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Pessoal, resolvi publicar esse tutorial para ações tributárias levando em consideração os pedidos que
chegaram a mim, relatando as dificuldades em identificar as peças e o momento tributário para cada tipo
de ação . Não pretendo com isto, esgotar o assunto (mesmo porque seria muito pretensioso da minha
parte), mas apenas audar no !pontap" inicial#.
Identificação
$m primeiro lugar, deve%se analisar atentamente o caso apresentado para identificar os conceitos e
princ&pios tributários (por e'emplo, lei tributária e portaria, fato gerador e lançamento, pagamento e
e'ecução). Pois, para saber qual a melhor ação a ser escolhida, primeiro deve%se saber em que
!momento tributário# o cliente se encontra.
Por e'emplo, toda ve que a situação descrita mencionar que o tributo foi pago a maior ou indevidamente,
cabe ção de *epetição do +nd"bito ributário.
-utro e'emplo, toda ve que o cliente narrar que desea que sea reconhecida uma isenção, a ação a ser
proposta será a ção eclarat/ria de +ne'ist0ncia de *elação 1ur&dico%ributária, pois o cliente desea
que não sea mais importunado pelo $stado para pagamento de tributo o qual " isento.
Portanto, os motivos serão usados nas teses a serem defendias pelo advogado. +gualmente, independe
saber se o tributo " federal, estadual, ou municipal, essa informação será usada na identificação da
compet0ncia. essa forma, a priori , basta sabermos qual " a ação cab&vel em cada momento espec&fico,
desde que tenhamos bem claros os conceitos e princ&pios do ireito ributário.
As ações tributárias
grande maioria das ações se valem do processo civil para seu auiamento. 2ogo, o que se fa "
adaptá%las para resolvermos os interesses tributários do cliente.
s ações mais importantes e usadas são3
Ação Declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária;
Ação anulatória;
Mandado de segurança;
Ação de reetição do ind!bito;
Ação de consignação e" aga"ento;
#"bargos $ execução fiscal%
Para saber qual delas será a melhor opção ao problema apresentado, bem como outros detalhes
importante, eu recomendo veam meu 4ltimo post onde apresento o !quadro da l inha do tempo#. 2á, voc0s
poderão analisar e, ao final, elaborar um roteiro de perguntas a serem feitas ao cliente, como, por
e'emplo3
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#xiste lei criando ou "ajorando tributo&
'ão( Mandado de )egurança re*enti*o ou Ação Declaratória;
#xiste lança"ento&
)i"( Ação Anulatória ou Mandado de )egurança reressi*o
'ão( Ação Declaratória ara +ue o cliente ne" seja cobrado futura"ente%
, tributo já foi ago& )i"( Ação de eetição do Ind!bito
, cliente ! bitributado&
)i"( Ação de .onsignação e" /aga"ento
#xiste Ação de #xecução 0iscal&
)i"( #"bargos $ #xecução 0iscal
ps3 penas lembrando que esse roteiro " indicativo, outras perguntas podem e devem ser formuladas
para identificar o obetivo a ser alcançado.
.o"etência
5om a identificação da melhor peça a ser produida, vem a parte mais fácil deste roteiro3 saber para qual
u&o a ação deverá ser proposta.
5omo não temos no -rdenamento 1ur&dico nacional uma ustiça especial tributária, a compet0ncia para
ulgar e processar as ações tributárias será da ustiça comum (federal ou estadual) de primeira inst6ncia.
definição do u&o competente se dará pelo tipo de tributo combatido na ação a ser proposta. Por
e'emplo, se o tributo " +* (imposto federal), o u&o competente será o da 1ustiça 7ederal. 8e for sobre
+598 (imposto estadual), será o da 1ustiça $stadual, e, por fim, se for +P: ou +88 (impostos municipais),
o da 1ustiça $stadual. +sso se dá ao fato de não e'istir esfera do Poder 1udiciário em 6mbito municipal. -
mesmo racioc&nio se fa as ta'as e ;s contribuições.
penas alguns detalhes devem ser observados3
<. no caso de 98, deverá ser auiada no local onde ocorra ou ocorrerá o ato coator=
>. 8e e'istir vara especialiada da 7aenda P4blica, a ção será endereçada a ela (ou a vara c&vel,
caso não e'ista vara especialiada).
$'emplificando, teremos os seguintes endereçamentos3
ributos federais $'mo. 8r. r. 1ui 7ederal da ?@ara da 8ubseção 1udiciária de?
ributos $staduais ou municipais$'mo. 8r. r. 1ui de ireto da ? @ara 5&vel (ou @ara das 7aendas
P4blicas, caso e'ista vara especialiada) da comarca de ?
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/ólo assi*o
5omo em toda a ação, na tributária tamb"m não foge a regra. - polo passivo da ação " em face de quem
será proposta. 2embrem%se que a ação e sempre proposta contra o $stado%ui (que possui a função
urisdicional) em face do r"u.
- r"u na ação tributária será sempre o ente que possui o poder de tributar e, por
consequ0ncia, ou quem lhe faça as vees na função de arrecadação, fiscaliação e
administração do tributo.
$m outras palavras, o r"u será sempre o Poder P4blico, ou melhor, a 7aenda P4blica, relacionada ao
tributo guerreado. +sto ", se for contra tributo federal (+*, +P+, 5ontribuições, etc) será a 7aenda
P4blica 7ederal ou, 7aenda Nacional= se for tributo estadual (+598, +P@, ta'as e
contribuições estaduais) será a 7aenda P4blica $stadual= e, finalmente, se for tributos
municipais (+P:, +88, ta'as e contribuições municipais, etc) será a 7aenda P4blica 9unicipal.
$m suma, o que determina quem ocupará o p/lo passivo da ação tributária " o tributo em lit&gio.
No 98 (9andados de 8egurança), por ser uma ação de cognição sumária, que impede ou cessa a
violação de direito l&quido e certo, devemos nos atentar a seguinte situação3
ação será impetrada em face do ato da autoridade coatora, logo, o importante " identificar a autoridade
coatora, pois será em face dessa que será impetrado o 98, al"m de saber a compet0ncia tributária. Por
isso " importante identificar a pessoa (cargo) na esfera administrativa que det"m poderes para impedir ou
desfaer o ato coator.
ssim, podemos desenhar os seguintes quadros3
*egra geral3
ributos 7ederais 7aenda Nacional
ributos $staduais 7aenda P4blica do $stado de ?
ributos 9unicipais 7aenda P4blica do 9unic&pio de ?
9andado de 8egurança3
ributos federais internos elegado da *eceita 7ederal do Arasil em?
ributos federais aduaneiros+nspetor da lf6ndega do (Porto B eroporto ou
alfandegária) em?
ributos estaduais elegado da *egional ributário em?
ributos municipais C8ecretário de 7inanças do 9unic&pio de?.
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qui cada munic&pio poderá instituir outros cargos espec&ficos para cuidar da arrecadação ou
administração tributária. 5abe descobrir quem, dentro da dministração P4blica, poderá figurar como
autoridade coatora.
0unda"entação jurídica
gora vem a parte que eu considero a mais dif&cil nesse tutorial que á a fundamentação ur&dica. epois
de identificados todos os itens necessários, chegou a hora de !regaçar as mangas# e mostrar ao ui o
porqu0 seu cliente fa us a pretensão requerida.
Normalmente as teses estão ligadas ; violação de direito material constitucional (agressão aos
princ&pios constitucionais tributários, imunidades, etc.), ou numa ilegalidade (desrespeito do
7isco de norma em vigor ou legislação e'travagante, v.g., isenção) ou, ainda, a abusividade
(aplicação errDnea de lei, com e'cessos, preudicando os direitos do cliente).
qui não tem muito o que dier, o segredo " se manter sempre atualiado para, quando for necessário,
identificar de plano a violação a algum direito do cliente (ou ao menos saber se está sendo violado).