e seus simbolossite.gerosaude.com.br › pdf › sghc › gamia › sghc_gero_ed64.pdf ·...

8
1 Ano 16 / Edição 64 / Junho de 2018 / Tiragem: 500 Exemplares / Distribuição Gratuita Duas Palavras que nos levam ao mês de ju- nho, ao frio, a pensar nas fogueiras, bandei- rinhas, quadrilha, barraquinhas com brincadei- ras e, principalmente, nas gostosas comidas que ocupam uma parte central da festa. Mas qual a origem dessas festas e seus símbolos? Os povos da antiguidade comemoravam a épo- ca da fecundidade das terras e das colheitas, sempre ao redor de fogueiras. Esse período do ano correspondia ao solstício, que é o momento em que o Sol incide com maior intensidade so- bre um dos dois hemisférios da terra. Os solstícios ocorrem duas vezes ao ano: em dezembro e em junho. As festas juninas são em sua essência multicul- turais. Em cada lugar do mundo comemora-se de uma forma diferente. Por influência da igreja católica da colonização portuguesa. Em Portu- gal denominam-se Festas Juaninas. Nas Festas Juninas, aqui no Brasil, são home- nageados os santos: Santo Antônio, São João e São Pedro. São João é o único santo da igreja católica, cuja comemoração se dá no dia do seu nascimento e não no dia da sua morte, é o santo mais homenageado por todo o Brasil e atribui-se a ele as boas colheitas. As fogueiras e o estou- ro dos rojões, para os que acreditam, são para afastar os maus agouros. O solstício comemorado em junho em nosso País é o de inverno, que coincide com a época da co- lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações de norte ao sul, seja: assado, cozido ou em forma de pipoca, pamonha, curau, bolo e cuscuz. O amendoim e a mandioca também são ingredientes presentes nos quitutes destas festas, tudo com muito açú- car, que lembra a nossa herança de cultura por- tuguesa. A canjica, o arroz doce, a paçoca, a maçã do amor, o pé de moleque, o quentão e o vinho quente também fazem parte e costumam estar presentes nas Festas Juninas. Por sua vez, as bandeirinhas coloridas simboli- zam o costume antigo de homenagear os san- tos. Imagens dos Santos são colocadas no topo de um Mastro fincado no centro da festa. Os balões teriam a “missão” de levar as mensagens com os pedidos de casamento, saúde e paz da terra aos céus. As danças juninas são inspiradas nos bailes das cortes e transpostos para as festas rurais em forma de quadrilhas. Dependendo da região, a festa junina apresenta um caráter peculiar em consonância com a cul- tura local. A comida segue o mesmo caminho. Para citar preparos mais regionais, podemos falar em mungunzá na região Norte; Mané-pelado nas regiões do Nordeste, do Cen- tro Oeste e do Sudeste; Bolinho caipira e o Pinhão têm forte presença na região Sul. Para entrar no clima das Festas Juninas, repas- sem suas receitas de comidas típicas e mostre seus dotes culinários. FESTA JUNINA E SEUS SIMBOLOS

Upload: others

Post on 04-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: E SEUS SIMBOLOSsite.gerosaude.com.br › pdf › sghc › gamia › SGHC_GERO_ED64.pdf · 2019-12-12 · lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações

1

Ano 16 / Edição 64 / Junho de 2018 / Tiragem: 500 Exemplares / Distribuição Gratuita

Duas Palavras que nos levam ao mês de ju-nho, ao frio, a pensar nas fogueiras, bandei-rinhas, quadrilha, barraquinhas com brincadei-ras e, principalmente, nas gostosas comidas que ocupam uma parte central da festa. Mas qual a origem dessas festas e seus símbolos?Os povos da antiguidade comemoravam a épo-ca da fecundidade das terras e das colheitas, sempre ao redor de fogueiras. Esse período do ano correspondia ao solstício, que é o momento em que o Sol incide com maior intensidade so-bre um dos dois hemisférios da terra.Os solstícios ocorrem duas vezes ao ano: em dezembro e em junho.As festas juninas são em sua essência multicul-turais. Em cada lugar do mundo comemora-se de uma forma diferente. Por influência da igreja católica da colonização portuguesa. Em Portu-gal denominam-se Festas Juaninas. Nas Festas Juninas, aqui no Brasil, são home-nageados os santos: Santo Antônio, São João e São Pedro. São João é o único santo da igreja católica, cuja comemoração se dá no dia do seu nascimento e não no dia da sua morte, é o santo mais homenageado por todo o Brasil e atribui-se a ele as boas colheitas. As fogueiras e o estou-ro dos rojões, para os que acreditam, são para afastar os maus agouros.O solstício comemorado em junho em nosso País é o de inverno, que coincide com a época da co-lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações de norte ao sul,

seja: assado, cozido ou em forma de pipoca, pamonha, curau, bolo e cuscuz. O amendoim e a mandioca também são ingredientes presentes nos quitutes destas festas, tudo com muito açú-car, que lembra a nossa herança de cultura por-tuguesa. A canjica, o arroz doce, a paçoca, a maçã do amor, o pé de moleque, o quentão e o vinho quente também fazem parte e costumam estar presentes nas Festas Juninas.Por sua vez, as bandeirinhas coloridas simboli-zam o costume antigo de homenagear os san-tos. Imagens dos Santos são colocadas no topo de um Mastro fincado no centro da festa. Os balões teriam a “missão” de levar as mensagens com os pedidos de casamento, saúde e paz da terra aos céus. As danças juninas são inspiradas nos bailes das cortes e transpostos para as festas rurais em forma de quadrilhas.Dependendo da região, a festa junina apresenta um caráter peculiar em consonância com a cul-tura local. A comida segue o mesmo caminho. Para citar preparos mais regionais, podemos falar em mungunzá na região Norte;Mané-pelado nas regiões do Nordeste, do Cen-tro Oeste e do Sudeste; Bolinho caipira e o Pinhão têm forte presença na região Sul.Para entrar no clima das Festas Juninas, repas-sem suas receitas de comidas típicas e mostre seus dotes culinários.

FESTA JUNINA E

SEUS SIMBOLOS

Page 2: E SEUS SIMBOLOSsite.gerosaude.com.br › pdf › sghc › gamia › SGHC_GERO_ED64.pdf · 2019-12-12 · lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações

NOTÍCIASLazer e Cultura

2

Olá leitores amigos, estão gostando das dicas que temos apre-sentado para vocês se divertirem com a família e amigos?Hummm, estamos torcen-do para que a resposta seja simmmm!!!!Não esqueçam que es-tamos esperando su-gestões que gostariam de compartilhar/divulgar,

de eventos e locais destas categorias, em seu bairro e região. Mas lembrem-se que deve ser informada pelo menos com tempo de 3 a 4 meses antes de acontece- rem, para que possamos fazer a divulgação com tempo. Entre em contato conosco pelo E-mail:[email protected]

Visita educativa ao Theatro MunicipalAs visitas ao Teatro Municipal de São Paulo são rea- lizadas de duas formas:(1ª) Ao públicoGrupos com até 10 participantes, contados por ordem de chegada.A inscrição é individual e presencial no guichê ao lado da bilheteria.Entrada Franca; Duração aproximada de 1h e 30m; Visitas: De segunda a sexta-feira, às 11h, 13h, 15h e 17h e aos sábados: às 10h e 15h.(2ª) Visitas agendadasGrupos de 10 a 50 participantes.

Visitas agendadas previamente pelo e-mail:[email protected] Visitas: De quarta a sexta-feira, às 10h e 14h e aos sábados: às 10h e 14h.Entrada Gratuita - Faixa etária acima de 10 anos.Maiores informações - Fone: 11 3053-2092 e 3053-2093

Feira Oriental no Bairro da LiberdadeQue tal um passeio pelo Bairro da Liberdade para con-hecer e curtir a culinária japonesa com barracas que vendem tempurá, yakisoba entre outros quitutes e em seus típicos restaurantes.Terá a oportunidade também de se encantar com a cul-tura, arquitetura e costumes orientais, seus artesana-tos, acessórios, roupas, arte, etc. nas barracas e lojas que ficam abertas para atender os visitantes.Todos os domingos a partir das 9 horas - Praça da Liberdade – ao lado do Metro Liberdade

CERET – Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do TrabalhadorQue tal uma visita a um local muito procurado por es-portistas e trabalhadores? O parque CERET conta com três campos de futebol, duas quadras de tênis, além de ampla área verde e área infantil com playground, muito espaço verde.Dá até para se pensar num piquenique.Entrada gratuita a partir das 6 horasFica na Zona Leste - Rua Canuto Abreu - Vila Regente Feijó - Fone: 11 2671-8788

Francisca F. dos ReisAdília de Oliveira Malta

Comissão Jornal

Você conhece o quitute Mané Pelado? O nome é estranho nem parece nome de bolo, mas o sabor é daqueles que fica na memória e que dá vontade de repetir sempre. Nessa época ele está sempre presente nas festas juninas. O quitute é de origem portuguesa, tem forte presença nas mesas minei-ras e goianas.Mas, por que o nome Mané Pelado? É um bolo cre-moso de mandioca com coco e queijo. Segundo a lenda, o nome curioso é por conta de um agricultor

que, por superstição, colhia mandioca pelado. Outra lenda conta que o agricultor andava de olho em uma vizinha que morava sozinha, e fazia muitas propostas indecorosas para a moça.No dia do aniversário do Mané, a moça para se vingar, convidou toda a família do rapaz dizendo ser uma festa surpresa, escondendo os convidados no seu quarto. Quando ele chegou, a moça avisou que iria até o quarto se arrumar e assim que es-tivesse pronta o chamaria. Depois de um tempo lá foi o Mané, PELADO, no quarto em que sua família o aguardava, levando um bolo de aipim para cantar os parabéns, vindo daí o nome “Bolo Mané Pelado”

Imagens da InternetPesquisas na Internet

Nelson Pedro BertagliaComissão do Jornal

Page 3: E SEUS SIMBOLOSsite.gerosaude.com.br › pdf › sghc › gamia › SGHC_GERO_ED64.pdf · 2019-12-12 · lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações

3

Atividades e Eventos

O Programa GEROSAÚDE informa que, além das pa-lestras no Centro de Convenções Rebouças, oferece ainda Cursos e Oficinas que estão à disposição para todas as pessoas da 3ª Idade e inteiramente gratuito.Informações sobre as Palestras, Cursos e Oficinas, acessar o Site: www.gerosaude.com.br ou consultar através do E-mail: [email protected] ou ainda pelo telefone: 11 2661-8021.

Inscrição para o GAMIA 2019

O que é o GAMIA? Grupo de Assistência Multidisci-plinar ao Idoso Ambulatorial.Informamos as pessoas com 60 anos ou mais, interes-sadas em se candidatar ao GAMIA para o ano de 2019, que poderão fazer a inscrição nos dias 02, 03 e 04-07-2018, das 08h às 12h horas, no 5º andar do Prédio dos Ambulatórios (entrar pelo térreo).Para a inscrição, o idoso deverá ter 60 anos completos na data da inscrição, ter mobilidade física, locomoção totalmente independente e disponibilidade total para que às quartas-feiras, das 8 às 16 horas, para parti-

cipar das atividades com profissionais de várias áreas multidisciplinares, especializados em envelhecimento saudável.

GAMIA - Festa dos 34 Anos

No dia 04-08-2018 (sábado), a partir das 9 horas, será realizada uma grande festa para homenagear os 34 anos do GAMIA.Instituído em 1984, em consequência de uma feliz ideia do Dr. Wilson Jacob Filho, que junto com outros profis-sionais do Serviço de Geriatria, criaram o GAMIA, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e tornar ex-emplo, para que em suas comunidades, propaguem as experiências que vivenciam aqui no Hospital das Clinicas.E assim, nesses 34 anos, foram mais de mil idosos que participaram do GAMIA e com o carinho dos profissio- nais que aqui conheceram, tiveram suas experiências nas áreas Gerontológica e dessa forma levaram para suas comunidades esses conhecimentos, atingindo assim os objetivos do idealizador.

Nelson Pedro BertagliaJornal GEROSAUDE

O CRECI é onde os idosos fre-quentam, usufruindo de várias atividades. Eu como frequentador participo de algumas e gostaria que todos os idosos/as também participassem das oficinas descri-tas abaixo.É bom lembrar a todos, para irem ao CRECI conhecer o local que fica na Rua Formosa nº 215 sob o Via-duto do Chá, no Vale do Anhanga- baú, ou se quiserem, poderão pedir informações pelos fones 3558-4276 e 3259-4335. Lá vocês irão encontrar amigos, fazer novas amizades e jogar conversa fora, ao mesmo tempo dar uma força para nós idosos que usamos o es-paço há 13 anos, haja vista que a Prefeitura quer fechar o local que já pertence aos idosos.

Já participamos de audiência no auditório da Promotoria Publi-ca onde compareceram mais de trezentos idosos que frequentam o CRECI. Mas não chegamos ao bom termo, por isso concordamos em marcar uma nova data para outra reunião com seus respecti-vos representantes. Os idosos do CRECI estão ansiosos para que tudo venha a ser resolvido a con-tento de todos. Estamos procuran-do reivindicar de diversas formas para não fechar esse Centro de Referencia do Idoso - CRECI que é único no Brasil.O Secretario de Relações Sociais recebeu a comissão dos idosos representando o CRECI, onde deixamos bem claro que nós não queremos o fechamento, e após muito diálogo a administração ad-mitiu que o que esta funcionando bem não deve ser fechado. Com isso os idosos gritaram: “Idosos unidos jamais serão vencidos”. Por isso vamos aguardar as próximas reuniões, mantendo os serviços já existentes e se possível dar uma melhorada no local para que to-

dos sejam bem atendidos. Assim, os Idosos reforçam o pedido para que o Secretário Responsável reveja com carinho essa ordem de fechamento do CRECI, onde os Idosos passam algumas horas aprendendo algo diferente tais como: Alongamento, Condiciona-mento Físico, Ginástica Localiza-da, Capoeira, Expressão Corporal Contemporânea, Seresta, Aula de Violão, Informática, Pintura, Inglês, Trabalho Artesanal, Can-to (no Coral), Sapateado, Aula de Percussão, Aula de Dança de Salão, Dança Espanhola, Dança do Ventre, Dança Sênior, Cultu-ra Espanhola, Tea-tro, Pratica de Yoga, Contação de Historias, Li-bras e Memória, visando uma vida mais saudável. A sua presença é muito importante, gostaríamos de conhecê-los.Saibam que a vida é curta, va-mos aproveita-la ao máximo.

Antonio VolpatoComissão do Jornal

Programa GEROSAÚDE

CRECI Centro de Referência da Cidadania do Idoso

Page 4: E SEUS SIMBOLOSsite.gerosaude.com.br › pdf › sghc › gamia › SGHC_GERO_ED64.pdf · 2019-12-12 · lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações

4

MENSAGEM

Existia um médico cujo hobby era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. O que mais chamava a atenção era o fato de que ele ja-mais regava as mudas que planta-va, e as árvores demoravam muito para crescer. Certa vez seu vizinho perguntou-lhe porque não regava

as plantas para que elas cresces-sem mais rapidamente. Então ele expôs sua interessante teoria.Disse que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na su-perfície e ficariam sempre esperan-do água mais fácil, vinda de cima.Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes de nutrientes encon-tradas nas camadas mais inferiores do solo. Assim, segundo ele, as ár-vores teriam raízes mais profundas e seriam mais resistentes nas tem-pestades.Depois dessa conversa, seu vizi-nho mudou-se e passou alguns anos fora. Ao retornar, notou que na casa do médico havia um lindo bosque. Fazia um vento muito forte e gelado. As árvores da rua es-tavam arqueadas ao rigor da venta-nia. Entretanto no quintal do médico as árvores estavam sólidas, prati-camente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela tormenta.

Muitas vezes diante de um proble-ma ou situação difícil, ficamos es-perando a solução vir do lado de fora, e nada fazemos para que as coisas sejam diferentes. Deixamos de ir buscar a solução dentro de nós, não usamos nossa força interi-or que é a capacidade que temos de serem maiores que os problemas.Coragem! Você pode ir buscar essa força dentro de você! A partir de agora, aprofunde as suas raízes e busque essa água na profundidade do solo. Não espere mais que al-guém venha regar o seu jardim.

Segure nas mãos de Deuse supere

as tempestades da vida.

Imagem da InternetTexto extraído do livro “Para que a minha vida se transforme”De Maria Salette e Wilma Ruggeri)

Francisca F. dos ReisComissão do Jornal

O dia mais lindo do mês de Maio é o segundo domingo do mês. Mamãe ou Mãe não importa, o importante é que nossa Mãe seja amada e respeitada todos os dias. Vamos respeitar todas as Mães sem preconceito de raça e cor. Que nosso Pai Celeste abençoe todas as Mães de todas as idades. Jesus também teve Mãe.O dia das Mães desperta nos filhos os mais profundos sentimentos de gratidão. Que Deus abençoe todas as Mães. “Honra teu Pai e tua Mãe para que prolongues os teus dias na terra - Texto Bíblico”Para reflexão: A mãe falou para o filho: Pega todas as peras que estão na geladeira. O filho respondeu: Mãe só tem uma!

Adília de Oliveira Malta Comissão do Jornal

Aprofunde suas Raízes

Dia das Mães

Para o Médico, o corpo é trabalho. Para o Escultor, o corpo é obra. Para o Atleta, o corpo é superação. Para o Contorcionista, o corpo é elástico.Para o Estilista, o corpo é consumo. Para o Bailarino, o corpo é expressão. Para a Criança, o corpo é descoberta. Para o Jovem, o corpo é virtualização. Para o Idoso, o corpo é memória.

Corpo é a única coisa que se carregadesde o momento que é gerado, até o último suspiro epor duas vezes é carregado:Quando se está na barriga da mãee quando vai ser enterrado.

Alcides da Cruz Gomes

O que é o Corpo Humano (o corpo humano é sempre muito mais do que um corpo)

Page 5: E SEUS SIMBOLOSsite.gerosaude.com.br › pdf › sghc › gamia › SGHC_GERO_ED64.pdf · 2019-12-12 · lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações

5

SAÚDE

A separação de um casal per-meada de conflitos tende a afetar, também, a vida dos filhos que, mui-tas vezes, além do sofrimento pela ausência de um dos pais, sofre pressões, normalmente, daquele que mantém guarda, como uma disputa acirrada de quem é mais merecedor do amor e da atenção da criança.As visitas e os contatos, que per-mitem a conservação dos vínculos, passam a serem monitorados ou impedidos pelos mais diversos pre-textos.A desqualificação constante de um dos pais pelo outro, traz à criança uma mistura de sentimentos, um desconforto por ter tomado partido de um deles, fazendo com que ela mesma passe a rejeitar e se recusar a ser visitada. A manipulação para este processo de distanciamen-to e a desmoralização do genitor contribui para o que se denomina Alienação Parental, hoje reconheci-da pelas legislações de proteção à criança e adolescentes.Perspectiva Jurídica: No âm-bito jurídico considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou adolescente, promovida ou in-duzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a cri-ança ou adolescente sob a sua au-toridade, guarda ou dos genitores,

pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie o genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou á manutenção de vínculos com este.São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou cons- tatados por perícia, praticados di-retamente ou de desqualificação da conduta do genitor no exercício com auxílio de terceiros:I - realizar campanha de desqua- lificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou mater-nidade;II - dificultar o exercício da autori-dade parental;III - dificultar contato de criança ou adolescente com o genitor;IV- dificultar o exercício do direito regulamentado de convívio familiar; V - omitir deliberadamente a geni-tor informações pessoais relevan- tes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alte- rações de endereço;VI - apresentar falsa denúncia con-tra genitor, contra familiares deste, ou contra avós, para obstar ou di-ficultar a convivência deles com a criança ou adolescente;VII- mudar o domicílio para lugar distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós; Art. 3º A prática de ato de alienação parental fere direito fundamen-tal da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com o genitor e com o gru-po familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescen-te e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. Em resumo, caracteriza atos típicos de alienação parental ou condutas que dificulte aconvivência da criança ou adoles-cente com o genitor, o juiz poderá

utilizar de instrumentos proces-suais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso:I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador;II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor aliena-do;III - estipular multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psi-cológico e/ou biopsicossocial;V - determinar a alienação da guar-da para guarda compartilhada ou sua inversão;VI- determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescen-te;VII- declarar a suspensão da autori-dade parental;Art. 7º. A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva con-vivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda com-partilhada (por decisão do Juiz). Perspectiva Psicológica: No con-ceito criado pelo Psiquiatra infantil Richard Gardner, em 1985, a Sín-drome de Alienação Parental (SAP), costuma ser considerado como uma das consequências provoca-das na criança que é exposta a atos de alienação por um dos pais. De acordo com os estudos de Gardner, esta síndrome se configura quando a criança desenvolve um sentimen-to de profundo repúdio por um dos progenitores, sem qualquer tipo de justificativa plausível. “A Síndrome da Alienação Parental (SAP) é um distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contex-to de disputas de custódias de cri-anças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. Resul-ta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a “lavagem cerebral, programação, doutri-nação”) e contribuições da própria criança para caluniar o genitor-alvo.

Alienação ParentalPerspectivas Psicológica, Jurídica e Social

Maria Izebel A. de SouzaAssistente Social

Graduada em 1986 pela Faculdade Paulista de Serviço Social - SP

Page 6: E SEUS SIMBOLOSsite.gerosaude.com.br › pdf › sghc › gamia › SGHC_GERO_ED64.pdf · 2019-12-12 · lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações

DESCONTRAÇÃO

6

História do Prédio Martinelli – Parte IV / Final

Quando o abuso e/ou a negligência parentais verdadeiros estão pre-sentes, a animosidade da criança pode ser justificada, e, assim a ex-plicação de Síndrome de Alienação Parental para a hostilidade da cri-ança não é aplicável.” (GARDNER, 2002). Perspectiva Social: Alienação pa-rental e a atuação do Assistente So-cial para seu enfrentamento. Edna Fernandes da Rocha Lima, Assis-tente Social do Judiciário do Tribu-nal de Justiça de São Paulo - TJSP. Doutora e Mestre em Serviço So-cial pela PUC/SP, Especialista em Serviço Social na Saúde HCFMUSP e em Violência Doméstica contra a Criança e o Adolescente USP. Faz reflexões importantes em sua Tese sobre o Tema acima, a perspectiva social a respeito da Alienação Pa-rental, é entendida como aquela que apresenta uma definição mais ampla, uma vez que os impactos

deste fenômeno atingem a vida social como um todo dos envolvi-dos neste processo de tentativa de ruptura da convivência familiar. “No caso do Serviço Social, especial-mente no campo sócio-jurídico, a alienação parental se coloca como um desafio. Ainda que seja papel do Assistente Social conhecer a história de vida, a dinâmica familiar, como as pessoas se relacionam e no que este emaranhado de infor-mações contribui para a situação de litígio se instalasse, culminando na Alienação Parental, o desafio é sensibilizar as pessoas envolvi-das quanto aos prejuízos acarreta-dos pela alienação, já que muitos delas não reconhecem tais atitudes e o quão elas são prejudiciais ao desenvolvimento biopsicossocial das crianças / adolescentes.”Nós que trabalhamos como Assis-tentes Sociais, assim como outros profissionais que atuam na área da

Educação, Saúde e demais áreas que envolvem crianças e adoles-centes, temos que estar atentos às legislações que garantem acesso aos direitos e a proteção às vítimas da Alienação Parental. Embora a caracterização da Alienação Parental seja dos pais para com os filhos, há de se preservar o convívio familiar saudável, inclusive com os avós, para fortalecer a formação psíquica da criança e estimular o sentimento de pertencimento. A convivência com os familiares propicia assimilação dos usos e costumes da família e dá a opor-tunidade para que a criança se in-teire de sua historia.

Captação da MatériaAuristela Batista Lopes

Comissão do Jornal

Em 1975 o recém empossado Olavo Setúbal, Prefeito de São Paulo, decidiu salvar o edifício. De-sapropriou o prédio, foi necessária a intervenção do exército para reti-rar os moradores mais renitentes e deu início à restauração. O responsável pelas obras foi o en-genheiro Walter Merlo, chefiando 640 operários. Os sistemas hidráuli-co e elétrico foram totalmente subs- tituídos, novos elevadores foram instalados, a fachada foi limpa com jateamento de areia. Um moderno sistema de prevenção de incêndios foi instalado, tornando o Martinelli

um dos mais seguros da cidade. Em 1979 foi reinaugurado, sendo ocupado por diversas repartições públicas municipais, como a EMURB e a COHAB.Visita ao Terraço, Topo do PrédioOnde Fica?O Martinelli ocupa duas esquinas, uma da Rua São Bento com a Av. São João e outra da Av. São João com a Rua Líbero Badaró. A entra-da fica num portão lateral na São João.Quando são as visitas?Acontecem de segunda à sexta em horários pré-estabelecidos. Não há limite para entrar. E No Terraço?Não há limite de tempo para ficar lá em cima, claro que quem subir no último horário terá que sair quando o terraço fechar.O prédio é lindo e os detalhes do terraço não são vistos lá de baixo, é impossível termos uma ideia da magnitude do Terraço, passando pelas ruas.A vista de 360º proporciona uma

visão linda da cidade, podemos lo-calizar prédios, praças, viadutos e ruas.Quem quiser saber um pouco sobre a história do prédio, contada por relações públicas, que há no local.(O horário do profissional que reali-za as palestras não é fixo.Informem-se antes).Vale a pena, quem já foi?Mais informações, consulte o Site:www.prediomartinell.com.br

Pesquisas na Internet

Silvino Barros de SouzaComissão do Jornal

Page 7: E SEUS SIMBOLOSsite.gerosaude.com.br › pdf › sghc › gamia › SGHC_GERO_ED64.pdf · 2019-12-12 · lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações

7

ESPAÇO LIVREMinha Querida São Paulo

Nos anos 30 e 40, a cidade de São Paulo já começava a mostrar sua cara. Época difícil, o mundo es-tava em guerra.Nesta época havia os barões do café que transitavam pela cidade com seus ternos de casimira, ga- bardine, linho branco 120 e chapéus, frequentavam os pontos chiques da cidade com seus carros Ford V8, Chevrolet e charangas, carros da época que se misturavam com os bondinhos que corriam para os quatro cantos da cidade. Tinha o trem da Cantareira e a Estação da Luz de onde os trens partiam para o todo o interior de São Paulo.Os bondes não tinham portas nem janelas, mas eram bem seguros, uma delícia de andar neles. Era ainda uma pequena cidade, as pes-

soas se olhavam e se respeitavam.Naquele tempo eu já corria para acompanhar o seu crescimento. São Paulo, sabes que eu te sigo, sabes também que eu te amo, não corras tanto, não se afaste de mim. Minhas pernas, ó minhas pernas...Hoje, com suas lindas avenidas, com metrô, ônibus e carros e mais carros, motos e uma multidão de pessoas pelas ruas, o que eu vejo é uma insegurança, falta de respeito e de amor ao próximo. Cadê você,

minha linda São Paulo?As muitas recordações que tenho de você, para mim são muito vali-osas.O tempo passou, muita coisa mudou, mas este seu alicerce, sua estrutura, não terá vendaval huma-no que destrua.

Imagens da Internet

José Cascione (Zico)Comissão do Jornal

O Nosso Supremo Tribunal

Parecem contos da carochinha o que vemos nos dias de hoje, sobre algumas decisões deste

colegiado; decisões que se es-pera sejam rápidas, se arras-tam anos a fio; julgamentos onde o Magistrado para emitir o seu voto à luz da Constituição, faz remissões a enormidades de leis e de decretos do nosso País e às vezes (muitas) busca justificativas em leis e costumes de outros países usando assim, horas em sua justificativa, para no final, emitir o voto que desde o início se afigurava óbvio.

Quanto custa ao cerário nacio- nal uma sessão deste órgão? Não seria mais racional buscar o voto sem muita pompa erudi-ta, em benefício de despesas menores? O cidadão quando os vê com seus vestuários impo-nentes (toga), com um cerimo-nial cheio de formalidades fica bastante impressionado.Pode até imaginar que diante de tais ritos as coisas vão funcionar de forma coerente e harmoniosa. Ledo engano, mais parece que os membros desta alta Corte es-tão mais para a Mídia, do inter-esse próprio, do que focados em servir a Nação. A bem da verdade, nossos Ma- gistrados independentemente de seus “credos”, encontra di-ficuldade na interpretação da nossa constituição em função dos diversos meandros inter-pretativos que ela permite; para aqueles que dispõem de muito

dinheiro, bons advogados que se aproveitam desses mean-dros, para manterem os conde-nados o mais longe possível do xilindró.O pobre, o sem recurso, esse sim, fica no anonimato; para que perder tempo com quem não tem dinheiro, né?Ultimamente em diversos jul- gamentos tem havido festi-val de: recursos, habeas cor-pus, embargos, embargos dos embargos e com isso aquele que foi julgado e condena-do vai ganhando tempo e em muitos casos ganham até o benefício da prisão domici- liar, há, há, há, há... há, há, há...Chegamos até a comparar o nosso Supremo com a ONU. Um Órgão onde as análises e decisões levam tempos a fio e, quando ocorre, não são im-plementadas na mesma veloci- dade como acontecem os crimes.

Page 8: E SEUS SIMBOLOSsite.gerosaude.com.br › pdf › sghc › gamia › SGHC_GERO_ED64.pdf · 2019-12-12 · lheita do milho, o que explica a forte presença do alimento nas comemorações

Jornal GEROSAUDEElaborado por idosos da Geriatria do HCFMUSP

1ª edição divulgada em julho de 2002

ComissãoCoordenadora: Valmari Cristina Aranha (Psicóloga)

ColaboradoresAdília de Oliveira Malta

Antonio VolpatoAuristela Batista LopesFrancisca F. dos Reis

José Cascione (Zico)Luiz Beatriz de SouzaNelson Pedro Bertaglia Olinda Castilho EscobalSilvino Barros de Souza

Programa Produções Gráficas

Rua São leopoldo, 458

tel. 2692. 1696

[email protected]

Spadari

8

Há também cenas de quase faroeste, magistrados se agre-dindo verbalmente, com xin-gamentos explícitos como os ocorridos em 2017 e recente-mente aconteceu violentíssima discussão entre magistrados, sendo preciso a suspensão

da sessão, isto em março de 2018. Julgamento com votos de 6x5 que o próprio colegia-do põe em dúvida e o faz voltar de novo e de novo. Tudo isso leva o cidadão comum a ficar pasmo e de certa forma, de-sacreditado. Vamos lá Supre-

mo, a Nação precisa de exem plos de concretização para já, não se pode esperar. Tempo custa dinheiro e frustra expec-tativas.

Luiz Beatriz de SouzaComissão do Jornal

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da bele-za, porém nos extraviamos.

A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos;nossa inteligência, empedernidos e cruéis.Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Charles Chaplin

Mês de Junho aqui na roça,É tão cheio de alegriaTudo os caipira se advertiPois tem festança tudo dia.

As muié da redondeza faiz quitute bem gostosoOs hómi faiz as barraca e tamém faiz as fogueraOs casar ensaia as quadriáCom cumilança, músca e brincadera.

Tem gente qui inté faiz as novenaPros Santo: Antonho, Pedro e São Jão.Faiz prumessa di tudo tipoPra cunsegui bão casamento e pra festa tê animação.

A festança já teve inícioJá comêro pipoca, doce e pinhãoTem uns hómi já vermeioDi tano tomá quentão...

Mas agora peço a tençãoPuis vem agora o principarO casório mais isperadoDaqui deste lugar...

Texto e imagem extraidos da Internet

O caminho da vida

Casamento na Roça