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CUSTO OPERACIONAL DO CURATIVO E CRIT�RIOS PA SUA CLASSIFI CAÇÃO Maria José Schmidt * I - INTRODUÇÃO A técnica de curat ivo const itui um dos pr ocediment os básicos de execução rotineira n a enfermagem . Entretanto, escapa à preo- cupação do executante avaliar o cus to dess e trabalho n os diverso s aspecto s relativos a material, mão-de -obra, medicamentos, instala- ções etc . . A nec essidade d e s erem estabel ecidos critér ios para uma valo- rização ma is justa, pautados em princípios científ icos, f oi uma das motivações para a r ealização do presente estudo . Portanto, est e trabalho é o resultado de experimentações, d e pesquisa de pr eço e proc essos de classificação dos curat ivos nos di- versos ho spitais, ambulatórios e entida des outras de pr estação de serviço s médicos, de obs ervação controlada da sua execução e, tam- bém, da experiência p rofiss ional. Nã o pode ter, é óbvio, a pret en- são de apresentar um modelo que int egr e todas as variáveis que en- vol vem a problemática do cus to operacional do curativo ou de sua classif icação . É, todavia, uma tetativa de cons trui r um padrão téc- nico el evado, dentro de um custo razoável . II - PESQUISA DE MERCADO 1 - A pesquisa realiz ada durante o 2.· s emestr e de 197 1 e início de 1972, em várias entidades médica s estatai s e para estatai s, assim como e m 20 hospita is e ambulatór ios da Capital e da Gr ande São Paulo, evidenciou uma c arência de critério científ ico par a cl as- sificação e valorização dos curativo s executados pel o pessoal de enfermagem . A grande maior ia é ef etuada por atendentes de enf e r- (*) Enfermeira do INPS - S.P.

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CUSTO OPERACIONAL DO CURATIVO E CRIT�RIOS

PARA SUA CLASSIFICAÇÃO

Maria José Schmidt *

I - INTRODUÇÃO

A técnica de curativo constitui um dos procedimentos básicos de execução rotineira na enfermagem . Entretanto, escapa à preo­cupação do executante avaliar o custo desse trabalho nos diversos aspectos relativos a material, mão-de-obra, medicamentos, instala­ções etc . .

A necessidade de serem estabelecidos c ritérios para uma valo­rização mais justa, pautados em princípios científicos, foi uma das motivações para a realização do p resente estudo .

Portanto, este trabalho é o resultado de experimentações, de pesquisa de preço e processos de classificação dos curativos nos di­versos hospitais, ambulatórios e entidades outras de prestaç ão de serviços médicos, de observação controlada da sua execução e, tam­bém, da experiência p rofissional . Não pode ter, é óbvio, a preten­são de apresentar um modelo que integre todas as variáveis que en­volvem a problemática do custo operacional do curativo ou de sua classificação . É, todavia, uma teQ-tativa de construir um padrão téc­nico elevado, dentro de um custo razoável .

II - PESQUISA DE MERCADO

1 - A pesquisa realizada durante o 2.· semestre de 1 9 7 1 e início de 1972, em várias entidades médicas estatais e paraestatais, assim como em 20 hospitais e ambulatórios da Capital e da Grande São Paulo, evidenciou uma carência de critério científico para clas­sificação e valorização dos curativos executados pelo pessoal de enfermagem . A grande maioria é efetuada por atendentes de enfer-

( * ) Enfermeira do INPS - S . P.

140 REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM

magem, sem treinamento adequado . Verificou-se que a classificação é arbitrária e subjetiva, baseada na experiência e conceituação in­dividuais do executante . A nomenclatura de classificação geralmente utilizada é : curativo pequeno, médio e grande .

1 . 1 - Os p reços médios encontrados nas épocas indicadas e j á com a correção de 20 % pela majoração do salário-mínimo ocor­rido em maio de 1 972, foram os seguintes :

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1 . 1 1 Curativo pequeno . . 1 1 ,64

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1 . 13 Curativo grande 27,84

2 - Face suas características peculiares, aos curativos de queimaduras foi atribuída, em separado, a seguinte classificação : simples e especiais, conforme é feito em alguns hospitais pesqui­sados .

2 . 1 - O s . preços médios encontrados foram os seguintes :

2 . 1 1 - Queimados simples ou não infcciados : Cr$ 36,00 a Cr$ 48,00 .

2 . 1 2 Cr$ 60,00 .

Queimados especiais ou infectados : Cr$ 4 8,00 a

Nota : Estes preços referem�se, apenas, aos curativos executa­dos nos ambulatórios .

IH - CRIT�RIOS PARA CLASSIFICAÇÃO

1 - A subdivisão da figura humana em regiões topográficas, tal como é utilizada em clínicas de queimados para cálculo da área lesada, foi o sistema aproveitado, alterando-se os percentuais a fim de melhor · se ajustarem às características dos curativos e permiti­rem maior facilidade de classificação . Assim, estabeleceu-se :

1 . 1 - Curativos pequenos, quando a lesão atinge até 5 % da área corpórea .

1 . 2 - Curativos médios, quando a lesão atinge de 5,1 a 20 � da área corpórea .

1 . 3 - Curativos grandes, quando a lesão atinge acima de 20 % da área corpórea .

REVISTA BRASILEIRA DE . ENFERMAGEM 141

2 - Dentro da conceituação clássica na enfermagem, intitu­Iam-se simples os curativos limpos e secos . Entretanto,. para os fins deste trabalho, foram incluídos nessa denominação os cirúr­gicos e os traumáticos superficiais não-infectados . D entro dessa linha de conceituação, foram considerados especiais os curativos cirúrgicos sépticos e os traumáticos p rofundos, infectados ou não .

3 - Atendendo às peculiaridades das queimaduras, os cura­tivo:; foram, também, subdivididos em simples e especiais na forma como se segue :

3 . 1 - Curativos simples : as queimaduras de 1 .. e 2 .· graus não infectadas .

3 . 2 - Curativos especiais : as queimaduras de 1 .· e 2 .· graus sép ticos e as de 3.· grau infectadas ou não .

4 - A figura humana representada no Anexo I possibilita a mensuração da área corpórea comprometida pela lesão . Os per­centuais fixados nas áreas delimitadas no desenho servem de base para o estabelecimento de valores, conforme a classificação em pe­quenos, médios ou grandes .

4 . 1 - Exemplo :

Dü:gnóstico - lesão cortocontusa do tórax e abdome .

Percentuais das áreas atingidas : 3 + 3 = 6 %

IV - CUSTO OPERACIONAL

Custo operacional é o valor global despendido na execução de uma técnica ou serviço . Neste trabalho, o custo operacional do curativo foi obtido mediante a apuração das despesas relativas ao material utilizado, à mão-de-obra, às instalações e à administração .

1 - A quantidade média do material usado em curativos re­sultou de experimentação técnica, pela mensuração quantitativa das diversas drogas utilizadas e através de uma observação controlada durante quinze dias úteis, a fim de se fixarem a quantidade e li qua­lidade do material usado em diversos tipos de curativos, bem como o tempo gasto na sua realização .

1 . 1 - O Anexo n.· 2 apresenta a média do material utilizado e do tempo de execução . Evidentemente, pode haver oscilação para mais ou para menos ou ocorrer que, em determinados curativos, não sejam usados todos os medicamentos e materiais descritos no quadro em referência .

1 4 2 REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM

2 - O Anexo n.· 3 mostra o valor monetário do material, por unidade de aquisição ( forma de apresentação) e por unidade ou fração utilizável . Os cálculos foram baseados em elementos da re­vista "BRASINDICE", de fevereiro de 1 9 72, e de coleta de preços na D ivisão de Material do INPS .

3 - O custo do material utilizado por curativo, foi obtido obedecendo-se a classificação do item IH, ( curativo pequeno, médio e grande ; simples e especial ; queimadura simples e especial) mul­tiplicando-se o valor unitário encontrado no Anexo n.· 3 pela cor­respondente quantidade de material usado de acordo com o Anexo n .· 2 . Manuseando-se simultaneamente os quadros dos Anexos n.· 2 e 3, serão obtidos os resultados do Anexo n.· 4 que apresentam a apuração global, por tipo de material utilizado no procedimento . Exemplo : para conhecer o custo em compressa de gase para um curativo pequeno especial, multiplica-se Cr$ 0,03 ( valor unitário ) por 1 5 ( quantidade gasta) e assim obteremos Cr$ 0,45 .

4 - Entretanto, há que considerar que o custo não é apenas de material de consumo mas também de outras despesas de difícil individualização e caracterização . Tradicionalmente, vem sen­do acrescido um percentual de 25 a 30% como taxa de administra­ção, na prestação de qualquer serviço . Sendo pacificamente aceito, esse percentual pode ser incluído também no curativo, a fim de dar cobertura a gastos de : depreciação do material permanente e insta­lações, preparo e esterilização do instrumental, limpeza e manuten­ção das salas de curativos, roupas, assim como a mão-de-obra, seja da equipe de enfermagem ou de limpeza .

O Anexo n.· 5 demonstra, de modo global, o cálculo do custo operacional do curativo . O valor do item material corresponde ao total respectivo aferido no Anexo n ." 4 , que somados aos 30 % para despesas administrativas, consignarão o custo real . Desta forma ficou evidenciado o valor global dispendido na execução da técnica de curativo . Encontrado o custo, pode-se dizer que o que exceder será o lucro .

v - V ALORIZAÇÁO DO CURATIVO EM UNIDADES DE

SERVIÇO - US

A Unidade de Serviço - US - adotada pela Resolução, ainda vigente, n." CD 1 . 657/62 do extinto DNPS, é uma medição já con­sagrada pelo uso comum nas entidades credenciadas pelo INPS, para prestação de assistência médica . Equivale a 1/100 ( um centé­simo ) da média aritmética dos maiores salários-mínimos regionais do País .

REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM 143

o valor do serviço prestado é arbitrado em US . Para se saber o valor em cruzeiros, multiplica-se o valor de cada US atua­lizado, pelo número de US atribuído ao serviço . Exemplo :

Valor da US = Cr$ 1 ,9 7 ( a partir de 01 -03-72 )

Curativo pequeno = 1 US . Portanto, 1 x Cr$ 1 ,97 = Cr$ 1 ,9 7 .

QUADRO DEMONSTRATIVO DOS VALORES ATRIBUíDOS AOS CURATIVOS

Especificação do

Curativo

Simples

Especial

Queimado - simples

Queimado - especial

Superfície corpórea Pequeno até 5 %

1 US

1 US

4 US

5 US

Médio de 5,1 a 2 0 %

1 1 /2 US

2 US

7 1 /2 US

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VI - CONCLUSõES

comprometida Grande

acima de 20 %

3 US

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O objetivo de melhorar o padrão de assistência integral ao paciente exige estudo de novos meios e condições diretas ou indi­retas, de adaptações e reformulações dos sistemas e técnicas, de acordo com as necessidades, para a canal ização racional dos recur­sos materiais e humanos .

O treinamento adequado, com vistas à redução de esforços ociosos ; maior adaptação dos executantes às , suas tarefas ; tudo alia­do ao oferecimento de melhores condições e facilidades no trabalho, constitui um dos meios para a consecução do objetivo colimado . A técnica deve propiciar melhor padrão de serviço, com maior eco­nomia de material, de tempo e de pessoal .

O Grupamento de Acidentes do Trabalho do INPS, como enti­dade recebedora de prestações de assistência médica, preocupa-se em pautar suas decisões dentro de um critério mais justo e que possibilite um melhor padrão de atendimento .

A N E X O 1

DIVISÃO TOPOGRAFICA DA FIGURA HUMANA

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