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Page 1: Drogas vasoativas
Page 2: Drogas vasoativas

CIEN – Curso Técnico em Enfermagem

Nome: Lindiane Eloisa de Lima.

Nome: Maria Aparecida Alves.

Nome: Silvia Cristina de Miranda Afonso.

Drogas Vasoativas

Introdução

São todas as drogas que atuam no sistema vascular periférico, pulmonar ou cardíaco, de forma direta ou indireta. Mesmo em pequenas doses possuem efeito rápido através de receptores do endotélio vascular. O principal objetivo na utilização de drogas vasoativas é otimizar a relação entre a oferta de oxigênio e o seu consumo na corrente sanguínea para que seja distribuída adequadamente para os demais órgãos na tentativa de preservar a função bioquímica celular do corpo. Sendo portanto, empregada em pacientes mais graves e de uso corriqueiro em Unidades de Terapia Intensiva.

As drogas mais utilizadas são as catecolaminas também chamadas de aminas simpatomiméticas, dentre as mais conhecidas e utilizadas desse grupo estão a adrenalina, noradrenalina, dopamina e dobutamina que serão apresentadas ao longo desse trabalho.

Catecolaminas

As catecolaminas produz efeito secretório e inibitório ao sistema nervoso periférico e ações no sistema nervoso central, estimula a respiração e o aumento da atividade psicomotora. Efeitos excitatórios ao exercidos por células dos músculos lisos dos vasos que fornecem sangue á pele e ás membranas e mucosas, enquanto efeitos inibitórios ocorrem em células de músculos lisos na parede do estômago, nas árvores brônquicas dos pulmões e vasos que fornecem sangue aos músculos esqueléticos.

As catecolaminas são compostos químicos derivados do aminoácido tirosina, codificado pelo código genético e um dos componentes do ser humano secretados e produzidos pelo fígado a partir da fenilalanina, a tirosina produzida é transportada por neurônios secretores e após uma série de reações se convertem em dopamina, norepinefrina e por fim em epinefrina.

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Drogas vasoativas:

Dopamina

A dopamina é um precursor endógeno de norepinefrina com propriedades simpaticomiméticas. Deve ser dada por infusão contínua endovenosa devido a sua curta meia-vida e é inativada por alcalinizantes. Sua ação é dose dependente, podendo estimular receptores dopa, beta e alfa minérgicos.

Apresentação: Revivan: 1ml = 5000mcgr.

Efeito dopaminergico: ação vasodilatadora sobre circulação mesentérica, renal, coronária, cerebral e esplênica.

Efeito betaminérgico: estimula receptores beta, produzindo aumento da contratilidade miocárdica, do fluxo coronáriano com consequente melhora da pressão arterial média e do débito cardiaco.

Efeito alfaminérgico: estimula receptores alfa, provocando vasoconstrição periférica com aumento da resistência vascular sistêmica, da pressão arterial média, da FC e da pressão arterial pulmonar, além de diminuir o fluxo renal e mesentérico.

Efeitos colaterais: taquicardia e aumento da resistência vascular sistêmica e da pressão arterial pulmonar.

Dobutamina

A dobutamina é um análogo sintético da dopamina com predominante efeito beta 1 e fraco efeito beta 2. Não depende de liberação endógena de catecolamina para sua ação. Seus efeitos se devem a sua ação direta sobre o miocárdio, tendo muito pouca ação vascular periférica. Causa, portanto, aumento do débito cardíaco e altera muito pouco a pressão arterial e a FC.

Apresentação: Dobutrex: 1ml = 12.500gr.

Efeitos colaterais: arritmia, hipertensão sistêmica, hipotensão e dor torácica.

Epinefrina

A epinefrina é o produto final da síntese das catecolaminas. Dependendo da dose, pode estimular receptores alfa e beta . É um potente agente inotrópico e sua maior desvantagem é taquicardia e aumento da resistência vascular sistêmica. Deve ser usado em falência cardíaca que não respondem a drogas de primeira escolha.

Em doses baixas afeta predominantemente os receptores beta, resultando em efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos. Em doses altas estimula os receptores alfa, resultando em vasoconstrição vigorosa com aumento da PAM e da pressão diastólica e da frequência cardíaca. Este efeito é a chave de sua eficiência em resuscitação.

Apresentação: Adrenalina: 1ml = 1000mcgr.

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MILRINONE

O milrinone é um novo agente cardiotônico que tem efeito inotrópico positivo e vasodilatação periférica. No miocárdio, o aumento do AMP cíclico, potencializa a liberação de cálcio para o sistema contrátil, que induz aumento da contratilidade. Aumento de AMP cíclico nas artérias e veias diminui a captação de cálcio por esses vasos, induzindo vasodilatação.

Apresentação: Primacor: 1ml = 1000mcgr.

Efeito: diminuição da pressão capilar pulmonar, da pressão do átrio direito e da resistência vascular sistêmica. Débito cardíaco é usualmente aumentado, mas pode ficar inalterado. FC e PA são usualmente inalteradas pela droga. Os estudos sugerem que, em pacientes com severa insuficiência cardíaca, a droga pode não induzir efeito inotrópico positivo, mas melhorar as condições hemodinâmicas através da vasodilatação.

Efeitos colaterais: trombocitopenia, arritmia, hipotensão, reações gastrointestinais (náuseas e vômitos) e hepatotoxicidade.

ISOPROTERENOL

O isoproterenol é uma catecolamina sintética, que estimula predominantemente os receptores beta e praticamente sem qualquer efeito sobre os receptores alfa. Seu efeito benéfico no débito cardíaco é devido a sua ação cronotrópica. Desse modo ele aumenta o débito cardíaco e a FC e diminui a resistência vascular sistêmica.

Provavelmente Isoproterenol é útil em situações em que o baixo débito cardíaco é associado a bradicardia. Por causa do seu pronunciado efeito beta 2, há uma significante vasodilatação periférica e uma queda acentuada da pressão arterial média.

Apresentação: Isuprel.

NITROPRUSSIATO DE SÓDIO

O nitroprussiato atua através de uma dilatação arteriolar direta. Ele reduz a resistência vascular sistêmica afetando predominantemente a resistência dos vasos e diminui o retorno venoso pelo aumento da capacitância venosa.

Provavelmente a mais clara indicação para o uso do nitroprussiato no período neonatal é no tratamento de crianças com insuficiência cardíaca congestiva. Os efeitos colaterais são íntimos, principalmente diminuição da pressão arterial.

Apresentação: Nipride.

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ATROPINA

A atropina é um antagonista competitivo da acetilcolina no músculo liso e cardíaco e em várias células glandulares, levando a aumento da FC, redução da motilidade e do tônus gastrointestinal, retenção urinária, cicoplegia e diminuição da salivação e da sudorese.

É usada em bradicardia sinusal, reanimação cardiopulmonar, revisão de bloqueio neuromuscular e pré-operatório para inibir salivação e secreção de vias respiratórias.

Apresentação: ampolas de 0,25, 0,5 e 1mg.

Efeitos colaterais: xerostomia, visão borrada, midríase, taquicardia, palpitações, tremores, hipertermia e retenção urinária.

PROSTAGLANDINAS

As prostaglandinas são substâncias derivadas do ácido aracdonico, através da mediação do complexo enzimático ciclooxygenase. Várias prostaglandinas são produzidas por este ciclo, mas de interesse clínico temos duas:

Prostaglandinas I2 ( PGI 2 ), também chamada prostacyclin: potente vasodilatador, principalmente pulmonar, protetor do endotélio vascular e inibidor da agregação plaquetária.

Prostaglandinas E ( PGE ), também chamada prostyn, responsável pela patência do ducto arterial, pelos movimentos respiratórios fetais e pelo início das contrações uterinas.

O PROSTYN tem sido usado em mal formações cardíacas congênitas em que é essencial a manutenção do canal arterial patente.

Apresentação: Prostyn: 500 mcg/ml.

Efeitos colaterais: cardiovasculares: vasodilatação cutânea. Arritmias e hipotensão, SNC: hipertermia, tremores e convulsões, depressão respiratória.

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Noradrenalina

A noradrenalina (NA) é o neurotransmissor do sistema nervoso simpático e precursor da adrenalina. A NA possui atividade tanto no receptor alfa, como beta 1 adrenérgico, com pouca ação sobre receptores beta 2. Dependendo da dose utilizada, obtém-se aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da FC e importante vasoconstrição periférica, com aumento da PA.

É também vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e pulmonar, e deve ser usada com prudência, em pacientes com hipertensão pulmonar.

A noradrenalina é uma droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos potentes. Além disso, essa potente droga vasoativa é quase sempre utilizada durante as manobras da ressuscitação cardiopulmonar (RCP), como droga vasoconstritora.

Apresentação: Ampola de 4 ml.

Efeitos adversos: decorrem da sua potente ação vasoconstrictora, podendo ocorrer prejuízo na perfusão dos órgãos, diminuição do volume urinário, necrose e ulcerações cutâneas, ansiedade, dispnéia, palpitações, angina do peito e cefaléia.

Adrenalina

A adrenalina é um hormônio endógeno, largamente produzido pela supra-renal e liberado em resposta ao estresse. Essa droga vasoativa é um potente estimulador alfa e beta adrenérgico, com notáveis ações sobre o miocárdio, músculos vasculares e outros músculos lisos, cujo efeito vasopressor é muito conhecido.

As principais indicações da adrenalina incluem estados de choque circulatório que não respondem às outras catecolaminas menos potentes, em particular no choque cardiogênico, quando de uso combinado com agentes redutores da pós-carga. Durante as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, é o agente farmacológico de efeito vasoconstritor mais eficaz.

Apresentação: ADRENALINA   BRAUN   1mg/ml .

Efeitos adversos: pode provocar lesões cutâneas importantes. Além disso, há as reações desagradáveis como tremor, ansiedade, tensão, cefaléia,vertigem, dificuldade respiratória, hipertensão grave,hemorragia cerebral, arritmias (principalmente ventriculares) e angina pectoris.

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Dopexamina

A dopexamina é uma catecolamina sintética com atividade dopaminérgica e beta 2 agonista, com fraco efeito beta 1 adrenérgico e ausência de efeitos em receptores alfa. Quando comparada à dopamina, a dopexamina tem menor potência (1/3 da ação) ao estimular receptores dopaminérgicos, ao passo que seus efeitos beta 2 são cerca de sessenta vezes mais potentes.

A dopexamina pode ser utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca aguda, insuficiência cardíaca congestiva, pode também, ser utilizada no choque séptico, em associação com a noradrenalina, na tentativa de prevenção da insuficiência renal, aguda e no incremento do fluxo mesentérico e da perfusão gastrintestinal.

Apresentação: Ampolas de 50 mg.

Efeitos Colaterais: Náuseas, vômitos, arritmias e angina “pectoris” podem ocorrer quando da sua utilização.

Amrinone

A amrinone é um derivado bipiridínico com efeito cardiotônico e inotrópico. O seu mecanismo de ação está ligado à inibição potente e seletiva da fosfodiesterase FIII, aumentando a concentração intracelular de AMP cíclico, nas células cardíacas.

A amrinone é particularmente benéfica na terapêutica da insuficiência cardíaca refratária e grave, vez que ocorre uma redução na pós-carga e um aumento na contratilidade cardíaca.

Apresentação: 1 ampola - 20mL com 100mg (5mg/mL).

Efeitos colaterais: A droga pode produzir trombocitopenia reversível, em aproximadamente 4% dos pacientes. Hipotensão arterial, severa e arritmias ventriculares, que obrigam a suspensão da infusão, podem ocorrer.

Fenilefrina

O Cloridrato de Fenilefrina mantém um nível de pressão sangüínea adequado durante a anestesia por inalação e espinhal e para o tratamento de insuficiência vascular em choques, estados similares a choque, hipotensão e hipersensibilidade induzidas por drogas. É também utilizada para reverter a taquicardia paroxística supraventricular, para prolongar a anestesia espinhal e como vasoconstritor em analgesia regional.

Apresentação: Fenilefrin.

Efeitos Colaterais: Cefaléia, bradicardia reflexa, excitabilidade, insônia e raramente arritmias.

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Levosimendan

A levosimendana intensifica a sensibilidade das proteínas contráteis ao cálcio através da ligação com a troponina C cardíaca, de modo dependente do cálcio. A levosimendana melhora a força de contração, mas não prejudica o relaxamento ventricular. Além disso, a levosimendana abre os canais de potássio sensíveis ao ATP no músculo liso vascular, induzindo assim à vasodilatação de vasos arteriais sistêmicos e coronarianos, bem como de vasos de capacitância venosa sistêmica.

Apresentação: SIMDAX

Efeitos colaterais: Taquicardia ventricular, hipotensão, cefaleia, fibrilação atrial.

Assistência de Enfermagem

Utilizar sempre que possível bombas de infusão, pois desencadeiam importantes alterações hemodinâmicas;

Controlar PA e FC no intervalo máximo de 60 minutos, para que possamos detectar e/ou corrigir alterações hemodinâmicas.

Sua infusão deve ser feita em veias calibrosas, evitando-se necrose e exsudatos, por extravasamento da droga;

Por ser droga vasoativas potente, sua administração deve ser feita com bomba de infusão, em microgotas, com controle rigoroso do gotejamento;

Deve-se verificar a pressão arterial do paciente antes do início da infusão da droga e de 30/30 minutos, durante o tempo de uso;

Controle do débito urinário rigoroso

Bibliografia:

http://www.cerebromente.org.br/ http://www.pdamed.com.brhttp://www.fmrp.usp.br/revista/1998/vol31n3/o_uso_drogas_vasoativas.pdfhttp://www.ineti.med.br/aulas_pdf/terapia/drogas_vazoativas.pdfhttp://www.slideshare.net/galegoo/aula-de-drogas-vasoativashttp://www.abbottbrasil.com.brhttp://www.pdamed.com.br/asspacgra/pdamed_0011_0020_00700.php