores enfatizam que,

a despeito de todo o apoio dado às empresas que aderem ao projeto, o Movimento dos

Focolares, em nenhum momento impõe, restringe ou cobra ações das empresas, que, para

serem aceitas no projeto, devem comungar dos princípios da proposta, e declarar, a partir

desta convicção, sua crença na unidade.

O crescimento da EdC, é analisado por diversos autores e, embora as estatísticas oferecidas

não sejam precisas, para Soares Pinto e Leitão (2006), o projeto mostra clara tendência de

crescimento em número de empresas nele registradas, que, em 2004 eram cerca de oitocentas

empresas distribuídas pelo mundo e, no Brasil, 120 empresas associadas. Para os autores, os

números revelados apontam para um futuro promissor, descaracterizando a EdC como um

simples “modismo”.

Dados recentemente publicados no Relatório Anual EdC 2010-2011 (2012), indicam que

existem hoje, no cenário mundial 840 empresas registradas no projeto. O Brasil ocupa a

segunda posição no ranking das nações com maior número de empresas vinculadas à

Economia de Comunhão, num total de 167 empresas. A primeira posição é a da Itália com um

total de 247 empresas.

O crescimento do projeto, nos diferentes continentes, pode ser observado na figura 1, a seguir:

Figura 1 – Número de empresas EdC nos diferentes continentes Fonte: Relatório Anual para EdC 2010-2011

Dentre os poucos autores que têm se dedicado ao estudo da EdC destacam-se os trabalhos de

Araújo (1998 e 2002), Gonçalves e Leitão (2001), Brandalise (2003), e Almeida e Leitão

(2003) e, em âmbito mundial destacam-se Sorgi (1998), Ferruci (1998), Ressl (2000), Gui

(2002), Bruni (2002 e 2005), dentre outros.

5. EdC – uma revisão quantitativa de suas publicações

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Conforme o escopo definido, para este trabalho, serão apresentados, nesta seção, em um

primeiro momento, os resultados obtidos no levantamento numérico das publicações e, em um

segundo momento, na seção a seguir, serão destacados os artigos relacionados e publicados na

área de Engenharia de Produção, visando verificar a mútua contribuição entre a EdC e esta

área do conhecimento humano.

5.1 Teses e dissertações

Foram encontradas, no período pesquisado, um total de 70 (setenta) publicações sobre a EdC,

sendo 10 (dez) teses de doutorado, 30 (trinta) dissertações de mestrado, 14 (quatorze) artigos

publicados em revistas e periódicos e 15 (quinze) artigos publicados em anais de congressos

relacionados à Engenharia de Produção (o estudo limitou-se à pesquisa nos anais de CNEG,

SIMPEP e ENEGEP). A figura 2, a seguir, demonstra em percentuais, a composição do total

de publicações, por tipo de trabalhos elaborados.

Figura 2 – Tipos de trabalhos encontrados na pesquisa (%)

Em relação às teses e dissertações, considera-se relevante ressaltar que foram encontradas

tanto em instituições de ensino superior públicas quanto privadas, sendo este um dado

interessante do ponto de vista da abrangência e do interesse pelo tema nos meios acadêmicos.

Nove foram as Instituições de Ensino Superior (IES) que tiveram teses sobre EdC pesquisadas

no período, contemplando, estas publicações nove diferentes áreas, conforme se observa na

tabela 1 que apresenta, sinteticamente, o número de teses publicadas no período, as

instituições onde foram realizadas e os anos de publicação.

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Conforme se pode observar, destaca-se, dentre as IES, A PUC/RJ, que contribuiu com duas

teses sobre o tema, nos anos de 2004 e 2006, contemplando duas diferentes áreas, ou seja,

Administração e Engenharia de Produção. Dentre as áreas contempladas, a Engenharia de

Produção foi a única a contribuir com dois trabalhos, também nos anos de 2004 e 2006.

Percebe-se claramente uma dispersão das pesquisas realizadas entre as diferentes áreas do

conhecimento humano, o que denota, ainda, um processo de amadurecimento e crescente

interesse do tema pelos pesquisadores. A tabela 2, a seguir, apresenta de maneira sintética a

produção de teses no período considerado.

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Tratamento semelhante pode ser dado ao conjunto de dissertações encontradas na pesquisa,

conforme a tabela 3 (ordenada por ordem alfabética das siglas das IES).

A pesquisa demonstra que, o tema tem sido explorado por pesquisadores vinculados a IES,

públicas e privadas de todo o país, e, também nas mais diferentes áreas de concentração.

Novamente, dentre as instituições que têm contribuído para o tema, a PUC do Rio de Janeiro

ganha destaque por ser a IES que apresenta o maior número de pesquisas (05), sendo 4 delas

concentradas na área de Administração e 1 na área de Engenharia de Produção.

Dentre as áreas de interesse, a Administração se mostra como campo fértil para pesquisas

desse gênero, contribuindo com quase 50% das pesquisas encontradas. Isto aponta para o

interesse, por estudiosos e práticos da administração, em novas formas de fazer a gestão das

modernas empresas e na busca da quebra dos paradigmas administrativos consolidados ao

longo do tempo.

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Na sequência, a tabela 4 (ordenada por área de concentração), ainda em relação às

dissertações sobre o tema, resume os títulos apresentados, nas diferentes áreas de

concentração, no período.

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5.2 Artigos constantes nos anais de congressos

Foram encontrados 14 (quatorze) artigos relacionados à Economia de Comunhão em dois dos

principais eventos da área de Engenharia de Produção (SIMPEP e ENEGEP), além de 01

(um) artigo encontrado nos anais do CNEG (Congresso Nacional de Excelência em Gestão).

A tabela 5 (agrupada pelos eventos) apresenta os artigos pesquisados, os quais serão

sucintamente analisados na seção seguinte deste artigo.

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Fonte: Elaborada pelos autores

Tabela 5 – Artigos apresentados em congressos: autores e eventos onde foram apresentados

5.3 Artigos publicados em revistas e periódicos nacionais

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A pesquisa retornou um número de 14 (quatorze) artigos encontrados em revistas e periódicos

nacionais, os quais são apresentados na tabela 6 (ordenada pelo Ano de publicação), na

sequência.

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6. A EdC e seu relacionamento com outras áreas

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Além do levantamento quantitativo das publicações sobre o tema, este artigo tem como

escopo a reflexão acerca da EdC e sua relação com outras áreas, e de maneira mais específica

com a Engenharia de Produção. Assim, nesta seção, tendo como base os 15 (quinze) artigos

publicados em anais de congressos e simpósios relacionados na tabela 5, traça-se um

panorama da literatura sobre a mútua contribuição entre a EdC e a Engenharia de Produção.

Dentre os autores contribuintes, Machado e Desideri (2003), propõem, a partir de um estudo

em empresas participantes do projeto, uma reflexão acerca da gestão de pessoas à luz da EdC,

no sentido de demonstrar os efeitos de uma relação baseada em valores como respeito,

confiança, comunhão de bens, entre outros fatores, sobre o relacionamento patrão-empregado

e como isto pode servir para alavancar a empresa.

Com propósito similar, Medeiros e Martins (2007) propõem a identificação de possíveis

virtudes sociais que, emergentes do relacionamento entre colaboradores e entre estes e suas

lideranças, concluindo que é possível a constituição de diferentes formas de relações, ricas de

virtudes sociais, no mundo do trabalho, valorizando a relação entre o capital social e os

valores humanos. De fato, os aspectos humanísticos e éticos aplicados na gestão das modernas

organizações emergem como um tema recorrente nos estudos acerca da EdC, seja no estudo

dos impactos dos princípios da EdC no relacionamento entre as pessoas, seja na questão da

gestão do conhecimento voltada para a conquista de um desenvolvimento sustentável em

ambientes de negócios contemporâneos (OLIVEIRA E FANDIÑO, 2004).

Lucas e Barbosa Filho (2006), consideram as dificuldades, para os gestores, na condução de

empresas em um ambiente dinâmico, permeado de incertezas e marcado por desigualdades

sociais e, procedem a um estudo sobre os princípios que são norteadores do sistema de gestão

de uma empresa vinculada à EdC, vinculando, em seu trabalho, o projeto Economia de

Comunhão ao conceito de responsabilidade social, teorias das quais, as convergências e

divergências entre elas são o tema do estudo de Valéry e Gomes (2008) cujo artigo se propõe

a contribuir para o entendimento dos aspectos característicos de cada abordagem.

A ética e a responsabilidade social são, ainda, analisadas no artigo de Cavalcanti, Melo e

Ribeiro (2006), que consideram a prática de ações sociais inseridas no planejamento

estratégico, na missão e nos princípios de modernas empresas e, neste contexto, identificam

estas características nas empresas com gestão calcada nos princípios da Economia de

Comunhão.

Ampliando o foco da responsabilidade social, alguns autores, entre eles Martins, Franco e

Silva (2006) analisam a contribuição da Economia de Comunhão à questão do

desenvolvimento sustentável, passando a vincular o projeto a outra de suas dimensões – a

preocupação ambiental e a busca pela erradicação da pobreza. Segundo os pesquisadores,

“ao colher os resultados do projeto da Economia de Comunhão se verifica que a EdC constitui

uma possível resposta à realização do desenvolvimento sustentável”. Questões ambientais são

também consideradas por Gonçalves (2004), cujo trabalho ilumina, por meio de um estudo

realizado em uma empresa vinculada à EdC, a necessidade de mudança de mentalidade dos

empresários em relação ao destino a ser dado nos descartes de resíduos sólidos industriais.

Valiosa também é a contribuição de Martins et al., (2006), ao reconhecerem que “a EdC vive

um período de teorização daquilo que já existe na prática” desde sua fundação e, neste

sentido, reconhecerem a semelhança entre a EdC e o empreendedorismo social, conceito

igualmente em processo de amadurecimento.

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Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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Por sua vez, Medeiros e Gonçalves (2006) retomam a questão da produção, em empresas

vinculadas à EdC, dos valores humanos relacionais considerados como capital social, de que

forma isto ocorre e quais os impactos desta “nova visão” sobre a engenharia de produção.

Sobre a necessidade deste novo olhar sobre o mundo, refletido no processo de gestão das

empresas, significativa é a constatação de Machado et al., (2004), que identificam a EdC

como uma possível resposta a este desafio, cujo princípios, calcados na Doutrina Social da

Igreja, possam ser os pilares para a implantação de uma organização não mais

instrumentalista mas onde o homem possa resgatar seu papel de sujeito-autor de sua história.

Finalmente, ao estudar a relação entre a Engenharia de Produção e a Economia de Comunhão,

ensinam Gonçalves, Medeiros e Rocha (2005) que “trabalhar é preciso”. Em seu artigo, os

autores argumentam que é preciso se estabelecer um debate acerca desta relação,

identificando características que permitem diferenciar a EdC dos modelos de produção

predominantemente capitalistas ou solidários.

7. Considerações finais

Este artigo teve como principal objetivo apresentar um panorama das principais publicações

sobre a EdC, na literatura nacional, no período 2000-2012.

Pelo que se pôde perceber, de acordo com os resultados encontrados, o tema encontra-se,

ainda, em uma fase de descoberta e tem suscitado trabalhos em uma grande parte de IES,

públicas e privadas espalhadas pelo Brasil, contemplando as mais diferentes áreas de

concentração. De qualquer forma se mostra como campo fértil para novas pesquisas.

Destaca-se, em relação ao volume de produções científicas levantadas, a quantidade de teses e

dissertações realizadas no período, cujos temas e resultados foram apresentados em

congressos e simpósios relacionados à Engenharia de Produção, sendo que, para esta área, o

número de artigos gerados possa, ainda, ser considerado muito pequeno frente ao potencial

que o tema enseja. Isto se aplica, também, ao reduzido número de publicações encontradas em

revistas e periódicos nacionais.

O artigo, que ora se apresenta, é limitado em suas pretensões, contemplando apenas a

literatura nacional, com um corte temporal específico. Aponta-se para a necessidade de novas

pesquisas que venham contemplar outros aspectos da EdC e, assim, satisfazer o desejo de

Chiara Lubich, expresso em 2001, no sentido de que a Economia de Comunhão deveria

extrapolar a simples exemplificação e criação de empresas baseadas na opinião de quem é

“mais ou menos competente”, conforme Lubich (2004), mas, sobretudo, tornar-se uma

verdadeira ciência que pudesse valorizar aqueles que se propusessem a demonstrá-la com

fatos e, ao mesmo tempo, representar uma verdadeira “vocação” para aqueles que, de alguma

forma, para ela se dedicarem.

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