e-mail [email protected] 94% dos clientes …...iracema ferro repórter m anter um pé atrás...

1
Iracema Ferro Repórter M anter um pé atrás com os canais de venda on-line: na hora de contratar uma apólice, o consumidor brasi- leiro ainda tem o corretor de seguros como sua principal referência. Em plena revolu- ção digital, o corretor profis- sional exerce mais influência na decisão de compra do que aplicativos e sites de cotação de seguros. Esta foi a principal conclu- são a que chegou o estudo “A Intermediação do Seguro no Brasil e os novos canais de venda”, do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), de autoria do professor da Escola Nacional de Seguros, Miro Cequinel. O estudo mostra que a Internet é hoje a principal porta de entrada do consu- midor para cotação e compa- ração de preços das apólices, mas não para o fechamento de negócios. Cequinel aponta em seu estudo que o seguro é o produto com o maior índice de rejeição para compra on-line. De 22 itens elencados em pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), os seguros aparecem na última colocação, com apenas 6% de aceitação. Os eletroeletrôni- cos lideram o ranking, com 61% de aprovação. Dados fornecidos pelo Google para a pesquisa de Cequinel revelam das apro- ximadamente 12 milhões de buscas realizadas mensal- mente sobre seguros, cerca de 71% referem-se a planos ou seguro saúde, 5% sobre seguro odontológico, 2% a respeito de seguro auto, 1% para seguro viagem e mais 1% sobre seguro para celular. Os ramos como seguro de vida, residencial, fiança e aluguel tiveram individualmente menos de 50 mil buscas, não chegando a representar 1% da procura na área de seguros. O levantamento mostra ainda uma comparação entre o Brasil e outros países nas formas de distribuição e contratação do seguro. “Os canais modernos de venda direta, como a Internet e dispositivos móveis, ainda respondem por uma parte pequena dos prêmios no mercado mundial de seguros, no Brasil inclusive. Os meios tradicionais, que incluem corretores, agentes, bancos e outros intermediários, conti- nuam dominando as vendas”, explica Cequinel. Segundo o professor, a Internet tornou-se um meio importante para obter infor- mação sobre produtos secu- ritários e prêmios, mas a contratação da apólice ainda tem o corretor como figura- -chave. “A explicação reside no receio do serviço comprado ser diferente do anunciado na web ou falso”, diz ele. 5 O DIA ALAGOAS l 27 de outubro a 3 de novembro I 2018 ESPECIAL redação 82 3023.2092 e-mail [email protected] Atendimento de qualidade garante fidelização O corretor Moacir Vander- lei, da SLMV Corretora de Seguros, acredita que os 6% dos consumidores que contra- tam suas apólices diretamente no site ou no banco o fazem por causa da aparente como- didade. “Um corretor habilitado explica para o cliente qual a franquia daquele seguro, tira as dúvidas, o que leva a mais conhecimento sobre o produto. Além disso, o corre- tor faz um acompanhamento durante a vigência da apólice. Em caso de sinistro, o cliente quer que alguém resolva para ele coisas como acionar a seguradora, providenciar guincho, carro-extra se estiver no contrato, e é exatamente o que o corretor faz”, assinala. Ele lembra que a maior parte da clientela vem por indicação de consumidores satisfeitos com os produtos e o atendimento do corretor. “É uma relação de confiança, que gera indicações e fidelização dos clientes”, assinala. A professora universitária Suely Oliveira é cliente antiga de Moacir Vanderlei e não se imagina contratando seguros online. “Pela internet as coisas não ficam bem explicadas. Pessoalmente você tem como olhar olho no olho e a pessoa está ali à sua disposição para tirar suas dúvidas, por isso me sinto mais segura. Quando você tem um corretor e tem confiança nele porque você não precisa se preocupar com o vencimento da apólice, porque ele te avisa antes, faz a pesquisa do produto que atende a minha necessidade com o preço que cabe no meu bolso. Meus pais também tem seguro residencial, dire- tamente com um corretor. Já passei por um caso de roubo do meu carro e o corretor providenciou tudo para mim. Ele passa a ser seu amigo, resolve como se fosse da sua família”, assinala. Djaildo Almeida: corretor é um agente de bem estar social Cequinel conduziu a pesquisa sobre seguro e e-commerce Segurado: transtornos após acidente Que o diga o aeronauta Carlos Alberto Fernandes. Contratante de seguro direta- mente com corretores profis- sionais há mais de 25 anos, ele se viu numa situação complicada, há alguns anos, quando a esposa resolveu adquirir uma apólice para o carro dela junto a um banco. “O gerente ofereceu várias vantagens e minha esposa achou que seria um bom negócio. Até que um dia estava levando ela para o aeroporto e o carro quebrou, próximo a uma churrasca- ria bem conhecida. Chamei um taxista para levá-la e fiquei no local para resolver o problema. Liga para o 0800, mensagens automáticas, espera, tecla uma opção, tecla outra. Você já está numa situ- ação nada agradável e precisa ser atendido por computado- res. Quando finalmente falei com uma atendente, ela não tinha noção nenhuma sobre Maceió, foi um transtorno porque ela queria a todo custo que eu indicasse qual o quilômetro que eu estava na Via Expressa, sendo que não há placas indicando. Demo- rou um bocado até chegar o quincho”, relembra Fernan- des. Depois desta experiên- cia nada agradável, a esposa de Carlos Alberto resolveu contratar uma apólice de seguro para seu carro com o corretor de confiança do marido. “Sou favorável ao corre- tor. O sistema eletrônico pode até ser fácil de usar, mas quando há um problema é muito impessoal, na hora que precisa do seguro você está fragilizado, precisa falar com uma central. As vantagens do contrato via internet são aparentes, mas a diferença é gritante em ter um corretor”, defende o aeronauta. PRODUTO COMPLEXO Djaildo Almeida, da Jara- guá Seguros, é o corretor profissional devidamente habilitado, com 22 anos de experiência, e que conquis- tou a confiança de Fernandes. Ele lembra que o seguro é um produto muito complexo e o consumidor muitas vezes fica sem entender direito qual a cobertura. “O corretor tem a expertise para orientar melhor o cliente. Às vezes o consumidor quer ‘enxu- gar’ onde não pode, tirando ou reduzindo uma cober- tura essencial, como danos a terceiros. Mostramos as vantagens, benefícios, garan- tias”, esclarece. Ele define o corretor como um agente de bem estar social. “Porque o corretor consegue garantir o patrimô- nio, gerenciando risco, atra- vés da melhor companhia pelo melhor custo/benefício. Quando ocorre um sinistro, faz o atendimento persona- lizado. Além disso, faz um trabalho de consultoria, uma vez que o cliente liga para saber qual carro ou imóvel comprar, entender regras de financiamento, planos de saúde, custos agregados. Essa atenção acaba por se tornar uma amizade verdadeira, com clientes que passam na corretora só para tomar um cafezinho”, garante Djaildo. 94% dos clientes preferem contratar seguro com corretor ESTUDO NACIONAL aponta que aplicativos e sites de cotação funcionam apenas como porta de entrada para o setor Suely não abre mão da praticidade

Upload: others

Post on 28-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: e-mail redacao@odia-al.com.br 94% dos clientes …...Iracema Ferro Repórter M anter um pé atrás com os canais de venda on-line: na hora de contratar uma apólice, o consumidor brasi

Iracema FerroRepórter

Manter um p é a t r á s c o m o s

canais de venda on-line: na hora de contratar uma apólice, o consumidor brasi-leiro ainda tem o corretor de seguros como sua principal referência. Em plena revolu-ção digital, o corretor profis-sional exerce mais influência na decisão de compra do que aplicativos e sites de cotação de seguros.

Esta foi a principal conclu-

são a que chegou o estudo “A Intermediação do Seguro no Brasil e os novos canais de venda”, do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), de autoria do professor da Escola Nacional de Seguros, Miro Cequinel.

O estudo mostra que a Internet é hoje a principal porta de entrada do consu-midor para cotação e compa-ração de preços das apólices, mas não para o fechamento de negócios. Cequinel aponta em seu estudo que o seguro é o produto com o maior índice de rejeição para compra

on-line. De 22 itens elencados em pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), os seguros aparecem na última colocação, com apenas 6% de aceitação. Os eletroeletrôni-cos lideram o ranking, com 61% de aprovação.

Dados fornecidos pelo Google para a pesquisa de Cequinel revelam das apro-ximadamente 12 milhões de buscas realizadas mensal-mente sobre seguros, cerca de 71% referem-se a planos ou seguro saúde, 5% sobre seguro odontológico, 2% a respeito de seguro auto, 1%

para seguro viagem e mais 1% sobre seguro para celular. Os ramos como seguro de vida, residencial, fiança e aluguel tiveram individualmente menos de 50 mil buscas, não chegando a representar 1% da procura na área de seguros.

O levantamento mostra ainda uma comparação entre o Brasil e outros países nas formas de distribuição e contratação do seguro. “Os canais modernos de venda direta, como a Internet e dispositivos móveis, ainda respondem por uma parte pequena dos prêmios no

mercado mundial de seguros, no Brasil inclusive. Os meios tradicionais, que incluem corretores, agentes, bancos e outros intermediários, conti-nuam dominando as vendas”, explica Cequinel.

Segundo o professor, a Internet tornou-se um meio importante para obter infor-mação sobre produtos secu-ritários e prêmios, mas a contratação da apólice ainda tem o corretor como figura--chave. “A explicação reside no receio do serviço comprado ser diferente do anunciado na web ou falso”, diz ele.

5O DIA ALAGOAS l 27 de outubro a 3 de novembro I 2018

ESPECIAL redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Atendimento de qualidade garante fidelizaçãoO corretor Moacir Vander-

lei, da SLMV Corretora de Seguros, acredita que os 6% dos consumidores que contra-tam suas apólices diretamente no site ou no banco o fazem por causa da aparente como-didade.

“Um corretor habilitado explica para o cliente qual a franquia daquele seguro, tira as dúvidas, o que leva a mais conhecimento sobre o produto. Além disso, o corre-tor faz um acompanhamento durante a vigência da apólice. Em caso de sinistro, o cliente quer que alguém resolva para ele coisas como acionar a seguradora, providenciar guincho, carro-extra se estiver no contrato, e é exatamente o que o corretor faz”, assinala.

Ele lembra que a maior parte da clientela vem por

indicação de consumidores satisfeitos com os produtos e o atendimento do corretor. “É uma relação de confiança, que gera indicações e fidelização dos clientes”, assinala.

A professora universitária Suely Oliveira é cliente antiga de Moacir Vanderlei e não se

imagina contratando seguros online. “Pela internet as coisas não ficam bem explicadas. Pessoalmente você tem como olhar olho no olho e a pessoa está ali à sua disposição para tirar suas dúvidas, por isso me sinto mais segura. Quando você tem um corretor e tem confiança nele porque você não precisa se preocupar com o vencimento da apólice, porque ele te avisa antes, faz a pesquisa do produto que atende a minha necessidade com o preço que cabe no meu bolso. Meus pais também tem seguro residencial, dire-tamente com um corretor. Já passei por um caso de roubo do meu carro e o corretor providenciou tudo para mim. Ele passa a ser seu amigo, resolve como se fosse da sua família”, assinala.

Djaildo Almeida: corretor é um agente de bem estar social Cequinel conduziu a pesquisa sobre seguro e e-commerce

Segurado: transtornos após acidenteQue o diga o aeronauta

Carlos Alberto Fernandes. Contratante de seguro direta-mente com corretores profis-sionais há mais de 25 anos, ele se viu numa situação complicada, há alguns anos, quando a esposa resolveu adquirir uma apólice para o carro dela junto a um banco.

“O gerente o fereceu várias vantagens e minha esposa achou que seria um bom negócio. Até que um dia estava levando ela para o aeroporto e o carro quebrou, próximo a uma churrasca-ria bem conhecida. Chamei um taxista para levá-la e fiquei no local para resolver o problema. Liga para o 0800, mensagens automáticas, espera, tecla uma opção, tecla outra. Você já está numa situ-ação nada agradável e precisa ser atendido por computado-res. Quando finalmente falei com uma atendente, ela não tinha noção nenhuma sobre Maceió, foi um transtorno porque ela queria a todo custo que eu indicasse qual o quilômetro que eu estava na Via Expressa, sendo que não há placas indicando. Demo-rou um bocado até chegar o quincho”, relembra Fernan-des.

Depois desta experiên-cia nada agradável, a esposa de Carlos Alberto resolveu contratar uma apólice de seguro para seu carro com o corretor de confiança do marido.

“Sou favorável ao corre-tor. O sistema eletrônico pode até ser fácil de usar, mas quando há um problema é muito impessoal, na hora que

precisa do seguro você está fragilizado, precisa falar com uma central. As vantagens do contrato via internet são aparentes, mas a diferença é gritante em ter um corretor”, defende o aeronauta.

PRODUTO COMPLEXODjaildo Almeida, da Jara-

guá Seguros, é o corretor profissional devidamente habilitado, com 22 anos de experiência, e que conquis-tou a confiança de Fernandes.

Ele lembra que o seguro é um produto muito complexo e o consumidor muitas vezes fica sem entender direito qual a cobertura. “O corretor tem a expertise para orientar melhor o cliente. Às vezes o consumidor quer ‘enxu-gar’ onde não pode, tirando ou reduzindo uma cober-tura essencial, como danos a terceiros. Mostramos as vantagens, benefícios, garan-tias”, esclarece.

Ele define o corretor como um agente de bem estar social. “Porque o corretor consegue garantir o patrimô-nio, gerenciando risco, atra-vés da melhor companhia pelo melhor custo/benefício. Quando ocorre um sinistro, faz o atendimento persona-lizado. Além disso, faz um trabalho de consultoria, uma vez que o cliente liga para saber qual carro ou imóvel comprar, entender regras de financiamento, planos de saúde, custos agregados. Essa atenção acaba por se tornar uma amizade verdadeira, com clientes que passam na corretora só para tomar um cafezinho”, garante Djaildo.

94% dos clientes preferem contratar seguro com corretor

ESTUDO NACIONAL aponta que aplicativos e sites de cotação funcionam apenas como porta de entrada para o setor

Suely não abre mão da praticidade