Download - TRABALHO DE INTRODUÇÃO A ECONOMIA
CENTRO DE GESTÃO EMPREENDEDORA – FEAD
GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA – EAD
INTRODUÇÃO A ECONOMIA
SEGMENTAÇÃO DOS MERCADOS FINACEIROS
Sara Parreiras de Assis (Ciências Contábeis) - 710488
Maria dos Anjos da Cruz dos Santos (Ciências Contábeis)-677720
Patrícia R.S. Rosa (Administração)- 313905
BELO HORIZONTE
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2011
Sara Parreiras de Assis (Ciências Contábeis) - 710488
Maria dos Anjos da Cruz dos Santos (ciências Contábeis)-677720
Patrícia R.S. Rosa (Administração)- 313905
SEGMENTAÇÃO DOS MERCADOS FINACEIROS
Trabalho apresentado à disciplina de
Introdução à Economia dos cursos de
graduação em Ciências Contábeis e
Administração da Faculdade de
Estudos Administrativos de Minas
Gerais – FEAD, Orientado pela Tutora
Juliana Amaral.
BELO HORIZONTE
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2011
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................... 4
1. MERCADO DE CRÉDITO................................................................. 5
1.2. Capitais alheios....................................................................... 5
1.2.1. Credito bancário................................................................... 5
1.2.2. Empréstimos de curto prazo................................................ 5
1.2.3. Empréstimos em conta corrente.......................................... 5
1.2.4. Capital de giro....................................................................... 6
1.2.5. Crédito por assinatura.......................................................... 6
1.2.6. Crédito documentário........................................................... 6
1.2.7. Factoring................................................................................ 6
1.2.8. Sociedades financeiras para aquisição de crédito............. 7
1.2.9. Papel comercial..................................................................... 7
1.2.10. Autofinaciamento................................................................. 7
1.2.11. Cessões de Ativos............................................................... 7
1.2.12. Reforço dos capitais próprios........................................... 8
1.2.13. Capital de risco.................................................................... 8
1.2.14. Capitais alheios estáveis.................................................... 8
1.2.15. Leasing................................................................................ 8
2. MERCADO DE CAPITAIS................................................................. 9
2.1. Bolsas de valores, sociedades corretoras, e instituições
financeiras autorizadas......................................................................... 9
3. Mercado Monetário......................................................................... 11
4. Mercado Cambial........................................................................... 13
4.1. Câmbio de investimento....................................................... 14
4.2. O Mercado Paralelo............................................................... 14
CONCLUSÃO...................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 17
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INTRODUÇÃO
Proporciona uma visão global sobre os mercados financeiros tanto numa
perspectiva histórica onde interessa perceber as principais tendências que
marcarão o seu desenvolvimento futuro como principalmente numa perspectiva
que podemos caracterizar de empresarial na medida em que, para cada um dos
mercados financeiros – mercado de ações, mercado de obrigações, mercado de
derivados – se procura relacionar as necessidades da empresa com os
instrumentos financeiros disponíveis para satisfazê-las.
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1 - Mercado de crédito
Existem diversas fontes alternativas de financiamento de curto prazo, isto
é, financiamentos com um prazo de exigibilidade até um ano. Os mais relevantes
são:
Capitais alheios
Crédito bancário:
Operação pela qual uma instituição bancária coloca à disposição de um
cliente determinado montante e este se compromete a reembolsar a instituição na
data fixada antecipadamente, acrescido dos juros previamente combinados.
O crédito bancário poderá tomar a forma de crédito direto, caso em que a
instituição bancária coloca fundos à disposição de empresas e particulares.
Empréstimos de curto prazo:
O objetivo é financiar operações de curto prazo (a 90, 120 ou 180 dias),
para resolver dificuldades de liquidez momentâneas. Como contrapartida, as
empresas no fim do prazo convencionado com a instituição bancária terão de
restituir o valor do empréstimo acompanhado de juros postecipados.
Empréstimos em conta corrente:
Trata-se de contas correntes em que a instituição bancária coloca à
disposição da empresa um limite de crédito contratado. Geralmente estas contas
são válidas por 180 dias, podendo, no entanto ser renovadas ciclicamente.
Implicam o pagamento de juros por parte da empresa contraente e uma garantia.
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Capital de Giro:
Tem por objetivo ultrapassar dificuldades de tesouraria momentâneas e
implica a aceitação por parte da instituição bancária (geralmente só concedida
aos melhores clientes). Este tipo de crédito é mais caro do que o crédito normal,
pois à taxa de juro das operações ativas acrescentam-se normalmente dois
pontos percentuais.
Crédito por assinatura:
Consiste no cumprimento de uma obrigação pela instituição bancária,
condicionada ao não cumprimento de outra obrigação assumida pela empresa.
Quer isto dizer que se a empresa não assumir a sua responsabilidade a
instituição bancária procede ao pagamento da respectiva obrigação. No entanto, a
instituição bancária cobra geralmente uma comissão de garantia.
Crédito documentário:
Sob ordem de uma empresa (o fornecedor), uma instituição bancária
responsabiliza-se por colocar determinado montante à disposição do vendedor (o
beneficiário), normalmente por intermédio de outra instituição bancária (o
correspondente). Assim, o vendedor tem a vantagem de garantir o recebimento
do montante da venda. Este tipo de financiamento é, geralmente, utilizado em
operações de exportação/importação.
Factoring:
Sistema aperfeiçoado de cobranças de vendas a prazo. Trata-se de uma
atividade que assegura o seu financiamento corrente através da tomada de
créditos sobre terceiros, substituindo assim o crédito de tesouraria.
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Sociedades financeiras para a aquisição de crédito:
Instituições interbancárias que exercem atividades de financiamento de
aquisição a crédito de bens e serviços (concedem crédito direto ao fornecedor,
descontos, prestam garantias ou antecipam fundos sobre créditos, por exemplo),
bem como, prestam serviços diretamente relacionados com as formas de
financiamento referidas, tais como gestão de créditos.
Papel comercial:
Títulos de dívida emitidos por empresas e instituições não governamentais,
em curto prazo (o prazo máximo de cada emissão é de dois anos), constituindo
uma alternativa aos tradicionais títulos de renda fixa, em termos de aplicação de
fundos.
Existem também diversas formas de financiamento a médio e longo prazo,
que são:
Autofinanciamento:
Meios financeiros obtidos e retidos na empresa que deverão permitir o
reembolso de dívidas de médio e longo prazo, assegurar a manutenção da
atividade produtiva da empresa e garantir o seu crescimento.
Cessões de ativos:
Forma de financiamento segundo a qual a empresa procede à alienação de
ativos considerados não indispensáveis ao regular funcionamento da sua
atividade.
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Reforço dos capitais próprios:
Através de operações diversas de reforço da estrutura do capital próprio,
as empresas poderão aumentar os meios financeiros à sua disposição. Nesta
forma de financiamento incluem- se os aumentos de capital, as prestações
suplementares de capital, a criação de reservas de reavaliação, a diminuição da
distribuição de resultados ou a emissão de títulos de participação.
Capital de risco:
Participação (normalmente, temporária e minoritária) no capital próprio de
empresas com potencial de expansão e viabilidade, permitindo a partilha de risco
do negócio.
Capitais alheios estáveis:
Empréstimos de sócios, empréstimos bancários, empréstimos de
integração de capital, são algumas das formas de financiamento em capitais
alheios de que a empresa se poderá socorrer.
Leasing:
Financiamento, por parte de intermediários financeiros, da aquisição de
bens e respectiva cedência em locação, mantendo, no entanto, estes
intermediários a propriedade do bem em questão como garantia.
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2 - Mercado de Capitais
O Mercado de Capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários,
o qual proporciona liquidez aos títulos de emissão de empresas, viabilizando o
processo de capitalização.
Sua Constituição se dá pelas:
Bolsas de valores, sociedades corretoras, e instituições financeiras
autorizadas.
Nesse mercado temos que observar é que os principais títulos negociados
são os títulos mobiliários, eles representam o capital social das empresas, as
ações, ou então de empréstimos tomados pelas empresas no mercado, que são
representados pelos debêntures, que são títulos emitidos por empresas da
modalidade S/A, os quais são conversíveis em ações, os bônus de subscrição
que é o direito de preferência do acionista de subscrever (adquirir) novas ações
de uma companhia aberta durante uma eventual operação de aumento de capital
desta empresa, além de outros papeis comerciais, entre os quais o “Commercial
Papers”, o qual visa permitir a circulação de capital para custear o
desenvolvimento econômico.
Tanto a poupança individual quanto a poupança das empresas, que seriam
seus lucros, constituem a principal fonte de financiamento dos investimentos de
um país. É como se fosse um ciclo vicioso, pois tais investimentos é o que
alavanca o crescimento econômico do país.
Os mercados de capitais são mais fortes e dinâmicos nos países
capitalistas mais desenvolvidos. Ao passo que nos países em desenvolvimento, o
que se observa é a fraqueza desses mercados, o que sem dúvida dificulta a
formação de poupança, o que se transforma em um grande obstáculo ao
desenvolvimento, obrigando os referidos países a recorrerem ao mercado de
capitais internacionais.
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O crescimento das empresas faz com que elas cada vez mais precisem de
mais recursos, os quais são obtidos ou por empréstimos de terceiros,
reinvestimentos de lucros e pela participação de acionistas.
Com a aquisição dos recursos necessários, as empresas aí então possuem
condições de investir em novos equipamentos ou então no desenvolvimento de
pesquisas, para que com isso possa melhorar seu processo de produção, fazendo
com que sua empresa torne-se mais eficiente, e com isso beneficie toda a
comunidade.
O que distingue o mercado de capitais do mercado monetário, é que este
movimenta recursos a curto prazo, mesmo que as duas possuem muitas
instituições em comum.
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3 - Mercado Monetário
O mercado monetário é um mercado especificamente para financiamentos
e aplicações de curto prazo, no qual instrumentos financeiros de curto prazo como
bilhetes do tesouro, papel comercial ou financiamentos inter-bancários são
negociados.
O mercado monetário consiste essencialmente em instituições financeiras
e brokers, que por sua vez podem intermediar os instrumentos de curto prazo por
conta de outras instituições não-financeiras. Os prazos de financiamento e
aplicações neste mercado são tipicamente abaixo de 13 meses.
Neste tipo de operações, os bancos com liquidez excedentária cedem
fundos aos bancos que se encontrem na situação inversa.
O Mercado Monetário é uma das subdivisões do Mercado Financeiro. O
Mercado Monetário – ou mercado de moeda – é onde ocorrem as captações de
recursos à vista, no curtíssimo e no curto prazo. Nesse mercado, atuam
principalmente os intermediadores financeiros, negociando títulos e criando um
parâmetro médio para taxas de juros do mercado.
O Mercado Monetário é constituído pelas instituições do mercado
financeiro que possuem excedentes monetários e que estejam interessadas em
emprestar seus recursos em troca de uma taxa de juros. Também é composto por
aqueles agentes econômicos com escassez de recursos, que precisam de
dinheiro emprestado para manter seu giro financeiro em ordem. É nesse ponto
que chegamos a definir os prazos. No geral, as negociações com títulos e outros
ativos no mercado monetário não ultrapassam os 12 meses. Por isso figuram
nesse mercado, na grande maioria dos casos, os Certificados de Depósito
Interbancário e as operações de empréstimo de curto prazo feitas com títulos
públicos – operações compromissadas.
O Mercado Monetário é marcado também pelo controle da liquidez
exercida pelo Banco Central. Neste caso, a liquidez diz respeito ao volume de
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papel moeda em circulação, ou seja, ao volume de dinheiro que está transitando
livremente na economia. Por exemplo: um grande fluxo de recursos pode trazer
um custo menor para o dinheiro (taxas de juros baixas), porém um consumo muito
forte (o que gera forte inflação no curto e médio prazo, desequilibrando nossa
economia).
Portanto o Mercado Monetário é o grande responsável pela formação das
taxas de juros – a Taxa Selic e o CDI, sendo também bem controlado
pelo COPOM através de sua política monetária bem estabelecida.
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4 - Mercado Cambial
Mercado cambial ou de câmbio é onde se troca uma moeda por outra. Aqui
no Brasil o mais comum é trocar real por dólar, euro, franco, marco, libra, coroa
dinamarquesa etc. Isso é conseqüência da necessidade de se deslocar para os
países onde essas moedas circulam ou comprar algum produto produzido pelos
respectivos países. Também ocorre uma intensa troca das mais variadas moedas
como forma de ganhar (e às vezes perder) com suas variações nos mercados
internacionais. São especuladores e instituições financeiras. Esse segmento do
mercado internacional é muito lucrativo e extremamente importante para a
economia dos participantes.
A variação da taxa de câmbio pode ser influenciada por fatores domésticos,
como a posição das reservas cambiais, a situação do balanço de pagamentos, a
condução da política econômica etc.
Fatores externos também podem interferir na taxa de câmbio, como a
evolução das taxas de juro internacionais (comparativamente às taxas de juros
domésticas), pois podem determinar o fluxo de moeda dos investidores.
A maior parte das grandes e médias empresas de hoje não sobreviveriam
sem as relações financeiras internacionais. O mercado do câmbio é realidade
para a maioria dos investidores e não apenas em pessoa jurídica, já que as
variações da moeda nacional estimulam a compra de dólar particular, para
investimento próprio. Toda a negociação financeira que extrapola os limites das
fronteiras nacionais cai no controle do mercado de câmbio. No Brasil, o câmbio
comercial ou de turismo é controlado pelo Banco Central. Assim, tudo o que entra
e sai do país por intermédio de negociações financeiras deve responder ao Banco
Central, com exceção do mercado paralelo – câmbio não regulamentado.
A moeda estrangeira possui um valor, como uma mercadoria, em moeda
nacional. Essa é a taxa de câmbio. No caso do mercado flutuante (o de turismo),
a taxa é livre, oscilando de acordo com o mercado, pois não possui um
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regulamento que defina seu valor fixo. Esse tipo de câmbio não é usado apenas
para negociações relativas ao turismo, também se aplica a transações de doação
a entidades, pensões, tratamentos de saúde, heranças e contribuições para
instituições internacionais por ser mais acessível em pequenos investimentos.
Câmbio de Investimento
É Outra movimentação recomendada para quem tem familiaridade com o
mercado de câmbio é a compra de dólar para aplicação. Essa atividade afasta a
insegurança da flutuação da moeda brasileira e também pode ser feita através
da aquisição de títulos cambiais. No caso do mercado comercial, usa-se como
valor o dólar comercial. Através do câmbio é possível realizar negociações de
importação e exportação, movimentações bancárias e pagamento de serviços.
Assim, como tudo o que entra e sai do Brasil precisa de um registro de
transação do Banco Central, esse ganho é denominado spread cambial. Ele
representa a diferença entre a taxa de compra e a de venda da moeda. E como
era de se imaginar, o spread cambial acaba ficando com a maior parte do bolo
da renda final.
O Mercado Paralelo
A margem dessa regulamentação, toda negociação feita sem ter o Banco
Central como intermediário é denominado mercado de câmbio paralelo, ou
como é mais conhecido popularmente: o câmbio negro. Nesse caso, toda
movimentação, posse de moeda estrangeira ou negociação realizada fora dos
padrões relacionados acima são considerados ilegais, sujeitos à pena de lei. No
Brasil essa prática ainda é freqüente, criada como uma forma de fuga frente ao
monopólio do mercado de câmbio operado pelo Banco Central. Potencializada
pela cultura de lucratividade ilícita, em território nacional é muito comum
comerciantes aceitarem a moeda estrangeira na comercialização de produtos
como artesanato e oferta de serviços de turismo internacional. A atividade gera
grandes perdas na receita cambial do país, uma vez que os valores que
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circulam pelo mercado paralelo não são contabilizados na conta de Turismo do
Balanço Geral de Pagamentos.
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CONCLUSÃO
A importância das instituições financeiras como agentes da circulação de
riquezas nas modernas economias de mercado, a busca por capital de baixo
custo para financiar o desenvolvimento econômico pelo aquecimento da atividade
empresarial, o fenômeno da falta de transparência, que pode redundar nos
insucessos empresariais como impactos nas economias nacionais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Bastardo, Carlos e Gomes, António Rosa; O Financiamento e as Aplicações
Financeiras das Empresas; Texto Editora; 6ª edição; 2003.
BARRETO, Ilídio; Manual de Finanças, Editora Abril, 2001.
NESS Júnior, LEE Walter; A influência da Correção Monetária no Sistema
Financeiro; Rio de Janeiro; IBMEC; 1977.
<http>://www.portalhotmoney.com>Acesso em: 27 maio. 2011
<http://www.bcb.gov.br>Acesso em: 27 maio. 2011
<http://economia.culturamix.com>Acesso em: 27 maio. 2011
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