Anais Eletrônicos do IX Congresso Brasileiro de História da Educação João Pessoa – Universidade Federal da Paraíba – 15 a 18 de agosto de 2017
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UMA HISTÓRIA DO DIRETOR DA CASA DOS EDUCANDOS ARTÍFICES DA PARAHYBA NO JORNAL O PUBLICADOR (1865-1866)
Amurielle Andrade de Sousa1
Vanessa Gonçalves Lira2
A imprensa oitocentista na Paraíba foi tardia quanto a circulação de periódico diário
diferente do Maranhão, por exemplo, que teve seu primeiro jornal diário em 1840 só em 1864
que província paraibana circula esse tipo de impresso denominado O Publicador. Servindo
ao presidente de província e, era mesclado de informações que tinham o intuito de atrair os
leitores e a formação da opinião pública com matérias referentes à a administração da
província, a instrução pública. Para o desenvolvimento desta pesquisa delimitamos no que
concerne à instrução as matérias que tinham como alvo que Casa de Educandos Artífices da
Paraíba.
Nosso objetivo é analisar as notícias sobre a direção da Casa de Educandos Artífices
da Paraíba propagadas pelo gênero discursivo carta no jornal O Publicador. Para isso,
consideramos o jornal como todo por acreditarmos que não é possível desvincular o tema do
jornal que é um corpo de informações complexas que em conjunto de elementos
comunicaram aos seus leitores não apenas o dito, mas as condições de produção (Molina,
2015), organização e transitoriedade dos discursos.
Para tanto, consideramos a perspectiva teórica metodológica da História Cultural
(Chartier,2000) e, ainda utilizamos o método indiciário de Ginzburg (1989) que entende o
historiador como caçador de rastros para identificar as cartas sobre o diretor bem como suas
minucias que as tornaram relevantes. Dessa forma, a contribuição desse trabalho para
História da Educação Imperial é relevante, pois mostra por meio do cotidiano de um sujeito
bem como uma narrativa da Paraíba contada pelas cartas que são artefatos culturais
produtores de história. Além disso, confrontamos com documentos manuscritos coletados no
Arquivo Histórico do Estado da Paraíba Waldemar Duarte e relatórios de presidente de
província, pois os jornais, as cartas e os documentos são repletos de representações de
verdades (CHARTIER, 2002) e os confrontos permitem que o pesquisador perceba
continuidades e rupturas do que foi dito.
1 Mestre em educação e graduanda em História pela Universidade Federal da Paraíba. E-Mail: <[email protected]>.
2 Pedagoga pela Universidade Federal da Paraíba. Professora terceirizada de Educação Básica na Universidade Federal da Paraíba. E-Mail: <[email protected]>.
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Em nossos resultados constatamos que O Publicador pelas cartas de ordem interagia
com seus leitores possibilitando que eles tivessem acesso aos acontecimentos internos da
administração do Colégio principalmente, no ano de 1866 período o qual mais circulou
informações sobre a reforma da Casa de Educandos Artífices da Paraíba. Esse entendimento
também nos permitiu verificar o quanto à relação do jornal com as cartas imbricadas já que
segundo Peixinho (2009) os respectivos tiveram sua produção intensa nos oitocentos.
O Jornal O Publicador e sua Dinâmica de Notícias
No período imperial a produção de impressos era comum: livros, folhetos e jornais
que por sua vez eram práticas culturais comuns ao grupo de pessoas que dominava a escrita e
encontravam espaços ideais para difusão de suas produções. Assim, destacamos que os
jornais que circularam no período oitocentista foram entendidos como quarto poder por sua
capacidade de fomentar a cultura e seus hábitos de produção Barbosa (2007).
Além da produção acentuada, a diversidade de temas como compra e venda,
festividades locais, ofertas de aulas, notícias de outros países ou localidades, leis e
regulamentos, instituições escolares e seus atores dentre outras notícias publicadas em um
único jornal era comum. Ainda que, alguns jornais tivessem a vida efêmera3 essa estratégia
era utilizada para despertar o interesse de um maior número de leitores, pois de acordo com
Chartier (1999) não há texto sem leitor.
Nesse sentido, O Publicador como primeiro jornal diário da Paraíba que circulou de
1862 a 1886. Segundo Barbosa (1985) era editado e redigido pelo Padre José Correia Neves e
impresso na propriedade gráfica de José Rodrigues da Costa – português, tipografo,
jornalista, editor, que em sua tipografia4 também imprimiu os seguintes jornais na década de
sessenta: Diário da Parahyba, O imparcial, A Ephoca.5
Quanto à estrutura de organização das notícias, O Publicador manteve-se com quatro
páginas, estava ordenado em três colunas e, nelas houve a organização das seções, das quais
destacamos: a Oficial, que divulgava notícias com assuntos locais bem como de outras
províncias do Brasil, a saber; Pernambuco, Bahia, Ceará, Maranhão e Rio de Janeiro e
3 Conforme Molina (2015) uma das razões para a vida efêmera dos jornais eram as condições materiais de produção e o custo alto do papel.
4 Impresso nas dependências da Tipografia do Beco da Misericórdia que por sua vez também imprimiu os relatórios de presidente de província de 1849 a 1863 sequentemente e nos anos de 1868 e 1873. Fonte: relatórios disponíveis em - http://www-apps.crl.edu/brazil/provincial/para%C3%ADba
5 O nosso interesse ao mostrar os jornais impressos nessa tipografia é de mapear apenas os da década de 1860. Para informações aprofundadas da maior tipografia da Paraíba ler A TIPOGRAFIA DO BECO DA MISERICORDIA: apontamentos históricos de Eduardo Martins (1978).
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internacionais; a Literária, onde se publicavam os romances ou poesias em fragmentos – tais
publicações não eram muito rigorosas, já que esse jornal publicou acentuadamente a respeito
da administração da Paraíba e seus servidores; na parte de Anúncios, notamos que eram
diversos, portanto se referiam a compra e venda de mercadorias, como também versavam
sobre religião e oferta de serviços de professores.
Fonte. http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/
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Tais apontamentos quanto aos temas e organização diversificada do jornal O
Publicador permiti-nos certificar que o principal produto desse e dos demais impressos no
Brasil e na Paraíba imperial era a notícia, ou seja, o que estava dito em todo o jornal primava
também pela ideia mercadológica dos impressos.
A imprensa, cada vez mais se guiava pelo princípio da notícia. Isto significa que, no mesmo movimento em que se tornaram empresa, os jornais também tenderam a se apresentar como mais informativos. (RIBEIRO, 2011, p. 03)
Entretanto, essas seções e gêneros discursivos não tinham um lugar fixo, de maneira
que era comum a publicação de notícias sobre a direção do Colégio dos Educando Artífices
em todas as páginas – em especial nos anos de 1865 a 1869 –, bem como informações
distintas sobre a instrução pública local. Porém, conforme Souza (2013) contatou tivemos 125
notícias sobre instrução pública. Diante do quantitativo apresentado percebemos a
complexidade que a pesquisa com jornais impõe a seleção dos dados analisados, pelo
pesquisador. De modo que o jornal O Publicador mesclava as notícias e assuntos referentes
á administração da província, á instrução pública e aos servidores. Verificamos a presença de
informações sobre os eventos culturais e religiosos, como missas e teatros. Nesse sentido,
Vieira (2007, p. 13), ao discorrer sobre a imprensa, reconhece sua complexidade, por ser ela o
lugar da diversidade dos discursos de uma dada sociedade.
A imprensa permite uma ampla visada citadina: dos personagens ilustres aos anônimos, do plano público ao privado, do político ao econômico, do cotidiano ao evento, da segurança pública às esferas cultural e educacional. Nela encontramos projetos políticos e visões de mundo e vislumbramos, em ampla medida, a complexidade dos conflitos e das experiências sociais. (VIEIRA, 2007, p. 13,).
Ao consideramos o jornal como voz pública que tinha como principal atrativo as
notícias concordamos com Martins (1978) percebe a imprensa, como lentes das instâncias de
poder que produziam e acompanhava os debates de toda província paraibana. Entretanto,
acrescentamos que tal posicionamento estava para todos os detentores da leitura. Assim,
entendemos leitura de acordo com Chartier(1999) como recepção de um texto que não existe
sem leitor e, portanto a leitura podia ser feita no século dezenove também em voz alta para
um determinado público, silenciosa e as escutas das escravas que serviam nas residências das
mulheres letradas. Nesse sentido, Galvão (2007, p.31) ao discorrer sobre a leitura oral e
escrita afirma que “ o oral e o escrito coexistem incessantemente, havendo um trânsito
contínuo entre esses dois modos de expressão”
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Contudo, a contribuição do jornal O Publicador para a História da Educação por ter
acompanhado por um cotidiano da instrução pública, seus diálogos com esferas da província
como inspetor do tesouro, comandante militar, presidência da província. E, ainda, ao dar
visibilidade às discussões mostraram os sujeitos e suas respectivas ocupações em cargos
públicos como o diretor da Casa de Educandos Artífices da Paraíba, que, publicaram os
projetos de lei tanto da organização social como os regimentos e legislações dos espaços de
instrução pública, como as casas dos docentes, colégios de caridade, instituições de ensino
primário e secundário, dentre outros.
Destacamos que assim como os servidores podiam emitir suas opiniões e serviços, no
jornal O Publicador era comum nesse impresso a divulgação de ordens e avisos a esses
sujeitos já que se tratavam de um periódico de cunho político que buscava atender também
os interesses do presidente de província em vigor.
O Diretor da Casa de Educandos Artífices no Jornal O Publicador
A Casa dos Educandos Artífices da Paraíba criado com lei nº 6 de 18596 tinha como
finalidade capacitar os pobres, livres e desvalidos da província da Paraíba nos seguintes
ofícios: sapateiro, ferreiro, marceneiro, serralheiro e torneiro concomitantemente as
atividades das oficinas ofertava a instrução primária. O cotidiano do Colégio que seguiam às
determinações do regulamento nº 7 de 1865 que comtemplava desde as atribuições dos
servidores ao dia a dia dos alunos que nesse lugar deviam apresentar um comportamento
moral esperado pela sociedade elitista dos oitocentos.
De acordo com Rizinni (2004), Cury e Souza (2011) constataram que no período
imperial era comum que os jornais difundissem as informações sobre a instrução pública,
suas instituições e servidores a exemplo dos professores, inspetores, delegados da instrução
pública, bedéis, diretor da instrução pública e diretor da Casa de Educandos Artífices, que em
1866 no jornal O Publicador apresentou um número acentuado de publicação referente ao
seu trabalho. Assim, os jornais eram registros de memórias e meio de intervenção
discorreriam sobre as questões religiosas, sociais, políticas e econômicas. (MOREL, 2010).
6 Nos oitocentos de acordo com Cunha (2000) foram inauguradas no Brasil nove casas. Desta feita, a Casa dos Educandos Artífices da Paraíba na ordem cronológica foi a última a ser criada e teve seu funcionamento em termos de iniciação de obra em 1865 por questões de dificuldades financeiras, políticas e sociais que a província passava no momento. Detalhes sobre a instituição ler. Cunha. Antonio Luiz. O ensino de ofícios artesanais e manufatureiros no Brasil escravocrata. Unesp. Brasília DF, 2000. Nesse livro tem um quadro que informa o ano de fundação de cada Colégio de Educandos Artífices no Brasil. E a dissertação de Lima. Guareciane M. O Colégio de Educandos Artífices – 1864-1874: A infância desvalida da Parahyba do Norte. UFPB, 2008.
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Uma das características singulares do jornal O Publicador é a presença intensa de
notícias sobre o diretor da Casa de Educandos Artífices. Estas foram transmitidas por uma
diversidade de gêneros do discurso, a saber: editais, despachos, anúncios e principalmente
cartas. Vejamos o quadro que exibe o quantitativo de cartas:
CARTAS SOBRE A CASA DE EDUCANDOS ARTÍFICES DA PARAHYBA (1864-1869) E INSTRUÇÃO PÚBLICA
Casa dos Educandos Artífices da Paraíba
Diretor da Casa dos Educandos da Paraíba
Instrução Pública
41 29 40
Fonte. Dados coletados pelo autor no jornal O Publicador, março a agosto de 2015
Segundo Peixinho (2009), ao discutir a respeito das cartas públicas portuguesas nos
jornais, e Sena (2014), ao discorrer sobre esse gênero do discurso sobre instrução pública da
Paraíba, afirmam que ocorreu uma relação interligada entre o jornal e as epístolas dos
oitocentos. Logo, o jornal O Publicador pode ser entendido como instrumento de poder que
fomentava um padrão cultural de sociedade. Assim, verificamos que a intensa produção de
jornais no Império coincidiu com a progressiva e recorrente composição das cartas.
Quanto à ausência assinatura era comum nas cartas pública. Fonseca (2007) concluiu
que essa prática ocorria em razão dos destinatários das cartas se comunicarem por meio das
mensagens. Desse modo, ainda que o signatário não assinasse as cartas, compartilhava
informações sucintas ou longas com o destinatário que o identificava como um sujeito que
possivelmente estava inserido na administração da instrução pública da Paraíba. Assim, as
cartas nos jornais se constituíram em réplicas de diálogos que mostravam as interações entre
aqueles que administravam a instrução paraibana. Nessa perspectiva, as cartas nos jornais
pressupõem um distanciamento entre locutor e interlocutor, como Roquette (1997, p.208)
afirma: “admirável invento que aproxima ausentes dos presentes, encurta as distancias”.
Nesse sentido, entendemos que os discursos públicos nos jornais se adaptavam em
linguagem, formato, e modos de dizer para atender aos critérios de exigência impostos para
deferentes tipos de mensagens que se desejasse transmitir, e, consequentemente eram
estratégicos para atrair os leitores. Ousamos afirmar que, os tais refletiam o padrão cultural
da sociedade e comportamentos de servidores para a administração da instrução pública bem
como da Casa dos Educandos Artífices da Paraíba. Nesse aspecto, com os estudos de
Chartier (2002) verificamos que os demais jornais do império em destaque O Publicador
devem ser investigados pelo viés das representações e desejos de ordem que aspiraram a
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universalidade que pretendia legitimar o projeto cultural, político econômico do grupo de
poder que governou as províncias brasileiras bem como a da Paraíba.
Nessa perspectiva, a escrita das cartas públicas era moldada para atender às
exigências de uma escrita erudita padronizada por meio dos manuais. Por conseguinte,
percebemos que os leitores e escritores (GOMEZ, 2009) ao adaptarem a sua escrita a
recomendação do manual demostraram organização e, ainda o controle sobre o
administrador dos recursos destinados a obra de construção e reforma do estabelecimento no
jornal O Publicador. O assunto se apresentou frequente principalmente no ano de 1866.
Os manuais de escrever cartas foram em sua época essenciais para ordenar à escrita
e estabelecer um padrão ideal de comunicação epistolar. Sobre esse assunto Barbosa (2011,
p.100) afirma que: “é possível perceber a longa duração epistolar e dos seus manuais ao
mesmo tempo em que se anunciam as mudanças suscitadas pelos novos padrões de escrita,
que incluem novos temas, novos destinatários e até mesmo mudança de suporte, no caso das
cartas publicadas em jornais e periódicos”. Entendemos com essa percepção que os
escrevedores de cartas demonstraram não apenas o conhecimento deles, mas seguiam todas
as orientações possíveis para fazer uso dos recursos de retórica, na intenção de tornar os
textos das cartas persuasivos.
Para ocupar o cargo de Diretor do Colégio dos Educandos Artífices da Paraíba, era
necessária a nomeação da presidência como pode ser conferido no relatório de 1867 no qual
confirma a nomeação do diretor do colégio dos educandos pelo presidente da província. E,
ainda apresentar as exigências apontadas no regulamento. Nesse sentido, o Regulamento da
Casa de Educandos Artífices no artigo 14 determinou que:
O Diretor, que deve ser de preferência um Sacerdote, é a primeira autoridade do estabelecimento, e reside no Colégio. Todos os empregados lhe devem respeito e obediência, e perante o Presidente da Província é ele o único responsável pela prosperidade e pela representação do estabelecimento. (REGULAMENTO N.7 In CURY, p.122 grifos nossos).
No artigo 14, há dois pré-requisitos para que um sujeito fosse nomeado à direção do
colégio técnico para pobres, órfãos e desvalidos. O primeiro era que esse preferivelmente
devia ser sacerdote e, o segundo tinha que residir no estabelecimento de ensino. Segundo
Cunha (2000), a escolha por padres a frente de instituições escolares ocorria porque esses
tinham sólida formação intelectual. Nessa direção, Pinheiro (2010, p.227) afirma que no
século dezenove existiu uma “íntima relação entre o Estado Imperial e Igreja Católica [...] que
era a religião oficial da nascente nação brasileira”.
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Pelo regulamento do colégio o diretor administrava o colégio em parceria com os
outros servidores da província como consta no artigo oito e no relatório de (1867, p.02) “a
administração do Colégio fica a cargo de um Diretor e de um Conselho Administrativo, que
será composto do mesmo Diretor, do Diretor da Instrução Pública, e do Procurador Fiscal da
Fazenda Provincial”. Segundo determinou o artigo dez do regulamento o conselho do colégio
devia se reunir mensalmente no terceiro dia útil de cada mês. Por isso, a fiscalização do
trabalho do diretor Joaquim Victor Pereira era rigorosa e burocrática.
Os assuntos recorrentes publicados no jornal O Publicador foram: pagamentos de
trabalhadores, nomeação do diretor da instituição, liberação de reis para compra de tijolos,
nomeação de professor de primeiras letras, aprovação de fornecimento de gêneros
alimentícios dentre outros.7 Destes o mais frequente foi à reforma que lugar aonde funcionou
o estabelecimento. Os temas selecionados pressupõem uma seleção e liberação, por
consequência uma “luta por representações” (CHARTIER, 2002, p. 17) que buscaram impor
um padrão de comportamento concernente ao cargo diretor do Colégio.
No ano da compra do sítio Cruz de Peixe que sediou o Colégio dos Educandos
Artífices da Paraíba uma das cartas publicadas no jornal mencionado chamou atenção do
leitor para as obras de reforma e construção que passou o respectivo estabelecimento.
Vejamos uma das cartas:
–Idem ao padre Joaquim Victor Pereira. –Achando-se Vmc. Nomeado, por portaria de hoje, diretor do collegio de educandos artífices creado em virtude da lei provincial n.6 do 1º de setembro de 1859, recomendo-lhe que promova quanto antes as acomodações e obras precisas na casa do sitio Cruz do Peixe onde deve o mesmo collegio ser estabelecido, e para o que receberá do inspector do tesouro as respectivas chaves; ficando entretanto prevenido de que pode requisitar ao comandante do corpo de policial provisório uma praça para vigiar o estabelecimento a seu cargo. Comunicou-se ao thesouro e ao corpo policial provisório. (BRITO In O PUBLICADOR, 1865, p.2 grifos nossos).
Identificamos no conteúdo da carta8 que possivelmente o signatário dessa foi o
presidente de província, o Sr. Toscano de Brito, presidente da província da Paraíba, pois
dentre suas funções tinha a responsabilidade de administrar a instrução em suas distintas
esferas de realização. Sobre as condições físicas do sítio o diretor Joaquim Victor Pereira
7 Esses assuntos também foram publicados por anúncios, editais e despachos em sua maioria na mesma edição. 8 Na mesma edição que publicou a carta vimos um despacho comunicado a efetivação da compra do Sítio Cruz do
Peixe para o funcionamento do colégio. Com essa informação é possível afirmar que os diálogos jornalísticos também ocorriam nas páginas de uma única edição.
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(1867) afirmou que esse estava velho e arruinado, ou seja, inviável para o funcionamento do
Colégio dos Educandos Artífices da Paraíba.
Percebemos que a carta apresentada estava direcionada a três pessoas: ao diretor do
colégio, ao tesouro provincial e ao corpo policial provisório. Todavia, notamos que a fundação
do colégio não significava que as oficinas, as missas e as aulas de ensino primário
aconteceram naquele momento. Contudo, essa epístola de ordem foi um meio de intervir
para que a efetivação do processo de organização física e da dinâmica funcional do
estabelecimento. Entendemos conforme Albuquerque (2009) que as cartas foram formas de
intervenção pública que tanto buscavam persuadir o leitor como mostrar o autor quando
versava sobre os acontecimentos na Casa dos Educandos Artífices da Paraíba. Inferimos com
isso, que essas intervenções foram possíveis pelas tipologias recomendadas pelos manuais de
escrever cartas.
Dessa forma, supomos que não era pretensão do emissor da carta publicada no ano
de 1865 detalhar informações sobre a reforma, e sim, designar ordem pública ao diretor para
que fosse iniciada e o leitor verificasse como estava sendo gerenciado esse processo. Além
disso, é possível entender na mensagem epistolar que houve exigência urgência para início da
reforma, de maneira que o diretor devia prestar contas dessa ordem ao inspetor do tesouro.
Contudo, a estrutura do conteúdo da carta e relações entre os servidores nela exposta nos
remete a Foucault (1999) ao afirmar que os discursos estão na ordem das leis que os regem e
ditam o que pode ou não ser dito.
A carta anterior revelou a compra, o controle e o exercício do serviço do diretor o
Padre Joaquim Victor Pereira nos fez observar indícios que enquanto porta voz do governo O
Publicador estava atento ao andamento da obra da Casa dos Educandos Artífices da Paraíba.
Entretanto, no ano de 1866, outras cartas transmitiram informações referentes à obra e
descreveram como aconteceu o processo de liberação de renda para a dita reforma. Essas
tiveram em comum o signatário que era o inspetor do tesouro provincial. Segue:
– Ao mesmo. – Tendo o director do collegio de educandos artifices desta capital, padre Joaquim Victor Pereira, comprado dez milheiros de tijolos de alvenaria para as obras que ali se vão fazer, pelo preço de 14$000 cada milheiro, determo á Vmc.. que lhe mande pagar a importancia de semalhante despeza como a da conducção dos ditos tijolos, a rasão de 12$000 cada milheiro. Communicou-se ao director do collegio dos educandos artifices. (INSPECTOR DO TESOUSO In O PUBLICADOR, 1866, p.01 grifos nossos) – Idem ao mesmo. – Em vista da inclusa conta mande Vmc. pagar ao director do collegio de educandos artifices, padre Joquim Victor Pereira, a quantia de 164$00rs. Por elle despendida com a compra de
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materiais para obras do mesmo collegio, fazendo outrossim adiantar-lhe com semelhante destino de 500$00. De que deverá elle presta conta opportunamente nessa repartição. Fez se a precisa communicação. (INSPECTOR DO TESOURO In O PUBLICADOR, 1866,p.02, grifos nossos)
Observamos que as cartas citadas apresentaram em seu conteúdo aspectos
semelhantes. A primeira semelhança, o destinatário padre Joaquim Victor Pereira que
exercia a função de diretor, tesoureiro do colégio, sacerdote, e quando necessário substituiu o
secretário da instituição como determinou o Regulamento 7 de 1865 no eixo função do
diretor e, a segunda é a tipologia de ordem e a retomada do assunto reforma do colégio.
Quanto à substituição do diretor no cargo de secretário ocorria em função da determinação
do artigo vinte, parágrafo primeiro que versou sobre da função de secretário e ordenou que o
diretor quando necessário exercia essa função. Outro aspecto perceptível na mensagem é o
acompanhamento dos recursos destinados a administração do gestor que devia prestar conta
de seus serviços contábeis ao inspetor do tesouro. De maneira que, os discursos públicos
revelaram as interações sociais e profissionais que aconteciam no interior da administração
pública da Paraíba que era ampliada para a direção da instrução, que por documentos de
circulação estritamente administrativa acompanhou a reforma.
Segundo o Relatório do presidente de província do ano de 1866, o diretor da
instrução pública o Dr. João Leite Ferreira acompanhou o processo de construção e reforma
do estabelecimento dos educandos artífices da Paraíba. Quanto às despesas de materiais para
obra anunciada nas cartas citadas verificamos que também podiam ser encaminhadas ao
presidente por meio de documento manuscrito por ele a seguir:
Passo ás mãos de V. Ex.ª a conta junta da despesa feita com o material da obra do Collegio d`educandos artifices, na semana q. passou, afim de q V. Ex.ª se assim mandar satisfaser a sua importancia.
Dº Jº a V. Exª (ilegível) Il.mo e Exmo Sr. D.orFelisardo Toscano de Britto
(ilegível)Presidente da provincia (PARAHYBA DO NORTE, PROVINCIA DA, 1866 s/p)9
As cartas no jornal O Publicador, em suas mensagens deixaram um vestígio comum à
época o vocativo “ao mesmo” esse normalmente utilizava-se quando em uma seção existia
mais de uma epístola destinada a um único sujeito, por exemplo, na seção oficial que as
citadas se encontravam existiam outras cartas que abordavam conteúdos diferentes que
foram referentes ao diretor da Casa de Educandos Artífices. Entendemos que possivelmente
9 Documento manuscrito. CX.48. Arquivo Histórico do Estado da Paraíba. FUNESC.
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tal adaptação competia ao editor do periódico, com isso afirmamos que o domínio de escrita
por parte dos escritores se restringia a mensagem, pois a formatação dela para o jornal ficou
sob a responsabilidade da edição. Nesse sentido, Chartier (1999) ao discorrer a respeito do
controle da produção dos textos impressos afirma que o autor não tem domínio de sua
produção textual, essa por sua vez passa pela revisão do editor que tem como competência
adaptá-la ao espaço de publicação de maneira que fique agradável ao leitor.
Além dos materiais para obra do colégio o jornal O Publicador pelas cartas
possibilitava ao público leitor o acompanhamento das interações que a direção da Casa de
Educandos Artífices com outra esfera administrativa da província da Paraíba a saber: o
comandante superior interino da capital da Paraíba que recebeu ordem para liberar um
pedreiro que devia contribuir no adiantamento da reforma. Segue a carta:
– Idem ao commandante superior interino da capital. Achando-se actualmente empregados, como offictaes de pedreiro nas obras do edificio do collegio de educandos artifices os guardas nacionais do 4.º batalhão desse commando superior Joaquim Francisco dos Santos, e Vicente Nunes, que acabam de ser designados para o serviço do destacamento desta capital ; determino a V. S. que dê suas ordens para os fazer dispensar do dito serviço em atenção não so á urgente necessidade, que ha de prompto acabamento do mencionado edificio, como a terem eles regressado do destacamento em janeiro do corrente anno, segundo sou informado.
Fez-se a necessária communicação. (BRITO In O PUBLICADOR,1866 p.01 grifos nossos).
A emergência para a finalização das obras certamente se dava pela necessidade de inserir os
educandos na instrução primária e anunciada pelo quantitativo de sujeitos que não estava inserido
nesse ramo de instrução. Essa informação observada nos relatórios do diretor da instrução em 1861 e
dos presidentes da província da Paraíba nos anos de 1860 a 1863 que em seus relatos afirmaram que o
número de alunos inseridos na instrução primária era inferior ao dos que não estavam inseridos nesse
nível de ensino.
E, segundo Mattos (1987), o lugar dos homens pobres livres, surgiram no período colonial de
maneira crescente e no período imperial tornaram-se uma população dispersa pelo território
brasileiro. Por isso, começaram a ter visibilidade social. O autor diz que eles causavam desordem
social, pois não estavam inseridos nos dois mundos que regiam o país, que era o mundo do trabalho e
o do governo. Assim, houve necessidade de ordenar a sociedade, de modo que, no Império, essa
organização deveria levar os aprendizes à profissionalização em ofícios10.
10 Ressaltamos que, nos relatórios dos presidentes de província, já existia o ensino primário para a camada popular desprovida de recursos financeiros para sua sustentabilidade, mas não se tinha, até 1859, um projeto de lei que tratasse sobre a profissionalização dos educandos pobres livres, órfãos e desvalidos.
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Portanto, a reforma da Casa de Educandos Artífices da Paraíba passou aproximadamente
seis meses do ano de 1866. Tal informação pode ser consultada no relatório do diretor do ano de 1867.
Compreendemos que o tempo curto de reforma, não significou que todas as condições físicas para o
funcionamento do prédio ficaram adequadas para as oficinas. Esses apontamentos podem ser
conferidos nos relatórios de presidentes de província que relataram a precariedade do prédio no Sítio
Cruz do Peixe permiti-nos. Por esta razão, inferimos que houve apenas reparos para o funcionamento
do colégio. Com as contribuições de Silveira (2009), acerca da crise econômica da Paraíba na década
de sessenta que se refletiu em todas as esferas sociais do seu espaço regional, e, em virtude da seca no
Norte11 que prejudicou a produção açucareira e algodoeira.
Considerações Finais
A historiografia considera o jornal como artefato cultural que em seu corpo propôs
variações discursivas, leis, romances, editais, anúncios, despachos e a as cartas como práticas
culturais, apropriadas por seus sujeitos que deram visibilidade tanto a rotina administrativa
do diretor do Colégio dos Educandos Artífices da Paraíba como das ordens que trataram da
reforma dessa instituição. Conforme Peixinho (2009, p.2838) “a carta funcionava como um
espaço discursivo plurifuncional, polimorfo, adequando-se facilmente a uma vasta gama de
assuntos”.
O padre Joaquim Victor Pereira diretor do Colégio que atendia pobres livres, órfãos e
desvalidos do período imperial teve publicada a cobrança do cumprimento de sua função de
controlar os recursos referentes à construção necessária para adaptar o espaço para que as
missas, aulas e oficinas ocorressem. Pelas cartas é possível verificar as interferências
referentes aos serviços do diretor para manutenção do controle sobre as finanças do colégio
que por sua vez eram uma prestação a presidência da província, a corte e aos leitores.
Destacamos que para que tais análises fossem feitas a contribuição de Ginzburg
(1989) foi significativa quando sugere a necessidade de partir das minucias do jornal para
perceber como as informações eram transmitidas aos leitores. E, ainda que a observação
minuciosa das mensagens das cartas e suas regras de composição, contaram uma história
possibilitada pelos documentos-monumentos (LE GOFF, 2003) utilizados para os confrontos
discursivos nas análises.
Sabemos que a representação pública do exercício do diretor da Casa dos Educandos
Artífices da Paraíba publicada no jornal O Publicador destacou no palco principal e como tal
não pode ser visto não é espelho fiel do evento reforma, mas um esforço organização de um
11 Termo utilizado pela autora para se referir ao atual Nordeste.
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ideal selecionado por um grupo de poder (CHARTIER, 2002). Contudo, a reforma e
acompanhamento possivelmente tinham o objetivo de mostrar que apesar das dificuldades
que a província se encontrava houve um esforço para manter a ordem social e a moral tão
desejada.
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