duração do trabalho -...

23
Duração do Trabalho

Upload: duongnhan

Post on 20-Jan-2019

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Duração do Trabalho

Análise histórica:

• Era medieval: 18 horas diárias.

• Países Europeus por volta 1800:12 a 16

horas diárias.

• Estados Unidos e Inglaterra:1847: 10

horas diárias.

• Acordo OIT-Organização Internacional

do Trabalho: 8 horas diárias e 40

semanais.

Conceito

• É o lapso temporal delimitado entre o inicio e o final da jornada de trabalho. CLT, Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma. O horário de trabalho deve ser anotado em registro de empregado. CLT,74,§1º. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de acordos ou contratos coletivos porventura celebrados.

Lapso temporal do trabalho:

Duração ► lapso temporal de labor ou disponibilidade

do empregado em favor do empregador (dia,

semana, mês, ano).

Jornada ► tempo diário em que o empregado está à

disposição do empregador.

Horário ► lapso temporal que traduz rigorosamente o

havido entre o início e o fim da jornada.

O tempo de permanência do empregado à

disposição do empregador sempre foi motivo de preocupação, devendo ser destacado que não são poucas as notícias de trabalhadores sujeitos a jornadas de 12, 14 e até 16 horas até fins do Século XIX.

O empregado participa com

suas funções na empresa

sempre vinculado a um

período de horas.

>Presencial quando o empregado

exerce suas funções no local, modo e

hora definidos.

>Não-presencial quando o

empregado exerce suas funções em

local modo e hora não definidos.

As principais características de duração de jornada podem se resumir em:

Hora Diurna: entende-se como hora diurna àquela

praticada entre as 05:00 horas e 22:00 horas.

Hora Noturna: A CLT preceitua no art. 73 § 2º que

o horário noturno é aquele praticado entre as

22:00 horas e 05:00 horas, caracterizando assim

para o trabalhador urbano.

Horas Extras: A expressão horas extras ou horas

suplementares, equivalem-se, e tais fenômenos

ocorrem quando o empregado excede na

quantidade de horas contratualmente

determinadas.

Este fenômeno não ocorre isolado, ele é parte de

um acordo escrito pré-estabelecido entre o

empregador e o empregado, denominado como

Acordo de Prorrogação.

Hora Compensatória ou Banco de Horas: O

empregador pode adotar um procedimento de

concentrar sua atividade num período da

semana, mas deverá proporcionar ao

empregado redução noutro dia. Dessa forma o

empregador pode romper a barreira das 8 (oito)

horas diárias, mas não poderá ultrapassar a das

10 (dez) horas diárias e 44 (quarenta e quatro)

semanais. Podendo compensar em qualquer

época, não necessariamente na mesma semana.

A esse fenômeno dá-se o titulo de Horas de

Compensação ou Acordo de Compensação.

Hora Turno ou Revezamento: Constituição

Federal art. 7 inciso XIV e Instrução Normativa

nº 64/2006 do MTE : quando o empregador tem

sua atividade econômica estabelecida na forma

de turnos, ou seja, a empresa tem serviço

manhã, tarde e noite e empregados trabalhando

nesses períodos em sistema de rodízio, é

atribuído a essa forma de trabalho a chamada

hora por turno.

Horas Sobreaviso ou Prontidão: É aquela

existente quando o empregado se mantém à

disposição ou de prontidão a empresa. Esse tipo

de hora tem previsão legal (CLT art. 244 § 2º)

para a categoria dos ferroviários, mas a

jurisprudência, ao longo do tempo, consagrou

às outras atividades.

Hora Descanso ou Intervalo: (CLT art. 66 a 72) Há

essa hora atribui-se o tempo utilizado pelo

empregado para repouso ou alimentação. Essa

duração de descanso pode se dar dentro do seu

horário contratual .

Na CLT as previsões dos intervalos são

determinadas, e caso não haja previsão em norma

coletiva, os intervalo concedidos pela empresa

devem ser considerados como horário de trabalho

normal.

Hora “In Itinere” ou Intinerário: Não há

previsão na CLT para essa característica de

hora, mas a jurisprudência tem consagrado o

período gasto pelo empregado no percurso

casa – trabalho – trabalho – casa – quando a

empresa fornece transporte particular pela

inexistência do transporte público ou local

de difícil acesso. Esse período então passa a

integrar a jornada de trabalho, devendo ser

considerado na remuneração mensal.

Duração do Trabalho ,segundo as Normas

Reguladoras – NRs

Há na Norma Regulamentadora 17 da Segurança e Saúde do Trabalhador a orientação de a cada 0:50 minutos conceder 0:10 minutos de intervalo. Segue variação de duração laboral de acordo com as especificações das NRs 15 e 16.

JORNADA DE TRABALHO E

SUAS EXCEÇÕES: 1.Aeronautas e Aeroviários.

2.Ascensoristas,telefonistas,mineiros e operadores cinematográficos.

3.Bancários e profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional ,segundo Nr 17;

4.Técnicos de radiologia - Nr 16;

5.Profissionais ligados a Operações Insalubres-Nr 15;

6.Agricultores,silvicultores e aquicultores -Nr 31;

7.Professor jornada de trabalho especial.Art.318 da CLT.

INTERVALO E DESCANSO

Entre duas jornadas de trabalho deverá haver intervalo mínimo de 11 horas e semanalmente o empregado gozará de um descanso de 24 horas, devendo coincidir com o domingo pelo menos uma vez por mês.

Período de descanso

Na falta da concessão dos intervalos o empregado terá direito a receber o período com acréscimo de 50% sobre a hora normal.

Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 minutos não deduzidos da duração de trabalho.

Período de descanso

Intervalo

Em qualquer trabalho contínuo, com duração superior a 6 horas, é obrigatória a concessão de no mínimo 1 hora de descanso para alimentação ou repouso.

Não excedendo 6 horas, mas superior a 4 horas, o intervalo será de 15 minutos.

Intervalo

Referências:

• Eduardo Gabriel Saad, Consolidação das Leis do Trabalho

Comentada, 37ª Edição, São Paulo, Ed. LTr, 2004.

• CLT, capitulo 2,duração do trabalho.

• Basile,César Reinaldo Offa,Direito do trabalho:duração do Trabalhoa direito da greve-2 ed.refor.-São Paulo:Saraiva,2010.

• ww.professortrabalhista.adv.br/jornada_de_trabalho.html

• Segurança do trabalho/obra coletiva da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia,Márcia Cristina Vaz dos Santos windt e Livia Céspedes-8.ed.atual.-São Paulo,2011.

• http://www.direitodoempregado.com/direito-do-trabalho-ilustrado-parte-4/