tcc abordagem da comunicacao

42
A importância do uso da Abordagem da Comunicação no ensino de EFL (Inglês como Língua Estrangeira) e ESL (Inglês como Segunda Língua). LUCAS CAIRES HARDER

Upload: lucas-harder

Post on 09-Aug-2015

96 views

Category:

Education


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: TCC Abordagem da Comunicacao

A importância do uso da Abordagem da Comunicação no

ensino de EFL (Inglês como Língua Estrangeira) e ESL

(Inglês como Segunda Língua).

LUCAS CAIRES HARDER

Brasília-DF2012

Page 2: TCC Abordagem da Comunicacao

LUCAS CAIRES HARDER

A importância do uso da Abordagem da Comunicação no

ensino de EFL (Inglês como Língua Estrangeira) e ESL

(Inglês como Segunda Língua).

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa da Faculdade Evangélica, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Letras.Orientador (a): Profª. M.Sc. Marli Vieira Lins de Assis

Brasília-DF2012

Page 3: TCC Abordagem da Comunicacao

LUCAS CAIRES HARDER

A importância do uso da Abordagem da Comunicação no

ensino de EFL (Inglês como Língua Estrangeira) e ESL

(Inglês como Segunda Língua).

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa da Faculdade Evangélica, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Letras.Brasília-DF, 04 de dezembro de 2012.

Banca Examinadora:

___________________________________Profª. M.Sc. Marli Vieira Lins de Assis

___________________________________Prof. Raimundo Nonato Jr

Page 4: TCC Abordagem da Comunicacao

1

A importância do uso da Abordagem da Comunicação no ensino de EFL

(Inglês como Língua Estrangeira) e ESL (Inglês como Segunda Língua).

Lucas Caires Harder

Resumo: Este trabalho tem como objetivo apresentar os principais benefícios de se

adotar uma abordagem apropriada para o ensino do inglês como segunda língua e

também como língua estrangeira. Destaca-se a Abordagem da Comunicação como

a abordagem mais apropriada para preparar os alunos de inglês para as práticas

sociais. Sendo a comunicação o objetivo principal em se aprender inglês, uma

abordagem comunicativa proporciona a possibilidade de os alunos atingirem seus

objetivos, ou seja, a fluência na língua inglesa, mais rapidamente e com mais

eficiência. Este trabalho também apresenta algumas ideias e sugestões práticas

sobre atividades influenciadas pela Abordagem da Comunicação para os

professores adotarem em sala de aula.

Palavras-Chave: abordagem da comunicação, ensino de inglês como língua

estrangeira, segunda língua.

Introdução:

O objetivo principal de se tratar da Abordagem da Comunicação é,

primeiramente, apontar as principais contribuições da Abordagem Comunicativa não

só para a aprendizagem da língua inglesa, mas também para que o aluno tenha uma

maior participação social. E também tornar o trabalho dos professores de língua

inglesa mais eficiente, ajudando-os a atingir o objetivo principal de uma aula de

inglês, que é a fluência dos alunos na língua inglesa, em um período de tempo mais

curto possível.

Esta abordagem é muito importante, pois entende-se que para uma boa

comunicação em uma língua estrangeira, seja necessária uma metodologia que

ofereça ao aluno uma oportunidade de, já nos primeiros contatos com a língua,

poder experimentá-la de forma real e prática, podendo assim, usá-la em seu dia-a-

dia. Surgiu então a pergunta desta pesquisa, que será respondida por meio de uma

pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico: Qual a importância dos textos reais para

o ensino da língua inglesa? E que contribuições a Abordagem Comunicativa traz

Page 5: TCC Abordagem da Comunicacao

2

para o aluno? Como objetivos específicos, apresentar um recorte histórico do ensino

de língua inglesa no Brasil; discutir algumas abordagens destinadas ao ensino da

língua inglesa, dando ênfase na Abordagem Comunicativa e analisar como aulas

influenciadas pela Abordagem da Comunicação podem contribuir para as práticas

sociais dos alunos.

Professores de inglês, mesmo com pouca experiência em sala de aula,

podem perceber que existem alunos com todos os tipos de dificuldades na

aprendizagem dessa nova língua. Muitos desses alunos estão tentando aprender

com diferentes abordagens e metodologias e sofrem por não conseguirem colocar

em prática o que aprendem. Vivem uma situação em que o conhecimento que têm

fica apenas no caderno e às vezes escrito em alguma atividade em livro didático,

não conseguindo usar o que aprendem no que é mais importante, ou seja, na

comunicação em seus trabalhos, viagens e em entrevistas para oportunidades de

emprego. A Abordagem da Comunicação enfatiza a interação entre indivíduos desde

as primeiras aulas de inglês. Ela tem uma característica flexível, interessante e

prazerosa e não cheia de regras e padrões durante o processo de ensino. Uma

metodologia com foco na Abordagem da Comunicação pode facilitar o processo de

aprendizagem para o aluno atingir seus objetivos em relação à língua.

É visto que na maior parte das escolas de inglês o ensino da língua tem uma

perspectiva totalmente gramaticista, preparando o aluno apenas para identificar

elementos gramaticais e deixando-o totalmente desvinculado das práticas sociais.

Sabe-se que o objetivo da maior parte dos alunos é aprender inglês para poder se

comunicar de forma eficiente, mas o que se pode ver são, na maioria das vezes,

alunos de inglês que não conseguem sucesso em qualquer tipo de participação

social, pois nunca treinaram contextos e situações reais em sala de aula. O inglês

agora não é importante apenas para motivos profissionais, mas também para

motivos de interação social. Logo, geralmente, um aluno de inglês precisa de um

inglês dinâmico, real e que sirva para suas relações emocionais também.

Diante dessas considerações, o tópico a seguir tratará do primeiro objetivo

específico que é uma retomada da história do ensino de língua, especificamente, do

inglês no Brasil.

1. Recorte histórico do ensino da língua inglesa no Brasil.

Page 6: TCC Abordagem da Comunicacao

3

1.1. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental (1998):

Os Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental também

entendem que o ensino de língua estrangeira deve ter como objetivo principal a

interação entre pessoas e culturas e permitir que os alunos compreendam as várias

maneiras de se viver a experiência humana. Quando o aluno, de fato, aprende uma

nova língua, ele também aprende e conhece novas culturas, formas de pensar,

estilos de vida, sociedades etc, e como resultado, aprende o respeito e admiração

por pessoas diferentes, trazendo bons resultados já no ambiente em que vive.

No ensino fundamental, os cursos de língua estrangeira também se

encontram deslocados e o aumento do número de escolas oferecendo cursos

particulares é a prova disso. Durante o ensino da língua estrangeira, o aluno deve

estar engajado em situações reais que envolvam principalmente a participação e

criação de discurso. Isso é possível fazendo com que o aluno tenha experiências

reais na construção de significados. Outro requisito básico para a aprendizagem de

uma língua é a continuidade em uma língua específica. Logo, não faz sentido

ensinar na 5º série, espanhol, na 6º série, francês e na 7º série o inglês. A escola

precisa analisar as necessidades mais relevantes para os alunos daquela sociedade

e cultura, percebendo também a relevância do contexto social em que se encontram

antes de decidirem qual língua vai ser ensinada.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental sintetizaram a

situação atual do ensino da língua estrangeira no Brasil como uma disciplina que

não tem sido considerada um elemento importante na formação do aluno. Como

exemplo disso, os Centros de Línguas, que ministram aulas fora do horário normal

de aula das escolas, também o fato de, em algumas escolas, não ser matéria que

reprova e aprova, e o que é pior, algumas escolas oferecem o ensino da Língua

Estrangeira apenas para algumas séries.

O ensino de Língua Estrangeira não é visto como elemento importante na formação do aluno, como um direito que lhe deve ser assegurado. Ao contrário, frequentemente, essa disciplina não tem lugar privilegiado no currículo, sendo ministrada, em algumas regiões, em apenas uma ou duas séries do ensino fundamental. Em outras, tem o status de simples atividade, sem caráter de promoção ou reprovação. Em alguns estados, ainda, a Língua Estrangeira é colocada fora da grade curricular, em Centros de Línguas, fora do

Page 7: TCC Abordagem da Comunicacao

4

horário regular e fora da escola. Fora, portanto, do contexto da educação global do aluno. (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, 24.).

Estes fatos excluem, de certa forma, as línguas estrangeiras do contexto de

educação da criança e podem gerar o pensamento de que aprender uma nova

língua não é importante.

Para se aprender uma língua existem dois pilares principais, que são a visão

teórica da linguagem e a visão teórica da aprendizagem (Parâmetros Curriculares

Nacionais do ensino fundamental de 1998). Ou seja, aprender uma língua, significa

possuir o conhecimento dela e também o seu uso. Essa é a diferença entre aprender

uma língua e outras disciplinas. Para se aprender uma língua é necessário que se

adquira o conhecimento dela e também ao mesmo tempo, como usá-la e usá-la em

sociedade. Esse se torna então o maior desafio de se ensinar uma língua

estrangeira. Dentro de uma sociedade existem diversos tipos de discursos,

discursos da família, da política, dos amigos, da escola, entre tantos outros. Logo,

para um aluno estar preparado linguisticamente, ele precisa estar preparado para os

vários contextos inerentes à sociedade em que ele vive e a essas práticas

discursivas. Para se ensinar um aluno uma língua nova, se faz necessário permitir

que o aluno vivencie, na língua alvo, situações reais de uma sociedade. “Portanto, a

leitura atende, por um lado, às necessidades da educação formal, e, por outro, é a

habilidade que o aluno pode usar em seu contexto social imediato” (Parâmetros

Curriculares Nacionais 1998, p 20). Para tanto, é imprescindível que o aluno

desenvolva sua competência comunicativa.

1.2. Língua Inglesa:

Em relação ao ensino, especificamente do ensino da Língua Inglesa, o inglês

é reconhecido como a língua do poder econômico e dos interesses das classes

(Parâmetros Curriculares Nacionais 1998) e assim, normalmente ameaça posições

de prestígio de outras línguas. Também se reconhece que não há dúvidas de que é

necessária a aprendizagem do inglês pela sua importância na atualidade em

diversas atividades, desde o lazer até as atividades profissionais. Portanto, se o

ensino e o uso predominante da língua inglesa forem usados com o objetivo de se

Page 8: TCC Abordagem da Comunicacao

5

alcançar novas culturas e sociedades, então a Língua Inglesa está sendo usada

para a transformação do mundo.

1.3. Variação Linguística:

No que concerne à Variação Linguística, os Parâmetros Curriculares

Nacionais (1998) afirmam que o ensino das variedades da língua alvo, também pode

colaborar para o esclarecimento aos alunos sobre discriminação social. Por

exemplo, o fato de se ensinar a diferença entre o inglês falado pelos negros

americanos e os brancos americanos, pode fazer os alunos entenderem o que

acontece também em sua língua materna.

É útil apresentar para o aluno, por exemplo, como a variedade do inglês falado pelos negros americanos é discriminada na sociedade e, portanto, como, estes equivocadamente, são posicionados no discurso como inferiores. A comparação com variedades não hegemônicas do português brasileiro pode ser esclarecedora, já que seus falantes também sofrem discriminação social” (Parâmetros Curriculares Nacionais 1998, p.47).

Assim, o aluno compreende que a variação é algo normal e que ocorre em

qualquer língua.

1.4. Concepções teóricas no processo de ensino e aprendizagem da Língua

Estrangeira:

No que concerne às concepções teóricas no processo de ensino e

aprendizagem da língua estrangeira, existem três visões que mais influenciam esse

processo. “Pode-se dizer que as percepções modernas da aprendizagem de Língua

Estrangeira foram, principalmente, influenciadas por três visões: a behaviorista, a

cognitivista e a sociointeracional” (Parâmetros Curriculares Nacionais 1998, p. 55).

Essas concepções irão definir diretamente nas atividades propostas pelo professor

em sala de aula.

Na visão behaviorista, a aprendizagem da língua estrangeira é vista como um

processo de se adquirir novos hábitos linguísticos usando uma rotina que envolve o

estímulo e a exposição do aluno as palavras, as estruturas sintáticas etc. que são

passadas pelo professor. Essa visão de ensino incentiva o uso de metodologias que

têm como base atividades de repetição e substituição. Nessa visão, quando os

alunos erram, a culpa é do procedimento de ensino, logo, mudando o processo, o

Page 9: TCC Abordagem da Comunicacao

6

problema estará resolvido. O erro do aluno é culpa do processo de ensino e não do

aluno. Isso explica as mudanças tão comuns e recorrentes das metodologias nos

cursos de inglês.

A visão cognitiva entende que o aluno pode aprender a língua estrangeira

fazendo uma relação entre a língua alvo e a língua materna através de criação de

hipóteses e comparações. Diferente da visão behaviorista, a visão cognitiva entende

que os erros dos alunos fazem parte do processo de ensino. Um dos problemas

dessa metodologia é que o aluno, sempre relacionando a língua alvo com a língua

materna adquirirá o hábito de corrigir e criar frases com a mesma estrutura de sua

língua materna (por exemplo, o aluno, acostumado a usar o pronome possessivo

seu para se referir a terceira pessoa,tenderá a fazer o mesmo em inglês, o que é

totalmente errado).

A visão sociointeracional percebe que a aprendizagem é de natureza

totalmente interativa. Isso é expresso em sala através de atividades de interação

entre professor e aluno e aluno e aluno. O foco nessa visão é a interação entre

professor e aluno e não somente no professor ou somente no aluno e na

aprendizagem dele. A interação é a principal ferramenta de aprendizagem. Ao invés

de se usarem frases isoladas e sem sentido, as frases usadas em sala de aula são

introduzidas através de textos e diálogos entre alunos. Também não se analisa a

frase isolada, pois a frase não é mais o foco. O que se analisa, estuda e pratica, são

os textos completos e reais. O professor permite que os alunos criem textos sobre

os assuntos que quiserem e as atividades desenvolvidas são relacionadas ao que os

alunos criaram. De novo, aqui se encontra outra possibilidade de se gerar interesse

nos alunos em relação a Línguas Estrangeiras.

Pode-se notar que os Parâmetros Curriculares Nacionais se referem às

fraquezas do ensino de Língua Estrangeira como algo antigo, dando-se a entender

que, atualmente, o ensino está melhor. E de fato está, mas apenas na teoria.

Escolas públicas e particulares continuam oferecendo cursos, normalmente, com

pouca qualidade e os alunos continuam tendo de recorrer a cursos extracurriculares

para realmente aprenderem algo valioso e relevante para a comunicação. Algumas

escolas particulares encontraram como solução o convênio com cursos livres para

que os alunos tenham oportunidade de aprenderem a Língua Estrangeira com mais

qualidade.

1.5. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino médio (2000):

Page 10: TCC Abordagem da Comunicacao

7

Durante muitos anos, o inglês ensinado no Brasil, foi, na maior parte das

vezes, ensinado de maneira mecânica, superficial e sem fundamentos na realidade

da língua. Isso porque, sem explicação alguma, o ensino da língua estrangeira, em

geral, não era visto como uma matéria importante e de relevância para o

desenvolvimento do aluno como cidadão e como um membro de uma sociedade

cada vez mais interagida com outros povos e outras línguas.

O ensino de Língua Estrangeira não é visto como elemento importante na formação do aluno, como um direito que lhe deve ser assegurado. Ao contrário, frequentemente, essa disciplina não tem lugar privilegiado nocurrículo, sendo ministrada, em algumas regiões, em apenas uma ou duas séries do ensino fundamental. Em outras, tem o status de simples atividade, sem caráter de promoção ou reprovação. Em alguns estados, ainda, a Língua Estrangeira é colocada fora da grade curricular, em Centros de Línguas, fora do horário regular e fora da escola. Fora, portanto, do contexto da educação global do aluno. (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, p. 24).

Por conta disso, o foco do ensino era apenas o domínio da gramática

normativa e não a comunicação real entre pessoas de línguas diferentes.

Tendo esse tipo de mentalidade, em sala de aula, as escolas exigiam que os

alunos precisavam, basicamente, memorizar listas e palavras e praticar para as

provas conjugações de verbos. Verbos apresentados fora de qualquer contexto.

Muito menos contextos que faziam parte da vida dos alunos. Os exercícios e as

atividades em sala de aula eram baseados em pura gramática e as frases não

faziam parte da realidade da maior parte dos alunos, gerando neles, como

consequência, desinteresse na língua estrangeira, sendo a mais comum, a língua

inglesa. Na maior parte das vezes, os alunos tinham de praticar a língua alvo usando

frases absurdas e sem sentido ou utilidade alguma. Por exemplo, a frase encontrada

em um livro didático adotado em uma escola particular: “eu tenho cinco jarras de

mostarda. Você gostaria de_______jarras?” Click Together (2001). Um adolescente

provavelmente não se interessaria em praticar essa frase com algum colega por ser

um assunto que normalmente não faz parte de uma comunicação entre jovens. Ele

leria essa frase e alguns minutos depois não saberia mais construir uma sentença

com a mesma estrutura em outro contexto.

É reconhecido que o ensino de línguas estrangeiras foi considerado durante

algum tempo como disciplina com pouca relevância e que somente há alguns anos

Page 11: TCC Abordagem da Comunicacao

8

passou a ser considerada matéria importante e tão relevante como as outras. Como

argumento para tal, é afirmado que o ensino de outras línguas é parte essencial para

a aproximação de outras culturas e consequentemente a integração em um mundo

globalizado.

Passou-se então a perceber que frases como “O estacionamento está limpo!

Tem só______de sujeira nele”Click Together (2001) e atividades como memorização

de listas de verbos e palavras não eram suficientes para oferecer aos alunos as

capacidades necessárias para interagirem neste mundo globalizado e exigente. Os

alunos precisariam de muito mais para estar de fato preparados para, pelos menos,

o essencial em uma situação de comunicação. Ao contrário do que estava sendo

ensinado e da maneira como a língua estrangeira estava sendo ensinada, agora o

objetivo das escolas é capacitar seus alunos a se comunicarem em diversos

contextos diferentes, sendo capazes de, sozinhos criarem, argumentarem,

entenderem e analisarem. Para tanto, frases sem sentido teriam de ser eliminadas

das aulas e consequentemente dos materiais didáticos.

Mas como isso seria feito? Primeiro mudando o material didático que tenha

como foco a gramática para um material didático que realmente incentivasse a

aprendizagem da língua em foco. Depois, colocando professores com um domínio

maior da língua. Professores sem o domínio da língua não conseguem gerar

interesse nos alunos e por isso também não conseguem continuar motivados.

Deve-se considerar também o fato de que as condições na sala de aula da maioria das escolas brasileiras (carga horária reduzida, classes superlotadas, pouco domínio das habilidades orais por parte da maioria dos professores, material didático reduzido a giz e livro didático etc.) podem inviabilizar o ensino das quatro habilidades comunicativas” Parâmetros Curriculares Nacionais 2000, p. 25).

Como consequência, as aulas são mais ou menos no estilo, você finge que

aprende e eu finjo que ensino. E por fim, e também como consequência dos dois

primeiros atos, seria necessário trazer e gerar interesse nos alunos em relação à

língua ensinada. Para isso, além de professores mais capacitados, a escola

ofereceria ferramentas e oportunidades para os alunos estarem em contato com a

língua estrangeira mais frequentemente e assim, poderem perceber a importância

de aprendê-la.

Page 12: TCC Abordagem da Comunicacao

9

É entendido que as capacidades de entender, ler, escrever e falar, sejam

importantes como objetivos de um curso de língua estrangeira, mas reconhecem

também que, para de fato existir comunicação, é necessário mais do que uma

simples compreensão de textos dados em sala de aula. Por isso, cabe às escolas

oferecerem um curso que capacite o aluno não somente a entender enunciados

corretos, mas também a chegarem a um nível de competência linguística e

comunicativa que permitirá ao aluno ter acesso a vários tipos de informações. Isso

se faz através da introdução do aluno em contextos e situações da vida real.

2. Algumas abordagens destinadas ao ensino da língua inglesa, com ênfase

na Abordagem Comunicativa:

De acordo com Richard e Rodgers (1986), a abordagem é a perspectiva sob

qual a língua é vista pelo professor, coordenador ou instituição de ensino. A

abordagem usada no ensino de uma língua vai definir as estratégias que serão

usadas pelo professor em sala de aula. Isso quer dizer que as atividades propostas

para os alunos,o relacionamento e interação entre alunos / alunos e alunos /

professor, a forma de se lidar com erros, entre outras ações em sala, serão guiadas

e influenciadas pela abordagem adotada,ou seja, tudo vai funcionar para o mesmo

objetivo; ou ensinar gramática ou estruturas, vocabulário, comunicação etc.

Dentre as abordagens mais comuns usadas para se ensinar uma língua,

temos a Abordagem Estrutural, Abordagem Gramatical, Abordagem Lexical, a

Abordagem Discursiva e a Abordagem Comunicativa. Este trabalho abordará mais

detalhadamente a Abordagem Comunicativa por ser uma abordagem muito pregada

por alguns autores, como H.G. Widdowson, como a mais eficiente no ensino de uma

língua. O foco deste trabalho será, então, o uso da Abordagem da Comunicação no

ensino da língua inglesa, por ser esta considerada uma das línguas mais estudadas

no mundo inteiro, se não a mais estudada.1

Para se compreender melhor como uma abordagem influencia de maneira

direta uma aula, se terá como exemplo um curso de inglês de uma escola renomada

em Brasília. No site desta escola, no tópico que explica sobre a metodologia, pode-

se ver, logo nos primeiro itens, que é necessário que o aluno faça todos os

1 Informação retirada de:

(http://www.sprc.pt/upload/File/PDF/Sectores/1Ceb/LINGUASE.pdf, p.3).

Page 13: TCC Abordagem da Comunicacao

10

exercícios de gramática, memorize diálogos, escute CDs, entre outros, para que a

metodologia funcione. Poderia se supor que a Abordagem Estrutural é a abordagem

adotada por essa escola pela ênfase dada na importância da gramática e das frases

corretas. “Ao ensinarmos uma língua estrangeira, aceleramos o processo de

aprendizagem eliminando, dentro do possível, os processos naturais de tentativa e

erro, dando ao aluno a oportunidade de falar certo desde o início”.2 Pode-se

perceber que o objetivo da escola no processo de aprendizagem é fazer o aluno

escrever e produzir frases corretas eliminando o processo de erro, que a própria

escola chama de processo natural. É de se esperar então, que a forma como a

língua é ensinada nessa instituição de ensino é através de repetições, drills e

memorizações. Em outras palavras, o aluno só falará certo quando estiver

reproduzindo exatamente o que o professor falou.

De acordo com Widdowson (1991), o que tem acontecido é que alunos,

principalmente de países em desenvolvimento, têm recebido educação formal em

língua inglesa durante muitos anos, mas não têm de fato a habilidade de se

comunicarem em situações reais, nem de entenderem de fato o uso da língua, tanto

de forma falada como de forma escrita. O problema começou a vir à tona quando o

acesso a oportunidades educacionais fez com que os alunos precisassem ler livros

técnicos que só existiam em inglês. E claro, uma leitura eficiente envolve entender

como a língua ocorre dentro da comunicação e essa compreensão específica é o

que parece faltar para os estudantes de inglês.

O problema, no entanto, não precisa ser necessariamente apenas da

qualidade dos professores e das instituições de ensino. Isso se pode provar pelo fato

de existirem muitos professores bons, ensinando em instituições boas, com diversos

workshops e treinamentos disponíveis e ainda sim os alunos se graduarem sem

terem o domínio eficiente da língua na situação de uma comunicação real.

O que se ensina normalmente em treinamentos e cursos para professores de

inglês é que, nas aulas, se devam apresentar situações e contextos para se

aprender e praticar estruturas de frases. O foco principal é promover o conhecimento

do sistema da língua através de um desempenho controlado pelo professor. Por

exemplo, quando um tópico gramatical estiver sendo ensinado, o professor cria

algumas situações e contextos para que o aluno possa perceber como usar aquela

forma especifica. De acordo com Widdowson (1991) se pode supor que essa

2 Informação retirada de: http://www.brasas.com/site/conteudo/sobre_metodo.php

Page 14: TCC Abordagem da Comunicacao

11

abordagem estrutural capacita o aluno a simplesmente construir frases corretas pela

simples habilidade de entender os elementos formais da língua e associá-los aos

sons e ao que está escrito em um papel.

Porém, sabe-se que a habilidade de se criar frases corretas não é o suficiente

para se comunicar. A comunicação só ocorre quando se desempenha uma

variedade de atos que são naturais e normais em um contexto social. Pessoas não

se comunicam através de criação de frases, mas sim, usando as frases para se

dizer diferentes coisas, como por exemplo, fazer perguntas, descrever, classificar,

afirmar etc. O simples fato de se saber criar frases não significa muito quando se

trata de estabelecer comunicação. O que mais importa é saber dar sentido e valor

para as frases de acordo com o uso normal em sociedade quando se estabelece

comunicação. Uma abordagem que ensina a língua sob uma perspectiva estrutural e

formal da frase, provavelmente não será eficiente em fazer o aluno compreender o

uso da língua em forma de comunicação real.

Outro aspecto importante sobre o ensino de uma língua através de situações

dadas em sala de aula com o objetivo de se ensinar uma estrutura é que as

situações passadas pelo professor tem o intuito de se explicar a estrutura, ou seja,

ensinar aos alunos o significado de algo. O valor, ou seja, o sentido da frase dentro

de comunicação, nesse caso, não entra em consideração. O objetivo do professor é

ensinar apenas estrutura e provavelmente o aluno aprenderá apenas a estrutura.

Para que o professor faça o aluno aprender o valor, o sentido real de uma frase para

a comunicação, o professor deve cuidar para que as situações usadas sejam as

mais reais possíveis. Usando frases falsas e criadas simplesmente para se ensinar

estrutura, o professor poderá estar ensinando ao aluno frases que normalmente não

seriam construídas daquela forma ou usadas em uma situação real de comunicação.

O aluno não estará se tornando eficiente para uma situação de comunicação. O que

precisa ficar claro, é que a as frases ensinadas estão em função da comunicação e

não ao contrário. Usando-se uma abordagem que tenha como foco a estrutura da

frase, o aluno aprenderá apenas o significado da frase não o valor que ela tem em

uma comunicação dentro da sociedade.

Para se entender melhor o parágrafo anterior, usaremos a frase “So, you are

late” (então, você está atrasado). Como se percebe facilmente, esta frase, de acordo

com a gramática da língua inglesa e portuguesa, está no afirmativo. Um aluno que

aprendeu através de uma abordagem estrutural também perceberá facilmente que

Page 15: TCC Abordagem da Comunicacao

12

esta é uma frase afirmativa. No entanto, dentro de um contexto real de

comunicação, nem toda frase criada na forma afirmativa, é de fato uma afirmação.

Em uma situação real de comunicação a frase citada acima provavelmente nunca

teria um sentido de afirmação, e sim de interrogação. O estudante de inglês só

conseguirá perceber isso, se aprender sobre uma abordagem que veja a língua

como comunicação. “Uma forma linguística pode suprir uma variedade de funções

comunicativas, e uma função pode ser suprida por uma variedade de formas

linguísticas” (WIDDOWSON,1991, p.119).

O que se pode ver, muitas vezes, é que os alunos de língua inglesa têm

dificuldades em perceber a relevância de certos elementos linguísticos para seus

aprendizados. Pode-se perceber também, pela falta de interesse dos alunos em sala

de aula e pela evasão dos cursos de inglês, que o que se tem ensinado não faz

muito sentido (mesmo o professor tendo um objetivo relevante com aquelas aulas)

para o que eles precisam e procuram. Frases sem contexto de uma comunicação

real impedem que os alunos usem e criem frases durante necessidades reais de

comunicação. Cook (1989, p. 06) afirma que “existe mais em produzir e entender

uma linguagem que faz sentido – para a comunicação – do que saber como fazer ou

reconhecer frases corretas”. Nem todas as frases são interessantes, relevantes ou

apropriadas. Não se pode, com o intuito de se comunicar, começar a colocar uma

frase na frente da outra e torcer para que faça sentido. “Pessoas nem sempre falam

ou escrevem com frases completas, no entanto elas ainda assim têm sucesso na

comunicação. Saber o que é necessário para se criar uma frase correta, e aonde

aquela frase termina, mesmo podendo ser importante e valer a pena ensinar,

claramente não é o suficiente” COOK, (1989, p. 3).

Pode-se começar a perceber que, como Cook pontua, ser um comunicador

envolve muito mais do que saber criar e reconhecer frases corretas. É necessário

conhecer como se usa a língua, os diferentes sentidos que uma frase pode ter, os

diferentes significados de um termo e o uso apropriado das palavras dependendo do

contexto. Não há nada de errado em se ensinar gramática e estruturas frasais em

uma aula de inglês, por exemplo. Pode ser importante, mas a comunicação não

depende só de gramática para acontecer,aliás, a gramática pode ser usada e é,

muitas vezes, usada em situações de comunicação e pode ser apropriada e útil para

o desenvolvimento da comunicação, mas a estrutura formal, na verdade, é apenas

um dos apoios que a língua tem para se estabelecer a comunicação. A entonação, o

Page 16: TCC Abordagem da Comunicacao

13

contexto, o comportamento, os gestos a respiração são outros apoios para se

comunicar eficientemente. “Discurso pode ser composto por uma ou mais frases

bem formadas gramaticalmente – e normalmente é – mas não necessariamente tem

que ser” e também “Discurso trata as regras gramaticais como um recurso, em

conformidade com elas quando é necessário, mas se separando delas quando não é

necessário”. COOK (1989, p.6).

Umas das características de uma aula ministrada sob a perspectiva da

Abordagem da Comunicação é a possibilidade e o incentivo dado aos alunos para

produzirem e participarem de diálogos. Uma comunicação real é feita, normalmente,

através de diálogos. Quando se fala em comunicação, provavelmente a primeira

ideia que se passa na mente de alguém é a visualização de duas ou mais pessoas

interagindo verbalmente – e algumas outras vezes não verbalmente. Um diálogo

bem sucedido, talvez seja a melhor expressão de uma comunicação. Desde bebê,

uma pessoa se acostuma a participar de diálogos, mesmo quando fazendo apenas

sons com a boca enquanto a mãe conversa com ela COOK (1989). Pode-se então,

supor que o diálogo real, mesmo com muitos erros estruturais, é eficiente para

treinar o aluno a de fato se comunicar.

Outro fato que se percebe em um diálogo é a naturalidade que ele acontece.

Um diálogo flui de acordo com os interesses e necessidades de quem fala. Logo,

não faria sentido, durante um diálogo, um dos falantes apenas repetir o que o outro

falante diz. Isso, na verdade, nem poderia ser considerada uma comunicação - a

não ser em um caso em que repetir a fala de outro fizesse algum sentido dentro de

algum contexto bem especifico. Widdowson afirma que “o princípio da Abordagem

da Comunicação é que a língua deve ser apresentada de tal forma que se caráter de

comunicação” (1991, p.125). Então, por que seria interessante e eficaz, ensinar em

sala de aula diálogos através de repetições e memorizações? Seria uma ação

totalmente fora da realidade de qualquer falante de qualquer língua. E o que se

propõe quando se fala em ensinar uma nova língua é a capacitação para comunicar

com outras pessoas.

Para se perceber como seria a prática de diálogos em uma aula de inglês,

usaremos como exemplo uma atividade ministrada por um professor que ensina sob

a Abordagem da Comunicação. Eis o diálogo:

Professor – você gosta de viajar?

Aluno – sim.

Page 17: TCC Abordagem da Comunicacao

14

Professor – para onde você foi em sua ultima viagem?

Aluno – Rússia

Professor – Rússia?! Que interessante! Eu nunca estive na Rússia! O que

você foi fazer lá?

Aluno – fui assinar um contrato para a minha empresa.

Professor – empresa de quê?

Aluno – de energia renovável.

Professor – e deu tudo certo?

Aluno – sim!

Esse diálogo não tinha um roteiro específico. Existia o objetivo que era

praticar perguntas, mas a conversa poderia fluir naturalmente. Alguns elementos da

comunicação real podem ser facilmente encontrados nesse diálogo. Por exemplo, o

aluno não sabia qual seria a próxima pergunta. O aluno não sabia se o professor ia

se interessar pelas respostas; o aluno se animou no decorrer do diálogo; e o

professor se interessou pelo o que o aluno respondeu. Esse aluno se sentirá bem

mais confiante e, de fato, preparado quando se deparar com uma situação de

comunicação real em inglês. Ele está desenvolvendo um grupo de habilidades que

Hymes chama de Competência Comunicativa Cook (1989).

Agora veremos um diálogo que ocorreu entre um aluno e um professor que

ensina sob a Abordagem Estrutural.

Professor – minhas falas são as que foram ditas pelo rapaz no diálogo que

está no quadro e as suas falas são as da moça, ok?

Aluno – ok.

Professor – bom dia! Você tem bolo de chocolate?

Aluno – sim, tenho. Você gostaria de comprar um?

Professor – eu gostaria de comprar 10. Eu fiz encomenda.

Aluno – como é o seu nome?

Professor – João.

Aluno – ok. 10 bolos de morango.

Professor – não! Na verdade, são 10 bolos de chocolate!

Aluno – oh! Me desculpe. É verdade.

Esse diálogo tinha um roteiro específico. Chegar ao final do diálogo através

da leitura e repetição. Ele tinha um objetivo de estabelecer uma discussão. Nessa

atividade, o aluno praticou a pronúncia, reviu vocabulário e fixou algumas estruturas

Page 18: TCC Abordagem da Comunicacao

15

frasais. Mas ele dificilmente desenvolveu alguma habilidade necessária para um

diálogo real, ou seja, a comunicação. No máximo, se tiver muita sorte, poderá

reproduzir esse mesmo diálogo se a situação for exatamente a mesma.

O que se acredita ser eficaz para habilitar o aluno a se comunicar, são

atividades que tenham como foco, na maior parte do tempo a promoção de interação

do aluno com outros colegas e com o professor. E quando se fala em interação, não

se quer dizer repetições ou leituras, mas diálogos reais, cheios de perguntas,

expressões, emoções, dúvidas e afirmações. Tentando explicar isso melhor,Lynch 3

afirma que se pode ver a Abordagem da Comunicação como união de outras duas

abordagens juntas. A primeira, a Abordagem da Instrução, baseada em conteúdo.

Por essa abordagem, ele diz que: “o foco das aulas não é na língua ou na estrutura

por si só, mas em fazer os alunos adquirirem habilidades ou algum conhecimento

usando o inglês como língua de instrução”. Ou seja, no final das contas o aluno vai

ter adquirido habilidades comunicativas e, além disso, o conhecimento desejado.

A segunda abordagem apresentada por Lynch é o aprendizado baseado em

tarefas. Ele afirma que “o foco é prover atividades comunicativas necessárias para o

aprendizado da língua inglesa, desempenhar tarefas usando a língua alvo e usar a

língua inglesa para aprender outras tarefas”.

Dentro de sala de aula, não existe diferença entre a Abordagem da

Comunicação e a Abordagem do Discurso. Inclusive, algumas vezes as duas

abordagens são mencionadas como as mesmas por alguns autores, como por

exemplo, Guy Cook no livro “Discourse”, esclarece que a linguagem em uso, ou

seja, a comunicação, pode ser chamada de discurso e o que busca dar coerência ao

discurso é a Análise do Discurso. A diferença se torna perceptível quando se analisa

suas teorias de estudo. A Abordagem do Discurso tem o foco em analisar quais tipos

de linguagem são mais apropriados para certos tipos de contexto. Já a Abordagem

da Comunicação coloca em prática em sala de aula os usos da linguagem nas

formas mais apropriadas, sem precisar explicar como e por que a língua ocorre

daquela forma.

A partir das discussões apontadas segue o tópico 3 que relaciona de maneira

direta a abordagem da comunicação e a construção de textos, considerando as

práticas sociais em que os discentes estão envolvidos.

3 Informação retirada de: http://ezinearticles.com/?What-is-a-Communicative-Approach-to-English-Language-Teaching?&id=1242671).

Page 19: TCC Abordagem da Comunicacao

16

3. Como aulas influenciadas pela Abordagem da Comunicação podem

contribuir para as práticas sociais dos alunos?

Entendendo que as atividades usadas em sala de aula influenciam

diretamente na percepção que o aluno tem da língua alvo, serão apresentadas nos

próximos parágrafos algumas atividades e ideias específicas para aulas de inglês

que os professores poderiam usar e adotar para que os alunos tenham habilidades

mais aprimoradas para se comunicarem de forma mais eficiente. Sabe-se que as

atividades e exercícios normalmente propostos para os alunos, passam a ideia de

como é uma comunicação real em um país que tenha a língua inglesa como língua

materna e assim, os alunos se preparam de acordo com o que vêm em sala de aula.

Para que o aluno não tenha surpresas durante a comunicação real, se deparando

com diálogos totalmente diferentes dos vistos e praticados em aula, o professor tem

algumas possibilidades eficazes para preparar o aluno para o que realmente vai

acontecer durante uma situação real.

Sabendo que a comunicação não é estabelecida apenas oralmente, conclui-

se que outros tipos de habilidades também são essenciais para uma comunicação

eficiente. Ouve-se muito falar sobre as quatro habilidades comunicativas – escrever,

falar, ouvir e ler. Cada uma dessas habilidades pode ser trabalhada com diferentes

abordagens dependendo dos objetivos que se quer alcançar – nem sempre é a

comunicação – e, a abordagem escolhida, pode fazer a diferença.

Pensando na aquisição da língua inglesa com propósitos de comunicação,

serão analisadas algumas ideias de ensino das quatro habilidades da comunicação

propostas por Harmer (2007). São propostas ideias, direcionadas para professores,

com o objetivo de prepararem seus alunos para uma comunicação eficiente e clara

em situações reais (práticas sociais, a partir de agora).

3.1. Ensinando a Ler:

Tendo um objetivo específico já estabelecido para se aprender a ler em

inglês, se faz necessário escolher as formas mais apropriadas para se desenvolver

essa habilidade. E, tendo a comunicação nas práticas sociais como objetivo

específico, serão apresentadas algumas formas de preparar os alunos de inglês

para tal.

O que se deve prestar bastante atenção é no motivo que o aluno tem de

aprender a ler em inglês. Se é para a leitura em alguma prática social especifica, por

exemplo, leitura de assuntos relacionados a trabalho ou se para algum objetivo mais

Page 20: TCC Abordagem da Comunicacao

17

geral, como por exemplo, a leitura por prazer. Harmer apresenta dois tipos de leitura.

A leitura intensiva e a leitura extensiva. A leitura intensiva se refere à leitura de

textos que normalmente ocorrem em sala de aula e normalmente tem o objetivo de

se trabalhar algum tópico gramatical, vocabulário ou sentido do texto. A leitura

extensiva normalmente trabalha com textos que ocorrem comumente fora de sala de

aula. Isso pode incluir romances, sites, revistas, jornais ou qualquer outro material

de referência. Esse tipo de leitura também pode ser chamado de leitura por prazer.

A leitura extensiva ou leitura por prazer, pode ser mais eficaz se o aluno tiver

a opção de escolher o que vai ler e isso gera nele mais motivação para continuar

lendo. E como Harmer (2007, p. 99) afirma: “Podemos dizer com certeza que

aqueles que leem mais, evoluem mais rápido”.

Em sala de aula, o professor pode concretizar a leitura extensiva de diversas

formas diferentes. Um exemplo de atividade é pedir que o aluno leia em casa algum

texto de seu interesse. Ele terá a liberdade de escolher o tema e fonte de leitura que

quiser. Em sala de aula, o aluno deverá apresentar para a turma a sua leitura. Ele

tem a opção também de não ler o texto e apenas falar sobre o assunto. O professor

pode pedir também que os alunos sentem em grupos e conversem durante alguns

minutos sobre suas leituras feitas em casa. Como grande parte das práticas sociais

é informal, os alunos estarão se preparando para um desempenho eficaz em uma

situação real.

O professor deve prestar bastante atenção no nível da leitura escolhida pelos

alunos e também da que se propõe que eles leiam. Se a leitura for a leitura

extensiva, o professor deve ter certeza de que os textos são acessíveis a

compreensão dos alunos, para que o interesse permaneça e se desenvolva. Assim,

mesmo quando o aluno não tiver o apoio do professor durante a leitura, ele

continuará tendo prazer em ler. Uma solução para alunos que são iniciantes na

leitura é dar textos reais de fácil compreensão, como por exemplo, cardápios, tabela

de horários, instruções básicas, sinais etc. O que o professor tem que ter em mente

é que os textos devem ser de preferência textos reais, e, quando não for

possível,que eles usem textos que se aproximem o máximo possível da realidade.

Existem três habilidades de leitura que são importantes serem desenvolvidas

nos alunos. Harmer (2009, p.100) as chama de Scan (varredura), Skim (passar os

olhos) e Leitura para Compreensão Detalhada. Quando o aluno lê com o objetivo de

encontrar alguma informação específica, ele está desempenhando a leitura Scan.

Page 21: TCC Abordagem da Comunicacao

18

Na prática, o professor pede para que o aluno encontre alguma informação

específica no texto, como por exemplo, um nome, um número, endereço ou uma

programação de televisão. Para que o aluno desempenhe essa leitura com sucesso,

ele não pode ler cada linha detalhadamente. Usando como exemplo uma prática

social, o aluno poderá precisar encontrar em um texto os horários da saída do

próximo trem. Esse tipo de leitura exige rapidez em encontrar uma informação

específica.

A leitura chamada de Skim tem como objetivo descobrir o assunto principal de

algum texto. Os olhos do leitor passam rapidamente na superfície do texto para se

pegar a ideia geral. Em uma prática social, o aluno usa esse tipo de leitura para ler o

resumo de um filme ou a opinião de alguém sobre esse filme. Assim, como a leitura

Scan, atentar-se para os detalhes faz da leitura Skim ineficaz. O professor pode

treinar o aluno a ler superficialmente usando um jornal para que ele identifique o que

está acontecendo no mundo atualmente. Resumindo a importância dessas três

habilidades, Harmer (2007) conclui:

Muitos alunos são perfeitamente capazes de fazerem todas essas coisas em outras línguas, e claro, no entanto, outros talvez nem mesmo leem muito em seu dia-a-dia. Para ambos os tipos de alunos, devemos fazer nosso melhor para oferecer uma mistura de matérias e atividades para que eles possam praticar usando essas várias habilidades com o texto em inglês. (p.101)

Dentro de sala de aula, o professor irá lidar com todos os tipos de alunos,

inclusive alunos que têm o hábito de ler os que não têm o hábito de ler. O professor

tem que levar em consideração que as atividades planejadas têm que proporcionar

aos alunos o contato com diversos tipos de leitura. Dessa forma, o professor dará

aos alunos a chance de praticarem diversos tipos de leitura diferentes.

3.1.1. Algumas sugestões de atividades de Jeremy Harmer:

Seguindo instruções: O aluno lê instruções de alguma operação simples ( como

usar um telefone público, por exemplo) e deve colocar as instruções na ordem

Page 22: TCC Abordagem da Comunicacao

19

correta. Ele pode fazer isso com figuras também. Cada instrução se relaciona com

uma figura.

Jornais: Uma das milhares de atividades que podem ser feitas com jornais, é pedir

que os alunos relacionem os títulos com os seus respectivos artigos. Para alunos

mais avançados, o professor pode pedir que os alunos leiam três artigos diferentes

sobre o mesmo assunto e comentem as diferenças entre eles.

Quebra-cabeça de leitura: São feitos três grupos e cada grupo recebe um pequeno

texto que trata de algum problema. Em seguida, cada grupo lê o seu texto (todos os

textos tratam do mesmo assunto, que não foi especificado previamente e que

isoladamente não fazem muito sentido) e juntos tentam descobrir o assunto comum

de todos os três textos.

Leitura de Quebra-cabeças: O professor dá aos alunos parágrafos de algum texto

para que coloquem todos os parágrafos na ordem certa, a fim de fazer o texto

completo.

3.2. Ensinando a Escrever:

Existem dois objetivos principais para um aluno de inglês escrever. Escrever-

para-aprender e escrever-por-escrever. No primeiro caso, escrever é usado como

um suporte, uma ferramenta para ajudar os alunos praticarem e usarem a linguagem

que eles estudaram. Por exemplo, o professor pode pedir que os alunos escrevam 5

frases usando uma estrutura gramatical específica ou usando algumas palavras

novas. Esses tipos de atividades de escrita são criados para dar reforço para os

alunos.

Escrever-por-escrever tem como objetivo desenvolver as habilidades do aluno

relacionadas a escrita em si. Atividades de escrever-por-escrever focam em fazer os

alunos escreverem melhor. Isso inclui não apenas o uso apropriado da língua, mas

também a construção do texto, layout, estilo e efetividade. E é esse tipo de escrita

que prepara o aluno para as práticas sociais mais eficientes. E para que o professor

tenha sucesso em preparar os alunos para a comunicação real, ele precisa saber

escolher os tipos de textos e os gêneros que serão usados nas atividades práticas.

Gênero: De acordo com Harmer (2007), gênero é um tipo de escrita que membros

de uma comunidade de discurso iriam instantaneamente reconhecer que tipo era

quando lido. Um anúncio de jornal ou um poema são instantaneamente

reconhecidos pelos seus estilos, logo, o professor deve trabalhar com os alunos de

forma que eles reconheçam esses gêneros de textos quando lidos em situações

Page 23: TCC Abordagem da Comunicacao

20

reais. Uma das decisões que o professor precisa tomar é quais gêneros são

importantes e/ou envolventes para os alunos. Por exemplo, o professor descobre

que para um grupo específico de alunos é interessante trabalhar com textos de

convites para eventos. Ele então apresenta alguns modelos diferentes, desse

mesmo gênero, para que os alunos passem a identificá-los e em seguida pratiquem

sozinhos ou com pouca ajuda criando seus próprios convites.

3.2.1. Construindo o hábito de escrever: Desde o início das aulas, os alunos

devem ser envolvidos com a escrita, através de atividades que são fáceis e

agradáveis. Muitos alunos não gostam de escrever porque acham que não são

capazes ou acreditam que não têm nada a dizer. Criando uma rotina de escrita, o

professor gera nos alunos um senso de naturalidade quando se fala em escrever

algum texto.

3.2.2. O processo da escrita: Esse processo de escrita envolve planejar o que se

vai escrever, fazer o rascunho, revisar e editar o que se escreveu. Encorajar os

alunos a passarem sempre por esse processo de escrita os possibilita se tornarem

escritores melhores em suas vidas pós-aulas de inglês e também em testes e

exames formais. Após

3.2.3. Algumas sugestões de atividades de escrita:

Escrita instantânea: Umas das maneiras de se criar o hábito da escrita nos alunos

é fazer atividades de escrita instantânea, que são atividades breves, mas eficazes.

Pedir que os alunos escrevam as respostas às perguntas do professor, por exemplo,

ao invés do aluno responder oralmente como foi o dia, ele vai escrever a resposta e

entregar para o professor.

Escrita colaborativa: Esse tipo de atividade costuma contribuir muito para a

criatividade na escrita e na confiança em si próprio do aluno. Por exemplo, pedir que

os alunos escrevam uma carta no quadro. Porém, cada frase da carta é escrita por

um aluno diferente. Ou também, pedir que os alunos ouçam um texto e em seguida

tentem o reproduzir através da escrita e depois comparar com os colegas.

Escrevendo uns para os outros: Os alunos podem escrever e-mails ou outros

tipos de mensagens uns para os outros para que sejam respondidos. Eles podem

ser envolvidos em atividades de chat online sob a supervisão do professor. Esses

tipos de atividades são muito importantes porque fazem os alunos se interessarem

de verdade, já que estão interagindo com pessoas reais.

3.3. Ensinando a falar:

Page 24: TCC Abordagem da Comunicacao

21

Existem três motivos principais para fazer o aluno falar na sala de aula. O

primeiro motivo é dar a oportunidade para o aluno praticar a fala da vida real na

segurança da sala de aula. Segundo, atividades de fala que fazem o aluno tentar

usar alguma ou toda linguagem que conhece para prover ao professor e para si

mesmo um feedback do seu conhecimento da língua. E terceiro, o aluno vai falar

em sala para ativar alguns elementos da língua que estão armazenados em seu

cérebro, e assim, o uso dos elementos se tornam mais naturais.

Se os alunos estiverem participando inteiramente das atividades de fala em

sala de aula e essas atividades são interessantes e envolventes, os alunos passam

a ter prazer em falar. E quando se pensa em atividades de fala, não se tem em

mente uma fala controlada, tendo como objetivo alcançar o conhecimento de algum

tópico gramatical, por exemplo. Pelo contrário, o ideal é usar a fala natural que surge

na sala de aula para se estudar alguma estrutura. As atividades de fala propostas

por Jeremy Harmer têm o objetivo apenas de melhorar as habilidades dos alunos em

relação à fala. A fala espontânea é normalmente rara, então o professor tem que

aproveitar essas oportunidades para provocar o uso mais fluente do inglês.

3.3.1. Algumas sugestões de atividades de fala:

Atividades de informação: Essa atividade normalmente é feita em pares. Um dos

alunos tem uma figura e tenta descrever a imagem para o outro colega, que por sua

vez, tenta desenhar as informações que o outro passa. O “desenhista” pode fazer

perguntas sobre a imagem, mas nunca ver. Normalmente é interessante usar

imagens abstratas, para exigir um pouco mais dos alunos que estão descrevendo.

Uma variação dessa atividade é usar o jogo dos sete erros. Um dos alunos tem a

figura completa, o outro tem a figura com os erros. O que tem a figura com os erros

tem que descrever para o colega aonde os erros se encontram. Normalmente essa

atividade provoca muitas perguntas e conversa.

Conhecendo e cumprimentando: Os alunos simulam uma ocasião formal/social

em que eles conhecem em conversam com diversas pessoas diferentes.

Pessoas famosas: Cada aluno pensa e diz que pessoa famosa ela gostaria de sair

para jantar juntos e comentar os assuntos sobre o que conversariam e quais

perguntas seriam feitas.

Apresentações de alunos: Cada aluno tem um tempo determinado para preparar

uma apresentação sobre algum tópico ou personalidade e apresentar para a turma.

Page 25: TCC Abordagem da Comunicacao

22

Para os alunos que estão ouvindo, o professor passa alguma atividade também,

como por exemplo, dar feedback e responder algumas perguntas ao final da

apresentação.

3.3.2. Como corrigir a fala?

Em atividades escritas ou de pronúncia, é comum o professor corrigir os erros

com o aluno ou com a turma na medida em que se lê ou fala a frase que se quer

pronunciar corretamente. Porém, em uma conversa envolvente, sobre algum

assunto que gera discussão, o professor não deve interromper o fluir da conversa

para corrigir, pois isso pode ser um elemento desmotivador para o aluno continuar

tentando falar. Quando o aluno se sente entendido, mesmo sabendo que comete

erros linguísticos, ele se sente mais à vontade para continuar arriscando durante

suas falas, e consequentemente, se tornará mais fluente mais rápido.

3.4. Ensinando a ouvir:

Para que o aluno desenvolva com sucesso suas habilidades de ouvir em

inglês, é necessário que ele seja exposto a uma variedade grande de vozes. Cada

voz tem sua característica e por isso o aluno não pode ficar limitado e acostumado

apenas com a voz e o tipo de inglês do professor. O professor precisa, de alguma

forma, motivar os alunos para que constantemente ouçam outros tipos de vozes

falando inglês e em sala de aula se atentar para prover aos alunos essa

possibilidade, sempre tomando cuidado para a quantidade e nível dos tipos de inglês

que está sendo exposto.

Assim como a leitura, existem dois tipos principais de coisas para se ouvir. As

coisas que normalmente se ouvem fora de sala de aula, como por exemplo, notícias

na televisão, rádio, CDs, vídeos da internet filmes, e as coisas que foram elaboradas

e adaptadas para serem ouvidas dentro de sala de aula. No segundo caso, as

atividades de ouvir têm como objetivo ensinar a forma como o inglês é falado ou de

treinar alguma habilidade especifica de ouvir. Para que o aluno tenha habilidades

eficazes para se comunicar em situações reais, o primeiro tipo de ouvir é que será

definida e explicada.

Existem muitas maneiras de ensinar ouvir para os alunos. Uma das mais

interessantes atividades é trazer para sala de aula alguém de fora que possa

interagir com os alunos, fazendo-os se acostumarem com outros tipos de inglês.

Esse tipo de atividade pode dar feedback para o aluno sobre o seu nível de

Page 26: TCC Abordagem da Comunicacao

23

compreensão. Como nem sempre é possível trazer outras pessoas para sala de

aula, o ideal é que os alunos estejam em constante contato com diálogos reais e de

variados tipos de inglês. Claro que não se pode esquecer que o aluno deve

experimentar diferentes níveis de ouvir de acordo com a experiência de cada um

com a língua. Constantemente ouvir textos que estão muito distantes da capacidade

de compreensão do aluno pode o assustar e fazê-lo acreditar que não é capaz.

Sobre a Abordagem da Comunicação, todas as atividades devem ter o

mesmo objetivo; proporcionar ao aluno a oportunidade de experimentar e interagir

com o inglês falado na vida real, sem adaptações, sem mudanças ou criações.

Constantemente o professor deve se perguntar se seus alunos estão realmente

aprendendo o que vão de fato precisar algum dia. É claro que a gramática e

estrutura frasal é importante, mas assim como os falantes de qualquer língua

materna, a gramática e estrutura foi ensinada depois que a língua já estava

totalmente dominada e fluente pelo falante.

Considerações Finais:

A Abordagem da Comunicação provê para os alunos a oportunidade de

estudarem a língua inglesa usando textos reais e assim, aprenderem a usar durante

a comunicação o que realmente é falado por nativos de países que têm a língua

inglesa como língua materna. Para tanto, existem infinitas atividades que

professores de inglês podem e devem usar em sala de aula para desenvolver as

capacidades comunicativas dos alunos. Entendendo a importância de se trabalhar

sobre uma abordagem especifica, pois ela define como a aula vai ser ministrada, e

entendendo também que a Abordagem da Comunicação é a abordagem que

prepara mais eficazmente os alunos para a comunicação real, é necessário que se

pense em que tipos de atividades sejam propostas pelos professores em sala de

aula. Será repassado agora, algumas atividades que podem ser feitas em sala de

aula para que os alunos desenvolvam as competências comunicativas.

Alunos adultos, normalmente trabalham e precisam do inglês para se

comunicarem e/ou desenvolverem alguma atividade relativa ao trabalho. Logo, é

totalmente relevante e eficaz se trabalhar em sala de aula conteúdos e materiais que

se relacionam de alguma forma com a realidade desses alunos. Por exemplo, trazer

para a aula artigos de jornais e revistas para serem lidos e estudados. Uma

atividade bem eficaz é deixar que os alunos escolham o artigo ou assunto que eles

Page 27: TCC Abordagem da Comunicacao

24

julgam mais interessantes e relevantes para suas realidades. Outra forma de

trabalhar textos de revistas e jornais é pedir que os alunos compartilhem suas

opiniões com a turma sobre os textos lidos de forma escrita ou oral.

No caso de aulas para crianças e adolescentes, usar entrevistas reais com

pessoas famosas, como por exemplo, atores, atrizes, cantores, cantores e

esportistas, faz com que o alunos se envolvam emocionalmente com a aula,por

causa do interesse, tentem, com mais esforço, entender e usar os termos e

expressões que tiveram contato durante a leitura. A escrita pode ser desenvolvida

neste caso, com o professor pedindo para os alunos escreverem criativamente a

segunda parte da entrevista. No caso de treinar as habilidades de audição, o

professor pode trazer para a aula, um documentário ou reportagem sobre algumas

dessas pessoas famosas. Sem duvida, a maioria dos alunos faria um esforço grande

para entender a mensagem passada.

O professor de inglês precisa constantemente analisar quais textos são mais

apropriados para os alunos, levando em consideração a necessidade daqueles

textos para a realidade dos alunos. Trabalhar com textos reais não significa trabalhar

assuntos que são fora da realidade e contexto social dos alunos. Nem tampouco é

necessário usar textos falsos e elaborados fora de contexto para se ensinar alguma

habilidade. O texto real pode e deve caminhar lado-a-lado com o que se planeja

ensinar para os alunos.

Referências Bibliográficas:

BRASIL.Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros curriculares nacionais : terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira /Secretaria de Educação Fundamental. . Brasília:MEC/SEF, 1998.120 p.

BRASIL.Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Médio: língua estrangeira /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:MEC/SEF, 2000.

COOK, G. Discourse. Oxford University Press, 1989.

BRUMFIT, JOHN & JOHNSON, K. The Communicative Approach to Language Teaching. Oxford University Press, 1979.

Page 28: TCC Abordagem da Comunicacao

25

HARMER, J, How to Teach English. 6ª ed. Edinburgh Gate: Pearson Education Limited, 2007.

MCKEEGAN, D. Click Together. Oxford, 2001.

.Referências Eletrônicas:

http://www.sprc.pt/upload/File/PDF/Sectores/1Ceb/LINGUASE.pdfhttp://www.brasas.com/site/conteudo/sobre_metodo.phphttp://ezinearticles.com/?What-is-a-Communicative-Approach-to-English-Language-Teaching?&id=1242671