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DURAÇÃO DO TRABALHO Gabriel Lopes Coutinho Filho Setembro/2009 rev.02092009

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DURAÇÃO DO TRABALHO

Gabriel Lopes Coutinho FilhoSetembro/2009 rev.02092009

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE 

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

Prof.Gabriel Lopes Coutinho FilhoAula 4do Programa do 2º Sem/2013

Apresentação disponível em www.juizgabriel.com

DURAÇÃO DO TRABALHO

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DURAÇÃO DO TRABALHOINTRODUÇÃO Jornada de trabalho é o lapso de tempo em que o empregado se coloca á disposição do empregador para a prestação do serviço. 

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DURAÇÃO DO TRABALHOConceito É o lapso temporal do trabalho ou disponibilidade do empregado.

Pode ser medida por dia, semana, mês ou ano.

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DURAÇÃO DO TRABALHOJORNADA DE TRABALHOConceito É o lapso diário em que o trabalhador coloca sua disponibilidade de trabalho ao empregador.

-Inclui as pausas remuneradas.

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DURAÇÃO DO TRABALHOHORÁRIO DE TRABALHOConceito É o lapso temporal delimitado entre o inicio e o final da jornada de trabalho.CLT, Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.

O horário de trabalho deve ser anotado em registro de empregado.CLT,74,§1º. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de acordos ou contratos coletivos porventura celebrados.

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DURAÇÃO DO TRABALHOTEMPO EFETIVAMENTE TRABALHADOConceito -É o lapso de tempo efetivamente posto à disposição do empregador pelo empregado. -A CLT toca obliquamente nessa modalidade de prestação.-O valor do salário calculado sobre peça produzida se relaciona diretamente com o período efetivamente de trabalho do empregado.

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DURAÇÃO DO TRABALHOTEMPO À DISPOSIÇÃOConceito É o lapso de tempo no qual o empregado se coloca à disposição do empregador, ocorra ou não a prestação de serviço. É a regra do critério de cômputo de jornada CLT  Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

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DURAÇÃO DO TRABALHOTEMPO DE DESLOCAMENTOConceito É o lapso do tempo de trabalho mais deslocamento do empregado para ir e voltar ao trabalho.

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DURAÇÃO DO TRABALHOTEMPO DE DESLOCAMENTOJORNADA “IN ITINERE”Fundamento legal Súmula 90,TSTCLT,58,§2º

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DURAÇÃO DO TRABALHOTEMPO DE DESLOCAMENTOJORNADA “IN ITINERE”Requisitos

-Transporte fornecido pelo empregador-que o local de trabalho seja de difícil acesso e que não seja servido por transporte público regular.

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DURAÇÃO DO TRABALHOTEMPO DE DESLOCAMENTOJORNADA “IN ITINERE”Repercussão

O tempo assim despendido é considerado lapso de tempo à disposição do empregador.

-Ultrapassando o limite legal ou convencionalgera direito a horas extras.

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DURAÇÃO DO TRABALHOPRONTIDÃOConceito Período em que o ferroviário fica nas dependências da empresa ou via férrea aguardando ordens CLT,244,§3º O trabalhador não está efetivamente trabalhando.Não pode passar de 12 horas de períodoSe ultrapassar o limite continua a ser prontidão.Custo da hora de prontidão: - 2/3 da hora normal.

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DURAÇÃO DO TRABALHOSOBREAVISOConceito Período em que o ferroviário permanece em sua própria casa, aguardando o chamado para o serviço a qualquer momento. CLT,244,§2º

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DURAÇÃO DO TRABALHOSOBREAVISOConceito • O trabalhador não está efetivamente trabalhando e não precisa se deslocar para a empresa. • Deve haver uma programação de escala. • Não pode passar de 24 horas de período • Se ultrapassar o limite continua a ser prontidão.Custo da hora de prontidão: 1/3 da hora nornal.

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DURAÇÃO DO TRABALHOSOBREAVISOBIP E TELEFONE CELULAR Argumento favorável: • Essencialmente, o empregado submetido a BIP ou telefone celular possui a mesma obrigação de permanecer em sobreaviso. A plena liberdade de locomoção é cerceada. 

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DURAÇÃO DO TRABALHOSOBREAVISOBIP E TELEFONE CELULAR Argumento contrário: • A restrição à permanência em casa não se realiza com a utilização de celulares e BIP´s. • O benefício da restrição, para o empregador, em detrimento do empregado, não se verifica com o uso de aparelhos tecnológicos.

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DURAÇÃO DO TRABALHOSOBREAVISOBIP E TELEFONE CELULARNÃO SUFICIENTE PARA CARACTERIZAR OJ-SDI1-49 HORAS EXTRAS. USO DO BIP. NÃO CARACTERIZADO O "SOBREAVISO“ O uso do aparelho BIP pelo empregado, por si só, não carateriza o regime de sobreaviso, uma vez que o empregado não permanece em sua residência aguardando, a qualquer momento, convocação para o serviço.

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DURAÇÃO DO TRABALHOTEMPO RESIDUAL À DISPOSIÇÃOConceito

Ocorre nos momentos anteriores e posteriores à jornada de trabalho. 

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DURAÇÃO DO TRABALHOTEMPO RESIDUAL À DISPOSIÇÃORepercussão

Variação de até 5 minutos totalizando 10 minutos ao dia não afeta a jornada de trabalho: não há punição nem pagamento.

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DURAÇÃO DO TRABALHOTEMPO RESIDUAL À DISPOSIÇÃO CLT,58, § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)

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JORNADA DE TRABALHOJORNADA PRINCIPAL OU CONTRATUAL É o elemento natural do contrato.

São os marcos iniciais e finais estipulados no contrato para a jornada diária.

Incluem os intervalos remunerados.

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JORNADA DE TRABALHOHORAS EXTRASJORNADA DE TRABALHO PADRÃO CF/1988,7º, XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

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JORNADA DE TRABALHOHORAS EXTRASJORNADA DE TRABALHO PADRÃO Padrão: 8 horas diárias e 44 semanais. Dividindo-se 44 horas semanais por 6 dias de trabalho:Resulta: 7h20 dia

(sem Descanso Semanal Remunerado- DSR) 

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JORNADA DE TRABALHOHORAS EXTRASJORNADA DE TRABALHO PADRÃO Lapso entre 7h20 e 8 horas diárias não é hora extra se o módulo semanal de 44 horas não for ultrapassado. Multiplicando 7h20 diárias vezes 30 dias (mês legal)resulta em 220 horas mensais (Módulo), padrão referencial da jornada mensal, incluindo o Descanso Semanal Remunerado(DSR).

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HORA EXTRACONCEITO É o trabalho realizado em sobretempo à jornada normal do empregado, seja legal ou convencional.

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HORA EXTRAVALOR CF/1988,7º, XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; Instrumentos coletivos ou o contrato de trabalho podem prever percentual mais favorável do trabalhador.

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HORA EXTRAHABITUAL – INCORPORAÇÃO Principio: As parcelas habituais incorporam ao salário para todos os fins.

Para efeito de Horas Extras, habitual é o que se concretiza sendo prestado durante pelo menos 1 ano.

Supressão: Em tese, não haveria como suprimir.

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HORA EXTRAHABITUAL – INCORPORAÇÃOSolução jurisprudencial SUM-291 HORAS EXTRAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.

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HORA EXTRAHABITUAL – REFLEXOSINDENIZAÇÃO POR ANTIGUIDADE SUM-24 SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO Insere-se no cálculo da indenização por antigüidade o salário relativo a serviço extraordinário, desde que habitualmente prestado.

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HORA EXTRAHABITUAL – REFLEXOSGRATIFICAÇÃO DE NATAL SUM-45 SERVIÇO SUPLEMENTAR A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo da gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090, de 13.07.1962.  

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HORA EXTRAHABITUAL – REFLEXOS  • DSR e feriado: Lei nº605/1949, Art.7º e Súmula 172-TST • Aviso Prévio: art.487,§5º,CLT • FGTS: Súmula 63-TST (independente de habitualidade) • Férias mais 1/3: art.142,§5º,CLT

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HORA EXTRACÁLCULO HORA NORMALMódulo 44 horas semanaisVALOR DA HORA EXTRA BÁSICA

Remuneração maisAdicionais habituais (Súmula 132 e 60-TST)Divide por 220 horasAcresce pelo menos mais 50% (CF/1988,7º, XVI)

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HORA EXTRACÁLCULO COMISSIONISTASALÁRIO VARIÁVEL SUM-340 COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas.

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HORA EXTRACÁLCULO COMISSIONISTAMESMO PARA QUEM RECEBE POR PRODUÇÃO  OJ-SDI1-235 HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada faz jus à percepção apenas do adicional de horas extras.

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HORA EXTRACÁLCULO COMISSIONISTASALÁRIO MISTO (fixo mais comissões) Parcela fixa: horas extras mais 50%

Cálculo feito com base no divisor 220h.

Parcela variável: somente o acréscimo de 50%.

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HORA EXTRAMINUTOS DE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA CLT, 58, § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.  Exemplo de Súmula que alterou a leiSUM-366 CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal. (

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HORA EXTRATROCA DE UNIFORMELANCHE, HIGIENE PESSOAL E GINÁSTICA Se for facultativo: não é hora extra.Se for obrigatório ou convencional: conta como jornada e paga hora extra, se for o caso.

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HORA EXTRAJORNADA “IN ITINERE”CONCEITO É o lapso de tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, usando condução fornecida pelo empregador, computado como jornada de trabalho, no caso de local de trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte público.

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HORA EXTRAJORNADA “IN ITINERE”REQUISITOS -Transporte fornecido pelo empregador-Local de trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte público regular.

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HORA EXTRAJORNADA “IN ITINERE”FUNDAMENTAÇÃO LEGAL SUM-90 HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho....V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.

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HORA EXTRAJORNADA “IN ITINERE”FUNDAMENTAÇÃO LEGAL CLT, § 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)

 

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HORA EXTRAJORNADA “IN ITINERE”CARACTERÍSTICA IMPORTANTE O lapso de tempo computa-se do momento em que o empregado toma a condução fornecida pelo empregador, não incluindo eventual deslocamento anterior ou posterior usando transporte público regular. SUM-90 IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.

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HORA EXTRAJORNADA “IN ITINERE”CARACTERÍSTICA IMPORTANTE Transporte público regular significa haver razoável oferta de transporte com início e final de jornadas compatíveis com essa oferta.  Mera insuficiência de transporte público não gera jornada “in itinere”.

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HORA EXTRAJORNADA “IN ITINERE” SUM-90 II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere".  III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.

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COMPENSAÇÃO DE JORNADAPERMISSIVO CONSTITUCIONAL Serve para compensar a ausência de prestação de trabalhos em certos dias ou aos sábados (semana inglesa). Se o acordo for válido e firme, só são horas extras as excedentes às horas normais e aos períodos destinados à compensação. CF/1988,7º,XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

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COMPENSAÇÃO DE JORNADA -Não se aceita acordo tácito.-Deve ser estabelecida pelo menos em acordo individual e escrito. SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADAI. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

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COMPENSAÇÃO DE JORNADA O acordo individual não prevalece sobre norma coletiva impeditiva. SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADAII. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário.

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COMPENSAÇÃO DE JORNADA Caso de não dilatação da jornada máxima semanal paga-se somente o adicional incidente nas horas feitas a título de compensação. SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADAIII. O mero não-atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

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COMPENSAÇÃO DE JORNADA -Horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação.-As horas extras além do módulo semanal são pagas com acréscimo.-As horas destinadas à compensação já se consideram pagas no principal devendo-se somente o acréscimo.Obs.: Se o acordo fosse respeitado não haveria o pagamento do adicional para as horas emcompensação.

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COMPENSAÇÃO DE JORNADA SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADAIV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.

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BANCO DE HORAS  Art.59, CLT.A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. § 2o  Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

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BANCO DE HORAS  Estabelece blocos temporais de 1 ano para compensação de horas extraordinárias.

O sistema deve ser pactuado por acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Não pode ultrapassar o limite de 10 horas diárias.

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BANCO DE HORAS Repercussões

-Observado o sistema, as horas suplementares trabalhadas no regime compensatório são pagas como horas normais (sem acréscimo).

-Caso não observado o sistema, as horas suplementares diárias são pagas com acréscimo previsto no art.7º,XVI, CF/1988.

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BANCO DE HORASADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Não se aplica a Estados e Municípios não podem celebrar acordos coletivos sindicais, pois não podem gerar normas convencionais.No entanto a compensação mensal estabelecida no art.7º,XIII é mais benéfica ao empregado e se confunde com o Banco de Horas.Portanto, é plenamente aplicável.CF/1988, Art.7º, XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

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BANCO DE HORASMENORES DE 18 ANOS. O art.413,I, CLT, já previa possibilidade.Portanto, aplicável ao menor. Art. 413 - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acôrdo coletivo nos têrmos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro inferior legalmente fixada; (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

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BANCO DE HORASMENORES DE 18 ANOS. Aplica-se também o art.384, CLT.

Fundamento: CLT, Art. 384 - Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho. 

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BANCO DE HORASATIVIDADES INSALUBRES Exige prévia licença da autoridade competente ou por acordo ou convenção coletiva de trabalho

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BANCO DE HORASATIVIDADES INSALUBRES CLT, Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.

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BANCO DE HORASATIVIDADES INSALUBRES SUM-349 ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO EM ATIVIDADE INSALUBRE, CELEBRADO POR ACORDO COLETIVO. VALIDADEA validade de acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de jornada de trabalho em atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho (art. 7º, XIII, da CF/1988; art. 60 da CLT).

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JORNADA DE TRABALHOEMPREGADOS DISPENSADOS DE CONTROLE Art.62, CLTExclui:- aquelas que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho- os exercentes de cargos de gestão: gerentes, diretores e chefes de departamento ou filial.

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FUNDAMENTO LEGAL CLT,Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (Redação dada pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)        I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)        II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)        Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)

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JORNADA DE TRABALHOEMPREGADOS DISPENSADOS DE CONTROLEATIVIDADES EXTERNAS Necessário que não haja possibilidade de controla da jornada. Exemplos de formas de controle:-Roteiro programado de entregas/tarefas.-Acompanhamento por supervisor.

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JORNADA DE TRABALHOEMPREGADOS DISPENSADOS DE CONTROLE - ATIVIDADES EXTERNASCONTROLE: TACÓGRAFO OJ-SDI1-332 MOTORISTA. HORAS EXTRAS. ATIVIDADE EXTERNA. CONTROLE DE JORNADA POR TACÓGRAFO. RESOLUÇÃO Nº 816/1986 DO CONTRAN (DJ 09.12.2003) O tacógrafo, por si só, sem a existência de outros elementos, não serve para controlar a jornada de trabalho de empregado que exerce atividade externa

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FUNÇÃO DE CONFIANÇA Noção clássica de Mario de La Cueva

“São funções de confiança aquelas cujo exercício colocasse em jogo a própria existência da empresa, seus interesses fundamentais, sua segurança e a ordem essencial ao desenvolvimento de sua atividade”. 

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FUNÇÃO DE CONFIANÇAApós Lei nº 8966/1994, que alterou o CLT,62: -Alterou-se o tipo legal do detentor de cargo em confiança.-Tarifou a diferença salarial em 40% comparado ao cargo efetivo.-Referiu o exercício de função de gestão.-Enquadrou chefes de departamento ou filial a cargos de gestão.-Diretores continuam como cargos de confiança “a priori”. 

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FUNÇÃO DE CONFIANÇAApós Lei nº 8966/1994, que alterou o CLT,62: Não há necessidade de outorga de representação, como na redação anterior

MEMÓRIA: Antiga redação do CLT,62...b) os gerentes, assim considerados os que investidos de mandato, em forma legal, exerçam encargos de gestão, e, peIo padrão mais elevado de vencimentos, só diferenciem aos demais empregados, ficando-lhes, entretanto, assegurado o descanso semanal

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FUNÇÃO DE CONFIANÇA CLT, Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (Redação dada pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)        I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)        II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)        Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)

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FUNÇÃO DE CONFIANÇAEFEITOS NA JORNADA Não se consideram horas extras as que excedem o limite legal constitucional.

A natureza dos poderes por prerrogativa da função é incompatível com o controle de jornada.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOATIVIDADE CONTÍNUA DE DIGITAÇÃO Portaria MTE 3751/1990NR 17 - Ergonomia 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: a)...

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Portaria MTE 3751/1990 NR 17 - Ergonomia b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8 (oito) mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; (117.033-3 / I3)

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Portaria MTE 3751/1990 NR 17 - Ergonomia c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; (117.034-1 / I3)

d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; (117.035-0 / I3)

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Portaria MTE 3751/1990NR 17 - Ergonomia Entendimentos1. Corrente desfavorávelArgumento: Norma que estabelece jornada de trabalho editada por autoridade incompetente. Reserva legal do Legislativo.

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Portaria MTE 3751/1990NR 17 - Ergonomia Entendimentos2.Corrente favorávelArgumentos: a.A NR17 só estabelece o tempo de exposição à digitação ininterrupta e não a jornada de trabalho.b.A norma é constitucional consoante o CF,7º, XXII “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;”

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOTRABALHADORES EM MINAS DE SUBSOLO CLT, Art. 293 - A duração normal do trabalho efetivo para os empregados em minas no subsolo não excederá de 6 (seis) horas diárias ou de 36 (trinta e seis) semanais.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOINTERIOR DE CÂMARAS FRIGORÍFICAS CLT,Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOINTERIOR DE CÂMARAS FRIGORÍFICAS CLT,Art. 253 Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOTELEFONISTAS CLT, Art. 227 - Nas empresas que explorem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos operadores a duração máxima de seis horas contínuas de trabalho por dia ou 36 (trinta e seis) horas semanais. 

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOREGRA GERAL Jornada de 6 horas, de segunda a sexta, com 30 minutos de intervalo.

CLT, Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana. § 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos para alimentação.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOREGRA ESPECIAL -Funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes-Requisito: receber gratificação de 1/3 do salário do cargo efetivo.CLT,224,§ 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIO

-Além da 8ª hora é sobrejornada extra.

SUM-102 BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava. (ex-Súmula nº 232- RA 14/1985, DJ 19.09.1985)

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CARGOS DE CONFIANÇA BANCÁRIA Não se confunde com o cargo de confiança do CLT,62,II. O cargo de confiança bancário possui regramento próprio.CLT,224,§2º. Não se exige do cargo de confiança bancária a mesma extensão do cargo de confiança geral.

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CARGOS DE CONFIANÇA BANCÁRIA O cargo de confiança geral exige poderes de gestão.

O cargo de confiança bancário exige poderes de direção ou chefia.

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CARGOS DE CONFIANÇA BANCÁRIA O gerente geral de agência ou gerente distrital poderá, sendo o caso, ser enquadrado no CLT,62,II, possuindo poderes de gestão gerais maiores que o de direção bancária.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOCAIXA – CARGO DE CONFIANÇA BANCÁRIA SUM-102 BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOCARGO DE CONFIANÇA BANCÁRIA7ª E 8ª HORAS JÁ REMUNERADAS

SUM-102 BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA II - O bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis. (ex-Súmula nº 166 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982)

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOCARGO DE CONFIANÇA BANCÁRIAGratificação legal mas menor que convencional SUM-102 BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOCARGO DE CONFIANÇA BANCÁRIANÃO RECEBE GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO

SUM-102 BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3.  

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOGERENTE DE AGÊNCIA E GERENTE GERAL SUM-287 JORNADA DE TRABALHO. GERENTE BANCÁRIO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOPRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS SUM-199 BANCÁRIO. PRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário.v. Conceito de salário complessivo.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOPRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS SUM-91 SALÁRIO COMPLESSIVONula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.

INTELIGÊNCIA: Não ser determinável o valor de cada parcela paga, por ausência de dicriminação.

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JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHOBANCÁRIOADVOGADO SUM-102, V Advogado. Cargo de confiança. Jornada de trabalho. CLT, art. 224, § 2º. (incorporação da OJ 222 da SDI-1)V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOCONCEITO Sistema que alterna, em cada semana, quinzena ou mês, a prestação de trabalho do empregado, cobrindo todo o dia e toda a noite.

A CF/1988 procurou restringir sua utilização em razão do prejuízo de saúde que os trabalhadores experimentam.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOCONCEITO Antes da CF/1988, a jornada de trabalho nesses sistema era de 8 horas (equivalente a 3 turnos, cobrindo 24 horas de atividade).

Após a CF/1988, 7º,XIV, a jornada passou a ser de 6 horas por turno, reduzindo a jornada individual e aumentando o número de turnos por dia de 3 para 4.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOFUNDAMENTO LEGAL

|1ª semana| 2ª semana| 3ª semana| 4ª semana| 1ª turno 2º turno 3º turno 4º turno __________ _________ __________ _________das 00h00 das 6h00 das 12h00 das 18h00às 6h00 às 12h00 às 18h00 às 00h00

Resultado: grande transtorno físico, mental e social para o trabalhador.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOFUNDAMENTO LEGAL

CF/1988,7º,XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

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TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO NEGOCIAÇÃO COLETIVAVALIDADE SUM- 423 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOTURNOS COBRINDO 24 HORAS DO DIA Nos termos da OJ-SDI1-360, a jornada não precisa se desenvolver as 24 horas do dia, bastando que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno.

Justificativa: A alternância de horário prejudicial à saúde. 

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOTURNOS COBRINDO 24 HORAS DO DIA OJ-SDI1-360 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TURNOS. HORÁRIO DIURNO E NOTURNO. CARACTERIZAÇÃO Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOFERROVIÁRIOS SUBMETIDOS A ESCALAS DE ALTERNÂNCIADEVIDAS OJ-SDI1-274 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FERROVI-ÁRIO. HORAS EXTRAS. DEVIDAS (inserida em 27.09.2002) O ferroviário submetido a escalas variadas, com alternância de turnos, faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOHORISTA Devido pagamento além da 6ª como horas extras.

Exceção: fixação de jornada por instrumento coletivo.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOHORISTA OJ-SDI1-275 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORISTA. HORAS EXTRAS E ADICIONAL. DEVIDOS Inexistindo instrumento coletivo fixando jornada diversa, o empregado horista submetido a turno ininterrupto de revezamento faz jus ao pagamento das horas extraordinárias laboradas além da 6ª, bem como ao respectivo adicional.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOINTERVALO INTRAJORNADA Irrelevante concessão de intervalo intrajornada.

Interessa o desgaste da saúde do trabalhador nesse sistema de trabalho. 

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOINTERVALO INTRAJORNADA SUM-360 TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA E SEMANAL A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de reveza-mento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988.

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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTOINTERVALO ENTREJORNADAS SUM-110 JORNADA DE TRABALHO. INTERVALONo regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional

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TRABALHO EM REGIME PARCIALCONCEITO É o regime de duração não excedente a 25 horas semanais.

CLT, Art. 58-A.  Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

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TRABALHO EM REGIME PARCIALJORNADA DIÁRIA A lei não define jornada diária, somente semanal.

CLT, Art. 58-A.  Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

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TRABALHO EM REGIME PARCIALJORNADAS ESPECIAIS PREVISTAS EM LEIINAPLICABILIDADE

Somente aplicado a empregados cujo regime normal seja de 8 horas diárias.

Não se aplica a regimes especiais de jornada previstos em lei. Ex. Jornalistas. CLT, Art. 58-A, § 1o  O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.

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TRABALHO EM REGIME PARCIALALTERAÇÃO DE REGIME DE EMPREGADOS REGULARES

Empregados com regime de 8 horas diárias podem adotar o regime parcial mediante negociação coletiva.

CLT, Art. 58-A, § 2o  Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.  

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QUESTÕES DE PROVADA MAGISTRATURA DO TRABALHO

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA 35 – Leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta, arespeito do cargo de confiança trabalhista:

I. Para a caracterização do “gerente” excluído do regime da duração do trabalho nadicção legal, é necessário que a diferença salarial em favor do cargo de confiançanão seja inferior a 40% do salário cabível ao respectivo cargo efetivo.

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA II. A última alteração legislativa produzida na conceituação do “gerente” excluído doregime da duração do trabalho suprimiu o requisito anterior da investidura demandato.

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA II. A última alteração legislativa produzida na conceituação do “gerente” excluído doregime da duração do trabalho suprimiu o requisito anterior da investidura demandato.

Correto

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA 36 – Sobre o cargo de confiança especial bancário, leia as afirmações abaixo e, emseguida, assinale a alternativa correta: I. O cargo de confiança bancária tem tipificação mais acentuada em relação ao cargode confiança geral e tem, por consequência, poderes de mando marcadamente maisextensos.

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA II. O cargo de confiança bancária exige, para sua tipificação, o pagamento de gratificação não inferior a um terço da remuneração do cargo efetivo.

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA III. Segundo a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho, o bancárioexercente de cargo de confiança bancária não tem, pelo só recebimento dagratificação, remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis, porqueisso configura salário complessivo.

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA IV. Segundo a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho, o advogadoempregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo deconfiança bancária.

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA V. Segundo a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho, o caixaexecutivo bancário que trabalha em jornada de oito horas e recebe gratificaçãoconforme a lei não tem direito a horas extras.

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA CORRETAIV. Segundo a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho, o advogadoempregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo deconfiança bancária.

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA 37 – José exerceu, no Banco Democrático, cargo de confiança bancária com efetivos poderes de fiscalização, em jornada de 8 às 12 horas e de 13 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. Recebia gratificação legal de 1/3, embora a ConvençãoColetiva da categoria previsse seu pagamento como sendo de metade da remuneração. ...

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA Dispensado sem justa causa, ajuizou reclamação trabalhista para postular o pagamento das diferenças de gratificação e, cumulativamente, dasétima, oitava e nona horas como extras. Assinale a opção que for mais correta, segundo a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho, considerando provadas as alegações: 

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA a) José terá todos os direitos reconhecidos: diferenças de gratificação e horas extras.b) José terá parcialmente os direitos reconhecidos: diferenças de gratificação e sétima e oitava horas extras diárias.c) José terá parcialmente os direitos reconhecidos: diferenças de gratificação e nona hora extra diária.d) José terá parcialmente os direitos reconhecidos: todas as horas extras.e) José não terá direito reconhecido, porque exerce cargo de confiança bancária 

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA a) José terá todos os direitos reconhecidos: diferenças de gratificação e horas extras.b) José terá parcialmente os direitos reconhecidos: diferenças de gratificação e sétima e oitava horas extras diárias.c) José terá parcialmente os direitos reconhecidos: diferenças de gratificação e nona hora extra diária.d) José terá parcialmente os direitos reconhecidos: todas as horas extras.e) José não terá direito reconhecido, porque exerce cargo de confiança bancária 

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA 55) Assinale a assertiva correta em relação aos enunciados de I a V, observadas a legislação pertinente e a consolidação jurisprudencial do c. TST:I – O caixa bancário executivo, ao perceber gratificação igual ou superior a um terço,é considerado como exercente de cargo de confiança, não fazendo jus a recebercomo extraordinárias as horas prestadas após a 6ª diária, até o limite de 8 (oito),conforme sumulado pelo c.TST.

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA II – Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais seequiparam os diretores e chefes de departamento, não estão sujeitos a limitemáximo de jornada de trabalho, desde que percebam, como salário do cargo deconfiança, valor não inferior ao salário do cargo efetivo acrescido de, pelo menos,40% (quarenta por cento).

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TRT 3ª REGIÃO - 2009 1ª ETAPA III – A carga horária semanal do bancário, que não se enquadre na exceção do §2º doart. 224 da CLT, é de 30 (trinta) horas, sendo o quociente de divisão mensal de 180.

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TRT 09 CONC. XXII 1ª ETAPA 51 Assinale a alternativa que não traduz o entendimento sumulado do TST a respeito dosbancários: a) as empresas de crédito, financiamento ou investimento, também denominadasfinanceiras, equiparam-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art. 224da CLT;

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TRT 09 CONC. XXII 1ª ETAPA b) para o bancário mensalista sujeito à jornada de 6 (seis) horas o salário-hora écalculado com base no divisor 180 e para o bancário sujeito à jornada de 8 (oito)horas (art. 224, §2°, da CLT) o divisor é 220;

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TRT 09 CONC. XXII 1ª ETAPA c) o advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exercecargo de confiança, não se enquadrando, portanto na hipótese prevista no § 2° doart. 224 da CLT.

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TRT 09 CONC. XXII 1ª ETAPA d) integra a remuneração do bancário a vantagem pecuniária por ele auferida nacolocação ou na venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes aomesmo grupo econômico, desde que seja exercida essa atividade no horário e nolocal de trabalho e com o consentimento expresso do banco empregador;

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TRT 09 CONC. XXII 1ª ETAPA e) o caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Seperceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, elaremunera apenas a maior responsabilidade do cargo, e não as duas horasextraordinárias além da sexta.

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TRT 09 CONC. XXII 1ª ETAPA 58 Assinale a alternativa incorreta: e) durante as horas de sobreaviso o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade nas mencionadas horas.

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