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SUMÁRIO

Filiado à

EXPEDIENTE

JORNAL DA FEQUIMFAR é publicado pela

Federação dos Trabalhadoresnas Indústrias Químicas e

Farmacêuticas do Estado de São Paulo

Rua Tamandaré, 120/124 - Liberdade CEP 01525-000

São Paulo/SP - Tel: (11) 3277-5000Fax: (11) 3277-5216

Correio Eletrônico: [email protected] Responsável: Sérgio Luiz Leite.

Editor: Paulo de Tarso Gracia - MTb 24.714.Jornalista Responsável:

Amanda de Paula - Mtb 47.710.Redação / Arte:

Michely Ascari, estágio em JornalismoFotos: Departamento de Imprensa e

Comunicação Fequimfar.Diagramação e Impressão:

Gráfica e Editora JBA (11) 3903-5053

*Esta publicação é impressa em papel com madeira de reflorestamento .

Ano 2011 - Edição nº 112

3 ............................................................................. DIRETO DA BASE

7 .............................................................................................. GERAL

10 ..........................................A QUÍMICA QUE FALTA PARA CRESCER

12 .............................................................................. RETROSPECTIVA

14 ............................................................................. DIRETO DA BASE

15 ...............................................................................................CNTQ

16 .................................FORÇA SÃO PAULO / SAÚDE E SEGURANÇA

17 .......................................................................................... MULHER

18 ......................................................................... ESPAÇO DA FORÇA

19 ......................................... RELAÇÕES INTERNACIONAIS / ARTIGO

Sergio Luiz Leite - Presidente da Fequimfar

2 Jornal da Federação

História ontem e hoje!Um pouco da História... Há cerca de 150 anos, a renda per capita na maioria nas nações de todo o mundo estava num nível próximo do zero. Foi um longo período de estagnação econômica e social. Nessa época, apenas um reduzido grupo de países, como a Inglaterra, Estados Unidos, França e Alemanha, entre outros, conseguiram se

estruturar e conquistar um lugar ao sol no paraíso da soberania financeira internacional. Mas mesmo nesses países, a grande maioria das pessoas nascia e morria pobre sem nunca conseguir uma melhora de vida. Não existia crescimento e o alimento estava sempre em falta. Tudo o que existia era miséria e fome. Mas foi nessa mesma época, com o advento da Revolução Industrial, que esse triste quadro começou a se reverter. Vieram os progressos tecnológicos, que elevaram sistematicamente a produtividade humana, sendo que muitos países começaram a ser beneficiados pelo sucesso de todos esses avanços. E nesse processo o movimento sindical nasceu e se fez presente, na luta por mais direitos e contra as agruras trazidas pelas linhas de produção, além de assumir o papel de interlocutor da classe trabalhadora junto ao estado, os patrões e a sociedade. De 1830 a 1914, o mundo mais que dobrou a produtividade, a vida das pessoas em geral e dos trabalhadores em particular, melhorou um pouco, sendo que o progresso tecnológico, científico e a formação de capital humano capacitado não foram suficientes para elevar crescimento econômico e bem-estar de toda humanidade. É uma situação que até hoje se perpetua, pois muitos fatores são necessários para que determinada nação obtenha sucesso, junto ao seu próprio desenvolvimento. Mas nos últimos anos, para o povo brasileiro, esse quadro começou a mudar... O Brasil, desde a sua descoberta, viveu sempre sob os efeitos dos ciclos: açúcar, ouro, café, além de outros de menor relevância econômica. O resultado desses ciclos foi uma desproporcional desigualdade social, visto a formação de uma alta renda no local onde ocorriam, mas que ficava concentrada somente para determinados grupos de pessoas. Mas quando o ciclo terminava, o modelo de subsistência voltava. Somente no pós-guerra, com o fim do ciclo do café, é que nossa economia conseguiu entrar finalmente no “ciclo da industrialização”.

De 1930 a 1970, a economia brasileira cresceu em média 7,0% ao ano, o que dava uma taxa de crescimento da renda per capita a cerca de dois por cento. Isso tudo graças às ações do governo que na falta de capital interno ou desinteresse do capital internacional, ousou investir pesadamente na economia. Foi um longo período, regimes ditatoriais e democráticos, com altos e baixos e intervenções diretas do estado e poucos debates no campo social e trabalhista. O ciclo industrial foi beneficiado, mas as dificuldades continuaram a incidir contra os trabalhadores e a própria sociedade. Em seguida, nas décadas de 70 e 80, passamos por diversas crises e pacotes econômicos. Lembrando que foi, a partir do final dos anos 70, que o movimento sindical se consolidou mais do que nunca, como porta voz do operariado e da sociedade, frente às agruras financeiras e sociais. Na década de 1990, o neoliberalismo trouxe intensas mudanças na relação governo/indústria. Deu-se início a uma série de privatizações de empresas nacionais. A iniciativa privada passou a ser o foco principal, mas o nível de emprego caiu. Contra toda essa metodologia, a sociedade se fez ouvir e assim, conseguimos eleger um presidente oriundo da classe trabalhadora, que promoveu mudanças significativas em nossa economia, privilegiando o diálogo, incentivando o emprego e o consumo interno, em benefício aos meios produtivos, para em seguida elegermos a primeira presidente mulher desta nação, também comprometida com valores trabalhistas e sindicais. Ora, aprendemos um pouco com tudo isso, saímos de uma tremenda crise e agora entramos em outra que é fruto dos resquícios da primeira. O mundo está apavorado, a Europa em desespero, mas o Brasil precisa avançar. E a despeito dos contrários, nós do movimento sindical, continuamos a lutar por políticas e medidas mais justas em toda essa relação capital/emprego. Lutamos por medidas essenciais, como o incentivo ao emprego, o consumo interno e responsável, o trabalho decente, a redução da jornada de trabalho, a ratificação da Convenção 158, entre outras bandeiras de luta, para que o Brasil seja sempre referência na luta por mais justiça social. Almejamos um estado que esteja sempre no rumo do progresso e desenvolvimento, junto a ações imediatas no campo social e político, onde palavras antigas no nosso vocabulário, como incentivo a educação, saúde, segurança, reforma política, agrária e tributaria, junto a um maior respeito aos direitos trabalhistas, possam ser um pouco mais respeitadas. Não sabemos se os chamados países ricos e desenvolvidos aprenderam com a História, mas foi ela que nos trouxe até aqui e irá referendar toda a nossa Luta.

DIRETO DA BASE

Jornal da Federação 3

Vitória dos trabalhadores

Presença maciça dos trabalhadores na eleição do STI Vale do Ribeira

Mais de 116 mil trabalhadores em todo o estado de São Paulo nos segmentos químico, plástico, fertilizantes, abrasivos, cosméticos, tintas e vernizes foram beneficiados pela campanha salarial e social

Após algumas rodadas de negociação, no dia 9 de novembro, lideranças da FEQUIMFAR, sindicatos filiados e representantes patronais do Grupo CEAG-10 da FIESP assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho, reajustando os benefícios dos mais de 115 mil trabalhadores no estado de São Paulo. “Seguindo nossa tradição de luta, novamente conquistamos um bom reajuste no piso e demais salários dos trabalhadores e trabalhadoras dos segmentos químicos, além de uma significativa PLR”, afirma Jurandir Pedro de Souza, tesoureiro da FEQUIMFAR e presidente do STI Itapetininga. Principais conquistasReajuste de 9% que representa 2,19% de aumento real pelo INPC/IBGE;Piso salarial de R$ 980,00 (reajuste de 10,11%) que representa 3, 23% de aumento real pelo INPC/IBGE;PLR de R$ 730,00 (reajuste de 10,64%) que representa 3,69%

de aumento real pelo INPC/IBGE.Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR e presidente do STI Bauru, parabenizou os dirigentes químicos pela mobilização da categoria: “Mais uma vez os trabalhadores foram contemplados pela luta da Federação e de seus sindicatos filiados, que também com o apoio da CNTQ, junto às mobilizações e paralisações nas portas das empresas, obtiveram mais uma vitória”. Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da FEQUIMFAR, fala da importância da mobilização de toda a categoria: “Direitos como férias, FGTS, adicionais, PLR, além daqueles que, hoje, proporcionam melhores condições no ambiente de trabalho e que também privilegiam toda a sociedade, se deve à luta do movimento sindical. Se hoje temos uma considerável Convenção Coletiva, isso é graças à soma de esforços conjuntos, de nossa Federação e seus sindicatos, junto a todos os trabalhadores”.

O STI Vale do Ribeira realizou, na Sede do Sindicato, sua eleição que reafirmou a satisfação da base pelo grupo liderado pelo companheiro Germano Luiz Ferrari Busato, através de 98,7% dos votos. A votação contou com a presença de 157 sócios sindicalizados, que compareceram voluntariamente para prestigiar a eleição. Levy Gonçalves de Oliveira, diretor da FEQUIMFAR, coordenou o processo eleitoral, com o apoio de Carlos Alberto dos Santos, presidente do STI Sorocaba. “O maior vencedor foi a organização dos trabalhadores. Cabe às empresas entender o recado que nossa entidade está unida, forte e pronta para o que der e vier” disse Germano, presidente eleito. A solenidade de posse aconteceu no dia 3 de dezembro.

Edson, Serginho, Carlão, presidente do STI Sorocaba, e Maria Nalva, presidente do STI Jaguariúna, na assinatura da Convenção Coletiva

Edson e a bancada dos trabalhadores Tião, presidente do STI Pindamonhangaba, Jurandir e Célio, presidente do STI Guairá

Processo Eleitoral reelegeu o presidente do sindicato, Germano Luiz Ferrari

Mesa de negociação

4 Jornal da Federação

DIRETO DA BASE

Químicos de Americana reelegem diretoria

Dirigente químico participa da PCDA do DIEESE

A Força dos Químicos de Suzano: Diretoria é Reeleita

A Chapa 1, coordenada por Fabrício Cardoso Cangussu, foi reeleita pelos trabalhadores e trabalhadoras dos segmentos da região do sindicato

Trabalho e Desenvolvimento foi o tema condutor do programa que capacita lideranças e assessores sindicais

O novo mandato começa agora em 2012, tem duração de 5 anos. Estiveram presentes a fim de prestigiar a reeleição da diretoria, o companheiro Antonio Silvan, presidente do STI Guarulhos e da CNTQ, além de diversos representantes da FEQUIMFAR, como Sérgio Luiz Leite, o Serginho, presidente da entidade, Edson Dias Bicalho, secretário geral, Jurandir Pedro de Souza, tesoureiro e Levy Gonçalves, diretor. Conhecido por seus anos de histórias e lutas, o STI Americana foi fundado em 1989 e comandou importantes greves e movimentos que trouxeram grandes conquistas aos empregados. Graças a isso, os trabalhadores conquistaram uma Convenção Coletiva sobre segurança para máquinas injetoras e sopradoras, reduzindo o número de acidentes de trabalho em 60% e passando a exigir equipamentos de segurança por parte das empresas. Já em relação às indústrias químicas, melhores condições de trabalho e saúde para os trabalhadores foram oferecidas, sendo realizados periodicamente exames de sangue e uma rigorosa higienização nos uniformes dos funcionários.

No mês de setembro, começou o 2º Programa de Capacitação para Dirigentes e Assessores Sindicais (PCDA 2011) com atividades de estudo e pesquisa voltadas para a estratégia e ação sindical. Josemar Barros da Silva, diretor do STI Itapetininga, participou do programa, representando a FEQUIMFAR. Segundo ele, o curso é inovador e tratou de temas relevantes da atual realidade do sindicalismo brasileiro, como desenvolvimento sustentável, inovação, tecnologia, distribuição de renda e reforma agrária. “Com o apoio da Federação dos Químicos e da diretoria do STI Itapetininga, tive esta importante oportunidade e terminei este curso bem mais preparado para defender a nossa categoria”, declara ele. O PCDA foi realizado na cidade de Atibaia (SP), entre setembro e novembro.

Diversos trabalhadores e trabalhadoras da região de Suzano reelegeram, nos dias 6 e 7 de outubro, a Chapa 1, no processo eleitoral que aconteceu na sede da entidade e em mais sete urnas itinerantes, que percorreram os municípios da base. Representando a FEQUIMFAR, Sérgio Luiz Leite, presidente, esteve prestigiando o evento e auxiliou na abertura dos trabalhos que resultaram na escolha da diretoria para o mandato 2012/2016, presidida por Sebastião de Melo Neto. “Iremos continuar o trabalho que vem sendo muito bem realizado, com boas propostas, postura e luta da diretoria em favor dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria”, declarou Geraldo Pereira Filho, presidente reeleito do STI Suzano. Encerramento do processo eleitoral do STI Suzano

Jurandir e o companheiro Josemar Barros da Silva, diretor do STI Itapetininga

Jornal da Federação 5

DIRETO DA BASE

Tradicional festa do Dia das Crianças no STI Instrumentos Musicais e Brinquedos O evento foi realizado no Clube Independência, no Bairro do Brás, em São Paulo, a 14ª Festa do Dia das Crianças

O evento organizado pelo STI Instrumentos Musicais e Brinquedos já é tradicional na categoria e contou com mais de 1,5 mil trabalhadores e trabalhadoras do setor, seus filhos e familiares. Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR, também esteve presente na festa junto com Edson Bicalho, secretário geral, e Levy Gonçalves, diretor. Na festa, as crianças puderam se divertir nos diversos brinquedos como piscina de bolinha e o teatro de bonecos com o palhaço Pirulito, além de brincar com personagens infantis da turma do Peter Pan. Houve também o sorteio de brinquedos e instrumentos musicais, coordenado pelas lideranças sindicais que estavam presentes. “Agradecemos as empresas parceiras da categoria e entidades como a FEQUIMFAR e a Força Sindical, cujo apoio foi fundamental para o sucesso de mais esta festa”, disse Maria Auxiliadora, presidente do STI Instrumentos Musicais e Brinquedos. No dia 15 de outubro, a festa aconteceu na subsede do sindicato, em Itapira.

Maria Auxiliadora, presidente do STI Instrumentos Musicais e Brinquedos

Serginho entrega brinde a participantes da festa

Diretoria do STI Guarulhos toma posseA diretoria do STI Guarulhos, que foi eleita em junho para o quadriênio 2011/2015, tomou posse numa concorrida cerimônia na sede da entidade

Dirigentes sindicais da FEQUIMFAR, sindicatos filiados e representantes de outras categorias profissionais marcaram presença no evento que também comemorou os 49 anos de atuação do STI Guarulhos. Antonio Silvan Oliveira, presidente reeleito da entidade, falou da importância da entidade, que ao longo dos anos tem sido reconhecida e referendada como modelo pela luta por novas conquistas e pela garantia e manutenção de direitos da classe trabalhadora. Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da Federação dos Químicos, disse que a história do STI Guarulhos caminha lado a lado com o desenvolvimento da FEQUIMFAR e é marcada por vitórias e conquistas para a categoria representada. Atualmente, o STI Guarulhos representa 20 mil trabalhadores em Guarulhos e região e oferece aos seus associados, convênio de idiomas, de informática, esportes, cultura e salão de beleza. O lazer e o bem estar do trabalhador e sua família, são contemplados pelo Clube de Campo, em Mairiporã e a Colônia de Férias, em Caraguatatuba, além do Espaço de Lazer e Eventos do Sindiquímicos que proporciona inúmeras atividades sociais e esportivas.

Diretoria eleita do STI Guarulhos

Antonio Silvan, presidente eleito do STI Guarulhos

Mesa de abertura da posse Serginho, Silvan, Jurandir e Edsion

6 Jornal da Federação

DIRETO DA BASE

Trabalhadores da usina Agrest fazem manifestação em São Paulo

Diretoria do STI Itapecerica da Serra é reeleita

STI Itapetininga realiza solenidade de posse da diretoria

No dia 22 de novembro, mais de 700 trabalhadores da usina Agrest, familiares, autoridades políticas e sindicais, apoiadas pelo STI Ipaussu, FEQUIMFAR e sindicatos filiados, realizaram uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. De acordo com informações do STI Ipaussu, depois de conseguir firmar acordo e definir as datas para a homologação dos contratos de demissão de cerca de 800 operários, a usina Agrest voltou à situação de falência depois que a massa falida entrou com recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo. Essa situação impede que a empresa pague os direitos trabalhistas. O objetivo da mobilização foi sensibilizar as autoridades que vão analisar o caso da demissão dos 800 funcionários, que já se transformou em um problema social que afeta a cidade de Espírito Santo do Turvo, onde esta localizada a Agrest, e toda a região que depende do trabalho na usina.

No dia 8 de novembro, o STI Itapecerica da Serra realizou a eleição para renovação da diretoria, que tem o mandato entre 2011 e 2015. Com o apoio da FEQUIMFAR, o Sindicato percorreu as empresas de sua base territorial e coletou os votos dos associados. Com mais de 90% de aprovação, a chapa coordenada por José Roberto da Silva, foi escolhida. Na composição de diretoria, seis novos diretores passaram a integrar a equipe, que renovada, promete continuar na luta pelos direitos dos trabalhadores. Estiveram presentes no evento, represetando a FEQUIMFAR e seus sindicatos filiados, Edson Dias Bicalho, secretário geral, Levy Gonçalvez, diretor e Jurandir Pedro de Souza, tesoureiro.

O STI Itapetininga promoveu, no dia 18 de novembro, a solenidade de posse de sua diretoria. A comemoração contou com a presença de Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da FEQUIMFAR e Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR, além de diversos representantes da Federação e seus sindicatos filiados, que fizeram questão de homenagear os companheiros que foram eleitos no mês de abril, coordenados por Jurandir Pedro de Souza.Jurandir agradeceu aos votos dos trabalhadores e declarou: “O STI Itapetininga reafirma seu compromisso de luta por condições mais seguras e dignas de trabalho, buscando a redução da jornada de trabalho e a manutenção das conquistas sociais.”

Companheiros e companheiras da diretoria do STI Itapecerica da Serra reunidos

Diretoria reeleita

Jurandir, presidente do STI Itapetininga Convidados presentes na posse

Serginho, Levy e José Carlos, do STI Ipaussu, mobilizados juntos aos trabalhadores da usina Agrest

Jornal da Federação 7

Mobilização contra a desindustrialização no setor químico Químicos da Força, juntos com demais representantes dos trabalhadores, empresários e do governo federal, estiveram na sede da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) em Brasília

No dia 4 de novembro, com o objetivo de avaliar propostas referentes ao Plano Brasil Maior, junto aos Conselhos de Competitividade, para o fortalecimento do setor químico, líderes da FEQUIMFAR, sindicatos filiados, representantes patronais e do governo estiveram na sede da ABDI, em Brasília. Na ocasião, foi deliberada a instalação do Conselho de Competitividade do Grupo Químico, prevista para os próximos meses. Segundo Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR, a reunião serviu para reafirmar a unidade de luta pelo crescimento da indústria química no Brasil e avaliar questões referentes ao fortalecimento da competitividade do setor frente à desindustrialização, de incentivo à qualificação de mão de obra especializada, além de ações de cunho social e trabalhista nas áreas de saúde, segurança, nanotecologia. “Nossa intenção é criar uma agenda conjunta de trabalho, em que se priorize o setor químico, que trabalhe para a efetivação dos Conselhos de Competitividade, junto ao plano Brasil Maior”, falou. Vale lembrar que, recentemente, foi encaminhado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega um documento preparado pelas entidades, em conjunto, onde consta o cenário atual do segmento, que deve chegar ao fim do ano com déficit comercial (quando as importações superam as exportações) de US$ 24 bilhões. No documento, empresas e trabalhadores definiram a necessidade de se fazer algo para deter o processo de desindustrialização em curso, além da abertura de um diálogo permanente com o governo. Para Serginho, a expectativa é de que sejam tomadas medidas concretas de incentivo a produção com contrapartidas sociais, além de um maior estímulo tributário, para que o setor continue gerando empregos. “Há perspectiva de crescimento econômico do setor nesses próximos anos, junto à possibilidade de que sejam investidos cerca de R$ 167 bilhões, para gerar empregos e fortalecer a atividade. No entanto, o déficit comercial, que em dez anos, pode somar US$ 240 bilhões, cria entraves para esses investimentos. Incluindo desde a área petroquímica, química, tintas, área farmacêutica, entre outras, lembrando que isso gera no Brasil cerca de 850 mil empregos e, que pode gerar muito mais”. Herbert Passos, presidente do STI Santos, que também esteve na reunião, destacou o atraso existente no Brasil, junto à grande parte das questões abordadas, em relação à necessidade de um amplo e efetivo processo com normas de saúde, proteção e de qualificação profissional, já criado em grande parte dos países desenvolvidos e de muitos que estão em desenvolvimento. (veja matéria principal nas paginas 10 e 11).

GERAL

8 Jornal da Federação

GERAL

Reunião na Secretaria de Segurança Pública discutiu prevenção em acidentes de trabalhoParticiparam da reunião: Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR, Antonio Silvan Oliveira, presidente do STI Guarulhos e da CNTQ, João Donizete Scaboli, responsável pelo departamento de saúde do trabalhador da FEQUIMFAR, e os consultores jurídicos Cesar Augusto de Mello e Maria José.

No dia 7 de novembro, dirigentes da FEQUIMFAR e do STI Guarulhos estiveram reunidos com o secretário adjunto da Segurança Pública Arnaldo Hossepian. Durante o encontro, foi proposta a criação de uma cartilha explicativa que oriente sindicatos, trabalhadores e familiares em caso de acidente de trabalho. Edson falou da importância de estabelecer uma parceria com a Secretaria da Segurança Pública, na criação de uma estrutura que oriente tanto os trabalhadores como toda a sociedade sobre prevenção de acidentes nos locais de trabalho, além de informar sobre os procedimentos que devem ser feitos quando ocorre um acidente. O secretário Hossepian também sugeriu que seja feita uma parceria com o Ministério Público do Trabalho, para que se estabeleça um canal de orientação e fiscalização das empresas, visando a prevenção de acidentes.

Mais uma conquista: aviso prévio proporcionalNo dia 11 de outubro, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que concede aviso prévio de até 90 dias, proporcional ao tempo de trabalho. A nova lei garante que ele seja de 30 dias para os trabalhadores que tiverem até um ano na mesma empresa, devendo ser acrescentado três dias para cada ano de serviço prestado ao mesmo empregador, limitados a 90 dias, equivalentes a 20 anos de trabalho. Esta medida é resultado da luta do movimento sindical para se fazer valer os direitos dos trabalhadores e a partir de agora, deverá inibir a rotatividade no emprego. Só no setor químico, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged), entre os meses de janeiro e agosto, foram demitidos 77.437 trabalhadores na indústria química paulista e 192.041 na indústria química nacional. No acumulado do ano, porém, foram criadas 5.300 vagas na indústria química paulista e 16.892 na indústria química nacional. Entretanto, é importante ressaltar que os estudos também indicam que um admitido em agosto de 2011 na indústria química paulista recebeu, em média, salário 8,8% mais baixo do que um trabalhador que foi desligado. Vale lembrar que o inciso 21 do artigo 7º da Constituição Federal já previa que ser direito dos trabalhadores urbanos e rurais o “aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei”. Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR, declara: “comemoramos mais esta conquista que era uma reivindicação antiga do movimento sindical. Agora, a tendência é de que as demissões imotivadas diminuam, pois elas ficarão mais caras. Esta decisão vai dar maior estabilidade de emprego para a sociedade, contribuindo assim com a diminuição nos gastos com o seguro desemprego, verba que poderá ser usada para qualificação profissional”.

Antonio Silvan, Edson, Arnaldo Hossepian, Secretário Adjunto de Segurança Pública, e João Scaboli

Jornal da Federação 9

Sinproquim comemora 80 anos de fundaçãoO Sinproquim (Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo) comemorou os 80 anos de fundação da entidade. O evento aconteceu em São Paulo, no Espaço Rosa Rosarum, localizado em Pinheiros e contou com a presença do presidente da FEQUIMFAR, Sergio Luiz Leite, para prestigiar a festa. Serginho parabenizou a diretoria da entidade e falou do bom relacionamento que mantém com ela nas negociações coletivas. Nelson Pereira dos Reis, presidente do Sinproquim, declara: “em oito décadas, o Sinproquim, que é a casa da indústria química e petroquímica, sempre se esforçou para elevar o patamar do setor e priorizar o diálogo para encontrar as grandes respostas. Crescemos assim, de forma sustentável e seguindo uma trajetória firme, superando todos os obstáculos impostos por cada época”.

GERAL

Encontro ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes é realizado na Bahia

Eleição do STI Guaíra reelege diretoria

Evento trata de questões ligadas à resolução da desigualdade racial e a valorização da cultura afrodescendente

Nos dias 1 e 2 de dezembro, o STI Guaíra realizou o processo eleitoral que elegeu a diretoria de Chapa Única com 97% dos votos

Proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas como o Ano Internacional dos Afrodescendentes, 2011 foi importante para ressaltar e promover a reflexão quanto à reafirmação da Declaração Universal dos Direitos Humanos em que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e que toda pessoa tem todos os direitos e liberdades nela enunciadas, sem distinção alguma. Baseado neste artigo, entre os dias 16 e 19 de novembro, em Salvador, Bahia, foi realizado o Encontro Ibero-Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes, denominado “Afro XXI”. Na ocasião, representantes da secretaria geral Ibero-Americana (SEGIB), Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir/PR), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Governo do Estado da Bahia trataram de questões como a responsabilidade dos setores da sociedade e a necessidade de atitudes concretas na direção da minimização do ambiente socioeconômico ainda desfavorável aos negros e negras. Francisco Quintino, responsável pelo departamento de promoção da igualdade racial da FEQUIMFAR e diretor do STI Rio Claro, esteve presente no encontro e segundo ele, este evento ressaltou a importância dos 10 anos da Declaração e Programa de Ação de Durban, além dos Pactos e Convenções anteriores de afirmação de direitos específicos e relativos à eliminação do racismo. “Foi verificado que nos últimos 10 anos, houveram avanços significativos no cenário de desigualdade e exclusão, porém este ainda se mostra extremamente grave”, disse. Outro aspecto importante debatido foi inserção social dos negros e negras, que deve ser dar também através da estrutura da política de Estado, com o apoio dos movimentos sociais. Quintino fala da atuação dos negros nos debates internos dos partidos políticos, por exemplo, visando que deixem de ser somente objetos das políticas publicas e passem a ser os principais condutores de suas implementações. “É nosso dever como cidadão cooperar para o fortalecimento de medidas regionais, nacionais e internacionais que beneficiem os afrodescendentes, visando sua participação e integração em todos os aspectos da sociedade e promovendo um maior conhecimento e valorização a diversidade da herança Afrodescente”, finaliza Quintino.

A organização da eleição contou com Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR, e representantes dos sindicados filiados de Bauru, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Araçatuba, que acompanharam a urna de votação em cada empresa e na sede do sindicato. Célio Pimenta, reeleito presidente do STI Guaíra, declarou: “o processo eleitoral aconteceu da melhor forma possível. Já visamos, para este novo mandato que se iniciará em 2012, a construção de uma área de lazer para os mais de 500 associados à nossa entidade”.

Eloi Ferreira de Araujo, ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o companheiro Francisco Quintino, e a deputada Benedita da Silva

10 Jornal da Federação

A química que falta para crescer: inovação com diálogo

O Encontro Anual da Indústria Química realizado pela ABIQUIM em São Paulo na última semana evidenciou os excelentes resultados em termos de aumento do faturamento, da produção e da diversificação das exportações das empresas fabricantes de produtos químicos para uso industrial e dos demais segmentos do setor, como tintas e vernizes, farmacêuticos, fertilizantes, produtos de limpeza e higiene pessoal, defensivos agrícolas e cosméticos.O faturamento líquido do setor químico como um todo, que emprega cerca de 750 mil trabalhadores no País, cresce a taxas médias de 9,1% ao ano desde 1996, com destaque para o setor de fertilizantes (12,2% ao ano), defensivos agrícolas (10,5%) e tintas e vernizes, que cresceu 14,8% apenas no último ano, estimulado pela construção civil. As estimativas da ABIQUIM indicam que a indústria química no Brasil chegará a um faturamento global de US$ 158 bilhões em 2011, crescimento de 23,4% em relação a 2010, o que irá melhorar a posição da indústria química brasileira no cenário mundial, hoje a sétima maior em termos de faturamento. Cerca de 2,5% do PIB brasileiro é resultado da atividade industrial química, e responde por 10,1% do PIB da indústria de transformação no Brasil, atrás apenas da indústria de alimentos, de petróleo e de veículos.

Estes resultados expressivos correspondem à retomada do crescimento econômico da economia brasileira como um todo a partir de 2004, sob a liderança do governo Lula, seguido pela Presidenta Dilma. Entretanto, restam desafios a serem superados, os quais exigem ações coordenadas da indústria e do governo, com decisiva participação dos trabalhadores.O principal desafio, estrutural, diz respeito ao déficit da balança comercial do setor. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o déficit comercial da indústria química deverá ser de US$ 25,9 bilhões em 2011, ante US$ 20,7 bilhões registrados em 2010, indicando que um terço da demanda nacional vem sendo suprida por produção importada. Segundo a ABIQUIM, se 50% desses produtos importados tivesse sido produzido no Brasil, 60 mil novos empregos diretos poderiam ter sido gerados no setor.Mas a decisiva inovação, o grande salto de qualidade que colocará a indústria química brasileira no rumo do desenvolvimento sustentável diz respeito aos valores e as práticas do diálogo social, da promoção da qualidade de vida e da diversidade de gênero e raça, e da valorização dos trabalhadores do setor.Como pudemos debater ao longo deste ano sobre os desafios da indústria química até o ano 2020, a viabilização do crescimento sustentável exige mais proteção social, mais diálogo dentro da fábrica, mais segurança no emprego contra a demissão imotivada, com jornada de trabalho equilibrada com a vida social e familiar, com locais de trabalho mais seguros e saudáveis.Estas condições devem ser consideradas no âmbito dos Conselhos de Competitividade setoriais do Plano Brasil Maior, como medidas estruturais e inovadoras que lhe atribuam a necessária dimensão social.Não haverá crescimento econômico que não seja sustentado em termos trabalhistas, sociais e ambientais. Esta é a inovação que a indústria química brasileira deve

No objetivo maior de fortalecer o dialogo entre os representantes dos trabalhadores e o empresariado, junto ao governo federal, frente à uma união social e política, que sirva de instrumento para ações benéficas e democráticas. Sérgio Luiz Leite, Presidente da Fequimfar e primeiro secretario da força sindical destaca, “Estamos fazendo a nossa parte, dando continuidade a uma agenda

conjunta de ações, sempre objetivando medidas que possam garantir o desenvolvimento do ramo químico no Brasil. Se temos hoje, um mercado de trabalho aquecido, então, não podemos perder esta chance, e assim, lutamos por condições suficientes para o

fortalecimento da indústria química como um todo, paralelamente a medidas de promoção do emprego decente. Nesse contexto, precisamos ampliar o emprego, incentivar a formalização, regularizar a terceirização, dar proteção social, diminuir as taxas de rotatividade e promover cursos de formação

profissional e dar condições de trabalho adequadas. As entidades que representam os trabalhadores químicos redigiram um documento que referenda todas estas expectativas e propostas, para consolidação de nossas lutas, junto um futuro melhor.” Leia o documento abaixo:

Jornal da Federação 11Jornal da Federação 11

A química que falta para crescer: inovação com diálogo

Movimento sindical intensifica a luta e conquista benefícios

A Força Sindical orientou seus sindicatos filiados a lutar com grande afinco pelo aumento dos ganhos reais nas negociações das convenções coletivas das categorias e assim, novamente fomos vitoriosos. Ressaltando que os ganhos reais contribuem diretamente para o crescimento da economia, num processo que gera empregos, consumo e possibilita maior distribuição de renda. Um dos entraves para o crescimento da economia são os juros altos, que combatemos constantemente. Fizemos manifestações pela redução da taxa Selic, como a sardinhada em frente o Banco Central em Brasília e ato com os movimentos sociais em São Paulo. Junto com as centrais CTB, NCST, CGTB e UGT, na chamada unidade de ação, definimos e lutamos pela pauta trabalhista em todos os Estados. No dia 3 de agosto, 80 mil trabalhadores saíram às ruas de São Paulo, numa longa passeata que foi do Estádio do Pacaembu até a Assembleia Legislativa para defender nossas reivindicações. Mostramos para a sociedade a nossa pauta e explicamos porque as medidas são necessárias para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Semanalmente, um grupo de sindicalista esteve no Congresso Nacional para sensibilizar os parlamentares a aprovar os projetos incluídos na pauta trabalhista. Foi formada uma comissão especial para debater a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) de redução da jornada de 40 horas.E agora,

em 2012, vamos continuar lutando pela aprovação da medida.Lembramos também que a ampliação do aviso prévio, também é uma medida que beneficiará os trabalhadores de todas categorias. Além de tudo isso, vamos continuar lutando por aumentos reais (que é uma forma de distribuir a renda) e pela pauta trabalhista: fim do fator previdenciário; regulamentação da terceirização; redução da jornada para 40 horas semanais; regulamentação da Convenção 151 da OIT, que garante a negociação coletiva para os servidores públicos; ratificação da Convenção 158 da OIT, contra as demissões imotivadas; mudança na política econômica do governo: com redução dos juros, desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno; reformas agrária e urbana;10% do PIB para a Educação; salário igual para trabalho igual e combate a todas as formas de discriminação e violência e soberania nacional e autodeterminação dos povos. Ainda estamos na luta pelo reajuste de 11,7% para os aposentados que ganham acima do salário mínimo. Apresentei uma emenda ao Orçamento com esta proposta. E para isso tudo, contamos com o apoio e destacamos a participação dos Químicos da Força. Vamos a luta companheiros!

Paulo Pereira da Silva, Paulinho,Presidente da Força Sindical

No objetivo maior de fortalecer o dialogo entre os representantes dos trabalhadores e o empresariado, junto ao governo federal, frente à uma união social e política, que sirva de instrumento para ações benéficas e democráticas. Sérgio Luiz Leite, Presidente da Fequimfar e primeiro secretario da força sindical destaca, “Estamos fazendo a nossa parte, dando continuidade a uma agenda

conjunta de ações, sempre objetivando medidas que possam garantir o desenvolvimento do ramo químico no Brasil. Se temos hoje, um mercado de trabalho aquecido, então, não podemos perder esta chance, e assim, lutamos por condições suficientes para o

fortalecimento da indústria química como um todo, paralelamente a medidas de promoção do emprego decente. Nesse contexto, precisamos ampliar o emprego, incentivar a formalização, regularizar a terceirização, dar proteção social, diminuir as taxas de rotatividade e promover cursos de formação

profissional e dar condições de trabalho adequadas. As entidades que representam os trabalhadores químicos redigiram um documento que referenda todas estas expectativas e propostas, para consolidação de nossas lutas, junto um futuro melhor.” Leia o documento abaixo:

As mudanças na política econômica implementadas pelo governo no início de 2011 – juros altos, contenção do crédito e recomendação do governo para que não fossem negociados aumentos reais de salários – levou o movimento sindical a intensificar a luta pelo crescimento econômico.

desenvolver, em diálogo com os trabalhadores e sintonia com as diretrizes políticas do governo da Presidenta Dilma Rousseff. Sergio Leite é Presidente da FEQUIMFAR e 1º Secretario da Força Sindical; Herbert Passos Filho é o presidente do STI Santos e coordenador da Secretária Nacional

dos Químicos da Força Sindical; Osvaldo Bezerra é coordenador geral do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo e região; Paulo Lage é presidente do Sindicato dos Químicos do ABC; Raimundo Suzart é coordenador da FETQUIM-CUT; e Sergio Novais é vice-presidente para América Latina e Caribe da ICEM.

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RETROSPECTIVA

Retrospectiva 2011 JaneiroProjeto Verão sem AIDS completa 16 anosInício da 16ª edição do Projeto Verão sem AIDS, com participação de diversos líderes da FEQUIMFAR e sindicatos filiados. O evento conta com diversas atrações e atinge cerca de um milhão de pessoas, direta e indiretamente, ao longo de todo o verão.

FevereiroSeminário de Negociação Coletiva do Setor FarmacêuticoTrabalhadores na indústria farmacêutica iniciam a campanha salarial e social com o seminário de negociação do setor, onde é deliberada a pré-pauta de reivindicação.

MarçoQuímicos da Força protestam contra a RhodiaA FEQUIMFAR e o STI Santos realizam manifestação em frente ao consulado da França e da FIESP, em São Paulo, contra a Rhodia, empresa responsável pela contaminação de trabalhadores na região da baixada santista.Lideranças da FEQUIMFAR e sindicatos filiados reúnem-se com Celso Haddad, do MTEEncontro com o chefe da seção de Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do Trabalho, Celso Haddad, trata de questões sobre a dinâmica de funcionamento do ministério no atendimento às demandas do movimento sindical.

AbrilCampanha vitoriosa: aumento real para todosRepresentantes dos trabalhadores do setor farmacêutico assinam Convenção Coletiva, conquistando aumento real para todos os trabalhadores, além de uma cláusula reconhecendo a união estável de pessoas do mesmo sexo. Trabalhadores na fabricação do álcool/etanol na luta pelo aumento realA pauta de reivindicações é entregue aos representantes patronais (UNICA), na sede da entidade, em São Paulo, iniciando a campanha salarial e social dos mais de 35 mil trabalhadores no setor.28 de Abril, homenagem às vítimas de acidentes de trabalhoA FEQUIMFAR e seus sindicatos filiados estiveram presentes, em massa, em evento organizado pela Força Sindical SP pelo ato em memória às vítimas de acidentes de trabalho.

MaioDia do Trabalhador UnificadoOrganizada pelas principais centrais sindicais, a festa de 1º de maio unificada reúne mais de 1 milhão de pessoas próximo à Barra Funda, em São Paulo.Acordo de inclusão de pessoas com deficiência é renovadoCerimônia realizada na Superintendência Regional do Trabalho (SRTE), em São Paulo, marca a oficialização do acordo pioneiro para Inserção das Pessoas com Deficiência Física no mercado de trabalho.FEQUIMFAR participa do Seminário Brasil do DiálogoOs Químicos da Força se reúnem em evento com líderes do governo e do empresariado, que debateu temas para manter o País na rota do crescimento, sustentando a produtividade e garantindo empregos decentes.Assinatura da CCT de Máquinas InjetorasCom a presença de representantes da FEQUIMFAR, sindicatos filiados e Químicos de SP e ABC, a Convenção Coletiva sobre Prevenção de acidentes em Máquinas Injetoras de Plásticos é mais uma vez renovada.

JunhoReunião de conselho da FEQUIMFARCom a finalidade de discutir questões relevantes à categoria no momento atual e perspectivas referentes à realidade política, social e econômica do país, líderes da FEQUIMFAR e seus sindicatos filiados se reúnem em Conselho Político Consultivo.Campanha Salarial e Social do Setor do Álcool/EtanolOs primeiros acordos reajustando os salários dos trabalhadores do setor do álcool e etanol são fechados, girando em torno 8% e beneficiando cerca de 35 mil trabalhadores.Químicos da Força e Lula no TOP EtanolLíderes da FEQUIMFAR se reúnem com o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, nas conferências realizadas no Ethanol Summit, em que foram analisados dados e informações referentes a atual conjuntura produtiva industrial de fabricação do etanol. Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012FEQUIMFAR participa, em Ribeirão Preto, do “Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012”, quando são debatidas diversas ações na área de cana-de-açúcar e biocombustíveis para serem implantadas.

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RETROSPECTIVAJulhoQuímicos da Força na luta pelos diretos dos trabalhadoresEm Brasília, a FEQUIMFAR e seus sindicatos filiados participam de uma passeata, junto a seis mil trabalhadores. Entre as reivindicações estão: redução da jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário.Com o apoio da FEQUIMFAR, trabalhadores fundam sindicatoTrabalhadores e trabalhadoras da região de Louveira, interior de São Paulo, realizam assembleia de fundação do sindicato que representará a categoria química na cidade.Formação sindical na Federação dos QuímicosComeça o primeiro módulo do curso de Formação Sindical da FEQUIMFAR, onde novos dirigentes dos sindicatos filiados passam por diversas atividades que ampliam sua visão sobre o movimento sindical.Químicos discutem nexo técnico epidemiológico previdenciárioReunião debate diversas questões relacionadas à prevenção de acidentes e doenças no trabalho. Maria Maeno, pesquisadora da Fundacentro, fez palestra sobre o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, LER/DORT e doenças mentais.

AgostoReunião com Davi ZaiaRepresentantes da FEQUIMFAR reúnem-se no gabinete do Secretário de Estado do Emprego e Relações do trabalho, Davi Zaia, para tratar de temas sobre qualificação profissional.Nanotecnologia é tema de seminárioRepresentantes da FEQUIMFAR e sindicatos filiados, participam do Seminário sobre Nanotecnologia, com o objetivo de colher informações para elaborar uma cláusula específica sobre o direto de saber sobre nanotecnologia.Químicos da Força saem às ruas de São PauloReivindicando a pauta trabalhaista, dirigentes da FEQUIMFAR e sindicatos filiados participam de passeata que começa na Praça Charles Miller, seguindo pela Avenida Paulista e termina em frente à Assembleia Legislativa.

SetembroComeça Campanha salarial e social do setor químicoDirigentes sindicais de todo o estado de São Paulo que representam os segmentos químicos entregam a pauta da categoria aos representantes patronais, o grupo CEAG 10 da FIESP.FEQUIMFAR participa de encontros na Itália, Suíça e FrançaEm viagem à Europa, Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da FEQUIMFAR, discute temas relacionados ao mundo do trabalho além de um termo de cooperação entre os Químicos da Força e os Químicos da UIL, central sindical Italiana.

Encontro dos Advogados FEQUIMFARA FEQUIMFAR realiza seu tradicional “Encontro dos Advogados”, em Sorocaba – SP, onde consultores jurídicos e dirigentes dos sindicatos filiados trocam informações atualizadas sobre advocacia e temas que envolvem o dia a dia no movimento sindical.Jornalista Paulo Henrique Amorim faz palestra no Conselho Político Membros do conselho Político Consultivo da FEQUIMFAR se reúnem para palestra do jornalista Paulo Henrique Amorim.

Outubro:FEQUIMFAR participa de audiência pública sobre terceirizaçãoEvento reune profissionais para debater sobre terceirização nos diversos setores.Lançamento do livro da Força SindicalLíderes sindicais estiveram no evento para prestigiar o lançamento do livro que retrata a história de 20 anos da Força Sindical.

NovembroMobilização contra a desindustrialização do SetorLíderes da FEQUIMFAR se reúnem com o objetivo de avaliar as propostas referentes ao Plano Brasil Maior, que visa o fortalecimento so setor Químico.

Fim do Curso de Formação Sindical da FEQUIMFARCom a conclusão do terceiro módulo do Curso de Formação, que aconteceu na Praia Grande-SP, 88 novos líderes sindicais foram formados. FEQUIMFAR realiza o Encontro das MulheresEvento discutiu o papel da mulher no movimento sindical e fez um histórico dos avanços conquistados pelas mulheres dentro do movimento sindical.

Acordo Coletivo da Campanha Salarial dos Químicos é fechadoApós algumas rodadas de negociação, os sindicatos filiados e os representantes patronais do grupo CEAG-10 da FIESP assinaram a Convenção Coletiva que reajusta os benefícios de mais de 115 mil trabalhadores

Químicos participam do 5º Congresso Mundial da ICEMRepresentantes sindicais do setor Químico estiveram no Congresso realizado pela ICEM em Buenos Aires – Argentina, para tratar sobre as manutenções de direitos trabalhistas e as perspectivas esperadas para o setor no ano de 2012.

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DIRETO DA BASE

FEQUIMFAR forma 88 novas lideranças sindicais

O Curso de formação para novos dirigentes, promovido pela FEQUIMFAR, na Praia Grande - SP, encerrou as atividades com o terceiro módulo do curso, reunindo mais de 100 lideranças sindicais

Mesa de encerramento do curso com a diretoria da FEQUIMFAR

Para essa última etapa, realizada no dia 29 de novembro, no auditório da Colônia de Férias do Sindicato dos Borracheiros, na Praia Grande, o tema escolhido foi: “Conhecendo a China”. O encerramento contou com a participação de Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR, Edson Dias Bicalho, secretário geral da Federação dos Químicos, Jurandir Pedro de Souza, tesoureiro geral da entidade, Danilo Pereira da Silva, presidente da Força SP e vice-presidente da FEQUIMFAR, Maria Auxiliadora dos Santos, diretora da Federação dos Químicos e presidente do STI Instrumentos Musicais e Brinquedos, e Levy Gonçalves, diretor da FEQUIMFAR. Levy coordenou o curso que foi dividido em três módulos e específico para companheiros que entraram há pouco tempo no movimento sindical. Para ele, o curso foi finalizado com saldo positivo, porque além de formar 88 dirigentes, houve a participação atuante dos filiados, demonstrando o interesse na preparação para enfrentar os desafios da atualidade. Segundo Edson, no próximo ano, o processo de formação continua. “É fundamental que os dirigentes tenham os instrumentos necessários para fortalecer a negociação coletiva, lutando por melhores condições de trabalho, igualdade de oportunidades e saúde e segurança”, disse. Na ocasião, Serginho declarou: “A Federação dos Químicos está sempre preocupada com a formação sindical de seus dirigentes. O jovem sindicalista, que começa agora na luta, é o futuro do movimento sindical e por isso precisa conhecer a história do seu sindicato e as características da categoria que representa para que a entidade possa estar sempre alinhada à sua demanda. Além disso, é importante estar sempre atualizado sobre assuntos em pauta no mundo do trabalho, considerando os aspectos culturais, sociais e econômicos da região onde o Sindicato atua e também, de forma estadual e nacional. Lembrando a todos que o tempo de ficar na defensiva acabou, agora precisamos ficar sempre no ataque, lutando por mais conquistas para a classe trabalhadora”.

88 companheiros participaram do curso

Atividade em grupo Levy, diretor da FEQUIMFAR, coordenou o curso Edson abriu os trabalhos do último dia

Lideranças de várias cidades participaram Todos receberam certificados Integração tomou conta dos trabalhos

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CNTQ

CNTQ participa de audiência pública histórica sobre terceirizaçãoA CNTQ esteve presente na primeira audiência pública realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST)

O tema foi terceirização e ao longo dos dois dias, especialistas e representantes de associações sindicais profissionais e empresariais, pesquisadores e parlamentares de todo o país manifestaram o seu pensamento sobre o tema. Entre os mais de 200 inscritos, o consultor jurídico da CNTQ e da FEQUIMFAR, César Augusto de Mello, foi convocado pelo presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, para explanar. De forma sucinta e objetiva, César reconheceu a irreversibilidade da terceirização, ressaltando que o problema não é a terceirização em si, mas, sim, a precarização do trabalho e tudo o que pode prejudicar os trabalhadores. Em sua opinião, o desafio é regulamentar a situação do trabalhador terceirizado, permitindo que ele receba o mesmo que o empregado do tomador do serviço nas mesmas condições. Além disso, deve haver responsabilidade solidária, com fiscalização, entre a empresa tomadora dos serviços e a interposta pelas obrigações trabalhistas. Na audiência pública, a CNTQ também esteve representada por Antonio Silvan Oliveira, presidente da entidade, Maria José Aguiar de Freitas, advogada do STI Guarulhos, Amilcar Albieri Pacheco, consultor jurídico da CNTQ e FEQUIMFAR, e Márcia Rodrigues dos Santos, consultora jurídica da FEQUIMFAR e CNTQ. No final do mês de outubro, a terceirização, matéria de cerca de cinco mil processos em tramitação no Tribunal Superior do Trabalho, voltou a ser discutida, com novos elementos trazidos pelos expositores da audiência pública. Amílcar parabenizou o ministro Dalazen, que ouviu atentamente todos os 49 palestrantes: “a iniciativa do TST foi uma grande oportunidade para o diálogo democrático sobre a terceirização, que servirá de conhecimento para corte trabalhista em relação ao pensamento de diversos setores, como a indústria, de serviços e energia”. Antonio Silvan parabenizou o companheiro Cesar por sua explanação. “Ele apresentou de forma clara e objetiva a posição da nossa Confederação, que mais uma vez reafirma a preocupação com a precarização que é resultado de uma terceirização gananciosa, utilizada por alguns empregadores. A CNTQ está em plenas condições para fazer essa discussão de forma que se possa garantir condições dignas de trabalho, bem como remuneração compatível com a atividade que esses trabalhadores irão desenvolver, garantindo a representação sindical profissional”.

César Augusto de Mello, consultor jurídico da FEQUIMFAR

César, Maria José, advogada do STI Guarulhos, Antonio Silvan, Marca Rodrigues e Amílcar Pacheco, consultores

jurídicos da FEQUIMFAR.

Negociação coletiva é tema de seminário em Minas GeraisA CNTQ e o STI Belo Horizonte realizaram o Seminário Mineiro de Negociação Coletiva, em Contagem, Minas Gerais.

O objetivo foi orientar dirigentes sindicais do setor químico em como agir ao participar de uma negociação entre representantes profissionais e empresariais. A programação contou com uma série de palestras, entre elas: Conceitos Básicos da Matemática Sindical, Aspectos Jurídicos da Negociação Coletiva e Balanço dos Avanços nas Negociações Coletivas de Trabalho. Na ocasião, Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da FEQUIMFAR, fez uma palestra sobre Acordos e Convenções Coletivas do setor Químico e seus Benefícios para os Trabalhadores, expondo a experiência da Federação dos Químicos de SP. “Nosso intuito foi de que os companheiros saíssem do encontro mais bem informados e preparados e para que utilizem o que aprenderam no seu dia a dia, nas negociações em que estiverem envolvido”, disse o presidente do STI Belo Horizonte, Vandeir Messias. Antonio Silvan Oliveira, presidente da CNTQ, ressaltou a importância do evento: “a negociação coletiva é instrumento fundamental para a manutenção dos direitos já conquistados pela categoria, bem como para a ampliação das conquistas”.

Diretoria do STI Belo Horizonte e palestrantes

Serginho, presidente da FEQUIMFAR

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SAÚDE E SEGURANÇA

Lei sobre Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho é aprovada pelo governoVamos dar as Boas Vindas ao Decreto que institui a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST)! É importante lembrar que nós, representantes dos trabalhadores, participamos deste

avanço. Isto porque 2011 foi um ano em que não tivemos muito a comemorar, quando se trata da segurança e saúde dos nossos trabalhadores. Por diversas vezes, nos foi mostrada a face, por vezes bem cruel do mundo do trabalho. Relatos de mortes, de acidentes de trajetos e nos interiores das fábricas; afastamentos de trabalhadores por causa de doenças relacionadas ao trabalho, sempre em número crescente e preocupante. Pior é saber que decorrem de condições inaceitáveis para o desempenho das atividades laborativas da cada um deles. Mais ainda, constrange saber que poderiam e deveriam ter sido evitadas! Apesar disso, nós não desanimamos e, conscientes de que nossas ações podem mudar o rumo dos fatos, lutamos por maiores avanços. O decreto sobre a PNSST, assinado em 07/11/11, e em vigor desde o dia 08/11, é fruto, também, da luta, da nossa luta, enquanto representantes dos trabalhadores. Ele visa, textualmente, entre outras coisas: “propor e formular as diretrizes da Inspeção do Trabalho; elaborar e revisar as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho; difundir informações que contribuam para a promoção e proteção da saúde do trabalhador...”. Assinam os ministros da Previdência, Saúde e do Trabalho e Emprego. Há quem pergunte: mas isto já não era competência do MTE? Era. Só que tínhamos ações fragmentadas entre os três ministérios. Agora, eles se unem para uma atuação

conjunta. A Política Nacional englobando os três ministérios reforça a nossa ideia de que, quanto mais pessoas se unem para agir eficazmente, melhor será o resultado dessa união para a classe trabalhadora. Este decreto representa o esforço coletivo, em que os representantes dos trabalhadores, mostraram a sua força dentro de um modelo tripartite e pluri-institucional. Se estas medidas forem realmente adotadas, temos a certeza de que o atual cenário desalentador se transformará com maior rapidez no cenário que queremos para um mundo do trabalho saudável. Por isso, podemos afirmar nosso otimismo por termos agido certo. Mas, em nenhum momento poderá ser entendido como conformismo. É preciso que continuemos atentos. O NETEP e o FAP também foram bem-vindos, mas, pipocam os números de recursos por parte dos empresários para descaracterizarem os acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Com a PNSST, temos a base para que ministérios fortalecidos possam agir com firmeza. E se assim não acontecer, será mais um decreto cheio de intenções e vazio operacionalmente. Os sindicalistas devem apoiar essa política, unindo-se ao que ela preconiza. Isto implica no olhar atento sobre o que acontece no dia a dia, para que esta face cruel do mundo do trabalho vá, aos poucos, se modificando, contando com nosso empenho e, sobretudo, com nossas ações! Não podemos esquecer que não bastam assinaturas e decretos de projetos ideais, se não for efetivada a AÇÃO. Por isso, companheiros e companheiras, é que mantemos o nosso compromisso de LUTA PERMANENTE!

João Donizete Scaboli,responsável pelo Departamento de Saúde do Trabalhador da

FEQUIMFAR

Força SP realiza 2º encontro de cipeiros em Marília A Força SP, regional Marília, com o apoio da FEQUIMFAR e STI Marília, promoveu, no dia 17 de novembro, o 2° Encontro de Cipeiros da Força Sindical

O evento contou com a participação de 200 pessoas e aconteceu no Hotel Alves, em Marília, reunindo diversos representantes do segmento com a finalidade de debater e tratar questões ligadas à saúde e a prevenção de acidentes no ambiente de trabalho e ressaltar a responsabilidade do cipeiro dentro da empresa. O presidente da FEQUIMFAR, Sergio Luiz Leite, o Serginho, participou da mesa de abertura e salientou a importância do evento: “Ele auxilia os membros da Cipa a desempenhar suas funções dentro da empresa com segurança, criando medidas de solução para os problemas, favorecendo os trabalhadores”. Na ocasião, vários palestrantes abordaram temas específicos sobre saúde do trabalhador, entre eles, João Scaboli, falou sobre o Plano de Ação do Ramo Químicos e as Convenções Tripartites.

FORÇA SÃO PAULO

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MULHER

Encontro discute a luta das mulheres da FEQUIMFAR

Debates, atividades em grupo e depoimentos emocionantes fizeram parte do evento

Nos dias 9 e 10 de novembro, diretoras dos sindicatos filiados à FEQUIMFAR estiveram na Colônia de Férias da entidade, na Praia Grande, e participaram de um evento que discutiu o papel da mulher no movimento sindical. Durante a abertura, Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da FEQUIMFAR, fez um histórico dos avanços conquistados pelas mulheres na sociedade e lembrou que a Federação, bem antes da Constituição de 1988, já tinha em sua Convenção Coletiva, cláusulas de proteção às trabalhadoras, tratando da maternidade, por exemplo. “Para aquecer o mercado de trabalho para as mulheres, temos que criar condições adequadas, que atendam ao perfil delas”, disse. Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do STI Instrumentos Musicais e Brinquedos e secretária da mulher da Força Sindical, falou que as companheiras precisam estar conscientizadas, para enfrentar tanto questões políticas nacionais, quanto negociações com os empresários, na base. Durante dois dias, as dirigentes desenvolveram questões que compõem o eixo das diretrizes do departamento da mulher e gênero da Federação dos Químicos. Temas como violência doméstica, creche dentro da fábrica, licença maternidade, auxílio gestante e igualdade de cargos e salários foram discutidos e, ao longo do evento, foram elaboradas ações concretas que irão nortear o departamento. Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR, afirmou que objetivo foi formar e informar lideranças fortes para atuar na luta pela agenda a classe trabalhadora. Maria Nalva Vieira Gama, presidente do STI Jaguariúna, é a responsável pelo departamento da mulher e gênero da FEQUIMFAR. Para ela, o momento foi fundamental para que as companheiras se apropriassem dos temas abordados para que se tornem multiplicadoras e continuem na luta pela igualdade de gêneros.

Levy Gonçalves, diretor da FEQUIMFAR Foram realizadas diversas atividades com as diretoras presentes

Serginho, presidente da FEQUIMFAR Levy Gonçalves, Maria Nalva, responsável pelo departamento da mulher da FEQUIMFAR, Edson, Sergio e Jurandir

Maria Auxiliadora, secretária da Mulher da Força Sindical

José Serra, ex-governador de São Paulo, em palestra na Força Sindical

ESPAÇO DA FORÇA

Ciclo de Debates da Força Sindical recebe autoridades

Força Sindical retrata sua trajetória de 20 anos em livro

Os eventos fazem parte das comemorações dos 20 anos da central

Dirigentes da Fequimfar participaram do lançamento do livro “20 anos de luta: a história da Força Sindical”

Em maio, a Força Sindical deu início ao Ciclo de Debates sobre temas relativos à trajetória e desafios da central, buscando discutir temas relativos à economia, política, assuntos raciais, previdência social e direito das Mulheres. No dia 7 de outubro, o ex-governador de São Paulo, José Serra, fez uma palestra sobre a atual conjuntura e as eleições 2012. Serra cobrou do Governo Federal medidas contra a desindustrialização do País. Segundo ele, a gestão econômica do país tem castigado a indústria nacional e o governo não tem conseguido eliminar a base dos problemas, mas tão somente remediá-los. Já no dia 23 de setembro, foi a vez de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, falar sobre a “Conjuntura Política no Brasil” e defendeu os governos Lula e Dilma. Sobre as conseqüências da crise econômica internacional na economia brasileira, afirmou que o Brasil deve elevar os investimentos, aumentar o mercado interno e integrar a América do Sul. Ele defendeu investimentos em projetos de mobilidade urbana. “Os transportes coletivos são uma vergonha. É caro e não anda. O trabalhador gasta muito tempo para ir e voltar do trabalho”, destacou.

O livro, resultado de pesquisas realizadas pelo Centro de Cultura e Memória Sindical em 2011, foi lançado na Livraria da Vila do Shopping Higienópolis, em São Paulo. No evento, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical, e João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, autografaram a obra para diversos amigos e companheiros do movimento sindical que estavam presentes. Estiveram no evento o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Gilberto Kassab e o ex-ministro da saúde José Serra. Eles deram opiniões sobre o papel que a central desempenha hoje no movimento sindical e na sociedade e falaram sobre sua importância na organização de uma sociedade civil e na construção de uma nação mais justa. A FEQUIMFAR foi representada pelo seu secretário geral, Edson Dias Bicalho, e seu presidente e 1º secretário da central Força Sindical, Sergio Luiz Leite. “Nestes 20 anos a central mostrou a sua capacidade de acompanhar as mudanças do mundo do trabalho sempre na defesa do trabalhador e contribuindo para o crescimento do Brasil”, disse Sergio Luiz Leite, o Serginho. Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do STI Instrumentos Musicais e Brinquedos e secretária Nacional da Mulher da Força Sindical, também esteve no lançamento. O livro traz em suas páginas um panorama da história da central, apresentando diversos depoimentos de sindicalistas em episódios de luta dos trabalhadores brasileiros e artigos que debatem este tema, mostrando a grande representatividade da Força Sindical e uma breve retrospectiva de fatos marcantes de seus vinte anos.

Dorvalina Maria, tesoureira do STI Instrumentos Musicais e Brinquedos, e Serginho

Paulinho, presidente da Força Sindical, e Maria Axuliadora, presidente do STI Instrumentos Musicais e Brinquedos

Serginho, Edson e Paulinho, presidente da Força Sindical

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ARTIGO

O crédito consignado na atual conjuntura Já há algum tempo, a oferta de empréstimos com desconto em folha de pagamento é alta. Sabemos que a tentação é grande, afinal, as taxas de juros são bem menores em razão da garantia do pagamento. Também é crescente a quantidade de aposentados e pensionistas aproveitando a oportunidade, sendo que o desconto deles é feito no pagamento da aposentadoria. No entanto, observamos que o número de pessoas injustiçadas e endividadas também aumenta. O que vem ocorrendo é muita gente está sendo iludida e induzida a usar o crédito consignado. Mesmo que elas não tenham condições para acessar o empréstimo, instituições estão agindo de má fé, aumentando o limite e facilitando de várias formas para que o empréstimo seja feito, mesmo sem conhecer a possibilidade do cidadão em poder ou não pagar pelo o que está solicitando. Não existe sigilo nas contas dos aposentados, as instituições financeiras conhecem os limites para empréstimo,

margem de pagamento, tudo! Por esse motivo, o Conselho Nacional da Previdência criou uma comissão tripartite para trabalhar conjuntamente com a Dataprev e Febraban em cima de soluções para dar mais segurança aos aposentados que solicitam empréstimos facilitados. Em reunião agendada com representantes do Banco Central, serão esclarecidos os pontos a serem melhorados, tais como segurança financeira e descontos feitos de forma errada, sem permissão (fraudes). Nós, aposentados e pensionistas, merecemos mais respeito, critério, segurança e solicitude por parte do governo e de toda sociedade. Será que é pedir muito?

Levy Gonçalves, diretor da FEQUIMFAR e representante da Força Sindical no Conselho Nacional da Previdência Social

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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

FEQUIMFAR está inserida no debate internacional sobre mudanças climáticas

Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical, participou do Encontro Internacional de Sindicalistas da América, em Cancun, no México. O evento reuniu dirigentes de mais de 20 países, além de especialistas e pesquisadores, que debateram sobre o tema: o impacto das mudanças climáticas na classe trabalhadora. O objetivo foi estabelecer políticas comuns para uma participação e união global para combater as mudanças climáticas.

Secretário Geral da FEQUIMFAR representa trabalhadores da América Latina na OIT Realizado na Suíça, evento discutiu a reestruturação produtiva e seus efeitos no emprego nas indústrias químicas e farmacêuticas no mundo

Com o intuito de debater questões relacionadas à reestruturação produtiva e seus efeitos no emprego nos setores químicos e farmacêuticos, mais de 15 representantes dos trabalhadores, dos governos e dos empresários do mundo se juntaram em reunião tripartite da OIT (Organização Internacional do Trabalho). O evento começou no dia 24 de outubro e se estendeu até o dia

28, em Genebra (Suíça). Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR, esteve representando o companheiro Herbert Passos, presidente do STI Santos e 1º secretário de relações internacionais da Força Sindical. Bicalho foi o único representante dos trabalhadores da América Latina no evento e na ocasião, ressaltou a melhora da situação brasileira devido a um menor impacto da crise no país. No dia 25, ele apresentou um panorama do setor químico e farmacêutico, ressaltando o crescimento da indústria química brasileira em 29% no ano de 2010, em relação a 2009, e o crescimento de empregados no setor, que foi de 3,44% de janeiro a agosto de 2011 (dados divulgados pelo Cadastro de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego).Já a indústria farmacêutica brasileira faturou US$ 19,9 bilhões em 2010, o que indica um crescimento de 15,7% em relação ao ano de 2009, e o saldo de empregos do setor, no período de janeiro a dezembro/2010, foi de 1.766. “Estamos discutindo a fusão de empresas, as condições de trabalho e o desemprego em função destas fusões. Os empresários argumentam que, com a crise, as fusões são necessárias para que as empresas sobrevivam”, disse Edson, que acredita que a estratégia para os desafios econômicos e sociais das indústrias químicas e farmacêuticas estejam na necessidade de qualificar novos trabalhadores, preparando-os para lidar com as novas tecnologias e os novos processos produtivos. Para finalizar sua explanação, Bicalho também falou sobre os programas de qualificação profissional do setor químico e farmacêutico existente no Brasil e o acordo coletivo do setor farmacêutico que reduziu a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. “Investir em capacitação gera retornos: produtividade para as empresas, desenvolvimento econômico, bem-estar social para o país, aumento de renda e possibilidade de inserção social.