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DPS1037 – SISTEMAS DA QUALIDADE II ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – CT/UFSM Morgana Pizzolato, Dr a . Aula 04 – Introdução ao CEP

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DPS1037 – SISTEMAS DA QUALIDADE IIENGENHARIA DE PRODUÇÃO – CT/UFSM

Morgana Pizzolato, Dra.

Aula 04 – Introdução ao CEP

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23/8/2010

Cronograma parcial Cronograma parcial Cronograma parcial Cronograma parcial –––– DPS1037DPS1037DPS1037DPS1037

DataDataDataData AulaAulaAulaAula ConteúdoConteúdoConteúdoConteúdo10/ago 1 Introdução à Engenharia da Qualidade12/ago 2 Revisão de estatística17/ago 3 Exercícios - Revisão de estatística19/ago 4 Introdução ao controle estatístico da qualidade24/ago 5 CC para variáveis (média e amplitude) e estudos de capacidade26/ago 6 Exercícios - CC para variáveis (média e amplitude) e estudos de

capacidade

2

capacidade 31/ago 7 CC para variáveis (média e desvio; mediana e amplitude; valores

individuais e amplitude)2/set 8 Exercícios - CC para variáveis (média e desvio; mediana e

amplitude; valores individuais e amplitude)7/set7/set7/set7/set FeriadoFeriadoFeriadoFeriado

9/set 9 CC para atributos14/set 10 Exercícios - CC para atributos16/set 11 Aplicativos computacionais para CEP21/set21/set21/set21/set21/set21/set21/set21/set 1212121212121212 Prova 1Prova 1Prova 1Prova 1Prova 1Prova 1Prova 1Prova 1

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TÓPICOS DESTA AULA

Teorema do Limite Central (TLC)

Introdução ao Controle Estatístico da ProcessoPassos de implementação

23/8/2010

Passos de implementação

Causas comuns x especiais

Introdução à carta de controle (CC)

Procedimento iterativo de melhoria

3

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TEOREMA DO LIMITE CENTRAL

Soma de nnnn variáveis xxxxiiii independentes (e sua média) seguem o modelo de uma distribuição Normal, independentemente da distribuição das variáveis individuais

23/8/2010

das variáveis individuais

Distribuições individuais não muito diferentes da Normal tem boa

aproximação com n n n n = 4 ou 5

muito diferentes da Normal, então n ≥ 30

4n

yyyx

yyyx

n

n

+++=

+++=

21

21

n

(1,0)x e x Nɶ

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ENTENDENDO MELHOR O TLC

23/8/2010

n

n

Distribuição

uniforme

xkx=

2x=

5

n

n

n

n

n

Distribuição

exponencial

1x=

xkx=

2x=

1x=

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TEOREMA DO LIMITE CENTRAL

Exemplo 1:

x = lançamento de um dado

Ω = 1; 2; 3; 4; 5; 6

f(x) = 1/6 x∀ 1 6

1/6

x

f(x)

23/8/2010

f(x) = 1/6 x

Exemplo 2:

x = média dos lançamentos de dois dados

Ω = 1; 1,5; 2; 2,5; 3; 3,5; 4; 4,5; 5; 5,5; 6

f(x) = N(3,5; 1,582)

∀ 1 6

6

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TEOREMA DO LIMITE CENTRAL

10 dado 20 dado Soma Média 10 dado 20 dado Soma Média

1 1 2 1,0 5 2 7 3,5

1 2 3 1,5 3 4 7 3,5

2 1 3 1,5 4 3 7 3,5

1 3 4 2,0 2 6 8 4,0

3 1 4 2,0 6 2 8 4,0

2 2 4 2,0 3 5 8 4,0

23/8/2010

2 2 4 2,0 3 5 8 4,0

1 4 5 2,5 5 3 8 4,0

4 1 5 2,5 4 4 8 4,0

3 2 5 2,5 3 6 9 4,5

2 3 5 2,5 6 3 9 4,5

1 5 6 3,0 4 5 9 4,5

5 1 6 3,0 5 4 9 4,5

2 4 6 3,0 4 6 10 5,0

4 2 6 3,0 6 4 10 5,0

3 3 6 3,0 5 5 10 5,0

1 6 7 3,5 5 6 11 5,5

6 1 7 3,5 6 5 11 5,5

2 5 7 3,5 6 6 12 6,07

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TEOREMA DO LIMITE CENTRAL

Média de

dois dadosFreqüência

1,0 1

1,5 2

2,0 3

f(x)f(x)

5/365/36

6/366/36

23/8/2010

2,0 3

2,5 4

3,0 5

3,5 6

4,0 5

4,5 4

5,0 3

5,5 2

6,0 11,01,0 1,51,5 3,53,52,52,52,02,0 3,03,0 6,06,04,04,0 4,54,5 5,05,0 5,55,5

1/361/36

2/362/36

3/363/36

xx

4/364/36

8

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TEOREMA DO LIMITE CENTRAL

Exemplo: um pesquisador deseja saber média da idade dos alunos de

pós-graduação. A população dos alunos é:

29 35 28 43 35 21 49 41

23/8/2010

39 28 35 52 39 35 35 26

55 42 57 60 44 40 38 46

34 50 32 36 28 20 36 23

29 ... 2337,84

32N

xiµ+ +∑

= = =

( ) ( )2 22 29 37,84 ... 23 37,84( )

10,0332

ix

N

µσ

− + + −−= = =

9

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TEOREMA DO LIMITE CENTRAL

Supondo que não fosse possível analisar a população inteira e os dados

fossem coletados por amostras de tamanho n = 4

29 35 28 43 35 21 49 41

39 28 35 52 39 35 35 26

55 42 57 60 44 40 38 46

23/8/2010

55 42 57 60 44 40 38 46

34 50 32 36 28 20 36 23

média amostral ( ) 39,25 38,75 38,00 47,75 36,50 29,00 39,50 34,00 37,84 médias das médias ( )

desvio amostral ( s ) 11,27 9,43 12,99 10,47 6,76 10,03 6,45 11,22 5,33 desvio das médias ( )

39,25 ... 34,0037,84

8

ixx

k

+ += = =∑

33,518

)84,3700,34()84,3725,39(

1

)( 222

=−

−++−=

−=∑ ⋯

k

xxixσ

84,37== xµ

x x

01,54

03,10ˆ

33,5

===

=

nx

x

σσ

σ

xx σσ ≅ˆ

observado

aproximação10

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TEOREMA DO LIMITE CENTRAL

A média das médias amostrais é igual a média dos valores

individuais

Desvio-padrão das médias é menor do que o desvio-padrão dos

valores individuais na razão de1 n

µ=x

23/8/2010

valores individuais na razão de

LCI LCSLNI LNSµ=x

σ

f(x)

x

1 n

nx

σσ =ˆ

11

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TEOREMA DO LIMITE CENTRAL

Limites naturais: limites da distribuição dos valores individuais

Limites de controle: limites da distribuição das médias

Limites de especificação: determinado pelo cliente

23/8/2010

LCI LCS LNI LNS µ = x

x σ

σ

f(x)

x

12

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O CEPCEPCEPCEP TRABALHA A MÉDIA DAS AMOSTRAS QUE TENDEM À DISTRIBUIÇÃO NORMALParâmetros e estimadores no CEP

Média: representa a média da amostra: representa a média das médias amostrais: representa a média dos valores individuais da população

23/8/2010

µxx

Desvio-padrão: representa o desvio-padrão da amostra: representa o desvio-padrão das médias amostrais: representa o desvio-padrão dos valores individuais da população

Tamanho de amostra: representa o tamanho da amostra: representa o tamanho de uma série de kkkk amostras de tamanho nnnn

13

σσ xs

Nn

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INTRODUÇÃO AO CEPCEPCEPCEP

Conjunto de ferramentas de resolução de problemas para obter: estabilidade (eliminação de causas especiais) dos processos melhoria da sua capacidade (centralização no alvo)

7 ferramentas do CEP

23/8/2010

7 ferramentas do CEP Histograma Folha de controle Gráfico de Pareto Diagrama de causa e efeito Diagrama de concentração de defeito Diagrama de dispersão Carta de controle

14

Foco da disciplinaFoco da disciplinaFoco da disciplinaFoco da disciplina

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O QUE É UMA CARTA DE CONTROLE?

É a representação gráfica de uma variável de resposta ou de um fator controlável que influencia uma determinada característica da qualidade versus tempo (ou no da amostra)

23/8/2010

qualidade versus tempo (ou n da amostra) monitorar a presença de causas especiais (causas

que não são comuns ao processo e podem prejudicar a qualidade do produto/serviço)

Pode ser utilizada para realizar a inspeção por amostragem do processo

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ONDE UTILIZAR UMA CC?

23/8/2010

Processo

Sistema de Medida

16

Sistema de Medida

Detectar causa especial

Identificar causa

raiz do problema

Implementar ação

corretiva

Verificar e acompanhar

Variabilidade

Plano de ação para fora

de controle

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PORQUE UTILIZAR AS CC?

Para que o processo seja monitorado pelos próprios operadores

Para auxiliar o processo a atingir: alta qualidade, baixo custo unitário; alta capacidade efetiva; consistência e previsibilidade

23/8/2010

consistência e previsibilidade Para ter uma linguagem comum para discutir o

desempenho do processo Para distinguir claramente entre causas comuns e

causas especiais Para guiar as ações locais ou gerenciais

17

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CAUSAS COMUNS

São diferenças mínimas peça-a-peça devida a pequenas causas de variação que atuam de forma aleatória no processo, gerando uma variabilidade inerente no processo Em geral só podem ser resolvidas por uma

23/8/2010

Em geral só podem ser resolvidas por uma ação global sobre o sistema

Os operadores estão em boa posição para identificá-las, mas a sua correção exige decisão gerencial

18

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O QUE FAZER COM AS CAUSAS COMUNS?

A correção pode não se justificar economicamente Um processo que apresenta apenas causas comuns

atuando é dito um processo estável ou sob controle, pois apresenta sempre a mesma variabilidade ao longo do tempo

23/8/2010

do tempo pequenas imperfeições no equipamento, design inadequado de um produto, processos que estão funcionado mas não estão otimizados, compra sistemática de materiais com baixa qualidade, inexistência de treinamento, falta de padronização das operações ...

19

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CAUSAS ESPECIAIS

Não seguem um padrão aleatório e por isso também são chamadas de causas assinaláveis

Fazem com que o processo saia fora de seu padrão natural de operação e têm um efeito

23/8/2010

padrão natural de operação e têm um efeito indesejável significativo sobre o desempenho do processo

20

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O QUE FAZER COM AS CAUSAS ESPECIAIS?

Devem ser identificadas e neutralizadas Em geral são corrigidas por ação local e, por isso, são

de responsabilidade dos operadores (apesar de algumas vezes a gerência estar em melhor posição para resolver o problema)Sua eliminação se justifica economicamente

23/8/2010

Sua eliminação se justifica economicamente Máquina ajustada ou operada de maneira inadequada, Alteração gradual no processo – falta de manutenção

(tendências), Erros do operador, Lote de matéria-prima com problema, Quebra de equipamento de medição ...

21

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CAUSAS COMUNS X CAUSAS ESPECIAIS

23/8/2010

AspectoAspectoAspectoAspecto EspecialEspecialEspecialEspecial ComunComunComunComun

Investimento Pequeno Grande

Visibilidade do problema

Grande: a natureza súbita chama a atenção de todos

Pequena: a natureza contínua faz com que todos se acostumem ao problema

22

Ação requerida Restabelecer o nível anterior Mudar para nível melhor

Dados Simples, coleta rotineira e muito frequente

Complexos, coleta especial e pouco frequente

Análise Simples e feita por pessoal próximo ao processo

Complexa e feita por pessoal técnico

Responsabilidadepela ação

Operadores (pessoal próximo ao processo)

Pessoal da gerência

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CAUSAS COMUNS X CAUSAS ESPECIAIS

Se apenas as causas comuns estão presentes, o comportamento do processo é estável e previsível

23/8/2010

previsível

Se causas especiais estão presentes, o comportamento do processo não é estável, e não é previsível

23

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CAUSAS COMUNS X CAUSAS ESPECIAIS

23/8/2010

Lembrar que as distribuições podem variam quanto:

centralização variabilidade forma

Exemplos de processos fora

de controle – presença de

causa especial

24

Tendência na média

Variabilidade constante

Deslocamento na média

Variabilidade constante

Média estável

Aumento da variabilidade

Média instável

Variabilidade instável

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CAUSAS COMUNS X CAUSAS ESPECIAIS

23/8/2010

Processo sob controle

(estável – somente causas comuns)Tempo

Controle de Processo

25

Dimensão

Processo fora de controle

(instável – surgimento de causas especiais)

LC LCILCS Limites de

controle

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CAUSAS COMUNS X CAUSAS ESPECIAIS

23/8/2010

Tempo

Processo sob controle e capaz

Capacidade de Processo

(quando o processo estiver sob controle)

26

Dimensão

Tempo

metaLIE

LSELimites de especificação

(fornecido pelo cliente ou projeto)

Processo sob controle

(variação excessiva devido às causas comuns)

(redução de causas comuns)

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CAUSAS COMUNS X CAUSAS ESPECIAIS

23/8/2010

Causa comum Causa especialxx σ3+

x

xx σ3−x=µ

27

x

xσ3+

xσ3−

LCS

LC

LCI

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Como implantar o uso das CC num processo?

23/8/2010

Como implantar o uso das CC num processo?

28

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ESTABELECER UM AMBIENTE FAVORÁVEL A AÇÃO

Preparar as pessoas

Definir responsáveis

Assegurar suporte gerencial

23/8/2010

Assegurar suporte gerencial

29

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DEFINIR O PROCESSO

Entender o processo, pessoas, procedimentos,

matérias-primas e equipamentos envolvidos

Identificar as etapas do processo

23/8/2010

Identificar os fornecedores e clientes

Identificar os parâmetros do processo,

variáveis de resposta e as características de

qualidade

30

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DETERMINAR AS CARACTERÍSTICAS A SEREM MONITORADAS

Enfatizar o que é mais importante para o cliente Identificar as características críticas para

segurança/uso Identificar características com problemas crônicos

23/8/2010

Identificar características com problemas crônicos Sempre que possível, escolher monitorar

parâmetros do processo e não características finais de qualidade

Estudar possíveis correlações entre os parâmetros do processo e as características de qualidade

31

Projeto de Experimentos é a ferramenta

adequada para essa tarefa

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DEFINIR O SISTEMA DE MEDIÇÃO

Determinar qual informação, onde e com que freqüência coletar

Definir o modo de registro das informações

Determinar a exatidão e a resolução

23/8/2010

Determinar a exatidão e a resolução necessárias dos instrumentos de medição

Definir como será a calibração dos instrumentos de medição

32

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MINIMIZAR A VARIABILIDADE DESNECESSÁRIA

Identificar causas externas de variabilidade que são óbvias e eliminar estas causas antes de iniciar o estudo

23/8/2010

33

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VARIABILIDADE

A variabilidade está sempre presente em todos os produtos duas unidades quaisquer, produzidas pelo mesmo

processo, jamais serão exatamente idênticas

A diferença pode ser:

23/8/2010

A diferença pode ser: Pequena sendo praticamente imperceptível (causa comum)

Grande provocando o aparecimento de produtos não-conformes/defeituosos (causas especiais)

A CC cria um critério estatístico para atuação no processo quando causas especiais estão presentes

34

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NUM PROCESSO: EXCESSO OU FALTA DE AÇÕES SÃO PREJUDICIAIS

A meta de um sistema de controle do processo é permitir as decisões corretas referentes a quando agir sobre o processo

A atuação em causas comuns como se fossem causas especiais pode levar a um aumento da variação, além de representar um custo desnecessário (erro tipo I,

23/8/2010

representar um custo desnecessário (erro tipo I, probabilidade α, ou risco do produtor)

Causas especiais podem passar como despercebidas (causas comuns) incorporando-se ao resultado do processo, ou seja, tornando aceitável o que deveria ser rejeitado (erro tipo II, probabilidade β, ou risco do cliente)

35

αβ −= 1LIC

α/2

LSC

β α/2

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ESCOLHA DOS LIMITES DE CONTROLE

↑ L ↓ erro tipo I (α) – risco do ponto cair fora dos LC indicando condição fora de controle quando o processo está sob controle

Pα/2(L ≥ 3) = 0,00135 e Pα/2(-3 ≤ L) = 0,00135

Pα(-3 ≤ L ≥ 3) = 0,0027 ou seja 27 pontos em 10.000 serão considerados como fora de controle (alarmes falsos)

23/8/2010

considerados como fora de controle (alarmes falsos)

↑ L ↑ erro tipo II (β) – risco do ponto cair dentro dos LC quando o processo está na verdade fora de controle

Pβ(-3 ≤ L ≤ 3) = 0,9973 ou seja 9973 pontos em 10.000 serão considerados em controle

36

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EXEMPLO

Em uma fábrica de anéis de pistão para motores de automóveis, a característica crítica é o diâmetro interno do anel. Historicamente, o processo apresenta µ = 74 mm e σ = 0,01 mm.

23/8/2010

processo apresenta µ = 74 mm e σ = 0,01 mm. A coleta de dados ocorre a cada hora com amostras de tamanho n = 5. Quais são os LC supondo 3σ?

37

±

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TESTE DE HIPÓTESE PARA OS LC

23/8/2010

0 0

1 0

:

:

H

H

µ µ

µ µ

=

/2 /2 /2ˆ

x xLCS Z Z Zn

α α α

σµ σ µ σ µ= + ≅ + = +

38

/2 /2 /2ˆ

x x

n

Linha Central

LCI Z Z Zn

α α α

µ

σµ σ µ σ µ

=

= − ≅ + = −

Região onde

H0 é aceita

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23/8/2010

/2

0,0174 3 74 3 0,0045 74,0135

5

74

0,0174 3 74 3 0,0045 73,9865

5

LC Zn

LCS

Linha Central

LCI

α

σµ= ±

= + = + × =

=

= − = − × =

Amostras horárias n = 5

39

Distribuição medidas

individuais

x ~ N (74; 0,012)

Distribuição das médias

amostrais

~ N (74; 0,00452)x

Amostras horárias n = 5

LCS

LCI

Linha central

xσ3+

xσ3−

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TAMANHO DA AMOSTRA E FREQUENCIA DE AMOSTRAGEM

↑ n ↑ p (detectar pequenas mudanças)

↑ freqüência de amostragem ↑ p (detectar mudanças)

Ideal amostras grandes com alta freqüência

23/8/2010

Ideal amostras grandes com alta freqüência não é viável economicamente

Dicotomia: ↓ n ↑ freqüência

↑ n ↓ freqüência

40

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PROCEDIMENTO ITERATIVO DE MELHORIA

23/8/2010

Coleta de dadosColeta de dadosColeta de dadosColeta de dados

Cálculo dos LCCálculo dos LCCálculo dos LCCálculo dos LC

Rotina

Melhoria

41

MonitoramentoMonitoramentoMonitoramentoMonitoramento

Avaliação da Avaliação da Avaliação da Avaliação da capacidade do capacidade do capacidade do capacidade do

processoprocessoprocessoprocesso

Ação local: sobre

as causas especiais

Ação no sistema: sobre

as causas comuns

Melhoria

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PASSO 1 – COLETA DE DADOS

O processo é colocado em funcionamento e se coleta dados referentes à característica em estudo. Esses dados podem ser: Dimensões de uma peça usinada

23/8/2010

Dimensões de uma peça usinada

Número de defeitos em um circuito impresso

Viscosidade de um produto químico

Resistência de um componente

Peso de um refrigerante

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PASSO 2 – CÁLCULO DOS LC

Calcula-se a média, o desvio padrão amostral e então os LC poderão ser definidos

23/8/2010

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/2 /2 /2

/2 /2 /2

ˆ

ˆ

x x

x x

LCS Z Z Zn

Linha Central

LCI Z Z Zn

α α α

α α α

σµ σ µ σ µ

µ

σµ σ µ σ µ

= + ≅ + = +

=

= − ≅ + = −

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PASSO 3 – MONITORAMENTO

Tarefa do dia-a-dia (rotina) Os dados continuam sendo coletados e são

graficados na carta de controle Enquanto apenas as causas comuns estão

presentes, o esperado é que os pontos graficados

23/8/2010

presentes, o esperado é que os pontos graficadospermaneçam dentro dos LC

Um ponto fora dos LC é uma indicação da provável presença de causas especiais, e deve ser investigado

As causas especiais devem ser eliminadas

44

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PASSO 4 – AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE

Após a eliminação de todas as causas especiais o processo estará funcionando em controle estatístico

pode-se avaliar sua real capacidade

O processo pode ser representado por uma

23/8/2010

O processo pode ser representado por uma distribuição de probabilidade forma, tendência central (média) e dispersão (desvio-

padrão)

A capacidade é a habilidade do processo em atender as especificações do cliente

45

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CAPACIDADE DO PROCESSO???

23/8/2010

LIE LSE

Processo não capaz e descentralizadoProcesso não capaz e descentralizado

Processo não capaz e centralizadoProcesso não capaz e centralizado

Ajuste de máquina

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LIE LSE

LIE LSEMeta

Processo capaz e centralizadoProcesso capaz e centralizado

Programa de treinamento, revisão de procedimentos

Troca de fornecedor (matéria prima de maior qualidade)

Investigação de novos parâmetros de processo (projeto de

experimentos)

Re-design do produto

Troca de processo (nova tecnologia)

Negociação com o cliente por limites mais largos

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ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO DA DISCIPLINA

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