eca - leis adicionadas

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Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 13.106, DE 17 DE MARÇO DE 2015. Altera a Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, para tornar crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alcoólica a criança ou a adolescente; e revoga o inciso I do art. 63 do Decreto-Lei n o 3.688, de 3 de outubro de 1941 - Lei das Contravenções Penais. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 o O art. 243 da Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente , passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica: Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.” (NR)

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Estatuto da criança e do adolescente

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Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos

LEI N 13.106, DE17 DE MARO DE 2015.Altera a Lei no8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criana e do Adolescente, para tornar crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alcolica a criana ou a adolescente; e revoga o inciso I do art. 63 do Decreto-Lei no3.688, de 3 de outubro de 1941 - Lei das Contravenes Penais.

APRESIDENTADAREPBLICAFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1o O art. 243 daLei no8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criana e do Adolescente, passa a vigorar com a seguinte redao:Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criana ou a adolescente, bebida alcolica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependncia fsica ou psquica:Pena - deteno, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato no constitui crime mais grave. (NR)Art. 2oALei no8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 258-C:Art. 258-C. Descumprir a proibio estabelecida no inciso II do art. 81:Pena - multa de R$ 3.000,00 (trs mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais);Medida Administrativa - interdio do estabelecimento comercial at o recolhimento da multa aplicada.Art. 3oRevoga-se oinciso I do art. 63 do Decreto-Lei no3.688, de 3 de outubro de 1941 - Lei das Contravenes Penais.Art. 4oEsta Lei entra em vigor na data de sua publicao.Braslia, 17 de maro de 2015; 194oda Independncia e 127oda Repblica.DILMA ROUSSEFFJos Eduardo CardozoMiguel RossettoIdeli SalvattiEste texto no substitui o publicado no DOU de 18.3.2015*Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos

LEI N 12.955, DE5 DE FEVEREIRO DE 2014.Acrescenta 9oao art. 47 da Lei no8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente), para estabelecer prioridade de tramitao aos processos de adoo em que o adotando for criana ou adolescente com deficincia ou com doena crnica.

APRESIDENTA DAREPBLICAFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1o Esta Lei confere prioridade para os processos de adoo quando o adotando for criana ou adolescente com deficincia ou com doena crnica.Art. 2o Oart. 47 da Lei no8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criana e do Adolescente), passa a vigorar acrescido do seguinte 9o:Art. 47. ..................................................................................................................................................................... 9Tero prioridade de tramitao os processos de adoo em que o adotando for criana ou adolescente com deficincia ou com doena crnica. (NR)Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.Braslia, 5 de fevereiro de 2014; 193oda Independncia e 126oda Repblica.DILMA ROUSSEFFJos Eduardo CardozoPatrcia BarcelosEste texto no substitui o publicado no DOU de 6.2.2014*Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos

LEI N 12.696, DE25 DE JULHO DE 2012.Mensagem de vetoAltera os arts. 132, 134, 135 e 139 da Lei no8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente), para dispor sobre os Conselhos Tutelares.

O VICEPRESIDENTE DA REPBLICA,no exerccio do cargo dePRESIDENTE DA REPBLICAFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1o Os arts. 132, 134, 135 e 139 daLei no8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criana e do Adolescente), passam a vigorar com a seguinte redao:Art. 132. Em cada Municpio e em cada Regio Administrativa do Distrito Federal haver, no mnimo, 1 (um) Conselho Tutelar como rgo integrante da administrao pblica local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela populao local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) reconduo, mediante novo processo de escolha. (NR)Art. 134. Lei municipal ou distrital dispor sobre o local, dia e horrio de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto remunerao dos respectivos membros, aos quais assegurado o direito a:I - cobertura previdenciria;II - gozo de frias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um tero) do valor da remunerao mensal;III - licena-maternidade;IV - licena-paternidade;V - gratificao natalina.Pargrafo nico. Constar da lei oramentria municipal e da do Distrito Federal previso dos recursos necessrios ao funcionamento do Conselho Tutelar e remunerao e formao continuada dos conselheiros tutelares. (NR)Art. 135. O exerccio efetivo da funo de conselheiro constituir servio pblico relevante e estabelecer presuno de idoneidade moral. (NR)Art. 139. .................................................................... 1 O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrer em data unificada em todo o territrio nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do ms de outubro do ano subsequente ao da eleio presidencial. 2o A posse dos conselheiros tutelares ocorrer no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha. 3o No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor. (NR)Art. 2o (VETADO).Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.Braslia, 25 de julho de 2012; 191oda Independncia e 124oda Repblica.MICHEL TEMERJos Eduardo CardozoGilberto CarvalhoLuis Incio Lucena AdamsPatrcia BarcelosEste texto no substitui o publicado no DOU de 26.7.2012Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos

LEI N 12.962, DE8 DE ABRIL DE 2014.Altera a Lei no8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criana e do Adolescente, para assegurar a convivncia da criana e do adolescente com os pais privados de liberdade.

APRESIDENTADAREPBLICAFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1oALei no8.069, de 13 de julho de 1990- Estatuto da Criana e do Adolescente, passa a vigorar com as seguintes alteraes:Art. 19. .................................................................................................................................................................... 4oSer garantida a convivncia da criana e do adolescente com a me ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas peridicas promovidas pelo responsvel ou, nas hipteses de acolhimento institucional, pela entidade responsvel, independentemente de autorizao judicial. (NR)Art. 23. ........................................................................ 1oNo existindo outro motivo que por si s autorize a decretao da medida, a criana ou o adolescente ser mantido em sua famlia de origem, a qual dever obrigatoriamente ser includa em programas oficiais de auxlio. 2oA condenao criminal do pai ou da me no implicar a destituio do poder familiar, exceto na hiptese de condenao por crime doloso, sujeito pena de recluso, contra o prprio filho ou filha. (NR)Art. 158. ...................................................................... 1oA citao ser pessoal, salvo se esgotados todos os meios para sua realizao. 2oO requerido privado de liberdade dever ser citado pessoalmente. (NR)Art. 159. ......................................................................Pargrafonico. Na hiptese de requerido privado de liberdade, o oficial de justia dever perguntar, no momento da citao pessoal, se deseja que lhe seja nomeado defensor. (NR)Art. 161. .................................................................................................................................................................. 5oSe o pai ou a me estiverem privados de liberdade, a autoridade judicial requisitar sua apresentao para a oitiva. (NR)Art. 2oEsta Lei entra em vigor na data de sua publicao.Braslia, 8 de abril de 2014; 193oda Independncia e 126oda Repblica.DILMA ROUSSEFFJos Eduardo CardozoLourdes Maria BandeiraIdeli SalvattiEste texto no substitui o publicado no DOU de 9.4.2014*Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos

LEI N 13.046, DE1 DE DEZEMBRO DE 2014.Altera a Lei no8.069, de 13 de julho de 1990, que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente e d outras providncias, para obrigar entidades a terem, em seus quadros, pessoal capacitado para reconhecer e reportar maus-tratos de crianas e adolescentes.

APRESIDENTADAREPBLICAFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1oALei no8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescida dos seguintes dispositivos:Art. 70-B.As entidades, pblicas e privadas, que atuem nas reas a que se refere o art. 71, dentre outras, devem contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-tratos praticados contra crianas e adolescentes.Pargrafo nico. So igualmente responsveis pela comunicao de que trata este artigo, as pessoas encarregadas, por razo de cargo, funo, ofcio, ministrio, profisso ou ocupao, do cuidado, assistncia ou guarda de crianas e adolescentes, punvel, na forma deste Estatuto, o injustificado retardamento ou omisso, culposos ou dolosos.Art. 94-A.As entidades, pblicas ou privadas, que abriguem ou recepcionem crianas e adolescentes, ainda que em carter temporrio, devem ter, em seus quadros, profissionais capacitados a reconhecer e reportar ao Conselho Tutelar suspeitas ou ocorrncias de maus-tratos.Art. 136. ..................................................................................................................................................................XII -promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, aes de divulgao e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianas e adolescentes. (NR)Art. 2oEsta Lei entra em vigor na data de sua publicao.Braslia, 1ode dezembro de 2014; 193oda Independncia e 126oda Repblica.DILMA ROUSSEFFJos Eduardo CardozoIdeli SalvattiEste texto no substitui o publicado no DOU de 2.12.2014*Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos

LEI N 13.010, DE26 DE JUNHO DE 2014.Mensagem de vetoAltera a Lei no8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente), para estabelecer o direito da criana e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos fsicos ou de tratamento cruel ou degradante, e altera a Lei no9.394, de 20 de dezembro de 1996.

A PRESIDENTADAREPBLICAFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1oALei n 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente), passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 18-A, 18-B e 70-A:Art. 18-A.A criana e o adolescente tm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo fsico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correo, disciplina, educao ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da famlia ampliada, pelos responsveis, pelos agentes pblicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, trat-los, educ-los ou proteg-los.Pargrafo nico. Para os fins desta Lei, considera-se:I - castigo fsico: ao de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da fora fsica sobre a criana ou o adolescente que resulte em:a) sofrimento fsico; oub) leso;II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relao criana ou ao adolescente que:a) humilhe; oub) ameace gravemente; ouc) ridicularize.Art. 18-B.Os pais, os integrantes da famlia ampliada, os responsveis, os agentes pblicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianas e de adolescentes, trat-los, educ-los ou proteg-los que utilizarem castigo fsico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correo, disciplina, educao ou qualquer outro pretexto estaro sujeitos, sem prejuzo de outras sanes cabveis, s seguintes medidas, que sero aplicadas de acordo com a gravidade do caso:I - encaminhamento a programa oficial ou comunitrio de proteo famlia;II - encaminhamento a tratamento psicolgico ou psiquitrico;III - encaminhamento a cursos ou programas de orientao;IV - obrigao de encaminhar a criana a tratamento especializado;V - advertncia.Pargrafo nico. As medidas previstas neste artigo sero aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuzo de outras providncias legais.Art. 70-A.A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero atuar de forma articulada na elaborao de polticas pblicas e na execuo de aes destinadas a coibir o uso de castigo fsico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas no violentas de educao de crianas e de adolescentes, tendo como principais aes:I - a promoo de campanhas educativas permanentes para a divulgao do direito da criana e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigo fsico ou de tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de proteo aos direitos humanos;II - a integrao com os rgos do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica, com o Conselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criana e do Adolescente e com as entidades no governamentais que atuam na promoo, proteo e defesa dos direitos da criana e do adolescente;III - a formao continuada e a capacitao dos profissionais de sade, educao e assistncia social e dos demais agentes que atuam na promoo, proteo e defesa dos direitos da criana e do adolescente para o desenvolvimento das competncias necessrias preveno, identificao de evidncias, ao diagnstico e ao enfrentamento de todas as formas de violncia contra a criana e o adolescente;IV - o apoio e o incentivo s prticas de resoluo pacfica de conflitos que envolvam violncia contra a criana e o adolescente;V - a incluso, nas polticas pblicas, de aes que visem a garantir os direitos da criana e do adolescente, desde a ateno pr-natal, e de atividades junto aos pais e responsveis com o objetivo de promover a informao, a reflexo, o debate e a orientao sobre alternativas ao uso de castigo fsico ou de tratamento cruel ou degradante no processo educativo;VI - a promoo de espaos intersetoriais locais para a articulao de aes e a elaborao de planos de atuao conjunta focados nas famlias em situao de violncia, com participao de profissionais de sade, de assistncia social e de educao e de rgos de promoo, proteo e defesa dos direitos da criana e do adolescente.Pargrafo nico. As famlias com crianas e adolescentes com deficincia tero prioridade de atendimento nas aes e polticas pblicas de preveno e proteo.Art. 2oOs arts. 13 e 245 daLei n 8.069, de 13 de julho de 1990, passam a vigorar com as seguintes alteraes:Art. 13.Os casos de suspeita ou confirmao de castigo fsico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criana ou adolescente sero obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuzo de outras providncias legais.................................................................................... (NR)Art. 245. (VETADO).Art. 3oO art. 26 daLei no9.394, de 20 de dezembro de 1996(Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional), passa a vigorar acrescido do seguinte 9o:Art. 26. ..................................................................................................................................................................... 9oContedos relativos aos direitos humanos e preveno de todas as formas de violncia contra a criana e o adolescente sero includos, como temas transversais, nos currculos escolares de que trata ocaputdeste artigo, tendo como diretriz aLei no8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente), observada a produo e distribuio de material didtico adequado. (NR)Art. 4oEsta Lei entra em vigor na data de sua publicao.Braslia, 26 de junho de 2014; 193oda Independncia e 126oda Repblica.DILMA ROUSSEFFJos Eduardo CardozoIdeli SalvattiLus Incio Lucena AdamsEste texto no substitui o publicado no DOU de 27.6.2014 eretificado em 3.7.2014*