UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A RESPONSABILIDADE SOCIO-AMBIENTAL COMO
INSTRUMENTO PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE
VIDA
Por PENHA MARIA OLIVEIRA FÁBER
Orientadora
Profª. Drª MARY SUE PEREIRA.
Rio de Janeiro, abril de 2008
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A RESPONSABILIDADE SOCIO-AMBIENTAL COMO
INSTRUMENTO PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE
VIDA
Apresentação de monografia à
Universidade Candido Mendes como requisito
parcial para obtenção do grau de especialista em
Gestão Pública...
Por: PENHA MARIA OLIVEIRA FÁBER
3
AGRADECIMENTOS
.
Os agradecimentos são muitos:
A Deus que me permitiu chegar até
aqui.
Aos familiares e amigos, Marcos
José Guerrero, Luiz Felipe Monteiro de
Paula, aos Professores Mary Sue
Pereira, Paulo Costa e à Anamaria
Alvarez Xavier, por terem contribuído
muito com este trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico à minha mãe – Dª Leides -
que me guiou nos meus primeiros passos
da vida, aos meus familiares e à minha
amiga – que foi fundamental - Doutora
Joselina da Silva, que muito incentivaram
em momentos em que pensei desistir.
5
RESUMO
O presente trabalho procura trazer subsídios para o debate acerca da
Responsabilidade Social das Empresas e Sócio-Ambiental na Administração
Pública, mais particularmente aqui citados os Tribunais Regionais do Rio de
Janeiro
Alguns já bem à frente e outros ainda no início, mas um trabalho com
muito engajamento, através de comissões criadas e formadas por alguns
servidores públicos .
Ao abordarmos a responsabilidade social e ambiental no serviço público,
queremos apontar que há uma forte e grande vontade de colocar em prática
algo, que ainda encontra-se em um processo bem lento e inicial.
Encontram-se em andamento muitos projetos, que certamente com a
conscientização de todos poderá se transformar num grande êxito.
6
METODOLOGIA
O presente trabalho se baseou em um conteúdo teórico
sobre o tema proposto, através de livros, revistas, textos, internet e outros.
Após o levantamento dos textos, houve a necessidade de realizar
uma pesquisa documental e bibliográfica, com reflexões acerca do tema lido.
Foi priorizada a metodologia qualitativa buscando ter respaldo
teórico em todas os questionamentos realizados. Assim como também foi
priorizada a construção teórica-metodológica do objeto de estudo, sendo
realizado um levantamento bibliográfico - analítico sobre a temática central
do objeto e de outros temas que estavam ligados a ele.
A pesquisa foi com baseada nos procedimentos técnicos
adotados: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa experimental,
de levantamento e estudo de caso.
De acordo com Demo (1994 e 2000), “...nenhum tipo de pesquisa
é auto-suficiente, pois na prática, mesclamos todos acentuando mais este ou
aquele tipo de pesquisa...".
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I –
Responsabilidade social - Visões Conceituais 10
CAPÍTULO II –
A Responsabilidade Social no contexto da Agenda Ambiental da
Administração Pública 25
CAPÍTULO III –
A Responsabilidade Sócio-Ambiental em Òrgãos Públicos no
Rio de Janeiro 32
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA 44
ÍNDICE 46
ANEXOS 48
ATIVIDADES CULTURAIS 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO 59
8
INTRODUÇÃO
Este é um trabalho a ser apresentado ao Curso de Pós-Graduação, na
disciplina MONOGRAFIA, da Professora MARY SUE PEREIRA.
O que me levou a escrever sobre este texto, foi a minha percepção no
que diz respeito a um dos temas que vêm sendo debatidos com muita
freqüência – a Responsabilidade Social e a Questão Ambiental.
Atualmente a preocupação com o bem-estar social vem, a todo
momento nos mostrar a urgente necessidade de atitudes que possam
desencadear uma melhoria na vida de cada cidadão, no que diz respeito à
educação – que engloba desde os hábitos de higiente até a consciência de
saber em quem votar – aos cuidados com o meio ambiente, o aumento da
temperatura, o tão falado aquecimento global, a poluição que prejudica de
forma absurda a vida de todos nós.
Sabemos que a saúde do planeta depende de nossas ações - das
empresas privadas, das organizações não-governamentais e também das
entidades da administração pública – em todos os seguimentos, da sociedade
como um todo, em casa, no trabalho, para que no futuro não estejamos só
vendo as espécies através de figuras estampadas nos livros, face à sua
extinção.
Como servidora pública, trabalhando no Tribunal Regional Eleitoral do
Rio de Janeiro, a partir de conversas com colegas de trabalho e de outros
órgãos públicos, pude observar que o interesse tem sido constante em diversas
ações que podem ser denominadas de Responsabilidade Social, para
implementá-las, conforme a disponibilidade de cada órgão do serviço público.
Então ocorreu-me a idéia de procurar saber mais, através de pesquisa
sobre um tema que considero tão fascinante e atual.
A seguir, o assunto será abordado de maneira que demonstre como está
sendo desenvolvido o esforço no serviço público, também no TRE do Rio de
Janeiro e que, embora muito no início, não poderia ficar à parte, já que a sua
9 responsabilidade é grande no que diz respeito à cidadania e também ao meio
ambiente.
Apesar de pequena ainda, o mais importante é que já está começando a
nossa mobilização.
No capítulo I, serão abordadas de uma forma geral, as visões
conceituais de Responsabilidade Social nas organizações, em algumas
épocas.
No capítulo II, a abordagem é de como a Administração Pública vem
atuando na Responsabilidade Social no seguimento Ambiental, através de
Agendas que servem para nortear suas ações.
O capítulo III, abordará a responsabilidade social no seguimento
ambiental, em alguns Tribunais Regionais do Rio de Janeiro no ambiente
interno, com os esforços e engajamento dos servidores.
10
CAPÍTULO I
RESPONSABILIDADE SOCIAL
VISÕES CONCEITUAIS
Inicialmente falaremos um pouco sobre Responsabilidade Social de
uma forma geral.
Podemos citar a responsabilidade social empresarial analisando dois
períodos: o primeiro, no início do Século XX até 1950 e o segundo, com uma
visão contemporânea, dessa década até os dias atuais, abrangendo também o
desenvolvimento sustentável.
No primeiro período já acontecia a transição da economia agrícola
para a industrial, cuja evolução em tecnologia e a aplicação da ciência na
organização do trabalho, acabaria modificando o processo de produção.
A preocupação das organizações com atitudes de cunho social, teve
início no século XX, com o filantropismo. Além dessa prática, passaram a ser
desenvolvidos outros conceitos como os trabalhos voluntários, a
responsabilidade social corporativa e finalmente, o desenvolvimento
sustentável.
A ideologia predominante era o liberalismo - doutrina econômica
baseada na livre iniciativa - que de acordo com Adam Smith, pondo em
concorrência os interesses de lucro pessoal, a indústria cresceria de tal
maneira que as trocas iriam gerar muitos frutos.
A visão clássica da responsabilidade social incorporava os princípios
liberais, chegando a influenciar como as empresas agiriam, socialmente,
passando assim a definir as mais importantes responsabilidades das mesmas
em relação aos agentes sociais da época.
11 Citando Fernando Guilherme Tenório:
Pelo liberalismo a interferência do Estado na
economia seria um obstáculo à concorrência,
elemento essencial ao desenvolvimento econômico
e cujos benefícios seriam repartidos por toda a
sociedade.
O Estado seria o responsável pelas ações sociais,
pela promoção da concorrência e pela proteção da
propriedade. Já as empresas deveriam buscar a
maximização do lucro, a geração de empregos e o
pagamento de impostos ( TENÓRIO, 2007, p.
14,15).
Para Tenório, a ingerência do Estado na economia, seria uma forma de
atrapalhar a concorrência, importante componente para o desenvolvimento que
viria proporcionar vários benefícios, cuja divisão viria representar melhoria
para toda a sociedade.
Então o Estado cumpriria sua parte com as ações sociais, promovendo
as concorrência e proteção da propriedade.
Caberia às empresas o papel de criar empregos, buscar o máximo de lucro e
obviamente, o pagamento de impostos.
Galbraith (1982) argumenta que nesse período o mercado era formado
por empresas de pequeno porte, em regime de concorrência perfeita, baseadas
numa tecnologia estável e acessível, e com pouquíssimo poder de influenciar
individualmente o mercado.
O patrimônio da companhia confundia-se com o patrimônio do dono. O
objetivo era ter o máximo de lucros, e expressava a vontade dos acionistas
(Tenório, 2007 p.15).
12 A modificação do processo produtivo acontecendo com a evolução
tecnológica e pela aplicação da ciência na organização do trabalho, foi também
outro fator que ajudou a aumentar a discussão do conceito de responsabilidade
social empresarial.
Suas conseqüências contribuíram para mexer com as relações de trabalho da
época, vindo a ocasionar debates a respeito das obrigações das empresas em
relação a seus empregados.
A prática de ações sociais pelas empresas além de não ser estimulada,
pelo liberalismo, ainda era condenada, pois era vista como caridade, o que em
nada contribuía para o desenvolvimento econômico, tampouco seria
responsabilidade das empresas.
Pode-se dizer que, no início do século XX, a ato filantrópico era o que
podia considerar responsabilidade social e mesmo assim de cunho pessoal,
pois era caracterizado por doações de empresários ou quando da criação de
fundações tais como a Ford, Rockfeller, Guggenheim.
Mas mesmo com a administração científica e o liberalismo contribuindo
para o crescimento da produção, acabou gerando a degradação da qualidade
de vida, causando enormes problemas ambientais e cada vez mais nas
relações de trabalho.
Então a partir daí, iniciou um movimento da sociedade no sentido de pressionar
tanto Governo quanto as empresas, a fim de solucionarem problemas da
industrialização.
Pode-se então considerar que o conceito de responsabilidade social
passou a fazer parte dos principais agentes e a ser entendido não somente
como a criação de empregos, pagamento dos impostos, obtenção de lucros,
mas chamando também atenção para o cumprimento das obrigações legais
relativas a questões trabalhistas e ambientais. Esta é a primeira dimensão da
responsabilidade social sugerida por Martinelli (2000).
13 Até a década de 1950, a responsabilidade social assume dimensão
estritamente econômica e é entendida como a capacidade empresarial de
geração de lucros, criação de empregos, pagamento dos impostos e
cumprimento de obrigações legais, sendo assim, a representação clássica do
conceito (Tenório, 2007, p.18).
No segundo período, quando da implementação do NEW DEAL
(http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2769u40.jhtm) em 1933, por
Franklin Roosevelt, com o objetivo de superar a depressão americana, esta
mesma economia começou a crescer e acumular capital.
Iniciou-se um período marcado pela intervenção do Estado na economia,
chegando até a década de 1970. Aconteceu então a confirmação do modelo
industrial assim como sua superação na década de 1950.
Tais fatos passaram a criar questionamentos da sociedade em relação
ao objetivo da máxima dos lucros, também do formato das empresas numa
nova sociedade, e também ampliando a visão de Responsabilidade Social
Empresarial. (Tenório, 2007, p.18).
Segundo Keynes, em carta ao Presidente Roosevelt em 1936, era
necessário primeiro aumentar a demanda dentro do próprio país, uma vez que,
conseguido este resultado o comércio exterior aumentaria consideravelmente.
(NEW DEAL -‘novo ajuste’- este foi o nome dado ao amplo programa
que Franklin Roosevelt implantou nos Estados Unidos da América no período
de 1933 a 1937, para revitalizar a economia daquele país, apoiar e melhorar a
vida dos americanos prejudicados pela grande depressão)
14 Como que formando um ciclo, o aumento pela criação de bens de capital
poderia aumentar ainda mais a demanda; conseqüentemente geraria um
aumento de bens de consumo, e dessa forma, havendo equilíbrio entre a
produção e o consumo, a renda per capita aumentaria.
Vale ressaltar que, a transição do processo de produção criou novos conceitos
em valores da sociedade.
1.1 - Filantropia Empresarial
Este termo significa ‘amor à humanidade ou ao próximo’ dando a
entender que é uma atitude altruísta, também relacionado à caridade (cristã),
algo que é feito de forma desprendida.
A atuação filantrópica de uma empresa pode ser encarada como uma ação
social de caráter caridoso e, provavelmente, apenas por um determinado
período.
Pode acontecer através de doações financeiras ou até mesmo materiais, tanto
para as instituições sociais quanto para a comunidade.
É bom lembrar que, a filantropia não significa que as empresas na sua
atuação filantrópica estejam agindo de forma a respeitar o meio ambiente,
praticando e desenvolvendo a cidadania, e, dando o respeito merecido aos
direitos de seus empregados.
1.2 - Cidadania empresarial
Esta expressão é comumente usada a fim de que se demonstre o
engajamento da empresa, nos programas sociais com a participação da
comunidade, através do incentivo ao trabalho voluntário, compartilhamento da
capacidade de gerir, das parcerias com as associações e do investimento que
15 é feito nos projetos sociais, quer seja, nas áreas de saúde, educação e meio
ambiente.
Pode-se então afirmar que, a cidadania empresarial é o resultado das
ações internas e externas da responsabilidade social desenvolvida pelas
empresas, que quer dizer, atuação tanto no âmbito interno quanto no externo.
Entretanto, tais conceitos acabam sendo confundidos com o conceito de
responsabilidade social corporativa, que na abordagem industrial significa o
cumprimento de suas obrigações pela lei, e, o comprometimento com o
desenvolvimento.
Por outro lado, pode ser vista como o engajamento da empresa em
atividades com a comunidade.
Uma empresa convencida de sua responsabilidade
social não se restringe a cumprir rigorosamente as
leis trabalhistas. Ela avança na direção, de constituir-
se numa comunidade.
Transformar a empresa numa comunidade não
consiste apenas em recusar mão-de-obra infantil e
oferecer aos funcionários condições dignas de
trabalho e benefícios. É sobretudo, inserir no quadro
de alcance da empresa o tendão de Aquiles de todo
ser humano: a família.(FREI BETTO, 2001).
Esta citação de Frei Betto defende a idéia de que o principal objetivo a
ser atingido é o amparo social que a empresa possa oferecer às famílias no
seu entorno, levando em consideração além dos empregos, moradia,
educação, saúde, transporte, atividades locais para que os seus componentes
sintam-se respeitados e possam ter uma vida digna.
Numa terceira abordagem, pode-se afirmar que responsabilidade social
corporativa vem a ser o compromisso das empresas, no intuito de melhorar a
16 qualidade de vida de todos ligados diretamente a ela: clientes, funcionários,
fornecedores, comunidade, sociedade em geral e meio ambiente. (Tenório,
2007, p.28/31)
Para a sociedade industrial importante basicamente, era o sucesso
econômico; já para a sociedade pós-industrial importa a melhoria da qualidade
de vida - o ser humano mais valorizado, o respeito ao meio ambiente, a
organização nas empresas de múltiplos objetivos e a crescente valorização das
ações sociais tanto das empresas quanto dos indivíduos. (Tenório, 2007, p.19
apud Toffler, 1995).
Assim em linguagem contemporânea, responsabilidade social
empresarial está associada aos valores requeridos pela sociedade pós-
industrial.
Na nova concepção do conceito, existe o entendimento de que as empresas –
inseridas em ambiente complexo – cujas atividades acabam influenciando
diversos agentes sociais, comunidades e sociedade.
As atividades das empresas estão inseridas num contexto, do qual irão
depender o seu desenvolvimento e sua sobrevivência.
É do ambiente que elas conseguirão informações e recursos necessários para
que possam funcionar, e, é nele que empregam o resultado de suas
operações.
Quando ocorrem mudanças no ambiente, as operações das organizações
também sofrerão influências por causa dessas mesmas
mudanças.(ARAGÃO;KARKOTLI, 2005 apud CHIAVENTATO, 1987).
1.3 - Ambiente interno
É considerado o direto, aquele que influencia ou pode ser influenciado
por ações, cuja ligação é direta com as atividades da empresa, tais como os
dirigentes e os empregados.
17 Aos empregados cabe a parte operacional da empresa pela sua
capacidade de trabalho, esforço físico, empenho que lhes permita receber um
salário pelos serviços prestados.
Os dirigentes - são responsáveis pela implementação da política a ser
adotada para atingir objetivos e as metas da organização, o cumprimento das
leis, atitude ética como um dos elementos principais que lhes assegure a
sobrevivência.
1.4 - Ambiente externo
É o considerado o indireto, por não interagir com o funcionamento da
empresa.
São os consumidores, os fornecedores, os concorrentes, governos, grupos de
interesses especiais, sindicatos de trabalhadores, instituições financeiras.
A interação do ambiente externo com a empresa é constatada através
da troca dos seus recursos para obterem bens ou os serviços que desejam
(KARKOTLI;ARAGÃO, 2005, p. 21)
Assim, a idéia de negócio vislumbrando apenas os interesses dos
acionistas já não contam mais, pois essencial agora é a política de agregar
objetivos sociais no plano dos negócios, como integração entre empresas e
sociedade. (Tenório, 2007, p.20).
A responsabilidade social das empresas vem sendo movida por vários
fatores; o desenvolvimento da tecnologia ajudou bastante quando possibilitou a
substituição do trabalho físico e penoso dos empregados por máquinas e
equipamentos.
As empresas precisam da criatividade, do talento dos seus empregados
e não mais da sua força muscular (Tenório,2007, p.23)
Na visão de Tenório, os primeiros conceitos sobre responsabilidade
social empresarial surgem em 1950, mas somente a partir de 1970 é que a
18 discussão passa a ter mais destaque e, seguindo seu pensamento, que
Preston e Post (apud Borges, 2001:40) usam a nomenclatura de
‘responsabilidade pública’, por acharem que a responsabilidade social na
verdade é uma das funções da gestão das ‘organizações da vida pública’.
Ainda seguindo sua linha de pensamento, aparece a idéia de ‘responsividade’
social, cuja idéia principal é de que as empresas precisam obedecer às
demandas sociais para que consigam sobreviver, adequando ações
corporativas às necessidades sociais(Tenório, 2007, p. 23 apud Borges,
2001:44).
A idéia então é que, embora sendo a atividade empresarial privada, a
empresa acaba sendo prestadora de um serviço público e, automaticamente
precisa atender ao interesse público.
Podemos então, dar mais inúmeros conceitos para Responsabilidade
Social.
A partir dos anos setenta, o conceito de responsabilidade social se
transforma e deixa de atender somente aos interesses diretos da empresa.
Por se tratar de um tema relativamente novo, acaba sendo polêmico e
dinâmico, envolvendo numa ótica bem simples a geração de lucros pelas
empresas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, assim como a
implementação de ações sociais no que diz respeito ao plano de negócios das
companhias.
Com uma busca constante, se faz necessária uma modificação no
modelo tradicional de atuação das empresas, que vem acontecendo pela
sociedade, gradualmente, no sentido de que não somente seja levada em
conta a lucratividade, mas os acontecimentos no seu entorno social e, assim,
também atingir um desenvolvimento sustentável.
A sociedade está se manifestando em áreas distintas , destacando-se a
natureza ecológica – proteção ao meio ambiente e numa outra linha, valores
ligados à qualidade de vida para um maior número de indivíduos.(ARAGÃO;
KARKOTLI, 2005, p. 45)
19 Ter uma empresa socialmente responsável é um bom caminho na
administração de riscos, uma vez que, entre os seus princípios estão a
transparência e o diálogo.
A comunicação entre a empresa e o público envolvido é importante para
a identificação de problemas comuns e a busca de soluções conjuntas.
Tal diálogo pode acontecer de diversas maneiras, como a formação de
conselhos comunitários para encontros periódicos, pesquisas quantitativas ou
qualitativas e reuniões com representantes de cada grupo.
Pode-se ter então, a imagem institucional e a marca da organização
mais valorizadas, gerando confiabilidade e lealdade de todos os públicos o que
proporciona maior capacidade de recrutar e manter talentos.
A empresa adquire maior estabilidade e com isso, mais longevidade.
A Responsabilidade Social das empresas é primeiramente uma atitude
que irá refletir a ética da organização.
Podemos considerar como um comportamento ético e responsável,
buscando qualidade nas relações em que a empresa irá estabelecer com todos
os públicos envolvidos, direta ou indiretamente ligados à sua atividade,
comportamento este absorvido à orientação estratégica da mesma, refletindo
assim, em desafios éticos nas questões econômica, ambiental e social.
Uma empresa é socialmente responsável quando realiza
satisfatoriamente o papel para o qual a organização existe – o objetivo
econômico para o qual é criada, através de produtos e serviços que colaborem
para a solução de muitas das necessidades da sociedade, sendo que a
atividade dessa mesma empresa seja realizada de uma forma que contribua
com os públicos interno e externo na sociedade ali inserida.
20 Na visão de Petit (1976) :
“ É a ética do lucro dando lugar à ética da
responsabilidade social: demandas sociais que não
podem ser satisfeitas pelas técnicas tradicionais de
gerência empresarial, ou seja, com funções
especificamente econômicas”.(Karkotli, 2005, p. 57)
E também mencionando Zenisek(1979):
“Responsabilidade Social como uma preocupação
das empresas com as expectativas do público.
Seria, então, a utilização de recursos humanos,
físicos e econômicos para fins sociais mais amplos,
e não simplesmente para satisfazer interesses de
pessoas ou organizações em particular”. (Karkotli,
2005, p. 58).
Analisando o que foi citado acima, observamos que passou a existir
mais conscientização e valorização das pessoas, ou seja, um olhar direcionado
à necessidade das comunidades, do interesse público.
As empresas estão mais solidárias, e sua preocupação está centrada
em não só obter lucros, mas também atender as expectativas da sociedade e
também no que diz respeito ao meio ambiente.
A Responsabilidade Social tende a ser um processo crescente, porque
há algo sempre necessário a se fazer, o que acaba gerando um procedimento
educativo contínuo que evoluirá cada vez mais com o tempo.
Também pode-se considerar que a Responsabilidade Social de uma
empresa é uma maneira inteligente de conduzir seus negócios; ao torná-la
21 parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social, englobando
preocupações com um público maior (funcionários, prestadores de serviços,
consumidores, comunidade, meio ambiente), ela terá uma posição de
destaque.
(www.pr.senac.br/institucional/acoes_estrategicas/pets/conceito_RS.htm)
Sendo assim, a ética é o alicerce de uma empresa socialmente
responsável e por se expressar através dos princípios e valores adotados pela
mesma, torna-se importante seguir uma linha de coerência entre ação e
discurso.
No Brasil, dentre outras organizações, O Instituto Ethos é uma referência
em Responsabilidade Social:
Fundado em 1998 por empresários e executivos do setor privado, o
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização
não-governamental, com a missão de mobilizar e auxiliar as empresas a gerir
suas atividades de forma socialmente responsável, para que elas sejam
parceiras na construção de uma sociedade sustentável e mais justa.
É uma organização cuja gama de conhecimentos, trocas de experiências e
também desenvolvimento de ferramentas podem e muito, auxiliar as empresas
a fazerem uma análise de suas práticas de gestão, aprofundando seus
compromissos com a responsabilidade corporativa.
Para Emerson Kapaz, do Instituto Ethos:
Responsabilidade Social nas empresas significa uma
visão empreendedora mais preocupada com o entorno
social em que a empresa está inserida, ou seja, sem
deixar de se preocupar com a necessidade de geração de
lucro, mas colocando-o não como um fim em si mesmo,
mas sim como um meio para se atingir um
22 desenvolvimento sustentável e com mais qualidade de
vida.
E, que o primeiro passo para qualquer ação de
Responsabilidade Social passa pela conscientização dos
empreendedores e, principalmente, dos acionistas
majoritários de que, hoje, no mundo em que vivemos, o
consumidor sabe, e essencialmente, valoriza a diferença
entre empresas que são socialmente responsáveis e
outras que não têm essa preocupação.
Na visão de Emerson Kapaz a responsabilidade social de uma
determinada organização traduz a sua preocupação com o ambiente ao seu
redor, muito embora não deixe de se importar com a obtenção de lucros, mas
não o colocando como absoluto, e que através da assistência aos agentes
ligados diretamente a essa organização nas ações comunitárias que pratica,
bem-estar de seus funcionários, criando um ambiente com clima de trabalho
mais harmonioso, acaba atingindo uma forma de oferecer mais qualidade de
vida com um grau maior de desenvolvimento sustentável.
Levando-se em conta, principalmente a conscientização dos mais
variados seguimentos de empreendedores, acionistas em geral, percebendo
que na atualidade, o consumidor dá muito mais valor a empresa que cumpra a
sua parte social, pois consegue fazer um paralelo entre aquela que é
socialmente responsável e outras que ainda não despertaram para este
diferencial.
O conceito de Responsabilidade Social vem a cada dia se ampliando,
passando de filantropia, que é considerado um compromisso da empresa em
ações sociais com a comunidade, cuja finalidade é abranger todas as relações
da organização e em seu entorno: com os funcionários, os clientes, os
acionistas, seus concorrentes, meio ambiente, organizações públicas e
estatais. (Grajew, 2000 apud Melo; Froes,
2002).(http:pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_Social)
23 A Responsabilidade Social é a forma de retribuir a alguém, por algo
alcançado ou permitido, que possa vir a modificar hábitos e costumes ou até
perfil do sujeito ou local que recebe o impacto, o que pode ser exemplificado
usando o trabalho que o Banco Real faz dentro do TRE/RJ, detalhado mais à
frente.
1.5 - CERTIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
1.5.1 - NORMA AS8000
Ao implantar um sistema de Responsabilidade Social na empresa, o que
se pretende mostrar aos públicos interno e externo, é a preocupação em
proteger os direitos dos seus empregados eliminando práticas de trabalho
injustas e, acima de tudo gerindo de forma ética em tudo que leva o nome de
sua empresa.
Para que isto aconteça, existe uma certificação que auxiliará na sua
atuação, criando oportunidades através de dados, que possam ser verificados
erros e acertos, forças e fraquezas, fazendo com que cada vez mais possa
haver reciclagem e um processo de aperfeiçoamento.
Ao incorporar a Responsabilidade Social, a empresa demonstra como é
importante ser equilibrada nos seguimentos econômico, social e ambiental, e
que está comprometida num trabalho conjunto entre funcionários, comunidade
e o meio ambiente para uma melhor qualidade de vida a todos.
Sendo assim, ela deve se certificar pela da SA8000.
A SA8000 (SOCIAL ACCOUNTABILITY 8000) é uma norma
internacional de avaliação da responsabilidade social que existe para as
empresas, cujo principal objetivo é garantir o direito dos trabalhadores.
24 Foi lançada em 1997 pela CEPAA – COUNCIL ON ECONOMICS PRIORITIES
ACCREDITATION AGENCY, hoje chamada SAI – SOCIAL ACCOUNTABILITY
INTERNATIONAL(organização não-governamental americana).
Atualmente a Social Accountability 8000 (SA8000) é a primeira
certificação numa referência de responsabilidade social de empresas com
alcance global.
1.5.2 - REQUISITOS
É composta basicamente por 9(nove) requisitos:
• Não é permitido o trabalho infantil (menores de 15 anos);
• Não é permitido o trabalho forçado (retenção de documentos pela
empresa)
• As empresas devem dar condições de trabalho – saúde e segurança;
• Proteger o direito de formar associações para negociação coletiva;
• É proibida qualquer discriminação a partir de raça, origem, religião, sexo,
deficiência, orientação sexual e filiação política.
• Proibição de castigo corporal, coerção física ou mental, e ainda abuso
verbal;
• Carga horária de quarenta e oito horas trabalhadas por semana, com
pelo menos um dia de folga e o máximo de doze horas extras por
semana, cuja remuneração tem que ser diferenciada;
• Remuneração: renda suficiente para suprir as necessidades básicas
• Possuir um sistema de gestão que defina implementação efetiva pela
administração, determinando pessoas responsáveis, garantindo o efetivo
cumprimento dos requisitos, tendo como coerência os padrões de
gestão da qualidade, dando ênfase à importância de uma gestão sempre
para melhor.
25
CAPÍTULO II
A RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CONTEXTO DA
AGENDA AMBIENTAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A questão ambiental antes de mais nada, é uma variável de
sobrevivência do ser humano no planeta, tornando-se assim imprescindível em
toda e qualquer organização.
Através de atuação na área ambiental, serão reduzidos
consideravelmente os custos, pelo treinamento de seus servidores, dando-
lhes informações e meios de evitar o desperdício, o que os tornará cidadãos
mais conscientes para uma melhor existência.
2.1 - MARCO LEGAL
No Brasil, um marco histórico no desenvolvimento do Direito Ambiental,
foi quando em 1981 surgiu a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº
6.938), cujas definições legais são sobre os temas: meio ambiente, degradação
da qualidade ambiental, poluição, poluidor e recursos.
No ano de 1985, a Lei de Ação Civil Pública (Lei nº 7.347) vem para
tutelar os valores ambientais e disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, histórico, turístico e paisagístico.
Já em 1988, a Constituição da República Federativa do Brasil em seu
Capítulo VI, Art. 225, caput tem a seguinte redação:
26 TODOS TÊM DIREITO AO MEIO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO, BEM DE USO
COMUM DO POVO E ESSENCIAL À SADIA
QUALIDADE DE VIDA, IMPONDO-SE AO PODER
PÚBLICO E À COLETIVIDADE O DEVER DE
DEFENDÊ-LO E PRESERVÁ-LO PARA AS
PRESENTES E FUTURAS GERAÇÕES.
Um grande acontecimento no Brasil foi a Conferência da ONU sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro conhecida
como – a ECO/92 ou RIO/92 - que veio para mais do que sacramentar a
preocupação com as questões ambientais, e reforçar princípios e regras contra
a degradação ambiental.
Na época foram elaborados importantes documentos, dentre eles a
Declaração do Rio – com 27 princípios na intenção de interagir as pessoas com
o planeta; a Convenção sobre as Mudanças Climáticas que acabou gerando o
Protocolo de Kyoto e a Agenda 21 – instrumento diretriz do desenvolvimento
sustentável – cujos princípios básicos são para alcançar a sustentabilidade do
planeta em meados do Séc. 21.
Vale lembrar que, foi o primeiro documento do gênero que obteve
consenso internacional.
Entretanto, a proteção efetiva do meio ambiente, foi oficializada pela Lei
nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que trata dos crimes ambientais.
27 2.2 - PROGRAMA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
2.2.1 – Origem
No ano de 2001 o Ministério de Meio Ambiente lançou o Programa
‘Agenda Ambiental na Administração Pública’, cujo projeto teve início em
1999 e é conhecido pela sigla A³P.
Este programa tem o objetivo de sensibilizar os gestores públicos para
as questões ambientais, estimular a incorporar os princípios de gestão
ambiental em suas rotinas.
Para a implantação da A³P, são necessários procedimentos e atividades
que podem auxiliar para se obter resultados.
Vale ressaltar, que tais atividades baseadas nos princípios da Norma
Brasileira ABNT NBR ISO 14001/2004 – Sistema de Gestão Ambiental, cabe
a cada órgão público adequar a sua própria agenda ambiental às suas
características e peculiaridades e direcionamento estratégico.
Dentre as atividades, relacionaremos algumas:
É imprescindível definir uma política ambiental para a instituição,
portanto, o envolvimento dos gestores e colaboradores e de todos os setores
com a comunicação efetiva entre si, é fundamental para o sucesso, pois
demonstra que a agenda ambiental está entre as prioridades do órgão.
Para que seja definida a política ambiental, será necessário levar em
consideração os impactos ambientais ocasionados pelas atividades
administrativas e operacionais.
A comissão deverá ser constituída por servidores de diversos setores,
com a finalidade de obter apoio multi-setorial, no que diz respeito ao
acompanhamento dos projetos;
Os objetivos devem ser específicos, a fim de que se possa ter uma base
de avaliação futura e, melhoria continuamente.
28 Ao iniciar o processo, o recomendável é um pequeno número de
indicadores, pois os indicadores de desempenho ambiental apresentam várias
medidas que podem envolver desde toneladas de lixo e resíduos gerados até
litros e litros de água consumidos.
É recomendável que as avaliações sejam contínuas, para que se tenha
informações quanto à eficiência, e possa também identificar falhas e, os pontos
para a melhoria.
Devem ser divulgados - por meio da intranet, murais, cartazes, reuniões
comemorativas, etc., - os resultados positivos, o que certamente incentivará
novas adesões, haja vista os benefícios obtidos.
Num país como o Brasil, que ainda é caracterizado pelo elevado índice
de desperdício de recursos, torna-se muito importante difundir os princípios da
Gestão Ambiental na Administração Pública, economizando assim, recursos
naturais e, conseqüentemente reduzindo os gastos das instituições através do
uso de forma racional dos bens públicos e da gestão adequada dos resíduos.
Desde a Portaria 221/2004, já aconteceram dois fóruns nacionais.
A primeira edição do Fórum aconteceu em 2005, em parceria com o
Tribunal de Contas da União cujo enfoque foi “LICITAÇÃO PÚBLICA
SUSTENTÁVEL”, debatendo a necessidade de serem elaboradas políticas
públicas no seguimento ambiental para toda a Administração Pública.
Foi então proposta a alteração da Lei 8.666/93, com participação de
diferentes órgãos públicos, dentre eles o Ministério do Planejamento e o
Governo do Estado de São Paulo, um dos pioneiros na questão ambiental.
Neste mesmo ano, foi criada a “Rede A³P”, com o escopo de
comunicação permanente entre órgãos públicos, informar sobre temas
relevantes à agenda sistematizando dados, incentivar, assim como promover
programas de formação, com isso possibilitando a troca de experiências.
Já em 2006, foi a 2ª edição cuja parceria foi com a Câmara dos
Deputados, que além da continuidade do enfoque anterior (2005), foram
conhecidos estudos da casos com êxito em A³P, tais como:
29 a Câmara dos Deputados – a Ecocâmara, a Câmara Municipal de
Curitiba/PR, Centro de Recursos Ambientais da Bahia – CRA, a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos- Diretoria em Brasília. A Fundação
Estadual do Meio Ambiente de Mnas Gerais – FEAM, o Ministério da
Educação – MEC, Prefeitura Muncipal de São Paulo, o Tribunal de Contas da
União – TCU, o TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL – TSE e Universidade
Federal de Santa Catarina – UFSC, viabilizando a troca de valiosas
informações.
De 2005 até o momento atual, houve um substancial aumento no
número de órgãos públicos que aderiram à A³P, e com o apoio técnico que o
Ministério do Meio Ambiente se compromete a dar ao órgão público na
questão ambiental, mas cabendo tão somente a este órgão, constituir uma
comissão responsável pela criação da Agenda Ambiental.
Atualmente, cerca de 400 órgãos públicos já fazem parte dessa ‘Rede
A³P’, o que já demonstra que, paulatinamente o Poder Público vai se
enquadrando à política de proteção e prevenção contra os impactos nocivos
ao meio ambiente.
2.2.2 - OS OBJETIVOS
Listaremos a seguir alguns dos objetivos da A3P:
Incluir os critérios sócio-ambientais nas compras e contratações
públicas;
Incluir a parceria com cooperativas de catadores de lixo para geração de
trabalho e renda, na gestão ambiental dos resíduos;
Combater toda e qualquer forma de desperdício dos bens públicos e dos
recursos naturais;
30 Dar continuidade à formação dos servidores públicos em relação aos
aspectos sócio-ambientais e também de melhoria da qualidade do ambiente
de trabalho;
Reacender cultivando a ética e auto-estima dos servidores públicos, no
que diz respeito, principalmente, ao atendimento de interesses da população.
2.2.3 - COMPETÊNCIA
Compete aos Órgãos e Entidades da Uniao, Estados, Distrito Federal,
Municípios, Autarquias e Fundações instituídas pelo Poder Público, assim
como às Empresas Estatais e de Economia Mista:
Constituir comissão que seja responsável pela implantação das ações
de melhoria do desempenho ambiental;
Despertar a responsabilidade social do servidor público em relaçao ao
uso correto dos bens e serviços da administração pública;
Incentivar e promover ações educativas e de formação dos educadores,
estimulando uma melhoria na qualidade dos setores de trabalho;
Elaborar com a participação dos servidores públicos, um dignóstico a fim
de identificar aspectos ambientais importantes da instituição;
Elaborar projeto para substituir insumos e materiais que venham a
causar danos à saúde do servidor, do entorno e do meio ambiente;
Desenvolver projetos e ações que venham combater o desperdício,
minimizando os impactos ambientais diretos e indiretos, causados pela
administração;
Promover a gestão ambiental com qualidade;
Reduzir o consumo de água e energia;
Conscientizar os servidores públicos e funcionários de como é
extremamente importante preservar o meio ambiente;
31 Incluir, em planos estratégicos, aspectos ambientais como a gestão de
resíduos sólidos gerados, o reaproveitamento de materiais, entre outras
ações necessárias à implementação.
Divulgar os resultados obtidos com as ações;
Nas licitações sempre especificar, quando for possível, o objeto com
requisitos de qualidade ambiental, estimulando a compra de impressoras cuja
função seja frente e verso.
Podem ser destacadas algumas ações de grande utilidade:
- mapeamento de gastos da entidade, como a energia elétrica, água,
papel e outros materiais de expediente;
- implementação de programa para substituir insumos, por materiais que
causem danos menores ao meio ambiente;
- promoção de campanhas para sensibilizar os servidores, quer seja pela
intranet, cartazes ou informativos;
- estímulo do uso de papel reciclado.
.
32
CAPÍTULO III
A RESPONSABILIDADE SOCIO-AMBIENTAL EM
ÓRGÃOS PÚBLICOS NO RIO DE JANEIRO
Neste capítulo serão abordadas ações de alguns órgãos dentro do que
se propõe na Responsabilidade Sócio-Ambiental.
Do grau de entendimento entre os Governos, as Organizações e a
Sociedade Civil, vai depender a mudança de atitudes que podem acelerar a
transição de um mundo no qual a questão ambiental não tem sido tão levada a
serio, para a nova era da sustentabilidade e melhor qualidade de vida.
3.1 - DECRETO FEDERAL Nº 5.940 DE 25 DE OUTUBRO DE
2006.
Em 25 de outubro de 2006, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
assinou o Decreto 5.940, onde consta o seguinte:
Institui a separação dos resíduos recicláveis
descartados pelos órgãos e entidades da
administração pública federal direta e indireta, na
fonte geradora e a sua destinação às associações e
cooperativas dos catadores de materiais recicláveis,
e dá outras providências.
A partir dessa data, todos as entidades e órgãos públicos são obrigados
a fazerem coleta seletiva, por determinação deste Decreto.
33 Podem ser considerados dois tipos de coleta:
- a seletiva solidária que são os resíduos recicláveis, separados na
instituição onde foram gerados para serem coletados por cooperativas de
catadores de materiais recicláveis;
- resíduos recicláveis descartados, que são os materiais passíveis de
retorno ao ciclo produtivo, rejeitados pelos órgãos e entidades da
administração pública federal.
No seu Art. 3º, consta que somente as cooperativas de catadores de
materiais recicláveis poderão efetuar a coleta desde que:
sejam exclusivamente constituídas por catadores de materiais
recicláveis, cuja única fonte seja a catação dos materiais;
não possuam fins lucrativos;
possuam infra-estrutura para realizar a triagem e classificar os resíduos
recicláveis descartados.
Já no Art. 5º, terá que ser constituída comissão para a coleta seletiva
solidária, em cada entidade e órgão da administração pública federal,
constituída por, no mínimo, três servidores designados pelos respectivos
titulares dos órgãos e entidades públicos.
3.2 - RESOLUÇÃO SEA Nº 14 DE 20 DE ABRIL DE 2007
Em 20 de abril de 2007, o Secretário de Estado do Ambiente, assinou a
Resolução SEA nº 14, onde consta o seguinte:
Para dar início ao processo de implantação da
Coleta Seletiva Solidária, que deverá ser instituída
por cada órgão da Administração Pública Estadual
34 direta e indireta, até o dia 9 de junho de 2007, em
conformidade com o Art. 5º do Decreto nº 40.645/07.
Com a legislação em vigor – Decreto Federal e Resolução Estadual – o
próximo passo agora é começar a agir.
3.3 - TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO
3.3.1 - O início de uma experiência
No Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro a Responsabilidade
Social está mais voltada para o seguimento ambiental.
A atuação do Tribunal ainda é bem pequena pois está muito no início,
mas aos poucos poderão ser implementadas outras ações.
No dia 05 de junho de 2007 - em que se celebra o dia do Meio Ambiente
- algumas servidoras públicas resolveram fazer uma pequena comemoração
relativa à data.
Desta reunião surgiu a questão – por que não participar efetivamente
das questões ambientais, haja vista a grande necessidade de mudanças de
comportamento no que se refere à proteção do meio ambiente e,
conseqüentemente à melhor qualidade de vida?
Seria um maneira de colaborar através do engajamento de todos os
servidores, para a diminuição do desperdício e também amenizar os efeitos
nocivos ao aquecimento global, haja vista a responsabilidade social no
seguimento ambiental de outros órgão públicos, dentre alguns os Tribunais de
Contas do Estado e Regional do Trabalho.
35 Seria importante que o TRE/RJ, também fizesse parte desse grupo, pois
quanto maior o número de pessoas engajadas na questão sócio-ambiental,
melhor.
A idéia chegou à Administração, à Diretoria Geral do TRE/RJ, foi bem
aceita e levada então, à Presidência.
Com o projeto aceito, agora seria a hora da ação inicial, para ratificar a
execução.
3.3.2 - Marco inicial
A partir da Recomendação nº 11 de 22 de maio de 2007, do Conselho
Nacional de Justiça, cuja publicação no Diário da Justiça – Seção I, de 04 de
junho de 2007, para que os Tribunais elencados nos Incisos II a VI do art. 92,
da Constituição da República Federativa do Brasil de 1998
“adotem políticas públicas visando à formação
e recuperação de um ambiente ecologicamente
equilibrado, além da conscientização dos próprios
servidores e jurisdicionados sobre a necessidade de
efetiva proteção ao meio ambiente, bem como
instituam comissões ambientais para o
planejamento, elaboração e acompanhamento de
medidas, com fixação de metas anuais, visando à
correta preservação e recuperação do meio
ambiente.”
Baseada na Recomendação acima, a PRESIDÊNCIA DO TRE/RJ,
resolveu então implantar o programa sócio-ambiental.
No dia 16 de julho de 2007, foi publicado no Diário Oficial do Estado do
Rio de Janeiro, Parte III, Seção II, p. 01, o Ato da Presidência constituindo a
36 comissão ambiental do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, descrito
abaixo:
3.3.2.1 - ATO DA PRESIDÊNCIA DO TRE/RJ
ATO Nº 317/07:
“CONSTITUI EQUIPE DE TRABALHO PARA
REALIZAR ESTUDOS E PROPOR MEDIDAS
VISANDO À IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA
SÓCIO-AMBIENTAL NO ÂMBITO DO TRE/RJ E
NOMEIA SERVIDORES PARA CONSTITUIREM A
EQUIPE, SEM PREJUÍZO DE SUAS FUNÇÕES.”
A partir desta data, com a escolha e nomeação das servidoras, passou a
existir então a comissão ambiental.
3.3.2.2 - Por onde começar
A idéia inicial foi mostrar ao público interno – servidores do quadro
permanente, funcionários terceirizados, estagiários - a necessidade da
conscientização para com o meio ambiente e, uma melhor qualidade de vida
não só dentro do Tribunal, mas também em suas casas, áreas de lazer,
escolas, enfim no seu entorno.
Aconteceram as primeiras reuniões internas e, também com a diretoria
da COMPANHIA MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA - COMLURB DO RIO DE
JANEIRO.
Por força do Decreto 5.940 de 25/10/2006 – que institui a coleta seletiva
nos órgãos e entidades federais – será firmado convênio entre o TRE/RJ e a
COMLURB, cuja assinatura está prevista para o mês de abril de 2008.
37 3.3.3 - Conscientização
A colocação de cartazes nos andares dos dois prédios com recomendações
para mudança de atitudes tais como:
• Cartazes nas salas e banheiros, lembrando que ao sair a luz seja
apagada;
• A reutilização, quando possível, nas impressoras reimprimindo no verso
– economizando papel e evitando assim, desperdício;
• A substituição dos copos descartáveis pelos de vidro;
• Colocação de lixeiras específicas de coleta seletiva para cada tipo de
material ou seja, reciclável e não reciclável.
• Evitar o desperdício de água, nas pias e vasos sanitários, fechando bem
as torneiras.
3.3.4 - A campanha ambiental
Foi lançada a CAMPANHA DOS 3R, no dia da Árvore ou seja, em 21
setembro de 2007, que marca também o início da primavera; esta data foi
adotada porque os povos indígenas costumavam homenagear as árvores na
época das chuvas ou quando preparavam a terra para plantar.
O símbolo da campanha era uma enorme árvore, onde cada servidor
colocou um pedacinho de papel verde no formato de uma folha, distribuído pela
comissão ambiental, para compor a copa da árvore com mensagens de
conscientização.
Por que simbolizar com a árvore?
Porque a árvore é vida, nos oferece coisas valiosas tais como: madeira,
celulose, carvão, ervas medicinais, óleos e alimentos.
38 Também recebemos outros benefícios como o abrigo do vento, sol,
chuva; protegem o solo contra a erosão, purificam o ar e através delas temos a
preservação da biodiversidade.
Como diz o tema da campanha o princípio dos 3R:
“REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR”
Estes são os princípios da ecoeficiência e também atos de cidadania.
Podemos dizer que ecoeficiência é a utilização de materiais e energia com
consciência ambiental.
Vale ressaltar que, na sede do Tribunal Eleitoral do Rio de Janeiro tem
uma agência do BANCO REAL – considerada uma das mais eficientes
organizações em responsabilidade sócio-ambiental – que mantém o programa
Papa-pilhas, cujos compartimentos para tal, ficam no andar onde está instalada
a agência do banco e também oferecem aos servidores do TRE/RJ, um
excelente benefício que é a Ginástica Laboral, duas vezes na semana.
3.3.5 - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª
REGIÃO
No Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região a Responsabilidade
Social está voltada para o seguimento sócio-ambiental.
A partir da Recomendação nº 11 de 22 de maio de 2007, do Conselho
Nacional de Justiça, cuja publicação no Diário da Justiça – Seção I, de 04 de
junho de 2007, para que os Tribunais elencados nos Incisos II a VI do art. 92,
da Constituição da República Federativa do Brasil de 1998
“adotem políticas públicas visando à formação e recuperação de um
ambiente ecologicamente equilibrado, além da conscientização dos próprios
servidores e jurisdicionados sobre a necessidade de efetiva proteção ao meio
ambiente, bem como instituam comissões ambientais para o planejamento,
39 elaboração e acompanhamento de medidas, com fixação de metas anuais,
visando à correta preservação e recuperação do meio ambiente.”
Baseada na Recomendação acima, a PRESIDÊNCIA DO TRT da 1ª
REGIÃO, resolveu baixar a portaria nº 151/2007, no dia 28 de setembro de
2007, recomenda que:
as impressões dos documentos sejam realizados em frente e verso,
e, também determina que a partir daquela data, passe a constar a
exigência da modalidade duplex, nas próximas aquisições de
impressoras.
3.3.5.1 - Comissão Permanente de Responsabilidade
Sócio-Ambiental
A Comissão Permanente de Responsabilidade Sócio-Ambiental no TRT
da 1ª Região, foi criada pela Portaria 80/2007, publicada no Diário Oficial de 27
de junho de 2007.
Esta comissão também tem a função de administrar as ações iniciadas
pelo Núcleo de Gestão Ambiental – NUGAM.
3.3.5.2 - CONCEITO DE RESPONSABILIDADE
SOCIO-AMBIENTAL NO TRT DA 1ª REGIÃO
Para que se chegasse a esse conceito, aconteceram encontros com
vários outros agentes interessados na gestão ambiental, dentre eles:
Fundação Getúlio Vargas, ADI e Associações.
Palestras sobre responsabilidade sócio-ambiental, com representantes
do Instituto Ethos, da Diretoria do Banco do Brasil e do Banco Real.
40 Elaboração coletiva do conceito, com participação de todos os
servidores do TRT, através de e-mails.
Reunião para elaboração do conceito que ficou assim:
“A preocupação com o meio ambiente e com
a utilização dos recursos naturais de modo
consciente e ético, que permeia igualmente a base
das relações pessoais, tem norteado boa parte dos
esforços científicos, das reflexões filosóficas e das
políticas e ações específicas.”
3.3.5.3 - Atividades exercidas pela comissão
3.3.5.3.1 - O gerenciamento do resíduo – coleta
seletiva
O TRT/RJ foi o Primeiro Órgão Público, que em convênio com a
COMLURB, inicou a coleta seletiva em março de 2005.
Por força das exigências para a implantação da separação de resíduos
recicláveis e sua correta destinação, foi criada a Comissão Permanente para a
Coleta Seletiva Solidária, através da Portaria 114/2007, cuja participação de
membro da Comissão Sócio-ambiental é como Presidente da Comissão.
Vale destacar que, o Projeto de Coleta Seletiva do TRT/RJ foi
apresentado pela Secretaria de Ambiente do Estado do Rio, como modelo,
para implantação do Decreto Estadual 40645 de 08 de março de 2007 (decreto
mencionado anteriormente à p.34).
41 3.3.5.3.2 - Papel reciclado
Estudo experimental para o uso de papel reciclado, com aceitação e
aprovação dos servidores, e, sem dificuldades técnicas.
3.4 - Campanhas
3.4.1 – Agasalho
Campanha promovida pelo TRT/RJ juntamente com a Fundação Leão
XIII, que distribui todos o material a quem assiste; foram doados 695
donativos, casacos, calças, meias e cobertores.
3.4.2 -. Dia da Criança
Foi promovida com o INCA solidário, para doação de brinquedos para as
crianças em tratamento. Foram arrecadados 3068 brinquedos novos, repartidos
entre o INCA e o Hospital Municipal Jesus
Através da Comissão Sócio-ambiental foram doados 1380 bens
móveis(cadeiras, mesas, poltronas, arquivos e bancos) à Secretaria de Estado
da Casa Civil, cuja utilização é no Conselho Estadual de Defesa da Criança e
do Adolescente, no Rio Solidário, na Fundação Leão XIII e Conselhos
Tutelares de todo Estado do Rio de Janeiro.
Dentre os projetos em andamento, pode ser citado o da construção
sustentável – cujo desenvolvimento é junto a Secretaria de Engenharia e
Segurança Patrimonial, para inclusão de itens ambientais nos futuros projetos
de construção e reforma e outros mais.
42
CONCLUSÃO
Nos dias de hoje sempre que a abordagem diz respeito à
responsabilidade social, tanto das empresas quanto dos órgãos públicos, surge
a preocupação com o bem-estar, e a sustentabilidade do nosso planeta, dando
assim, à questão ambiental uma posição privilegiada.
A gestão social vem incorporando vários princípios como o
gerenciamento das atividades, dos produtos serviços sobre o ambiente –
interno e externo – a educação ambiental e o comprometimento de todos com
o desenvolvimento sustentável, que nos proporciona uma melhor qualidade de
vida.
Vem sendo apresentado um novo rumo através de parcerias entre os
setores estatal, organizações não-governamentais e empresas privadas.
O olhar de responsabilidade social e ambiental, vêm com muita força
nos setores privados e governamentais.
As organizações não-governamentais também têm dado a sua
contribuição, quando aparecem como alternativa ao se articularem com o
Estado e, podem reafirmar colaborando com a cidadania, trazendo questões e
soluções bastante inovadoras.
As empresas já estão inserindo em sua política mais do que o
assistencialismo, ao assumirem a responsabilidade social, o que as torna
melhores, mais eficientes por apresentarem tal comportamento.
A área produtiva, bem como as redes de infra-estruturas e de serviços,
conseguirão ter o resultado desejado, se de fato houver um bom investimento
no ser humano, principalmente no que diz respeito às suas família, formação,
saúde, cultura, vida de uma forma geral e também seu lazer.
Encarar o desenvolvimento social e principalmente a qualidade de vida,
como objetivo maior da sociedade, tem proporcionado discussões profundas,
43 uma vez que, o que denominamos de ‘social’, não será apenas mais um setor e
sim o grande diferencial
As organizações agregam a responsabilidade social em seus planos
estratégicos – desde o planejamento até as ações – passando a gerir de forma
socialmente responsável, estabelecendo padrões éticos para com os seus
clientes.
A importância ao desempenhar a cidadania já é considerada uma
realidade entre vários segmentos do mercado, pois as empresas entendem que
é uma boa forma de retribuir à sociedade o que tem recebido.
Assim, ao invés de caridade, a atuação é em investimento e ação nas
comunidades; não cabe mais aquela máxima de que ‘dar aos pobres é
emprestar a Deus’, porque a idéia agora é a discussão em responsabilidade
social.
Não só as empresas, mas também os órgãos públicos e indivíduos
comuns já começam a se mobilizar para que a vida seja mais saudável, digna e
com menos injustiças sociais.
Sendo assim, torna-se necessário realizar uma análise mais profunda
sobre as atitudes da sociedade, conhecendo-se os erros com a intenção de
corrigi-los e mostrar alguns meios para uma vida melhor, contribuindo para que
seja de maneira sustentável, principalmente no que diz respeito à
sobrevivência do planeta em que vivemos.
44
BIBLIOGRAFIA
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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, Tribunal Regional Eleitoral do Rio de
Janeiro, 03/08/2007.
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Legislação Brasileira, Editora Saraiva, 1988.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Secretaria de Estado do
Ambiente, Resolução nº 14 de 20/04/2007.
KARKOTLI, Gilson; ARAGÃO, Sueli D. Responsabilidade Social – Uma
Contribuição à Gestão Transformadora das Organizações. 2ª ed. Petrópolis:
Vozes, 2005.
LOUETTE, Anne. Compêndio para a Sustentabilidade – Ferramentas de
Gestão de Responsabilidade Sócio-ambiental. SP:Antakarana Cultura Arte
Ciência Ltda, 2007.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, Decreto 5940 de
25/10/2006.
SACCONI, Luiz Antonio. Mini Dicionário da Língua Portuguesa, 10ª ed. SP:
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SA8000 [email protected] 28/03/2008
TENÓRIO, Fernando Guilherme (ORG.). Responsabilidade Social Empresarial.
2ª ed. Revista e ampliada. RJ: FGV, 2006.
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 1ª REGIÃO. Portaria nº 151/2007.
http://www.responsabilidadesocial.com/article/article_view.php
24/01/2008.
www.ethos.org.br 01/03/2008
www.pr.senac.br/institucional/acoes_estrategicas/pets/conceito_RS.htm
28/01/2008
45 http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2769u40.jhtm 07/03/2008
http:pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_Social 25/01/2008
Artigo: O que é Responsabilidade Social? – Por Emerson Kapaz – Revista
FAE BUSINESS, nº 9, setembro/2004
46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTOS 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I –
RESPONSABILIDADE SOCIAL - VISÕES CONCEITUAIS 10
1.1. FILANTROPIA EMPRESARIAL 14
1.2. CIDADANIA EMPRESARIAL 14
1.3. AMBIENTE INTERNO 16
1.4. AMBIENTE EXTERNO 17
1.5.CERTIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 23
1.5.1 SA8000 NORMA INTERNACIONAL 23
1.5.2. REQUISITOS 24
CAPÍTULO II –
A RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CONTEXTO DA A3P
AGENDA AMBIENTAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 25
2.1. MARCO LEGAL 25
2.2. PROGRAMA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 27
2.2.1. ORIGEM 27
2.2.2. OBJETIVOS 29
2.23. COMPETÊNCIA 30
CAPÍTULO III –
A RESPONSABILIDADE SOCIO-AMBIENTAL EM ÓRGÃOS
PÚBLICOS NO RIO DE JANEIRO 32
3.1. DECRETO FEDERAL 5940 DE 25/10/06 32
3.2. RESOLUÇÃO SEA 14 DE 20/04/07 33
TRE DO RIO DE JANEIRO, 34
47 3.3.1O INÍCIO DE UMA EXPERIÊNCIA 34
3.3.2.. MARCO INICIAL 35
3.3.2.1.ATO DA PRESIDÊNCIA DO TRE/RJ 36
3.3.2.2. POR ONDE COMEÇAR 36
3.3.3 CONSCIENTIZAÇÃO 37
3.3.4. A CAMPANHA AMBIENTAL 37
3.3.5. TRT/RJ CONCEITO DE RESPONSABILIDADE
SOCIO-AMBIENTAL NO TRT/RJ 38
3.3.5.1. COMISSÃO PERMANENTE DE RESPONSABILIDADE
SOCIO-AMBIENTAL NO TRT/RJ 39
3.3.5.2. CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NO
TRT/RJ 39
3.3.5.3. ATIVIDADES EXERCIDAS 40
3.3.5.3.1 O GERENCIAMENTO DO RESÍDUO COLETA SELETIVA 40
3.3.5.3.2 PAPEL RECICLADO 41
3.4.CAMPANHAS 41
3.4.1. AGASALHO 41
3.4.2 DIA DA CRIANÇA 41
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA 44
ÍNDICE 46
ANEXOS 48
ATIVIDADES CULTURAIS 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO 59
48
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> O que é Responsabilidade Social?; Anexo 2 >> Reportagem de Paulo Itacarambi; Anexo 3 >> Cópia xerográfica do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro; Anexo 4 >> Internet; Anexo 5 >> Campanha do 3R´s..