Download - TCC Abordagem da Comunicacao
A importância do uso da Abordagem da Comunicação no
ensino de EFL (Inglês como Língua Estrangeira) e ESL
(Inglês como Segunda Língua).
LUCAS CAIRES HARDER
Brasília-DF2012
LUCAS CAIRES HARDER
A importância do uso da Abordagem da Comunicação no
ensino de EFL (Inglês como Língua Estrangeira) e ESL
(Inglês como Segunda Língua).
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa da Faculdade Evangélica, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Letras.Orientador (a): Profª. M.Sc. Marli Vieira Lins de Assis
Brasília-DF2012
LUCAS CAIRES HARDER
A importância do uso da Abordagem da Comunicação no
ensino de EFL (Inglês como Língua Estrangeira) e ESL
(Inglês como Segunda Língua).
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa da Faculdade Evangélica, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Letras.Brasília-DF, 04 de dezembro de 2012.
Banca Examinadora:
___________________________________Profª. M.Sc. Marli Vieira Lins de Assis
___________________________________Prof. Raimundo Nonato Jr
1
A importância do uso da Abordagem da Comunicação no ensino de EFL
(Inglês como Língua Estrangeira) e ESL (Inglês como Segunda Língua).
Lucas Caires Harder
Resumo: Este trabalho tem como objetivo apresentar os principais benefícios de se
adotar uma abordagem apropriada para o ensino do inglês como segunda língua e
também como língua estrangeira. Destaca-se a Abordagem da Comunicação como
a abordagem mais apropriada para preparar os alunos de inglês para as práticas
sociais. Sendo a comunicação o objetivo principal em se aprender inglês, uma
abordagem comunicativa proporciona a possibilidade de os alunos atingirem seus
objetivos, ou seja, a fluência na língua inglesa, mais rapidamente e com mais
eficiência. Este trabalho também apresenta algumas ideias e sugestões práticas
sobre atividades influenciadas pela Abordagem da Comunicação para os
professores adotarem em sala de aula.
Palavras-Chave: abordagem da comunicação, ensino de inglês como língua
estrangeira, segunda língua.
Introdução:
O objetivo principal de se tratar da Abordagem da Comunicação é,
primeiramente, apontar as principais contribuições da Abordagem Comunicativa não
só para a aprendizagem da língua inglesa, mas também para que o aluno tenha uma
maior participação social. E também tornar o trabalho dos professores de língua
inglesa mais eficiente, ajudando-os a atingir o objetivo principal de uma aula de
inglês, que é a fluência dos alunos na língua inglesa, em um período de tempo mais
curto possível.
Esta abordagem é muito importante, pois entende-se que para uma boa
comunicação em uma língua estrangeira, seja necessária uma metodologia que
ofereça ao aluno uma oportunidade de, já nos primeiros contatos com a língua,
poder experimentá-la de forma real e prática, podendo assim, usá-la em seu dia-a-
dia. Surgiu então a pergunta desta pesquisa, que será respondida por meio de uma
pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico: Qual a importância dos textos reais para
o ensino da língua inglesa? E que contribuições a Abordagem Comunicativa traz
2
para o aluno? Como objetivos específicos, apresentar um recorte histórico do ensino
de língua inglesa no Brasil; discutir algumas abordagens destinadas ao ensino da
língua inglesa, dando ênfase na Abordagem Comunicativa e analisar como aulas
influenciadas pela Abordagem da Comunicação podem contribuir para as práticas
sociais dos alunos.
Professores de inglês, mesmo com pouca experiência em sala de aula,
podem perceber que existem alunos com todos os tipos de dificuldades na
aprendizagem dessa nova língua. Muitos desses alunos estão tentando aprender
com diferentes abordagens e metodologias e sofrem por não conseguirem colocar
em prática o que aprendem. Vivem uma situação em que o conhecimento que têm
fica apenas no caderno e às vezes escrito em alguma atividade em livro didático,
não conseguindo usar o que aprendem no que é mais importante, ou seja, na
comunicação em seus trabalhos, viagens e em entrevistas para oportunidades de
emprego. A Abordagem da Comunicação enfatiza a interação entre indivíduos desde
as primeiras aulas de inglês. Ela tem uma característica flexível, interessante e
prazerosa e não cheia de regras e padrões durante o processo de ensino. Uma
metodologia com foco na Abordagem da Comunicação pode facilitar o processo de
aprendizagem para o aluno atingir seus objetivos em relação à língua.
É visto que na maior parte das escolas de inglês o ensino da língua tem uma
perspectiva totalmente gramaticista, preparando o aluno apenas para identificar
elementos gramaticais e deixando-o totalmente desvinculado das práticas sociais.
Sabe-se que o objetivo da maior parte dos alunos é aprender inglês para poder se
comunicar de forma eficiente, mas o que se pode ver são, na maioria das vezes,
alunos de inglês que não conseguem sucesso em qualquer tipo de participação
social, pois nunca treinaram contextos e situações reais em sala de aula. O inglês
agora não é importante apenas para motivos profissionais, mas também para
motivos de interação social. Logo, geralmente, um aluno de inglês precisa de um
inglês dinâmico, real e que sirva para suas relações emocionais também.
Diante dessas considerações, o tópico a seguir tratará do primeiro objetivo
específico que é uma retomada da história do ensino de língua, especificamente, do
inglês no Brasil.
1. Recorte histórico do ensino da língua inglesa no Brasil.
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1.1. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental (1998):
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental também
entendem que o ensino de língua estrangeira deve ter como objetivo principal a
interação entre pessoas e culturas e permitir que os alunos compreendam as várias
maneiras de se viver a experiência humana. Quando o aluno, de fato, aprende uma
nova língua, ele também aprende e conhece novas culturas, formas de pensar,
estilos de vida, sociedades etc, e como resultado, aprende o respeito e admiração
por pessoas diferentes, trazendo bons resultados já no ambiente em que vive.
No ensino fundamental, os cursos de língua estrangeira também se
encontram deslocados e o aumento do número de escolas oferecendo cursos
particulares é a prova disso. Durante o ensino da língua estrangeira, o aluno deve
estar engajado em situações reais que envolvam principalmente a participação e
criação de discurso. Isso é possível fazendo com que o aluno tenha experiências
reais na construção de significados. Outro requisito básico para a aprendizagem de
uma língua é a continuidade em uma língua específica. Logo, não faz sentido
ensinar na 5º série, espanhol, na 6º série, francês e na 7º série o inglês. A escola
precisa analisar as necessidades mais relevantes para os alunos daquela sociedade
e cultura, percebendo também a relevância do contexto social em que se encontram
antes de decidirem qual língua vai ser ensinada.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental sintetizaram a
situação atual do ensino da língua estrangeira no Brasil como uma disciplina que
não tem sido considerada um elemento importante na formação do aluno. Como
exemplo disso, os Centros de Línguas, que ministram aulas fora do horário normal
de aula das escolas, também o fato de, em algumas escolas, não ser matéria que
reprova e aprova, e o que é pior, algumas escolas oferecem o ensino da Língua
Estrangeira apenas para algumas séries.
O ensino de Língua Estrangeira não é visto como elemento importante na formação do aluno, como um direito que lhe deve ser assegurado. Ao contrário, frequentemente, essa disciplina não tem lugar privilegiado no currículo, sendo ministrada, em algumas regiões, em apenas uma ou duas séries do ensino fundamental. Em outras, tem o status de simples atividade, sem caráter de promoção ou reprovação. Em alguns estados, ainda, a Língua Estrangeira é colocada fora da grade curricular, em Centros de Línguas, fora do
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horário regular e fora da escola. Fora, portanto, do contexto da educação global do aluno. (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, 24.).
Estes fatos excluem, de certa forma, as línguas estrangeiras do contexto de
educação da criança e podem gerar o pensamento de que aprender uma nova
língua não é importante.
Para se aprender uma língua existem dois pilares principais, que são a visão
teórica da linguagem e a visão teórica da aprendizagem (Parâmetros Curriculares
Nacionais do ensino fundamental de 1998). Ou seja, aprender uma língua, significa
possuir o conhecimento dela e também o seu uso. Essa é a diferença entre aprender
uma língua e outras disciplinas. Para se aprender uma língua é necessário que se
adquira o conhecimento dela e também ao mesmo tempo, como usá-la e usá-la em
sociedade. Esse se torna então o maior desafio de se ensinar uma língua
estrangeira. Dentro de uma sociedade existem diversos tipos de discursos,
discursos da família, da política, dos amigos, da escola, entre tantos outros. Logo,
para um aluno estar preparado linguisticamente, ele precisa estar preparado para os
vários contextos inerentes à sociedade em que ele vive e a essas práticas
discursivas. Para se ensinar um aluno uma língua nova, se faz necessário permitir
que o aluno vivencie, na língua alvo, situações reais de uma sociedade. “Portanto, a
leitura atende, por um lado, às necessidades da educação formal, e, por outro, é a
habilidade que o aluno pode usar em seu contexto social imediato” (Parâmetros
Curriculares Nacionais 1998, p 20). Para tanto, é imprescindível que o aluno
desenvolva sua competência comunicativa.
1.2. Língua Inglesa:
Em relação ao ensino, especificamente do ensino da Língua Inglesa, o inglês
é reconhecido como a língua do poder econômico e dos interesses das classes
(Parâmetros Curriculares Nacionais 1998) e assim, normalmente ameaça posições
de prestígio de outras línguas. Também se reconhece que não há dúvidas de que é
necessária a aprendizagem do inglês pela sua importância na atualidade em
diversas atividades, desde o lazer até as atividades profissionais. Portanto, se o
ensino e o uso predominante da língua inglesa forem usados com o objetivo de se
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alcançar novas culturas e sociedades, então a Língua Inglesa está sendo usada
para a transformação do mundo.
1.3. Variação Linguística:
No que concerne à Variação Linguística, os Parâmetros Curriculares
Nacionais (1998) afirmam que o ensino das variedades da língua alvo, também pode
colaborar para o esclarecimento aos alunos sobre discriminação social. Por
exemplo, o fato de se ensinar a diferença entre o inglês falado pelos negros
americanos e os brancos americanos, pode fazer os alunos entenderem o que
acontece também em sua língua materna.
É útil apresentar para o aluno, por exemplo, como a variedade do inglês falado pelos negros americanos é discriminada na sociedade e, portanto, como, estes equivocadamente, são posicionados no discurso como inferiores. A comparação com variedades não hegemônicas do português brasileiro pode ser esclarecedora, já que seus falantes também sofrem discriminação social” (Parâmetros Curriculares Nacionais 1998, p.47).
Assim, o aluno compreende que a variação é algo normal e que ocorre em
qualquer língua.
1.4. Concepções teóricas no processo de ensino e aprendizagem da Língua
Estrangeira:
No que concerne às concepções teóricas no processo de ensino e
aprendizagem da língua estrangeira, existem três visões que mais influenciam esse
processo. “Pode-se dizer que as percepções modernas da aprendizagem de Língua
Estrangeira foram, principalmente, influenciadas por três visões: a behaviorista, a
cognitivista e a sociointeracional” (Parâmetros Curriculares Nacionais 1998, p. 55).
Essas concepções irão definir diretamente nas atividades propostas pelo professor
em sala de aula.
Na visão behaviorista, a aprendizagem da língua estrangeira é vista como um
processo de se adquirir novos hábitos linguísticos usando uma rotina que envolve o
estímulo e a exposição do aluno as palavras, as estruturas sintáticas etc. que são
passadas pelo professor. Essa visão de ensino incentiva o uso de metodologias que
têm como base atividades de repetição e substituição. Nessa visão, quando os
alunos erram, a culpa é do procedimento de ensino, logo, mudando o processo, o
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problema estará resolvido. O erro do aluno é culpa do processo de ensino e não do
aluno. Isso explica as mudanças tão comuns e recorrentes das metodologias nos
cursos de inglês.
A visão cognitiva entende que o aluno pode aprender a língua estrangeira
fazendo uma relação entre a língua alvo e a língua materna através de criação de
hipóteses e comparações. Diferente da visão behaviorista, a visão cognitiva entende
que os erros dos alunos fazem parte do processo de ensino. Um dos problemas
dessa metodologia é que o aluno, sempre relacionando a língua alvo com a língua
materna adquirirá o hábito de corrigir e criar frases com a mesma estrutura de sua
língua materna (por exemplo, o aluno, acostumado a usar o pronome possessivo
seu para se referir a terceira pessoa,tenderá a fazer o mesmo em inglês, o que é
totalmente errado).
A visão sociointeracional percebe que a aprendizagem é de natureza
totalmente interativa. Isso é expresso em sala através de atividades de interação
entre professor e aluno e aluno e aluno. O foco nessa visão é a interação entre
professor e aluno e não somente no professor ou somente no aluno e na
aprendizagem dele. A interação é a principal ferramenta de aprendizagem. Ao invés
de se usarem frases isoladas e sem sentido, as frases usadas em sala de aula são
introduzidas através de textos e diálogos entre alunos. Também não se analisa a
frase isolada, pois a frase não é mais o foco. O que se analisa, estuda e pratica, são
os textos completos e reais. O professor permite que os alunos criem textos sobre
os assuntos que quiserem e as atividades desenvolvidas são relacionadas ao que os
alunos criaram. De novo, aqui se encontra outra possibilidade de se gerar interesse
nos alunos em relação a Línguas Estrangeiras.
Pode-se notar que os Parâmetros Curriculares Nacionais se referem às
fraquezas do ensino de Língua Estrangeira como algo antigo, dando-se a entender
que, atualmente, o ensino está melhor. E de fato está, mas apenas na teoria.
Escolas públicas e particulares continuam oferecendo cursos, normalmente, com
pouca qualidade e os alunos continuam tendo de recorrer a cursos extracurriculares
para realmente aprenderem algo valioso e relevante para a comunicação. Algumas
escolas particulares encontraram como solução o convênio com cursos livres para
que os alunos tenham oportunidade de aprenderem a Língua Estrangeira com mais
qualidade.
1.5. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino médio (2000):
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Durante muitos anos, o inglês ensinado no Brasil, foi, na maior parte das
vezes, ensinado de maneira mecânica, superficial e sem fundamentos na realidade
da língua. Isso porque, sem explicação alguma, o ensino da língua estrangeira, em
geral, não era visto como uma matéria importante e de relevância para o
desenvolvimento do aluno como cidadão e como um membro de uma sociedade
cada vez mais interagida com outros povos e outras línguas.
O ensino de Língua Estrangeira não é visto como elemento importante na formação do aluno, como um direito que lhe deve ser assegurado. Ao contrário, frequentemente, essa disciplina não tem lugar privilegiado nocurrículo, sendo ministrada, em algumas regiões, em apenas uma ou duas séries do ensino fundamental. Em outras, tem o status de simples atividade, sem caráter de promoção ou reprovação. Em alguns estados, ainda, a Língua Estrangeira é colocada fora da grade curricular, em Centros de Línguas, fora do horário regular e fora da escola. Fora, portanto, do contexto da educação global do aluno. (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, p. 24).
Por conta disso, o foco do ensino era apenas o domínio da gramática
normativa e não a comunicação real entre pessoas de línguas diferentes.
Tendo esse tipo de mentalidade, em sala de aula, as escolas exigiam que os
alunos precisavam, basicamente, memorizar listas e palavras e praticar para as
provas conjugações de verbos. Verbos apresentados fora de qualquer contexto.
Muito menos contextos que faziam parte da vida dos alunos. Os exercícios e as
atividades em sala de aula eram baseados em pura gramática e as frases não
faziam parte da realidade da maior parte dos alunos, gerando neles, como
consequência, desinteresse na língua estrangeira, sendo a mais comum, a língua
inglesa. Na maior parte das vezes, os alunos tinham de praticar a língua alvo usando
frases absurdas e sem sentido ou utilidade alguma. Por exemplo, a frase encontrada
em um livro didático adotado em uma escola particular: “eu tenho cinco jarras de
mostarda. Você gostaria de_______jarras?” Click Together (2001). Um adolescente
provavelmente não se interessaria em praticar essa frase com algum colega por ser
um assunto que normalmente não faz parte de uma comunicação entre jovens. Ele
leria essa frase e alguns minutos depois não saberia mais construir uma sentença
com a mesma estrutura em outro contexto.
É reconhecido que o ensino de línguas estrangeiras foi considerado durante
algum tempo como disciplina com pouca relevância e que somente há alguns anos
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passou a ser considerada matéria importante e tão relevante como as outras. Como
argumento para tal, é afirmado que o ensino de outras línguas é parte essencial para
a aproximação de outras culturas e consequentemente a integração em um mundo
globalizado.
Passou-se então a perceber que frases como “O estacionamento está limpo!
Tem só______de sujeira nele”Click Together (2001) e atividades como memorização
de listas de verbos e palavras não eram suficientes para oferecer aos alunos as
capacidades necessárias para interagirem neste mundo globalizado e exigente. Os
alunos precisariam de muito mais para estar de fato preparados para, pelos menos,
o essencial em uma situação de comunicação. Ao contrário do que estava sendo
ensinado e da maneira como a língua estrangeira estava sendo ensinada, agora o
objetivo das escolas é capacitar seus alunos a se comunicarem em diversos
contextos diferentes, sendo capazes de, sozinhos criarem, argumentarem,
entenderem e analisarem. Para tanto, frases sem sentido teriam de ser eliminadas
das aulas e consequentemente dos materiais didáticos.
Mas como isso seria feito? Primeiro mudando o material didático que tenha
como foco a gramática para um material didático que realmente incentivasse a
aprendizagem da língua em foco. Depois, colocando professores com um domínio
maior da língua. Professores sem o domínio da língua não conseguem gerar
interesse nos alunos e por isso também não conseguem continuar motivados.
Deve-se considerar também o fato de que as condições na sala de aula da maioria das escolas brasileiras (carga horária reduzida, classes superlotadas, pouco domínio das habilidades orais por parte da maioria dos professores, material didático reduzido a giz e livro didático etc.) podem inviabilizar o ensino das quatro habilidades comunicativas” Parâmetros Curriculares Nacionais 2000, p. 25).
Como consequência, as aulas são mais ou menos no estilo, você finge que
aprende e eu finjo que ensino. E por fim, e também como consequência dos dois
primeiros atos, seria necessário trazer e gerar interesse nos alunos em relação à
língua ensinada. Para isso, além de professores mais capacitados, a escola
ofereceria ferramentas e oportunidades para os alunos estarem em contato com a
língua estrangeira mais frequentemente e assim, poderem perceber a importância
de aprendê-la.
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É entendido que as capacidades de entender, ler, escrever e falar, sejam
importantes como objetivos de um curso de língua estrangeira, mas reconhecem
também que, para de fato existir comunicação, é necessário mais do que uma
simples compreensão de textos dados em sala de aula. Por isso, cabe às escolas
oferecerem um curso que capacite o aluno não somente a entender enunciados
corretos, mas também a chegarem a um nível de competência linguística e
comunicativa que permitirá ao aluno ter acesso a vários tipos de informações. Isso
se faz através da introdução do aluno em contextos e situações da vida real.
2. Algumas abordagens destinadas ao ensino da língua inglesa, com ênfase
na Abordagem Comunicativa:
De acordo com Richard e Rodgers (1986), a abordagem é a perspectiva sob
qual a língua é vista pelo professor, coordenador ou instituição de ensino. A
abordagem usada no ensino de uma língua vai definir as estratégias que serão
usadas pelo professor em sala de aula. Isso quer dizer que as atividades propostas
para os alunos,o relacionamento e interação entre alunos / alunos e alunos /
professor, a forma de se lidar com erros, entre outras ações em sala, serão guiadas
e influenciadas pela abordagem adotada,ou seja, tudo vai funcionar para o mesmo
objetivo; ou ensinar gramática ou estruturas, vocabulário, comunicação etc.
Dentre as abordagens mais comuns usadas para se ensinar uma língua,
temos a Abordagem Estrutural, Abordagem Gramatical, Abordagem Lexical, a
Abordagem Discursiva e a Abordagem Comunicativa. Este trabalho abordará mais
detalhadamente a Abordagem Comunicativa por ser uma abordagem muito pregada
por alguns autores, como H.G. Widdowson, como a mais eficiente no ensino de uma
língua. O foco deste trabalho será, então, o uso da Abordagem da Comunicação no
ensino da língua inglesa, por ser esta considerada uma das línguas mais estudadas
no mundo inteiro, se não a mais estudada.1
Para se compreender melhor como uma abordagem influencia de maneira
direta uma aula, se terá como exemplo um curso de inglês de uma escola renomada
em Brasília. No site desta escola, no tópico que explica sobre a metodologia, pode-
se ver, logo nos primeiro itens, que é necessário que o aluno faça todos os
1 Informação retirada de:
(http://www.sprc.pt/upload/File/PDF/Sectores/1Ceb/LINGUASE.pdf, p.3).
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exercícios de gramática, memorize diálogos, escute CDs, entre outros, para que a
metodologia funcione. Poderia se supor que a Abordagem Estrutural é a abordagem
adotada por essa escola pela ênfase dada na importância da gramática e das frases
corretas. “Ao ensinarmos uma língua estrangeira, aceleramos o processo de
aprendizagem eliminando, dentro do possível, os processos naturais de tentativa e
erro, dando ao aluno a oportunidade de falar certo desde o início”.2 Pode-se
perceber que o objetivo da escola no processo de aprendizagem é fazer o aluno
escrever e produzir frases corretas eliminando o processo de erro, que a própria
escola chama de processo natural. É de se esperar então, que a forma como a
língua é ensinada nessa instituição de ensino é através de repetições, drills e
memorizações. Em outras palavras, o aluno só falará certo quando estiver
reproduzindo exatamente o que o professor falou.
De acordo com Widdowson (1991), o que tem acontecido é que alunos,
principalmente de países em desenvolvimento, têm recebido educação formal em
língua inglesa durante muitos anos, mas não têm de fato a habilidade de se
comunicarem em situações reais, nem de entenderem de fato o uso da língua, tanto
de forma falada como de forma escrita. O problema começou a vir à tona quando o
acesso a oportunidades educacionais fez com que os alunos precisassem ler livros
técnicos que só existiam em inglês. E claro, uma leitura eficiente envolve entender
como a língua ocorre dentro da comunicação e essa compreensão específica é o
que parece faltar para os estudantes de inglês.
O problema, no entanto, não precisa ser necessariamente apenas da
qualidade dos professores e das instituições de ensino. Isso se pode provar pelo fato
de existirem muitos professores bons, ensinando em instituições boas, com diversos
workshops e treinamentos disponíveis e ainda sim os alunos se graduarem sem
terem o domínio eficiente da língua na situação de uma comunicação real.
O que se ensina normalmente em treinamentos e cursos para professores de
inglês é que, nas aulas, se devam apresentar situações e contextos para se
aprender e praticar estruturas de frases. O foco principal é promover o conhecimento
do sistema da língua através de um desempenho controlado pelo professor. Por
exemplo, quando um tópico gramatical estiver sendo ensinado, o professor cria
algumas situações e contextos para que o aluno possa perceber como usar aquela
forma especifica. De acordo com Widdowson (1991) se pode supor que essa
2 Informação retirada de: http://www.brasas.com/site/conteudo/sobre_metodo.php
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abordagem estrutural capacita o aluno a simplesmente construir frases corretas pela
simples habilidade de entender os elementos formais da língua e associá-los aos
sons e ao que está escrito em um papel.
Porém, sabe-se que a habilidade de se criar frases corretas não é o suficiente
para se comunicar. A comunicação só ocorre quando se desempenha uma
variedade de atos que são naturais e normais em um contexto social. Pessoas não
se comunicam através de criação de frases, mas sim, usando as frases para se
dizer diferentes coisas, como por exemplo, fazer perguntas, descrever, classificar,
afirmar etc. O simples fato de se saber criar frases não significa muito quando se
trata de estabelecer comunicação. O que mais importa é saber dar sentido e valor
para as frases de acordo com o uso normal em sociedade quando se estabelece
comunicação. Uma abordagem que ensina a língua sob uma perspectiva estrutural e
formal da frase, provavelmente não será eficiente em fazer o aluno compreender o
uso da língua em forma de comunicação real.
Outro aspecto importante sobre o ensino de uma língua através de situações
dadas em sala de aula com o objetivo de se ensinar uma estrutura é que as
situações passadas pelo professor tem o intuito de se explicar a estrutura, ou seja,
ensinar aos alunos o significado de algo. O valor, ou seja, o sentido da frase dentro
de comunicação, nesse caso, não entra em consideração. O objetivo do professor é
ensinar apenas estrutura e provavelmente o aluno aprenderá apenas a estrutura.
Para que o professor faça o aluno aprender o valor, o sentido real de uma frase para
a comunicação, o professor deve cuidar para que as situações usadas sejam as
mais reais possíveis. Usando frases falsas e criadas simplesmente para se ensinar
estrutura, o professor poderá estar ensinando ao aluno frases que normalmente não
seriam construídas daquela forma ou usadas em uma situação real de comunicação.
O aluno não estará se tornando eficiente para uma situação de comunicação. O que
precisa ficar claro, é que a as frases ensinadas estão em função da comunicação e
não ao contrário. Usando-se uma abordagem que tenha como foco a estrutura da
frase, o aluno aprenderá apenas o significado da frase não o valor que ela tem em
uma comunicação dentro da sociedade.
Para se entender melhor o parágrafo anterior, usaremos a frase “So, you are
late” (então, você está atrasado). Como se percebe facilmente, esta frase, de acordo
com a gramática da língua inglesa e portuguesa, está no afirmativo. Um aluno que
aprendeu através de uma abordagem estrutural também perceberá facilmente que
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esta é uma frase afirmativa. No entanto, dentro de um contexto real de
comunicação, nem toda frase criada na forma afirmativa, é de fato uma afirmação.
Em uma situação real de comunicação a frase citada acima provavelmente nunca
teria um sentido de afirmação, e sim de interrogação. O estudante de inglês só
conseguirá perceber isso, se aprender sobre uma abordagem que veja a língua
como comunicação. “Uma forma linguística pode suprir uma variedade de funções
comunicativas, e uma função pode ser suprida por uma variedade de formas
linguísticas” (WIDDOWSON,1991, p.119).
O que se pode ver, muitas vezes, é que os alunos de língua inglesa têm
dificuldades em perceber a relevância de certos elementos linguísticos para seus
aprendizados. Pode-se perceber também, pela falta de interesse dos alunos em sala
de aula e pela evasão dos cursos de inglês, que o que se tem ensinado não faz
muito sentido (mesmo o professor tendo um objetivo relevante com aquelas aulas)
para o que eles precisam e procuram. Frases sem contexto de uma comunicação
real impedem que os alunos usem e criem frases durante necessidades reais de
comunicação. Cook (1989, p. 06) afirma que “existe mais em produzir e entender
uma linguagem que faz sentido – para a comunicação – do que saber como fazer ou
reconhecer frases corretas”. Nem todas as frases são interessantes, relevantes ou
apropriadas. Não se pode, com o intuito de se comunicar, começar a colocar uma
frase na frente da outra e torcer para que faça sentido. “Pessoas nem sempre falam
ou escrevem com frases completas, no entanto elas ainda assim têm sucesso na
comunicação. Saber o que é necessário para se criar uma frase correta, e aonde
aquela frase termina, mesmo podendo ser importante e valer a pena ensinar,
claramente não é o suficiente” COOK, (1989, p. 3).
Pode-se começar a perceber que, como Cook pontua, ser um comunicador
envolve muito mais do que saber criar e reconhecer frases corretas. É necessário
conhecer como se usa a língua, os diferentes sentidos que uma frase pode ter, os
diferentes significados de um termo e o uso apropriado das palavras dependendo do
contexto. Não há nada de errado em se ensinar gramática e estruturas frasais em
uma aula de inglês, por exemplo. Pode ser importante, mas a comunicação não
depende só de gramática para acontecer,aliás, a gramática pode ser usada e é,
muitas vezes, usada em situações de comunicação e pode ser apropriada e útil para
o desenvolvimento da comunicação, mas a estrutura formal, na verdade, é apenas
um dos apoios que a língua tem para se estabelecer a comunicação. A entonação, o
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contexto, o comportamento, os gestos a respiração são outros apoios para se
comunicar eficientemente. “Discurso pode ser composto por uma ou mais frases
bem formadas gramaticalmente – e normalmente é – mas não necessariamente tem
que ser” e também “Discurso trata as regras gramaticais como um recurso, em
conformidade com elas quando é necessário, mas se separando delas quando não é
necessário”. COOK (1989, p.6).
Umas das características de uma aula ministrada sob a perspectiva da
Abordagem da Comunicação é a possibilidade e o incentivo dado aos alunos para
produzirem e participarem de diálogos. Uma comunicação real é feita, normalmente,
através de diálogos. Quando se fala em comunicação, provavelmente a primeira
ideia que se passa na mente de alguém é a visualização de duas ou mais pessoas
interagindo verbalmente – e algumas outras vezes não verbalmente. Um diálogo
bem sucedido, talvez seja a melhor expressão de uma comunicação. Desde bebê,
uma pessoa se acostuma a participar de diálogos, mesmo quando fazendo apenas
sons com a boca enquanto a mãe conversa com ela COOK (1989). Pode-se então,
supor que o diálogo real, mesmo com muitos erros estruturais, é eficiente para
treinar o aluno a de fato se comunicar.
Outro fato que se percebe em um diálogo é a naturalidade que ele acontece.
Um diálogo flui de acordo com os interesses e necessidades de quem fala. Logo,
não faria sentido, durante um diálogo, um dos falantes apenas repetir o que o outro
falante diz. Isso, na verdade, nem poderia ser considerada uma comunicação - a
não ser em um caso em que repetir a fala de outro fizesse algum sentido dentro de
algum contexto bem especifico. Widdowson afirma que “o princípio da Abordagem
da Comunicação é que a língua deve ser apresentada de tal forma que se caráter de
comunicação” (1991, p.125). Então, por que seria interessante e eficaz, ensinar em
sala de aula diálogos através de repetições e memorizações? Seria uma ação
totalmente fora da realidade de qualquer falante de qualquer língua. E o que se
propõe quando se fala em ensinar uma nova língua é a capacitação para comunicar
com outras pessoas.
Para se perceber como seria a prática de diálogos em uma aula de inglês,
usaremos como exemplo uma atividade ministrada por um professor que ensina sob
a Abordagem da Comunicação. Eis o diálogo:
Professor – você gosta de viajar?
Aluno – sim.
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Professor – para onde você foi em sua ultima viagem?
Aluno – Rússia
Professor – Rússia?! Que interessante! Eu nunca estive na Rússia! O que
você foi fazer lá?
Aluno – fui assinar um contrato para a minha empresa.
Professor – empresa de quê?
Aluno – de energia renovável.
Professor – e deu tudo certo?
Aluno – sim!
Esse diálogo não tinha um roteiro específico. Existia o objetivo que era
praticar perguntas, mas a conversa poderia fluir naturalmente. Alguns elementos da
comunicação real podem ser facilmente encontrados nesse diálogo. Por exemplo, o
aluno não sabia qual seria a próxima pergunta. O aluno não sabia se o professor ia
se interessar pelas respostas; o aluno se animou no decorrer do diálogo; e o
professor se interessou pelo o que o aluno respondeu. Esse aluno se sentirá bem
mais confiante e, de fato, preparado quando se deparar com uma situação de
comunicação real em inglês. Ele está desenvolvendo um grupo de habilidades que
Hymes chama de Competência Comunicativa Cook (1989).
Agora veremos um diálogo que ocorreu entre um aluno e um professor que
ensina sob a Abordagem Estrutural.
Professor – minhas falas são as que foram ditas pelo rapaz no diálogo que
está no quadro e as suas falas são as da moça, ok?
Aluno – ok.
Professor – bom dia! Você tem bolo de chocolate?
Aluno – sim, tenho. Você gostaria de comprar um?
Professor – eu gostaria de comprar 10. Eu fiz encomenda.
Aluno – como é o seu nome?
Professor – João.
Aluno – ok. 10 bolos de morango.
Professor – não! Na verdade, são 10 bolos de chocolate!
Aluno – oh! Me desculpe. É verdade.
Esse diálogo tinha um roteiro específico. Chegar ao final do diálogo através
da leitura e repetição. Ele tinha um objetivo de estabelecer uma discussão. Nessa
atividade, o aluno praticou a pronúncia, reviu vocabulário e fixou algumas estruturas
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frasais. Mas ele dificilmente desenvolveu alguma habilidade necessária para um
diálogo real, ou seja, a comunicação. No máximo, se tiver muita sorte, poderá
reproduzir esse mesmo diálogo se a situação for exatamente a mesma.
O que se acredita ser eficaz para habilitar o aluno a se comunicar, são
atividades que tenham como foco, na maior parte do tempo a promoção de interação
do aluno com outros colegas e com o professor. E quando se fala em interação, não
se quer dizer repetições ou leituras, mas diálogos reais, cheios de perguntas,
expressões, emoções, dúvidas e afirmações. Tentando explicar isso melhor,Lynch 3
afirma que se pode ver a Abordagem da Comunicação como união de outras duas
abordagens juntas. A primeira, a Abordagem da Instrução, baseada em conteúdo.
Por essa abordagem, ele diz que: “o foco das aulas não é na língua ou na estrutura
por si só, mas em fazer os alunos adquirirem habilidades ou algum conhecimento
usando o inglês como língua de instrução”. Ou seja, no final das contas o aluno vai
ter adquirido habilidades comunicativas e, além disso, o conhecimento desejado.
A segunda abordagem apresentada por Lynch é o aprendizado baseado em
tarefas. Ele afirma que “o foco é prover atividades comunicativas necessárias para o
aprendizado da língua inglesa, desempenhar tarefas usando a língua alvo e usar a
língua inglesa para aprender outras tarefas”.
Dentro de sala de aula, não existe diferença entre a Abordagem da
Comunicação e a Abordagem do Discurso. Inclusive, algumas vezes as duas
abordagens são mencionadas como as mesmas por alguns autores, como por
exemplo, Guy Cook no livro “Discourse”, esclarece que a linguagem em uso, ou
seja, a comunicação, pode ser chamada de discurso e o que busca dar coerência ao
discurso é a Análise do Discurso. A diferença se torna perceptível quando se analisa
suas teorias de estudo. A Abordagem do Discurso tem o foco em analisar quais tipos
de linguagem são mais apropriados para certos tipos de contexto. Já a Abordagem
da Comunicação coloca em prática em sala de aula os usos da linguagem nas
formas mais apropriadas, sem precisar explicar como e por que a língua ocorre
daquela forma.
A partir das discussões apontadas segue o tópico 3 que relaciona de maneira
direta a abordagem da comunicação e a construção de textos, considerando as
práticas sociais em que os discentes estão envolvidos.
3 Informação retirada de: http://ezinearticles.com/?What-is-a-Communicative-Approach-to-English-Language-Teaching?&id=1242671).
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3. Como aulas influenciadas pela Abordagem da Comunicação podem
contribuir para as práticas sociais dos alunos?
Entendendo que as atividades usadas em sala de aula influenciam
diretamente na percepção que o aluno tem da língua alvo, serão apresentadas nos
próximos parágrafos algumas atividades e ideias específicas para aulas de inglês
que os professores poderiam usar e adotar para que os alunos tenham habilidades
mais aprimoradas para se comunicarem de forma mais eficiente. Sabe-se que as
atividades e exercícios normalmente propostos para os alunos, passam a ideia de
como é uma comunicação real em um país que tenha a língua inglesa como língua
materna e assim, os alunos se preparam de acordo com o que vêm em sala de aula.
Para que o aluno não tenha surpresas durante a comunicação real, se deparando
com diálogos totalmente diferentes dos vistos e praticados em aula, o professor tem
algumas possibilidades eficazes para preparar o aluno para o que realmente vai
acontecer durante uma situação real.
Sabendo que a comunicação não é estabelecida apenas oralmente, conclui-
se que outros tipos de habilidades também são essenciais para uma comunicação
eficiente. Ouve-se muito falar sobre as quatro habilidades comunicativas – escrever,
falar, ouvir e ler. Cada uma dessas habilidades pode ser trabalhada com diferentes
abordagens dependendo dos objetivos que se quer alcançar – nem sempre é a
comunicação – e, a abordagem escolhida, pode fazer a diferença.
Pensando na aquisição da língua inglesa com propósitos de comunicação,
serão analisadas algumas ideias de ensino das quatro habilidades da comunicação
propostas por Harmer (2007). São propostas ideias, direcionadas para professores,
com o objetivo de prepararem seus alunos para uma comunicação eficiente e clara
em situações reais (práticas sociais, a partir de agora).
3.1. Ensinando a Ler:
Tendo um objetivo específico já estabelecido para se aprender a ler em
inglês, se faz necessário escolher as formas mais apropriadas para se desenvolver
essa habilidade. E, tendo a comunicação nas práticas sociais como objetivo
específico, serão apresentadas algumas formas de preparar os alunos de inglês
para tal.
O que se deve prestar bastante atenção é no motivo que o aluno tem de
aprender a ler em inglês. Se é para a leitura em alguma prática social especifica, por
exemplo, leitura de assuntos relacionados a trabalho ou se para algum objetivo mais
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geral, como por exemplo, a leitura por prazer. Harmer apresenta dois tipos de leitura.
A leitura intensiva e a leitura extensiva. A leitura intensiva se refere à leitura de
textos que normalmente ocorrem em sala de aula e normalmente tem o objetivo de
se trabalhar algum tópico gramatical, vocabulário ou sentido do texto. A leitura
extensiva normalmente trabalha com textos que ocorrem comumente fora de sala de
aula. Isso pode incluir romances, sites, revistas, jornais ou qualquer outro material
de referência. Esse tipo de leitura também pode ser chamado de leitura por prazer.
A leitura extensiva ou leitura por prazer, pode ser mais eficaz se o aluno tiver
a opção de escolher o que vai ler e isso gera nele mais motivação para continuar
lendo. E como Harmer (2007, p. 99) afirma: “Podemos dizer com certeza que
aqueles que leem mais, evoluem mais rápido”.
Em sala de aula, o professor pode concretizar a leitura extensiva de diversas
formas diferentes. Um exemplo de atividade é pedir que o aluno leia em casa algum
texto de seu interesse. Ele terá a liberdade de escolher o tema e fonte de leitura que
quiser. Em sala de aula, o aluno deverá apresentar para a turma a sua leitura. Ele
tem a opção também de não ler o texto e apenas falar sobre o assunto. O professor
pode pedir também que os alunos sentem em grupos e conversem durante alguns
minutos sobre suas leituras feitas em casa. Como grande parte das práticas sociais
é informal, os alunos estarão se preparando para um desempenho eficaz em uma
situação real.
O professor deve prestar bastante atenção no nível da leitura escolhida pelos
alunos e também da que se propõe que eles leiam. Se a leitura for a leitura
extensiva, o professor deve ter certeza de que os textos são acessíveis a
compreensão dos alunos, para que o interesse permaneça e se desenvolva. Assim,
mesmo quando o aluno não tiver o apoio do professor durante a leitura, ele
continuará tendo prazer em ler. Uma solução para alunos que são iniciantes na
leitura é dar textos reais de fácil compreensão, como por exemplo, cardápios, tabela
de horários, instruções básicas, sinais etc. O que o professor tem que ter em mente
é que os textos devem ser de preferência textos reais, e, quando não for
possível,que eles usem textos que se aproximem o máximo possível da realidade.
Existem três habilidades de leitura que são importantes serem desenvolvidas
nos alunos. Harmer (2009, p.100) as chama de Scan (varredura), Skim (passar os
olhos) e Leitura para Compreensão Detalhada. Quando o aluno lê com o objetivo de
encontrar alguma informação específica, ele está desempenhando a leitura Scan.
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Na prática, o professor pede para que o aluno encontre alguma informação
específica no texto, como por exemplo, um nome, um número, endereço ou uma
programação de televisão. Para que o aluno desempenhe essa leitura com sucesso,
ele não pode ler cada linha detalhadamente. Usando como exemplo uma prática
social, o aluno poderá precisar encontrar em um texto os horários da saída do
próximo trem. Esse tipo de leitura exige rapidez em encontrar uma informação
específica.
A leitura chamada de Skim tem como objetivo descobrir o assunto principal de
algum texto. Os olhos do leitor passam rapidamente na superfície do texto para se
pegar a ideia geral. Em uma prática social, o aluno usa esse tipo de leitura para ler o
resumo de um filme ou a opinião de alguém sobre esse filme. Assim, como a leitura
Scan, atentar-se para os detalhes faz da leitura Skim ineficaz. O professor pode
treinar o aluno a ler superficialmente usando um jornal para que ele identifique o que
está acontecendo no mundo atualmente. Resumindo a importância dessas três
habilidades, Harmer (2007) conclui:
Muitos alunos são perfeitamente capazes de fazerem todas essas coisas em outras línguas, e claro, no entanto, outros talvez nem mesmo leem muito em seu dia-a-dia. Para ambos os tipos de alunos, devemos fazer nosso melhor para oferecer uma mistura de matérias e atividades para que eles possam praticar usando essas várias habilidades com o texto em inglês. (p.101)
Dentro de sala de aula, o professor irá lidar com todos os tipos de alunos,
inclusive alunos que têm o hábito de ler os que não têm o hábito de ler. O professor
tem que levar em consideração que as atividades planejadas têm que proporcionar
aos alunos o contato com diversos tipos de leitura. Dessa forma, o professor dará
aos alunos a chance de praticarem diversos tipos de leitura diferentes.
3.1.1. Algumas sugestões de atividades de Jeremy Harmer:
Seguindo instruções: O aluno lê instruções de alguma operação simples ( como
usar um telefone público, por exemplo) e deve colocar as instruções na ordem
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correta. Ele pode fazer isso com figuras também. Cada instrução se relaciona com
uma figura.
Jornais: Uma das milhares de atividades que podem ser feitas com jornais, é pedir
que os alunos relacionem os títulos com os seus respectivos artigos. Para alunos
mais avançados, o professor pode pedir que os alunos leiam três artigos diferentes
sobre o mesmo assunto e comentem as diferenças entre eles.
Quebra-cabeça de leitura: São feitos três grupos e cada grupo recebe um pequeno
texto que trata de algum problema. Em seguida, cada grupo lê o seu texto (todos os
textos tratam do mesmo assunto, que não foi especificado previamente e que
isoladamente não fazem muito sentido) e juntos tentam descobrir o assunto comum
de todos os três textos.
Leitura de Quebra-cabeças: O professor dá aos alunos parágrafos de algum texto
para que coloquem todos os parágrafos na ordem certa, a fim de fazer o texto
completo.
3.2. Ensinando a Escrever:
Existem dois objetivos principais para um aluno de inglês escrever. Escrever-
para-aprender e escrever-por-escrever. No primeiro caso, escrever é usado como
um suporte, uma ferramenta para ajudar os alunos praticarem e usarem a linguagem
que eles estudaram. Por exemplo, o professor pode pedir que os alunos escrevam 5
frases usando uma estrutura gramatical específica ou usando algumas palavras
novas. Esses tipos de atividades de escrita são criados para dar reforço para os
alunos.
Escrever-por-escrever tem como objetivo desenvolver as habilidades do aluno
relacionadas a escrita em si. Atividades de escrever-por-escrever focam em fazer os
alunos escreverem melhor. Isso inclui não apenas o uso apropriado da língua, mas
também a construção do texto, layout, estilo e efetividade. E é esse tipo de escrita
que prepara o aluno para as práticas sociais mais eficientes. E para que o professor
tenha sucesso em preparar os alunos para a comunicação real, ele precisa saber
escolher os tipos de textos e os gêneros que serão usados nas atividades práticas.
Gênero: De acordo com Harmer (2007), gênero é um tipo de escrita que membros
de uma comunidade de discurso iriam instantaneamente reconhecer que tipo era
quando lido. Um anúncio de jornal ou um poema são instantaneamente
reconhecidos pelos seus estilos, logo, o professor deve trabalhar com os alunos de
forma que eles reconheçam esses gêneros de textos quando lidos em situações
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reais. Uma das decisões que o professor precisa tomar é quais gêneros são
importantes e/ou envolventes para os alunos. Por exemplo, o professor descobre
que para um grupo específico de alunos é interessante trabalhar com textos de
convites para eventos. Ele então apresenta alguns modelos diferentes, desse
mesmo gênero, para que os alunos passem a identificá-los e em seguida pratiquem
sozinhos ou com pouca ajuda criando seus próprios convites.
3.2.1. Construindo o hábito de escrever: Desde o início das aulas, os alunos
devem ser envolvidos com a escrita, através de atividades que são fáceis e
agradáveis. Muitos alunos não gostam de escrever porque acham que não são
capazes ou acreditam que não têm nada a dizer. Criando uma rotina de escrita, o
professor gera nos alunos um senso de naturalidade quando se fala em escrever
algum texto.
3.2.2. O processo da escrita: Esse processo de escrita envolve planejar o que se
vai escrever, fazer o rascunho, revisar e editar o que se escreveu. Encorajar os
alunos a passarem sempre por esse processo de escrita os possibilita se tornarem
escritores melhores em suas vidas pós-aulas de inglês e também em testes e
exames formais. Após
3.2.3. Algumas sugestões de atividades de escrita:
Escrita instantânea: Umas das maneiras de se criar o hábito da escrita nos alunos
é fazer atividades de escrita instantânea, que são atividades breves, mas eficazes.
Pedir que os alunos escrevam as respostas às perguntas do professor, por exemplo,
ao invés do aluno responder oralmente como foi o dia, ele vai escrever a resposta e
entregar para o professor.
Escrita colaborativa: Esse tipo de atividade costuma contribuir muito para a
criatividade na escrita e na confiança em si próprio do aluno. Por exemplo, pedir que
os alunos escrevam uma carta no quadro. Porém, cada frase da carta é escrita por
um aluno diferente. Ou também, pedir que os alunos ouçam um texto e em seguida
tentem o reproduzir através da escrita e depois comparar com os colegas.
Escrevendo uns para os outros: Os alunos podem escrever e-mails ou outros
tipos de mensagens uns para os outros para que sejam respondidos. Eles podem
ser envolvidos em atividades de chat online sob a supervisão do professor. Esses
tipos de atividades são muito importantes porque fazem os alunos se interessarem
de verdade, já que estão interagindo com pessoas reais.
3.3. Ensinando a falar:
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Existem três motivos principais para fazer o aluno falar na sala de aula. O
primeiro motivo é dar a oportunidade para o aluno praticar a fala da vida real na
segurança da sala de aula. Segundo, atividades de fala que fazem o aluno tentar
usar alguma ou toda linguagem que conhece para prover ao professor e para si
mesmo um feedback do seu conhecimento da língua. E terceiro, o aluno vai falar
em sala para ativar alguns elementos da língua que estão armazenados em seu
cérebro, e assim, o uso dos elementos se tornam mais naturais.
Se os alunos estiverem participando inteiramente das atividades de fala em
sala de aula e essas atividades são interessantes e envolventes, os alunos passam
a ter prazer em falar. E quando se pensa em atividades de fala, não se tem em
mente uma fala controlada, tendo como objetivo alcançar o conhecimento de algum
tópico gramatical, por exemplo. Pelo contrário, o ideal é usar a fala natural que surge
na sala de aula para se estudar alguma estrutura. As atividades de fala propostas
por Jeremy Harmer têm o objetivo apenas de melhorar as habilidades dos alunos em
relação à fala. A fala espontânea é normalmente rara, então o professor tem que
aproveitar essas oportunidades para provocar o uso mais fluente do inglês.
3.3.1. Algumas sugestões de atividades de fala:
Atividades de informação: Essa atividade normalmente é feita em pares. Um dos
alunos tem uma figura e tenta descrever a imagem para o outro colega, que por sua
vez, tenta desenhar as informações que o outro passa. O “desenhista” pode fazer
perguntas sobre a imagem, mas nunca ver. Normalmente é interessante usar
imagens abstratas, para exigir um pouco mais dos alunos que estão descrevendo.
Uma variação dessa atividade é usar o jogo dos sete erros. Um dos alunos tem a
figura completa, o outro tem a figura com os erros. O que tem a figura com os erros
tem que descrever para o colega aonde os erros se encontram. Normalmente essa
atividade provoca muitas perguntas e conversa.
Conhecendo e cumprimentando: Os alunos simulam uma ocasião formal/social
em que eles conhecem em conversam com diversas pessoas diferentes.
Pessoas famosas: Cada aluno pensa e diz que pessoa famosa ela gostaria de sair
para jantar juntos e comentar os assuntos sobre o que conversariam e quais
perguntas seriam feitas.
Apresentações de alunos: Cada aluno tem um tempo determinado para preparar
uma apresentação sobre algum tópico ou personalidade e apresentar para a turma.
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Para os alunos que estão ouvindo, o professor passa alguma atividade também,
como por exemplo, dar feedback e responder algumas perguntas ao final da
apresentação.
3.3.2. Como corrigir a fala?
Em atividades escritas ou de pronúncia, é comum o professor corrigir os erros
com o aluno ou com a turma na medida em que se lê ou fala a frase que se quer
pronunciar corretamente. Porém, em uma conversa envolvente, sobre algum
assunto que gera discussão, o professor não deve interromper o fluir da conversa
para corrigir, pois isso pode ser um elemento desmotivador para o aluno continuar
tentando falar. Quando o aluno se sente entendido, mesmo sabendo que comete
erros linguísticos, ele se sente mais à vontade para continuar arriscando durante
suas falas, e consequentemente, se tornará mais fluente mais rápido.
3.4. Ensinando a ouvir:
Para que o aluno desenvolva com sucesso suas habilidades de ouvir em
inglês, é necessário que ele seja exposto a uma variedade grande de vozes. Cada
voz tem sua característica e por isso o aluno não pode ficar limitado e acostumado
apenas com a voz e o tipo de inglês do professor. O professor precisa, de alguma
forma, motivar os alunos para que constantemente ouçam outros tipos de vozes
falando inglês e em sala de aula se atentar para prover aos alunos essa
possibilidade, sempre tomando cuidado para a quantidade e nível dos tipos de inglês
que está sendo exposto.
Assim como a leitura, existem dois tipos principais de coisas para se ouvir. As
coisas que normalmente se ouvem fora de sala de aula, como por exemplo, notícias
na televisão, rádio, CDs, vídeos da internet filmes, e as coisas que foram elaboradas
e adaptadas para serem ouvidas dentro de sala de aula. No segundo caso, as
atividades de ouvir têm como objetivo ensinar a forma como o inglês é falado ou de
treinar alguma habilidade especifica de ouvir. Para que o aluno tenha habilidades
eficazes para se comunicar em situações reais, o primeiro tipo de ouvir é que será
definida e explicada.
Existem muitas maneiras de ensinar ouvir para os alunos. Uma das mais
interessantes atividades é trazer para sala de aula alguém de fora que possa
interagir com os alunos, fazendo-os se acostumarem com outros tipos de inglês.
Esse tipo de atividade pode dar feedback para o aluno sobre o seu nível de
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compreensão. Como nem sempre é possível trazer outras pessoas para sala de
aula, o ideal é que os alunos estejam em constante contato com diálogos reais e de
variados tipos de inglês. Claro que não se pode esquecer que o aluno deve
experimentar diferentes níveis de ouvir de acordo com a experiência de cada um
com a língua. Constantemente ouvir textos que estão muito distantes da capacidade
de compreensão do aluno pode o assustar e fazê-lo acreditar que não é capaz.
Sobre a Abordagem da Comunicação, todas as atividades devem ter o
mesmo objetivo; proporcionar ao aluno a oportunidade de experimentar e interagir
com o inglês falado na vida real, sem adaptações, sem mudanças ou criações.
Constantemente o professor deve se perguntar se seus alunos estão realmente
aprendendo o que vão de fato precisar algum dia. É claro que a gramática e
estrutura frasal é importante, mas assim como os falantes de qualquer língua
materna, a gramática e estrutura foi ensinada depois que a língua já estava
totalmente dominada e fluente pelo falante.
Considerações Finais:
A Abordagem da Comunicação provê para os alunos a oportunidade de
estudarem a língua inglesa usando textos reais e assim, aprenderem a usar durante
a comunicação o que realmente é falado por nativos de países que têm a língua
inglesa como língua materna. Para tanto, existem infinitas atividades que
professores de inglês podem e devem usar em sala de aula para desenvolver as
capacidades comunicativas dos alunos. Entendendo a importância de se trabalhar
sobre uma abordagem especifica, pois ela define como a aula vai ser ministrada, e
entendendo também que a Abordagem da Comunicação é a abordagem que
prepara mais eficazmente os alunos para a comunicação real, é necessário que se
pense em que tipos de atividades sejam propostas pelos professores em sala de
aula. Será repassado agora, algumas atividades que podem ser feitas em sala de
aula para que os alunos desenvolvam as competências comunicativas.
Alunos adultos, normalmente trabalham e precisam do inglês para se
comunicarem e/ou desenvolverem alguma atividade relativa ao trabalho. Logo, é
totalmente relevante e eficaz se trabalhar em sala de aula conteúdos e materiais que
se relacionam de alguma forma com a realidade desses alunos. Por exemplo, trazer
para a aula artigos de jornais e revistas para serem lidos e estudados. Uma
atividade bem eficaz é deixar que os alunos escolham o artigo ou assunto que eles
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julgam mais interessantes e relevantes para suas realidades. Outra forma de
trabalhar textos de revistas e jornais é pedir que os alunos compartilhem suas
opiniões com a turma sobre os textos lidos de forma escrita ou oral.
No caso de aulas para crianças e adolescentes, usar entrevistas reais com
pessoas famosas, como por exemplo, atores, atrizes, cantores, cantores e
esportistas, faz com que o alunos se envolvam emocionalmente com a aula,por
causa do interesse, tentem, com mais esforço, entender e usar os termos e
expressões que tiveram contato durante a leitura. A escrita pode ser desenvolvida
neste caso, com o professor pedindo para os alunos escreverem criativamente a
segunda parte da entrevista. No caso de treinar as habilidades de audição, o
professor pode trazer para a aula, um documentário ou reportagem sobre algumas
dessas pessoas famosas. Sem duvida, a maioria dos alunos faria um esforço grande
para entender a mensagem passada.
O professor de inglês precisa constantemente analisar quais textos são mais
apropriados para os alunos, levando em consideração a necessidade daqueles
textos para a realidade dos alunos. Trabalhar com textos reais não significa trabalhar
assuntos que são fora da realidade e contexto social dos alunos. Nem tampouco é
necessário usar textos falsos e elaborados fora de contexto para se ensinar alguma
habilidade. O texto real pode e deve caminhar lado-a-lado com o que se planeja
ensinar para os alunos.
Referências Bibliográficas:
BRASIL.Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros curriculares nacionais : terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira /Secretaria de Educação Fundamental. . Brasília:MEC/SEF, 1998.120 p.
BRASIL.Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Médio: língua estrangeira /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:MEC/SEF, 2000.
COOK, G. Discourse. Oxford University Press, 1989.
BRUMFIT, JOHN & JOHNSON, K. The Communicative Approach to Language Teaching. Oxford University Press, 1979.
25
HARMER, J, How to Teach English. 6ª ed. Edinburgh Gate: Pearson Education Limited, 2007.
MCKEEGAN, D. Click Together. Oxford, 2001.
.Referências Eletrônicas:
http://www.sprc.pt/upload/File/PDF/Sectores/1Ceb/LINGUASE.pdfhttp://www.brasas.com/site/conteudo/sobre_metodo.phphttp://ezinearticles.com/?What-is-a-Communicative-Approach-to-English-Language-Teaching?&id=1242671