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I cen::; "~,,;el~\e ~~~;~ ;~ ":0'"I rNFORMAC~O E REPRESENTAC~O SOCIAL UMA AVALIACÃO NA COMUNIDADE INTRODUCÃO Os dados que discut iremos a seguir foram coletados atrav~s de uma pesquisa qUE o sEtor de Vigilincia Epidemiol6gica - AIDS do Estado de Sio Paulo rEal izou em 1989 com uma dada populaç~o da cidadE dE São pau~o. Nesta pesquisa EfEtuada Em uma amostra de 8804 pessoas aval iOU-SE a r presEntaç~o da AIDS no imagin~rio social. qUEst~e~ ESPEcif{cas Abordaremos nEste trabalho as 1 igadas à informaç~o que esta populaç~o dEt~m sobrE os VE{culos transmiJs~o do v{rus HIV, assim como por est1 me ••• po1u1 •• 10 p.r. adquirir e s i t uac Ee s de os me ios e I e-í tos informação • .. ::, PEnsar dados dE informação qUE a população tEm sobrE uma dOEnça é nECEssariamentE pensar t od (J arcabouço de representação que faZEm dEla, E aindê\, destE EXErc(tio, chEgar atE o imaginário social. Discut ir Estas qUESt~ES ~ o que nos colocamos Enquanto tarefa nEstE prEsentE trabalho. A AIOS tornou-sE, nEstes I.Íltimos anos. um dos grandes temas da modernidade. Reviver uma epidemia que coloca em risco a vida das pessoas E cuja via dE transmiss~() é, entre outras, a v i a se;·: ua I T coloca ~\,: ',,'"':>,'1.'.. 'J ,"- \'Il'ilÚ, r.v:

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I cen::; "~,,;el~\e~~~;~ ;~ ":0'"IrNFORMAC~O E REPRESENTAC~O SOCIAL

UMA AVALIACÃO NA COMUNIDADE

INTRODUCÃO

Os dados que discut iremos a seguir foramcoletados atrav~s de uma pesquisa qUE o sEtor de

Vigilincia Epidemiol6gica - AIDS do Estado de Sio PaulorEal izou em 1989 com uma dada populaç~o da cidadE dESão pau~o. Nesta pesquisa EfEtuada Em uma amostra de8804 pessoas aval iOU-SE a r presEntaç~o da AIDS noimagin~rio social.qUEst~e~ ESPEcif{cas

Abordaremos nEste trabalho as1 igadas à informaç~o que esta

populaç~o dEt~m sobrE os VE{culostransmiJs~o do v{rus HIV, assim comopor est1 me ••• po1u1 •• 10 p.r. adquirir

e s i t u ac Ee s deos me ios e Ie-í tosinformação •

.. ::,PEnsar dados dE informação qUE a população

tEm sobrE uma dOEnça é nECEssariamentE pensar t od (J

arcabouço de representação que faZEm dEla, E aindê\,destE EXErc(tio, chEgar atE o imaginário social.Discut ir Estas qUESt~ES ~ o que nos colocamos Enquantotarefa nEstE prEsentE trabalho.

A AIOS tornou-sE, nEstes I.Íltimos anos. um dosgrandes temas da modernidade. Reviver uma epidemia quecoloca em risco a vida das pessoas E cuja via dE

transmiss~() é, entre outras, a v i a se;·:u a I T coloca

~\,: ',,'"':>,'1.' ..'J ,"-\'Il'ilÚ, r.v:

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i n ev l t ave l mcn t e à humanidade um re oen sarvalo".es.

sob". E,' seu s

Rccupe".ar o sentido de finitude da vida ~I ida". com a mortE enquanto possibil idadE real e muitasveZES iminente. A sociedade moderna ocidEntal exercitoucom tal vEEm~ncia a ne9açio da finitude do homem.atrav~s da experiência do he".dico e do onipotEnte. quehoje com o surgimento da AIOS. o que SE p".op3e antes demais nada ,

E:' o reabituar-se com a pe".da, o I imite. o

instantâneo.

Me\:': Webe". comentando a ob".a de Tolstoi.coloca: a mortE um acontecimento qUE encerrasent ido? •• para um homem civilizado tal sEnt ido nioexiste. E nio pode Exist i". PO".qUE a vida individual doc: i v i 1 i z ad o E:'stc\ imErsa no progrESSO E no infinito e.SEgundo SEU sent ido imanente. Esta vida nio dEveria tErfim. Com Efeito, h~ sempre a possibil idade de novoprogrESSO para aqUEle que ViVE no progresso: nenhum dosqUE morrem chega jamais a at ingir o pico. pois o picoSE p3e no infinito. Abrio e os camponeSES dE outroramorreram velhos e plenos dE vida; pois que estavaminstalados no ciclo orgânico da vida. porque esta lhEhavia ofe".tado, ao fim de seus dias, todo o sent ido quepodia pI"oporcionar-lhEs e porqUE nio subsist ia enigmaque eles ainda teriam desejado resolver. Podiamportanto, considerar-se sat isfeitos com a vida. O homemcivilizado que se e n r i q u e c e c:ont i nu amen t E,' de

podeCom

pensamEntos. de expel"i~ncias E de problEmas.sEnt ir-se cansado da vida, mas nio pleno dela.efeito. ElE nao pode jamais apossar-se SE nio de umaparte ínfima do que a vida do Espirito incessantementePl"oduz, ElE nâo POdE captar senio o provisó".io e nunca

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o d E f i n i t I vo , Por:

'l Centro de Referência e Treinamo,rlto - DSTI:S IemBLIOTECA

E S ro+t t), -TlT6'f'~~-:-' e~a-i€"iJS o 1 h o sum a c on t ec i me n t o qUE n âo t em sen t i do " [1).

AprFendE.'r o imagin~rio social sobl'"e umadOE.'nça ~ captar a dinimica na qual a sociedade assimilaas determinaç3es do s ab cr mtdico sobl'"e ela. É,pOl'"tanto, aprEEndEr a forma como SE.' dECodifica a

linguagem c i cn t ífica, SEgundo SEUS h~bitos E valol'"esEstabelEcidos. A impol'"tincia dE apreEnder o imagin~riosocial ESt~ justamEntE Em PErcEbEI'" a I'"EalidadE Em que adoença se insEre no cot idiano dos indivíduos,PEl'"mitindo qUE os pal'"imEtros para sua prEvEnçio EcontrolE sejam mElhor EstabElecidos.

Assim, E.'StE ima9in~rio socialnECEssariamEntE criado a part ir dE uma rElaçio dinimicaEntl'"e os valorES sociocultul'"ais e as determinaç3es queo sabEr m~dico EstabElECE sobrE dOEnça. A

popularizaçio dEstas dElErminaç3ES E EficiEntEmEntEfEita PEla mídia. A mídia funcionaria como um Elo dEcomunicaçio EntrE os anSEias sociais E o sabEr m~dico,traduzindo a prEocupaç~o dos indivíduos rElat ivos aosdEtalhES do contorno da dOEnça.

Esta popularizaçio EfEtuada PEla midia SEgUEdinimicas prciprias inErEntES aos mEios dE comunicaçio.As vEiculaç3es procuram divulgar, E Em muitas VEZES dEfOl'"ma sensacional ista, os sEnt idos e ansEios existfntEsno corpo social. NEStE contexto, a ve:iculaçSo dasinfol'"maç~es I'"Elativas ~ uma doença, em muitas VEZES,PErdE o SEU Cal'"atEr concrEto E ganha novos aSPEctoS.DEsta forma, na const ituiçio do imagin~rio socialc o í oc a+s e a dinimica em qUE atua os mEios dE

c:omunicaçio.

i-Webrr Hax, ·Ciência e Politica - Duas Vocações· - Ed. Cultrix - são Paulo 1968.

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Assim a m{dia tEm sEmprE um paPEl fundamEntalno sEntidocaso de

f:: formar c\ op i n i âo p ub l j c a , No(I F i n f o r ma r'

e p i d em i a , .~'nquanto órgãoumacentral izador E divulgador das informaç~es relacionadastanto a transmissâo quanto a prevençâo. daoimprensa, en qu an t o órgao difusor da idEOlogia v/gente,sera assim fundamental

i d é i a s ur a i d a Em alguns orgaos de sa~dE, node divulgarsentido porno

I::~Nemp1o a

in{cio da epidemia, de que a AIDS ~ a ·peste gay·.

s en t Ld o , atuame d i c i n a enquantoci~ncia normal izadora de comportamento e a

m í d i a , numa aç:ao conjunta, e o agente difusor destas,normas. E: a difusãoimportante ressaltar dasque se

informaç:~Es P rEal izada de forma eficiente, o conte~domuitas VEZES nao at inge o objetivo dE informar.

Com a AIDS, dEsde o inicio, a medicina ter~ oseu conhecimento quest ionado. A flagrante impot~ncia de

conseguir rEspostas Estapara novadoença É' o que primeiro aparece aos olhos daquelES maispreocupados avanço cientifico. mEdicina.com o A

ação seuprincipio deob s e r va dor a ,numaconhecimento, fez com qUE alguns anos se passassem semter a AIDS descoberta, atendo-se assim numcausa daprimeiro momento tratar suasdEscreveremmanifEstaç~es.

A impotência da medicina diantE daimpossibil idade de cura da AIDS obrlgar~ o poder médico

lançar ,a t o d a a rEsponsabil idadepopulaçao

Nprevençao, excessao feita ao controlE do sangue. ESSEF a t o v a i sem duvida colocar em causa, em certa medida,o podEr medicina, entanto, E.'sta poder~da no naoa bd i c ar' do seu papel normat izador. Enquanto nas outrasepidemias, prevenção adequaçãodava numaa se

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medicina/Estado, com a AIDS, a preven,io passa a seral~m disso uma questio da coletividade atrav~s de suaação individual. EÉ d en t ro d es t e c on t e xt o E':'ainda, elogrande impacto que a AIOS causou Junto a população, quedE':'vemosconsiderar a qUEstão da informa,io.

Num primeiro momento, analisaremos ainformação necessdria para a efet ivação da prevenção,ou seja. aqUEles dados fundamentais para que umindividuo n~o se exponha aos riscos de contaminação. Selevarmos em conta que o objet ivo fundamental dainformaç~o veiculada atrav~s de campanhasinstitueionais ou ela m{dia, ~ a prevenção, acreditamosser esta a forma mais importante de aval iar a questão.

Para elaborarmos este crit~rio de avaliaçãoprocedemos da seguinte maneira: selecionamos os casosque responderam afirmativamente sobre os reais veículosde transmissão (esperma, secreção vaginal e sangue) eas reais situaç~es de contamina~ão (ter relaç~essexuais com diversas pessoas SEm usar camisinha.rEceber sangue não testado para o HIV e usar drogas EVcompartilhando seringa/agulha) E mesmo havendorespostas afirmativas em qualquer outro it~mreconhecidamente não passível de contaminação- tanto deveículo quanto dE situação - estES foram consideradosinformados para efeito de prevenção.

Obt ivemos dessa forma, um total de 58.2% dapopulação pesquisada que se enquadrou neste critério.Consideramos estas pEssoas bem informadas para efeitoepidemiológico, na medida em que sua prevenção pessoalpode estar sendo real izada. O fator de transmissão

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VEt'"tieal foi Excluída d es t e c r i t ér I o d e avaliaç:[:\o, n am ed i da E'O) no ob Jc t i v oI nt e r f er e

fundamEntal.

Um p er c e n t u a l dE 58.2% POdE pat'"ECEr- dE-:início,IJm índicE r e l a t i vamen t e alto. No Entanto, seconsidEr-armos o grande impacto causado PEla dOEnça,talvEZ pud~ssemos espEr-ar- um índicE mais significat ivo~m e sm o porqlJE, um grandE n~mEr-o dE pEssoas (95.6%)afirmar-am mantEr--sE infor-mados SObr-E AIDS. A pr-incipalfontE dE infor-maçio t'"EfEr-idaé a midia 92.7%.

As~:;im. SE a i mp r en s a tem. um papEl impor-tantEno sent ido dE divulgar- E discut ir- tEmas importantEs Empauta na sociedade. talvEZ possamos quest ionar- a s ua

(~ficác ia. no sent ido da vEiculaç~o organizada deinfor-maç3ES qUE PErmitem á populaçio a assimilaç~osobrE dados ESPECíficos da tr-ansmiss~o dE uma dOEnçatio controvertida quanto a AIDS. ~ impor-tantE lEmbrarqljE 41.8% Encontra-sEda PEsquisadaimpossibil itada de faZEr- a pr-Evenç:io por-SEquer- as infor-maç:3Es básicas par-a tal.

não d e t e i-

Em relaçio a uma aval iaç:~o das informaç:3E~:;divulgadas pelos mEios dE comunicaçio a rESPEito daAIDS. 53.0% da amostra acha que s50 esclarEcEdor-as.Mas. por- 50,3% dos indivíduos PEsquisadosoutro lado.refErEm o fato de serem poucas asveiculadas. EstES dados refletem uma necessidade decampanhas mais abr-angentes como por- EXEmplo. a questiodo uso de droga endovenosa que at~ hoje nio merECEU odEvido encaminhamento. E SE por um lado. as campanhasat~ agor-a real izadas têm um conte~do esclar-EcEdor. ~talVEZ importante pensarmos se o conjunto dE mEdidas dec ar á t er l n f orma t i vo supr-em E.'fEtl vame n t e as n e c e s a i da d c sEpidEmioldgicas da dOEnça.

etEl..lC',T':C:' AC:-:~':"

, .: ; _ . ,. •. J. I

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005 veículos dE transmiss~o (sanguE, espErm~e secreçgo vaginal) aquEle mEnos contEmplado com índic€de conhEclmenlo foi (67.1/,).importante rEssaltar aqui que a AIDS tem uma facEessencialmente mascul ina. o fato do homem contar.epidemiologic~mEntE, com um n~mero maior do qUE a

mulher. no computo ser a l d e casos d e AIDS(~~J, criaconseqUentEmentE no ima9in~rio social, a i d é i a de qU(·:·:esta é uma doença do mundo mascul ino e concernenteportanto ~ sEcreçio mascul ina.

fundamentalmente os homens quepart icipam dE maneira tio Efet iva da Epidemia, segundoo imagin~rio social, nio ha porque rElEvar a questio dasecreçio vaginal. EstE VEiculo de transmissio SEriaassim autom~t icamente rele9ado a um segundo plano, daia sua mEnor part icipaçio nos indices gErais dEinformaçio. E como alrav~s das campanhas o que mais SEdebateu foi o risco das rElaçies SExuais e do esperma,cristaliza-SE no imagin~rio social, a id~ia de que s6as mulherES com m~lt iplos parceiros, ou seja, aquelasde ·comportamEnto promiscuo·, e qUE poderiam fazerparte das Estat (st icas dE AIOS. Isto talVEZ ColoqUE noimagin~rio social a id~ia de que muito mais do que asvias reais dE transmissio, ~ o comportamento doindivíduo qUE o coloca ou nio Em risco.

Das situaçiEs POSSíVEis de se adquirir ovírus da AIDS (receber sangue nio testado, part ilharseringa no uso de droga EV e manter relaçio sexual comvarias pessoas sem usar camisinha) aquela que obteve omenor índ ice de conh ec i meri t o foi o uso de droga EV, mas

2-Segundo dados epideliológicos da cidade de são Paulo telos UI total de 381 lulherescontalinadas, enquanto que dos hOlens este nÚlero se eleva para 3.889 portanto a relaçãolasculino/felinino é de 10 para 1. Dados colhidos do Boletil Epideliológico - Centro de Referência

e Treinalento AIOS/ HIVE - Grupo AIOS. São Paulo, Dez/96, lileo

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qUE no Entanto participa ainda com um alto fndicE(89.1iO. T orn a-r se importante fris.:\r aqui que .:\divu19a,~o a rESPEito dE PES50as contaminadas atrav~sdo uso dE dFoga EV ~ rElativamentE recentE, o que fazcom qUE Este dado tenha um {ndicE menor dE assimilaç~oSE comparado com as outras categorias de transmiss~o.

Ao aval iar a informaçio do ponto dE vista doconhecimento adequado qUE as pessoas det~m sobreveiculo E situa,~o dE transmissio, ou SEja, aqueles qUEresponderam afirmat ivamEnte a somentE as alternativascorretas, vErifica-se que apenas 18.0% dos indivfduo5atendem as exigincias necess~rias. Aval iado deste pontode vista j~ n~o temos um percentual t~o significat ivo,sobretudo se pensarmos que nos ~ltimos anos, a AIDS vemganhando Espaço na mfdia dE forma cada VEZ maiscontundEnte.

Ef: i mp or t an t e en t en de-r aqui que, de sde osurgimento da AIDS, muitas informa,3Es controversasforam levadas a publ ico. E mesmo hOjE, n~o encontramosainda uma unanimidade nas concEP,3es relativas àdoença. Quanto as vias de transmiss~o por exemplo,ainda rEcentemente, encontramos, nos setores m~dicos,opini3es contraditdrias.

Em rela,io a sal iva ou mosquito durante muitotempo E até hOjE, SE discute na imprensa apossibilidade dEssas vias de transmissio. Essa ~ umadas causas, ao nosso ver, de confus3es criadas no seioda popula,~o no qUE tangE aos ve{culos de transmiss~o(fezes/urina 5.0% - sal iva 15.1% - mosquito 5.1%).

Outro fator que pode gerar confusio comrEla,~o aos mEios dE transmiss~o, est~ 1 igado aoimpacto social da doença. A participaçio que a AIDS tem

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~J ~ ~ ~ i <J ,1. g~ ,,;({,h o j E n O C O t id ia no dos Tn'áí y'í d IJo s , a 1t €:' r a n dos u a s fo r ma!"dE intEra,io sóclo-afEt iva E qUEst ionando a flnitudE davida, 0,-o:> torna vulnEr~vEls dos me l o s d«:

transmissão. As!:; i m , E S t a v 1..1 '1n c r a b i 1 ida d E d i an t E d c\

dOEnça podE traduzir-sE na crEnça dE maior ou mEnorprobabil idade dE contágio. forma,notícia, mEsmo s ob r e formas detransmiss~o, acaba por assumir um c ar á t e r concrEto.Esta sltuaçio fica mais EvidEnciadaqUEstão do sangUE, pois muito SE falou n é\ imprEnsasobrE o risco dE contaminaçio nas transfus5es, E hojE,mEsmo após várias c amp anh a s dE EsclarEcimEnto,p e r c Eb emo s q IJE muitas pEssoas confundEm doação c

rEcEpç~O, (40.0% da populaçio pEsquisada afirmou orisco da conlaminaçio na doaçio).

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