análise crítica da jurisprudência (sÚmula 331 e oj 383 tst) gabriel lopes coutinho filho...
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Análise Crítica da Jurisprudência (SÚMULA 331 e OJ 383 TST)
Gabriel Lopes Coutinho FilhoFEV/2016
Não há legislação sobre a terceirização. (Há projetos de Lei tramitando no Congreso Nacional)
LEGISLAÇÃO
EMPREGADOREPERCUSSÃO FINANCEIRACustos da folha de salários. Regime CLT
Conforme metodologia: 102% da folha
ENCARGOS SOBRE O SALÁRIO PAGO CHEGAM A
75% da folha
QUAL O PRINCIPAL PROBLEMA DA TERCEIRIZAÇÃO?
Fraude: uso intencional de artifícios para deixar de cumprir obrigações legais, lesando terceiros.
RISCO DE FRAUDE
BREVE ANÁLISE DE CUSTOSExemplo: Cargo: Vigia na Indústria e no serviço terceirizadoFonte: DataFolha – dez/2009 – Menores salários apurados.
Salário R$..Custo corretode R$.........Até R$........
5
734,00
1.043,09 1.288,24
577,00
983,21 983,21
c/ margem bruta 20% da terceirizada
TerceirizadoCLT
-6%
-40%
-24%
BREVE ANÁLISE DE CUSTOS Exemplo: Cargo: Vigia na Indústria e no serviço terceirizadoFonte: DataFolha – dez/2009 – Menores salários apurados.
Salário R$..Custo corretode R$.........Até R$........
6
734,00
1.043,09 1.288,24
CLT
734,00
1.251,71 1.251,71
c/ margem bruta 20% da terceirizada
Terceirizado
HIPÓTESE: TODOS
NA MESMA BASE:
0%
+20%
-2%SEM BENEFÍCIOS
CONVENCIONAIS DO TOMADOR
BREVE ANÁLISE DE CUSTOS HÁ TERCEIRIZADAS QUE OFERECEM SERVIÇOS COM APENAS
Salário R$..Custo ?de R$.........Até R$........
7
734,00
1.043,09 1.288,24
CLT
577,00
750,10 755,10
c/ margem bruta 30% da terceirizada
Terceirizado
0%
-28%
-41%SEM BENEFÍCIOS
CONVENCIONAIS DO TOMADOR
30% DE ENCARGOS
SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TST
Mecanismos legais que tornam mais ágil e célere o andamento processual face à segurança jurídica das decisões, apontando o entendimento dos Tribunais para questões fortemente demandadas perante a Justiça.
É uma ferramenta facilitadora da aplicação do Direito.
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SÚMULA Nº 331 (Jurisprudência consolidada do TST)
VISÃO DO TST SOBRE A TERCEIRIZAÇÃO
SÚMULA Nº 331 - TSTCONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
SÚMULA Nº 331 - TSTCONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
TODA TERCEIRIZAÇÃO, EM PRINCÍPIO, É ILEGAL, SALVO PARA TRABALHO TEMPORÁRIO.
SÚMULA Nº 331 - TSTII - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
SÚMULA Nº 331 - TSTII - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
ÓRGÃO PÚBLICO EXIGE CONCURSO DE PROVAS E/OU TÍTULOS.
SÚMULA Nº 331 - TSTIII - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
SÚMULA Nº 331 - TSTIII - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
SERVIÇOS DE LIMPEZA CONSERVAÇÃO E LIMPEZA SERVIÇOS ESPECIALIZADOS INEXISTENTE PESSOALIDADE E SUBORDINAÇÃO.
SÚMULA Nº 331 - TSTIV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993).
HIPÓTESE DE FRAUDE:O TRABALHADOR É EMPREGADO DA EMPRESA TOMADORA
TRATA-SE DE FRAUDE TRABALHISTA.
RELEVANTE
SE NÃO HOUVER FRAUDE:O TRABALHADOR TEM ALGUMA GARANTIA DE SEUS DIREITOS PELA FIGURA DA SUBSIDIARIEDADE DO TOMADOR.
RELEVANTE
SUBSIDIÁRIA É A RESPONSABILIDADE CIVIL QUE SE ASSEMELHA À RESPONSSABILIDADE DO AVALISTA OU FIADOR.
RELEVANTE
OJ-SDI1-383 TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI N.º 6.019, DE 03.01.1974 (DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974.
POLÊMICA
Questão da ementa e do corpo da Orientação Jurisprudencial do TST
POLÊMICA
EXAME: Questão da ementa e do corpo da Orientação Jurisprudencial do TST
Podemos afirmar que a OJ 383 é aplicável a empregados de empresas privadas prestando serviços a outras empresas privadas?
QUESTÃO
EMENTA:OJ-SDI1-383 TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI N.º 6.019, DE 03.01.1974 (DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)
QUESTÃO
EMENTA:OJ-SDI1-383 TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI N.º 6.019, DE 03.01.1974 (DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)
NADA FALA SOBRE LIMITAÇÃO
QUESTÃO
CORPO:A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974.
QUESTÃO
ATENÇÃO“não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974. “
QUESTÃO
ATENÇÃO“não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974. “
Expressão: “Aplicação analógica do art. 12,“a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974. “
QUESTÃO
Lei n.º 6.019, de 03.01.1974. “
Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas Empresas Urbanas, e dá outras Providências.
Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;
QUESTÃO
Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974.“Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;
LEI QUE SE APLICA A EMPREGADOS EM EMPRESAS URBANAS. EMPRESAS PRIVADAS
QUESTÃO
Portanto:Ao aplicar a lei de forma analógica: aplica a empresa/órgão público os mecanismos da empresa privada.
QUESTÃO
Portanto:Ao aplicar a lei de forma analógica: aplica a empresa/órgão público os mecanismos da empresa privada.
quem pode o mais (aplicar a ente público, que possui regime especial) pode aplicar ao menos (empresa privada).
QUESTÃO
ortanto:
CONCLUSÃO:A OJ 383 do TST abre a possibilidade de aplicar a empresas privadas o mecanismos de isonomia salarial aos trabalhadores terceirizados em comparação com os trabalhadores regulares, evitando a fraude trabalhista.
QUESTÃO