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02 Revista do Instituto de Olhos de Maceió

EXPEDIENTE

DIRetORIaDiretor Geral

Dr. Allan Barbosa CRM 2229Diretor Médico

Dr. Carlos Paes CRM 200

PRODuzIDO PORSelles & Henning Comunicação Integrada

Projeto Gráfico Julio Leiria

editoração eletrônicaLeonardo Rocha

Jornalista responsávelLuciana Julião

MTB 6.401

CoordenaçãoGiselle Soares

estagiária de Jornalismo

Marina Braga

IOM - INStItutO De OLHOS De MaCeIÓAvenida Comendador Palmeira, 122Farol – Maceió – AL. CEP: 57051-150

Tel.: (82) 3223-5517

www.iom-al.com.br

Responsável técnicoDr. Allan Barbosa CRM 2229

eDItORIaLNo caminho certo, seguiremos

CONVIDaDO eSPeCIaLElisabeto Ribeiro Gonçalves fala sobre à importância de um especialista em retina e vítreo

aCONteCe NO IOM

QueM Faz O IOMMetas traçadas

aRtIGOA despedida da dor e a chegada da anestesia

MaIS eSCLaReCIMeNtO, MeNOS ReCeIOO pterígio, um problema além da estética

O INStItutOO balanço de 2011 em números

SaÚDe OCuLaR

A importância da consulta

na identificação do glaucoma

POR DeNtRO DO IOMExames com qualidade e organização

03

04

06

09

10

Índice

Planos de saúde credenciados

12

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eDItORIaL

032ª edição - 2012

No caminho certo, seguiremos

2011 foi, sem dúvidas, um ano de importantes realizações para o Instituto.

Completamos 15 anos de prestação de serviços, promovemos jornadas

científicas, treinamentos, palestras, cursos, homenageamos e fomos ho-

menageados. Nesta primeira edição de nossa revista em 2012, apresentamos uma

breve retrospectiva através dos números de atendimentos prestados pelo Instituto

no ano passado. Os números mostram que, de fato, muito foi feito e desenvolvido

no ano que se passou, mas almejamos ainda mais.

Nesta edição, ressaltamos a importância da consulta periódica no diagnóstico

do glaucoma, que pode se desenvolver silenciosamente e causar danos irreversí-

veis. Na seção Acontece no IOM, compartilhamos os eventos que nos trazem orgu-

lho de suas realizações. Contamos ainda com participação especial do retinólogo

Dr. Elisabeto Ribeiro Gonçalves, de Belo Horizonte, que nos concedeu entrevista

sobre suas áreas de atuação na Oftalmologia.

Nossa revista foi enriquecida ainda mais pela participação do Dr. Carlos Paes,

Diretor Médico do IOM, que preparou artigo sobre a importância do trabalho do

anestesiologista nas cirurgias oftalmológicas. Na seção Mais Esclarecimento, Menos

Receio, explanamos as diferenças entre o pterígio e a catarata, e como a membrana

pode ser retirada de forma segura, nesta que é a segunda cirurgia oftalmológica

mais realizada no Brasil.

Por fim, apresentamos o nosso Centro de Diagnóstico, equipado com aparelhos

de alta tecnologia, onde são realizados cerca de 500 exames por mês.

Chegamos a feliz conclusão de que estamos seguindo pelo caminho certo. Por isso,

temos como objetivo ampliar e intensificar o trabalho já realizado hoje. Creio que,

com isso, alcançaremos o que é a atual meta da equipe do IOM: ter seu trabalho

reconhecido pela comunidade.

Como o intuito desta publicação é tornar o esclarecimento um aliado contra

as doenças oftalmológicas, envie suas dúvidas e sugestões de temas. Teremos o

prazer de atendê-lo.

Faça contato com a Revista IOM através do e-mail: [email protected]

Dr. allan BarbosaDiretor Geral

‘‘Nesta primeira

edição de nossa

revista em 2012,

apresentamos

uma breve

retrospectiva

através dos

números de

atendimentos

prestados pelo

Instituto no ano

passado.’’

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1. O que são retina e vítreo?

Vítreo

O vítreo ou corpo vítreo é um gel que preenche a loja pos-

terior do olho, isto é, o interior do olho. Imagine o olho como

uma bola de futebol cheia de ar: retire o ar e coloque esse

gel – o vítreo, e teremos uma visão aproximada da realidade

ocular. É um meio transparente pelo qual transita a luz para

formação de imagem na retina. Com a idade, o vítreo tende a

ficar mais aquoso, favorecendo o aparecimento das camadas

“moscas volantes” (miiodopsias) e percepção de flashes lumi-

nosos (fotopsias). O vítreo, em certas situações, pode tracio-

nar ou puxar a retina ocasionando um tipo de descolamento

chamado descolamento tracional de retina.

Retina

Membrana mais interna do olho, a retina é uma extensão pe-

riférica do sistema nervoso. Devemos considerar duas partes na

retina: a retina central (mácula) e a periférica (extramacular). A

mácula é a porção da retina altamente diferenciada para nos dar a

visão de qualidade, de detalhes, de forma e de cor. É a visão cen-

tral ou frontal.

O que não é mácula é retina periférica e nela a visão tem qua-

lidade muito inferior à visão da mácula. Mesmo assim, essa visão

periférica tem valor muito grande para nosso campo visual. Quan-

to mais saudável é a retina periférica (95% do total da retina), mais

extensa é a porção do espaço que podemos enxergar ao nosso re-

dor. Em outras palavras, maior o nosso campo de visão.

2. Quais as particularidades que fazem com que essas áreas

precisem de especialistas?

Sabemos que 80% de nossa integração com o ambiente, com

04 Revista do Instituto de Olhos de Maceió

CONVIDaDO eSPeCIaL

A retina é a membrana interna do olho que recebe os flashes de luz e os envia para o

cérebro, onde são transformados em imagens. Já o vítreo é um gel que preenche a

parte interna dos olhos. Problemas nessas regiões dos olhos podem causar danos

irreversíveis se não tratados a tempo, é o que explica o Dr. Elisabeto Ribeiro. Em entrevista

à revista do IOM, o Diretor Clínico e Chefe do Departamento de Retina e Vítreo do Instituto

de Olhos de Belo Horizonte, fala sobre as doenças que podem afetá-las e sobre a qualidade

da Oftalmologia brasileira.

Com colaboração do Dr. Paulo de tarso Ribeiro Gonçalves Neto, oftalmologista da Santa Casa de Belo Horizonte.

Dr. Elisabeto Ribeiro Gonçalves

Especialista em retina e vítreo

o mundo, é dada pelo sentido da visão. Assim, as doenças que

atingem o complexo vitreorretiniano têm, em geral, enorme po-

tencial de morbidade, isto é, de comprometimento visual. É in-

dispensável, portanto, a existência de um oftalmologista que se

dedique exclusivamente ao estudo da retina normal (fisiologia) e

de suas doenças (patologia). Esse profissional é o retinólogo.

3. Quais são as principais doenças que podem afetar a retina

e o vítreo?

Agora, dentre as principais doenças que afetam a retina,

temos a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI),

a retinose pigmentar, a retinopatia diabética, as oclusões ve-

nosas da retina, as inflamações retinianas (retinite), tumores,

degeneração macular do jovem, buraco macular e os trau-

mas. Outras doenças sistêmicas (além do diabetes) podem

comprometer a retina, como a hipertensão arterial sistêmi-

ca, os reumatismos, as doenças do sangue, entre outras. O

vítreo, de alguma forma, participa, em maior ou menor ex-

tensão, das doenças retinianas. Por exemplo, uma retinite ou

uma coriorretinite quase sempre compromete o vítreo (hiali-

te). Entre as doenças ou alterações próprias do vítreo, temos:

remanescentes embrionários, opacidades (congênitas ou ad-

quiridas), membranas e traves vítreas, fibroplasia retrolental

(envolve também a retina), hialopatia asteróide, sínquise cin-

tilante, descolamento anterior e posterior do vítreo, degene-

ração amilóide, degeneração vitreorretiniana hereditária de

Wagner, degeneração de Goldmann-Favre, vitrorretinopatia

familiar exsudativa, hemorragia vítrea, entre outras.

4. Como ocorre o descolamento de retina e como tratá-lo?

A retina, não obstante sua delgadeza, é formada por 10

camadas. O descolamento de retina é a separação entre a

A importância de um especialista em retina e vítreo

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052ª edição - 2012

CONVIDaDO eSPeCIaL

chamada retina neurossensorial (retina interna) e o epitélio

pigmentar da retina (retina externa). Durante o desenvolvi-

mento embrionário, existe um espaço real entre a retina in-

terna e a retina externa (epitélio pigmentar). Ao nascimento

esse espaço não existe mais, isto é, o que era um espaço real

torna-se virtual. O descolamento de retina reconstitui esse

espaço real existente no embrião. Existem os descolamentos

regmatogênicos (causados por rasgões da retina), os exsuda-

tivos (provocados por tumores e doenças inflamatórias), os

tracionais (induzidos por tração do vítreo sobre a retina) e os

combinados (tracionais e regmatogênicos).

O tratamento do descolamento de retina é eminentemen-

te cirúrgico. Nos casos de descolamentos provocados por tu-

mores, nossa preocupação é com o tratamento do tumor.

5. O que é retinopatia diabética? Quais os tratamentos

disponíveis?

É a doença da retina causada pelo diabetes. Ressalte-se, ain-

da, que uma vez instalada a cegueira é irreversível, incurável.

Os dados sobre diabetes são alarmantes e as proje-

ções assustam.

Para o diabetes tipo 1: cerca de 25% dos pacientes desen-

volverão retinopatia após 5-10 anos da doença. Por volta de

70% terão essas alterações após 10 anos e 90% após 30 anos.

Para o diabetes tipo 2: 10% dos pacientes apresentam

sinais de retinopatia diabética na data do diagnóstico. 25%

após 10 anos e 60% após 15 anos.

Dependendo do estado ou da extensão da retinopatia dia-

bética nós usamos a terapia com laser de argônio (fotocoagu-

lação); o tratamento com drogas antiangiogênicas (Avastin ou

Lucentis); ou a cirurgia. Cada caso é avaliado exaustivamente

pelo oftalmologista que indica a opção correta.

6. O que é Degeneração Macular Relacionada à Idade? Como

tratar a doença?

Degeneração Macular é uma expressão genérica para no-

mear as alterações degenerativas que comprometem a má-

cula. Essas degenerações podem afetar pessoas jovens (de-

generação macular juvenil), adultos ou pessoas de mais idade

(Degeneração Macular Relacionada à Idade – DMRI).

Há 15 anos, aproximadamente, a DMRI era chamada de

degeneração macular senil, porque se acreditava que a idade

era a única causa da doença, pois sua incidência é maior em

pessoas acima dos 65 anos. Hoje sabemos que, embora a ida-

de seja um fator causal extremamente importante, existem

outros fatores de risco, que se consorciam para provocar a

degeneração da mácula.

Existem dois tipos de DMRI: a forma úmida ou exsuda-

tiva (10 a 20% dos casos) e a forma seca ou atrófica (80 a

90% dos casos). A primeira, embora menos frequente, é

responsável pela grande maioria dos casos de acentuada

perda visual, e é contra ela que são destinados a quase to-

talidade dos tipos de tratamento.

O tratamento tem um objetivo primário (retardar ou pa-

ralisar a progressão da doença) e um secundário (criar condi-

ções de melhorar a visão do portador).

7. a Oftalmologia brasileira é tão boa quanto a Oftalmologia

do chamado primeiro mundo?

Esta pergunta deve ser formulada diferente: a Oftalmologia

do primeiro mundo é tão boa quanto à brasileira? Sim. Aban-

donemos esse colonialismo cultural de achar que tudo do pri-

meiro mundo, dos países ditos desenvolvidos é melhor e mais

bem feito do que o que fazemos aqui. Não é verdade. Nossos

oftalmologistas, em qualquer estado ou cidade do Brasil, têm

uma excelente formação especializada, tanto clínica quanto

cirúrgica, de modo que estão aptos a resolver qualquer proble-

ma oftalmológico. Ninguém precisa deixar o Brasil para realizar

tratamento ocular no exterior. O que, eventualmente, não tiver

solução aqui, não a terá em nenhum outro país lá fora.

‘‘...as doenças que

atingem o complexo

vitreorretiniano

têm, em geral,

enorme potencial

de morbidade,

isto é, de

comprometimento

visual.’’

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Sociedade Brasileira de Médicos

Escritores (Sobrames) prestou,

no dia 19 de julho de 2011, ho-

menagem ao Dr. Allan Barbosa, Diretor

Geral do Instituto de Olhos de Maceió

(IOM), pelo trabalho social realizado pelo

Instituto. A comenda em forma de certi-

ficado foi entregue em solenidade reali-

zada no Centro de Convenções do Hotel

Brisa Towers através do Presidente da So-

ciedade, Dr. José Medeiros.

Por meio do IOM Social, o Instituto

recebe pacientes do SUS oferecendo aten-

dimento de alta qualidade. Através do Pro-

grama, são realizados cerca de 500 exames

diagnósticos e 500 cirurgias oftalmológicas

por mês. Além dos atendidos pelo IOM So-

cial, o Instituto ainda assiste pacientes por-

tadores de glaucoma, que podem receber

gratuitamente colírios para o tratamento

da doença, por intermédio do Projeto

Glaucoma. Indo além, o IOM ultrapassa a

barreira da distância e leva o atendimento

oftalmológico até regiões mais afastas com

o Projeto AMAM (Projeto de Assistência

Médica Ambulatorial Móvel). Equipado,

o ônibus AMAM permite a realização de

consultas, exames e a distribuição de co-

lírios e lentes de contato.

Agradecido pelo reconhecimento, o

Diretor do IOM enfatizou estar feliz, e um

pouco envaidecido, e até questionou se

era merecedor da homenagem. “Para

mim, não basta ter um Instituto de Olhos

e me preocupar somente com a fatia privi-

legiada da população. O Instituto, ao longo

da sua existência, vem tentando prestar

um trabalho social profícuo para as comu-

nidades mais carentes”, disse Dr. Allan.

Sócio honorário da SOBRAMES, Dr.

Allan Barbosa aproveitou a oportuni-

dade para destacar a importância e a

representatividade social da Sociedade

em Alagoas e no Brasil.

aCONteCe NO IOM

06 Revista do Instituto de Olhos de Maceió

Diretor Geral do IOM recebe homenagem da Sobrames

Dr. Carlos Alberto Paes, Diretor Médico do IOM, prestigiou a homenagem prestada ao Dr. Allan

Dr. Allan recebe homenagem do Presidente da Sobrames, Dr. José Medeiros

A

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O Instituto de Olhos de Maceió

(IOM) reconhece a importância

da atualização dos seus profis-

sionais e, por isso, organiza palestras,

jornadas científicas e treinamentos. No

dia 2 de julho de 2011, a equipe do IOM

participou de um treinamento organiza-

do pela assessoria de marketing do Ins-

tituto, que proporcionou a ampliação

de conhecimentos e interação.

Os profissionais responsáveis pelos

setores do IOM aproveitaram a oportu-

nidade e compartilharam seus conheci-

mentos e a rotina de sua área. O Diretor

Geral do IOM, Dr. Allan Barbosa, abor-

072ª edição - 2012

Equipe do IOM recebe treinamento

Soblec promove curso no IOM

Uma feijoada encerrou as atividades do dia

Diretoria da Soblec, Dr. César Lipner e Dr. Germano Andrade, junto com o Diretor do IOM, Dr. Allan Barbosa, e o Presidente da Cooeso-AL, Dr. Homero Costa

Participantes do treinamento junto ao Dr. Allan Barbosa e Alice Selles (à direita dele)

A Sociedade Brasileira de Lentes

de Contato, Córnea e Refrato-

metria (Soblec) realizou curso

presencial para médicos e residentes,

nos dias 18 e 19 de novembro de 2011,

no auditório do Instituto de Olhos de

Maceió (IOM).

O curso ministrado pelo atual presi-

dente da Soblec, Dr. César Lipner e pelo

1º Diretor Financeiro da Sociedade, Dr.

Germano Andrade, teve como temas

dou os problemas

oculares mais co-

muns e a importân-

cia de se consultar

com o oftalmologis-

ta. Dr. Helder Viana,

membro do corpo

clínico do IOM, falou

sobre os diversos

equipamentos que o centro dispõe para

a realização de exames. O Centro Cirúr-

gico foi abordado pelo enfermeiro An-

dré Fernandes, que não poupou elogios

à sua equipe de higienização, aplaudida

pelos colegas por realizar um trabalho

minucioso de limpeza para manter o es-

paço livre de infecções.

Para equipe de atendimento, a Dire-

tora da assessoria de marketing da Selles

& Henning Comunicação Integrada, Alice

Selles, selecionou vídeos que encenavam

os principais erros de atendimento, condu-

zindo a sua palestra de forma dinâmica.

Ao final de todos os treinamentos, a

equipe do IOM foi convidada a partici-

par de uma gincana com perguntas, que

atestavam os conhecimentos adquiri-

dos durante o treinamento. O prêmio

para cada um dos integrantes do grupo

vencedor foi um aparelho de DVD. Todo

o treinamento foi encerrado em clima

de descontração, com uma feijoada.

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08 Revista do Instituto de Olhos de Maceió

gerais: refração e lentes de contato. O

primeiro deles se dividiu em 13 subte-

mas, entre eles miopia, hipermetropia

e astigmatismo. O segundo gerou 23

subtemas, que abordaram os diferen-

tes materiais das lentes, suas indica-

ções, possíveis complicações, entre

outros assuntos.

O evento foi prestigiado por of-

talmologistas do IOM e também por

colegas de outros serviços do Estado

de Alagoas, que através da Coorde-

nação do Diretor Geral do IOM, Dr.

Allan Barbosa, ofereceu atualização

e rendeu certificado Soblec aos par-

ticipantes.

Nos dias 3 e 4 de dezembro de

2011, o Instituto de Olhos de Ma-

ceió (IOM) fechou a sua agenda

científica e realizou o último encontro do

ano, recebendo em seu centro de conven-

ções dois expoentes da Oftalmologia na-

cional. Dr. Tadeu Cvintal, conhecido nacio-

nalmente pelo seu pioneirismo em vários

segmentos da especialidade e Dr. Wagner

Ghirelli especialista com vasta experiência

em cirurgias do segmento posterior.

Encerramento da Jornada Científica 2011 com os Drs. Tadeu Cvintal e Wagner Ghirelli

O primeiro dia de

palestra foi iniciado

pelo Dr. Tadeu Cvintal

às 19h com o tema

LIO Tórica. A seguir, o

Dr. Ghirelli abordou os

temas: faco, vitrecto-

mia e tratamento de

moscas volantes. Já no

segundo dia, as pales-

tras tiveram início pela

manhã, e foram abordados pelos doutores

os seguintes assuntos: hipotonia extrema

Com temas atuais, o curso conquistou a atenção dos Oftalmologistas

Dr. Allan Barbosa (Diretor do IOM) ladeado pelos Drs. Tadeu Cvintal e Wagner Ghirelli

Palestra do Dr. Cvintal contou com o apoio de apresentação de slides

pós-cirúrgica intraocular, OCT no diagnós-

tico de complicações pós-faco e DSAEK.

De forma oportuna, os ex-residentes

do Instituto de Oftalmologia Tadeu Cvin-

tal (IOTC) prestaram justa e emocionante

homenagem ao seu mestre, Dr. Tadeu,

ratificando assim a admiração, o respeito

e os agradecimentos pelos conhecimen-

tos transmitidos durante a formação em

sua especialidade enquanto residentes.

O encontro foi encerrado com coquetel

para os convidados e para todos os médicos

oftalmologistas e residentes presentes.

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QueM Faz O IOM

09

Metas traçadas

Mais saúde e esclarecimento para a comunidade

Mais qualidade de vida e qualificaçãopara a equipe IOM

Portas abertas para a sociedade médica

O início do ano é o momento ideal para a renovação

das energias, planejamento do futuro e estabeleci-

mento de novas metas. Por isso, o Instituto de Olhos

de Maceió traça agora importantes planos a serem trabalha-

dos neste ano de 2012. Com a qualidade de atendimento já

estabelecida, os principais objetivos do IOM são, neste mo-

mento, a aproximação e o reconhecimento da comunidade,

dos funcionários e também da classe médica. Estreitando o

relacionamento com estes grupos, o Instituto espera manter

do alto padrão técnico e administrativo.

Devido à facilidade de deslocamento, o Projeto AMAM (As-

sistência Médica Ambulatorial Móvel) tem potencial ação de

inclusão social, possibilitando o acesso à saúde ocular àque-

les que estão afastados das instalações do Instituto. O Projeto

AMAM atendeu mais de 20 mil pessoas em 2011 e, apesar do

alto número, o IOM pretende ampliar o projeto, objetivando

atender neste ano 25 mil pessoas.

O Instituto investe em seus funcionários de diferentes for-

mas, gerando benefícios à saúde e crescimento profissional.

Para cuidar da saúde dos funcionários, o IOM disponibiliza em

suas instalações uma academia, onde os funcionários podem

praticar exercícios e garantir uma boa forma física. Aliada à

academia, o Instituto incentiva a alimentação saudável, com

cartazes informativos sobre o tema.

Em 2011, o auditório do Instituto foi nomeado e passou

a ser chamado de Dr. Afrânio de Meira Barbosa, em home-

nagem ao pai do Diretor Geral do IOM. Neste auditório, o

Instituto promoveu palestras, cursos e treinamentos, mui-

tos deles direcionados à sociedade médica alagoana. Para

Além do aumento do acesso à saúde ocular em forma

de tratamento, o IOM planeja promover palestras educa-

tivas, tornando o conhecimento um aliado na prevenção.

Serão oferecidas palestras com temas relacionados a do-

enças crônicas como o glaucoma e a retinopatia diabética.

As palestras serão direcionadas a pacientes, familiares e à

comunidade em geral.

Além das palestras de atualização oferecidas para a equi-

pe médica, o Instituto prevê investimentos na atualização dos

funcionários administrativos, que estarão cada vez mais inte-

rados com as novidades relacionadas à saúde ocular. A equipe

administrativa do IOM também terá a oportunidade de apri-

morar suas técnicas de atendimento e gestão através de trei-

namentos promovidos pelo Instituto.

este novo ano, o IOM tem como objetivo ampliar as ações

e tornar o auditório um ponto de encontro dos médicos da

região, que neste espaço terão a oportunidade de aprimorar

seus conhecimentos e de trocar experiências através de ati-

vidades planejadas pelo Instituto.

2ª edição - 2012

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10 Revista do Instituto de Olhos de Maceió

DR. CaRLOS PaeS

aRtIGO

dor começa onde? Em que

século e em que nível de

vida? Quem a sentiu pela

primeira vez?

Na grande farmacopeia da natureza,

o homem descobriu o remédio mais

estranho de todos, o sono artificial,

contido nas substâncias da papoula, na

mandrágora e no cânhamo indiano. A

cirurgia oftalmológica não avançava além

da câmara anterior, conjuntiva e esclera. Os

pacientes continuavam a ser imobilizados

à força e até amarrados para que fossem

realizados certos procedimentos, e

continuava a tortura do bisturi.

Em 1855 é descoberta a cocaína e,

trinta anos depois, W. Halsted usou dela

para fazer os primeiros bloqueios. Com

os bloqueios retrobulbar, peribulbar

e intraconal estava resolvida boa

parte dos problemas na maioria dos

procedimentos cirúrgicos nos adultos,

mas e as crianças? E os adolescentes?

E os que precisavam de procedimentos

de maior complexidade?

Ainda estávamos longe de

conseguir segurança e tranquilidade,

A despedida da dor e a chegada da anestesia

Procedimento com uso de anestesia

A principalmente para os pacientes.

Começam a surgir os problemas dos

bloqueios: hemorragias, perfuração do

globo ocular, hematomas palpebrais e

até paradas respiratórias. Ainda é preciso

que haja a imobilização do paciente

em determinados procedimentos, e

continuava o problema.

Em 1772, Joseph Priestley descobriu

o óxido nitroso e o CO2. No século

XXVIII, Paracelso adicionou ácido

sulfúrico ao álcool, condensou os

vapores, e conseguiu o éter. Em 1842,

Crallford Long, usou o éter pela primeira

vez em um procedimento cirúrgico com

sucesso. Com o advento dos gases e do

éter, a anestesia geral suprimiu a dor

e imobilizou os pacientes, permitindo

a realização dos procedimentos

mais complexos da Oftalmologia,

principalmente nas crianças. Estava

consolidada a importância da anestesia

nos procedimentos oftalmológicos.

Hoje em dia, temos a conjugação das

diversas técnicas de anestesia permitindo

que se indique a melhor para cada

cirurgia. A técnica a ser usada deve ser

decidida pela equipe, visando o melhor

resultado e o conforto do paciente.

‘‘Com o advento

dos gases e do éter,

a anestesia geral

suprimiu a dor e

imobilizou os pacientes,

permitindo a realização

dos procedimentos

mais complexos

da Oftalmologia,

principalmente nas

crianças.’’

“A todas as penas que no interior

do corpo humano ou nele penetrem

ameaçando a vida e levando à morte,

vem juntar-se a dor, que tem por fim

preservar essa vida ameaçada e fazer

recuar a morte. É a dor imposta pelo

bisturi salvador.”

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aRtIGO

112ª edição - 2012

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12 Revista do Instituto de Olhos de Maceió

O pterígio, um problema além da estética

CausaSão diversos os fatores relaciona-

dos ao surgimento do pterígio. Ge-

nética, poeira, calor, ressecamento e

principalmente a exposição aos raios

ultravioleta são associados ao desen-

volvimento da membrana. Devido à

presença de vários desses fatores,

como clima seco e quente, o Nordeste

é a região brasileira com maior inci-

dência de pterígio.

Além dos fatores ambientais, o

pterígio também pode surgir em de-

corrência de pequenos traumas, como

aqueles sofridos por trabalhadores da

indústria e motociclistas. Muitas vezes,

esses pequenos traumas são percebi-

dos apenas como uma vermelhidão ou

irritação, mas a superfície da córnea,

frágil, pode reagir com o desenvolvi-

mento do pterígio. Como há ainda a

influência da genética, o pterígio pode

surgir sem que haja influência destes

fatores externos.

Perda de visãoA visão pode ser prejudicada devi-

do à perda da transparência ou pela

deformidade causada na curvatura da

superfície ocular. As imagens se for-

mam através dos flashes de luz que

passam pela córnea e chegam até a

retina, onde serão encaminhados para

a interpretação do cérebro. Quando o

pterígio chega até a córnea, a trans-

parência característica da região pode

ser comprometida devido à coloração

esbranquiçada e as veias do tecido,

distorcendo os flashes de luz.

O pterígio pode ainda alterar a cur-

vatura da córnea fazendo com que as

imagens se formem em diferentes pon-

tos da retina, gerando a necessidade do

uso de óculos para correção do erro de

refração chamado astigmatismo, que

A vermelhidão é a principal queixa quando se trata

de pterígio, mas é a que menos deve gerar preo-

cupação. a popular carne crescida não é catarata,

mas também pode afetar a visão. O pterígio é um tecido

que nasce por baixo da membrana que recobre o globo

ocular, chamada conjuntiva. Devido à presença de vasos

sanguíneos e à opacidade, o pterígio atrapalha a entrada

de luz e pode tornar a superfície corneana irregular, preju-

dicando duplamente a visão.

O nome do grego “pterygion”, que significa asa ou asi-

nha, descreve bem uma das características do pterígio. Ge-

ralmente, a membrana se desenvolve do canto interno dos

olhos em direção à córnea (tecido transparente que cobre

a parte central dos olhos) e possui formato triangular, que

se assemelha ao de uma asa. Como a córnea é responsável

pelo foco das imagens, a aproximação do pterígio com esta

região dos olhos representa riscos à qualidade da visão.

O surgimento da membrana é acompanhado de ver-

melhidão, seguida de ardência, irritação e coceira. Os sin-

tomas podem evoluir, causando, inclusive, sensibilidade

à luz. a evolução do pterígio o torna mais rico em vasos

sanguíneos, mais espesso e o aproxima da região central do

olho, fazendo com que ele se torne mais perigoso para a saúde

ocular. a membrana ainda pode se inflamar, tornando os sin-

tomas mais intensos e a região ainda mais avermelhada.

Não há uma característica predominante no desenvolvimento do

tecido, que pode se manter estagnado, evoluir rápida ou lentamente.

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13

MaIS eSCLaReCIMeNtO, MeNOS ReCeIO

torna a visão, tanto de perto quanto de

longe, distorcida. Como o pterígio pode

gerar comprometimento importante da

visão, o tratamento visa evitar que ele

chegue até a córnea, região causará os

maiores danos.

PteRÍGIO X CataRata

A catarata é a opacificação da

lente natural dos olhos, chamada

cristalino, que se encontra na

parte interna do órgão. Já o

pterígio é o crescimento de uma

membrana vascularizada sobre o

globo ocular. Externa, ela pode ser

vista a olho nu.

TratamentoO tratamento do pterígio

pode ser clínico ou cirúrgico,

variando de acordo com a

evolução de cada caso.

Quando clínico, é indi-

cado o uso de lágrimas

artificiais que evitam

o ressecamento, po-

dendo ser necessário

o uso de pomadas ou

colírios em caso de infla-

mação. O tratamento clí-

nico alivia os sintomas do

pterígio, sem fazer com que

ele regrida ou impedindo a

sua evolução. Por isso, gran-

de parte dos casos de pterígio

tem como indicação a cirurgia.

Seja por motivos estéticos

ou funcionais, a cirurgia de

pterígio é a segunda mais

realizada em todo o Brasil,

ficando atrás apenas da

cirurgia de catarata. Com

o avanço da medicina, a

‘‘A visão pode ser prejudicada

devido à perda da transparência

ou pela deformidade causada na

curvatura da superfície ocular.’’

cirurgia se aperfeiçoou e hoje há técni-

cas com baixos índices de reincidência,

como o transplante conjuntival, que ob-

jetiva proteger a área em que o pterígio

foi retirado, garantindo melhores resul-

tados. O pequeno transplante é realiza-

do rapidamente, e todo o procedimento

dura cerca de 30 minutos.

A recuperação da cirurgia é rápida

e o paciente sequer necessita ser inter-

nado, realizando a cirurgia em regime

ambulatorial.

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Fundado há mais de 15 anos, o

Instituto de Olhos de Maceió se

tornou referência no atendimen-

to oftalmológico em toda a cidade. Pro-

va disso são os números, que ratificam

o quanto o IOM tem atuado em prol da

saúde ocular de toda a população da re-

gião, seja através de atendimentos par-

ticulares, por meio de planos de saúde

ou do Sistema Único de Saúde.

Muitas vezes sem sintomas, as

doenças oculares evoluem e

são percebidas apenas quan-

do há grande impacto na saúde ocular.

Por esse motivo, mesmo para aqueles

que não apresentam nenhuma queixa,

recomenda-se a visita ao oftalmologista

ao menos uma vez por ano. Já os que

possuem problemas oculares diagnosti-

14 Revista do Instituto de Olhos de Maceió

O balanço de 2011 em números

Consultas

O INStItutO

cados, a frequência da visita ao consul-

tório oftalmológico deve seguir uma re-

comendação médica específica, levando

em consideração as características da

patologia. Nos casos de surgimento de

algum desconforto visual, o oftalmologis-

ta deve ser logo procurado. O diagnóstico

precoce é geralmente acompanhado de

melhores perspectivas de melhora.

‘‘Para atender todas

as necessidades da

população Alagoana, o IOM

reuniu 14 oftalmologistas

que, além da formação geral,

possuem subespecialidades

às quais dedicaram mais

atenção em seu estudo

e atuação.’’

Para atender todas as necessidades

da população Alagoana, o IOM reuniu

14 oftalmologistas que, além da forma-

ção geral, possuem subespecialidades

às quais dedicaram mais atenção em

seu estudo e atuação. A equipe médica

do IOM conta com especialistas em plás-

tica ocular, catarata, córnea, glaucoma,

retina e em cirurgia refrativa. Este corpo

clínico é responsável pelas 36 mil con-

sultas oculares realizadas em 2011.

Para organizar todo esse atendimen-

to, o Instituto contou com o trabalho da

Central Telefônica, que atendeu mais de

três mil ligações durante todo o ano.

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2ª edição - 2012 15

Exames realizados no instituto

O Centro cirúrgico do IOM está ca-

pacitado para a realização de to-

dos os procedimentos cirurgicos

em oftalmologia, contando, para isso, com

uma equipe qualificada e atualizada.

Em 2011, foram realizadas no Insti-

tuto cerca de sete mil cirurgias oculares.

Através da solicitação de em-

presas, prefeitura, escolas,

igrejas e outras instituições,

o IOM realizou cerca de 250 ações de

promoção da saúde ocular em todo

os municípios de Alagoas, atendendo,

por meio destas, 22 mil pessoas. O

Instituto viabiliza o atendimento fora

da sede através do Projeto AMAM

(Assistência Médica Ambulatorial

Móvel), que constitui de um consul-

tório móvel montado em um ônibus

adaptado. O AMAM ofereceu em suas

ações a realização dos exames de re-

Muitos dos beneficiados são pacientes

do Sistema Único de Saúde que através

IOM Social e em parceira com o Gover-

no do Estado, tiveram acesso a mais alta

tecnologia que o Instituto oferece.

A cirurgia de catarata, opacificação

da lente natural dos olhos e de pterí-

Cirurgias

IOM Social

O IOM presta atendimento atra-

vés de 20 convênios médicos,

que, juntos, são responsáveis

pela maior parcela de exames diagnósti-

Angiofluoresceinografia digital; Biometria ultrassônica;

Campimetria computadorizada; Ceratoscopia computadorizada;

Curva tensional diária; Mapeamento de retina;

Microscopia especular de córnea; Paquimetria ultrassônica;

Potencial de acuidade visual; Retinografia digital;

Tomografia de Coerência Óptica; Tonometria.

cos realizados no Instituto. Apenas atra-

vés dos planos, no ano de 2011, o IOM

realizou 17 mil, dos 20 mil exames feitos

em todo o Instituto. Para o atendimento

de toda esta demanda, o IOM investe na

infraestrutura do Centro de Diagnóstico,

que se mantém sempre atualizado com

equipamentos de alta tecnologia.

fração computadorizada, fundo de

olho e de tonometria.

gio, crescimento de membrana sobre

a superfície ocular, são as mais realiza-

das. O Instituo dispõe de quatro salas

operatórias equipadas para a realiza-

ção de cirurgias oftalmológicas e uma

preparada para a realização de cirur-

gias plásticas.

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16 Revista do Instituto de Olhos de Maceió

A importância da consulta na identificação do glaucoma

Ocasionado principalmente pela

elevação da pressão intraocu-

lar, o glaucoma causa lesões

irreversíveis ao nervo óptico. Devido ao

seu desenvolvimento silencioso e sua

indistinção quanto à prevalência em fai-

xas etárias ou sexo, a consulta oftalmo-

lógica periódica é a maneira mais eficaz

de evitar seu avanço e os prejuízos que

causa à saúde ocular.

O globo ocular é preenchido por

um líquido incolor, chamado humor

aquoso, que tem a sua produção e

eliminação dada de forma imper-

ceptível. Quando há alteração na

concentração deste líquido, seja de-

Fatores de riscoOs negros estão mais propensos a

desenvolver o glaucoma, assim como

portadores de diabetes e pessoas com

mais de 40 anos, fase em que a doen-

ça aparece com mais frequência, ape-

sar de ocorrer em qualquer idade. Por

ser uma doença de caráter hereditário,

possuir familiares portadores da doen-

ça também pode ser considerado um

fator de risco.

Tipos de glaucomaExistem diferentes tipos de glauco-

ma, que variam de acordo com as cau-

sas ou efeitos. O glaucoma crônico, tam-

bém chamado de simples ou de ângulo

aberto, é causado por uma alteração

anatômica na região em que o líquido

deveria sair, dificultando o escoamento

e ocasionando o aumento progressi-

vo da pressão intraocular. Este tipo de

glaucoma representa cerca de 80% dos

casos em pessoas acima de 40 anos e

evolui sem sintomas. O glaucoma de ân-

gulo fechado também está relacionado

à anatomia, no entanto há o bloqueio

do escoamento, o que causa aumento

súbito da pressão intraocular e fortes

dores na cabeça e no olho.

O glaucoma secundário é aquele se

desenvolve como agravo ou efeito cola-

teral de ações ou problemas primários.

Ele pode ocorrer após uma cirurgia ocu-

lar, como consequência de enfermidades

como diabetes, uveítes (inflamação na ca-

mada interna do olho), catarata avançada

ou devido ao uso incorreto de colírios. Por

fim, o tipo mais raro de glaucoma é o con-

gênito, presente desde o nascimento. Este

pode ser acompanhado de um sinal espe-

cífico, que é o aumento do globo ocular,

que se expande devido à pressão.

TratamentosExistem três diferentes tipos de

tratamento para glaucoma e a esco-

lha leva em consideração o estágio e

o tipo apresentado por cada pacien-

te. O tratamento pode ser realizado

por meio de colírios, através de laser

ou de cirurgia. Geralmente, o trata-

mento inicial é feito com o uso de

colírios, que agem na concentração

do humor aquoso, seja diminuindo

sua produção ou aumentando o seu

escoamento. Regulando a concen-

tração de humor aquoso, a pressão

intraocular é controlada, evitando

novos danos. O tratamento medica-

mentoso requer disciplina, pois os

resultados só são alcançados quando

seguidas as orientações médicas sem

alterações ou interrupções.

Além dos colírios, o tratamento

pode ser realizado com o auxílio de

laser. Há duas técnicas de tratamento

A pressão intraocular não segue

um parâmetro único, variando entre

um indivíduo e outro.

Cerca de 6% das pessoas

com glaucoma já tiveram caso

na família.

vido a um aumento na produção ou

a uma falha no escoamento, a pres-

são intraocular aumenta, destruindo

o nervo óptico.

O nervo óptico é responsável por

levar os dados captados até o cérebro.

Uma vez destruídos devido à pressão

intraocular, deixam de levar todas as in-

formações, gerando buracos negros na

visão, que costumam começar nas regi-

ões periféricas. Aos poucos, o campo vi-

sual se torna estreito e a visão tubular.

Devido à ausência de sintomas, a

doença é frequentemente diagnostica-

da em estágio avançado, quando há im-

portantes perdas na qualidade da visão.

Normalmente, o diagnóstico da doença

é feito através de um exame de rotina,

que detecta o aumento da pressão in-

traocular e indica a necessidade da rea-

lização exames específicos.

O exame de fundo de olho é funda-

mental para o diagnóstico da doença,

pois detecta se a pressão intraocular

está acima da média e se há altera-

ções no nervo óptico, fatores que ca-

racterizam o glaucoma.

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172ª edição - 2012

SaÚDe OCuLaR

do glaucoma com o uso de laser. A pri-

meira delas, chamada trabeculoplastia,

tem como objetivo estimular a drena-

gem, precisando de um prazo de algu-

mas semanas para surgirem os resulta-

dos. A segunda opção de tratamento

a laser é chamada de iridotomia, que

constitui na abertura de um pequeno

orifício pelo qual o humor aquoso pas-

sa a circular. Esta última apresenta rá-

pido resultado.

Em casos com maior urgência ou

potencial de lesão dos nervos ópticos,

o tratamento cirúrgico pode ser indi-

cado. A cirurgia consiste na criação

de uma nova forma de drenagem, já

que a natural não está sendo realiza-

da com êxito. Assim, não há aumento

da pressão intraocular, pois o líquido

passa a ter seu escoamento normal

reestabelecido.

Em todos os tratamentos, não há

recuperação dos nervos ópticos per-

didos, tornando o controle da doen-

ça a melhor opção.

Recomendações Independente de possuir casos de

glaucoma na família, ser portador de

doenças que possam causar glaucoma

ou apresentar sintomas da doença,

recomenda-se a consulta ao oftalmolo-

gista anualmente. Quando há presença

de algum dos fatores de risco, a visita ao

consultório oftalmológico deve ocorrer

uma vez a cada seis meses, ou de acor-

do com a recomendação específica do

oftalmologista.

Como não se pode evitar a doen-

ça, a consulta oftalmológica se torna

essencial por possibilita a detecção

precoce e assim, o estabelecimen-

to de tratamentos que evitam a sua

evolução.

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O Centro de Diagnóstico, setor responsável pela re-

alização de exames no IOM existe há 10 anos e há

dois, passou a contar com uma equipe fixa, dedicada

exclusivamente às demandas da área. O investimento na in-

fraestrutura e organização da área reflete no serviço prestado

ao paciente, que além de contar com aparelhos de alta tecno-

logia tem direito a um atendimento de qualidade.

São realizados cerca de 300 exames diagnósticos por mês

no IOM. A alta demanda ocorre, pois além dos exames soli-

citados pela equipe do IOM, o Centro de Diagnóstico atende

pacientes externos, que tiveram os exames solicitados por

profissionais que não fazem parte da equipe do Instituto, mas

que indicam o IOM para a realização dos mesmos.

Para administrar estes atendimentos, o Instituto organizou

o Centro de Diagnóstico o dividindo em duas estruturas: uma

exclusiva para atendimento dos pacientes oriundos do SUS e

outra para atendimento dos pacientes particulares ou de con-

vênios. A equipe do Centro de Diagnóstico é composta por duas

técnicas de enfermagem, que auxiliam os médicos na realiza-

ção dos exames; duas recepcionistas, responsáveis pelo aten-

O Instituto dispõe dos aparelhos mais modernos no

mercado da Oftalmologia. Entre eles pode ser destacado o

campímetro, aparelho que realiza o exame de campo visual

computadorizado, essencial para a avaliação do glaucoma e

de outras doenças que afetam o campo visual (área que se

enxerga). “O nosso campímetro Humphrey é o aparelho que

possui a maior tecnologia. Ele dispõe de vários programas

para a realização dos exames e é capaz de detectar também

problemas neurológicos”, afirma Jaqueline Auta de Oliveira,

responsável pelo Centro de Diagnóstico e integrante da equi-

pe do IOM desde a criação do setor, há 10 anos.

No Centro de Diagnóstico também podem ser destaca-

dos o topógrafo, o paquímetro e o biômetro, que devido aos

POR DeNtRO DO IOM

18

Exames com qualidade e organização

dimento e pelas autorizações; e três funcionários que trabalham

exclusivamente na entrega e organização dos exames já realiza-

dos. Juntos, os integrantes da equipe mantém o setor organizado

e preparado para oferecer um atendimento de qualidade.

Tecnologia de pontaresultados oferecidos, são os mais utilizados. No topógrafo

é realizado o exame de ceratoscopia computadorizada, que

analisa as elevações da córnea, podendo diagnosticar o cera-

tocone (afinamento central da córnea) e ser indicado para a

prescrição de lentes de contato. Já no paquímetro, aparelho

que realiza o exame de paquimetria, é possível avaliar a es-

pessura da córnea, indicado nos casos de suspeita de glauco-

ma e como pré-operatório de cirurgias refrativas. Por último

está o biômetro, que através de uma sonda, calcula o grau da

lente intraocular a ser implantada na cirurgia de catarata, no

exame chamado biometria ultrassônica.

O Centro de Diagnóstico funciona todos os dias, das

7h às 18h.

“O nosso campímetro Humphrey

é o aparelho que possui a maior

tecnologia (...) é capaz de detectar

também problemas neurológicos.”

2ª edição - 2012

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