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E Londrina, outubro de 2009 - Edição N° 4 Universidade Estadual de Londrina Esta é mais uma das residências construídas pelo Projeto Casa Fácil O sonho da casa própria tensão

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Page 1: E tensão - uel.br · implantar um projeto de reflorestamento que Outubro de 2009 EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA: PROJETO RONDON estou desenvolvendo junto a Secretaria de Educação dessa

E Londrina, outubro de 2009 - Edição N° 4

UniversidadeEstadual de Londrina

Esta é mais uma das residências construídas pelo Projeto Casa Fácil

O sonho da casa própria

tensão

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3Nova Extensão

O sonho de ser um jogador de futebol fa-moso como o Kaká ou o Cristiano Ro-

naldo é algo que passa na cabeça da maioria dos brasileiros. Porém, a parcela que real-mente consegue se destacar no chamado “mundo da bola” é minúscula.

Entretanto, além de ser visto como um trampolim para o sucesso, o futebol pode assumir outras características sociais bas-tante positivas. Foi pensando nisto que sur-giu o projeto “O futebol como instrumento de inclusão social e formação acadêmica” do Departamento de Ciências do Esporte da UEL.

O coordenador do projeto, professor Ariobaldo Frisselli, afirma que o objetivo principal não é formar craques, mas sim melhorar a qualidade de vida dos assistidos. “Apesar dos atletas não serem todos caren-tes, muitos fazem parte desta realidade. O projeto visa oportunizar que estes meninos entre 10 e 19 anos saiam do ócio, passem a viver em sociedade organizada e trabalhem com funções sistematizadas”, explica.

Para o meia-esquerda Matheus Lincoln Ferreira, 17 anos, o projeto é exatamen-te uma chance de poder treinar e de estar ocupado com uma atividade que gosta. “É muito bom porque é como se fosse nosso Centro de Treinamento. Além de ter acade-mia e uma boa estrutura, se nós não estivés-semos aqui, podíamos estar fazendo alguma coisa errada”.

E é neste sentido que a parte disciplinar também é trabalhada. Segundo o coordena-dor do projeto, os atletas estão sempre sen-do acompanhados e, se desviarem da con-duta adequada, acabam sendo punidos com

advertências e suspensões.Além da população atendida, os alu-

nos do curso de Ciências de Esporte e de Educação Física que participam do projeto também são beneficiados. “Nós pretendemos fazer com que os alunos tenham contato com a realidade do fute-bol. Algo mais concreto. Ao realizar par-cerias, também possibilitamos que enti-dades venham para a UEL e, assim, os alunos tenham portas abertas em estágios e no mercado de trabalho”, completa.

O projeto tem parceria com o Lon-drina Junior Team e com a ONG Terra Vermelha Futebol Clube. Segundo Fris-selli, estas parcerias são benéficas não só aos alunos, mas também à própria estrutura da universidade. “São estas en-tidades parceiras que cuidam dos campos da UEL e foi com esta contrapartida que conseguimos alambrado, pintura, siste-ma de irrigação, material esportivo, entre outros”.

João Paulo Fukuda, graduando do 3º ano de Ciências do Esporte, acredita que o projeto irá trazer um complemento ao seu curso. “Quero participar do projeto na parte de gestão, algo mais administrativo. Apesar de ver isto no 4º ano, acho que, aqui, terei uma expe-riência prática e isto é mui-to bom”, explica.

Quanto à escolha do fu-tebol como esporte desenvolvido no projeto, o coordenador conta que foi devido à identificação do brasileiro com o esporte. “O futebol no Brasil é antes de

Vito

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Novos projetos

EducaçãoTÍTULO: PRÁTICA DE MINI-VOLEI-BOL: VOLEIBOL DE TRANSIÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE LONDRINACOORDENADOR: KAZUSHIGE TAN-NOOBJETIVOS: O mini-voleibol é um projeto de extensão, que consiste em um método simplificado e adaptado às capaci-dades motoras das crianças de 8 a 14 anos para a aprendizagem do voleibol, que tem como objetivo: ensinar o voleibol de for-ma simplificada, oportunizando a todos a prática desta modalidade, despertando o prazer pelo esporte, desenvolvendo aspec-tos do convívio social e de qualidade de vida por meio da atividade esportiva.

Tecnologia e ProduçãoTÍTULO:CAMPO FÁCILCOORDENADOR: JOSÉ CARLOS VIEIRA DE ALMEIDAOBJETIVOS: Cerca de 60% dos alimen-tos consumidos pela população brasileira e 37,8% do Valor Bruto da Produção Agro-pecuária são produzidos por agricultores familiares. A agricultura familiar tem uma ação multifuncional por que além de pro-duzir alimentos e matérias-primas, gera mais de 80% da ocupação no setor rural.O projeto tem por objeto a prestação de efetiva assessoria agronômica nas ativida-des desenvolvidas por agricultores fami-liares do município de Londrina, visando à melhoria da qualidade de vida dos mes-mos, através do incremento da produtivi-dade e renda.

TrabalhoTÍTULO: ORIENTAÇÃO COMPOR-TAMENTAL PARA FORMANDOS DO CURSO DE FARMÁCIA DA UEL EM BUSCA DE OPORTUNIDADES NO MERCADO DE TRABALHOCOORDENADOR: JOSÉ CARLOS DUARTEOBJETIVOS: Com a participação e orientação de profissionais da área com-portamental e empresarial, estratégias apresentadas e abordadas podem apre-sentar resultados positivos relacionados a confiança e segurança para com os objeti-vos almejados por cada um dos estudantes, o que pode ser uma vantagem diferenciada para nossos estudantes no ato das dinâmi-cas de grupo e seleções para as oportuni-dades no mercado de trabalho.

Extensão

tudo uma questão cultural. É uma paixão inexplicável. E nós usamos isto para atrair os participantes”.

O projeto foi aprovado em julho deste ano e o prazo de encerramento é junho de 2012. Além dos objetivos citados, durante este período, a idéia é ampliar os estudos sobre a modalidade. “O Brasil produz pouco na área acadêmica e na literatura científica sobre o futebol. Há pouco con-teúdo teórico sobre a parte técnica e tática. Com este trabalho, queremos mudar isto”, conclui.

Apesar de contar com massagista, téc-nico, preparador físico e fornecer o mate-rial esportivo, o projeto “O futebol como instrumento de inclusão social e formação acadêmica” é totalmente gratui-to. Os interessados de-vem entrar em conta-to com o professor Ariobaldo Frisselli pelo telefone (43) 3371-4208 ou (43) 9992-3710.

tidades parceiras que cuidam dos campos da UEL e foi com esta contrapartida que conseguimos alambrado, pintura, siste-ma de irrigação, material esportivo, entre

João Paulo Fukuda, graduando do 3º ano de Ciências do Esporte, acredita que o projeto irá trazer um complemento ao seu curso. “Quero participar do projeto na parte de gestão, algo mais

tebol como esporte desenvolvido no projeto, o coordenador conta que foi devido à identificação do brasileiro com o esporte. “O futebol no Brasil é antes de

to. Os interessados de-vem entrar em conta-to com o professor Ariobaldo Frisselli pelo telefone (43) 3371-4208 ou (43) 9992-3710.

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Para o coordenador do projeto, a bola pode representar uma chance de inclusão social aos participantes do projeto

Outubro de 2009

Um drible nos problemas sociais

Projeto do Departamento de Ciências do Esporte pretende utilizar o futebol

como maneira de inclusão social

2Espaço abertoEditorial

Certamente a existência de uma relação entre a academia e a extensão é importante porque é com ela que se pode obter diversos objetivos, dentre eles, os desafios relevantes ao desenvolvimento da cidadania, o que facilitará a futura vida profissional dos acadêmicos. No entanto, com essa parceria há também uma outra parcela beneficiária de suas ações: a comunidade. Pelo fato de que jovens acadêmicos voluntários, aliados ao conhecimento adquirido na universi-dade, e com muita força de vontade, fazem muita diferença para àqueles que almejam o conhecimento. É preciso entender que essa pequena, mas valiosa contribuição, é essencial.

Foi o que senti quando tive a honrosa oportunidade de participar da última opera-ção do Projeto Rondon realizada em julho. Eu, estudante do curso de Geografia, fui integrante da equipe da UEL, que tanto trocou experiências com os cidadãos do município de Jaguari – RS, dedicando duas semanas nesse local.

Como acadêmico do curso de Geografia, recebi a relevante linha de pesquisa, o Meio Ambiente assim, desenvolvi pesquisas que de certa forma, atendiam a necessidades do município já consultadas em viagem precur-sora realizada. Foram feitas pesquisas, como o licenciamento ambiental para a instalação de um aterro sanitário, projeto para a criação de um plano de coleta seletiva, mini – curso para a formação de trabalhadores em reflo-restamento com espécies nativas, aliado ao trabalho prático (plantio de 400 mudas) e a elaboração de planos para a correta explo-ração das potencialidades naturais para o turismo sustentável.

Por fim, realizamos um trabalho mara-

vilhoso a execução de aulas de campo, com o intuito de trazer aos jovens a contemplação junto a natureza, através do plantio de mudas (vegetação ciliar), coleta de lixo e discussões sobre impactos ambientais.

Atualmente, o foco do Projeto Rondon não se caracteriza mais pelo assistencialismo mas sim, pela formação de multiplicadores e foi com esse ideal que realizamos nossa missão. No entanto, ouvíamos relatos de ex – rondonistas que diziam “Aprendemos muito mais, do que ensinamos”, e sem sombra de dúvida essa é a mais pura ver-dade. O próprio contato com estudantes de outros cursos de graduação, bem como o convívio com a cultura e a hospitalidade riograndense confirmam isso.Tenho certeza que,

Rodrigo Lourenço Aristides tem 23 anos, é técnico em Meio Ambiente e estudante do 3º ano do curso de Geografia

Extensão

Cartas

O Extensão quer a sua opinião para a elaboração do jornal. Envie suas críticas, sugestões, elogios e artigos para o e-mail:

[email protected]

Aguardamos sua participação.

Extensão

Reitor: Wilmar Sachetin MarçalVice Reitor: César Antonio Caggiano SantosPró-Reitor: Paulo BassaniDiretores: Benedita Ribeiro Cordeiro (Tinha) e Paulo Sérgio BasoliDiagramação e Reportagens: Vitor Oshiro e Lígia ZamparProfessor Orientador e jornalista responsável: Rosane BorgesMtb- 15634Gráfica: Serviço de Terceiros do Jornal de Londrina Tiragem: 1000 exemplares

UEL - Campus universitário - CP 6001 - CEP 86051-990 - Londrina-PR - Fone (43) 3371-4175 - [email protected]

Expediente

PROEX - Pró-Reitoria de Extensão

Caminhos de Interação

A terceira edição do Jornal Extensão tem como tema a importância da extensão

como ponte entre Sociedade e Universi-dade. Com esse olhar, traz informações sobre compromisso social, meio ambiente, visibilidade das ações e desenvolvimento regional e local.

No Espaço Aberto, o jornalista Chico Amaro fala, entre outras coisas, sobre a necessidade vital de se abandonar a lingua-gem excessivamente acadêmica para melhor divulgação das ações extensionistas.

No Nova Extensão, o professor Gilson Morales explica como pretende conscienti-zar a população sobre o manejo de resíduos sólidos em Londrina, principalmente, nos fundos de vale.

A pichação é algo frequente nos muros londrinenses. Entenda como ela contribui para ampliar a poluição visual e como um projeto do Departamento de Artes Visuais vem reavivando a cidade.

Conheça os objetivos do II Fórum de Extensão, que discutiu maneiras de ampliar a interação da Universidade com a Sociedade e promoveu uma Agenda de Desenvolvimento Sustentável Local e Regional.

Já ouviu falar de Banco de Sangue Animal? Pensando no grande número de cães que morrem por necessitarem de transfusões sanguíneas, o “Projeto Vida” visa exatamente ampliar a consciência sobre a questão.

O atual presidente da Abruem e reitor da UEPG, prof. dr. João Carlos Gomes, fala sobre os rumos da extensão e a importância de destacá-la em encontros institucionais.

Boa Leitura!

de alguma forma, contribui para a sustenta-bilidade de Jaguari, porém, o conhecimento que adquiri nessa inesquecível experiência foi muito maior, me desenvolvendo como futuro pesquisador.

È por esses e outros benefícios que ações de expansão devem estar contidas nas grades curriculares. Eu mesmo pretendo voltar a Jaguari, avaliar os resultados e implantar um projeto de reflorestamento que

Outubro de 2009

EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA: PROJETO RONDON

estou desenvolvendo junto a Secretaria de Educação dessa cidade. Para todos aqueles que tenham a oportunidade de participar de uma extensão universitária o façam, pois a experiência é fundamental para o cidadão e profissional.

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4 5Extensão ExtensãoOutubro de 2009

A construção da casa própria e de um sonho Saiba como construir sua casa com assistência de profissionais e acadêmicos da área de Engenharia Civil e Arquitetura

Maria Constantino de Souza vê a planta de como será sua casa e recebe o atendimento do supervisor do projeto, Hélio Silveira Ribas

Eronilde de Oliveira tira suas dúvidas do projeto da sua casa com o coordenador José Roberto Hoffmann

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Há nove anos, Maria Constantino de Sou-za comprou algumas madeiras e cons-

truiu seu barraco, onde mora com seus dois netos e sua filha. O que era pra ser provisó-rio, durou quase uma década.

Foi no projeto Casa Fácil, coordenado pelo professor José Roberto Hoffmann, que Dona Maria viu uma oportunidade de ganhar sua casa própria. Durante esses anos, ela pa-gou o terreno onde mora e já está escolhendo como será a planta da sua casa, que terá três quartos, e é onde ela pretende estar instalada para passar o fim de ano.

Não são todas as pessoas que têm con-dições financeiras para construir o sonho da casa própria. Muitas delas recorrem ao financiamento. Segundo a consultora Sil-via França da Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal, em 2008 foram realizados 3.484 financiamentos totalizando em 170 milhões de reais. Até agosto desse ano, já foram realizados 3.241 financiamen-tos em 190 milhões de reais. Para aquelas pessoas que não querem fazer dívidas com bancos, o Projeto Casa Fácil pode auxiliar na construção da casa própria.

Quem teve a idéia inicial do projeto foi o presidente do CREA – Paraná, Ivo Mendes Lima em 1992. A maior dificuldade encon-trada nesse processo foi que os profissionais envolvidos não poderiam gastar muito tem-po nos projetos, e por isso surgiu o projeto padrão. A padronização não viabilizava as necessidades das pessoas porque cada uma tinha necessidades diferentes.

Além do problema da planta padrão, as pessoas iam buscar a planta da casa na Pre-feitura de Londrina como qualquer docu-mento, e independente do que estava no pa-pel, eles construíam da forma que achavam que era melhor, sem levar em considerações questões e visitas técnicas.

O projeto Casa Fácil começou de fato no ano de 1996, mas atividades nessa área já eram exercidas em parceira com o Clube de Engenharia junto ao espaço do CREA, que objetivam regularizar e dar suporte às pesso-as que queriam construir a casa própria.

De acordo com o coordenador Hoffmann, a necessidade da criação de um projeto como esse veio em uma visita à Prefeitura de Lon-drina, onde um servidor público atendia a uma pessoa que gostaria de ter sua casa pró-pria. “O problema era que a planta para a casa era padrão e a pessoa que gostaria de construir a casa gostaria que ela fosse inver-tida, fazendo com que o servidor colocasse

a planta contra luz para ver a imagem como gostaria”, lembra o professor do obstáculo dos projetos padrões.

Hoffman recorda que no começo das ati-vidades foram feitas algumas alterações no projeto inicial, como modificar o projeto de acordo com a topografia do terreno ou de acordo com a incidência de luz solar. Hoje, os atendimentos foram evoluindo, chegando a 90% o número de projetos que são perso-nalizados.

Para ser um dos beneficiários do projeto, é necessário ter um único terreno, que deve ser o local onde será feita a construção, ter renda de até três salários mínimos e cons-truir uma casa de até 70 m²,

Até o começo desse ano, o projeto na UEL não tinha grande procura porque ti-nha uma parceria com outra universidade de Londrina, a UNIFIL (Centro Universitário Filadélfia), que dividia as triagens e os aten-dimentos. A UNIFIL deixou de fazer parte do projeto e a demanda na UEL aumentou con-sideravelmente. Segundo o professor Hoff-mann, “se antes eram de 5 a 7 atendimentos por semana, hoje esse número dobrou, che-gando a ter dificuldades para atender a todos

os que procuram pelo Casa Fácil”.Em função da formulação do projeto, o

beneficiário não consegue o financiamento total pela Caixa Econômica Federal, ele só consegue financiar o material da construção devido a uma série de documentos que o projeto não fornece e que o banco requer.

Mesmo sem conseguir um financiamento total, o beneficiário consegue economizar de 500 a 800 reais no processo inicial com documentações técnicas e burocráticas, e na fase final mais de 1.000 a 1.500 reais com o habite-se, que é um documento que atesta que o imóvel foi construído de acordo com a legislação estabelecida pela Prefeitura de Londrina.

O público que mais procura o projeto Casa Fácil é pessoas oriundas da zona rural e pessoas que vêm de fora da cidade e com-pram terrenos em loteamentos populares, que tem prestações que variam de 200 a 250 reais por mês. De acordo com o professor Hoffmann, o que vem acontecendo muito hoje é comprar um terreno em sociedade, “quando duas pessoas compram uma área de aproximadamente 250m² e constroem duas casas”.

Além desse público, os recém-casados ou aqueles casais que fazem planos de ter a casa própria após o casamento também apro-veitam a oportunidade que o projeto Casa Fácil dispõe, como o caso de Eronilde de Oliveira, que mora com o filho de nove anos nos fundos da casa da sua mãe, e encontrou no projeto a primeira oportunidade de ga-rantir sua casa própria. Eronilde lembra que ser uma beneficiária é uma forma dela e o noivo, que não gosta de fazer empréstimos ou financiamentos, conseguir uma casa para morarem depois de se casarem.

O projeto é dividido em etapas. Na pri-meira fase é feita uma triagem para ver se o interessado preenche as condições para a sua participação. Após ser aceito na triagem, o beneficiário recebe atendimento para a es-colha da planta e depois, para o desenvolvi-mento do projeto. Dessa maneira, cada pes-soa que é beneficiada pelo projeto é atendida pelo menos três vezes ao longo da constru-ção da casa.

Para se ter uma idéia mais clara de como será a casa além dos papéis, os alunos fazem maquetes de acordo com as plantas desenha-das. As maquetes servem para os beneficiá-

rios modificarem algo que não gostaram ou não conseguiram enxergar no projeto.

E é justamente a participação acadêmica o diferencial do Projeto Casa Fácil. A mão-de-obra dos estudantes possibilita as adequa-ções de acordo com as necessidades de cada cliente, além do benefício acadêmico, que coloca o aluno em contato direto com a ação prática da sua área, tendo relação direta com os seus clientes, suas dificuldades na obra como limitação da área e do orçamento.

Os cursos que participam do projeto são os de Engenharia Civil e o de Arquite-tura e Urbanisno na construção de projetos e acompanhamentos de obras, e o curso de Serviço Social, com a coordenação da pro-fessora Sandra Maria Almeida Cordeiro, na etapa de triagem.

Além dessa experiência que o projeto ex-tensionista oferece aos alunos, ele também produz disseminações, como Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), teses de mestra-do e doutorado.

Para quem está pensando em ter o sonho da casa própria realizada, o preço médio do metro quadrado sai por 450 reais com aca-bamento.

Os alunos Lívia Fontana e Claucir Dagostin montam a maquete para que o cliente possa ter uma idéia de

como será sua casa construída

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6 Extensão

Como saber a qualidade da águaProjeto analisa se a água de diversos lugares de Londrina e região está própria para o consumo humano

do kit cromogênico Colilert, apro-vado pelo Standard Methods for the Examination of Water and Wa-stewater. Esse método consiste em colocar a água recém-coletada em uma cartela junto com um substra-to, que tem a função de identificar as amostras que estão contamina-das. Caso isso aconteça, a amostra ficará de cor amarelada, indicando a presença de coliformes totais e para verificar a presença de coli-formes fecais, coloca-se a cartela em frente de uma luz ultravioleta, a qual ficará azul-fluorescente.

De acordo com a professora Jacinta, nos primeiros anos de pro-jeto eram coletadas mais amostras de estações de tratamento, o que tinha menor incidência de conta-minação (99% das amostras eram próprias para o consumo, porque já passava por um processo de trata-mento), em detrimento das amos-tras de poços rasos, artesianos ou minas e fontes que não passam por tratamento e tem contato com o ambiente externo.

Hoje grande parte das amostras

A água é o elemento básico da vida. Mesmo tendo uma fór-

mula química bem simples (H2O), nenhum laboratório consegue re-produzi-la. Alguns países já sofrem com a falta de água para o consumo. No Brasil a maioria das regiões, como a de Londrina, não sofre com a falta de água, mas com a contami-nação dela em alguns locais.

O Laboratório Central do Esta-do (LACEN) não consegue aten-der a demanda para analisar a água própria para consumo humano de todas as cidades do Paraná, de acor-do com os parâmetros bacterioló-gico (coliformes totais e fecais) e físico-químico (cloro residual, flúor e turbidez). E foi pensando na necessidade da análise da água tratada e in natura que foi feita uma parceria entre as universidades es-taduais, incluindo a Universidade Estadual de Londrina, e a Secreta-ria de Estado da Saúde do Paraná. Outro dado importante é verificar se a água in natura que grande par-te da população consome não está contaminada principalmente com coliformes totais e fecais.

Na UEL, esse convênio se deu com a realização de um projeto. “Análise de água tratada e in na-tura para consumo humano”, que está em execução desde 2004 e tem como coordenadora a professora Jacinta Sanchez Pelayo e a profes-sora Halha Ostrensky Saridakis.

Para a professora Jacinta, mais do que um projeto acadêmico, “essa é uma forma da universidade prestar serviço para a comunidade, seja para a população da área urba-na ou da área rural”.

A água analisada é coletada das cidades vinculadas à 17ª Regional de Saúde (Alvorada do Sul, Assai, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambe, Centenário do Sul, Flores-tópolis, Guaraci, Ibiporã, Jagua-pitã, Jataizinho, Londrina, Lupio-nópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatú, Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Rolândia, Sertanópolis, Tamarana), e pode ser de estação de tratamento, de poços artesianos, poços rasos, minas e fontes. Quan-do a água chega ao Laboratório de Bacteriologia é analisada através

vem de lugares onde não recebem tratamento prévio. A professora conta que já chegou a analisar a água de uma mina contaminada que servia como abastecimento para uma escola infantil. A conta-minação era devido a uma criação de porcos, que ficava acima da mina, e quando chovia, as fezes desses animais infiltrava no solo e contaminava a água. A verificação da contaminação e a agilidade na liberação do resultado realizada pelo projeto ajudaram a escola juntamente com a vigilância de saúde a tomar providências e evi-tar que crianças ficassem doentes.

O projeto segue a portaria 518 do Ministério da Saúde, que esta-belece os procedimentos e respon-sabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano. Além dis-so, o projeto avalia o padrão de potabilidade, turbidez e a quanti-dade de flúor e cloro.

A avaliação da turbidez das amostras, ou seja, a quantidade de matéria orgânica na água é

A mestranda Silvia Cestari e a coordenadora do projeto Jacinta Sanchez Pelayo acreditam na importância do projeto para a prevenção de doneças

Nathália Guimaraes é uma das alunas que faz parte do projeto e realiza as análises das amostras de água

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Outubro de 2009

realizada no Centro de Tecnolo-gia e Urbanismo da UEL, com a orientação da professora Sandra Márcia Cesário Pereira da Silva. O Departamento de Química tam-bém participa do projeto, com a orientação dos professores João Carlos Alves e Jéferson Morico-

ni Cesario, e analisam as amostras para verificar a quantidade de flúor e cloro residual. Se a quantidade for menor que o recomendado pela Portaria 518, são aconselhadas me-didas para repor esses elementos. E se caso a quantidade for maior, também são tomadas medidas para regularizar, já que o excesso de clo-ro e flúor pode causar problemas no organismo humano.

A professora Jacinta lembra que a pesquisa de coliformes fecais é importante uma vez que estes in-dicam a contaminação da água com fezes e a possibilidade da presença de vírus (rotavírus, vírus da hepati-te A) e a presença de protozoários como a giárdia e outras bactérias patogênicas que podem prejudicar a saúde do homem.

Silvia Emanoele Cestari, bio-médica graduada e mestranda do Programa de Pós-graduação em Microbiologia, faz parte do proje-to e acredita que ele “complemen-ta a formação acadêmica de uma forma mais técnica e pontual, in-tegra os alunos com a realidade da profissão, como também aumenta os horizontes destes com o contato de profissionais da área escolhi-da. Além de despertar nos alunos novas perspectivas profissionais, outras visões, trazendo mais infor-mações gerais, técnicas e de espe-cialização e faz a integração entre os vários cursos e áreas ” .

7A Universidade na agropecuária

Atendimento feito aos pequenos agricultores garante mais qualidade e quantidade na produção de leite

O Projeto Leite Bom - Aten-dimento Itinerante a Pe-

quenos Produtores Leiteiros surgiu com o objetivo de mi-nimizar as perdas dos peque-nos produtores e aumentar a qualidade na produção da agropecuária leiteira. Antes do surgimento do projeto, muitos produtores não conseguiam uma alta produção e qualidade de leite devido à situação pre-cária em que viviam, carecendo de tecnologia e assistência téc-nica veterinária.

O coordenador do projeto, Augusto José Savioli de Almei-da Sampaio, mostra que com o atendimento do Leite Bom, os produtores começaram a pro-duzir mais, e com mais quali-dade, com as orientações da equipe do projeto, como o ma-nejo ideal na criação do seu rebanho, como manter o local de permanência dos animais, como tratar os bezer-ros, a melhor a l i m e n t a -ção, os m é t o d o s mais efi-cazes para a reprodu-ção, qual a melhor raça de bovinos

Agenda

Informes da Proex

Evento: Curso de CenografiaLocal: Casa de CulturaData: 27 a 31 de outubro de 2009Informações: (43) 3322-1030

Evento: V Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação EspecialLocal: Hotel SumatraData: 03 a 06 de novembro de 2009Informações: (43) 3371-4338

Evento: II Colóqui de DramaturgiaLocal: Anfiteatro do CESA e Departamento de Música e TeatroData: 09 a 11 de novembro de 2009Informações: (43) 3371-4761

Evento: As Quatro Estações: dos Pés à AlmaLocal: Cine Teatro Ouro VerdeData: 13 e 14 de novembro de 2009Informações: (43) 3371-4228

Evento: IV Colóqui Rosseau: Filosofia, Literatura e EducaçãoLocal: Departamento de FilosofiaData: 16 a 19 de novembro de 2009Informações: (43) 3371-4486

Evento:III Seminário em Ciência da InformaçãoLocal: Anfiteatro do CESAData: 23 a 25 de novembro de 2009Informações: (43) 3371-4348

Extensão

para a produção de leite e até a consciência higiênico-sani-tário, como vacinas e melhora-mentos na ordenha.

Além de produzir mais lei-te, o projeto é importante por-que conscientiza o produtor das condições sanitárias neces-sárias. Se antes esses produto-res ordenhavam sem a higiene necessária e vendiam o leite diretamente aos consumidores em garrafas pets, agora eles sabem da necessidade de

p a s t e u r i -zação e o u t r a s m e -d i d a s p a r a o leite

c h e g a r até seu

p ú -

blico sem contaminações, que poderiam transmitir tuberculose ou bru-celose.Hoje, além da universidade, o projeto tem apoio do Governo do Paraná, EMATER, SEAB e algumas empresas particula-res, que têm o objetivo de for-mar uma cooperativa para ter uma padronização da coleta, a devida pasteurização e comer-cializar o leite de uma forma que atenda às necessidades do consumidor e a um padrão de qualidade.

O professor ainda reforça que o projeto tem a preocupação de capacitar recém- formados para o treinamento profissional e incentivar os estudantes de graduação para atuar no campo da produção leiteira.

André Ferro, discente do mestrado em Ciências Sociais pela UEL, participa do proje-to e acredita que “A relevân-cia do conceito interdiscipli-nar é importante, visto que permite duas áreas estarem dialogando para compreen-der e aprender a realidade concreta daqueles pequenos produtores de leite. Além da troca de aprendizado que ocorre com os pro-fissionais das duas áreas

(Medicina Veterinária e Ci-ências Sociais)”.

Outubro de 2009

Projeto concorre ao Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2009

A premiação, que acontece a cada dois anos, tem o objetivo de reconhecer os produtos, técnicas ou metodologias que se enquadrem no conceito de ‘tecnologia social’. As tecnologias têm que ser efetivas, reaplicáveis e promover desenvolvimento social em escala. O Projeto Leite Bom – Atendimento Itinerante a Pequenos Produtores Leiteiros está entre os 114 trabalhos certificados que estão concorrendo com as oito vagas da final que vai ocorrer em novembro, segundo os critérios de reaplica-bilidade, efetividade da transformação social e interação com a comunidade.

Para o professor Augusto Sampaio, o Prêmio é um impor-tante meio de reconhecimento da importância do trabalho de-senvolvido entre a universidade e a comunidade, já que foram 695 projetos inscritos nesse ano.

Lígia Zampar

Entre as atividades do projeto, está a marcação dos animais doentes para

futuro tratamento

Arquivo do projeto

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8 Junho de 2009

Entrevista

Extensão

Divulgação

O presidente da Abruem afirma que a extensão deve serpensada como política pública, e não como gestão

Os futuros caminhos extensionistasPresidente da Abruem fala sobre as propostas para melhorar e ampliar a Extensão nas Universidades

Ultimamente, a extensão vem ga-nhando mais espaço nas pautas

dos encontros entre universidades. Com o tema “A Extensão nas IES Es-taduais e Municipais”, o 44º Fórum da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Muni-cipais (Abruem), realizado no dia 15 de abril, em Foz do Iguaçu foi uma clara demonstração dessa tendência.O presidente da Abruem, professor dr. João Carlos Gomes, conversou com o “Extensão” sobre os rumos das ações extensionistas, as propostas a serem implementadas, a integração entre as Instituições de Ensino Superior e, principalmente, sobre a importância da extensão no processo de formação do cidadão nas Universidades.

Extensão - Quais os principais pro-gramas extensionistas da UEPG?João Carlos Gomes - Nosso progra-ma mais tradicional é o Crutac (Cen-tro Rural de Treinamento e Ação Co-munitária), criado na década de 1970, e que permanece em funcionamento ainda hoje. É uma ação que envolve os cursos de Odontologia, Farmácia, Análises Clínicas e Geografia. Ou-tros programas atendem às demandas mais recentes, como a IESOL (Incu-badora de Empreendimentos Solidá-rios), que tem tido uma participação muito ativa na geração de renda das comunidades mais carentes. Outro programa muito forte na UEPG é o Pró-Egresso, que administra penas judiciais alternativas. Recentemente, criou-se também, no curso de Letras, o LET – um laboratório de texto, integrando a extensão e a pesquisa, com vistas à melhoria do processo de aprendizagem e aperfeiçoamento da leitura e da escrita na escola, na co-munidade e na própria universidade. O Pró-Eng é outra iniciativa da área de engenharia, cujo público são os alunos do ensino médio e tem como objetivo despertar o interesse dos fu-turos ingressantes para os cursos da Engenharia, aproximando assim a es-cola da universidade.

Extensão – O senhor acha que deve haver uma integração entre as áreas de extensão da UEPG e da UEL?

Como essa integração poderia ser feita?João Carlos Gomes - Cada vez mais se pensa a extensão como rede, uma vez que os problemas e o processo de aprendizagem devem ser tratados de formas sistêmicas. No caso da re-lação entre nossas universidades, há várias aproximações – a geográfica, a de ações e a natureza estadual -, o que facilita a integração. Para que ela ocorra num âmbito maior, o primeiro passo talvez seja criar um portal estadual da extensão, que per-mita que nos conheçamos melhor e, assim, possamos propor ações mais pontuais. Tenho certeza que muito temos para aprender com a UEL, pelo trabalho sério que é feito aí.

Extensão – O que o senhor acha da criação do Fundo Nacional de Extensão? João Carlos Gomes – Esta é uma iniciativa que tomei enquanto pre-sidente da Abruem. Assim como o governo federal destina uma parte do orçamento para a pesquisa, é preciso criar o mesmo mecanismo para a extensão. Os editais dos mi-nistérios são importantes, mas eles sofrem de descontinuidade. Para se fortalecer a área é preciso conquis-tar uma política de investimento permanente. Talvez fosse o caso de criar uma Diretoria de Extensão na Capes (Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Pessoal de Nível Superior). O importante é que a extensão seja uma política pública e não a ação de uma gestão. Assim, garante-se um investimento contí-nuo, fortalecendo uma área funda-mental da Universidade.

Extensão – Como o senhor avalia o aprofundamento das discussões para uma melhor divulgação das ações extensionistas? João Carlos Gomes – O primeiro passo é fortalecer a Renex (Rede Nacional de Extensão) e institu-cionalizar este portal. Ele deve fi-car junto ao governo federal, não como um repositório de projetos, mas como um espaço de troca de experiências, permitindo um diálo-

go mais fluido entre as instituições e os extensionistas. No âmbito de cada instituição, precisamos mos-trar o trabalho da extensão para que ela possa ser cada vez mais uma op-ção de ação de nossos professores e alunos. Criar jornais, programas em rádio e televisão, publicar tam-bém artigos técnicos especializados, participar de congressos, de fóruns, estimular a produção de artigos na imprensa diária. Ou seja, tudo que se fizer para socializar os resultados dos projetos dará mais respaldo aos extensionistas.

Extensão – O 44º Fórum da Abruem focou a extensão. Qual o senhor acha que é a importância de desta-cá-la em encontros desse tipo?João Carlos Gomes – Ao valorizar a extensão, a Universidade está as-sumindo de forma mais programá-tica o seu papel no desenvolvimento regional, mostrando para o governo a inserção mais ativa das Universi-dades estaduais e municipais, que nasceram de um desejo da comu-nidade e que podem dar respostas mais próximas para estas comunida-des. Por outro lado, está formando o acadêmico de forma mais plena, comprometido com a realidade so-

PerfilO professor João Carlos

Gomes possui graduação em Odontologia pela UEPG,

mestrado e doutorado em Dentística RestauradoO ra pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita

Filho (UNESP).Atualmente é Membro do Conselho Superior

da Fundação Araucária apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico do

Estado do Paraná, Reitor da Universidade Estadual de

Ponta Grossa e Presidente da ABRUEM.

cial, com um desejo de melhoria da comunidade. Ganha-se dos dois lados ao se valorizar a extensão. Como presidente de Abruem, tenho me colocado como um porta-voz dos extensionistas junto aos minis-térios e ao governo estadual, pois entendo que, por meio da extensão, podemos construir um novo mode-lo de Universidade pública.

Extensão – Por fim, gostaria que o senhor falasse sobre quais os ru-mos da extensão da UEPG e qual conselho o senhor daria para a UEL.João Carlos Gomes – Acho que todos nós devemos colocar na pau-ta de nossas instituições a luta para uma maior valorização acadêmica da produção extensionista, com a criação de campos específicos para a extensão no Currículo Lattes. De-vemos também lutar para que sejam abertas as possibilidades para que os extensionsitas tenham voz nas fun-dações de apoio à pesquisa, e que se crie uma bolsa produtividade para a área. Não podemos continuar ape-nas falando em indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, temos que pôr em prática isso. Com o ingresso cada vez maior de alunos

com fragilidade econômica em nos-sos cursos, principalmente pelo sis-tema de cotas, uma das prioridades será a busca de recursos para bolsas aos acadêmicos, para que eles pos-sam se engajar em projetos de pes-quisa e de extensão. E esta é outra questão central: promover uma inte-gração mais estreita entre pesquisa e extensão. Não são coisas totalmente distintas, mas complementares.