Índice
Valores Característicos 4
1. Mensagem do Presidente 6
2. Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais 12
2.A Relatório de Gestão 141 Comercial 14
Facturação de Energia Eléctrica 16Sistema de Preços 18Indisponibilidades 19
2 Sistemas Electroprodutores 213 Investimento 26
Principais Empreendimentos 27Produção 27Transporte e Grande Distribuição 27Pequena Distribuição 28
4 Recursos Humanos 29Evolução dos Efectivos 29Formação Profissional 33Prevenção e Segurança 35Medicina do Trabalho 35
5 Sistemas de Informação 366 Comunicação 367 Qualidade 378 Ambiente 379 Evolução Económica e Financeira 39
Custos e Proveitos 39Valor Acrescentado e Cash-flow 42Situação Patrimonial 43Resultados 44Indicadores Económicos e Financeiros 46Gestão Financeira 47Dívida Financeira 48Fundo de Pensões 50Gestão dos Riscos Operacionais Seguráveis 51Fundo de Carbono 51
2.B Proposta de Aplicação dos Resultados 52
2.C Contas Individuais 541 Documentos de Prestação de Contas Individuais 54
Balanços Analíticos em 31 de Dezembro de 2005 e 2006 54
3Relatório e Contas 06
Demonstração dos Resultados para os Exercícios Findos em 31 de Dezembrode 2006 e 2005 56Demontração dos Resultados por Funções para os Execícios Findos em 31de Dezembro de 2006 e 2005 58Demonstração dos Fluxos de Caixa para os Execícios Findos em 31 deDezembro de 2006 e 2005 59
2 Apreciação e Certificação de Contas Individuais 98Relatório do Fiscal Único 98Parecer do Fiscal Único 99Certificação Legal das Contas 100Relatório de Auditoria 102
3. Relatório e Contas Consolidadas 104
3.A Universo da Consolidação 106
3.B Relatório de Gestão 108
3.C Contas Consolidadas 1261 Documentos de Prestação de Contas Consolidadas 126
Balanços Analíticos Consolidados em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 127Demonstração dos Resultados Consolidados para os Exercícios Findosem 31 de Dezembro de 2006 e 2005 128Demonstração dos Resultados por Funções Consolidados para os ExercíciosFindos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 129
2 Apreciação e Certificação de Contas Consolidadas 170Relatório do Fiscal Único 170Parecer do Fiscal Único 171Certificação Legal das Contas 172Relatório de Auditoria 174Extracto da Acta da Assembleia Geral de Accionistas 176
4. Informações Complementares 180Santa Maria 182São Miguel 183Terceira 184Graciosa 185São Jorge 186Pico 187Faial 188Flores 189Corvo 190
Valores Característicos
4 Valores Característicos
2002
104 324
52619515650
10224
601473
3722
125
170
1 408
1 507
322
77 79946 502
381 44228 86217 488
COMERCIAL
N.º de Clientes
Consumo de Energia (GWh):DomésticoComércio e ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
PRODUÇÃO
Produção Total Electricidade (GWh)Produção Térmica (GWh)
EQUIPAMENTO
Centrais Térmicas a Fuel (n.º)Centrais Térm. Gasóleo (n.º)Centrais Térm. Fuel e Gas. (n.º)Centrais Geotérmicas (n.º)Centrais Hídricas (n.º)Parques Eólicos (n.º)
Potência Instalada em Centrais (MW)
Redes Transporte e Distribuição MT (km)
Postos de Transformação (n.º)
Potência Instalada em PT (MVA)
ECONÓMICO-FINANCEIROS
Volume de Negócios (mil euros)Valor Acrescentado (mil euros)Activo Líquido (mil euros)Investimento Total (mil euros)Cash-Flow Líquido (mil euros)
2006
111 872
70324122786
11931
781650
3612
126
258
1654
1671
434
131 18455 761
537 72239 44128 702
2005
109 523
66823021682
11229
750634
3612
116
240
1617
1637
414
121 92560 484
468 82545 04929 752
2004
108 042
62221920559
11128
703576
2722
115
240
1 599
1 589
390
110 12457 620
461 83567 43226 445
2003
105 058
56020617547
10825
641512
2622
125
185
1 576
1 549
350
104 88755 630
418 76047 27122 552
5Relatório e Contas 06
6 Relatório e Contas 06
Mensagem do Presidente e Órgãos Sociais
01
Mensagem do Presidente
mamente importantes para a ilha e para os Açores: instalaçãode um Parque Eólico, na Serra do Cume, com cinco aeroge-radores de 0,9 MW de potência cada e construção de umaCentral Geotérmica, com uma potência prevista de 12 MW,projectos estes que se espera venham a entrar em exploraçãona Primavera de 2008 e no final de 2009, respectivamente.
No que respeita aos investimentos efectuados no transportee distribuição de energia eléctrica, referem-se como maisrelevantes a construção, na ilha de S. Miguel, das subestações60/30 kV do Caldeirão e 60/10kV do Aeroporto, a ampliaçãoda rede transporte a 60kV entre estas duas subestações e a dosMilhafres e a continuação dos trabalhos de remodelação das redesde média e baixa tensão em todas as ilhas dos Açores.
No âmbito da qualidade ambiental, iniciou-se o processo demonitorização dos efluentes gasosos nas centrais térmicas doCaldeirão e Belo Jardim e procedeu-se ao licenciamento dasdescargas de água ao solo nas centrais térmicas das ilhas deSanta Maria, Pico, S. Jorge, Corvo e do Belo Jardim, na ilhaTerceira. Iniciou-se, também, a execução do plano de promoçãode desempenho ambiental na área da distribuição de electri-cidade em toda a área de actuação da empresa.
O Conselho de Administração, no desenvolvimento do modeloorganizativo adoptado para a empresa logo no início do seumandato, prosseguiu com os trabalhos de reestruturaçãocentrados agora, preferencialmente, na área dos aprovi-sionamentos e nos sistemas de informação e informática.
Assim, no que respeita aos aprovisionamentos, procedeu-se àreorganização da respectiva Direcção, posicionando-a como fontegeradora de valor e ajustando-a às necessidades de exploraçãode todo o Grupo EDA. Foi, assim, definido um novo modelo decompras, que pressupõe o estabelecimento de compromissose de responsabilidades entre a Direcção de Aprovisionamentose os seus clientes internos, vincando, de forma clara, uma culturade prestação de ser viços com valor acrescentado.
Quanto aos sistemas de informação e informática, foi definidoo novo modelo organizacional de processos e de prestaçãode serviços a pôr em prática em todo o Grupo EDA, tendoem vista o lançamento de um concurso público para selecção
8 Mensagem do Presidente e Órgãos Sociais
Senhores accionistas,
O Conselho de Administração tem pautado toda a sua actuaçãosegundo aquilo que pensa ser, em cada momento, os melhorespadrões de gestão, em ordem a que a EDA possa, progres-sivamente, vir a afirmar-se como uma empresa de excelênciae de referência na Região Autónoma dos Açores.
No primeiro ano deste mandato, mercê de um conjunto decircunstâncias várias, em que avultam como dominantes aestabilidade e fiabilidade asseguradas pelo modelo de regulaçãoda Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE),conseguiu-se que fossem, finalmente, anulados os “Resultadostransitados” negativos que vinham do exercício de 2000, emconsequência do registo, naquele ano, de responsabilidadescom pensões de reforma.
Agora, neste segundo ano e anulados que estão já os resultadosnegativos transitados, a EDA entrou numa fase de plenanormalidade de exploração e é com o maior prazer que vosapresentamos uma proposta de distribuição de dividendos,facto que sucede pela primeira vez na vida da nossa empresa.O exercício de 2006 fica, assim, a constituir um marco muitoimportante na vida da EDA.
Os meses já decorridos do exercício de 2007, deixam anteverque este será um ano de consolidação e reforço dos bonsresultados já alcançados, o que permitirá que o Conselho deAdministração passe a dar, de futuro, especial ênfase ao objectivode melhoria da estrutura financeira da EDA. Será este,certamente, o seu principal desafio.
No exercício de 2006, prosseguiu-se com a execução do planode investimentos que, no que respeita aos centros produtores,está orientado para a utilização plena das energias renováveis,o que pressupõe que seja definido, para cada ilha, o mix deprodução ideal de todas as possíveis fontes de energia erespectivo encaixe no diagrama de cargas. Assim, na ilha de S.Miguel, concluiu-se a construção da Central Geotérmica doPico Vermelho que, com uma potência nominal instalada de10 MW, começou a debitar energia para a rede, em regimede ensaios, já quase no final do ano. Na ilha Terceira, prosseguiu-se com os estudos e investimentos em dois projectos extre-
do prestador de serviços em regime de outsourcing. Estecontrato abrangerá as áreas do “Centro de Processamento deDados”, de “Service Desk”, “Local Area Network”, “DesktopManagement”, de gestão da “Wide Área Network” e demanutenção aplicacional. Paralelamente, o Gabinete de Sistemasde Informação da EDA procedeu à sua própria reestruturaçãointerna, em ordem a melhor responder às novas exigências derelacionamento entre todo o Grupo EDA e o futuro outsourcer.
Na área Comercial, é de referir que a EDA, na sequência deum longo e complexo processo iniciado em meados de 2004,obteve, em Março de 2006, o certificado de conformidade dasua actividade de comercialização de energia eléctrica e serviçosconexos, emitido pela SGS ICS – International CertificationServices (Norma ISO 9001-2000), certificação esta que, paraos nossos clientes, é garantia de competência e profissionalismona prestação do serviço.
Com o objectivo de melhor acompanhar a actividade daempresa em todas as fases do processo de produção, transporte,distribuição e comercialização de electricidade, o Conselho deAdministração procedeu à introdução de um sistema deUnbundling Contabilístico que, para além de constituir umpoderoso instrumento de controlo de gestão, possibilita,igualmente, uma muito melhor resposta às crescentes exigênciasde prestação de informação à entidade reguladora.
Também com o objectivo de dispor de uma melhor informaçãosobre as interrupções de fornecimento de energia eléctrica,foi desenvolvido um Sistema de Gestão de Indisponibilidades,que permite uma muito melhor percepção da qualidade doserviço prestado aos nossos clientes e facilita o cálculo dosdiversos indicadores exigidos pelo Regulamento de Qualidadede Serviço a que estamos sujeitos.
Neste exercício e relativamente ao ano anterior de 2005,verificou-se uma redução de 16% no tempo total de indispo-nibilidades, tendo sido a ilha Terceira aquela que registou amaior redução (26,2%). Estes resultados, que reflectem umamelhoria na qualidade do serviço prestado, ficaram a dever-se,fundamentalmente, à entrada em serviço de novos equi-pamentos, ao aumento de trabalhos realizados em tensão eao maior número de manutenções preventivas.
No âmbito da gestão financeira, prosseguiu-se com uma políticade gestão assente no modelo de serviços partilhados ao níveldo conjunto de empresas que constituem o Grupo EDA. Essapolitica, que abrange a gestão integrada dos recursos financeirosdo conjunto das empresas do Grupo, tem permitido umplaneamento financeiro mais eficaz e uma melhoria significativanos custos de financiamento, com as consequentes vantagenspara todas as empresas beneficiárias. No decurso do exercício,e com o objectivo de reduzir a exposição da dívida da EDAàs flutuações da taxa de juro que então se verificavam nosmercados de capitais, nomeadamente da zona euro, foramcontratados, para alguns empréstimos já existentes, mecanismosespeciais de cobertura de taxas de juro que se têm revelado,até ao momento, francamente compensadores.
No âmbito da gestão dos riscos operacionais seguráveis, aEDA tem continuado a beneficiar das condições extremamentefavoráveis de algumas das apólices de seguros da EDP,nomeadamente de responsabilidade civil e danos patrimoniaispara instalações industriais. Nas demais apólices negociadasdirectamente pela EDA, tem sido possível beneficiar do baixograu de sinistralidade verificado na empresa para alargar acobertura das respectivas apólices a novas áreas de risco.
A finalizar, cumpre-nos reafirmar a todos os nossos clientes onosso compromisso de continuar a assegurar-lhes, de formasustentada e nas melhores condições, a prestação do serviçopúblico de que fomos incumbidos e de com eles estabeleceruma relação comercial clara e transparente. Compromissotambém de, perante vós, senhores accionistas, continuar aexercer uma gestão que assegure uma valorização permanentedo património de todo o Grupo EDA e que, a par de umamelhoria do serviço prestado, contribua, também, para umamaior criação de valor em cada uma das empresas.
Para isso, contamos com o profissionalismo, entusiasmo ecompetência de todos quadros e colaboradores das empresasdo grupo EDA.
Roberto Amaral
9Relatório e Contas 06
10 Mensagem do Presidente e Órgãos Sociais
Órgãos Sociais
MESA DA ASSEMBLEIA GERALPresidente: Dr. José Luís Pimentel Amaral
Vice-Presidente: Dr. Luís Manuel do Couto Pacheco
Secretário: Dr. José Emanuel Lopes Fernandes
Secretário Suplente: Dr. Paulo Joaquim Borges Linhares Dias
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente: Dr. Roberto de Sousa Rocha Amaral, que preside; (A. G. n.º 4/2005, de 8 de Julho)
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS:Eng.º Francisco Manuel Sousa Botelho
Dr.ª Maria José Martins Gil
Eng.º Mário Duarte Carreira Mendes
Eng.º Jaime Carvalho de Medeiros
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS:Sr. Alberto Manuel Rebelo Carreiro
Dr. Gualter José Andrade Furtado
Eng.º Luís Filipe Lucena Ferreira (até Janeiro de 2007)
Eng.º António Jorge Flores Vasquez (a partir de Janeiro de 2007)
Eng.º António Manuel Pita de Abreu
FISCAL ÚNICOEfectivo: UHY – A. PAREDES E ASSOCIADOS, SROC, Lda. -
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
Representada por: Dr. Manuel Luís Fernandes Branco (ROC 652)
Suplente: DUARTE GIESTA, ESTEVES RODRIGUES E ASSOCIADOS, SROC, Lda.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
Representada por: Dr. Duarte Félix Tavares Giesta (ROC 520)
11Relatório e Contas 06
12 Relatório e Contas 06
Relatório, Proposta de Aplicaçãode Resultados e Contas Individuais
02
14 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
2.A Relatório de Gestão
1 - Comercial
No ano de 2006, a procura de electricidade referida ao consumo
ascendeu a 703 GWh, resultando num crescimento global de
5,3% relativamente ao ano anterior, verificando-se uma variação
de 4,5% ao nível da Média Tensão e 5,8% ao nível da Baixa
Tensão.
Durante o corrente ano, a rede de distribuição abasteceu
111 872 instalações de clientes, correspondendo a um aumento
de 2,1%.
2002
104 324
103 643
681
525,8
194,8155,649,5
102,123,7
N.º de Clientes
Baixa Tensão
Média Tensão
Consumo de Energia (GWh):
DomésticoComérc. e ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIlumin. Pública
Var. %2005/06
2,1
2,2
-0,5
5,3
4,85,25,46,36,7
2006
111 872
111 258
614
703,2
240,9227,086,0
118,830,5
2005
109 523
108 906
617
667,5
229,8215,881,6
111,728,6
2004
108 331
107 439
603
622,0
218,9205,458,5
111,327,9
2003
105 100
104 475
583
560,1
206,4174,846,8
107,524,6
O mercado da Região caracteriza-se pela sua reduzida dimensão
e grande dispersão, predominando o consumo do comércio e
serviços (incluindo serviços públicos), com 44,5% da estrutura de
consumos, seguido dos usos domésticos e industriais, com 34,3%
e 16,9%, respectivamente. É ainda de salientar que as ilhas de
S. Miguel e Terceira foram responsáveis por 79,3% do fornecimento
de energia eléctrica e 73% dos contratos com clientes.
15Relatório e Contas 06
O consumo anual “per capita” tem revelado um aumento
sucessivo nos últimos anos, apresentando taxas de crescimento
elevadas nos últimos cinco anos, que em média se situaram na
ordem dos 7,2%, sendo, no total da região e em 2006, de
2 908 kWh/habitante. Neste ano, o valor mais elevado verifi-
cou-se na ilha Terceira, com 3 214 kWh/habitante, e o mais
baixo no Corvo, com 2 351 kWh/habitante. Em 2005, o
consumo médio anual ascendeu a 2 761 kWh/habitante,
revelando um crescimento em 2006, face a esse ano, de 5,3%.
1 500
1 700
1 900
2 100
2 300
2 500
2 700
2 900
3 100
3 300
SMA SMG TER GRA SJG PIC FAI FLO COR
2002 2003 2004 2005 2006
Capitalização (consumo/hab)kWh/hab
16 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Facturação de energia eléctrica
A facturação de energia eléctrica atingiu, em 2006, o montante
de 80 852 mil euros, correspondendo 55 518 mil euros a
fornecimentos de energia em Baixa Tensão, enquanto 25 334
mil euros referem-se a fornecimentos em Média Tensão, sendo
de realçar que estes últimos representam 31% do valor total,
embora concentrados em apenas 0,55% do número de
contratos de fornecimento de energia eléctrica.
0
10
20
30
40
50
60
SMA SMG TER GRA SJG PIC FAI FLO COR
0
50
100
150
200
250
300
350
400
N.º Instalações (mil) Vendas (GWh)
Vendas e N.º de InstalaçõesN.º de instalações Vendas
2002
62.28820.20542.083
525,8195,8330,0
11,8510,3212,75
Facturação *(mil €)
Média TensãoBaixa Tensão
Energia Facturada **(GWh)
Média TensãoBaixa Tensão
Preço Médio Venda(c€/kWh)
Média TensãoBaixa Tensão
* Não inclui energia em contadores e compensação tarifária.** Não inclui consumos próprios
2006
80.85225.33455.518
701,3264,6436,7
11,539,58
12,71
2005
74.61423.09351.521
666,1253,4412,7
11,209,11
12,49
2004
68.41120.05848.353
620,5224,7395,8
11,038,93
12,22
2003
62.59318.41444.179
559,3196,8362,4
11,199,36
12,19
Relatório e Contas 06 17
Relativamente ao ano anterior, a facturação cresceu cerca de
8,4%, em resultado do aumento de 5,3% na procura de
electricidade e ao acréscimo do preço médio de venda em
2,9%.
8
9
9
10
10
11
11
12
12
13
13
2002 2003 2004 2005 2006
(c€/kWh) Média Tensão Baixa Tensão
Evolução do preço médio de venda 2002/2006cent€
18 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Sistema de preços
A EDA, S.A. é a concessionária do transporte e distribuição
de energia eléctrica na Região e desenvolve a sua actividade
num contexto regulado, quer decorrente do Contrato de
concessão efectuado com o Governo Regional, quer da legislação
em vigor e dos Regulamentos publicados pela ERSE - Entidade
Reguladora dos Serviços Energéticos.
As actividades reguladas exercidas pela EDA S.A. correspondem
à Aquisição de Energia Eléctrica e Gestão do Sistema, Distribuição
e Comercialização de Energia Eléctrica. As tarifas que remuneram
estas actividades são fixadas anualmente pela ERSE, tendo por
base os balanços energéticos previsionais e os custos, proveitos
e investimentos também previsionais e assentam num modelo
de regulação económica, fundamentado em custos aceites e
na aplicação de uma taxa de remuneração aos activos líquidos
afectos a cada actividade.
Em 2006, foi dada continuidade ao processo de convergência
das tarifas da Região para com as do Continente, com o tarifário
daquele ano a ser publicado pela Entidade Reguladora dos
Serviços Energéticos, em conformidade com o disposto no
Decreto-Lei n.º 69/2002, de 25 de Março, no qual ficou
consagrada a extensão das competências da ERSE aos Açores
e à Madeira.
Para o exercício de 2006, a compensação financeira previsional
atribuída à EDA ascendeu a 38,3 milhões de euros. Este valor
deverá ser entendido numa perspectiva regulatória, já que
engloba o ajustamento referente ao exercício de 2004 e será
objecto de recálculo, após o fecho de contas reguladas de
2006. Refira-se que o valor atribuído não foi recebido, em
virtude do mecanismo de limitação dos acréscimos em BT,
previstos no Decreto-Lei n.º 187/95, de 27 de Julho, tendo o
regulador decidido, aquando da publicação das tarifas e preços
para a energia eléctrica em 2006, que o custo com a
convergência tarifária daquele ano seria incorporado nas tarifas
de 2008. Mais tarde, com a publicação do Decreto-Lei n.º 237-
B/2006, de 18 de Dezembro, foi determinado que os custos
associados à convergência tarifária de 2006 serão recebidos
em prestações iguais, ao longo de um período de 10 anos, a
contar a partir de 31 de Dezembro de 2007. Também em
2006, e como consequência da limitação dos acréscimos das
tarifas de BT, decorrentes do já referido Decreto-Lei n.º 187/95,
de 27 de Julho, ocorreu um défice tarifário de 5 518 mil euros,
ampliado para 5 981 mil euros após a publicação do Decreto-
Lei 90/2006, de 24 de Maio, que foi suportado pelas empresas
reguladas do Continente. Este montante será recuperado
através da tarifa UGS, entre 2008 e 2017, e devolvido às
empresas reguladas do Continente no mesmo período.
Através do quadro a seguir indicado poderemos verificar que
o preço médio de venda, para um consumidor doméstico do
tipo EUROSTAT Dc, apresenta, com o tarifário EDA, um valor
cerca de 5,8% inferior ao valor médio decorrente da aplicação
do tarifário praticado pela EDP. Para um consumidor industrial,
do tipo EUROSTAT Ic, o preço médio resultante do tarifário
da EDA é cerca de 1,3% superior ao resultante da aplicação
do tarifário da EDP.
Relatório e Contas 06 19
Tipo Consumidor
Doméstico*EUROSTAT Dc **
IndustrialEUROSTAT Ic***
* Inclui IVA às taxas em vigor (5% na EDP e 4% na EDA)** Cliente doméstico tipo EUROSTAT Dc – Consumo anual de 3.500 kWh, tarifa bi-horária com 2.200 kWh em Horas Cheias, 1.300 kWh no vazio e potência
contratada 6,9 kVA.*** Cliente industrial tipo EUROSTAT Ic – Potência contratada 100 kW, factores de correcção de potência 0,98 e 0,83, consumo anual total de 160 MWh, com
20,1 MWh em horas de ponta, 50,4 MWh em horas cheias e 9,5 MWh em horas de vazio (Inverno e Verão).
2006
0,132910,14107
-5,78
0,102320,10102
1,29
2005
0,130060,13789
- 5,68
0,094080,09298
1,18
Empresa
EDAEDP
EDA/EDP (%)
EDAEDP
EDA/EDP (%)
Indisponibilidades
O nível de continuidade de serviço, avaliado pelo TIEPI (Tempo
de Interrupção Equivalente da Potência Instalada), indicador
global de qualidade de serviço, encontra-se evidenciado no
gráfico seguinte. Os valores apresentados incluem indispo-
nibilidades com origem nos Sistemas Electroprodutores e nas
redes de Distribuição e Transporte para interrupções curtas
e longas (≤ 3 minutos e >3 minutos).
Em 2006 verificou-se uma diminuição do Tempo de Interrupção
Equivalente da Potência Instalada em relação ao último ano,
com excepção das ilhas de S. Maria, Pico, Faial e Flores, sendo
que a primeira das quais foi fortemente afectada por um
furacão. A diminuição das indisponibilidades é verificado ao
nível de interrupções imprevistas e programadas, estas últimas
relacionadas com as remodelações e manutenção de linhas de
distribuição MT e as primeiras por acções climatéricas adversas.
Preço médio de venda (€/kWh)
20 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
0:00
6:00
12:00
18:00
24:00
30:00
36:00
42:00
48:00
54:00
60:00
66:00
Santa Maria São Miguel Terceira Graciosa São Jorge Pico Faial Flores
Ano 1999 Ano 2000 Ano 2001 Ano 2002
Ano 2003 Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006
Indisponibilidades Totais
Relatório e Contas 06 21
2 - Sistemas Electroprodutores
Em 2006, o Sistema Electroprodutor explorado directamente
pela EDA era constituído por dez Centrais Termoeléctricas,
com uma potência total instalada de 215 MW. Explorados pela
EEG, empresa participada pela EDA, existiam seis Parques
Eólicos nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial
e Flores, com uma potência total instalada de 7,1 MW, doze
Centrais Hídricas, com uma potência total de 8,2MW, e ainda
duas Centrais Geotérmicas pertencentes à SOGEO, com uma
potência instalada de 27,8 MW.
A produção anual de electricidade atingiu os 780,7 GWh,
correspondendo a um aumento de 4,1% relativamente ao ano
anterior. Dessa produção, o parque termoeléctrico contribuiu
com 83,3%, com preponderância da produção a fuel, com
75,6%.
No âmbito das energias renováveis, destaca-se a aquisição de
energia geotérmica, que contribuiu com 10,7% do total da
produção e 20,3% do total da ilha de São Miguel.
2002
472,9418,654,327,995,74,4
600,9
TérmicaFuelGasóleo
HídricaGeotérmicaEólica e OutrasTotal
Var. %2005/06
2,72,36,4
-3,718,611,64,1
2006
650,4590,160,329,783,816,8
780,7
2005
633,5576,956,630,970,715,0
750,1
2004
576,3504,172,230,484,012,0
702,7
2003
511,9450,661,229,888,910,3
640,8
Estrutura da Produção (GWh) - Açores
2002
15,5330,6138,5
9,020,933,443,38,70,9
600,9
Santa MariaSão MiguelTerceiraGraciosaSão JorgePicoFaialFloresCorvo
Var. %2005/06
4,23,35,46,63,66,82,76,53,84,1
2006
19,6413,1203,312,426,042,551,810,91,1
780,7
2005
18,8400,1193,011,625,139,850,410,31,1
750,1
2004
17,9386,7165,010,824,039,148,39,91,0
702,7
2003
16,8353,8147,8
9,322,536,044,49,21,0
640,8
Produção de Electricidade por ilha (GWh)
22 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Evolução da Produção (GWh)
0
100
200
300
400
500
600
700
800
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Fuel Gasóleo Hídrica Geotérmica Eólica e Outras
As ilhas de São Miguel e Terceira contribuíram com 52,9% e
26,1%, respectivamente, para o total da produção. Realça-se
o facto das centrais do Caldeirão, em São Miguel, e do Belo
Jardim, na Terceira, terem uma produção correspondente a
cerca de 65% do total da energia produzida e adquirida pela
empresa, o que é elucidativo da dificuldade na obtenção dos
benefícios das economias de escala, face à descontinuidade
geográfica da Região.
Relatório e Contas 06 23
As pontas máximas em cada uma das ilhas, nos últimos cinco
anos, ocorreram sempre no 2º semestre de cada ano, com
excepção da ilha do Corvo, na qual, em 2001, se verificou no
1º semestre. No que respeita à evolução da ponta relativamente
a 2005, a maior foi registada na ilha do Pico, com 10,9%, seguida
pela das ilhas da Graciosa e da Terceira com, respectivamente,
7,9% e 6,4%.
Santa MariaSão MiguelTerceiraGraciosaSão JorgePicoFaialFloresCorvo
Data da ocorrência em 2006
14 de Agosto20 de Dezembro21 de Dezembro21 de Dezembro
21 de Julho18 de Agosto
4 de Setembro18 de Dezembro20 de Dezembro
2006
3 387 70 250 36 330 2 229 4 401 7 781 8 990 1 887 225
2005
3 445 69 600 34 150 2 066 4 305 7 014 8 716 1 916 233
Ponta máxima anual (kW)
24 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Evolução da Ponta por Ilha (2001-2005)
1000 2000 3000 50000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
S. Jorge(kW)
4000 2000 4000 6000 100000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Pico(kW)
8000
10000 20000 30000 400000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Terceira(kW)
500 1000 1500 25000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Graciosa(kW)
2000
20 000 40 000 60 000 80 000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
São Miguel(kW)
00 1000 2000 3000 4000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Santa Maria(kW)
Relatório e Contas 06 25
2000 4000 6000 100000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Faial(kW)
8000 500 1000 1500 25000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Flores(kW)
2000
50 100 150 2500
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Corvo(kW)
200
26 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
3 - Investimento
O investimento a custos totais atingiu, em 2006, cerca de 39,4
milhões de euros. Deste valor, cerca de 24,4% foram utilizados
no reforço do sistema electroprodutor, enquanto 24,3%
corresponderam ao investimento na rede de transporte e
distribuição, numa óptica de garantia da continuidade e qualidade
do fornecimento de energia eléctrica. Relativamente aos
restantes investimentos, o valor de 12,6% milhões de euros
respeita ao agregado Investimentos Financeiros, bem como a
Aquisições Directas e Estudos/Projectos e Outros.
Os gráficos abaixo indicam a evolução, nos últimos exercícios,
dos montantes investidos na actividade de produção e transporte
de energia eléctrica, a preços correntes.
Actividade
Centros ProdutoresRede Transporte e Grande DistribuiçãoRede Pequena DistribuiçãoOutrosTotal
Total
9 6419 5817 669
12 55239 441
EncargosFinanceiros
520569310140
1 540
CustosTécnicos
9 1219 0117 358
12 41237 902
Investimento (103 euros)
Encargos Financeiros
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
0
Custos Técnicos
Investimento Total(preços correntes)
20062005200420032002
OutrosPequena DistribuiçãoTransp. Grande Distr.Produção
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
Investimento a Custos Técnicos(preços correntes)
20062005200420032002
Relatório e Contas 06 27
Principais Empreendimentos
Relativamente aos projectos de investimento realizados em
2006, destacam-se como mais significativos os seguintes:
Produção
• Ampliação da Central Termoeléctrica do Aeroporto, Santa
Maria, com a instalação de um grupo diesel de 1,2 MW de
potência, remodelação do sistema SCADA e a construção
do parque de combustíveis e sistema de combate a incêndios;
• Diversas obras de beneficiação da Central Térmica do
Caldeirão, onde se incluem a beneficiação da oficina mecânica,
a construção da oficina eléctrica e a realização de estudos
ambientais;
• Ampliação da Central Termoeléctrica do Belo Jardim e
diversas obras de beneficiação da mesma, onde se incluem
a aquisição e montagem de caldeira, bem como a realização
de estudos ambientais;
• A ampliação da Central Termoeléctrica da Graciosa, com a
instalação do grupo VI com a potência unitária de 0,8 MW
e de volantes de Inércia;
• A ampliação da Central Termoeléctrica do Caminho Novo,
São Jorge, que incluirá a instalação de um Grupo novo de
1,5 MW de potência nominal e a monitorização e remo-
delação da rede de efluentes líquidos;
• Ampliação da Central Termoeléctrica do Pico, que inclui a
instalação de um novo grupo de 3 MW de potência nominal;
• Ampliação da Central Termoeléctrica de Santa Barbara, no
Faial, com a instalação de um grupo de 4,5 MW;
• Ampliação da Central Termoeléctrica de Além Fazenda, nas
Flores;
• Início da construção da nova Central do Pão de Açúcar, na
ilha do Corvo.
Transporte e Grande Distribuição
Na Ilha de Santa Maria e ao nível das Linhas de Distribuição,
foram realizadas diversas ampliações de Redes MT.
Na Ilha de S. Miguel, ao nível de Subestações, Postos de
Seccionamento e Centros de Controlo e Telemedida, a
reformulação da Subestação de S. Roque (SESR), a aquisição
e montagem de um transformador TP 10 MVA na subestação
dos Foros (SEFO), a montagem de duas celas MT 30 kV na
Linha SEPV – SEFO e construção da subestação 60/30 kV da
Central Termoeléctrica do Caldeirão e a Instalação de
equipamento de comando na rede de transporte através de
fibra óptica, bem como reforço do sistema de protecção da
rede de 60 kV.
Ao nível de Linhas de Transporte, a remodelação da linha de
transporte 60 kV entre as Subestações dos Milhafres e de
Ponta Delgada e da linha de transporte 60 kV entre as
Subestações do Caldeirão e dos Milhafres, assim como a
reconfiguração da linha 60 kV entre as Subestações dos Milhafres
e da Lagoa .
Nas Linhas de Distribuição, a construção da saída subterrânea
MT 10 kV da Subestação de São Roque (lado nascente), da
ligação subterrânea 10 kV SEAR (Subestação do Aeroporto)
– PT96/ SEAR – PT43 e da interligação subterrânea 10 kV
(CU 240 mm2) entre os PT51 – PT43 – PT45 – Subestação
de Ponta Delgada, remodelação da Linha e Ramais 10/30 kV
da Povoação e diversas obras de ampliação da rede MT.
Na Ilha Terceira, ao nível das Subestações e Centros de
Telemedida, a ampliação da capacidade de transformação e
remodelação da Subestação da Vinha Brava (SEVB),
Reformulação do sistema de protecções da rede de Transporte
30 kV e ampliação da rede UHF.
Na área das Linhas de Transporte, a construção da linha de
transporte Cu 185 30/60 kV entre as Subestações do Belo
Jardim e da Vinha Brava e reparação da linha de transporte da
Praia – Angra (duplo terno).
28 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Nas Linhas de Distribuição, a construção da saída de 15 kV
Subestação Vinha Brava - São Bar tolomeu (nó PT 95),
remodelação da linha MT 15 kV entre a Subestação de Angra
do Heroísmo e a Subestação de Belo Jardim, da linha MT 15
kV Parque Desportivo, saída G e da linha Fontinhas (Parque
industrial – PT 73), e diversas ampliações da rede MT.
Na Graciosa e ao nível das Linhas de Distribuição, a construção
do ramal MT 15 kV para PT AS 100 kVA – Ribeirinha e
ampliação de redes MT.
Em São Jorge, ao nível das Subestações, a construção do Posto
de Seccionamento da Relvinha. No que diz respeito às Linhas
de Distribuição, a remodelação das linhas MT 15 kV da
Queimada e das Manadas e a 2ª fase da remodelação da linha
MT 15 kV Nortes.
Na Ilha do Pico, nas Linhas de Distribuição, a remodelação da
linha e ramais MT 15 kV S. Roque – Piedade e fecho do anel
subterrâneo MT da Formosinha.
Na Ilha do Faial, ao nível das Subestações e Postos de
Seccionamento, o Remodelação da Subestação de Santa Bárbara
e construção do posto de seccionamento dos Cedros. Ao nível
das Linhas de Distribuição, continuação da Empreitada de
Remodelação da Linha MT 15 kV (Horta – Cedros), construção
de nova saída MT 15 KV da Subestação de Santa Bárbara -
Cedros e da Linha MT 15 kV HOR – VAR – SESB – PT 05.
Na Ilha do Corvo e ao nível das Linhas de Distribuição, a construção
da saída MT 15 kV da nova Central do Pão de Açúcar.
Pequena Distribuição
Em Santa Maria, ao nível das Redes Rurais, remodelação das
Redes de Baixa Tensão do PT nº 24 – Chã João Tomé, do PT
Nº 15 – Glória, do PT Nº 16 – Malbusca e do PT Nº 14 –
Cruz. Remodelação da rede IP do Aeroporto.
Em São Miguel, ao nível de Postos de Transformação,
remodelação dos PT da linha da Povoação (Furnas – Lomba
do Alcaide – Água Retorta), remodelação dos Postos de
Transformação das Furnas, electrificações e alterações de
potência em PT. Ao nível das Redes Urbanas, 2ª Fase da
remodelação do 1º Troço da Rede de Baixa Tensão da Cidade
de Ponta Delgada. Quanto a Redes Rurais, remodelação da
Rede de Baixa Tensão da Lomba da Maia (PT 132 e 163), dos
PT 177 a 182 dos Ginetes e da rede BT da Fajã de Cima, e
diversas ampliações da rede BT.
Na Ilha Terceira, ao nível de Postos de Transformação,
Electrificação, alteração de potências e remodelação em diversos
PT’s. Quanto a Redes Rurais, remodelação da rede BT de
Agualva e a ampliação de diversas redes BT.
Na Ilha de São Jorge, ao nível das Redes Rurais, a Remodelação
da Rede BT – Sete Fontes.
Na Ilha do Pico, ao nível de Postos de Transformação, a Remode-
lação 15/30 kV dos PT linha MT Lajes – Ribeiras, bem como
electrificação e alteração das potências em PT. Quanto a Redes
Rurais, a Remodelação da rede de Baixa Tensão de S. João e
a Remodelação da rede de Baixa Tensão da Prainha de Baixo.
Na llha do Faial e ao nível de Postos de Transformação, diversas
electrificações e alterações de potência de PT. Quanto a Redes
Rurais, a remodelação da rede BT do PT nº. 42 - Fajã, a remodelação
da rede BT do PT nº. 55 – Granja e ampliação de redes BT.
Na Ilha das Flores e ao nível de Postos de Transformação,
remodelação do PT nº. 3 – Monte de Santa Cruz. No que diz
respeito às Redes Rurais, a Remodelação das rede BT – Santa
Cruz 1º Troço.
Relatório e Contas 06 29
4 - Recursos Humanos
“O melhor do Grupo EDA somos nós”, esta tem sido uma
das ideias orientadoras da nossa estratégia de Recursos
Humanos. Assim, a EDA tem apostado continuamente na
valorização, motivação e satisfação dos colaboradores, quer
através da dotação de melhores condições de segurança no
trabalho, quer através da componente da formação profissional,
de que são reflexos os indicadores relativos a este ano de
2006.
Neste ano, concluiu-se o novo Sistema de Gestão por
Objectivos (G.P.O.), que assenta no princípio da criação de
compromisso do Colaborador com o atingimento de um
conjunto de objectivos que lhe são estabelecidos pelo GRUPO
EDA e que visa essencialmente: Integrar os objectivos profissionais
dos Colaboradores com os planos de actividade do GRUPO
EDA, garantir o acordo entre o Colaborador e a hierarquia,
manter aberto um sistema de comunicação nos dois sentidos
e identificar e objectivar necessidades de formação e de
desenvolvimento, tendo em conta, por um lado, o desempenho
do Colaborador e, por outro, as necessidades da Empresa.
Evolução dos efectivos
O número total de trabalhadores com vínculo à empresa, no
final de 2006, era de 737, representando assim uma redução
de 1,2% relativamente ao ano anterior. Destes, 24 são
trabalhadores com contrato a termo certo.
2005
6893720
746
EDAReq./Cedidos Grupo EDARequisitados Ent. OficiaisTotal
%
-0,9-13,510,0-1,2
2006
6833222
737
Trabalhadores com vínculo EDA
30 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
O rejuvenescimento do quadro de pessoal é uma preocupação
da empresa e, a prová-lo, está o movimento de entradas, que
se traduziu em 8 novas entradas externas, 5 delas ao nível dos
quadros superiores, e as restantes 3 para a área técnica
operacional da Produção e Distribuição.
O decréscimo verificado no total de colaboradores foi
ocasionado sobretudo pela passagem à situação de reforma
por invalidez de 11 trabalhadores, bem como pela rescisão do
contrato de trabalho por mútuo acordo de 2 trabalhadores
e 6 por outros motivos (fim de contrato a termo certo,
requisições governamentais e demissões).
O quadro abaixo reproduz o número de trabalhadores por
ilha e um índice, comummente apresentado, que traduz a
relação entre o número de clientes MT/BT por trabalhador,
tendo-se, de 2005 para 2006, alterado de 159 para 164 clientes
por trabalhador:
Sta. MariaS. MiguelTerceiraGraciosaS. JorgePicoFaialFloresCorvoAçores(*) Não inclui trabalhadores requisitados e cedidos
Nº Clientes/Trab.
11816419511514819614712041
164
Nº Trab.
2934313026374350196
683
Trabalhadores por Ilha e por nº Clientes
Relatório e Contas 06 31
Por área de actividade, os trabalhadores estavam distribuídos
da seguinte forma:
ProduçãoTransporte e DistribuiçãoComercialÁreas de Apoio / SuporteTotal (*)(*) Não inclui trabalhadores requisitados e cedidos
Variação2005/06
-5,5%+2,0%-1,4%
+3,4%-0,9%
2006
24025171
121683
2005
25424672
117689
Trabalhadores por Área de Actividade
2004
25926274
114709
Reflectindo a modernização técnica e administrativa que se
tem vindo a operar, as categorias mais qualificadas – Dirigentes,
Quadros, Chefias, Profissionais Altamente Qualificados e Prof.
Qualificados – representam 84,2% do número total do efectivo.
Cargo / Categoria Profissional
Conselho AdministraçãoDirectores/Chefias SuperioresQuadros SuperioresQuadros MédiosProfissionais Altamente QualificadosProfissionais QualificadosProfissionais Semi-QualificadosProfissionais Não QualificadosTotal
%
0,7%2,2%
11,9%5,6%
19,0%44,8%14,8%1,0%
100%
2006
5158138
130306101
7683
Número de Efectivos por Cargo / Categoria Profissional
32 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Relativamente à estrutura etária dos trabalhadores, o nível
médio era de 44,1 anos (43,4 no ano anterior), continuando
a existir uma maior concentração do grupo de 40 a 44 anos,
quer no caso dos homens, quer no caso das mulheres.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
18 - 24 25 - 29 30 -34 35 -39 40 - 44 45 -49 50 -54 55 -59 superior a 59
Escalão
Homens Mulheres
N.º colaboradores
O nível de antiguidade médio situava-se em 19,8 anos, tendo
80,7% do total dos trabalhadores mais de 15 anos de antiguidade.
A política de ajustamento de efectivos prosseguida desde há
alguns anos tem permitido uma ligeira melhoria no nível de
qualificação escolar do Quadro de Pessoal, diminuindo de 2005
(68%) para 2006 a percentagem de 67% do efectivo que
possui, quanto muito, o ensino básico (9º ano de escolaridade).
50 100 150 250
Ensino superior universitário
0 200
Ensino politécnico
Ensino superior índole profissional
Ensino secundário
3º ciclo ensino básico
2º ciclo ensino básico
1º ciclo ensino básico
Inferior ao 1º ciclo
Homens Mulheres
Nº Trabalhadores
Níveis de Qualidade escolar(Habilitação Literária)
Relatório e Contas 06 33
Formação Profissional
A realização de um plano de formação constitui, sempre, uma
oportunidade para potenciar as capacidades dos recursos
humanos, seja através de acções propostas pelas diferentes
estruturas da Empresa, seja através de acções resultantes de
necessidades detectadas ao longo do ano ou ainda através de
acções propostas pelo Gabinete de Recursos Humanos e que
resultam do conhecimento que esta estrutura tem, obri-
gatoriamente, do capital humano do Grupo EDA.
Tendo por base o Plano de Formação realizado, o qual resulta
da realização da maioria das acções previstas e da inclusão
daquelas que se destinaram a colmatar necessidades detectadas
ao longo do ano, começamos por relembrar os objectivos
delineados para este ano de 2006, os quais foram globalmente
atingidos:
• Prioridade para as áreas e actividades com directa incidência
no negócio, nomeadamente, a Produção, Distribuição e
Comercial, mantendo uma aposta clara na vertente da
Segurança e Higiene no Trabalho;
• Preocupação com o retorno dos investimentos formativos;
• Convergência da formação com a evolução profissional;
• Acções de formação nas áreas operacionais de menor
duração e centradas no saber fazer ;
• Preocupação com aspectos relacionados com o ambiente,
qualidade e segurança;
• Potenciar a flexibilidade individual, a multivalência e a
polivalência, de modo a permitir o desenvolvimento de
capacidades de adaptação à mudança.
Durante o ano 2006, apesar de diversos constrangimentos
internos, foram realizadas 79,45% das acções de formação
previstas, tendo-se melhorado os indicadores em relação ao
ano anterior, tanto em relação ao número de acções realizadas,
como no que concerne ao número de participações e ao
volume de horas de formação. Salienta-se ainda o facto da
quase totalidade das acções não realizadas ter-se ficado a dever
a razões exógensas à própria formação, nomeadamente à não
realização das acções pelas diversas entidades e dificuldades
de participação dos formandos propostos pelas estruturas
internas. Apresenta-se de seguida os números totais do Plano
de Formação de 2006:
2006
PrevistoCanceladoExtra PafRealizadoMédia/Mês
Custo
278.274,367.358,250.982,5
214.422,817.868,6
Volume Horas
16.561,55.098,52.709,5
12.151,51.012,6
Nº Participações
1.266497299
1.06789
Nº Acções
1465323
11610
Do quadro acima apresentado, e tendo em consideração que
praticamente não existe formação no mês de Julho e no mês
de Agosto não é mesmo realizada qualquer acção, devido ao
período de férias, destaca-se a realização, em média, de mais
de 11 acções de formação por mês e a participação, em média,
de mais de 100 formandos por mês, representando um
envolvimento mensal de mais de 13% do efectivo da EDA.
34 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Apresentam-se, de seguida, os dados parcelares da realização
do Plano de Formação, permitindo uma análise mais específica
em relação a cada variável. Dessa forma, foram realizadas 116
acções de formação, as quais implicaram uma participação de
1.067 formandos, distribuídos pelas diversas áreas da Empresa,
da seguinte forma:
No que concerne às horas de formação ministradas, o seu
somatório totalizou 12.151,5 horas, divididas da seguinte forma:
Manutenção QualidadeAdministrativa
Produção Informática Segurança
Comercial
Gestão e Administração
33%
6%
11%
7%
10%
12%
17%
5%1%
Distribuição
Segurança
Produção ComercialAdministrativa
Informática Gestão e Administração Distribuição
Qualidade Manutenção
19%
16%
5%
21%
21%
3%
2%
5%
12%
48%
8%
4%
17%
6%
3%1%
10%
3%
DistribuiçãoManutenção ProduçãoAdministrativa
Gestão e Administração Informática Segurança
Comercial
Qualidade
Relativamente ao investimento directo realizado na formação,
o seu valor totalizou 214.422,82 Euros, repartido da seguinte
forma por área:
Ainda no âmbito dos indicadores, salienta-se o quadro relativo
às taxas referentes à Formação, o qual apresenta valores
elucidativos do investimento que é realizado na valorização e
qualificação profissional dos colaboradores:
Participação (a)Acção Formativa (b)Ocupação (c)Cobertura (d)(a) Nº Participantes / Efectivo Médio Anual x100(b) Nº Dias Ocupados em Formação / Nº Participantes(c) Nº Dias Formação / Nº Dias Efectivos de Trabalho (Ano) x100(d) Nº Trabalhadores Formados / Efectivo Médio anual x100
123,012,70,9662,6
Taxas de Formação
Relatório e Contas 06 35
Prevenção e Segurança
No ano de 2006, relativamente ao plano anual da prevenção
e segurança, destacam-se:
• Visitas efectuadas a equipas operacionais da Direcção de
Distribuição em diversas ilhas;
• Visitas às instalações da EDA;
• Realização de acções de formação sobre os Planos de
Emergência nas Centrais Térmicas;
• Realização de reuniões da Sub-Comissão de Segurança ao
nível das diversas ilhas, assim como a realização da reunião
anual da Comissão de Segurança;
• Realização de simulacros nas Centrais Térmicas do Caldeirão,
Caminho Novo e Graciosa;
• Participação dos Técnicos de Segurança em acções de
formação de Avaliação e Controlo de Riscos e Ruído Laboral;
• Realização de medições da qualidade do ar, iluminância e
ruído laboral ao nível das Centrais Térmicas;
• Concurso para manutenção do parque de extintores da ilha
de S. Miguel;
• Inspecção anual dos equipamentos utilizados pelos
operacionais da EDA em trabalhos em altura;
• Elaboração de concurso para a realização de manual “ATEX”
para as Centrais Térmicas do Caldeirão e Belo Jardim;
• Acompanhamento das acções de formação de Combate a
Incêndios, que foram ministradas ao nível das Centrais
Térmicas.
Destaca-se ainda, no ano de 2006, a conclusão da implementação
dos Planos de Emergência nas Centrais Térmicas do Caldeirão,
Caminho Novo e Graciosa, com a realização dos respectivos
simulacros, onde foram testados a capacidade dos seus meios,
assim como a capacidade de intervenção dos Agentes de
Protecção Civil face a um cenário de crise criado para o efeito.
Estes simulacros visaram dar continuidade a um conjunto de
acções de formação que se realizaram ao longo de 2 anos e
foram ministradas a todos os colaboradores dos estabe-
lecimentos.
Os simulacros nas referidas Centrais Térmicas irão ter
continuidade anualmente e serão alargadas às restantes, de
forma a testar e a manter operacionais os seus meios.
Na sinistralidade laboral no ano de 2006, verificou-se 26
acidentes, sendo 16 com baixa médica, não se registando
acidentes mortais. Dos acidentes registados, 11 (42%) ocorreram
na Direcção de Produção, 11 (42%) na Direcção da Distribuição
e os restantes em diversas áreas da empresa.
Dos acidentes verificados, resultaram 694 dias perdidos com
baixa médica, correspondendo 327 dias à Direcção de Produção,
251 dias à Direcção da Distribuição e os restantes 116 às
restantes áreas da empresa.
Direcção/Área
ProduçãoDistribuiçãoComercialÁrea de SuporteAprovisionamentosTrabalhadores CedidosTotal
Dias Perdidos
327251700
379
694
Acidentes
11111111
26
A EDA, no ano de 2006, obteve um índice de frequência - Tf
(nº de acidentes com baixa, por milhão de horas trabalhadas)
de 14,82 e um índice de Gravidade - Tg (nº de dias perdidos
por mil horas trabalhadas) de 0,64.
Medicina do Trabalho
Com o objectivo de garantir e promover o bem-estar profissional
e social dentro da organização, a Medicina do Trabalho efectuou
durante o ano o conjunto de actividades habituais: exames,
vacinação e acompanhamento de processos de reforma.
36 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Foram realizados 781 exames médicos, repartidos da seguinte
forma:
Ao longo de 2006, foram ainda implementados os seguintes
projectos:
• Sistema de Avaliação de Desempenho – Projecto que
correspondeu, de forma sumária, ao desenho, construção
e implementação de uma aplicação e uma base de dados,
acessível pela rede da EDA, para gerir o Sistema de Gestão
de Desempenho do Grupo EDA;
• Sistema de Gestão de Indisponibilidades – Este projecto
teve como principal objectivo o desenvolvimento de uma
aplicação que respondesse às exigências resultantes da
aplicação do Regulamento de Qualidade de Serviço, ou seja,
que permitisse a introdução e tratamento de informação
relativa a todas as indisponibilidades (Alta, Média e Baixa
Tensão), ocorridas nas infra-estruturas da EDA;
• Sistema para a Monitorização da Qualidade de Onda de
Tensão – Projecto, fabrico, fornecimento, montagem, colocação
em serviço e ensaios de um Sistema de Monitorização da
Qualidade da Onda de Tensão, o qual inclui, genericamente,
os Analisadores de Qualidade de Energia ou Unidade
Remotas de Qualidade de Energia e respectivo software,
bem como todos os equipamentos (hardware) para registo,
tratamento e arquivo de toda a informação recolhida pelo
sistema;
• Projecto de Unbundling Contabilístico – O principal objectivo
consistiu na implementação de um sistema de informação
de suporte à solução de Unbundling Contabilístico, visando
fundamentalmente o processo de reporte à ERSE
6 - Comunicação
Em 2006 foram realizadas diversas acções de comunicação
que visaram melhorar a percepção externa e interna da imagem
da empresa, bem como dos seus objectivos e realizações.
Ao nível da Assessoria de Imprensa foram apresentados, junto
dos Órgãos de Comunicação Social Regionais e Nacionais e
opinião pública em geral, os principais investimentos e resultados,
AdmissãoPeriódicoMudança funçãoVigilância médicaPedido do serviçoPedido do trabalhadorTotal
43361
56220
290781
Exames Médicos
5 - Sistemas de Informação
Foi dada continuidade ao trabalho iniciado no ano de 2005,
que correspondeu à contratação da prestação de serviços de
consultoria externa visando a reorganização da actividade do
SISIF e a reformulação do modelo de Prestação de Serviços
para os Sistemas e Tecnologias de Informação do Grupo EDA,
existente com a Globaleda e que teve por objectivos globais:
• Capacitar a EDA para a gestão e governo das Tecnologias
de Informação (TI) num contexto de outsourcing;
• Possibilitar um maior controlo, relativamente aos serviços
prestados por fornecedores externos, ao nível do:
• Consumo de Serviços e
• Qualidade dos Serviços,
com o consequente controlo dos custos.
O sucesso destes objectivos globais, passou pela concretização
dos seguintes objectivos específicos:
• Definição do modelo organizacional a implementar na
EDA/SISIF, para uma gestão e controlo eficaz do serviço
informático prestado em regime de outsourcing;
• Elaboração de todas as peças necessárias ao lançamento do
concurso público para selecção de um fornecedor de serviços
de TI;
• Definição dos processos a implementar no Grupo EDA,
relacionados com os serviços de TI.
Relatório e Contas 06 37
quer através do envio de notas de imprensa, quer pela realização
de conferências de imprensa.
No âmbito da publicidade, a EDA deu continuidade à divulgação
dos seus produtos e serviços, com destaque para a modalidade
de pagamento por transferência bancária, para o call center e para
a conta certa. Procedeu igualmente, através de anúncios na imprensa
e de prospectos disponibilizados nas lojas, à divulgação dos preços
de electricidade e de informações comerciais. Ainda na imprensa
regional, foram também divulgadas todas as indisponibilidades
programadas, os concursos públicos e os recrutamentos.
Ao longo do ano foram organizados eventos e cerimónias,
com a presença de membros do Governo Regional dos Açores,
entidades públicas e privadas, colaboradores e órgãos de
comunicação social, para apresentação pública de investimentos
ou de iniciativas visando a melhoria da qualidade do serviço
prestado. Foi o que aconteceu com as inaugurações das
Subestações do Caldeirão (16 de Maio) e do Aeroporto (29
de Outubro), em São Miguel, bem como os simulacros efec-
tuados nas centrais do Caldeirão (7 de Outubro), Caminho
Novo (11 de Outubro) e Graciosa (22 de Novembro).
Para além disso, e no âmbito da política de Responsabilidade
Social, foram apoiadas diversas iniciativas.
Na vertente de solidariedade social, a EDA deu continuidade
à política implementada, canalizando as verbas anteriormente
utilizadas em ofertas a clientes para Instituições Particulares
de Solidariedade Social da Região, nomeadamente Associação
de Pais e Amigos das Crianças Deficientes Açores, Centro
de Terapia Familiar e Intervenção Sistémica, Banco Alimentar,
Casa do Gaiato, Cáritas da Ilha Terceira e Cáritas da Ilha do
Faial. Foram também atribuídos donativos para as “Festas do
Senhor Santo Cristo dos Milagres” e “VIII Festival de Sopas”.
Na vertente cultural, a empresa apoiou a edição do livro “Os
Açorianos e as Pescas - 500 Anos de Memória". Ainda nesta
área, foram concedidos apoios para o “8.º Festival Internacional
de Jazz de Angra do Heroísmo”, para o “Teatro Micaelense”
e para o “Coliseu Micaelense”. O “31º Colóquio Nacional
Qualidade”, da APQ, também mereceu apoio da EDA.
7 - Qualidade
Dando continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido
desde 1998 no âmbito da Gestão da Qualidade, que surge da
necessidade de aperfeiçoar a Gestão por Processos, optimizar
a Organização, estimular a inovação, aumentar a notoriedade
e a melhoria da imagem pública da EDA, S.A., promover o
desenvolvimento de uma cultura de resultados orientada para
a satisfação dos clientes e comprovar a diferenciação do
desempenho através de uma avaliação independente, em 2006
foram desenvolvidas as seguintes actividades:
• Foi assegurada a Gestão do Sistema de Gestão da Qualidade
da Manutenção (Direcção de Exploração da Produção);
• Foi assegurada a Gestão do Sistema de Gestão da Qualidade
da Direcção Comercial, tendo sido atribuída a Certificação
à Direcção Comercial em Março 2006;
• Foi assegurada a Gestão do Sistema do Laboratório de
Contadores da EDA, de forma a manter o reconhecimento
do mesmo como Organismo de Verificação Metrológica (OVM);
• Foi assegurada a Gestão do Sistema de Gestão da Qualidade
da Globaleda, tendo sido atribuída a Certificação Global da
Empresa em Novembro 2006;
• Foi dado continuidade ao Processo de manutenção das
Redes, no âmbito do Sistema de Gestão de Processo (SGP).
8 - Ambiente
Na Exploração da Produção deu-se continuidade à gestão das
licenças de carbono, para o período 2005-2007, sendo que a
Verificação das licenças de carbono, referente ao ano de 2005,
realizou-se no período de 6, 7, 27 e 28 de Março de 2006,
pela empresa APCER. Após a verificação ficaram disponíveis
cerca de 1.857 licenças de carbono não utilizadas da quota de
2005, que transitaram para o ano de 2006.
Houve necessidade de se efectuar um reforço de licenças em
cerca de 6.000 tonCO2, em Julho de 2006, de modo a equilibrar
38 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
o balanço das licenças de carbono para as 4 centrais abrangidas
pelo CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão), pelo
que o total de licenças a utilizar em 2006 foi de 386.665
tonCO2.
2006Saldo
remanescentede 2005
1.7294.812
-9.8345.1501.857
Número daconta
PT120.233.0PT120.234.0PT120.235.0PT120.236.0
Saldo fim deano 2006
36.311133.873181.31835.163
386.665
Gestão das licenças de CO2 (PNALEI)
Compradasem Julho
2006
00
6.0000
6.000
Saldo fimde ano 2005
1.7294.812
-9.8345.1501.857
Devolvidas
32.853124.249194.98624.863
376.951
2005
Nome da Conta
Central Térmica de Santa BárbaraCentral Térmica de Belo JardimCentral Termoeléctrica do CaldeirãoCentral Termoeléctrica do Pico
Na EDA, o relacionamento com o universo das pessoas e
organizações com as quais interage é um factor positivo de
competitividade empresarial, pelo que se identificaram os
principais Stakeholders, numa Workshop realizada em Dezembro,
e respectivos interesses. Desta Workshop, ficou prevista a
realização de procedimentos internos que garantam a satisfação
das necessidades de informação, referentes aos Stakeholders.
Em termos de Gestão de Resíduos, implementou-se, em todas
as Centrais e Parque-Auto da EDA, a recolha dos óleos usados,
associando a EDA ao Sistema Integrado de Gestão de Óleos
Usados (SIGOU), pelo que, a partir de Janeiro de 2006, todos
os óleos usados produzidos na EDA passaram a ter um destino
final adequado, ou seja, a reciclagem, em empresas licenciadas
para o efeito.
Cumpriu-se o formalismo de envio à Autoridade Competente,
a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, dos Mapas de
Registo de Resíduos Industriais (MRRI), quer da Exploração de
Produção quer da Exploração da Distribuição, bem como os
Mapas Trimestrais de Óleos Usados, das Centrais Termoeléctricas
e Parque-Auto da EDA.
Relatório e Contas 06 39
Foi iniciado, em Outubro de 2006, o processo de controlo e
gestão de resíduos da EDA, através da identificação das melhores
práticas e procedimentos de recolha selectiva, acondicionamento,
armazenamento temporário e encaminhamento para destino
final.
Realizaram-se campanhas de monitorização do ambiente
sonoro, na Central Termoeléctrica do Caldeirão.
Os processos de licenciamento ambiental (PCIP - Prevenção
e Controlo Integrados da Poluição), permitem assegurar
globalmente o desenvolvimento de medidas de minimização
e controlo dos riscos ambientais. Em Dezembro de 2006, foi
entregue o formulário referente ao Licenciamento Ambiental
(à Entidade Licenciadora, a Direcção Regional do Comércio,
Indústria e Energia - DRCIE), para a Central Termoeléctrica do
Caldeirão, de acordo com o estipulado no Decreto-Lei
n.º 194/2000, de 21 de Agosto. Foi igualmente iniciado o
preenchimento do formulário PCIP, para a Central Termoeléctrica
do Belo Jardim.
Deu-se continuidade ao processo de licenciamento das descargas
de água ao solo, nomeadamente para as centrais termoeléctricas
da Graciosa (renovação de licença), Corvo, do Aeroporto
(Santa Maria), do Caminho Novo (São Jorge) e Nova do Pico.
Foi cumprido o plano de monitorização da qualidade da água
– que inclui análises trimestrais de parâmetros específicos,
estipulados nas licenças provisórias de rejeição de águas residuais,
emitidas pela Direcção Regional de Ordenamento do Território
e Recursos Hídricos (DROTRH).
No que respeita aos efluentes gasosos, procedeu-se à carac-
terização dos efluentes gasosos das centrais da EDA, nomea-
damente da Central Termoeléctrica do Belo Jardim (Terceira).
Deu-se continuidade ao processo de preparação/adaptação
das instalações existentes para se efectuarem as monitorizações
dos efluentes gasosos de acordo com o plano apresentado e
autorizado pela Direcção Regional do Ambiente (DRA).
O actual Regulamento Tarifário permite aos distribuidores
vinculados a apresentação dos custos incorridos com acções
de protecção ambiental previamente aprovadas, para efeitos
de cálculo tarifário. Em Maio de 2006, foi apresentado à ERSE
o Plano de Promoção do Desempenho Ambiental (PPDA)
para o triénio 2006-2008, nos termos deste Regulamento,
referente à Exploração da Distribuição. Até ao final do triénio,
foi definido um calendário de implementação e dado início à
respectiva execução. Este Plano constitui um programa de
actuação estruturada, que vem enquadrar e dar consistência
às acções de protecção ambiental já desenvolvidas pela EDA.
O Plano engloba um conjunto de 5 Programas, num total de
€ 713 437,50 (setecentos e treze mil quatrocentos e trinta e
sete euros e cinquenta cêntimos), em diversas áreas como a
inventariação das emissões de SF6, a integração paisagística de
infra-estruturas da rede de distribuição, a minimização do
impacte das linhas aéreas na avifauna, emissão de ruído e
formação em ambiente.
9 - Evolução Económica e Financeira
Custos e Proveitos
Em 2006 verificou-se um crescimento da energia vendida, em
GWh, de 5,3%, relativamente ao ano anterior. A margem bruta,
por sua vez, situou-se, no fim do ano em análise, nos 46,8%,
face aos 54,2% apresentado em 2005. Esta diminuição deve-
-se ao aumento de custos com combustíveis, fundamentalmente
do fuelóleo e do gasóleo. Salienta-se que o custo médio unitário
do fuelóleo e do gasóleo registam um aumento de 26,9% e
14,7%, respectivamente. A margem operacional, devido ao
acréscimo dos proveitos operacionais em 6,3% e ao crescimento
dos custos operacionais em 9,6%, passou de 9,8% em 2005,
para 6,6% em 2006.
O prazo médio de pagamentos passou de 73 dias em 2005,
para 68 dias em 2006, tendo em conta que o aumento da
rubrica Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas foi superior ao aumento verificado na rubrica de
Fornecedores. Quanto ao prazo médio de recebimentos,
Globalmente, os custos sofreram um acréscimo de 9,6%, em
resultado do aumento verificado fundamentalmente na rubrica
de Custos das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas
e na rubrica de Custos Financeiros, como consequência do já
referido acréscimo dos custos com combustíveis e do aumento
de dívidas a Instituições de Crédito. Por sua vez, ocorreram
diminuições ao nível dos Fornecimentos e Serviços Externos,
Custos e Perdas Extraordinárias e Custos com o Pessoal.
40 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
regista-se a diminuição do valor apresentado, fruto do efeito
combinado do aumento do volume de vendas (+7,6%) e da
diminuição do saldo de clientes (-27,5%), situando-se pre-
sentemente nos 23 dias. O indicador de dias de materiais em
stock corresponde a 24, valor esse inferior ao ocorrido no ano
anterior, como resultado do esforço de racionalização das
compras que tem vindo a ser implementado nos últimos anos.
No que diz respeito aos indicadores de produtividade, podemos
referenciar a evolução favorável que estes têm vindo a registar.
A relação entre a produção, medida em GWh, e o número
de trabalhadores cresceu cerca de 4,9%, como resultado do
aumento da produção em 4,1% e do decréscimo em 0,9% do
efectivo(*). O VAB por trabalhador diminuiu cerca de 7%,
relativamente a 2005, explicado pela diminuição do Valor
Acrescentado Bruto em 7,8% e à referida redução dos efectivos.
2006
5477
242368
6831,14381,6
2002
8657
6053
116733
0,82063,4
Crescimento da Energia Vendida (%)Margem Bruta (%)Margem Operacional (%)Dias de StockPrazo Médio de Recebimento (dias)Prazo Médio de Pagamento (dias)Nº Trabalhadores (*)Produção (GWh) / Nº Trabalhadores (*)VAB/Trabalhador (*) (m.€)(*) - Não inclui os trabalhadores requisitados por organismos oficiais nem os cedidos a empresas do Grupo.
2005
75410273473
6891,08987,8
2004
11589
3587
121709
0,99181,3
2003
7609
4657
108727
0,88276,5
Indicadores Operacionais
Relatório e Contas 06 41
No que diz respeito ao Custo das Mercadorias Vendidas e das
Matérias Consumidas, há que salientar o aumento em cerca
de 22,8% do montante global desta rubrica, relativamente ao
ano precedente. Este acréscimo deve-se essencialmente ao
efeito combinado do aumento no custo de aquisição e no
consumo de fuelóleo, que se traduziu num acréscimo de 29%
nos custos com este tipo de combustível, equivalente a 10,2
milhões de euros. A evolução dos custos com o gasóleo para
produção de energia apresenta um efeito semelhante no custo
de aquisição e no aumento de consumo do gasóleo que se
traduzem num aumento de custos em 23,8%, equivalente a
1,9 milhões de euros. Salienta-se também o aumento da rubrica
de aquisição de energia geotérmica, correspondendo a uma
variação positiva de cerca de 21,4%, o que equivale a 1,2
milhões de euros.
No âmbito dos Fornecimentos e Serviços Externos, constata-
se uma redução na ordem dos 7,7%, comparativamente ao
ano de 2005. Este facto resulta, sobretudo, da acentuada variação
verificada ao nível das rubricas de Conservação de Imobilizado
Técnico Específico (-31,8%, equivalente a 889,1 milhares de
euros), Conservação de Edifícios e Instalações (-41%, equivalente
a 182,8 milhares de euros) e Trabalhos Especializados (-4%,
equivalente a 127,9 milhares de euros).
Os Custos com o Pessoal atingiram cerca de 26,6 milhões de
euros, representando este valor um decréscimo de 6,3%
relativamente a 2005, essencialmente como consequência da
variação negativa de 29,8%, equivalente a 1,2 milhões de euros,
ocorrida ao nível dos Encargos Sociais/Pensões. Refira-se ainda
que as Remunerações registaram um acréscimo de 1,1%,
correspondente a 200,3 milhares de euros, comparativamente
ao ano precedente.
As Amortizações do Exercício foram objecto de um crescimento
de 1,6%, cerca de 324,6 milhares de euros, reflexo do aumento
do imobilizado líquido em exploração no ano de 2006.
Os Juros e Custos Similares sofreram um acréscimo na ordem
dos 14%, equivalente a 1 212,4 milhares de euros, relativamente
ao ano anterior, face ao aumento de 21,2% das dívidas a
Instituições de Crédito e Empréstimos Obrigacionistas.
Ao nível dos Proveitos, salienta-se a variação positiva deste
agregado em 7,1%, equivalente a 10,2 milhões de euros,
relativamente ao ano de 2005, em resultado, fundamentalmente,
do aumento do valor do Volume de Negócios, bem como do
acréscimo do montante registado em Proveitos e Ganhos
Financeiros e Proveitos e Ganhos Extraordinários.
As Vendas atingiram os 128,5 milhões de euros, correspondendo
a um aumento de 7,7%, relativamente ao ano anterior. A
facturação resultante de vendas de energia eléctrica (sem
energia em contadores) ascendeu a 80,9 milhões de euros,
enquanto que a compensação financeira, decorrente do processo
de convergência das tarifas da Região para com as do Continente,
totalizou 41,6 milhões de euros, dos quais 33,6 milhões de
euros dizem respeito à compensão tarifária de 2006 e 8 milhões
de euros resultam do ajustamento da compensação tarifária
de 2005. Encontram-se ainda registados nesta rubrica cerca
de 6 milhões de euros correspondentes ao adiantamento
efectuado pela REN em 2006, respeitante ao défice tarifário
criado nesse ano, como consequência da limitação do crescimento
das tarifas de baixa tensão à taxa de inflação. A facturação resultante
da prestação de diversos serviços a outras Empresas do Grupo
e particulares registou uma diminuição de 1,9%, equivalente a 51,9
milhares de euros, comparativamente ao ano transacto.
Regista-se a diminuição de 8,3% nos Trabalhos para a Própria
Empresa, tendo em conta o valor apresentado no ano anterior.
A percentagem atrás mencionada corresponde a um decréscimo
em valor absoluto na ordem dos 836,9 milhares de euros.
Quanto aos Proveitos e Ganhos Financeiros, este agregado,
relativamente ao ano anterior, denota um aumento de 28%,
42 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
o que representa um acréscimo de 1 472,3 milhares de euros.
Será de referir que a rubrica Ganhos em empresas do Grupo
e associadas regista uma variação positiva de 33,9% face ao
ano anterior.
Como já foi referenciado, os Proveitos e Ganhos Extraordinários
contribuíram, igualmente, para o aumento total dos Proveitos.
Desta feita, a variação situou-se nos 8,5%, equivalente a 343,1
milhares de euros, comparativamente ao ano de 2005.
Valor Acrescentado e Cash-Flow
Para o exercício económico de 2006, o Valor Acrescentado
Bruto atingiu os 55,8 milhões de euros, correspondentes a
uma variação negativa de 7,8%, relativamente ao ano precedente.
Assim, o Produto Gerado ascendeu aos 141,2 milhões de
euros, equivalente a um acréscimo de 6,28%. Por sua vez, os
Custos de Produção elevaram-se em 18,06%, situando-se nos
85,4 milhões de euros, sobretudo devido ao aumento dos
custos com combustíveis.
por outros organismos oficiais), contribuiu para que o VAB por
trabalhador apresente uma diminuição de 7,0%, atingindo o
montante de 81,6 milhares de euros.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
60,5
2005
55,8
2006
57,6
2004
55,6
2003
46,5
2002
Valor Acrescentado Bruto(milhões de euros)
-7,81%
87,8
2005
81,6
2006
81,3
2004
76,5
2003
63,4
20020,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0-7%
Valor Acrescentado Bruto por Trabalhador(milhares de euros)
Ao nível do Cash-Flow Líquido apresentado em 2006, verifica-
-se uma diminuição de 3,6%, relativamente ao ano transacto.
Esta redução justifica-se pela variação negativa do Resultado
Líquido em 14,1%, equivalente a 1,4 milhões de euros.
O decréscimo do VAB, a par da ligeira diminuição registada no
número de colaboradores efectivos (não estão incluídos os
trabalhadores cedidos pela EDA, bem como os requisitados
28,7
17,5
22,6
26,429,8
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
2002 2003 2004 2005 2006
Cash-Flow Líquido(milhões de euros)
-3,6%
Relatório e Contas 06 43
Situação Patrimonial
O Balanço da Empresa, no final de 2006, regista um crescimento
do Activo em cerca de 68,9 milhões de euros e um aumento
do Passivo em 60,1 milhões de euros, correspondentes a 14,7%
e 15,3%, respectivamente.
A estrutura dos Balanços de 2003-2006, apresenta a seguinte
configuração:
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Capitais Próprios Acréscimos e Diferimentos Passivos
Capitais Alheios Activo Circulante
Acréscimos e Diferimentos Activos Activo Permanente
Act
ivo
Pass
ivo
+ C
apita
is Pr
óprio
s
20052003 2004 2006
13,8%
24,6%
61,6%
7,4%
12,2%
80,4%
14,5%
21,5%
64,0%
8,5%
10,4%%
81,1%
16,1%
21,7%
62,2%
9,4%
85,1%
5,4%
15,7%
19,6%
64,8%
17,5%
77,8%
4,7%
Activo PermanenteAcrés. e Difer. ActivosActivo CirculanteCapitais AlheiosAcrés. e Difer. PassivosCapitais Próprios
Var.2005/06
(%)
4,8112,9
-1,319,43,6
11,6
Estrutura do Balanço (103 euros)
2006(%)
77,817,54,7
64,819,615,7
2005(%)
85,19,45,4
62,221,716,1
2004(%)
81,110,48,5
64,021,514,5
2003(%)
80,412,27,4
61,624,613,8
2006
418 49294 05825 172
348 192105 25984 271
2005
399 13644 18625 502
291 713101 61275 499
2004
374 43848 10839 289
295 58599 08167 169
2003
336 55551 02231 183
257 785103 13857 838
44 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
O Activo Permanente regista uma variação positiva de 4,8%,
face ao valor apresentado em 2005. A rubrica Imobilizações
Corpóreas, que sofre um aumento de 15,4 milhões de euros,
explica em 79,7% a variação global do agregado atrás
mencionado. No que se refere ao Activo Circulante, verifica-
se um decréscimo de 1,3 % no valor apresentado em 2006,
motivado pela diminuição de 12,1%, equivalente a 2,4 milhões
de euros, das Dívidas de Terceiros de Curto Prazo.
Os Capitais Alheios, comparativamente ao ano anterior, vêem
aumentado o seu valor em 19,4%, como consequência do
efeito conjugado do recurso a um novo Empréstimo
Obrigacionista, no valor de 35,0 milhões de euros, e do aumento
das Dívidas a Instituições de Crédito de Curto Prazo. No
entanto, refira-se que o passivo bancário (inclui Empréstimos
por Obrigações) sofreu um acréscimo na ordem dos 21,2%,
equivalente a 54,8 milhões de euros, relativamente ao ano
anterior. A este respeito, refira-se que a compensação tarifária
relativa ao ano de 2006 não foi recebida pela empresa, devido
ao défice tarifário gerado em 2006. As necessidades de
financiamento da actividade daí decorrentes foram sanadas
com o recurso a capitais alheios.
Os Acréscimos e Diferimentos activos, que resultam
essencialmente da contabilização da compensação tarifária por
receber, bem como das vendas estimadas no final do ano,
aumentaram 122,9%, como consequência da compensação
tarifária não recebida referente a 2006. Os Acréscimos e
Diferimentos passivos aumentaram 3,6%, em relação ao ano
anterior, resultado do aumento da rubrica Passivo por Impostos
Diferidos (1,2 milhões de euros).
Os Capitais Próprios registaram um crescimento de 11,6%,
em virtude do Resultado Líquido apresentado em 2006 no
valor de 8,8 milhões de euros.
Resultados
Var. 2006/05Valor
(103 euros)
9 207-2 922-3 282
260659
-1 438
%
7,7-9,3
-27,5-8,017,9
-14,1
VendasCash-Flow operacional (EBITDA)Resultado operacional (EBIT)Resultado financeiroResultado extraordinárioResultado líquido
2005Valor
(103 euros)
119 25131 56911 928-3 2363 685
10 210
%
100,026,510,0-2,73,18,6
2006Valor
(103 euros)
128 45828 6488 646
-2 9764 3448 772
%
100,024,07,3
-2,53,67,4
Relatório e Contas 06 45
Os resultados de 2006 encontram-se influenciados,
fundamentalmente, pelo aumento ocorrido no custo do fuelóleo,
cujo valor, em média, no final de 2005, situou-se nos 294,17
euros por tonelada, enquanto que em igual período de 2006
ascendeu a 373,28 euros por tonelada, o que reflecte um
acréscimo de 26,89%. O consumo de fuelóleo, neste período,
totalizou 121 478 toneladas, representando um acréscimo de
cerca de 1,67%, relativamente ao período homólogo. Por outro
lado, o cálculo da compensação tarifária determinada pela ERSE
teve como pressuposto um custo médio para o fuelóleo de
248,9 euros / tonelada, o que significa que a evolução ocorrida
ao nível do custo com esta matéria prima não se encontra
integralmente expressa no âmbito da compensação tarifária.
Como Resultado Líquido, a EDA apresenta, no ano de 2006,
o valor de 8,8 milhões de euros, representando, desta forma,
uma variação negativa na ordem dos 14,1%, relativamente ao
ano precedente.
O resultado apresentado é consequência do crescimento dos
Proveitos em 7,1% e dos Custos em 9,6%. A variação dos
Proveitos deve-se, sobretudo, ao acréscimo já referido das
Vendas. Por outro lado, saliente-se o agregado Custo das
Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, como sendo
aquele que mais contribuiu para o aumento global dos Custos.
Por sua vez, o EBIT apresentado pela EDA situa-se nos 8,6
milhões de euros. Significa, este montante, uma diminuição de
27,5%, comparativamente ao ano transacto. As variações supra
citadas nas rubricas de Proveitos e Custos justificam, em grande
medida, o Resultado Operacional actualmente registado.
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
9.000.000
10.000.000
11.000.000
Resultado Líquido(euros)
2003
7.370.453
3.169.320
2002
7.936.017
2004 2005 2006
10.209.635
8.771.798-14,1%
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
Resultado Operacional (EBIT)(euros)
2002
5.064.139
2003
15.195.647
2004
9.708.866
2005
11.927.542
2006
8.646.029
-27,5%
O EBITDA apresenta uma diminuição de 9,3% relativamente
ao exercício de 2005, situando-se em 2006 em 28,6 milhões
de euros. Os factores explicativos prendem-se, sobretudo, com
a variação do Resultado Operacional, fruto dos elementos já
atrás enunciados.
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
-9,3%
Cash-Flow Operacional (EBITDA)(euros)
2002
19.597.099
2003
30.734.798
2004
28.675.472
2005
31.569.456
2006
28.647.798
46 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Indicadores Económicos e Financeiros
Os indicadores económicos e financeiros, a seguir apresentados,
denotam o impacto negativo que teve o reconhecimento pela
Empresa das responsabilidades com pensões de reforma e de
sobrevivência, em conformidade com a Directriz Contabilística
nº 19 da Comissão Nacional Contabilística, com implicação
directa nos Capitais Próprios, a partir do ano de 2000.
O indicador de Liquidez Geral (Activo circulante/Passivo curto
prazo) regista uma variação negativa de 31,4%, fruto do
acréscimo, em cerca de 37,4%, das Dívidas a Terceiros de Curto
Prazo e da diminuição do Activo Circulante em 1,3%.
O indicador Estrutura Financeira (Passivo de MLP/Capital
Próprio) apresenta uma diminuição pouco significativa de 0,03%.
Apesar do aumento de 11,6% verificado no Passivo de Médio
e Longo Prazo, o acréscimo do Capital Próprio compensou
esse acréscimo, registando um crescimento na mesma proporção
(11,6%).
Quanto à Autonomia Financeira da EDA (Capital Próprio/Activo
líquido), este indicador regista uma diminuição de 2,7% face
ao ano de 2005. Este facto explica-se pelo aumento de 11,6%
registado no Capital Próprio ter sido inferior ao aumento
verificado no Activo Líquido (14,7%).
O indicador de Solvabilidade (Capital Próprio/Capital Alheio)
apresenta uma diminuição de 6,5% em relação ao período
homólogo de 2005. A variação positiva, já atrás referida, no
total do Capital Próprio (11,6%), face ao aumento de 19,4%
verificado no Capital Alheio, constitui o factor explicativo para
a dimuição deste rácio.
No que diz respeito à Solvabilidade Total (Activo líquido/Passivo),
denota-se uma variação negativa de 0,51% relativamente ao
ano anterior. A rubrica Acréscimos e Diferimentos foi a que
mais contribuiu para o acréscimo do Activo Líquido (14,7%).
A análise do Passivo permite-nos concluir que o mesmo sofreu
um aumento, relativamente a 2005, na ordem dos 15,3% (+60,1
milhões de euros). A variação do Passivo explica-se, sobretudo,
pelo comportamento dos Capitais Alheios que, compara-
tivamente ao ano anterior, vêem aumentado o seu valor em
19,4%, como consequência do crescimento das Dívidas a
Instituições de Crédito, no montante de 54,8 milhões de euros.
Deste modo, tendo em conta as proporções de evolução
registadas nas duas componentes deste indicador, explica-se
o valor apresentado em 2006.
O facto do Volume de Negócios ter registado um acréscimo
de 7,6%, inferior à variação positiva verificada nos Capitais
Próprios, 11,6%, conduz a que o indicador Rotação dos Capitais
Próprios (Vendas+Prestações de Serviços/Capitais próprios)
sofra uma ligeira redução, comparativamente ao ano anterior.
O indicador Rotação do Activo (Vendas+Prestações de
Serviços/Activo líquido) denota uma diminuição na ordem dos
6,2%, fruto da menor variação do Volume de Negócios (7,6%)
face ao Activo Líquido (14,7%).
Quanto à Produtividade do Equipamento (Valor Acrescentado
Bruto/Imob. Corpóreas), regista-se um decréscimo de 11,5%,
comparativamente ao ano anterior, resultante da dimiuição do
Valor Acrescentado Bruto e do crescimento verificado ao nível
do Imobilizado.
A diminuição do Valor Acrescentado Bruto em 2006, associado
a uma redução ligeira do número de efectivos, conduziu à
diminuição do indicador Produtividade do Trabalho (Valor
Acrescentado Bruto/Nº médio de trabalhadores) em cerca de
6,1%, situando-se no final do ano em 81,3 mil euros.
Relatório e Contas 06 47
Gestão Financeira
A EDA prosseguiu em 2006 uma política de gestão financeira
centralizada, assente no modelo de gestão de serviços
partilhados, adoptado ao nível do conjunto das empresas que
constituem o Grupo EDA.
Essa política abrange não só a gestão dos recursos financeiros
e da liquidez, assim como a contratação da dívida financeira
de curto e médio e longo prazo, a gestão dos riscos financeiros
e dos riscos seguráveis e ainda a gestão das contas de terceiros,
o que tem permitido um planeamento financeiro mais eficaz
e a racionalização dos custos de financiamento, com vantagens
acrescidas, para todas as empresas envolvidas.
A gestão do risco de liquidez encontra-se ajustada ao ciclo de
financiamento da actividade de cada empresa e tem vindo a
ser assegurada através da contratação e manutenção de um
conjunto de instrumentos financeiros de curto prazo, como
sejam as linhas de crédito de conta corrente e os programas
de papel comercial, os quais garantem elevada flexibilidade no
acesso aos fundos, bem como a necessária eficiência fiscal e
financeira. As subsidiarias do “core” subscrevem com a EDA
algumas dessas linhas, enquanto que para as restantes empresas
do Grupo foram contratadas linhas individualizadas que lhes
asseguram a necessária autonomia financeira.
O financiamento dos planos estratégicos e de investimento
tem sido garantido através de empréstimos a médio prazo, os
quais, no caso da EDA, S. A., envolvem ainda o alongamento
da maturidade do endividamento bancário de m.l.p., com o
objectivo não só de reduzir os custos financeiros, como ainda
de alongar e suavizar o perfil da dívida, adequando a sua
maturidade à vida útil dos activos que financiam.
A exposição do risco financeiro reside essencialmente na
carteira da dívida e ao nível da taxa de juro. A política de gestão
do risco de taxa de juro seguida na EDA teve como objectivos
minimizar a volatilidade implícita na evolução esperada das
taxas de juro e reduzir o custo de financiamento e traduziu-
se na contratação de instrumentos financeiros derivados
(“swaps” e estruturas de “collars”), com características seme-
lhantes às do passivo coberto.
2002
42,45
2,98
13,1
22,03
1,15
1,56
0,2
17,01
64 674
Liquidez GeralActivo circulante /Passivo curto prazo (%)
Estrutura FinanceiraPassivo de MLP/Capital Próprio (nº)
Autonomia FinanceiraCapital Próprio/Activo líquido (%)
SolvabilidadeCapital Próprio/Capital Alheio (%)
Solvabilidade TotalActivo líquido/Passivo (nº)
Rotação dos Capitais PrópriosVendas+P.Serviços/Capitais próprios (nº)
Rotação do ActivoVendas+P.Serviços/Activo líquido (nº)
Produtividade do EquipamentoValor Acrescentado Bruto/Imob. Corpóreas (%)
Produtividade do TrabalhoValor Acresc. Bruto/Nº médio de trabalhadores (€)
2006
19,49
2,70
15,67
24,20
1,19
1,56
0,24
14,52
81 284
2005
28,41
2,70
16,10
25,88
1,19
1,61
0,26
16,41
86 530
2004
51,44
3,26
14,54
22,72
1,17
1,64
0,24
16,67
80 250
2003
59,81
3,56
13,81
22,44
1,16
1,81
0,25
18,53
76 206
48 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Dívida Financeira
No final do exercício de 2006, a dívida financeira da EDA,S.A.
ascendia a 313,3 milhões de euros, mais cerca de 54,8 milhões
de euros que o montante registado no final de 2005. Desse
montante, 19,2 milhões de euros têm uma natureza de curto
prazo e os restantes 294,1 milhões de euros de médio e longo
prazo. Dessa dívida de m.l.p., cerca de 58 milhões de euros
resultam de operações de antecipação das compensações
tarifárias, de 2003 e 2006.
No decurso de 2006, foram utilizados empréstimos de m.l.p.
no montante líquido de 90,4 milhões de eurosi, destinados a
financiar a actividade no período. Desse montante, 35,1 milhões
de euros foram contraídos como antecipação do subsídio à
tarifa do ano de 2006, cujo recebimento seria recuperado em
2008ii. Da parcela restante, 10,25 milhões de euros tiveram
origem no Banco Europeu de Investimentos, consignados ao
investimento realizado do exercício, 35 milhões de euros
corresponderam à 2ª emissão de um empréstimo obrigacionista
e 10 milhões de euros a um novo programa de papel comercial.
Saldos31-Dez.-06
19 22619 226
294 079180 486
8 75098 88150 00022 854
113 593113 593313 304
EstruturaDívida (%)
6,14%6,14%
93,86%57,61%2,79%
31,56%15,96%7,29%
36,26%36,26%
100,00%
Movimentos e Estrutura da Dívida
Curto PrazoMercado Interno (1)
Médio e Longo PrazoMercado Interno
Créditos FinanceirosProg. de Papel Comercial (2)ObrigaçõesOutros Emp. Obtidos (3)
Mercado ExternoCréditos Financeiros
Total(1) Inclui descobertos técnicos D/O.(2) Inclui efeito do registo das emissões sucessivas da operação de Papel Comercial contratada para antecipar o recebimento do subsídio à tarifa de 2006, sendo
no período o saldo líquido de utilizações de 35,1 milhões de euros.(3) Cessão de Créditos sobre dívida do Estado no âmbito do processo de harmonização do tarifário 1999/2002.
Amortizações
141 303141 303239 755236 953
1 250182 43850 0003 2652 8022 802
381 058
Act. Câmbial
-----------
Saldos31-Dez.-05
2 4942 494
255 990149 84510 00063 72650 00026 119
106 145106 145258 484
Utilizações (2)
158 035158 035277 844267 594
-217 59450 000
10 25010 250
435 878
Movimento Exercício de 2006
i O montante registado no mapa anexo em utilizações de empréstimos mlpé de 277,8 milhões de euros, dos quais 207,6 milhões de euros correspondemà operação financeira relativa à antecipação do subsídio à tarifa de 2006. Dessemontante, foram amortizados no mesmo período 172,5 milhões de euros,resultando um saldo líquido de utilizações de 35,1 milhões de euros.ii O Dec-Lei nº 237-B/2006, de 18/Dezembro, veio posteriormente aumentarpara dez anos o período de recuperação do défice tarifário e permitir sua atitularização.
Relatório e Contas 06 49
No mesmo período foram amortizados empréstimos de m.l.p.
no montante líquido de 52 milhões de euros [ver nota (1)].
Na estrutura da dívida bancária de m.l.p. destacam-se os
empréstimos externos, com especial relevo para o BEI, cuja
dívida representa cerca de 36,3% do total, os Programas de
Papel Comercial, com um peso de cerca de 31,6%, e as
Obrigações, com cerca de 16%.
Os encargos financeiros associados ao serviço da dívida
totalizaram, neste exercício, 9.900 milhares de euros, dos quais
1.223,2 milhares de euros dizem respeito às duas operações
de antecipação das compensações tarifárias em atraso (de
2003 e 2006).
No custo total de financiamento destaca-se ainda 67,3 milhares
de euros de imposto de selo e 637,2 milhares de euros de
comissões bancárias, montantes que, não obstante o acréscimo
da dívida, se revelam ligeiramente inferiores aos registados em
2005 (68,6 e 648,8, respectivamente), graças ao recurso a
instrumentos de financiamento com maior eficiência fiscal e
financeira.
No decurso do exercício e perante as expectativas de subida
das taxas de juro no mercado europeu, foram ainda contratadas
algumas estruturas de cobertura do risco de taxa de juro, cujos
resultados se perspectivam muito compensadores.
No entanto, na estrutura das taxas de juro da dívida bancária
de m.l.p. da EDA, ainda se regista uma concentração ao nível
da taxa variável da ordem dos 72%, representando as coberturas
contratadas cerca de 15% dessa dívida.
2002
7,457,45
92,5561,3222,0422,1217,160,00
31,23
Curto PrazoMercado Interno
Médio e Longo PrazoMercado Interno
Financiamento banc. directoPapel comercialObrigaçõesCessão de créditos
Mercado Externo
2006
6,146,14
93,8657,612,79
31,5615,967,29
36, 26
2005
0,960,96
99,0457,973,87
24,6519,3410,1041,06
2004
0,170,17
99,8364,179,05
29,6813,8111,6335,66
2003
2,742,74
97,2667,6612,9024,5815,5914,5929,60
Estrutura da dívida (%)
Taxa Fixa Taxa variávelTaxa Fixa Revisível C/ cobertura taxa juro
11%2%
15%
72%
Estrutura da Taxa de JuroEmpréstimos de m.l.p.(em 31/Dez./2006)
Fundo de Pensões
Nos termos dos dois regulamentos de acção social em vigor,
a EDA, S.A. atribui aos seus colaboradores benefícios pós-
-reforma, cujas responsabilidades se encontram cobertas através
de dois planos de pensões, sendo um de benefício definido,
coberto por um fundo fechado (Fundo-A), que abrange todos
os trabalhadores que entraram para o serviço da empresa
antes de 31/Dez/2002, e o outro de contribuição definida,
aplicável aos colaboradores admitidos a partir de 2003 e
coberto por subscrição de um fundo aberto (Fundo B).
Para cobertura das responsabilidades decorrentes desses planos
de pensões, foram transferidos 1,27 milhões de euros, a título
de dotação do exercício, passando o Fundo-A no final do
50 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
O custo médio de financiamento da EDA, medido através da
taxa de juro média ponderada, situava-se, no final do exercício,
em 3,47 %, mais 61 pb que a registada em 2005, o que reflecte
de forma gradual a subida das taxas de juro que se tem vindo
a registar desde meados de 2005.
160.000
180.000
200.000
220.000
240.000
260.000
280.000
300.000
320.000
340.000
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
%
Evolução dos Empréstimos Custo Médio do Financiamento
Evolução dos Empréstimos e CustoMédio do Financiamento
exercício a apresentar um total de activos de 19,9 milhões de
euros, mais 7,7% que o valor registado no final de 2005, o que
representa uma taxa de cobertura das responsabilidades afectas
a esse fundo da ordem dos 76,68%. O Fundo-B, de constituição
recente (2005), apresenta activos no montante 10,6 mil euros,
resultantes das entregas efectuadas pela EDA.
A gestão da car teira do Fundo-A, beneficiou do bom
desempenho do mercado accionista global, pelo quarto ano
consecutivo, tendo o “asset allocation” reflectido uma sobre-
ponderação a esta classe de activos, sobretudo após as fortes
correcções do mercado verificadas entre Maio e Julho. A classe
de obrigações de taxa fixa, por seu turno, continuou a ser
afectada pelas políticas monetárias mais restritivas em ambos
Relatório e Contas 06 51
os lados do Atlântico e pelos riscos de inflação, sobretudo
decorrentes das fortes subidas dos preços dos bens energéticos,
tendo o fundo continuado a infra-ponderar esta classe.
Adicionalmente, na classe de imobiliário, foi prosseguida ao
longo do ano uma diversificação internacional da carteira,
tendo-se substituído fundos expostos ao mercado nacional
por fundos com uma perspectiva pan-europeia.
A política de gestão teve como objectivo fundamental a
maximização do retorno, ponderado com os níveis de risco
e de solvência necessários, face às responsabilidades assumidas
pelo Fundo. As diversas transacções efectuadas na carteira de
activos reflectem o ajustamento sistemático do perfil de risco
à estratégia adoptada e às opções e oportunidades de mercado
que se perfilaram em cada momento. De registar a rendibilidade
efectiva anual do Fundo de 6,17%, a qual compara favoravelmente,
quer com os 5,4% da mediana global do mercado (survey PIPS,
da Mercer Investment Consulting), quer com os 4,8% da mediana
de mercado para o respectivo segmento (segmento dos fundos
de pensões com uma exposição a acções entre 17,5% e 27,5%,
survey PIPS, da Mercer Investment Consulting). Este resultado está
em linha com a performance registada nos anos anteriores,
traduzindo a sua consistência, e é especialmente significativo quando
considerado o binómio rendibilidade/risco.
Gestão dos riscos operacionais seguráveis
A gestão dos riscos operacionais continuou a merecer grande
atenção por parte da empresa, prosseguindo-se um trabalho
de identificação e prevenção dos riscos associados à actividade,
bem como de melhoria das condições de cobertura.
Esse trabalho tem-se reflectido ao nível da sinistralidade, que
se manteve baixo, o que permitiu estender as coberturas a
novas áreas de risco, sem comprometer os objectivos de
racionalização dos custos.
A EDA continua a integrar as apólices da EDP de Respon-
sabilidade Civil e Danos Patrimoniais para as instalações
industriais, contratando as restantes no mercado com o apoio
de consultores especializados.
Fundo de Carbono
Tendo em conta as obrigações decorrentes dos limites impostos
pelo PNALE ao nível da emissão de GEE, a EDA subscreveu,
no final de 2006, uma participação de 500 mil euros num
Fundo de Carbono “Luso Carbon Fund” . Este fundo especial
de investimento fechado é regulado pela CMVM e apresenta-
-se como o primeiro fundo de carbono constituído em Portugal.
Investindo no mercado de carbono, nomeadamente em
projectos geradores de créditos de carbono e no quadro da
legislação e regulamentação decorrentes do Protocolo de
Quioto, permitirá às empresas, sujeitas ao cumprimento de
limites de emissão de GEE, a aquisição de créditos a um valor
potencialmente mais vantajoso.
52 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
2.B Proposta de Aplicação dos Resultados
Relatório e Contas 06 53
O Conselho de Administração, nos termos do artigo 21º dos
Estatutos, propõe que o Resultado Líquido do exercício de
2006, no valor de 8 771 798,23 Euros (oito milhões setecentos
e setenta e um mil setecentos e noventa e oito euros e vinte
e três cêntimos), tenha a seguinte aplicação:
Para:
Reserva Legal 500.000,00 Euros
Dividendos 3 150 000,00 Euros
Resultados Transitados 5 121 798,23 Euros
Ponta Delgada, 26 de Abril de 2007
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Roberto de Sousa Rocha Amaral
Francisco Manuel Sousa Botelho
Maria José Martins Gil
Mário Duarte Carreira Mendes
Jaime Carvalho de Medeiros
Alberto Manuel Rebelo Carreiro
Gualter José Andrade Furtado
António Manuel Barreto Pita de Abreu
António Jorge Flores Vasquez
54 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
2.C Contas Individuais1. Documentos de prestação de contas individuais
Activolíquido
11.12111.121
2.376.07940.288.252
283.152.784682.849
1.984.2791.530.835
28.362.19025.588.403
383.965.671
32.452.3831.268.474
794.18134.515.038
4.863.7244.863.724
1.628.2501.628.250
8.288.7520
7.714.5871.300.361
17.303.700
1.371.1715.609
1.376.780
83.127.3365.746.3695.183.807
94.057.512
537.721.796
ExercícioAnterior
Activolíquido
15.59215.592
2.351.75834.881.885
267.405.007994.805
1.457.9202.211.360
29.987.20629.253.603
368.543.544
29.069.5671.213.745
294.18130.577.493
4.380.3284.380.328
529.333529.333
11.425.7871.914.9174.911.5351.433.322
19.685.561
899.8886.455
906.343
32.891.0386.134.2955.160.976
44.186.309
468.824.503
Amortizaçõese ajustamentos
00
13.314.721127.999.746
3.896.4532.867.790
14.053.95822.586.324
184.718.992
39.50039.500
20.00020.000
55.711
55.711
184.718.992115.211
184.834.203
Activobruto
11.12111.121
2.376.07953.602.973
411.152.5304.579.3024.852.069
15.584.79350.948.51425.588.403
568.684.663
32.452.3831.268.474
833.68134.554.538
4.883.7244.883.724
1.628.2501.628.250
8.344.4630
7.714.5871.300.361
17.359.411
1.371.1715.609
1.376.780
83.127.3365.746.3695.183.807
94.057.512
722.555.999
Notas
10
10
10
41
23
49
54
52526
Activo
ImobilizadoImobilizações incorpóreas
Propriedade industrial
Imobilizações corpóreasTerrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreasImobilizações em curso
Investimentos financeirosPartes de capital em empresas do grupoPartes de capital em empresas associadasTítulos e outras aplicações financeiras
Circulante Existências
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Dívidas de terceiros - Médio e longo prazoEmpresas do grupo
Dívidas de terceiros - Curto prazoClientes, c/cEmpresas do grupoEstado e outros entes públicosOutros devedores
Depósitos bancários e caixaDepósitos bancáriosCaixa
Acréscimos e diferimentosAcréscimos de proveitosCustos diferidosActivos por impostos diferidos
Total de amortizaçõesTotal de ajustamentosTotal do activo
Balanços Analíticos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005(euros)
Exercício Corrente
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMaria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha Amaral
Francisco Manuel Sousa BotelhoMaria José Martins Gil
Mário Duarte Carreira MendesJaime Carvalho de Medeiros
Alberto Manuel Rebelo CarreiroGualter José Andrade Furtado
António Manuel Barreto Pita de AbreuAntónio Jorge Flores Vasquez
ExercícioCorrente
70.000.000306.112
1.176.757
1.600.000120.146226.650
2.069.64675.499.311
8.771.79884.271.109
50.000.000157.771.39819.589.438
55.378227.416.214
082.678.64915.501.118
308.9839.569.3463.264.906
195.160636.739
8.620.638120.775.539
32.258.88571.165.6101.834.439
105.258.934453.450.687537.721.796
ExercícioAnterior
70.000.000306.112
1.129.362
1.000.000120.146226.650
-7.492.59565.289.675
10.209.63575.499.310
15.000.000165.843.12622.854.344
106.488203.803.958
35.000.00016.521.38214.342.598
79.09815.725.9063.264.906
332.7961.448.8541.193.620
87.909.160
31.161.88769.862.089
588.099101.612.075393.325.193468.824.503
Notas
36
40
29
51
5151
29164950
52526
Capital Próprio e Passivo
Capital próprioCapitalAjustamentos de partes de capital em filiais e associadasReservas de reavaliação
ReservasReservas legaisReservas estatutáriasOutras reservas
Resultados transitadosSubtotal
Resultado líquido do exercícioTotal do capital próprio
PassivoDívidas a terceiros - Médio e longo prazo
Empréstimos por obrigaçõesNão convertíveis
Dívidas a instituições de créditoOutros empréstimos obtidosOutros credores
Dívidas a terceiros - Curto prazoEmpréstimos por obrigações
Não convertíveisDívidas a instituições de créditoFornecedores, c/cFornecedores - Facturas em recepção e conferênciaFornecedores de imobilizado, c/cOutros empréstimos obtidosEmpresas do grupoEstado e outros entes públicosOutros credores
Acréscimos e diferimentosAcréscimos de custosProveitos diferidosPassivos por impostos diferidos
Total do passivoTotal do capital próprio e do passivo
(euros)Balanços Analíticos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
56 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
ExercícioCorrente
74.033.981
10.922.627
26.586.582
20.001.769
971.209132.516.168
9.709.198142.225.366
50.464142.275.830
1.242.709143.518.539
´8.771.798
152.290.337
18.395.175
4.046.4915.941.857
19.605.75436.160
531.208233.806
811
44.1068.451.911
ExercícioAnterior
60.268.154
11.833.303
28.383.523
19.641.914
765.014120.891.908
8.496.828129.388.736
366.452129.755.188
2.167.349131.922.537
10.209.635142.132.172
18.595.483
2.841.8125.149.287
19.930.31171.458
526.611444.598
357
1639.708.678
Notas
41
10
45
10 e 4545
46
6
Custos e Perdas
Custo das matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos
Custos com o pessoalRemuneraçõesEncargos sociais
PensõesOutros
Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreoAjustamentosProvisões
ImpostosOutros custos e perdas operacionais
Perdas em empresas do grupo e associadasJuros e custos similares
Relativos a empresas do grupoOutros
Custos e perdas extraordinárias
Imposto sobre o rendimento do exercício
Resultado líquido do exercício
Demonstração dos Resultados para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
(euros)
Demonstração dos Resultados para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
Relatório e Contas 06 57
ExercícioCorrente
131.183.577
9.244.523
734.097141.162.197
6.733.322147.895.519
4.394.818152.290.337
8.646.029-2.975.8765.670.153
10.014.5078.771.798
119.250.7612.674.092
352.442460.760
0
2.434.611182.376
74.6812.569.332
ExercícioAnterior
121.924.853
10.081.395
813.202132.819.450
5.261.000138.080.450
4.051.722142.132.172
11.927.542-3.235.8288.691.714
12.376.98410.209.635
128.457.5232.726.054
352.441381.656
0
3.259.139269.688
40.5333.163.962
Notas
4444
53
454545
46
Proveitos e Ganhos
VendasPrestações de serviços
Trabalhos para a própria empresaProveitos suplementaresOutros proveitos e ganhos operacionaisReversões de amortizações e ajustamentos
Ganhos em empresas do grupo e associadasRendimentos de participações de capitalOutros juros e proveitos similares
Relativos a empresas do grupoOutros
Proveitos e ganhos extraordinários
Resumo:Resultados operacionaisResultados financeirosResultados correntesResultados antes de impostosResultado líquido do exercício
(euros)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMaria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha Amaral
Francisco Manuel Sousa BotelhoMaria José Martins Gil
Mário Duarte Carreira MendesJaime Carvalho de Medeiros
Alberto Manuel Rebelo CarreiroGualter José Andrade Furtado
António Manuel Barreto Pita de AbreuAntónio Jorge Flores Vasquez
58 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
ExercícioCorrente
131.183.576-102.680.145
28.503.431734.097
-4.899.657-10.402.587
-444.598
13.490.686-7.004.6493.258.782
269.688
10.014.5071.242.709
8.771.798
8.771.798
0,627
ExercícioAnterior
121.924.853-90.089.233
31.835.620813.202
-4.900.567-12.500.888
-233.806
15.013.561-5.252.7532.433.800
182.376
12.376.9842.167.349
10.209.635
10.209.635
0,729
Notas
4441
4545
49
Vendas e prestações de serviçosCustos das vendas e das prestações de serviços
Resultados brutosOutros proveitos e ganhos operacionaisCustos de distribuiçãoCustos administrativosOutros custos e perdas operacionais
Resultados operacionaisCusto líquido de financiamentoGanhos em filiais e associadasGanhos em outros investimentos
Resultados correntesImpostos sobre os resultados correntes
Resultados correntes após impostos
Resultados líquidos
Resultados por acção
Demonstração dos Resultados por Funções para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
(euros)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMaria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha Amaral
Francisco Manuel Sousa BotelhoMaria José Martins Gil
Mário Duarte Carreira MendesJaime Carvalho de Medeiros
Alberto Manuel Rebelo CarreiroGualter José Andrade Furtado
António Manuel Barreto Pita de AbreuAntónio Jorge Flores Vasquez
Demonstração dos Fluxos de Caixa para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
Relatório e Contas 06 59
ExercícioCorrente
-15.991.974
2.250.999
-33.504.081-31.253.082
263.803.154
-215.272.62148.530.533
1.285.47759.630
1.345.107
154.666.106-77.419.029-29.627.00147.620.076
-1.322.436
-1.484.621
2.311.350261.111
-45.267.112
143.522.963276.069
1.330.214
-139.300.102-702.631
-8.181.996
ExercícioAnterior
44.813.019
2.572.461
-45.267.112-42.694.651
145.129.246
-148.184.729-3.055.483
-937.115996.74559.630
97.405.893-92.050.983-25.949.879-20.594.969
-2.277.252
6.880.247
1.870.061380.938
-833.164-32.490.675
-180.242
262.447.676816.000539.478
-206.525.335-137.635
-8.609.651
Notas
5454
Método Directo
Actividade Operacional:Recebimentos de clientesPagamentos a fornecedoresPagamentos ao pessoal
Fluxo gerado pelas operações
Recebimento/pagamento do imposto sobre o rendimentoOutros recebimentos/pagamentos da
actividade operacionalFluxos das actividades operacionais
Actividade de Investimento:Recebimentos provenientes de:
Imobilizações corpóreasComparticipações financeiras ao investimentoDividendos
Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeirosImobilizações corpóreasImobilizações incorpóreasAccionistas
Fluxos das actividades de investimento
Actividade de Financiamento:Recebimentos provenientes de:
Empréstimos bancários obtidosEmpréstimos concedidos às participadas Juros e custos similaresAumentos de capital
Pagamentos respeitantes a:Empréstimos bancários obtidosEmpréstimos concedidos às participadasJuros e custos similares
Fluxos das actividades de financiamento
Variação de caixa e seus equivalentesCaixa e seus equivalentes no início do períodoCaixa e seus equivalentes no fim do período
(euros)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMaria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha Amaral
Francisco Manuel Sousa BotelhoMaria José Martins Gil
Mário Duarte Carreira MendesJaime Carvalho de Medeiros
Alberto Manuel Rebelo CarreiroGualter José Andrade Furtado
António Manuel Barreto Pita de AbreuAntónio Jorge Flores Vasquez
60 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Anexos às Demonstrações FinanceirasExercício de 2006
Introdução
A Electricidade dos Açores, S.A. (abreviadamente designada
por “EDA” ou “Empresa”) foi transformada em sociedade
anónima de capitais exclusivamente públicos, pelo Decreto-
-Lei nº 79/97, de 8 de Abril.
Em 30 de Dezembro de 1999, a Região Autónoma dos Açores
transmitiu à EDP Participações, SGPS, S.A. um lote de 1 148 163
acções correspondente a 10% do capital social da EDA. Na
primeira e segunda fases do processo de reprivatização directa
do capital social da EDA, aprovadas pelo Decreto-Lei nº 243/2004,
de 31 de Dezembro de 2004, foram alienadas acções representativas
de 39,9% do capital social, respectivamente, um lote indivisível de
4 748 100 acções (por concurso público) à ESA - Energia e
Serviços dos Açores, SGPS, S.A. e 837 900 acções através de
oferta pública aos trabalhadores, pequenos subscritores e emigrantes
(Nota 37). As acções representativas do capital subscritas pela
Região Autónoma dos Açores, só poderão ser transmitidas para
outros entes públicos por deliberação do Governo Regional.
Nos termos do artigo 15º deste decreto, a Região Autónoma
dos Açores, enquanto detiver pelo menos 5% do capital social
da EDA terá (i) o direito de veto em deliberações da assembleia
geral que tenham por objecto ou como efeito a redução
significativa da actividade da empresa na Região Autónoma dos
Açores, a fusão, a cisão, a transformação ou a dissolução da
sociedade e a alteração dos seus estatutos, incluindo a redução
do capital social e a mudança de localização da sede, mas
excluindo o aumento do capital social e (ii) o poder de designar
um dos membros do conselho de administração, que dispõe
de direito de veto nas deliberações do conselho que tenham
objecto idêntico ao referido na alínea anterior.
A EDA rege-se pelo seu Estatuto, pelas normas reguladoras
das sociedades anónimas e por disposições do Governo
Regional relacionadas com o sector da electricidade e com a
própria empresa. Nos termos da legislação em vigor, o exercício
da actividade de regulação compete à Entidade Reguladora
dos Serviços Energéticos (ERSE), através do estabelecimento
de disposição aplicáveis aos critérios e métodos para a formulação
de tarifas e preços de energia, à definição das tarifas reguladas e
respectiva estrutura, ao processo de cálculo e determinação das
tarifas, à determinação dos proveitos permitidos, aos procedimentos
para a fixação das tarifas, sua alteração e publicação, às obrigações
em matéria de prestação de informação e, ainda, à convergência
tarifária dos sistemas eléctricos públicos.
O objecto principal da EDA é a produção, a aquisição, o
transporte, a distribuição e a venda de energia eléctrica, bem
como o exercício de outras actividades relacionadas com
aquelas. Nos termos do contrato de concessão do transporte
e distribuição de energia eléctrica celebrado com a Região
Autónoma dos Açores, a EDA tem a responsabilidade de
exercer a actividade que é objecto da concessão pelo prazo
de 50 anos, contados a partir de 12 de Outubro de 2000, data
da aprovação da Resolução nº 181/2000, publicada no Jornal
Oficial, I Série, nº 41/2000.
Como atrás referido no parágrafo acima, as tarifas e preços
regulados da energia eléctrica foram estabelecidas pela ERSE
de acordo com o Regulamento Tarifário publicado pelo
Despacho nº 26515-A/2006 (Diário da República I Série), de
29 de Dezembro. As competências da regulação nas actividades
de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica
desta entidade, que foram estendidas às Regiões Autónomas
através do Decreto-Lei nº 69/2002, de 25 de Março, assenta
Relatório e Contas 06 61
no princípio da partilha dos benefícios da convergência dos
sistemas eléctricos nacionais. Neste sentido, a ERSE aprovou
em 20 de Dezembro de 2006 que os custos anuais com a
convergência tarifária de 2007 ascenderão a 64 385 904 euros
(2006 – 33 634 709 euros Nota 44). Estes valores poderão
ser sujeitos a acertos decorrentes dos desvios entre o orçamento
e os custos reais e da revisão da ERSE às contas reguladas a
apresentar pela Empresa. As últimas contas reguladas aprovadas
definitivamente reportam-se a 31 de Dezembro de 2005, sen-
do o ajustamento a recuperar pela EDA fixado em 7 918 578
euros (Nota 44 e 52).
Os custos associados à convergência tarifária, na parte não
repercutida nas tarifas fixadas pela ERSE para 2006 e 2007,
devido à actuação do mecanismo de limitação dos acréscimos
na Baixa Tensão, acrescidos dos respectivos encargos financeiros,
serão incorporados nas tarifas de Uso Global do Sistema, em
prestações iguais e mensais durante um período de 10 anos,
com início em 1 de Janeiro de 2008.
As notas às contas deste Anexo respeitam a numeração definida
no Plano Oficial de Contabilidade, sendo de referir que as não
incluídas não são aplicáveis ou significativas para compreensão
das demonstrações financeiras.
Todos os valores são expressos, salvo indicação em contrário,
em euros.
2 - Comparabilidade
A Empresa não procedeu à alteração de práticas e políticas
contabilísticas no decorrer do exercício.
3 - Critérios contabilísticos e valorimétricos
As demonstrações financeiras foram preparadas de harmonia
com os princípios contabilísticos definidos no Plano Oficial de
Contabilidade. Assim, as contas foram preparadas segundo a
convenção do custo histórico, modificada pela reavaliação das
imobilizações corpóreas, pela aplicação do método de
equivalência patrimonial nos investimentos financeiros e activos
financeiros registados ao justo valor, na base da continuidade
das operações, em conformidade com os princípios
contabilísticos fundamentais da prudência, consistência, substância
sobre a forma, materialidade e especialização dos exercícios.
a) Imobilizações incorpóreas
As Imobilizações incorpóreas compreendem as licenças atribuídas
e adquiridas no ano líquidas das emissões de gases com efeito
de estufa.
As licenças de carácter ambiental existentes no final do ano são
actualizadas ao preço de mercado em vigor à data do balanço.
b) Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas transferidas para a EDA na data
de integração pelo seu valor líquido contabilístico são mostradas
na sua quase totalidade pelos valores resultantes da reavaliação
efectuada em referência a 31 de Dezembro de 1983.
As imobilizações corpóreas não resultantes de processos de
integração são mostradas pelos valores resultantes da reavaliação
efectuada em referência a 31 de Dezembro de 1990.
As imobilizações adquiridas após 31 de Dezembro de 1990
são mostradas ao custo de aquisição ou de avaliação.
10 – 60
18 – 403 – 406 – 408 – 40
10 – 408 – 28
17 – 2816 – 20
4 – 64 – 203 – 168 – 20
Edifícios e outras construçõesEquipamento básico
Produção hidroeléctricaProdução termoeléctricaSubestaçõesLinhas AT/MTPostos de transformaçãoLinhas BTInstalações de chegadaContadores
Equipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreas
Anos
62 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
c) Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros em partes de capital em empresas
do grupo e associadas são registados pelo método de
equivalência patrimonial. Os investimentos financeiros, inicialmente
contabilizados pelo custo de aquisição, foram acrescidos ou
reduzidos pela diferença para o valor proporcional à participação
nos capitais próprios dessas empresas reportado à data da
aplicação deste método nas contas consolidadas em 1997 ou
das aquisições posteriores.
Em conformidade com o método de equivalência patrimonial,
os investimentos financeiros são ajustados pelo valor
correspondente à participação nos resultados líquidos das
empresas do grupo e associadas por contrapartida de ganhos
e perdas financeiros (Nota 45). Consequentemente, os divi-
dendos recebidos destas empresas são registados como uma
diminuição do valor dos investimentos financeiros.
Os restantes investimentos financeiros estão mostrados ao
custo de aquisição.
Os empréstimos de financiamento a médio e longo prazo
concedidos às empresas afiliadas são mostrados ao valor
nominal.
As perdas estimadas na realização e/ou recuperação de
investimentos financeiros encontram-se registadas na rubrica
“Ajustamentos de investimentos financeiros”.
d) Existências
As existências estão valorizadas ao custo de aquisição, deduzidas
de um ajustamento para depreciação de existências, sendo as
saídas de armazém (consumos) valorizadas ao custo médio.
A diferença entre o custo de aquisição e o valor estimado de
realização ou de mercado, quando mais baixo, encontra-se
registado na rubrica de “Ajustamentos de existências”.
Como explicado na Nota 3 f), os encargos financeiros são
imputados a imobilizações em curso, até à conclusão do
investimento. Quando os imobilizados entram em exploração,
estes encargos são incluídos nas diferentes classes de imobilizados
que afectaram.
As amortizações são calculadas pelo método das quotas
constantes, a taxas estudadas de forma a amortizarem o valor
contabilístico dos activos durante a sua vida útil esperada.
As taxas de amortizações correspondem às seguintes vidas
úteis estimadas:
Os terrenos, incluindo os directamente afectos às instalações
de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica,
não são amortizados.
As despesas de reparação e manutenção normais do imobilizado
em exploração são consideradas como custos no ano em que
ocorrem.
Relatório e Contas 06 63
e) Transacções em moeda estrangeira
As transacções em moeda estrangeira são traduzidas em euros
aos câmbios em vigor na data da contabilização das respectivas
responsabilidades.
No final do ano os saldos a pagar e a receber em moeda
estrangeira são actualizados aos câmbios em vigor à data do
balanço.
As diferenças de câmbio, favoráveis ou desfavoráveis, são
contabilizadas em resultados do exercício.
f) Encargos financeiros
Os encargos financeiros são repartidos entre os que são
considerados como resultantes de empréstimos contraídos
para financiar os imobilizados em curso e os considerados
como resultantes de outros empréstimos. Os primeiros são
imputados a imobilizações em curso (Nota 3 b)), sendo os
outros contabilizados em resultados do exercício.
A base do cálculo dos encargos financeiros imputados a
imobilizações em curso, consiste na aplicação de uma taxa de
juro média dos empréstimos sobre o valor médio dos inves-
timentos em curso não financiados por comparticipações ou
subsídios. Para efeitos deste cálculo, o valor dos investimentos
em curso sobre os quais é aplicada a referida taxa de juro
inclui os encargos financeiros anteriormente imputados.
g) Pensões de reforma e de sobrevivência
Com base no regulamento de acção social em vigor até 31 de
Dezembro de 2002, a EDA tem a responsabilidade de
complementar até ao limite máximo de 80% as pensões de
reforma atribuídas pelas instituições de segurança social aos
seus empregados (admitidos até 31 de Dezembro de 2002)
reformados com pelo menos 30 anos de serviço, descendo
esse limite em conformidade com um menor tempo de serviço
prestado. Além desta responsabilidade com complementos de
pensões de reforma, é igualmente da responsabilidade da EDA
assegurar o pagamento das próprias pensões aos empregados
oriundos do sector público e das autarquias locais abrangidos
pelo regime da Caixa Geral de Aposentações e reformados
até 30 de Novembro de 1999, na parte correspondente ao
período em que estiveram ao serviço da EDA.
Nos termos do Decreto-Lei nº 427/99, de 21 de Outubro,
esses trabalhadores da EDA passaram a estar integrados no
regime geral de segurança social, assumindo a Caixa Geral de
Aposentações a responsabilidade pelos encargos corres-
pondentes às pensões devidas, pelo tempo em que o trabalhador
foi subscritor daquela instituição. As diferenças de tratamento
originadas pela aplicação deste regime relativamente àquele
que resultaria da Caixa Geral de Aposentações são asseguradas
pela EDA.
Conforme referido na Nota 31, parte destas responsabilidades
estão financiadas por um fundo de pensões.
Anualmente, a EDA reconhece como encargo do ano o valor
líquido do custo do serviço corrente, do custo dos juros, do
rendimento esperado dos activos do fundo e os ganhos e
perdas actuariais provenientes de alterações actuariais e
financeiras.
Os trabalhadores da EDA admitidos a partir de 1 de Janeiro
de 2003 e desde que não estejam abrangidos pelo plano de
pensões atrás referido poderão beneficiar de um Plano de
Pensões de Contribuição Definida que será financiado
anualmente pela EDA na base de 1% do salário pensionável.
h) Comparticipações financeiras
As comparticipações comunitárias atribuídas, a fundo perdido,
a projectos apresentados pela EDA são contabilizadas na rubrica
de Proveitos diferidos com base na sua execução financeira,
independentemente do seu recebimento e reconhecidas na
64 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias
entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de
reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos
de tributação.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e
anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se
esperam estarem em vigor à data da reversão das diferenças
temporárias.
m) Instrumentos financeiros derivados
A EDA encontra-se exposta a risco taxa de juro associado ao
financiamento da sua actividade. A EDA financia-se parcialmente
através da emissão de obrigações com taxa de juro indexada
às taxas de mercado. Como forma de gerir o risco de flutuação
dos custos financeiros em consequência da volatilidade das
taxas de mercado, a EDA contrata instrumentos financeiros
derivados, nomeadamente contratos de permuta de juro
(swaps) e opções sobre taxa de juro (opções).
De acordo com o princípio dos acréscimos, a EDA regista em
resultados os juros dos swaps e os ganhos e perdas das opções
nos períodos em que são gerados, e que são coincidentes com
os períodos em que os juros dos contratos de financiamento,
cujo risco está a ser gerido, também afectam os resultados
(Nota 31).
n) Reconhecimento dos dispêndios e passivos de carácter
ambiental
Em conformidade com a Directriz Contabilística nº 29/02, de
5 de Junho, a EDA reconhece os dispêndios de carácter
ambiental, bem como os passivos e activos com eles relacionados.
Os dispêndios de carácter ambiental são reconhecidos como
custos no período em que são incorridos, excepto se realizados
para evitar ou reduzir danos futuros e proporcionem benefícios
económicos no futuro, sendo nesse caso capitalizados e
demonstração dos resultados proporcionalmente às amor-
tizações das imobilizações corpóreas financiadas.
As cedências de infraestruturas de redes e postos de trans-
formação são contabilizadas em Proveitos diferidos com base
no valor de avaliação atribuído a esses activos e reconhecidas
na demonstração dos resultados proporcionalmente às
amortizações das imobilizações corpóreas assim avaliadas.
i) Vendas de electricidade
A facturação de electricidade é efectuada numa base mensal,
em contagens reais de consumos ou em consumos estimados
através dos dados históricos de cada consumidor. Os consumos
ocorridos e não lidos até à data do balanço, são estimados e
registados em acréscimos e diferimentos (Nota 52).
As tarifas de energia eléctrica a clientes do SEPA (Sistema
Eléctrico de Serviço Público dos Açores), são fixadas pela ERSE
bem como os custos anuais com a convergência do tarifário
determinados anualmente numa base provisória. Os custos
anuais com a convergência do tarifário, são registados na rubrica
de Vendas (Notas 44 e 52), corrigidos dos respectivos
ajustamentos tarifários quando aprovados definitivamente pela
ERSE.
j) Especialização de custos e proveitos
A EDA regista os seus custos e proveitos de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios. As diferenças entre
estes montantes e as correspondentes receitas e despesas
liquidadas e registadas em Terceiros são registadas nas rubricas
de acréscimos e diferimentos (Nota 52).
l) Impostos diferidos
A EDA reconhece o efeito fiscal decorrente das diferenças
temporárias entre os resultados contabilísticos e os fiscais para
efeitos de tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Colectivas (IRC).
Relatório e Contas 06 65
amor tizados sistematicamente ao longo das suas vidas
económicas úteis esperadas.
Os passivos de carácter ambiental são registados quando for
possível quantificar com fiabilidade os dispêndios a incorrer.
4 - Câmbios utilizados
As cotações cambiais utilizadas para conversão dos saldos
originariamente expressos em moeda estrangeira existentes
na data do balanço são originárias do Banco Central Europeu
e datadas de 29 de Dezembro de 2006, por aplicação das
regras de conversão conforme se indica de seguida:
Moeda Contra – valor
USD 1,3170 EUR
GBP 0,6715 EUR
6 - Imposto sobre o rendimento
Em conformidade com a legislação em vigor na Região Autó-
noma dos Açores a taxa a aplicar para determinação do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) é
reduzida em 30% correspondendo actualmente a uma taxa
efectiva de 17,5%, que acrescida da taxa máxima de 10% da
derrama conduz a uma taxa agregada de 19,25%.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão
sujeitas a revisão e correcção por parte da administração fiscal
durante um período de 4 anos (5 anos no que respeita à segurança
social). As autoridades fiscais poderão, também efectuar correcções
sempre que as relações especiais tenham sido estabelecidas em
condições diferentes das que seriam normalmente acordadas
com entidades independentes. Deste modo, as declarações fiscais
de 2003 a 2006 poderão vir ainda a ser revistas.
A Administração entende que as correcções resultantes de
revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas
declarações de impostos não terão um efeito significativo nas
demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2006.
O montante de 1 242 709 euros registado em resultados do
exercício na rubrica de “Imposto sobre o rendimento” com-
preende:
A conciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva do custo
do imposto pode ser assim resumida:
Imposto corrente(tributação autónoma)
Imposto diferido
2005
1 995 000 172 3492 167 349
2006
19 2001 223 5091 242 709
Resultado antes de impostoDiferenças temporárias e permanentes
Imposto esperado à taxa de 19,25%Imposto diferidoTributação autónomaCusto de imposto
2005
12 376 984(2 117 327)10 259 657
1 974 984172 349
20 0162 167 349
2006
10 014 507(44 585 354)(34 570 847)
-1 223 509 19 2001 242 709
O efeito fiscal emergente das diferenças temporárias entre os
resultados contabilísticos e os fiscais foram objecto de registo
contabilístico em impostos diferidos activos e passivos como
a seguir se demonstra:
Os movimentos ocorridos por impostos diferidos em 31 de
Dezembro de 2006 e 2005 são os seguintes:
7 - Pessoal ao serviço da Empresa
O número médio de pessoas ao serviço da EDA nos exercícios
de 2006 e 2005 é de 721 e 738 trabalhadores, respectivamente.
66 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Diferenças temporárias que originam Activos por impostos diferidos:Pensões de reforma não aceite fiscalmenteImposto à taxa de 19,25%
Diferenças temporárias que originam Passivos por impostos diferidos:Reintegrações de imobilizados reavaliadosMais-valias fiscais reinvestidasConvergência tarifária não recebida e prejuízo fiscal inerenteImposto à taxa de 19,25%
2005
26 810 2655 160 976
2 896 977158 083
-588 099
2006
26 928 8705 183 807
2 650 774121 377
6 757 4021 834 439
Activos por Impostos diferidosProvisão para pensões de reforma não aceite fiscalmente
Passivos por Impostos diferidosAcréscimo de reintegrações de imobilizados reavaliados não
aceites como custo fiscalAcréscimo de mais-valias fiscais reinvestidasConvergência tarifária não recebida
Custo do ano por impostos diferidos
2006
5 183 8075 183 807
510 27423 365
1 300 8001 834 439
2005
5 160 9765 160 976
557 66830 431
- 588 099
Efeito noExercício
(22 831)(22 831)
(47 394)(7 066)
1 300 8001 246 3401 223 509
Relatório e Contas 06 67
8 - Licenças de carácter ambiental
Esta rubrica reconhece a diferença líquida entre as licenças de
emissão atribuídas gratuitamente e adquiridas no mercado
para o ano de 2006 e as emissões de gases com efeito de
estufa. (Nota 48).
10 - Activo imobilizado
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, o
movimento ocorrido no valor das imobilizações, bem como
nas respectivas amortizações e ajustamentos, foi o seguinte:
Quantidade(ton)
1 856
378 808 6 000384 808
384 948 -
1 716
Valor
15 592
8 026 941 148 9608 175 901
(8 148 885) (31 487)
11 121
Imobilizações incorpóreas
Saldo inicialAquisições do ano:
A titulo gratuitoA titulo oneroso
Emissões do anoCorrecção para o justo valorSaldo final
Em 2006, a EDA registou na rubrica de Propriedade industrial
e outros direitos as licenças de CO2 atribuídas correspondentes
aos direitos de emissão de 378 808 toneladas anuais, valorizadas
pelo justo valor e o custo de aquisição das licenças adquiridas
a título oneroso, no total de 8 175 901 euros.
O montante de 8 148 885 euros corresponde à estimativa
das emissões de gases com efeito de estufa ocorridas durante
o ano mensuradas pelo uso do custo histórico, numa base
FIFO. As licenças detidas no final do ano estão mensuradas
pelo justo valor (6,48 euros/ton).
68 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Em 31 de Dezembro de 2006, as infraestruturas de redes e
postos de transformação integradas no activo imobilizado, pelo
valor de avaliação, perfazem o montante de 3 414 915 euros
(Nota 52).
Imobilizações corpóreas
Activo brutoTerrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreasImobilizado em curso
Amortizações e ajustamentosEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreas
Valor líquido
Saldo em01.01.2006
2 351 75846 479 414
381 616 0344 717 9854 014 168
16 190 440 50 925 24729 253 603
535 548 649
Saldo em01.01.2006
11 597 529114 211 027
3 723 1802 556 248
13 979 080 20 938 041167 005 105368 543 544
Saldo em31.12.2006
2 376 07953 602 973
411 152 5304 579 3024 852 069
15 584 793 50 948 51325 588 403
568 684 662
Saldo em31.12.2006
13 314 721127 999 746
3 896 4532 867 790
14 053 957 22 586 324184 718 991383 965 671
Transferênciase abates
-7 079 601
26 813 728-
446 700234 617
-(34 574 646) -
Anulações/Reversões
-(578 683)
---
-(578 683)
Alienações
(21)(1)
(716 655)(323 275)(46 989)
(1 131 932) 32) (63)
-(2 218 936)
Alienações
(1)(135 682)(323 273)(46 791)
(1 131 932) (63)(1 637 742)
Aumentos
24 34243 959
3 439 423184 592438 190291 668
23 32930 909 44635 354 949
Reforço
1 717 19314 503 084
496 546358 333
1 206 809 1 648 34619 930 311
Relatório e Contas 06 69
Os principais aumentos registados em imobilizações corpóreas
durante o ano de 2006 correspondem a:
No âmbito do processo de expropriação dos terrenos da
antiga sede já adjudicados à entidade expropriante, a EDA foi
notificada de que a decisão arbitral avaliou esses terrenos em
2 251 025 euros. O valor final a atribuir a estes terrenos poderá
variar entre o montante reclamado pela entidade expropriante
de 1 031 050 euros (Nota 50) e a avaliação que os peritos
nomeados pelo Tribunal venham a fazer dos aspectos que a
EDA considera que não foram anteriormente ponderados,
estimando que a sua fixação nunca poderá ser inferior a
4 804 109 euros.
Ampliação da Central Térmica do Pico (Grupo VI)Instalação de volantes de inérciaParque de combustíveis e sistema de combate a incêndiosRemodelação rede BT Ponta Delgada (2ª FASE)Subestação 60/10 KV do AeroportoRemodelação linha transporte 60 KV SECL-SEMFSubestação 60/30 KV da Central Térmica do CaldeirãoRemodelação da linha MT 15 KV Nortes (2ª FASE)Construção de edifício sedeAmpliações diversas redes MTRemodelações de linhas BTElectrificação e alteração de potência em PTsRemodelação da rede BT – Prainha de BaixoOutras
9 983 017523 421
1 227 2302 811 1062 247 5821 622 1221 597 611
666 9812 136 195
816 1532 005 180
742 754418 342
12 22245539 020 149
2006
29 253 603
21 798 6027 704 997
1 539 52660 296 728
(34 574 646) (133 679)
25 588 403
70 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Em 31 de Dezembro de 2006, o custo acumulado das
imobilizações em curso compreende:
2005
32 315 917
26 682 9868 678 254
1 403 14169 080 298
(39 826 695) -
29 253 603
Imobilizações em curso
Saldo em 1 de JaneiroMais:
Investimento directoEncargos capitalizados (Nota 53)Encargos financeiros (Nota 53)
Menos:Transferência para imobilizações corpóreasTransferência para resultados
Saldo em 31 de Dezembro
6 332 5321 631 0591 650 8471 203 634
939 583871 722758 165934 477871 587651 864653 067579 176
8 510 69025 588 403
Ampliação da central térmica de Santa Bárbara (Grupo VII)Central termoeléctrica do CorvoProjecto para implementação do despacho central de S. MiguelRemodelação linha 10/30 KV e ramais da PovoaçãoRemodelação da subestação da Vinha BravaRemodelação rede BT Ponta Delgada (2ª tranche)Remodelação da subestação de Santa BárbaraConstrução nova saída 15 KV dos CedrosConstrução linha transporte 60 KV Sub. Vinha BravaConstrução linha transporte 30 KV Sub. Belo JardimRemodelação PTS das FurnasRemodelação da rede BT Fajã de CimaOutros
Relatório e Contas 06 71
O aumento de 390 914 euros em Par tes de capital em
empresas do grupo corresponde à aquisição de 81 765 acções
da SOGEO pelo valor global de 333 164 euros. A diferença
de aquisição, no montante de 57 750 euros, está directamente
registada em Proveitos e ganhos financeiros.
Na rubrica de Títulos e outras aplicações está registada a
subscrição de 10 unidades de participação no LUSO CARBON
FUND, pelo valor nominal de 50 000 euros cada uma.
Os movimentos registados em outras variações prendem-se
com a contabilização dos dividendos recebidos em 2006 (Nota
16) no montante de 154 400 euros.
Saldo em01.01.2006
29 069 5671 213 745
333 68130 616 993
Saldo em01.01.2006
39 50030 577 493
Saldo em31.12.2006
32 452 3831 268 474
833 68134 554 538
Saldo em31.12.2006
39 50034 515 038
Investimentos financeiros
Partes de capital em empresas do grupoPartes de capital em empresas associadasTítulos e outras aplicações financeiras
AjustamentosTítulos e outras aplicações financeirasValor líquido
OutrasVariações
-(154 400) -(154 400)
Anulações/Reversões
-
Equivalênciapatrimonial(Nota 45)
2 991 903209 129
-3 201 032
Alienações
-
Aumentos
390 914-
500 000890 914
Reforço
-
11 - Capitalização de encargos financeiros
De acordo com o critério contabilístico definido na Nota 3 f),
o montante de encargos financeiros capitalizados no exercício
em imobilizações em curso foi de 1 539 526 euros (Nota 10).
12 - Reavaliação das imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas foram reavaliadas ao abrigo dos
seguintes diplomas legais:
Decreto-Lei nº 399-G/84, de 28 Dezembro
Decreto-Lei nº 118-B/86, de 27 Maio
Decreto-Lei nº 49/91, de 25 Janeiro
72 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
13 - Custo histórico das imobilizações corpóreas
O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações
corpóreas e correspondente reavaliação em 31 de Dezembro
de 2006, líquidos de amortizações acumuladas, é o seguinte:
14 - Outras informações relativas às imobilizações
A afectação dos imobilizados corpóreos (valores líquidos)
resume-se como se segue:
Reavaliações
281 3162 050 0004 074 978
-66
- 2446 406 604
ValoresReavaliados
2 376 07940 288 251
283 152 784682 849
1 984 2801 530 835
28 362 190358 377 268
Terrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreas
CustosHistóricos
2 094 76338 238 251
279 077 806682 849
1 984 2141 530 835
28 361 946351 970 664
2006
324 515151 773 116
5 98695 916 24470 470 521
39 886 886358 377 268
2005
325 858148 222 040
5 98685 732 85365 458 439
39 544 765339 289 941
HidroeléctricaTermoeléctricaEólicaTransporte de electricidadeDistribuição de electricidadeOutras
O contrato de concessão do transporte e distribuição de
energia eléctrica referido na nota introdutória, envolve a
construção e exploração de bens afectos ao transporte e
distribuição de energia eléctrica, os quais revertem pelo valor
líquido contabilístico para a Região Autónoma dos Açores com
a extinção da concessão.
Relatório e Contas 06 73
16 - Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas
(que têm a sede na Região Autónoma dos Açores) e outras
aplicações, são os seguintes:
Firma
EMPRESAS DO GRUPOEEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda.SOGEO – Sociedade Geotérmica
dos Açores, S.A.GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de
Informação, S.A.SEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão
e Manutenção, Lda.GEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da
Terceira, S.A.
EMPRESAS ASSOCIADASNORMA-AÇORES – Sociedade de Estudos e
Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A.CONTROLAUTO-AÇORES – Controlo Técnico
de Automóveis, Lda.ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
OUTROS INVESTIMENTOSBANIF AÇORPENSÕES – Sociedade Gestora de
Fundo de Pensões, S.A.CABO TV AÇOREANA, S.A.I.A.T.H. – Indústria Açoreana
Turístico-Hoteleira, S.A.DTS – Sociedade Açoreana de Desenvolvimento
Tecnologias e Serviços, S.A.Caixa Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L.Fundação Eng. José CordeiroINOVA – Instituto de Inovação Tecnológica dos
AçoresENTA – Escola de Novas Tecnologias dos AçoresCARBON LUSO FUND
(*) dados não disponíveis(**) valores do exercício findo em 31/03/2006
Ano
2006
2006
2006
2006
2006
2006
20062006
20052005
2006
2006(**)20052005
20052005
Valor deBalanço
11 384 625
18 297 873
1 535 997
735 781
498 10832 452 384
847 489
208 550212 434
1 268 473
49 880228 649
39 500
4 989125
3 242
5 296 2 000500 000833 681
Valor
1 194 259
1 404 711
225 889
177 093
(713)
112 188
317 87024 311
279 7534 364 906
(*)
4 3602 692 076
(*)
111 9129 984
Capitalpróprio em31/12/2006
11 322 859
18 425 575
1 535 997
817 534
995 420
1 376 337
695 168531 084
3 051 14513 934 100
(*)
319 63228 227 824
51 794
1 157 31979 912
Capitaldetido
(%)
99,00
99,31
100,00
90,00
50,04
50,13
30,0040,00
2,706,18
0,12
2,500,00111
33,68
0,772,00
Resultado líquidodo exercício
74 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
As transacções com empresas do grupo ocorridas no exercício
findo em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 são conforme
segue:
2006
378 285956 069252 963202 13244 501
34 6801 868 630
2005
366 747991 124346 096257 90966 484
36 9602 065 320
Mão-de-obra e outros serviços cedidos
SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A.GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A.EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, LdaSEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, LdaGEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A.ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
2006
21 761-
4 2607 6266 886
-40 533
2005
10 34513 76045 441
-604
4 53174 681
Juros Obtidos
SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A.GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A.EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, LdaSEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, LdaGEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A.ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
Para cálculo dos juros devidos pelas empresas afiliadas foi
utilizada a taxa correspondente à Euribor a 12 meses do dia
da operação, acrescida de uma margem de 0,015% (40 533
euros - Nota 45).
Os saldos existentes no final do ano com estas empresas do
grupo e associadas são:
2006
6 581 6173 620 461
10 202 078
2005
5 420 2943 483 7758 904 069
Compras de energia (Nota 41)
SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A.EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda
Relatório e Contas 06 75
2006
133 097297 09677 27067 632
1 665 178 9 1892 249 462
2005
66 279206 210
1 070 87842 255
1 640 035 11 8173 037 474
Saldos devedores
SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A.GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A.EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, LdaSEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, LdaGEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A.ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
Estes saldos são assim repartidos:
2006
3 335 267 195 1603 530 427
2005
1 667 416 332 7962 000 212
FornecedoresEmpresas do grupo
Estes saldos são assim repartidos:
2006
611 5811 628 250 9 6312 249 462
2005
579 5182 444 250 13 7063 037 474
ClientesEmpresas do grupoOutros devedores
2006
1 766 378643 378703 763414 489
- 2 4193 530 427
2005
355 786771 251258 296451 117161 819
1 9432 000 212
Saldos credores
SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A.GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A.EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, LdaSEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, LdaGEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A.ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
76 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Em 2006 e 2005, os dividendos recebidos das empresas
associadas foram directamente contabilizados na rubrica de
“Investimentos financeiros”, em consequência da aplicação do
método de equivalência patrimonial. Os valores recebidos em
2006 resumem-se como segue:
2006
99 849 54 551154 400
269 688424 088
2005
47 024 60 890107 914
182 376290 290
Empresas associadas (Nota 10)NORMA-AÇORES – Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A.CONTROLAUTO-AÇORES – Controlo Técnico de Automóveis, Lda.
Outros investimentos (Nota 45)CABO TV AÇOREANA, S.A.
21 - Movimentos ocorridos no activo circulante
No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006,
os ajustamentos ocorridos no activo circulante tiveram o
seguinte movimento:
Anulação
(79 772)(25 749)
(105 521)
Saldo Final
55 71120 00075 711
Para cobranças duvidosasPara depreciação de existências
Reforço
55 71015 74971 459
Saldo inicial
79 77330 000
109 773
As anulações foram registadas por utilização directa das
respectivas rubricas do activo circulante.
22 - Valor das existências que se encontram fora da
Empresa
Em 31 de Dezembro de 2006, o valor das existências em
trânsito era de 221 639 euros (85 944 euros em 2005).
Relatório e Contas 06 77
23 - Dívidas de cobrança duvidosa
As dívidas que foram reconhecidas com algum risco de
cobrabilidade têm a seguinte antiguidade:
Em 31 de Dezembro de 2006, o saldo da rubrica de Ajus-
tamentos de dívidas a receber, constituído com base em critérios
económicos e fiscais, era de 55 711 euros (Nota 21).
25 - Dívidas relacionadas com o pessoal da Empresa
Os valores a receber e a pagar ao pessoal da Empresa totalizam,
no final do exercício de 2006, os montantes de 153 507 euros
e 206 euros, respectivamente (388 357 euros e 87 euros,
respectivamente, em 2005).
29 - Dívidas a terceiros - médio e longo prazo
As dívidas às instituições de crédito a vencer a médio e longo
prazo (Nota 50) resumem-se como se segue (por anos):
2006
9 11014 47221 57110 55855 711
2005
9 40312 64819 14838 57479 773
Antiguidadede 6 a 12 mesesde 12 a 18 mesesde 18 a 24 mesessuperior 24 meses
2006
98 118 803 129 242 033227 360 836
2005
103 963 927 99 733 543203 697 470
até 5 anosa mais de 5 anosTotal
78 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Como explicado na Nota 50, existe também uma dívida
registada na rubrica de “Outros credores”, cuja exigibilidade
por anos é a seguinte:
2006
-51 11051 110
4 268106 488
2005
51 11051 11051 110
4 268157 598
2006200720082009
Em 28 de Agosto de 2003, foi celebrado com o Banco Comercial
Português um contrato de cessão de créditos através do qual
a EDA cedeu os créditos emergentes do contrato relativo à
convergência tarifária de energia eléctrica.
Em 31 de Dezembro de 2006, os créditos cedidos e ainda não
pagos e os encargos vincendos, no montante de 22 854 344
euros, são mostrados na rubrica de “Outros empréstimos
obtidos”, e serão pagos em 40 prestações trimestrais de 816
227 euros, tendo-se vencido a primeira em de 31 de Março
de 2004.
Os juros vencidos desta dívida até 31 de Dezembro de 2006,
no montante de 680 282 euros, são mostrados na rubrica de
“Custos e perdas financeiras” (Nota 45).
A liquidação desta dívida resume-se por anos como segue:
3 264 9063 264 9063 264 906
13 059 62622 854 344
2007200820092010 a 2013
Relatório e Contas 06 79
31 - Compromissos financeiros
Fundo de pensões
Em conformidade com os estudos actuariais reportados a 31
de Dezembro de 2006 e 2005, as responsabilidades da EDA
com pensões e complementos de pensões de reforma eram,
com base nos pressupostos actuariais abaixo indicados, nessa
data, as seguintes:
Relativamente às responsabilidades com trabalhadores no
activo por serviços futuros o valor actual, em 31 de Dezembro
de 2006, era de 5 705 551 euros (5 345 626 euros em 2005).
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o número de participantes
abrangidos pelo plano de pensões de reforma era o seguinte:
2006
35 332 209 9 753 86345 086 072
2005
35 725 672 9 589 47045 315 142
Valor actual das responsabilidades com trabalhadores reformadosValor actual das responsabilidades com trabalhadores no activo, por serviços passados
2006
354677
1 031
2005
352691
1 043
Reformados e pensionistasTrabalhadores no activo
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 existiam 223 e 226
pensionistas respectivamente não abrangidos pelo Fundo de
Pensões.
80 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Os estudos actuariais acima mencionados quantificam o valor
actual das responsabilidades por serviços passados de acordo
com os seguintes pressupostos que se mantiveram sem alteração
nessas datas:
TV 73/77EVK 80
5,0%5,0%2,5%2,0%2,5%2,0%
Unidade de crédito Projectada
Tábua de mortalidadeTábua de invalidezTaxa técnica de rendimentoTaxa técnica de actualizaçãoTaxa de crescimento dos saláriosTaxa de crescimento das pensõesTaxa de crescimento das remunerações (S. Social)Taxa de inflaçãoMétodo
Durante o exercício de 2006 as responsabilidades determinadas
com base nos pressupostos definidos pela EDA e pelo Actuário
tiveram a seguinte evolução:
2006
43 315 142
2 265 757 331 8752 597 632
(2 404 582) (422 120)(2 826 702)45 086 072
2005
42 846 047
2 142 302 407 7472 550 049
(2 443 918) 2 362 964
(80 954)43 315 142
Saldo em 1 de JaneiroCustos com pensões
Custo do juroCusto dos serviços correntes
Menos:Pensões em pagamentoGanhos e perdas actuariais do ano
Durante o exercício de 2006, o património do fundo de
pensões teve a seguinte evolução:
2006
18 504 8771 269 4881 115 261
(961 481)19 928 145
2005
14 823 9103 769 150 875 995
(964 178)18 504 877
Saldo no início do anoContribuições do anoRendimento dos activos (ganho)Pensões pagas no ano (Nota 52)
Relatório e Contas 06 81
O total das responsabilidades ainda não financiadas é evidenciado
como segue:
Em referência a 31 de Dezembro de 2006, o custo com
pensões contabilizado na rubrica de custos com pessoal foi
apurado como segue:
2006
331 8752 265 757
(1 115 261) (422 120) 1 060 251
2005
407 7472 142 302(875 995)2 362 9644 037 018
Custo dos serviços correntesCusto dos jurosRetorno dos activos (ganhos)(Ganhos) e perdas actuariais do ano
Em 31 de Dezembro de 2006, o património do Fundo de
Pensões Aberto AÇOR SEGURO - EMPRESAS apresentava
a seguinte composição:
O fundo de pensões está integrado no Fundo de Pensões
Aberto AÇOR SEGURO – EMPRESAS, cujo valor de unidade
de participação era de 6,0118 euros em 31 de Dezembro de
2006 (5,6626 euros em 2005).
2006
26 810 26525 157 927
2005
28 022 13826 810 265
Saldo no início do períodoSaldo no final do período
2006
1 101 1879 740 5281 185 2181 236 5933 551 917
-2 263 830
848 87219 928 145
2005
3 086 7456 645 7481 260 595
395 9523 293 7441 572 2082 244 628 5 257
18 504 877
Disponibilidades e outrosFundos de investimentoDívida PúblicaAcçõesObrigaçõesTítulos de ParticipaçãoImóveisOutros
82 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Instrumentos financeiros derivados
Em 31 de Dezembro de 2006 a EDA tinha contratado os
seguintes instrumentos financeiros derivados, com o objectivo
de reduzir o risco a que se encontra exposto um contrato de
financiamento (empréstimo obrigacionista no montante de
50 000 000 euros):
i) 3 contratos “swap” de taxa de juro, que têm exclusivamente
o objectivo de gerir o risco a que se encontra exposto o
referido contrato de financiamento;
ii) 5 contratos de opções sobre taxa de juro, que se enquadram
na estratégia da EDA de gerir o risco a que se encontra
exposto o contrato de financiamento acima referido.
Em 31 de Dezembro de 2006 a EDA tinha contratado os se-
guintes 3 “swaps” de taxa de juro (Nota 3 m):
Justo valor em31/12/2006
263 848*
28 486
345 755
Valorde referência
15.000.000
10.000.000
20.000.000
Períodosde liquidação
Períodos de contagem de juros: 15 de Junho e15 de Dezembro, com vencimento em Junho de2010. Liquidação anual de juros em Dezembro.
Períodos de contagem de juros: 18 de Agosto e18 de Fevereiro, com vencimento em Agosto de2011. Liquidação semestral de juros.
Períodos de contagem de juros: 18 de Agosto e18 de Fevereiro, com vencimento em Agosto de2011. Liquidação semestral de juros.
Recebimento/Pagamento
EDA paga juros Eur_12M in arrears.Recebe juros Eur_6M.
EDA paga juros a 3,61% se a Eur_6M for menorque 4,5%, senão paga Eur_6M menos 0,1%.Recebe juros Eur_6 M.
EDA paga juros mínima [Eur_6M; 3,75%] mais0,02*N em que N é o número de dias, no 1ºperíodo de contagem, em que Eur_12M ficar forado intervalo [3,30%, 4,215%], em 31-12-2006N=0.Recebe juros Eur_6M.
* Justo valor do conjunto das operações (swap e opções)
Relatório e Contas 06 83
Em 31 de Dezembro de 2006, a EDA tinha contratado as
seguintes opções de taxa de juro, (Nota 3 m)):
Períodosde liquidação
15 de Junho de 2006 a15 de Junho de 2010
Justovalor em
31/12/2006
*
Natureza
Swaption Bermuda- venda
TaxaVariável
Eur_12Min arrears
Taxa Fixa
2,95%
Valor dereferência
15.000.000
O valor líquido dos juros associados aos contratos swaps de
taxa de juro é de 183 984 euros (em 2005 – 112 872 euros)
e estão registados na rubrica de Custos e perdas financeiras.
Outros
Em 31 de Dezembro de 2006, existiam os seguintes com-
promissos financeiros:
1 239 27213 983 11015 222 382
Mercadorias encomendadas a fornecedoresEncargos assumidos com equipamento encomendado e empreitadas adjudicadas
32 - Garantias prestadasA responsabilidade por garantias prestadas em 31 de Dezembro
de 2006 resume-se como segue:
Períodosde liquidação
15 de Junho de 2007
15 de Junho de 2008
15 de Junho de 2009
15 de Junho de 2010
Justovalor em
31/12/2006
*
*
*
*
Natureza
Cap knock-out- compraCap knock-out- compraCap quanto- vendaCap knock-out- compra
TaxaKnock-out
5,00%
5,25%
5,50%
5,75%
TaxaCAP/Floor
3,35%
3,35%
3,35%
3,35%
Valor dereferência
15.000.000
15.000.000
15.000.000
15.000.000
Taxareferência
Eur_12Min arrearsEur_12Min arrearsEur_12Min arrearsEur_12Min arrears
84 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
- à Navegação Aérea de Portugal - NAV,E.P.E., relativo a 5%
do valor do contrato de fornecimento e montagem de
quadros de distribuição para o parque habitacional de Santa
Maria, no montante de 1 440 euros (1 440 euros em 2005).
- à Câmara Municipal de Ponta Delgada destinada a caucionar
a pontual execução da abertura de valas em Ponta Delgada
destinadas à instalação de cabos de média tensão, no montante
de 30 920 euros (30 920 euros em 2005).
- ao Fundo Regional de Apoio às Actividades Económicas,
actualmente Fundo Regional de Coesão, destinada a caucionar
10% do contrato de electrificação da Fajã de São João e da
Fajã da Caldeira do Santo Cristo na ilha de S. Jorge no
montante 45 000 euros.
A EDA, constituiu-se fiadora do empréstimo bancário contraído
pela GLOBALEDA e que, em 31 de Dezembro de 2006,
ascendia a 174 000 euros (174 000 euros em 2005).
O empréstimo bancário celebrado com o Banco Europeu de
Investimento, no montante de 70 milhões de euros, é destinado
a financiar projectos a desenvolver pela EDA e as suas
participadas. Em 31 de Dezembro de 2006, os desembolsos
realizados estavam assim repartidos:
36 - Capital social
O capital social da EDA está integralmente subscrito e realizado,
sendo representado por 14 000 000 acções escriturais
nominativas e/ou portador, com o valor nominal de 5 euros
cada uma.
55 000 00013 000 000 2 000 00070 000 000
EDASOGEOEEG
Relatório e Contas 06 85
40 - Movimentos nas rubricas do capital próprio
O movimento ocorrido nas rubricas do capital próprio resume-
-se como segue:
Por deliberação da Assembleia Geral de 28 de Abril de 2006
a aplicação dos resultados do exercício findo em 31 de
Dezembro de 2005 foi como se segue:
600 0009 609 635
10 209 635
Reserva legalResultados transitados
37 - Detentores do capital social
As acções representativas do capital social subscrito e realizadas
são detidas integralmente pelas seguintes entidades:
Acções
7 014 0005 558 1201 400 000 27 880
14 000 000
Capital (%)
50,1039,7010,00 0,20
100,00
Região Autónoma dos AçoresESA - Energia e Serviços dos Açores, SGPS, S.A.EDP - Gestão da Produção de Energia, S.A.Outros
SaldoFinal
70 000 000306 112
1 176 7561 600 000
100 91119 235
226 6502 069 646
75 499 310 8 771 79884 271 109
Capital socialAjustamentos de partes de capitalReservas de reavaliaçãoReservas legaisReserva para investimentosReserva para fins sociaisReservas especiaisResultados transitados
Resultado líquido do exercício
Outrasvariações
--
47 394----
(47 394)-
8 771 7988 771 798
Aplicaçãodo resultado
---
600 000---
9 609 63510 209 635
(10 209 635) -
Saldoinicial
70 000 000306 112
1 129 3621 000 000
100 91119 235
226 650(7 492 595)65 289 675 10 209 635 75 499 310
86 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
A transferência entre a rubrica “Reservas de reavaliação” e a
rubrica “Resultados transitados”, no montante de 47.394 euros,
corresponde à variação ocorrida (diminuição) no imposto
diferido passivo relativa às reservas de reavaliação que foram
realizadas no decurso do exercício. Em 31 de Dezembro de
2006, o saldo da rubrica “Reservas de reavaliação” de 1 176 757
euros está deduzida de impostos diferidos passivos, no montante
de 510 274 euros (Nota 6).
41 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas
O custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas nos
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005 foi
determinado como segue:
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do
resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da
reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do
capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de
liquidação da EDA, mas pode ser utilizada para absorver
prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada
no capital.
A reserva de reavaliação do imobilizado corpóreo resulta das
reavaliações efectuadas nos termos da legislação aplicável (No-
ta 12). De acordo com a legislação vigente e as práticas
contabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são
distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas
circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital
da EDA ou em outras situações especificadas na legislação.
2006
4 410 32874 507 377(4 883 724)74 033 981
2005
4 894 18459 784 298(4 410 328)60 268 154
Existências iniciaisComprasExistências finaisCusto do exercício
Os consumos do ano são assim repartidos:
2006
10 246 32455 418 421 8 369 23674 033 981
2005
8 958 11343 291 900 8 018 14160 268 154
Energia eléctrica (Nota 16)CombustíveisOutros
Relatório e Contas 06 87
43 - Remuneração dos órgãos sociais
Em 2006, as remunerações atribuídas ao Conselho de
Administração totalizaram 363 033 euros (345 959 euros em
2005).
44 - Vendas e prestações de serviços
As rubricas de “Vendas” e de “Prestações de serviços” podem
ser resumidas conforme segue:
25 221 65954 101 533 1 600 34647 533 985
816 1651 909 889
23 001 30650 026 329 1 528 83144 694 295
570 5882 103 504
119 250 761
2 674 092121 924 853
Vendas de electricidadeEm Média tensãoEm Baixa tensãoEnergia em contadores (Nota 52)
Ajustamentos de tarifário
Prestações de serviçosDe electricidadeDe outros
128 457 523
2 726 054131 183 577
O movimento do custo das vendas e das prestações de serviços,
conforme demonstração dos resultados por funções, resume-se
como segue:
2006
74 033 981 28 646 164102 680 145
2005
60 268 15429 821 07990 089 233
ConsumosOutros encargosCusto das vendas e das prestações de serviços
20052006
88 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Conforme explicado na Nota 3 i), os custos associados à
convergência do tarifário são anualmente fixados pela ERSE,
que liquidou, numa base provisória, o montante de 33 634 709
euros em referência ao exercício findo em 31 de Dezembro
de 2006. Adicionalmente, encontra-se também registada nesta
rubrica o ajustamento definitivo dos custos associados à
convergência do tarifário relativa ao exercício de 2005 no
montante de 7 918 578 euros, que resultou da revisão final
realizada pela ERSE (Nota 52), bem como, 5 980 698 euros
relativos à diferença tarifária acumulada relativa à limitação de
acréscimos das tarifas de BT em 2006, a recuperar entre 2008
e 2017 na tarifa UGS, montante já adiantado pela REN (Nota
50 e 52).
45 - Demonstração dos resultados financeiros
Os resultados financeiros resumem-se como se segue:
2006
9 064 794357
--
644 0479 709 198
429 26040 533
3 259 139269 688
2 734 7026 733 322
(2 975 876)
2005
7 796 288811
44 10698
655 5258 496 828
1 772 77174 681
2 434 611182 376
796 5615 261 000
(3 235 828)
Custos e perdasEncargos financeiros suportados (Nota 29 e 52)Perdas em empresas do grupo e associadas (Nota 10)Amortização de trespassesDiferenças de câmbio desfavoráveisOutros custos e perdas
Proveitos e ganhosJuros obtidos:
debitados a clientes e outrosde empresas do grupo (Nota 16)
Ganhos em empresas do grupo e associadas (Nota 10)Rendimentos de participações de capital – dividendos (Nota 16)Outros proveitos e ganhos (Nota 52)
Resultados financeiros
Em Proveitos e ganhos financeiros estão registados 680 282
euros respeitantes aos encargos com o contrato de cessão de
crédito (Nota 52), e o montante de juros de 2 054 420 euros
relativos ao acerto final da diferença tarifária de 2004, 2005
e 2006 realizado pela ERSE (Nota 44). Em 2005, foram registados
a este respeito 116 279 euros.
Relatório e Contas 06 89
O valor líquido de 3 201 032 euros dos ganhos e das perdas
em empresas de grupo e associadas em 31 de Dezembro de
2006 e 2005 têm a seguinte composição (Nota 10):
2006
1 211 9681 395 019
225 889159 384
(357)2 991 903
104 04495 361
9 724 209 1293 201 032
2005
1 315 801593 89267 596
222 174 (811)2 198 652
127 48554 551
30 824 212 8602 411 512
EMPRESAS DO GRUPOEEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda.SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A.GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A.SEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda.GEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A.
EMPRESAS ASSOCIADASNORMA-AÇORES – Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A.CONTROLAUTO-AÇORES - Controlo Técnico de Automóveis, Lda.ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
46 - Demonstração dos resultados extraordinários
Os resultados extraordinários resumem-se como se segue:
2006
13 651-
1 1392 4901 000
27 5972 062
- 2 52550 464
-32 914
234 422112 69148 666
3 966 1254 394 818
(4 344 354)
2005
72 31056 76413 12473 968
70170 60111 60763 677
3 700366 452
3 30860 570
---
3 987 8444 051 722
(3 685 270)
Custos e PerdasDonativosDívidas incobráveisPerdas em existênciasPerdas em imobilizaçõesMultas e penalidadesOutras penalidades contratuaisCorrecções relativas a exercícios anterioresInsuficiência de estimativa para impostosOutros custos e perdas extraordinárias
Proveitos e GanhosGanhos em existênciasGanhos em imobilizaçõesBenefícios de penalidades contratuaisCorrecções relativas a exercícios anterioresExcesso de estimativa para impostosOutros proveitos e ganhos extraordinários
Resultados extraordinários
90 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
à EDA, sendo que os valores de emissões apresentados pelas
empresas estão sujeitos a cer tificação por uma entidade
independente. Caso as "Licenças de emissão de CO2" atribuídas
sejam inferiores às necessárias em face das emissões reais, as
empresas terão de, para além das coimas que lhe sejam
aplicadas, adquirir as licenças em falta no mercado ao preço
corrente.
No exercício de 2006, as licenças atribuídas correspondem à
emissão de 378 808 toneladas de CO2 e as emissões realizadas
totalizam cerca de 384 948 toneladas (Nota 10). O valor à
data da atribuição foi de 21,19 euros/ton, sendo em 29 de
Dezembro de 2006, o valor de mercado ("spot") de 6,48
euros/ton. Durante o ano, foram adquiridas 6 000 toneladas
de licenças de emissão, ao valor unitário de 24,83 euros/ton.
A Administração entende que não ocorrerão multas, coimas
e sanções acessórias relacionadas com a emissão de gases de
estufa durante o ano de 2006.
49 - Estado e outros entes públicos
Os saldos devedores e credores desta natureza resumem-se
como se segue:
A rubrica “Outros proveitos e ganhos extraordinários” contempla
a quota parte das comparticipações financeiras (subsídios ao
investimento) registada em resultado no exercício de 2006,
no montante de 3 965 863 euros (Nota 52).
48 - Informações sobre matérias ambientais
No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia
comprometeu-se em reduzir a emissão de gases de efeito de
estufa. Neste contexto, a Directiva Comunitária que prevê a
comercialização das chamadas "Licenças de emissão de CO2",
foi transposta para a legislação portuguesa com aplicação a
partir de 1 de Janeiro de 2005, entre outros, ao sector da
produção termoeléctrica.
O Governo Português no contexto dessa legislação, procedeu
em 2005 e para o triénio 2005 - 2007 à entrega de 1 136 424
toneladas a título gratuito das "Licenças de emissão de CO2"
2006
6 000 000 113 6416 113 6411 600 9467 714 587
-177 386438 554 20 799636 739
2005
4 800 000 111 5354 911 535 -4 911 535
771 218244 759415 200
17 6771 448 854
Saldos devedoresImposto sobre valor acrescentado (IVA):
Reembolsos pedidosA recuperar
IRC a recuperar
Saldos credoresIRC a pagarIRS – retenções na fonteTaxa social únicaOutros
Relatório e Contas 06 91
A composição da rubrica de IRC a pagar é a seguinte:
19 200(1 555 971) ( 64 175)(1 600 946)
EEstimativa de impostos do anoPagamentos por contaRetenções na fonte
50 - Outros devedores e credores
Na rubrica de “Outros devedores” está registado o montante
de 801 606 euros, que transita de anos anteriores, devido pela
Secretaria Regional da Economia, referente ao processo de
normalização da estrutura económica - financeira da EDA do
ano de 1991.
A rubrica de “Outros credores” inclui os seguintes montantes:
2006
370 995106 488752 086
1 031 0506 219 926 195 4718 676 016
2005
176 668157 598779 431
--
186 4111 300 108
RDP – Taxas de radiodifusãoANA, S.A.Cauções recebidas de clientesAlienação terrenos da antiga sede (Nota 10)Adiantamento da REN (Nota 52)Credores diversos
O saldo devido à Aeroportos e Navegação Aérea, - ANA, E.P.
resulta da cedência da Central Termoeléctrica do Aeroporto
de Santa Maria, pelo valor global de 548 678 euros, que será
liquidado em prestações mensais de 4 259 euros, vencendo-
se a última em 1 de Janeiro de 2009, sem qualquer encargo
adicional (Nota 29). Do saldo total a pagar a esta entidade, o
montante de 55 378 euros encontra-se evidenciado no Balanço
em dívidas a terceiros de médio e longo prazo.
92 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
51 - Empréstimos bancários e outros empréstimos
obtidos
Compreendem:
Facilidades bancárias
Estes empréstimos têm vencimento fixado para 2007, com a
taxa de juro de 3,86% e 4,13%.
Empréstimos por obrigações
Consiste numa emissão de 5 000 000 obrigações escriturais
ao portador com valor nominal unitário de 10 euros e que
vence juros à taxa Euribor a 6 meses acrescida de 0,275%
(3,699%). Este empréstimo obrigacionista é integralmente
reembolsável em 2013.
Créditos financeiros e créditos cedidos
Curto prazo(Até 1 ano)
19 225 672-
63 452 977 3 264 90685 943 555
Médioe longo prazo
(Mais de 1 ano)
-50 000 000
157 771 398 19 589 438227 360 836
Facilidades bancáriasEmpréstimos por obrigaçõesCréditos financeirosCréditos cedidos (Nota 29)
Curto prazo(Até 1 ano)
57 631 2503 264 906
5 821 72866 717 884
Médioe longo prazo
(Mais de 1 ano)
50 000 00019 589 438
107 771 398177 360 836
Mercado internoEmpréstimos bancários directos e programas de emissões de papel comercial
por oferta privada de subscrição contraídos no mercado interno,vencendo juros a taxas anuais compreendidas entre 3,648% e 3,92%e reembolsáveis até 2013, inclusive.
Outros empréstimos obtidos – Contrato de cessão de crédito (Nota29)
Mercado externoEmpréstimos contraídos no mercado externo, vencendo juros a taxas anuais
compreendidas entre 3,44% e 7,8%, ocorrendo o seu reembolso até 2020.
Relatório e Contas 06 93
O prazo dos programas de emissões de papel comercial que,
no final do ano, totalizavam 98 881 250 euros, é de um ano,
renovável automaticamente por iguais períodos (até ao máximo
de 5 anos). Com excepção dos que finalizam em 2007 que
são mostrados como exigíveis de curto prazo (56 381 250
euros), os restantes programas de emissões de papel comercial
são evidenciados no passivo a médio e longo prazo, porque
normalmente a empresa procede à renovação desses contratos
durante o seu período de vigência. Destes montantes 35 131 250
euros foram contraídos como antecipação do subsídio à tarifa
de 2006.
Em relação a certos empréstimos, a EDA obrigou-se a prestar
a favor das instituições de crédito o aval e/ou carta conforto
do Governo Regional dos Açores e/ou do Governo da República
como garantia dos valores mutuados. Os montantes a liquidar
em 31 de Dezembro de 2006 dos empréstimos nesta situação
eram respectivamente de 143 593 126 euros e 8 593 126
euros (134 398 837 euros e 11 394 837 euros, respectivamente,
em 2005).
Sobre as operações de financiamento avalizadas pelo Governo
da República e Governo Regional incide uma taxa de aval de
0,2% e 0,1% respectivamente.
94 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
52 - Acréscimos e diferimentos
A decomposição dos saldos de acréscimos e diferimentos
evidenciados no balanço em 31 de Dezembro de 2006 é
conforme segue:
Acréscimos de proveitos
2006
1 600 346
26 448 26748 179 0766 219 926
28 808 650 91383 127 336
2005
1 528 831
26 238 2824 571 369
-480 486
72 07032 891 038
Energia a facturar (Nota 44)Custos associados à convergência tarifária:
De anos anteriores (Nota 51)De 2004 a 2006 (Nota 44)
Energia a facturar a clientes em data a definir pela ERSESubsídios para o investimentoProveitos financeiros e outros
Em Maio de 2003, a EDA celebrou com o Governo da República
e o Fundo Regional de Apoio às Actividades Económicas um
contrato relativo à convergência tarifária de energia eléctrica,
no qual se estabelecem as regras relativas ao pagamento dos
custos acrescidos de produção e distribuição de energia eléctrica
dos anos de 1998 a 2002 que foram estimados em 31 449 431
euros (o valor definitivo ainda não foi calculado pela ERSE).
De acordo com o contrato, este montante será pago em 40
prestações trimestrais e sem juros, no montante de 784 833
euros, contadas a partir de 2004 (sem incluir a prestação que
se venceu em 2003, no montante de 56 101 euros). Das
prestações vencidas de 2003 a 2006 no montante de,
aproximadamente 9 417 998 euros, apenas foram recebidos
no corrente ano 470 297 euros.
Em 31 de Dezembro de 2006, o valor actual desta dívida foi
estimado em 26 448 267 euros tendo a correspondente varia-
ção ocorrida em 2006 nesta rubrica, no montante de 680 282
euros, sido registada na rubrica “Proveitos e ganhos financeiros
– Outros” (Nota 45).
Relatório e Contas 06 95
O Estado comprometeu-se, nos termos do contrato de
convergência, a que se as verbas acima referidas não vierem
a ser inscritas no Orçamento de Estado pagará à EDA juros
de mora sobre as parcelas em dívida não orçamentadas, a
partir da data em vigor do orçamento de cada ano.
Os custos associados à convergência tarifária mostrados nesta
rubrica resultam de:
Juros
235 225573 018
1 362 4552 170 698
Total
4 690 3168 491 596
34 997 16448 179 076
Ano
20042005 (Nota 44)2006 (Nota 44)
Custos
4 455 0917 918 578
33 634 70946 008 378
Como explicado na Nota introdutória do Anexo, estes custos
e os previstos para o ano de 2007 e os respectivos encargos
financeiros, no total de 112 564 980 euros serão incorporados
nas tarifas de Uso Global do Sistema (UGS), em prestações
iguais, durante um período de 10 anos, contados a partir de
1 de Janeiro de 2008.
Custos diferidos
2006
1 193 3354 530 867 22 1675 746 369
2005
882 5785 211 150 40 5676 134 295
Encargos com empréstimos bancários e outrosEncargos com o contrato de cessão de créditoOutros custos diferidos
Os encargos com o contrato de cessão de crédito, no montante
de 4 530 867 euros, dizem respeito aos juros vincendos e a
comissões associadas a esta cessão (Nota 29 e 45). O total
de encargos registados a este respeito em resultados na rubrica
de Custos e perdas financeiras perfaz o montante de 680 282
euros (em 2005 - 680 282 euros).
96 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Acréscimos de custos
2006
26 928 8702 638 187
350 0002 191 602
- 150 22632 258 885
2005
26 810 2652 691 625
350 0001 106 220
7 321 196 45631 161 887
Fundo de pensões (Nota 31)Encargos com férias e subsídio de fériasGratificações ao pessoalJuros de empréstimos a liquidarEstimativa de custos a facturar de obras encerradasOutros acréscimos de custos
Na rubrica designada Fundo de Pensões está registado o
montante de 25 157 927 euros respeitantes às responsabilidades
com pensões de reforma ainda não financiadas determinadas
com base nos pressupostos actuariais descritos na Nota 31,
acrescido de 1 770 943 euros, referente ao efeito da alteração
da taxa técnica de actualização de 5% para 4,75%.
Proveitos diferidos
Esta rubrica inclui Subsídios para o investimento, cujo movimento
em 2006 foi o seguinte:
Transferênciapara resultados
(975 792)(2 681 250)
(308 821)(3 965 863)
Saldo finallíquido
13 456 93649 060 8908 647 784
71 165 610
Comparticipações recebidas do Governo Regionale de terceiros no custo de empreendimentos
Comparticipações comunitáriasActivos cedidos (Nota 10)
Saldo iniciallíquido
13 006 22951 298 5775 541 690
69 846 496
Aumentos
1 426 499 443 5633 414 9155 284 977
Do total das comparticipações comunitárias diferidas em 2006
e anos anteriores, ainda se encontra por liquidar o montante
de 28 808 euros, o qual é evidenciado na rubrica “Acréscimos
de proveitos”.
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Maria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha AmaralFrancisco Manuel Sousa Botelho
Maria José Martins GilMário Duarte Carreira Mendes
Jaime Carvalho de MedeirosAlberto Manuel Rebelo Carreiro
Gualter José Andrade FurtadoAntónio Manuel Barreto Pita de Abreu
António Jorge Flores Vasquez
Relatório e Contas 06 97
53 - Trabalhos para a própria Empresa
Esta rubrica inclui os seguintes montantes:
54 - Caixa e seus equivalentes
Em 31 de Dezembro de 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
2006
7 704 9971 539 5269 244 523
2005
8 678 2541 403 141
10 081 395
Encargos capitalizadosEncargos financeiros (Nota 10)
2006
5 6091 371 1711 376 780
(31 672)1 345 108
2005
6 455899 888906 343
(846 713) 59 630
NumerárioDepósitos bancários imediatamente mobilizáveis
Contas correntes caucionadas e Depósitos bancários(saldos credores)
98 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
2. Apreciação e certificação de contas individuais
Senhores Accionistas,
Em cumprimento dos preceitos legais e estatutários, e tendo
examinado oportunamente o Relatório do Conselho de
Administração, o Balanço, a Demonstração dos Resultados por
naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa
e o respectivo Anexo da Electricidade dos Açores, S.A.
respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006,
vem o Fiscal Único submeter a vossa apreciação o seu relatório.
1. No desempenho das funções que lhe são cometidas, o Fiscal
Único procedeu com resultados satisfatórios e com a
frequência e a extensão que entendeu necessárias, a uma
revisão geral dos procedimentos contabilísticos e a outros
elementos comprovativos.
2. O Fiscal Único acompanhou, também, com a devida
regularidade a gestão da actividade da Empresa, tendo obtido
do Conselho de Administração todos os elementos,
esclarecimentos e informações necessárias ao cumprimento
das funções que lhe competem.
3. O Fiscal Único, considera que o Relatório de gestão foi
elaborado em conformidade com os parâmetros referidos
no artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, indicando
de forma clara a actividade desenvolvida e a evolução
previsível da Empresa.
4. Consideramos que as demonstrações financeiras preparadas
pelo Conselho de Administração satisfazem os preceitos
legais e estatutários, reflectem a posição dos registos
contabilísticos no fecho do exercício.
5. Os critérios valorimétricos adoptados na preparação das
contas são os constantes do Anexo ao Balanço e à
Demonstração dos Resultados por naturezas e correspondem
à correcta avaliação do património social e estão em
conformidade com os requisitos legais.
6. Emitimos, nesta data, o Relatório anual sobre a actividade
fiscalizadora, bem como a Certificação Legal das Contas.
7. Em face do que antecede, o Fiscal Único deliberou formular
o parecer que se anexa, o qual deve ser publicado para
cumprimento da lei.
Ponta Delgada, 26 de Abril de 2007
O FISCAL ÚNICO
UHY – A. PAREDES E ASSOCIADOS, SROC, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
representada por:
Manuel Luís Fernandes Branco (ROC 652)
Relatório do Fiscal Único(Contas individuais)
Relatório e Contas 06 99
Senhores Accionistas,
Procedemos à acção fiscalizadora da Electricidade dos Açores,
S.A., nos termos do artigo 420º do Código das Sociedades
Comerciais, em resultado da qual somos de parecer que:
(a) Aproveis o Relatório, o Balanço, a Demonstração dos
Resultados por naturezas e por funções, a Demonstração
dos fluxos de caixa e o correspondente Anexo preparados
pelo Conselho de Administração com referência ao exercício
findo em 31 de Dezembro de 2006; e
(b) Aproveis a proposta do Conselho de Administração sobre
a aplicação de resultados do exercício.
Ponta Delgada, 26 de Abril de 2007
O FISCAL ÚNICO
UHY – A. PAREDES E ASSOCIADOS, SROC, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
representada por:
Manuel Luís Fernandes Branco (ROC 652)
Parecer do Fiscal Único(Contas individuais)
100 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
financeiras estão isentas de distorções materialmente
relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação,
numa base de amostragem, do suporte das quantias e
divulgações constantes das demonstrações financeiras e a
avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios
definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua
preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as
políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo
em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade
do princípio da continuidade; e (iv) a apreciação sobre se é
adequada, em termos globais, a apresentação das
demonstrações financeiras.
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da
concordância da informação financeira constante do relatório
de gestão com as demonstrações financeiras.
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base
aceitável para a expressão da nossa opinião.
Reserva
7. Como explicado na Nota introdutória do Anexo, os custos
anuais com a convergência tarifária poderão ser sujeitos a
acertos decorrentes dos desvios entre o orçamento e os
custos reais e da revisão da ERSE às contas reguladas
apresentadas pela Empresa. As últimas contas reguladas
aprovadas definitivamente reportam-se a 31 de Dezembro
de 2005, tendo os ajustamentos tarifários de 7.918.578 euros
apurados em referência a esse exercício sido registados em
2006 como proveitos na rubrica de Vendas (Nota 44). Os
ajustamentos tarifários para o ano de 2006 estão estimados
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da
Electricidade dos Açores, S.A., as quais compreendem o
Balanço em 31 de Dezembro de 2006, (que evidencia um
total de balanço de 537.721.796 euros e um total de capital
próprio de 84.271.109 euros, incluíndo um resultado líquido
de 8.771.798 euros), a Demonstração dos resultados por
naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa
do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a
preparação de demonstrações financeiras que apresentem
de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da
Empresa e o resultado das suas operações, bem como a
adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e
a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião
profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas
demonstrações financeiras.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com
as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão da Ordem dos
Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo
seja planeado e executado com o objectivo de obter um
grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações
Certificação Legal das Contas(Contas individuais)
Relatório e Contas 06 101
em 23.593.706 euros(dos quais, 5.980.698 euros foram
contabilizados em 2006). Caso fosse observada uma adequada
especialização de exercícios no reconhecimento dos
ajustamentos tarifários, os proveitos no ano seriam acrescidos
em 17.613.008 euros e, consequentememte, os resultados
do ano seriam superiores em 14.222.504 euros.
Opinião
8. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos do assunto
mencionado no parágrafo 7 acima, as demonstrações
financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e
apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes,
a posição financeira da Electricidade dos Açores, S.A., em
31 de Dezembro de 2006, o resultado das suas operações
e os fluxos de caixa no exercício findo nesta data, em
conformidade com os princípios contabilísticos geralmente
aceites.
Ênfase
9. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior,
chamamos a atenção para o facto de que as prestações
vencidas de 2003 a 2006 do contrato relativo à convergência
tarifária de energia eléctrica dos anos de 1998 a 2002, no
montante aproximado de 8.947.701 euros, ainda não foram
liquidadas pelo Governo da República. Em 31 de Dezembro
de 2006, o valor actual desta dívida foi estimado em 26.448.267
euros e encontra-se registado na rubrica de Acréscimos de
proveitos (Nota 52). Como mencionado na Nota 50 do
Anexo às demonstrações financeiras, encontra-se também
por liquidar o saldo de 801.606 euros devido pela Secretaria
Regional da Economia referente ao processo de normalização
da estrutura financeira do ano de 1991.
Ponta Delgada, 26 de Abril de 2007
O FISCAL ÚNICO
UHY – A. PAREDES E ASSOCIADOS, SROC, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
representada por:
Manuel Luís Fernandes Branco (ROC 652)
102 Relatório, Proposta de Aplicação de Resultados e Contas Individuais
Estas Normas exigem que cumpramos com requisitos
éticos e planeemos e executemos a auditoria com o
objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre
se as demonstrações financeiras não contêm distorções
materialmente relevantes.
4. Um exame envolve a execução de procedimentos destinados
a obter prova de auditoria sobre as quantias e divulgações
constantes das demonstrações financeiras. Os procedimentos
seleccionados dependem do julgamento do auditor/revisor,
incluindo a avaliação dos riscos de distorção material das
demonstrações financeiras, quer devido a fraude quer a
erro. Ao efectuar essas avaliações de risco, o auditor
considera o controlo interno relevante para a preparação
e apresentação apropriada das demonstrações financeiras
pela Sociedade a fim de conceber procedimentos de
auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas
não com a finalidade de expressar uma opinião sobre a
eficácia do controlo interno da Sociedade. Uma auditoria
também inclui a avaliação da adequação das políticas
contabilísticas usadas e da razoabilidade das estimativas
contabilísticas efectuadas pela Administração, bem como
a avaliação sobre se é adequada, em termos globais, a
apresentação das demonstrações financeiras.
5. Entendemos que a prova de auditoria que obtivemos é
suficiente e apropriada para proporcionar uma base para
a nossa opinião.
Reservas
6. A Empresa procedeu à contabilização dos encargos com
benefícios de reforma de acordo com os critérios e
pressupostos consistentes com os do exercício anterior.
1. Examinámos as Demonstrações Financeiras anexas da EDA
– Electricidade dos Açores, S.A., as quais compreendem o
Balanço em 31 de Dezembro de 2006, (que evidencia um
total de 537.721.796 euros e um total de capital próprio
de 84.271.109 euros, incluindo um resultado líquido de
8.771.798 euros), as Demonstrações dos resultados, por
naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de
caixa do exercício findo naquela data e o correspondente
Anexo contendo um resumo das principais políticas
contabilísticas e outras notas explicativas.
Responsabilidades do Conselho de Administraçãopelas Demonstrações Financeiras
2. O Conselho de Administração é responsável pela preparação
e apresentação apropriada destas Demonstrações Financeiras
em conformidade com os princípios contabilísticos geral-
mente aceites em Portugal. Esta responsabilidade inclui: a
concepção, implementação e manutenção do controlo
interno relevante para a preparação e apresentação
apropriada de demonstrações financeiras que estejam
isentas de distorções materiais, quer devidas a fraude quer
a erro; a selecção e aplicação de políticas contabilísticas
apropriadas; e o apuramento de estimativas contabilísticas
que sejam razoáveis nas circunstâncias.
Responsabilidades do Auditor
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião
sobre estas demonstrações financeiras, baseada na nossa
auditoria. Conduzimos a nossa auditoria em conformidade
com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revi-
são/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.
Relatório de Auditoria
Relatório e Contas 06 103
Contudo, é nossa convicção que, tendo em conta as
circunstâncias presentes, o critério, deveria ter sido alterado
para o previsto na versão actualizada do normativo inter-
nacional de contabilidade, e, os pressupostos, deviam ser
revistos. Por a Empresa se encontrar a estudar a eventual
transição para os normativos internacionais de relato
financeiro (IFRS) optou por não alterar aqueles critérios e
pressupostos e, desta forma, os acréscimos passivos
encontram-se sobreavaliados em cerca de 1.054.026 euros,
os impostos (diferidos e a pagar) e os resultados do exercício
encontram-se subavaliados em cerca de 202.900 euros e
851.126 euros, respectivamente.
7. A actividade da Empresa enquadra-se no âmbito das
actividades reguladas, cujas tarifas e preços são determinados
de modo a permitirem a recuperação dos proveitos
permitidos de acordo com a regulação existente. A
regularização, em tarifas futuras, dos eventuais excessos ou
insuficiências da referida recuperação, torna necessária a
adopção de critérios que permitam registar a sua
periodificação. Por a Empresa se encontrar a estudar a
eventual transição para os normativos internacionais de
relato financeiro (IFRS) optou por não adoptar estes critérios
e, desta forma, os acréscimos activos, os impostos (diferidos
e a pagar), os resultados transitados e os resultados do
exercício, encontram-se subavaliados em cerca de 17.613.819
euros, 3.390.660 euros, 8.515.122 euros e 5.708.037 euros,
respectivamente.
Opinião
8. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos das situações
referidas nos parágrafos nºs 6 e 7 acima, as referidas
demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira
e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes,
a posição financeira da EDA – Electricidade dos Açores,
S.A. em 31 de Dezembro de 2006, o seu desempenho
financeiro e os seus fluxos de caixa do ano então findo, em
conformidade com os princípios contabilísticos geralmente
aceites em Portugal.
Ênfases
9. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior,
chamamos a atenção para o facto de que:
a) como mencionado na Nota 50 do Anexo às demonstrações
financeiras, encontra-se registado na rubrica de Outros
Devedores o montante de 801.606 euros devido pela
Secretaria Regional de Economia referente ao processo de
normalização da estrutura financeira do ano de 1991;
b) as prestações vencidas, relativas ao período compreendido
entre os anos de 2003 a 2006, do contrato relativo à
convergência tarifária de energia eléctrica dos anos de
1998 a 2002, no montante de 8.947.701 euros, ainda não
foram pagas pelo Governo da República. Como mencionado
na Nota 52, em 31 de Dezembro de 2006 o valor actual
desta dívida foi estimado em 26.448.267 euros e encontra-
se registado na rubrica de Acréscimos de proveitos.
Lisboa, 26 de Abril de 2007
PricewaterhouseCoopers & Associados, S.R.O.C., Lda.
representada por:
José Manuel Oliveira Vitorino, R.O.C
104 Relatório e Contas 06
03Relatório e Contas Consolidadas
106 Relatório e Contas Consolidadas
3.A Universo da Consolidação(Proporção directa do capital detido)
40%
90%
100%
30%
99%
99,31%
50,04%
50,13%
107Relatório e Contas 06
3.B Relatório de Gestão
108 Relatório e Contas Consolidadas
O capital das Empresas subsidiárias é maioritariamente detido
pela Electricidade dos Açores, SA, com participações directas
de 99,31%, 99,0%, 100%, 90% e 50,04%, na SOGEO, EEG,
GLOBALEDA, SEGMA, e GEOTERCEIRA, respectivamente.
As empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação pelo
método da integração global, enquanto para as empresas asso-
ciadas, NORMA-AÇORES, CONTROLAUTO e ONIAÇORES,
foi utilizado o método da equivalência patrimonial.
Empresas incluídas na consolidação
O objecto principal da Electricidade dos Açores, S.A. e das
suas subsidiárias, incluídas na consolidação de contas, é a
produção, aquisição, transporte, distribuição e venda de energia
eléctrica, bem como o exercício de outras actividades rela-
cionadas com aquelas, e também com prestação de serviços
de telecomunicações e sistemas de informação e concepção
e elaboração de projectos de consultadoria de engenharia,
gestão e manutenção de instalações industriais.
Resultadolíquido de
2006 (mil €)
1 404,71 194,3
225,9
177,1
-7,1
112,2
317,924,3
Var.2006/05
(%)
129,5-7,5
234,2
-28,3
-56,0
-43,8
74,8-68,5
Pelo método de integração global:SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A.EEG - Empresa de Electricidade e Gaz, Lda.GLOBALEDA - Telecomunicações e Sistemas
de Informação, S.A.SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão
e Manutenção, Lda.GEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica
da Terceira, S.A.
Pelo método da equivalência patrimonial:NORMA-AÇORES - Sociedade de Estudos
e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A.CONTROLAUTO - AÇORES - Inspecção Técnica
de Veículos, Lda.ONIAÇORES - Infocomunicações, S.A.
% Directa doCapital Detido
99,3199,00
100,00
90,00
50,04
50,13
30,0040,00
Resultadolíquido de
2005 (mil €)
612,21 291,1
67,6
246,9
-1,6
119,7
181,877,1
Capital Social(euros)
17 799 9706 000 000
700 000
200 000
1 000 000
400 000
300 000250 000
109Relatório e Contas 06
Dívida Financeira
No final de 2006 a dívida financeira consolidada ascendia a
cerca de 352 milhões de euros, dos quais 33 milhões de euros
tinham natureza de curto prazo e os restantes 319 milhões
de euros de médio e longo prazo.
Curto Prazo
19.2262.9549.135
-1.663
32.978
C. P. %
6,14%59,63%28,43%0,00%
100,00%9,36%
MLP%
93,86%40,37%71,57%
100,00%0,00%
90,64%
EDA, S.A. (*)EEG, Lda.Sogeo, S.A.Globaleda, S.A.Geoterceira, S.A. (**)Total(*) Dívida Directa(**) Considerada dívida total, apesar da participação no capital da Geoterceira de 50,04%
MaturidadeM. Longo Prazo
294.0792.000
23.000174
-319.253
Total
313.3044.954
32.135174
1.663352.230
(milhares de euros)
Estrutura da Díviada %
-200.000
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
SOGEO
GEOTE
RCEIR
AEE
G
GLOBA
LEDA
SEGMA
ONIA
ÇORE
S
NORM
AAÇORE
S
CONTR
OLA
UTO
2005 2006
(euros)
110 Relatório e Contas Consolidadas
A empresa Sogeo, S.A. é a empresa do grupo EDA responsável
pela produção de energia eléctrica através de infra-estruturas
de captação e transformação de calor geotérmico. Esta fonte
de energia endógena e renovável desempenha um papel
relevante na estratégia de autonomização energética dos
Açores.
A actividade da SOGEO durante o ano de 2006 foi pro-
fundamente marcada pela conclusão do programa de inves-
timento previsto para o exercício, que culminou com o arranque,
em regime experimental, da nova Central Geotérmica do Pico
Vermelho (CGPV).
A produção anual desta nova Central será de cerca de 80 GWh,
valor que mais que duplica a actual produção de electricidade
de origem geotérmica. Com esta produção adicional, o
contributo deste tipo de energia no total da produção de
electricidade da ilha de São Miguel deverá atingir, no final de
2007, o valor recorde de 40%.
Desde o lançamento dos primeiros estudos de viabilidade
deste projecto até à sua conclusão, decorreram cerca de 60
meses, tendo-se atingido, no final, um montante global de
investimento de cerca de 34,4 milhões de euros, que foi
cofinanciado pelo PRODESA em 28%.
O projecto da nova CGPV consistiu no fabrico, construção e
montagem de uma central geotérmica de 10 MW de potência
nominal e na execução de um conjunto de três poços de
produção e dois poços de injecção, além da interligação com
dois poços de produção já existentes.
No ano de 2006, a produção de energia eléctrica a partir da
utilização de recursos geotérmicos foi de 83,8 GWh, con-
tribuindo a Central Geotérmica da Ribeira Grande (CGRG)
com 72,4 GWh e a CGPV com 11,4 GWh. A contribuição da
111Relatório e Contas 06
fonte geotérmica no sistema electroprodutor de São Miguel,
durante o ano de 2006, atingiu cerca de 20,3 % da produção
total.
No âmbito das actividades de prospecção e pesquisa de
recursos geotérmicos, com o objectivo da maximização da
penetração dos recursos endógenos no sistema electroprodutor,
foi empreendida uma vasta campanha de prospecção
geoeléctrica em novas áreas da ilha de São Miguel e da ilha
do Faial, aguardando-se os resultados destes estudos para o
primeiro trimestre de 2007.
Do ponto de vista económico-financeiro, no ano de 2006, o
Resultado Líquido da SOGEO regista um valor positivo de
1 404,7 mil euros, consequência do aumento dos Proveitos em
21,1%, superior ao acréscimo dos Custos que se situou em 9,7%.
Do ponto de vista dos Proveitos, há a salientar o crescimento
do volume de negócios de 25,7%, em resultado do crescimento
das Vendas de 21,4% (+1 161 mil euros), consequência de um
aumento da produção de energia geotérmica de 18,6% (13 GWh),
e do aumento das Prestações de Serviços (348,3%), exclu-
sivamente realizados para empresas do grupo, que em 2006
totalizaram 321 734 euros, contra 71 767 euros em 2005.
Tendo em consideração os resultados atingidos no ano de
2005, a SOGEO foi distinguida com o prémio relativo ao 5º
lugar atingido no ranking das melhores empresas dos Açores,
determinado com base num conjunto alargado de critérios
económico-financeiros, prémio este que se segue ao 10º lugar
obtido no ano de 2004.
O Passivo no final do exercício de 2006, ascendia a 59 431,8
mil euros, apresentando assim um aumento face ao ano anterior
de cerca de 21,5%, a que correspondem 10 519 mil euros.
Correlacionado com esta variação, regista-se ao nível dos
Capitais Alheios, os aumentos das Dívidas a terceiros de Médio
e Longo Prazo (Dívidas a Instituições de Crédito), em cerca
de 8% (+1 750 mil euros) e das Dívidas a Terceiros de Curto
Prazo em 70,3 % (+5 495 mil euros).
É de salientar, no âmbito dos Capitais Próprios, o aumento de
8,25% (+1 404,7 mil euros) no montante deste agregado,
comparativamente a 2005. Este acréscimo é justificado pelo
Resultado Líquido obtido em 2006.
Os indicadores económico-financeiros apresentaram a seguinte
evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros
2002
72,927,173,71,4
15,751 773 098
2005
74,225,858,61,3
11,95134 845
2006
76,323,750,71,3
16,381 573 090
EndividamentoAutonomia financeira (%)Solvabilidade (%)Solvabilidade total (nº)Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)Resultado Operacional - EBIT (€)
2003
68,032,0
101,51,5
11,261 166 897
2004
62,137,9
148,21,6
8,13946 744
112 Relatório e Contas Consolidadas
A GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação,
S.A., é uma empresa do Grupo EDA que tem como objectivo
aproveitar os recursos existentes e o know-how da EDA, S.A.
nas áreas de telecomunicações e sistemas de informação. Refira-
-se que a Globaleda é a única empresa detida a 100% pela
EDA.
O exercício económico de 2006 caracterizou-se por um
incremento nos proveitos operacionais da empresa, na ordem
dos 40%, resultante do forte crescimento das áreas de negócios
“Serviços de Telecomunicações” e “Sistemas de Informação”.
Para além da Globaleda assegurar a prestação de serviços de
sistemas de informação à EDA, SA, registou-se uma efectivação
de negócios no fornecimento de serviços da área de sistemas
de informação, fora do Grupo EDA, tendo-se obtido um volume
de facturação substancialmente superior face aos exercícios
anteriores.
No que concerne à comercialização de telefones móveis
celulares, o ano de 2006 ficou marcado pela continuada adesão
ao serviço celular por par te da estrutura empresarial e
particulares da região, tendo-se celebrado diversos contratos
113Relatório e Contas 06
de fidelização à rede Vodafone, abrangendo clientes empresariais
diversificados e com implantação na maioria das ilhas da Região.
No segmento dos sistemas de informação e ao nível da
formação e consultoria em informática, foram concretizados
vários negócios com pequenas e médias empresas e com
alguns departamentos governamentais.
O ano de 2006 foi, acima de tudo, um ano de preparação para
o futuro, concretizado através da extensão do processo de
certificação da empresa às áreas comercial e centros técnicos,
através da NP EN ISO 9001:2000, com o objectivo de dotar
a empresa de maior competitividade.
O exercício de 2006 caracterizou-se por uma melhoria global
e acentuada dos principais indicadores da empresa, em
consequência do aumento dos Proveitos Operacionais que se
cifrou em cerca de 40% face a 2005.
Os Proveitos Operacionais representam a quase totalidade
dos Proveitos Totais (72,5%). A rubrica de vendas, apesar do
crescimento em valor absoluto registado, traduzido num
diferencial de mais 669 mil euros face ao ano anterior, perde
peso relativo nos Proveitos Totais (25,7 %, contra de 27,1%)
pelo crescimento acentuado na prestação de serviços e, em
particular, na área dos sistemas de informação. Os custos
operacionais ascenderam a 10 051 mil euros, valor este que
representa um crescimento de 38,5% relativamente ao ano
transacto.
Nestes termos, a empresa apresenta em 2006 resultados
operacionais no valor de 341 mil euros, sendo os resultados
correntes de 276 mil euros e o resultado líquido do exercício
de 226 mil euros.
Prevê-se que o ano de 2007 será marcado pelo incremento
da actividade da empresa, sobretudo no que concerne aos
negócios na área de prestação de serviços de telecomunicações
e sistemas de informação, como consequência da consolidação
da oferta nestas áreas baseada no vasto leque de parceiros e
representações existentes.
Os indicadores económico-financeiros apresentam a seguinte
evolução, relativamente ao período de 2002 a 2006:
Indicadores Económicos e Financeiros
2002
73,326,737,81,4
1,22214 494
2005
70,829,244,21,4
1,10167 858
2006
73,626,439,51,4
0,68340 584
EndividamentoAutonomia financeira (%)Solvabilidade (%)Solvabilidade total (nº)Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)Resultado Operacional - EBIT (€)
2003
81,518,523,31,2
0,85596 214
2004
86,313,716,31,2
1,01354 654
114 Relatório e Contas Consolidadas
Constituída em 1998, a SEGMA – Serviços de Engenharia,
Gestão e Manutenção, Lda., empresa do Grupo EDA, é
especializada na ofer ta do produto engenharia, tendo
direccionado a sua actividade para mercados específicos de
grande exigência técnica e pouco explorados no arquipélago
açoriano. Conjugando esta realidade com a qualificação dos
seus recursos humanos, foi possível captar novas oportunidades
de negócio de prestação de serviços especializados nas áreas
da Manutenção Eléctrica e Mecânica, Consultoria, Projectos e
Fiscalização, Serviços de Valor Acrescentado e Ar condicionado.
A estrutura organizacional foi alvo de pequenos ajustes tendo
em conta a diversidade geográfica, a necessária delegação e
fixação de competências na empresa e, designadamente, a
aposta em fixar quadros técnicos fora de S. Miguel.
Neste exercício, incrementou-se a formação e a informação,
designadamente em acções de Sistemas de AVAC, Segurança
de trabalhos em altura, Manutenção de parques eólicos,
Termografia, Formação de formadores em Auditorias energéticas.
No ano de 2006, o volume de negócios totalizou cerca de
2,32 milhões euros, o que representa um aumento de 4,4%
face ao ano anterior. Os resultados líquidos, que ascenderam
115Relatório e Contas 06
a 177.093,31 euros, são menores que os de 2005, justificados
pelo maior volume de negócios com menor margem e renegociação
de alguns contratos, também com descida de margens.
A SEGMA reforçou a sua imagem e entrou em novas áreas
de negócio, o que é um bom contributo para o Grupo EDA,
destacando-se o facto do peso da EDA no volume de negócios
da SEGMA ter reduzido de 70,4 % para 50%, em 2005, e de
50% para 47,7%, em 2006.
Este desempenho resulta do trabalho feito em anos anteriores,
da mescla entre recursos experientes e novos quadros e do
elevado desempenho da organização, que é reconhecido pelos
clientes e pelo mercado em geral.
A SEGMA tem vindo a preparar-se para dar melhor resposta
às solicitações do mercado, entrar em novos negócios, formar
novas competências e apresentar uma organização mais sólida,
seja pela formação dos quadros seja pelo recrutamento do
exterior.
O exercício de 2006 apresentou-se como mais um passo de
viragem para o futuro e, simultaneamente, foi uma oportunidade
para incrementar uma nova dinâmica com vista ao posicio-
namento da SEGMA no mercado, reforçando o contributo da
empresa para o desenvolvimento dos Açores.
A actividade da SEGMA continuará a pautar-se como importante
aliada do desenvolvimento sustentado da economia regional,
posicionando-se, no seio do Grupo EDA, como a empresa
especializada na oferta de vários produtos de engenharia.
Permanece como objectivo estratégico para 2007 o reforço
competitivo e o aumento da quota de mercado, de modo a
permitir continuar a ocupar um lugar de destaque entre as
empresas açorianas, para o que se apostará em contratos de
manutenção global para instalações hoteleiras, aeroportuárias,
hospitalares, eólicas e outras, em todo o território da RAA,
assim como no reforço de actividades de projecto. Será também
objectivo continuar a apoiar as instalações da ESA (European
Space Agency) na ilha de Santa Maria. Para tal, serão conduzidas
acções de estabelecimento de parcerias estratégicas com
empresas do Continente e outras, que permitam dar saltos
tecnológicos e acesso a mercados mais exigentes.
Os indicadores económico-financeiros apresentaram a seguinte
evolução, relativamente ao período de 2002 a 2006:
Indicadores Económicos e Financeiros
2002
80,020,027,61,3
0,0312 840
2005
57,442,681,31,7
0,03301 024
2006
36,463,6
227,32,7
0,38223 675
EndividamentoAutonomia financeira (%)Solvabilidade (%)Solvabilidade total (nº)Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)Resultado Operacional - EBIT (€)
2003
85,015,018,51,2
0,04163 993
2004
77,522,530,01,3
0,0256 480
116 Relatório e Contas Consolidadas
A Empresa de Electricidade e Gáz, Lda (EEG), é uma empresa
do Grupo EDA (Electricidade dos Açores, S.A.), detida
maioritariamente por esta e tem como objectivo a produção
de energia eléctrica através da utilização de fontes renováveis,
nomeadamente hídrica e eólica.
A EEG exerce actividade em todas as ilhas do arquipélago dos
Açores, com excepção da ilha do Corvo. Possui em exploração
onze Centrais Hídricas (sete em São Miguel, três na Terceira,
uma no Faial e uma nas Flores) e seis Parques Eólicos (Santa
Maria, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e Flores).
A EEG desempenha a sua missão de forma a garantir a
optimização da utilização dos recursos endógenos, racionalizando
e rentabilizando os investimentos e integrando uma correcta
exploração dos mesmos, com o recurso a mão de obra
especializada disponível na própria empresa e nas empresas
do Grupo EDA. Recolhe dados e desenvolve estudos genéricos
e de viabilidade técnica e económica para futuros investimentos
de índole hídrica e eólica.
A EEG, como empresa produtora de energia eléctrica, procura
fortalecer a importância das energias renováveis e salientar o
papel que inevitavelmente terão num futuro próximo,
procurando potenciar a diminuição da dependência energética
externa da Região, a protecção e defesa do meio ambiente,
propiciando uma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
O ano de 2006 pode, em termos climatológicos, ser considerado
bom para a produção de energias renováveis, com aumentos
de produção, quer face às previsões, quer face ao ano anterior,
nas ilhas de S. Maria, Graciosa e Flores, através dos seus parques
eólicos, e na ilha do Faial, através da sua central hídrica. As
produções das centrais hídricas foram, também, acima das
expectativas nas ilhas de S. Miguel, Terceira e Flores, embora
inferiores às produções registadas em 2005.
117Relatório e Contas 06
A produção total de energia eléctrica no ano de 2006 ascendeu
aos 46 246 MWh, superando as estimativas. As centrais
hidroeléctricas contribuíram para essa produção com 29 830
MWh e os parques eólicos com 16 416 MWh, numa repartição
de 65 % e 35 %, respectivamente.
Em termos globais, a produção por via eólica excedeu os
valores obtidos no ano de 2005, fruto da entrada em exploração
plena do Parque eólico de Terras do Canto, na ilha do Pico.
Nas ilhas de S. Maria, Graciosa e Flores a produção eólica foi
superior ao previsto, decorrendo também da instalação dos
Volantes de Inércia e da diminuição das limitações de ordem
técnica, pela conjugação dos níveis de penetração eólica em
função das necessidades e optimização da produção térmica.
A produção de energia eléctrica por via hídrica teve um
comportamento menos interessante, atingindo um decréscimo
na ordem dos 3,7 % entre o ano de 2005 e 2006, onde se
verificou uma produção de 30 981 MWh e 29 830 MWh,
respectivamente.
No ano de 2006, a EEG apresenta um Resultado Líquido no
montante de 1 194 259 euros. Em relação ao ano anterior, o
Resultado Líquido apresenta um decréscimo de 7,5%, em
consequência do aumento dos custos totais em 1,8% e
diminuição dos proveitos totais em 1,6%. No que diz respeito
ao agregado Proveitos, salienta-se o acréscimo de 4,4% no
Volume de Negócios da EEG, explicado, sobretudo, pelo
crescimento de 3,9% nas vendas de energia, que totalizaram
3 620 461 euros em 2006. Quanto aos Custos, as rubricas de
Amortizações do Exercício e de Custos com o Pessoal foram
as que mais contribuíram para a variação acima mencionada,
verificando-se um aumento de, respectivamente, 8,9% e 15,9%,
em relação ao ano precedente.
Relativamente à actividade de exploração das centrais hídricas
e parques eólicos da EEG, de acordo com as previsões
elaboradas para a produção de energia eléctrica, é expectável
que, no ano de 2007, se verifique uma produção similar à
verificada no ano de 2006, acrescida apenas da produção
proveniente da central hídrica do Salto do Cabrito, com um
ano completo de produção.
Em termos de investimento, para além da continuação da pre-
paração das obras referentes ao aproveitamento hidroeléctrico
da Ribeira Grande, na ilha das Flores, e Maximização do
Rendimento Global do Aproveitamento Hidroeléctrico de
Além Fazenda, na mesma ilha, perspectiva-se o desenvolvimento,
no decurso de 2007, de várias frentes de obra, em que se
inclui a instalação de um parque eólico na Serra do Cume, na
ilha Terceira, cuja entrada em exploração se prevê para meados
do ano de 2008.
Os indicadores económico-financeiros, findo o exercício de
2006, apresentaram a seguinte evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros
2002
73,626,450,11,4
9,79528 724
2005
58,141,9
158,31,7
6,111 140 719
2006
53,346,7
208,01,9
5,361 075 025
EndividamentoAutonomia financeira (%)Solvabilidade (%)Solvabilidade total (nº)Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)Resultado Operacional - EBIT (€)
2003
69,930,175,41,4
15,61636 738
2004
68,331,776,21,5
8,821 128 295
118 Relatório e Contas Consolidadas
A GEOTERCEIRA é uma sociedade anónima constituída em
Setembro de 2000, responsável pelo projecto geotérmico da
ilha Terceira.
O ano de 2005 ficou assinalado na actividade da GeoTerceira
– Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A. pelo início das
actividades de construção dos poços geotérmicos, cujos ensaios
disponibilizarão elementos necessários para a elaboração do
relatório de viabilidade técnica e económica do Projecto
Geotérmico da ilha Terceira.
Procedeu-se à assinatura do contrato de prestação de serviços
de perfuração de poços geotérmicos. Durante o período de
mobilização da sonda de perfuração, concluiu-se o processo
de elaboração e entrega à Autoridade de Avaliação de Impacte
Ambiental do RECAPE dos poços geotérmicos e das plataformas
e respectivos acessos. A construção da plataforma do poço
geotérmico PA1 e respectivos acessos foi realizada entre os
meses de Fevereiro e Julho de 2006, tendo sido iniciada a
construção da plataforma do poço geotérmico PA2 no mês
de Novembro. Para o fornecimento de água para a perfuração
dos poços geotérmicos, foi igualmente construída e licenciada
uma captação de água subterrânea para fins industriais junto
da plataforma do poço geotérmico PA1.
Paralelamente a estas actividades, foram desenvolvidos os
processos de aquisição no mercado internacional dos materiais
de serviços necessários à construção dos poços geotérmicos de
avaliação, cujo fornecimento é da responsabilidade da GeoTerceira.
Durante o ano de 2006, o investimento realizado está direc-
tamente relacionado com a construção dos poços geotérmicos
de avaliação, totalizando um montante de cerca de 4 245
milhares de euros.
119Relatório e Contas 06
Relativamente ao cronograma de actividades do projecto,
prevê-se a entrada em exploração da central para o final de
2009. Relativamente ao tempo dispendido na execução dos
poços geotérmicos de avaliação, verifica-se um atraso de 3
meses, cuja data prevista para conclusão era de Dezembro de
2006. Este atraso resulta do período de mobilização da sonda
de perfuração por parte do empreiteiro sondador, mas que
se espera ser recuperado nas actividades subsequentes.
Enfatiza-se, ainda, que algumas das actividades previstas estão
especificamente condicionadas à sua aprovação pelas autoridades
competentes, pelo que os respectivos prazos não estão
integralmente dependentes da GeoTerceira, bem como o facto
do desenvolvimento do projecto estar obviamente condicionado
aos resultados da fase de prospecção e pesquisa de recursos
geotérmicos.
No ano de 2006, a Geoterceira apresenta como Resultado
Líquido um valor negativo na ordem dos 713 euros. Com-
parativamente ao ano anterior, o Resultado Líquido, embora
continue negativo, apresentou uma melhoria de 56%, con-
sequência dos aumentos verificados quer nos Proveitos Totais
em 85,3%, quer nos Custos Totais de 84,7%.
Quanto aos proveitos e custos operacionais, estes agregados
deverão ser analisados na perspectiva de uma empresa que
se encontra numa fase de investimento e, portanto, sem
proveitos inerentes à sua actividade de venda de energia.
Comparativamente a 2005, e fazendo uma análise global à
estrutura dos Custos Operacionais, conclui-se que a rubrica
Fornecimentos e Serviços Externos é a que maior peso tem
na estrutura deste agregado, seguida da de Custos com o
Pessoal. Deste modo, o Total dos Custos Operacionais, que
em 2006 foi de 665 697 euros, traduz um aumento face ao
exercício anterior de 82,5%, resultado dos aumentos dos
Fornecimentos e Serviços Externos, no montante de 277 092
euros (+137,5 %), e dos Custos com Pessoal que aumentaram
24 300 euros (19,1%). Cerca de 98% dos custos operacionais
foram imputados ao Investimento em curso, bem como os
encargos financeiros incorridos no ano.
No que se refere aos Proveitos Totais ascenderam a 707 207
euros, contra os 381 649,5 euros do ano anterior. Refira-se
que estes são provenientes, na sua quase totalidade, da imputação
de 98% dos custos operacionais ao investimento, sob a forma
de Trabalhos para a Própria Empresa.
Desta forma, os indicadores económico-financeiros apresentaram
a seguinte evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros
2002
38,861,2
160,82,6
-78 953
2005
84,016,027,51,2
16 672
2006
90,59,5
14,01,1
13 432
EndividamentoAutonomia financeira (%)Solvabilidade (%)Solvabilidade total (nº)Resultado Operacional - EBIT (€)
2003
75,724,332,31,3
13 382
2004
82,717,328,91,2
12 128
120 Relatório e Contas Consolidadas
A Norma-Açores, S.A. é uma empresa participada em 50,13%
do seu capital pela EDA, S.A., que desenvolve a sua actividade
nas áreas de Engenharia - Projecto e Fiscalização – e Consultoria
– Gestão, Estratégia, Planeamento e Controlo, Recursos
Humanos, Formação, Marketing e Comercial. No decorrer do
ano de 2002, a empresa iniciou igualmente projectos de
implementação de Sistemas de Certificação da Qualidade.
Na Direcção de Engenharia e Fiscalização, a intervenção da
Norma Açores passou por quase todas as ilhas da Região
Autónoma dos Açores, embora seja na ilha de S. Miguel que
a actividade tem mais peso. No decorrer deste ano, deu-se
continuidade a um conjunto de trabalhos importantes, sendo
preocupação da empresa a prestação de serviços com grande
dedicação e qualidade, querendo continuar a ser a “best in
class” e a criar emprego e novas competências. Realça-se, ainda,
pela importância em termos estratégicos para a empresa, a
manutenção da diversificação de clientes verificada em 2006,
à semelhança dos anos anteriores.
121Relatório e Contas 06
No sector dos Estudos e Projectos, deu-se continuidade a um
conjunto de estudos de arquitectura e engenharia para a EDA,
Câmaras Municipais, Hospitais públicos, Institutos Públicos.
A actividade da Norma Açores, durante 2006, ficou próxima
das expectativas que apontavam para um ano mais difícil que
2005. Verificou-se um decréscimo de cerca de 9% no volume
de negócios, em relação ao ano anterior.
Em 2006, verificou-se um decréscimo de 8% no volume de
negócios da Direcção de Engenharia e Fiscalização (inclui as
áreas de Projecto, Engenharia e Fiscalização), enquanto que a
Direcção de Estudos e Consultoria viu o seu volume de
negócios decrescer cerca de 7%.
O peso relativo entre as áreas de negócio manteve-se em
2006. A Direcção de Estudos e Consultadoria representava
16,6% da actividade da empresa, próximo do valor de 2005,
enquanto a Direcção de Engenharia e Fiscalização passou de
80% em 2005 para 83,2% em 2006. Os negócios, ainda
incipientes, significaram 0,2%.
Em 2006 verificou-se um decrécismo de cerca de 7% nas
receitas da empresa. Os subsídios à exploração, que
representavam receitas apenas da actividade de Formação,
aumentaram em cerca de 32%, relativamente a 2005.
No que respeita à estrutura de custos da Norma-Açores,
assumem especial relevo as rubricas de Fornecimentos e
Serviços Externos e Custos com Pessoal. Nestes custos, destaca-
-se o peso das parcelas de Subcontratos e Honorários, que
representam 53% dos custos com os Fornecimentos e Serviços
Externos, facto que continua a estar associado à necessidade
de subcontratação de empresas e consultores. Os custos com
pessoal representam, em 2006, 62,6% do valor da Prestação
de Serviços.
Deste modo, a Norma-Açores, S.A. atingiu em 2006 um
Resultado Líquido do exercício de 112,2 mil euros.
Em termos económico-financeiros os rácios apresentam a
seguinte evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros
2002
46,153,9
181,22,2
0,39202 210
2005
38,161,9
295,52,6
0,30175 892
2006
36,663,4
361,12,7
0,3160 627
EndividamentoAutonomia financeira (%)Solvabilidade (%)Solvabilidade total (nº)Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)Resultado Operacional - EBIT (€)
2003
45,354,7
168,42,2
1,57259 683
2004
39,061,0
247,12,6
0,24160 431
122 Relatório e Contas Consolidadas
Constituída em Janeiro de 2000, a ONIAÇORES - Info-
comunicações, SA, empresa participada pela ONITELECOM
e EDA, tem como objectivo aproveitar os recursos existentes
e o Know-how da EDA, SA nas áreas de telecomunicações e
sistemas de informação, aliando a experiência, portofólio e
posicionamento da ONITELECOM no mercado nacional das
telecomunicações.
Através desta empresa, a ONITELECOM e a EDA passaram
a ter um papel interventivo no desenvolvimento das tele-
comunicações em geral, que é um sector de desenvolvimento
económico, com particular importância em regiões periféricas,
como é o caso evidente da Região Autónoma dos Açores.
O ano de 2006 fica marcado pelo reflexo da politica de con-
cretização de parcerias de alto nível com fornecedores lideres
de mercado nas diferentes áreas de intervenção, desenvolvida
em 2002, e que potenciou a continuação da apresentação de
soluções completas “chave-na-mão” nas áreas de Hardware e
Sistemas de Informação. Destaca-se uma nova parceria assumida
com a GroupVision para a representação dos quadros
interactivos SmartBoard como forma de marcar uma presença
mais efectiva e inovadora no mercado da Educação.
Consequência directa do nível e maturação das parcerias
efectuadas é, sem dúvida, a quantidade e dimensão dos projectos
ganhos nas áreas de mercado das Grandes Empresas e Admi-
nistração Pública. Os novos produtos e condições comerciais
de acesso à Internet via ADSL, bem como o enfoque dado
nesta área pela OniTelecom, foi também importante para o
crescimento e solidificação do negócio nessa área em especial
no segmento de mercado residencial.
O exercício de 2006, à semelhança de anos anteriores,
caracterizou-se pela angariação de clientes empresariais e
residenciais, com ofertas de voz indirecta, acesso internet e
soluções globais de equipamentos e serviços de infoco-
123Relatório e Contas 06
municações, inserida no quadro da liberalização das comunicações
fixas em Portugal, no âmbito do processo de pré-selecção.
O ano de 2006 ficou ainda marcado por uma forte ‘resposta
comercial’ por parte do operador incumbente na tentativa de
reaver clientes perdidos ao longo dos anos anteriores. Este
facto exigiu da OniAçores um grande esforço comercial na
tentativa, não apenas de manter a sua lista de clientes, como
de aumentá-la.
Ao nível da prestação de serviços especializados de consultoria
e assessoria técnica na área das telecomunicações, foi ainda
prestado o apoio na identificação das soluções de redes
corporativas de dados, sistemas de informação e fornecimento
de equipamentos, objecto de propostas comerciais.
Também neste âmbito, a ONIAÇORES, recorrendo em regime
de prestação de serviços e ao apoio técnico da Globaleda-
-Telecomunicações e Sistemas de Informação, SA, executou as
tarefas de instalação de equipamentos de encaminhamento
automático de tráfego, parametrização de centrais telefónicas
e instalação de soluções integradas Web, de segurança e de
sistemas de informação.
O ano de 2006 ficou marcado por factores conjunturais que
dificultaram que esta empresa registasse o mesmo nível de
crescimento dos anos anteriores, tendo mantido a sua
performance ao nível de 2005, quer no que respeita á facturação
directa, quer na facturação OniTelecom da sua carteira comercial.
Do ponto de vista da evolução económico-financeira, a estrutura
de proveitos da empresa consubstanciou-se nas receitas
provindas do contrato existente com a ONITELECOM SA,
acrescida das vendas directas ONIAÇORES SA. Analisando
em termos comparativos com o ano de 2005, verifica-se um
crescimento das Vendas na ordem dos 14%, resultado que
deriva da maturidade da marca DELL, da sua maior divulgação
e competitividade. Quanto às Prestações de Serviços, com-
parativamente ao ano de 2005, verifica-se um decréscimo na
ordem dos 181%, resultante do facto de em 2005 ter existido
um projecto no âmbito do Campus Virtual da Universidade
dos Açores que englobava uma forte componente de serviços.
No que concerne à estrutura de custos da empresa em 2006,
de salientar o custo das mercadorias vendidas resultante das
vendas directas efectuadas, custo este que representa cerca
de 84% do total de custos operacionais. Os custos operacionais
em 2006 ascendem ao valor de 1.996.170,09 EUR que, face
a 2005, cujo valor foi de 2.134.041,24 EUR, representa um
decréscimo de 6,9%.
Em termos de Resultado Líquido, a ONIAÇORES, apresenta
o valor de 24 mil euros em 2006. Face a 2005, regista-se uma
variação negativa de 220,8% neste agregado.
Os indicadores económico-financeiros da ONIAÇORES apre-
sentam a seguinte evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros
2002
53,546,595,01,9
0,0230 113
2005
53,846,288,91,9
0,25101 936
2006
64,235,856,21,6
0,4041 044
EndividamentoAutonomia financeira (%)Solvabilidade (%)Solvabilidade total (nº)Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)Resultado Operacional - EBIT (€)
2003
76,923,130,21,3
1,32263 861
2004
55,844,281,01,8
1,54112 874
124 Relatório e Contas Consolidadas
A empresa Controlauto, Lda. dedica-se à actividade de inspecção
de veículos automóveis, no âmbito da legislação relativa às
Inspecções Periódicas Obrigatórias. O capital social desta
empresa é detido em 30% pela EDA, S.A.. A Controlauto
desenvolve a sua actividade no centro de inspecções fixo,
localizado na Praia da Vitória, e no centro móvel instalado
alternativamente nas ilhas do Faial, Pico e São Jorge.
A empresa realizou em 2006 um total de 46.433 serviços de
inspecções e reinspecções, correspondendo 27.781 ao Centro
Fixo e 18.652 ao Centro Móvel. Estes valores representam um
aumento de 9,0% em relação ao total de serviços realizados
em 2005 e de 15,1% em relação aos realizados em 2004.
125Relatório e Contas 06
As receitas atingiram, em 2006, os 1 051 799 euros, mais 10,5%
em relação ao ano anterior. Este crescimento deveu-se,
unicamente, ao crescimento da actividade (aumento de 9,0%),
dado que, ao contrário de anos anteriores, não houve qualquer
actualização de preços em 2006.
Relativamente aos custos do exercício, a empresa registou um
aumento na ordem dos 20% na rubrica de Fornecimentos e
Serviços Externos. A rubrica Custos com Pessoal registou uma
diminuição de 3,4%, passando de 328 978,06 euros para 317
919,25 euros, tendo-se mantido o número de postos de
trabalho em 14. Os custos com pessoal representam 30,2%
do volume de vendas (em 2005 representavam 34,5%).
Assim sendo, em 2006, prosseguindo uma política de criação
de valor para os sócios, a empresa conseguiu obter um Resultado
Líquido de 370 869,67 euros.
Neste contexto, os indicadores económico-financeiros
apresentaram a seguinte evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros
2002
33,766,3
220,23,0
0,08131 751
2005
11,089,0
1 608,39,1
0,05210 019
2006
14,086,09237,1
0,05377 644
EndividamentoAutonomia financeira (%)Solvabilidade (%)Solvabilidade total (nº)Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)Resultado Operacional - EBIT (€)
2003
14,985,1
797,56,7
0,06170 252
2004
16,283,8
692,96,2
0,03241 406
Activolíquido
3.65511.12114.776
3.550.99352.109.141
330.487.799894.105
2.180.2161.797.516
28.387.86171.725.613
70.541491.203.785
1.268.474801.663
2.070.137
5.231.655469.202
5.700.857
10.251.36110.146.3682.075.745
22.473.474
2.657.51111.848
2.669.359
83.433.0715.816.5805.183.807
94.433.458
618.565.846
ExercícioAnterior
Activolíquido
7.64615.59223.238
3.401.55243.774.054
316.349.0951.236.3991.663.8292.516.583
30.017.77061.773.258
42.525460.775.065
1.213.745301.663
1.515.408
4.705.003513.559
5.218.562
12.615.2106.779.1673.514.720
22.909.097
1.045.1428.372
1.053.514
33.361.9426.291.4535.160.976
44.814.371
536.309.255
Amortizaçõese ajustamentos
16.297
16.297
17.650.341176.732.257
4.583.8693.251.592
14.780.06422.621.073
239.619.196
39.50039.500
20.00032.74352.743
62.910
62.910
239.635.493155.153
239.790.646
Activobruto
19.95211.12131.073
3.550.99369.759.482
507.220.0565.477.9745.431.808
16.577.58051.008.93471.725.613
70.541730.822.981
1.268.474841.163
2.109.637
5.251.655501.945
5.753.600
10.314.27110.146.3682.075.745
22.536.384
2.657.51111.848
2.669.359
83.433.0715.816.5805.183.807
94.433.458
858.356.492
3.C Contas Consolidadas1. Documentos de Prestação de Contas Consolidadas
126 Relatório e Contas Consolidadas
Notas
27
272727272727272727
2727
3232
5152
5959
535338
2746
Activo
ImobilizadoImobilizações incorpóreas
TrespassesPropriedade industrial
Imobilizações corpóreasTerrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreasImobilizações em cursoAdiantamento por conta de imobilizações corpóreas
Investimentos financeirosPartes de capital em empresas associadasTítulos e outras aplicações financeiras
CirculanteExistências
Matérias-primas, subsidiárias e de consumoMercadorias
Dívidas de terceiros - Curto prazoClientes, c/cEstado e outros entes públicosOutros devedores
Depósitos bancários e caixaDepósitos bancáriosCaixa
Acréscimos e diferimentosAcréscimos de proveitosCustos diferidosImpostos diferidos activos
Total de amortizações Total de ajustamentosTotal do activo
Balanços Analíticos Consolidados em 31 de Dezembro de 2006 e 2005(euros)
Exercício Corrente
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMaria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha Amaral
Francisco Manuel Sousa BotelhoMaria José Martins Gil
Mário Duarte Carreira MendesJaime Carvalho de Medeiros
Alberto Manuel Rebelo CarreiroGualter José Andrade Furtado
António Manuel Barreto Pita de AbreuAntónio Jorge Flores Vasquez
ExercícioCorrente
70.000.000-2.169.6761.176.757
1.600.000120.146226.650
4.545.43475.499.311
8.771.79884.271.109
624.481
50.000.000182.771.39819.589.4381.621.750
55.378254.037.964
96.604.64916.335.746
320.95714.645.6423.264.9061.132.8028.628.768
140.933.470
33.742.665103.121.718
1.834.439138.698.822533.670.256618.565.846
ExercícioAnterior
70.000.000-2.169.6761.129.362
1.000.000120.146226.650
-5.016.80765.289.675
10.209.63575.499.310
1.006.059
15.000.000189.267.12622.854.3441.621.750
106.488228.849.708
35.000.00025.833.38214.755.410
91.97718.020.0833.264.9061.831.8891.185.517
99.983.164
31.979.64198.403.274
588.099130.971.014459.803.886536.309.255
Notas
56, 57 e 5810
41 e 58
585858
58
58
55
3333335552
3333
335152
535338
Capital Próprio e Passivo
Capital próprioCapitalDiferenças de consolidaçãoReservas de reavaliaçãoReservas
Reservas legaisReservas estatutáriasOutras reservas
Resultados transitadosSubtotal
Resultado consolidado líquido do exercícioTotal do capital próprio
Interesses minoritáriosPassivo
Dívidas a terceiros - Médio e longo prazoEmpréstimos por obrigações
Não convertíveisDívidas a instituições de créditoOutros empréstimos obtidosEmpresas do grupoOutros credores
Dívidas a terceiros - Curto prazoEmpréstimos por obrigações
Não convertíveisDívidas a instituições de créditoFornecedores, c/cFornecedores - Facturas em recepção e conferênciaFornecedores de imobilizado, c/cOutros empréstimos obtidosEstado e outros entes públicosOutros credores
Acréscimos e diferimentosAcréscimos de custosProveitos diferidosImpostos diferidos passivos
Total do passivoTotal do capital próprio, interesses minoritários e passivo
(euros)Balanços Analíticos Consolidados em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
128 Relatório e Contas Consolidadas
ExercícioCorrente
66.703.531
16.154.192
30.045.828
26.420.398
1.233.483140.557.432
11.112.747151.670.179
57.759151.727.938
1.961.515153.689.453
9.3368.771.798
162.470.587
25.466.72178.456
808.228239.898
44.1069.347.110
ExercícioAnterior
53.726.490
14.648.756
31.420.791
25.545.177
1.048.126126.389.340
9.391.216135.780.556
383.905136.164.461
2.703.201138.867.662
17.49510.209.635
149.094.792
26.307.707112.691
777.755455.728
11.112.747
Notas
2732
4444
45
51
38 e 55
Custos e Perdas
Custo das mercadorias vendidas edas matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos
Custos com o pessoal
Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreoAjustamentosProvisões
ImpostosOutros custos e perdas operacionais
Perdas relativas a empresas associadasJuros e custos similares
Relativos a empresas do grupoOutros
Custos e perdas extraordinárias
Imposto sobre o rendimento do exercício
Interesses minoritáriosResultado consolidado líquido do exercício
Demonstração dos Resultados Consolidados para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
(euros)
129Relatório e Contas 06
Demonstração dos Resultados Consolidados para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
ExercícioCorrente
138.488.048
12.973.901
967.321152.429.270
3.741.652156.170.922
6.299.665162.470.587
11.871.838-7.371.0954.500.743
10.742.649
8.781.134
121.150.2865.222.829
739.55313.050
382.1811.602
235.148182.376
2.594.788
ExercícioAnterior
126.373.115
12.567.894
1.136.386140.077.395
3.012.312143.089.707
6.005.085149.094.792
13.688.055-6.378.9047.309.151
12.930.331
10.227.130
130.933.2357.554.813
660.885350
306.0860
266.880269.688
3.205.084
Notas
3636
54
4444
44
45
Proveitos e Ganhos
VendasPrestações de serviços
Trabalhos para a própria empresaProveitos suplementaresSubsídios à exploraçãoOutros proveitos e ganhos operacionaisReversões de amortizações e ajustamentos
Ganhos de participações de capitalRelativos a empresas associadasRelativas a outras empresas
Outros juros e proveitos similaresOutros
Proveitos e ganhos extraordinários
Resumo:Resultados operacionaisResultados financeirosResultados correntesResultados antes de impostosResultado consolidado com os interesses
minoritários do exercício
(euros)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMaria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha Amaral
Francisco Manuel Sousa BotelhoMaria José Martins Gil
Mário Duarte Carreira MendesJaime Carvalho de Medeiros
Alberto Manuel Rebelo CarreiroGualter José Andrade Furtado
António Manuel Barreto Pita de AbreuAntónio Jorge Flores Vasquez
130 Relatório e Contas Consolidadas
ExercícioCorrente
138.488.048-103.902.515
34.585.533953.933
-5.024.276-11.455.722
-445.312
18.614.156-8.408.075
266.880269.688
10.742.649-1.961.515
8.781.134
8.781.134
-9.336
8.771.798
0,627
ExercícioAnterior
126.373.114-90.028.871
36.344.2431.134.784
-5.059.102-13.492.188
-233.806
18.693.931-6.181.124
235.148182.376
12.930.331-2.703.201
10.227.130
10.227.130
-17.495
10.209.635
0,729
Notas
36 e 60
60606060
444444
38 e 51
55
Vendas e prestações de serviçosCustos das vendas e das prestações de serviços
Resultados brutosOutros proveitos e ganhos operacionaisCustos de distribuiçãoCustos administrativosOutros custos e perdas operacionais
Resultados operacionaisCusto líquido de financiamentoGanhos (perdas) em filiais e associadasGanhos (perdas) em outros investimentos
Resultados correntesImpostos sobre os resultados correntes
Resultados correntes após impostosResultados extraordináriosImpostos sobre os resultados extraordinários
Resultados líquidos antes dos interesses minoritários
Interesses minoritários
Resultados líquidos consolidados
Resultados por acção
Demonstração dos Resultados por Funções Consolidados para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
(euros)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMaria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha Amaral
Francisco Manuel Sousa BotelhoMaria José Martins Gil
Mário Duarte Carreira MendesJaime Carvalho de Medeiros
Alberto Manuel Rebelo CarreiroGualter José Andrade Furtado
António Manuel Barreto Pita de AbreuAntónio Jorge Flores Vasquez
131Relatório e Contas 06
Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
ExercícioCorrente
-8.514.002
11.770-8.502.232
8.858.595
-49.876.545-41.017.950
367.634.231
-315.683.26551.950.966
2.430.784206.800
2.637.584
140.433.011-58.463.240-32.604.91649.364.855
-1.992.956-1.564.174-3.557.130
5.607-12.045
6.734.492261.111
-68.641.732
205.171.9631.341.265
-182.583.240-9.121.271
ExercícioAnterior
45.807.725
-6.43845.801.287
6.995.603
-68.641.732-61.646.129
206.513.228
-191.704.51114.808.717
-1.036.1251.242.925
206.800
108.962.971-91.802.990-29.202.710-12.042.729
-2.809.4566.338.1833.528.727
12.495-725
8.477.657380.938
-833.164-49.043.381
161.819366.917.187
555.225
-305.620.846-10.062.419
Notas
5959
Método Directo
Actividade Operacional:Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedoresPagamentos ao pessoal
Fluxo gerado pelas operações
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimentoOutros recebimentos/pagamentos actividade operacional
Fluxos gerado antes das rubricas extraordinárias
Recebimentos relacionados com rubricas extraordináriasPagamentos relacionados com rubricas extraordinárias
Fluxos das actividades operacionais
Actividade de Investimento:Recebimentos provenientes de:
Comparticipações financeiras ao investimentoDividendos
Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeirosImobilizações corporeas e incorpóreas
Fluxos das actividades de investimento
Actividade de Financiamento:Recebimentos provenientes de:
Aumentos de capitalEmpréstimos obtidos dos sóciosEmpréstimos bancários obtidosJuros e proveitos similares
Pagamentos respeitantes a:Empréstimos bancários obtidosJuros e custos similares
Fluxos das actividades de financiamento
Variação de caixa e seus equivalentesCaixa e seus equivalentes no início do períodoCaixa e seus equivalentes no fim do período
(euros)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMaria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha Amaral
Francisco Manuel Sousa BotelhoMaria José Martins Gil
Mário Duarte Carreira MendesJaime Carvalho de Medeiros
Alberto Manuel Rebelo CarreiroGualter José Andrade Furtado
António Manuel Barreto Pita de AbreuAntónio Jorge Flores Vasquez
132 Relatório e Contas Consolidadas
Anexo às Demonstrações Financeiras ConsolidadasExercício de 2006
Introdução
A Electricidade dos Açores, S.A. (abreviadamente designada
por “EDA” ou “Empresa”) foi transformada em sociedade
anónima de capitais exclusivamente públicos, pelo Decreto-
-Lei nº 79/97, de 8 de Abril.
Em 30 de Dezembro de 1999, a Região Autónoma dos Açores
transmitiu à EDP Participações, SGPS, S.A. um lote de 1 148
163 acções correspondente a 10% do capital social da EDA.
Na primeira e segunda fases do processo de reprivatização
directa do capital social da EDA aprovadas pelo Decreto-Lei
nº 243/2004, de 31 de Dezembro de 2004, foram alienadas
acções representativas de 39,9% do capital social, res-
pectivamente, um lote indivisível de 4 748 100 acções (por
concurso público) à ESA – Energia e Serviços dos Açores,
SGPS, S.A. e 837 900 acções através de oferta pública reservada
a trabalhadores, pequenos subscritores e emigrantes. As acções
representativas do capital subscritas pela Região Autónoma
dos Açores, só poderão ser transmitidas para outros entes
públicos por deliberação do Governo Regional.
Nos termos do artigo 15º deste decreto, a Região Autónoma dos
Açores, enquanto detiver pelo menos 5% do capital social da EDA
terá (i) o direito de veto em deliberações da assembleia geral que
tenham por objecto ou como efeito a redução significativa da
actividade da empresa na Região Autónoma dos Açores, a fusão,
a cisão, a transformação ou a dissolução da sociedade e a alteração
dos seus estatutos, incluindo a redução do capital social e a mudança
de localização da sede, mas excluindo o aumento do capital social
e (ii) o poder de designar um dos membros do conselho de
administração, que dispõe de direito de veto nas deliberações do
conselho que tenham objecto idêntico ao referido na alínea anterior.
A EDA rege-se pelo seu Estatuto, pelas normas reguladoras
das sociedades anónimas e por disposições do Governo
Regional relacionadas com o sector da electricidade e com a
própria empresa. Nos termos da legislação em vigor, o exercício
da actividade de regulação compete à Entidade Reguladora
dos Serviços Energéticos (ERSE), através do estabelecimento
de disposição aplicáveis aos critérios e métodos para a
formulação de tarifas e preços de energia, à definição das tarifas
reguladas e respectiva estrutura, ao processo de cálculo e
determinação das tarifas, à determinação dos proveitos
permitidos, aos procedimentos para a fixação das tarifas, sua
alteração e publicação, às obrigações em matéria de prestação
de informação e, ainda, à convergência tarifária dos sistemas
eléctricos públicos.
O objecto principal da EDA - Electricidade dos Açores, S.A.
(empresa-mãe) e das suas subsidiárias mencionadas na Nota
1 é a produção, a aquisição, o transporte, a distribuição e a
venda de energia eléctrica, bem como o exercício de outras
actividades relacionadas com aquelas, e também com prestação
de serviços de telecomunicações e sistemas de informação e
concepção e elaboração de projectos de consultadoria de
engenharia, gestão e manutenção de instalações industriais.
Nos termos do contrato de concessão do transporte e
distribuição de energia eléctrica celebrado com a Região
Autónoma dos Açores, a EDA tem a responsabilidade de
exercer a actividade que é objecto da concessão pelo prazo
de 50 anos, contados a partir de 12 de Outubro de 2000, data
da aprovação da Resolução nº 181/2000, publicada no Jornal
Oficial, I Série, nº 41/2000. A subsidiária SOGEO celebrou em
14 de Julho de 1995 com a Região Autónoma dos Açores um
contrato de concessão de exploração de recursos geotérmicos
na zona demarcada do concelho da Ribeira Grande por um
Relatório e Contas 06 133
período de 25 anos prorrogáveis por prazos sucessivos não
superiores a cinco anos.
Como atrás referido, as tarifas e preços regulados da energia
eléctrica foram estabelecidas pela ERSE de acordo com o
Regulamento Tarifário publicado pelo Despacho nº 26515-A/2006
(Diário da República I Série), de 29 de Dezembro. As competências
da regulação das actividades de produção, transporte e distribuição
de energia eléctrica desta entidade, que foram estendidas às
Regiões Autónomas através do Decreto-Lei nº 069/2002, de 25
de Março, assenta no princípio da partilha dos benefícios da
convergência dos sistemas eléctricos nacionais. Neste sentido, a
ERSE aprovou em 20 de Dezembro de 2006 que os custos anuais
com a convergência tarifária de 2007 ascenderão a 64 385 904
euros (2006 – 33 634 709 euros). Estes valores poderão ser
sujeitos a acertos decorrentes dos desvios entre o orçamento e
os custos reais e da revisão da ERSE às contas reguladas a apresentar
pela Empresa. As últimas contas reguladas aprovadas definitivamente
reportam-se a 31 de Dezembro de 2005. sendo o ajustamento
a recuperar pela EDA fixado em 7 918 578 euros.
Os custos associados à convergência tarifária, na parte não
repercutida nas tarifas fixadas pela ERSE para 2006 e 2007,
devido à actuação do mecanismo de limitação dos acréscimos
na Baixa Tensão, acrescidos dos respectivos encargos financeiros,
serão incorporados nas tarifas de Uso Global do Sistema, em
prestações iguais e mensais durante um período de 10 anos,
com início em 1 de Janeiro de 2008.
As notas às contas deste Anexo respeitam a numeração definida
no Plano Oficial de Contabilidade, sendo de referir que as não
incluídas não são aplicáveis ou significativas para compreensão
das demonstrações financeiras consolidadas.
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas
no quadro das disposições em vigor em Portugal e, portanto,
de acordo com os princípios contabilísticos e normas de
consolidação consignados no Plano Oficial de Contabilidade,
com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-
-Lei 238/91, de 2 de Julho, e com as directrizes contabilísticas
da CNC.
Todos os valores são expressos, salvo indicação em contrário,
em euros.
134 Relatório e Contas Consolidadas
I - Informações relativas às empresas incluídas na
consolidação e a outras
1 - Empresas incluídas na consolidação
As empresas incluídas na consolidação em 31 de Dezembro
de 2006 são:
Empresas
EEG - Empresa de Electricidadee Gaz, Lda.
GLOBALEDA - Telecomunicaçõese Sistemas de Informação, S.A.
SEGMA - Serviços de Engenharia,Gestão e Manutenção, Lda.
SOGEO - Sociedade Geotérmicados Açores, S.A.
GEOTERCEIRA - SociedadeGeoelétrica da Terceira, S.A.
(a) A parte remanescente do capital não detido pela EDA e empresas subsidiárias, é detido pela EDP Participações, SGPS, S.A..
Sede
Ponta Delgada
Ponta Delgada
Ponta Delgada
Ponta Delgada
Angra do Heroísmo
Directa
99,00%
100,00%
90,00%
99,31%
50,04%
Total
100,00%
100,00%
100,00%
99,31%
50,10% (a)
Data deconstituição
1946
1997
1998
1990
2000
Indirecta
1,00%
-
10,00%
-
0,06%
Proporção do capital detido
As empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação, pelo
método de integração global, com base no definido na alínea
a) do nº 1 do Decreto-Lei Nº 238/91, de 2 de Julho (maioria
dos direitos de voto).
3 - Empresas associadas
Directa
50,13%
30,00%40,00%
Empresas
NORMA-AÇORES - Sociedade de Estudose Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A.
CONTROLAUTO - AÇORES, - Controlo Técnicode Automóveis, Lda.
ONIAÇORES - Infocomunicações, S.A.
Sede
Ponta Delgada
Praia da VitóriaPonta Delgada
Total
50,13%
45,04%40,00%
Indirecta
-
15,04%-
Proporção do capital detido
Relatório e Contas 06 135
Em conformidade com o nº 13.6 das normas de consolidação
de contas, as participações nestas associadas foram incluídas
na consolidação pelo método da equivalência patrimonial.
7 - Recursos humanos
O número médio de pessoal em empresas cujas demonstrações
financeiras são consolidadas pelo método integral é de 869
trabalhadores (em 2005, 828 trabalhadores)
III - Informações relativas aos procedimentos de con-
solidação
10 - Diferenças de consolidação
O saldo líquido de 2 169 676 euros, que é mostrado em
capitais próprios, está deduzido de 684 659 euros referentes
a aquisições de partes de capital de empresas do grupo e
associadas ocorridas em 1997 e 1998, e contempla 2 854 335
euros proveniente da primeira consolidação das demonstrações
financeiras, a qual resultou da compensação efectuada entre
os valores contabilísticos das partes de capital próprias detidas
nas empresas subsidiárias e associadas e a proporção dos
capitais próprios que elas representavam reportadas a 1 de
Janeiro de 1997, como se indica:
%
56,49%100,00%35,00%40,50%
Participações
SOGEO, S.A.EEG, Lda.NORMA-AÇORES, S.A.CONTROLAUTO – AÇORES, Lda.
Custo deaquisição
5 526 850399 038
9 976 44 8925 980 756
Diferenças deConsolidação
(2 888 299)(275 236)
318 009 (8 809)
(2 854 335)
Montante
2 638 551123 802327 98536 083
Proporção dos capitais próprios detidos
136 Relatório e Contas Consolidadas
Os restantes investimentos financeiros estão mostrados ao
custo de aquisição.
As perdas estimadas na realização e/ou recuperação de inves-
timentos financeiros encontram-se registadas na rubrica Ajus-
tamentos para investimentos financeiros (Nota 27).
IV - Informações relativas a compromissos
21 - Compromissos financeiros
Fundo de pensões
Conforme referido na Nota 23 g), a EDA transferiu em 1996
para o fundo de pensões as responsabilidades com pensões
de reforma e de sobrevivência dos trabalhadores no activo
naquela data. As pensões em pagamento dos pensionistas da
subsidiária EEG são contabilizadas como custos do ano, não
estando as responsabilidades existentes à data de 31 de
Dezembro de 2006 cobertas por quaisquer provisões, nem
por um fundo de pensões, dado que o valor estimado para
esse efeito não é significativo.
Em conformidade com o estudo actuarial reportado a 31 de
Dezembro de 2006, as responsabilidades da EDA com pensões
e complementos de pensões de reforma eram, com base nos
pressupostos actuariais abaixo indicados, as seguintes:
O saldo da rubrica de Diferenças de consolidação incluído no
Imobilizado incorpóreo, cujo movimento no período é resumido
na Nota 27 deste anexo, provém do aumento de capital social
da SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. ocorrido
em 1997, bem como de aquisições de partes de capital desta
subsidiária durante o ano de 2001 (408 825 acções).
18 - Contabilização das participações em associadas
Os investimentos financeiros em partes de capital em empresas
associadas são contabilizados pelo valor resultante da aplicação
do método da equivalência patrimonial.
Em conformidade com o método de equivalência patrimonial,
os investimentos financeiros são ajustados pelo valor
correspondente à participação nos resultados líquidos das
empresas associadas por contrapartida de ganhos e perdas
financeiros (Nota 44). Consequentemente, os dividendos
recebidos destas empresas são registados como uma diminuição
do valor dos investimentos financeiros.
Valor actual das responsabilidades com trabalhadores reformadosValor actual das responsabilidades com trabalhadores no activo, por serviços passados
2005
35 725 672 9 589 47045 315 142
2006
35 332 209 9 753 86345 086 072
Relativamente às responsabilidades com trabalhadores no
activo por serviços futuros o valor actual, em 31 de Dezembro
de 2006, era de 5 705 551 euros (em 2005 – 5 345 626
euros).
Relatório e Contas 06 137
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o número de participantes
abrangidos pelo plano de pensões de reforma era o seguinte:
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 existiam 223 e 226
pensionistas respectivamente não abrangidos pelo Fundo de
Pensões.
Os estudos actuariais acima mencionados quantificam o valor
das responsabilidades por serviços passados de acordo com
os seguintes pressupostos que se mantiveram sem alteração
nessas datas:
Reformados e pensionistasTrabalhadores no activo
2005
352691
1 043
2006
354677
1 031
Tábua de mortalidadeTábua de invalidezTaxa técnica de rendimentoTaxa técnica de actualizaçãoTaxa de crescimento dos saláriosTaxa de crescimento das pensõesTaxa de crescimento das remunerações (S.Social)Taxa de inflaçãoMétodo
TV 73/77EVK 80
5,0%5,0%2,5%2,0%2,5%2,0%
Unidade de crédito projectada
Durante o exercício de 2006 as responsabilidades determinadas
com base nos pressupostos definidos pela EDA e pelo Actuário
tiveram a seguinte evolução:
Saldo em 1 de JaneiroCustos com pensões
Custo do juroCusto dos serviços correntes
Menos:Pensões em pagamentoGanhos e perdas actuariais do ano
2005
42 846 047
2 142 302 407 7472 550 049
(2 443 918) 2 362 964
(80 954)43 315 142
2006
43 315 142
2 265 757 331 8752 597 632
(2 404 582) (422 120)(2 826 702)45 086 072
138 Relatório e Contas Consolidadas
Durante o exercício de 2006, o património do Fundo de
Pensões teve a seguinte evolução:
Saldo no início do anoContribuições do anoRendimento do anoPensões pagas no ano
2005
14 823 9103 769 150
875 995 (964 178)18 504 877
2006
18 504 8771 126 4881 115 261
(961 481)19 928 145
O total das responsabilidades ainda não financiadas é evidenciado
como segue:
Saldo no início do períodoSaldo no final do período
2005
28 022 13826 810 265
2006
26 810 26525 157 927
Em referência a 31 de Dezembro de 2006, o custo com
pensões contabilizado na rubrica de custos com pessoal foi
apurado como segue:
Custo dos serviços correntesCusto dos jurosRetorno dos activos (ganhos)(Ganhos) e perdas actuariais do ano
2005
407 7472 142 302(875 995)2 362 964 4 037 018
2006
331 8752 265 757
(1 115 261)(422 120)
1 060 251
Relatório e Contas 06 139
Em 31 de Dezembro de 2006, o património do Fundo de
Pensões Aberto AÇOR SEGURO - EMPRESAS apresentava
a seguinte composição:
Disponibilidades e outrosFundos de investimentoDívida PúblicaAcçõesObrigaçõesTítulos de ParticipaçãoImóveisOutros
2005
3 086 7456 645 7481 260 595
395 9523 293 7441 572 2082 244 628 5 257
18 504 877
2006
1 101 1879 740 5281 185 2181 236 5933 551 917
-2 263 830
848 87219 928 145
O fundo de pensões está integrado no Fundo de Pensões
Aberto AÇOR SEGURO – EMPRESAS, cujo valor de unidade
de participação era de 6,0118 euros em 31 de Dezembro de
2006 (5,6626 euros em 2005).
Instrumentos financeiros derivados
Em 31 de Dezembro de 2006 a EDA tinha contratado os
seguintes instrumentos financeiros derivados, com o objectivo
de reduzir o risco a que se encontra exposto um contrato de
financiamento (empréstimo obrigacionista no montante de
50 000 000 euros):
i) 3 contratos “swap” de taxa de juro, que têm exclusivamente
o objectivo de gerir o risco a que se encontra exposto o
referido contrato de financiamento;
ii) 5 contratos de opções sobre taxa de juro, que se enquadram
na estratégia da EDA de gerir o risco a que se encontra
exposto o contrato de financiamento acima referido.
140 Relatório e Contas Consolidadas
Períodosde liquidação
15 de Junho de 2007
15 de Junho de 2008
15 de Junho de 2009
15 de Junho de 2010
Justovalor em
31/12/2006
*
*
*
*
Natureza
Cap knock-out- compraCap knock-out- compraCap quanto- vendaCap knock-out- compra
TaxaKnock-out
5,00%
5,25%
5,50%
5,75%
TaxaCAP/Floor
3,35%
3,35%
3,35%
3,35%
Valor dereferência
15.000.000
15.000.000
15.000.000
15.000.000
Taxareferência
Eur_12Min arrearsEur_12Min arrearsEur_12Min arrearsEur_12Min arrears
Justo valor em31/12/2006
263 848*
28 486
345 755
Valorde referência
15.000.000
10.000.000
20.000.000
Períodosde liquidação
Períodos de contagem de juros: 15 de Junho e15 de Dezembro, com vencimento em Junho de2010. Liquidação anual de juros em Dezembro.
Períodos de contagem de juros: 18 de Agosto e18 de Fevereiro, com vencimento em Agosto de2011. Liquidação semestral de juros.
Períodos de contagem de juros: 18 de Agosto e18 de Fevereiro, com vencimento em Agosto de2011. Liquidação semestral de juros.
Recebimento/Pagamento
EDA paga juros Eur_12M in arrears.Recebe juros Eur_6M.
EDA paga juros a 3,61% se a Eur_6M for menorque 4,5%, senão paga Eur_6M menos 0,1%.Recebe juros Eur_6 M.
EDA paga juros mínima [Eur_6M; 3,75%] mais0,02*N em que N é o número de dias, no 1ºperíodo de contagem, em que Eur_12M ficar forado intervalo [3,30%, 4,215%], em 31-12-2006 N=0.Recebe juros Eur_6M.
* Justo valor do conjunto das operações (swap e opções)
Em 31 de Dezembro de 2006 a EDA tinha contratado os se-
guintes 3 “swaps” de taxa de juro (Nota 23 m)):
Em 31 de Dezembro de 2006, a EDA tinha contratado as
seguintes opções de taxa de juro, (Nota 23 m)):
Períodosde liquidação
15 de Junho de 2006 a15 de Junho de 2010
Justovalor em
31/12/2006
*
Natureza
Swaption Bermuda- venda
Taxafixa
2,95%
Valor dereferência
15.000.000
Taxavariável
Eur_12Min arrears
Relatório e Contas 06 141
O valor líquido dos juros associados aos contratos swaps de
taxa de juro é de 183 984 euros (em 2005 – 112 872 euros)
e estão registados na rubrica de Custos e perdas financeiras.
Outros compromissos contratuais
Em 31 de Dezembro de 2006, os compromissos contratuais
são:
Mercadorias encomendadas a fornecedoresEncargos assumidos com equipamento encomendado e empreitadas adjudicadas
1 239 27216 679 18017 918 452
22 - Garantias prestadas
A EDA constituiu-se fiadora do empréstimo bancário contraído
pela participada GLOBALEDA e que, em 31 de Dezembro
de 2006, ascendia a 174 000 euros.
O empréstimo bancário celebrado com o Banco Europeu de
Investimento, no montante de 70 000 000 euros, é destinado
a financiar projectos a desenvolver pela EDA e as suas
participadas. Em 31 de Dezembro de 2006, os desembolsos
realizados estavam assim repartidos:
EDASOGEOEEG
55 000 00013 000 000 2 000 00070 000 000
142 Relatório e Contas Consolidadas
de uma forma geral políticas e critérios contabilísticos consistentes
com os utilizados à data de 31 de Dezembro de 2005.
Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação
das demonstrações financeiras consolidadas foram os seguintes:
a) Imobilizações incorpóreas
As imobilizações incorpóreas são mostradas ao custo de
aquisição ou produção, líquidas de amortizações acumuladas.
Estes imobilizados são amortizados durante um período de 3
anos.
As Imobilizações incorpóreas compreendem as licenças atribuídas
e adquiridas no ano líquidas das emissões de gases com efeito
de estufa.
As licenças de carácter ambiental existentes no final do ano
são actualizadas ao preço de mercado em vigor à data do balanço.
b) Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas transferidas para a EDA na data
de integração pelo seu valor líquido contabilístico são mostradas
na sua quase totalidade pelos valores resultantes da reavaliação
efectuada em referência a 31 de Dezembro de 1983.
As imobilizações corpóreas da EDA não resultantes de processos
de integração são mostradas pelos valores resultantes da
reavaliação efectuada em referência a 31 de Dezembro de
1990.
As imobilizações corpóreas da subsidiária SOGEO - Sociedade
Geotérmica dos Açores, S.A. são mostradas pelos valores
resultantes da reavaliação efectuada em referência 31 de
Dezembro de 1991.
As imobilizações adquiridas após 31 de Dezembro de 1991
são mostradas ao custo de aquisição ou de avaliação.
V - Informações relativas a políticas contabilisticas
23 - Bases de apresentação e principais critérios
valorimétricos utilizados:
Bases de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas
a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas do
grupo (Nota 1). Assim, as demonstrações financeiras consolidadas
foram preparadas segundo a convenção do custo histórico, e
na base da continuidade das operações em conformidade com
os princípios contabilísticos fundamentais da prudência, da
consistência, substância sobre a forma, materialidade e, espe-
cialização dos exercícios, e de acordo com as normas da conso-
lidação definidas no Plano Oficial de Contabilidade.
Princípios de consolidação
A consolidação das empresas subsidiárias (Nota 1) efectuou-
-se pelo método de consolidação integral. As empresas associadas
(Nota 3) foram incluídas na consolidação pelo método da
equivalência patrimonial.
Os saldos e transacções significativas entre as empresas incluídas
na consolidação integral foram eliminados.
O valor correspondente à par ticipação de terceiros nas
empresas subsidiárias é apresentado na rubrica de Interesses
minoritários.
Na aplicação do método de equivalência patrimonial, as partes
de capital das empresas associadas foram corrigidas para o
valor que proporcionalmente lhe corresponde nos capitais
próprios dessas empresas.
Principais critérios valorimétricos
Na preparação destas demonstrações financeiras foram utilizados
Relatório e Contas 06 143
Como explicado na alínea f) desta Nota, os encargos financeiros
são imputados a Imobilizações em curso, até ao momento em
que os imobilizados entram em exploração. Quando os imo-
bilizados passam para a exploração, os encargos financeiros
são incluídos nas diferentes classes de imobilizados que afectaram.
As amortizações são calculadas pelo método das quotas
constantes, a taxas estudadas de forma a amortizarem o valor
contabilístico dos activos durante a sua vida útil esperada.
As taxas de amortizações correspondem às seguintes vidas
úteis estimadas:
c) Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros representativos de partes de
capital noutras empresas (participações inferiores a 20%) e
outras aplicações financeiras encontram-se registados ao custo
da aquisição.
As perdas estimadas na realização e/ou recuperação destes
investimentos financeiros encontram-se registadas na rubrica.
Ajustamentos de investimentos financeiros (Nota 27).
Como acima explicado na Nota 18, os investimentos financeiros
de partes de capital em empresas associadas são incluídos na
consolidação pelo método da equivalência patrimonial.
d) Existências
As existências estão valorizadas ao custo de aquisição, deduzidas
de um ajustamento para depreciação de existências, sendo as
saídas de armazém (consumos) valorizadas ao custo médio.
A diferença entre o custo de aquisição e o valor estimado de
realização ou de mercado, quando mais baixo, encontra-se
registado na rubrica de Ajustamentos de existências.
e) Transacções em moeda estrangeira
As transacções em moeda estrangeira relacionam-se quase
inteiramente com empréstimos bancários externos contraídos
para financiar o investimento e são traduzidas em euros aos
câmbios em vigor na data da contabilização das respectivas
responsabilidades.
Os saldos a pagar e a receber em moeda estrangeira em 31
de Dezembro de 2006 são actualizados aos câmbios em vigor
à data do balanço.
As diferenças de câmbio, favoráveis ou desfavoráveis, são
contabilizadas em resultados do exercício.
Edifícios e outras construçõesEquipamento básico
Produção hidroeléctricaProdução termoeléctricaProdução eólicaProdução geotérmicaSubestaçõesLinhas AT/MTPostos de transformaçãoLinhas BTInstalações de chegadaContadores
Equipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreas
Anos
10 - 60
18 - 404 - 50
2410 – 2015 – 408 – 40
18 – 408 – 28
17 – 2816 – 20
4 – 64 – 203 – 168 – 20
Os terrenos, incluindo os directamente afectos às instalações
de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica,
não são amortizados.
As despesas de reparação e manutenção normais do imobilizado
em exploração são consideradas como custos no período em
que ocorrem.
144 Relatório e Contas Consolidadas
instituição. As diferenças de tratamento originadas pela aplicação
deste regime relativamente aquele que resultaria da Caixa Geral
de Aposentações são assegurados pela EDA.
A EDA constituiu em 1996 um fundo de pensões para financiar
a totalidade das responsabilidades passadas com os trabalhadores
no activo, pelo que só parte do valor actual das responsabilidades
com trabalhadores reformados está coberta a partir daquela
data pelo Fundo de Pensões.
Os trabalhadores da EDA admitidos a partir de 1 de Janeiro
de 2003, e desde que não estejam abrangidos pelo plano de
pensões atrás referido poderão beneficiar de um Plano de
Pensões de Contribuição Definida que será financiado
anualmente pela EDA na base de 1% do salário pensionável.
As pensões pagas em 2006 totalizaram 2 404 582 euros, dos
quais 1 443 102 euros não se encontravam cobertas pelo
fundo. Relativamente aos pensionistas da subsidiária EEG as
pensões contabilizadas como custos do período totalizaram
o montante de 11 730 euros.
h) Comparticipações financeiras
As comparticipações comunitárias atribuídas, a fundo perdido,
a projectos apresentados pelo grupo são contabilizadas na
rubrica de Proveitos diferidos com base na sua execução
financeira, independentemente do seu recebimento e reco-
nhecidas na demonstração de resultados proporcionalmente
às amortizações das imobilizações corpóreas financiadas.
As cedências de infraestruturas de redes e postos de trans-
formação são avaliadas e contabilizadas em Proveitos diferidos
com base no valor de avaliação atribuído a esses activos e
reconhecidas na demonstração dos resultados propor-
cionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas. Em
anos anteriores, estas cedências eram registadas em Reservas
especiais.
f) Encargos financeiros
Os encargos financeiros são repartidos entre os que são
considerados como resultantes de empréstimos contraídos
para financiar os imobilizados em curso e os considerados
como resultantes de outros empréstimos. Os primeiros são
imputados a Imobilizações em curso, sendo os outros
contabilizados em resultados do exercício.
A base do cálculo dos encargos financeiros imputados a
Imobilizações em curso, consiste na aplicação de uma taxa de
juro média dos empréstimos sobre o valor médio dos
investimentos em curso não financiados por comparticipações
ou subsídios. Para efeito deste cálculo, o valor dos investimentos
em curso sobre os quais é aplicada a referida taxa de juro
inclui os encargos financeiros anteriormente imputados.
g) Pensões de reforma e de sobrevivência
Com base no regulamento de acção social em vigor até 31 de
Dezembro de 2002, a EDA tem a responsabilidade de
complementar até ao limite máximo de 80% as pensões de
reforma atribuídas pelas instituições de segurança social aos
seus empregados (admitidos até 31 de Dezembro de 2002)
reformados com pelo menos 30 anos de serviço, descendo
esse limite em conformidade com um menor tempo de serviço
prestado. Além desta responsabilidade com complementos de
pensões de reforma, é igualmente da responsabilidade da EDA
assegurar o pagamento das próprias pensões aos empregados
oriundos do sector público e das autarquias locais abrangidos
pelo regime da Caixa Geral de Aposentações e reformados
até 30 de Novembro de 1999, na parte correspondente ao
período em que estiveram ao seu serviço.
Nos termos do Decreto-Lei nº 427/99, de 21 de Outubro, esses
trabalhadores da EDA passaram a estar integrados no regime
geral de segurança social, assumindo a Caixa Geral de Aposentações
a responsabilidade pelos encargos correspondentes às pensões
devidas, pelo tempo em que o trabalhador foi subscritor daquela
Relatório e Contas 06 145
As comparticipações financeiras do Governo Regional e outros
organismos públicos e de terceiros no custo de empreen-
dimentos são contabilizadas quando facturadas, sendo transferidas
para resultados durante 20 anos, correspondente ao período
de vida útil das imobilizações financiadas.
As comparticipações comunitárias apenas serão atribuídas
enquanto o capital social da EDA for maioritariamente detido
pelo sector público.
i) Vendas de electricidade
A facturação de electricidade é efectuada numa base mensal,
em contagens reais de consumos ou em consumos estimados
através dos dados históricos de cada consumidor. Os consumos
ocorridos e não lidos até à data do balanço, são estimados e
registados em Acréscimos e diferimentos (Nota 53).
As tarifas de energia eléctrica a clientes do SEPA (Sistema
Eléctrico de Serviço Público dos Açores), são fixadas pela ERSE
bem como os custos anuais com a convergência do tarifário
determinados numa base provisória. Os custos anuais com a
convergência do tarifário, são registados na rubrica de Vendas
(Nota 36), corrigidos dos respectivos ajustamentos tarifários
quando aprovados definitivamente pela ERSE.
j) Especialização de custos e proveitos
O Grupo EDA regista os seus custos e proveitos de acordo
com o princípio da especialização dos exercícios. As diferenças
entre estes montantes e as correspondentes receitas e despesas
liquidadas e registadas em Terceiros são registadas nas rubricas
de Acréscimos e diferimentos (Nota 53).
l) Impostos diferidos
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias
entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de
reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos
de tributação.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e
anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se
esperam estarem em vigor à data da reversão das diferenças
temporárias.
Os activos por impostos diferidos são registados unicamente
quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros
suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada
uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos
activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos
por impostos diferidos não registados anteriormente por não
terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para
reduzir o montante do impostos diferidos activos registados
em função da expectativa actual da sua recuperação futura.
m) Instrumentos financeiros derivados
A EDA encontra-se exposta a risco taxa de juro associado ao
financimaneto da sua actividade. A EDA financia-se parcialmente
através da emissão de obrigações com taxa de juro indexada
às taxas de mercado. Como forma de gerir o risco de flutuação
dos custos financeitos em consequência da volatilidade das
taxas de mercado, a EDA contrata instrumentos financeiros
derivados, nomeadamente contratos de permuta de juro
(swaps) e opções sobre taxa de juro (opções).
De acordo com o princípio dos acréscimos, a EDA regista em re-
sultados os juros dos swaps e os ganhos e perdas das opções nos
peíodos em que são gerados, e que são coincidentes com os perío-
dos em que os juros dos contratos de financiamento, cujo risco
está a ser gerido, também afectam os resultados (Notas 21 e 44).
n) Reconhecimento dos dispêndios e passivos de carácter
ambiental
Em conformidade com a Directriz Contabilística nº 29/02, de
5 de Junho, a EDA passou a reconhecer os dispêndios de
carácter ambiental, bem como os passivos e activos com eles
relacionados.
146 Relatório e Contas Consolidadas
Os dispêndios de carácter ambiental são reconhecidos como
custos no período em que são incorridos, excepto se realizados
para evitar ou reduzir danos futuros e proporcionem benefícios
económicos no futuro, sendo neste caso capitalizados e amor-
tizados sistematicamente ao longo das suas vidas económicas
úteis esperadas.
Os passivos de carácter ambiental são registados quando for
possível quantificar com fiabilidade os dispêndios a incorrer.
24 - Câmbios utilizados
As cotações cambiais utilizadas para conversão dos saldos
originariamente expressos em moeda estrangeira existentes
na data do Balanço são originárias do Banco Central Europeu
e datadas de 29 de Dezembro de 2006, por aplicação das re-
gras de conversão conforme se indica de seguida:
Transferênciase abates
--
-
Anulações/reversões
--
-
Saldo em31.12.2006
19 95211 357 88811 377 840
Saldo em31.12.2006
16 29711 346 76711 363 064
14 776
Activo brutoTrespassesPropriedade industrial e outros direitos
Amortizações e ajustamentosTrespassesPropriedade industrial e outros direitos
Valor líquido
Saldo em01.01.2006
19 9523 181 9873 201 939
Saldo em01.01.2006
12 3063 166 3953 178 701
23 238
Aumentos
-8 175 9018 175 901
Reforços
3 9918 180 3728 184 363
Moeda Contra – valor
USD 1,3170 EUR
GBP 0,6715 EUR
VI - Informações relativas a determinadas rubricas
25 - Despesas de instalação, de investigação e desen-
volvimento, trespasses e licenças de carácter ambiental
Estas rubricas incluem encargos com a constituição, aumentos
do capital social e despesas de investigação e desenvolvimento
ocorridos nos últimos anos, bem como o valor de trespasses
e de ocupação de uma instalação e, ainda o registo das licenças
atribuídas e utilizadas correspondentes a emissões de CO2
(Notas 27 e 53).
27 - Movimento do activo imobilizado
O movimento ocorrido no ano resume-se como segue:
Imobilizações incorpóreas
Relatório e Contas 06 147
Alienações
(21)(1)
(716 655)(323 275)(46 989)
(1 131 932) (63)
- -
(2 218 936)
Alienações
(1)(714 365)(323 414)(47 064)
(1 131 932) (62)(2 216 838)
Imobilizações corpóreas
Transferênciase abates
-10 648 09229 871 742
-446 700234 617
-(41 331 477)
(42 525) (172 851)
Anulações/Reversões
-----
- -
Saldo em31.12.2006
3 550 99369 759 482
507 220 0565 477 9745 431 808
16 577 580 51 008 93471 725 613 70 541
730 822 981
Saldo em31.12.2006
17 650 341176 732 257
4 583 8693 251 592
14 780 064 22 621 073239 619 196
491 203 785
Activo brutoTerrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreasImobilizações em cursoAdiantamento por conta de imob. corporeas
Amortizações e ajustamentosEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreas
Valor líquido
Saldo em01.01.2006
3 401 55259 067 431
474 018 8385 512 4174 561 971
17 095 769 50 983 83861 773 258 42 525
676 457 599
Saldo em01.01.2006
15 293 377157 669 743
4 276 0182 898 142
14 579 186 20 966 068215 682 534
460 775 065
Aumentos
149 46243 960
4 046 131288 832470 126379 126
25 15951 283 832 70 54156 757 169
Reforços
2 356 96519 776 879
631 265400 514
1 332 8101 655 067
26 153 500
148 Relatório e Contas Consolidadas
Imobilizações em curso e adiantamentos por conta de imobilizações
corpóreas
2006
61 815 78338 443 61010 330 143
70 541 2 643 758113 303 835
(41 201 151) (306 530)(41 507 681) 71 796 154
Saldo em 1 de JaneiroInvestimento directoEncargos capitalizadosAdiantamento por conta de imobilizações corpóreasEncargos financeiros do período (Notas 28 e 54)
Menos:Transferência para imobilizações corpóreas e incorpóreasTransferência para resultados
Saldo em 31 de Dezembro
2005
43 890 17448 231 94510 618 922
42 525 1 948 972104 732 538
(42 629 433) (287 322)(42 916 755) 61 815 783
Em 31 de Dezembro de 2006, o custo acumulado das
imobilizações em curso compreende:
Centrais e furos geotérmicosProjecto geotérmico da ilha TerceiraAmpliação da central térmica de Santa Bárbara (Grupo VII)Central termoeléctrica do CorvoProjecto para implementação do despacho central de S. MiguelRemodelação linha 10/30 KV e ramais da PovoaçãoRemodelação da subestação da Vinha BravaRemodelação rede BT Ponta Delgada (2ª tranche)Remodelação da subestação de Santa BárbaraConstrução nova saída 15 KV dos CedrosConstrução linha transporte 60 KV Sub. Vinha BravaConstrução linha transporte 30 KV Sub. Belo JardimRemodelação PTS das FurnasRemodelação da rede BT Fajã de CimaOutros
36 510 6879 526 4896 332 5321 631 0591 650 8471 203 634
939 583871 722758 165934 477871 587651 864653 067579 176
8 681 26571 796 154
Relatório e Contas 06 149
Investimentos financeiros
As partes de capital em empresas associadas em 31 de De-
zembro de 2006 tinham a seguinte composição:
Os títulos e outras aplicações financeiras em 31 de Dezembro
de 2006 tinham a seguinte composição:
112 188
317 87024 311
2005
843 294
167 741 202 7101 213 745
Firma
EMPRESAS ASSOCIADASNORMA-AÇORES - Sociedade de Estudos e
Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A.CONTROLAUTO-AÇORES - Controlo Técnico
de Automóveis, Lda.ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
2006
847 489
208 550 212 4341 268 473
Capitaispróprios
1 376 667
695 168531 084
Capitaldetido (%)
50,13
30,0040,00
Resultado do exercício
2006
20062006
279 7534 364 906
(*)
4 3602 692 076
(*)
111 9129 984
Firma
BANIF AÇORPENSÕES - Sociedade Gestorade Fundo de Pensões, S.A.
CABO TV AÇOREANA, S.A.I.A.T.H. - Indústria Açoreana Turístico-
-Hoteleira, S.A.DTS - Sociedade Açoreana de Desenvolvimento
Tecnologias e Serviços, S.A.Caixa Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L.Fundação Eng. José CordeiroINOVA - Instituto de Inovação Tecnológica
dos AçoresENTA - Escola de Novas Tecnologias dos AçoresCARBON LUSO FUND
(*) dados não disponíveis(**) valores do exercício findo em 31/03/2006
2006
49 880228 649
39 500
9 977125
5 736
5 2962 000
500 000 841 163
Capitaispróprios
3 051 14513 934 100
(*)
319 63228 277 824
51 794
1 157 31979 912
Capitaldetido (%)
2,706,18
0,12
5,000,00111
60,00
0,772,00
Resultado do exercício
20052005
2006
2006(**)20052005
20052005
150 Relatório e Contas Consolidadas
28 - Capitalização dos custos financeiros
De acordo com o critério contabilístico definido na Nota 23
f), o montante de encargos financeiros capitalizados no exercício
em imobilizações em curso foi de 2 643 758 euros (Nota 27).
32 - Movimentos ocorridos no activo circulante
No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006,
os ajustamentos ocorridos no activo circulante tiveram o
seguinte movimento:
Para cobranças duvidosasPara depreciação de existências
Saldo final
62 91052 743
115 653
Anulação
(81 854)(69 233)
(151 087)
Reforço
62 38850 304
112 692
Saldo Inicial
82 37671 672
154 048
As anulações foram registadas por utilização directa das
respectivas rubricas de ajustamentos do activo circulante.
33 - Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo
Em 28 de Agosto de 2003, foi celebrado com o Banco Comercial
Português um contrato de cessão de créditos através do qual
a EDA cedeu os créditos emergentes do contrato relativo à
convergência tarifária de energia eléctrica.
Em 31 de Dezembro de 2006, os créditos cedidos e ainda não
pagos e os encargos vincendos, no montante de 22 854 344
euros, são mostrados na rubrica de Outros empréstimos
obtidos, e serão liquidados em 40 prestações trimestrais de
816 227 euros, tendo vencido a primeira em de 31 de Março
de 2004.
Relatório e Contas 06 151
A liquidação desta dívida resume-se como segue (por anos):
2007200820092010 a 2013
3 264 9063 264 9063 264 906
13 059 62622 854 344
Os juros vencidos desta dívida até ao período findo de 31 de
Dezembro de 2006, no montante de 680 282 euros, são mos-
trados na rubrica de Custos e perdas financeiras (Nota 44).
Como explicado na Nota 52 existe também uma dívida
registada na rubrica de “Outros credores”, cuja exigibilidade
por anos é a seguinte:
2006200720082009
2005
51 11051 11051 110
4 268157 598
2006
-51 11051 110
4 268106 488
As dívidas às instituições de crédito a médio e longo prazo
resumem-se como se segue (por anos):
até 5 anosa mais de 5 anosTotal
2005
114 670 326112 451 143227 121 470
2006
110 268 803142 092 033252 360 836
152 Relatório e Contas Consolidadas
Estas dívidas às instituições de crédito, incluída a actualização
da cessão de créditos supra-mencionada, têm a seguinte com-
posição:
Facilidades bancáriasEmpréstimos por obrigaçõesCréditos financeirosCréditos cedidos
Médio e longo prazo(Mais de 1 ano
-50 000 000
182 771 398 19 589 438252 360 836
Curto prazo(Até 1 ano)
21 314 672-
75 289 977 3 264 90699 869 555
Facilidades bancárias
Estes empréstimos têm vencimento fixado para 2007, com a
taxa de juro média de 3,86% e 4,13%.
Empréstimos por obrigações
Consiste numa emissão de 5 000 000 obrigações escriturais
ao portador com valor nominal unitário de 10 euros e que
vence juros à taxa Euribor a 6 meses acrescida de 0,275%
(3,699%). Este empréstimo obrigacionista é integralmente
reembolsável em 2013.
Créditos financeiros e créditos cedidos
Mercado internoEmpréstimos bancários directos e programas de emissões de papel comercial
por oferta privada de subscrição contraídos no mercado interno, vencendojuros a taxas anuais compreendidas entre 3,648% e 3,92% e reembolsáveisaté 2013, inclusivé
Outros empréstimos obtidos-Contrato de cessão de crédito
Mercado externoEmpréstimos contraídos no mercado externo, vencendo juros a taxas anuais
compreendidas entre 3,44% e 7,8%, ocorrendo o seu reembolso até 2020.
Médio e longo prazo(Mais de 1 ano
60 000 00019 589 438
122 771 398202 360 836
Curto prazo(Até 1 ano)
69 468 2493 264 906
5 821 72878 554 883
Relatório e Contas 06 153
O prazo dos programas de emissões de papel comercial que,
no final do ano, totalizavam 98 881 250 euros, é de um ano,
renovável automaticamente por iguais períodos (até ao máximo
de 5 anos). Com excepção dos que finalizam em 2007 que
são mostrados como exigíveis de curto prazo (56 381 250
euros), os restantes programas de emissões de papel comercial
são evidenciados no passivo a médio e longo prazo, porque
normalmente a EDA procede à renovação desses contratos
durante o seu período de vigência. Destes 31 131 250 euros
foram contraídos como antecipação do subsídio à tarifa de 2006.
Em relação a certos empréstimos, a EDA obrigou-se a prestar
a favor das instituições de crédito o aval e/ou carta conforto
do Governo Regional dos Açores e/ou do Governo da República
como garantia dos valores mutuados. Os montantes a liquidar
em 31 de Dezembro de 2006 dos empréstimos nesta situação
eram respectivamente de 143 593 126 euros e 8 593 126 euros.
Sobre as operações de financiamento avalizadas pelo Governo
da República e Governo Regional incide uma taxa de aval de
0,2%, e 0,1%, respectivamente.
36 - Vendas e Prestações de serviços
As rubricas de Vendas e Prestação de serviços podem ser
resumidas:
Vendas de electricidadeEm Média tensãoEm Baixa tensãoEnergia em contadores
Ajustamentos de tarifário
Vendas de telemóveis e acessórios
Prestações de serviços
119 210 145 1 940 141121 150 286 5 222 829126 373 115
23 001 30649 985 713 1 528 83144 694 295
128 435 666 2 497 569130 933 235 7 554 813138 488 048
25 221 65954 079 676 1 600 34647 533 985
20052006
154 Relatório e Contas Consolidadas
Conforme explicado na Nota 23 i), os custos associados à
convergência do tarifário são anualmente fixados pela ERSE,
que liquidou, numa base provisória, o montante de 33 634 709
euros em referência ao exercício findo em 31 de Dezembro
de 2006. Adicionalmente, encontra-se também registada nesta
rubrica o ajustamento definitivo dos custos associados à
convergência do tarifário relativa ao exercício de 2005 no
montante de 7 918 578 euros, que resultou da revisão final
realizada pela ERSE (Nota 53), bem como, 5 980 698 euros
relativos à diferença tarifária acumulada relativa à limitação de
acréscimos das tarifas de BT em 2006, a recuperar entre 2008
e 2017 na tarifa UGS, montante já adiantado pela REN.
38 - Imposto sobre o rendimento
Em conformidade com a legislação em vigor na Região Autó-
noma dos Açores a taxa a aplicar para determinação do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) é
reduzida em 30% correspondendo actualmente a uma taxa
efectiva de 17,5%, que acrescida da taxa máxima de 10% da
derrama conduz a uma taxa agregada de 19,25%.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais
estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração
fiscal durante um período de 4 anos (5 anos no que respeita
à segurança social). As autoridades fiscais poderão, também
efectuar correcções sempre que as relações especiais tenham
sido estabelecidas em condições diferentes das que seriam
normalmente acordadas com entidades independentes. Deste
modo, as declarações fiscais de 2003 a 2006 poderão vir ainda
a ser revistas.
A EDA entende que as correcções resultantes de revi-
sões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas
declarações de impostos não terão um efeito significativo nas
demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2006.
O montante de 1 961 515 euros registado em resultados do
exercício na rubrica de “Imposto sobre o rendimento”
compreende:
Imposto correnteImposto diferido
2005
2 530 852 172 3492 703 201
2006
738 0061 223 5091 961 515
Relatório e Contas 06 155
As empresas incluídas na consolidação são tributadas com base
nos rendimentos apurados das contas individuais, nas quais
foram constituídas as seguintes provisões para IRC a pagar :
EDASOGEOEEGGLOBALEDASEGMA
1 242 709336 021283 98357 330
41 4721 961 515
A reconciliação do custo do imposto pode ser assim resumida:
Resultado antes de impostoDiferenças temporárias e permanentes
Imposto esperado à taxa de 19,25%Imposto diferidoTributação autónomaCusto de imposto
2005
12 930 331 96 308
13 026 639
2 507 628167 795
27 7782 703 201
2006
10 742 649(44 599 008)(33 856 359)
713 6181 223 509 24 3881 961 515
O imposto esperado tem a seguinte composição:
EDASOGEOEEGGLOBALEDASEGMA
-335 135283 92554 020
40 538713 618
A diferença de 24 388 euros verificada entre o imposto corrente
(738 006 euros) e o imposto esperado (713 618 euros)
respeita à tributação autónoma.
156 Relatório e Contas Consolidadas
O efeito fiscal emergente das diferenças temporárias entre os
resultados contabilísticos e os fiscais foram objecto de registo
contabilístico em impostos diferidos activos e passivos, como
a seguir se demonstra:
Diferenças temporárias que originam Activos por impostos diferidos:Pensões de reforma não aceite fiscalmenteImposto à taxa de 19,25%
Diferenças temporárias que originam Passivos por impostos diferidos:Reintegrações de imobilizados reavaliadosMais-valias fiscais reinvestidasConvergência tarifária não recebida e prejuízo fiscal inerenteImposto à taxa de 19,25%
2005
26 810 2655 160 976
2 896 977158 083
-588 099
2006
26 928 8705 183 807
2 650 774121 377
6 757 4021 834 439
Activos por Impostos diferidosProvisão para pensões de reforma não aceite fiscalmente
Passivos por Impostos diferidosAcréscimo de reintegrações de imobilizados reavaliados
não aceites como custo fiscalAcréscimo de mais-valias fiscais reinvestidasConvergência tarifária não recebida
Encargo do ano por impostos diferidos
Efeito noExercício
22 83122 831
(47 394)
(7 066)1 300 8001 246 340
1 223 509
2006
5 183 8075 183 807
510 274
23 3651 300 8001 834 439
2005
5 160 9765 160 976
557 668
30 431 -
588 099
Relatório e Contas 06 157
39 - Remunerações dos orgãos sociais
As remunerações atribuídas aos orgãos sociais em 2006 totalizaram
639 072 euros (em 2005 ascenderam a 597 031 euros).
41 - Reavaliação das imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas foram reavaliadas ao abrigo dos
seguintes diplomas legais:
Decreto-Lei nº 399-G/84, de 28 Dezembro
Decreto-Lei nº 118-B/86, de 27 Maio
Decreto-Lei nº 49/91, de 25 Janeiro
Decreto-Lei nº 264/92, de 24 Novembro
42 - Custo histórico de imobilizações corpóreas
O valor líquido do custo e das reavaliações das imobilizações
corpóreas é o seguinte:
Terrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreas
ValoresReavaliados
3 550 99352 109 141
330 487 799894 105
2 180 2161 797 516
28 387 861419 407 631
Reavaliações
281 3162 050 0004 074 978
-66
- 2446 406 604
CustosHistóricos
3 269 67750 059 141
326 412 821894 105
2 180 1501 797 516
28 387 617413 001 027
43 - Comparabilidade das demonstrações financeiras
A EDA não procedeu á alteração de práticas e políticas
contabilísticas no decorrer do exercício.
158 Relatório e Contas Consolidadas
44 - Demonstração consolidada dos resultados
financeiros
Custos e perdasEncargos financeiros suportados (Nota 33 e 53)Amortização das diferenças de consolidação (Nota 27)Diferenças de câmbio desfavoráveisOutros custos e perdas
Proveitos e ganhosJuros obtidosGanhos de participações de capital:
Em empresas associadasEm outras empresas
Diferenças de câmbio favoráveisOutros proveitos e ganhos (Nota 53)
Resultados financeiros
2005
8 517 59044 10684 352
745 1689 391 216
1 779 410
235 148182 37615 655
799 723 3 012 312
(6 378 904)
2006
10 393 672-
5 353 713 722
11 112 747
431 878
266 880269 68838 504
2 734 702 3 741 652
(7 371 095)
Os ganhos em empresas associadas tem a seguinte composição
(Nota 3):
Norma - AçoresControlauto - AçoresOniaçoresCabo TV Açoreana
2005
127 48554 55130 824
182 376395 236
2006
104 04595 3619 724
269 688478 818
Relatório e Contas 06 159
45 - Demonstração consolidada dos resultados
extraordinários
Os resultados extraordinários resumem-se como segue:
A rubrica Outros proveitos e ganhos extraordinários contempla
a quota parte das comparticipações financeiras (5 847 251
euros - Nota 23 h)).
Custos e perdasDonativosDívidas incobráveisPerdas em existênciasPerdas em imobilizaçõesMultas e penalidadesOutras penalidades contratuaisCorrecções relativas a exercícios anterioresInsuficiência de estimativa de impostosOutros custos e perdas extraordinárias
Proveitos e ganhosGanhos em existênciasGanhos em imobilizaçõesReduções de amortizações e de provisõesBenefícios penalidades contratuaisExcesso de estimativa de impostosCorrecções relativas a exercícios anterioresOutros proveitos e ganhos extraordinários
Resultados extraordinários
2005
74 81057 66313 12473 968
81670 60120 14667 602
5 175383 905
3 30861 247
--
26 7753 113
5 910 6426 005 085
5 621 180
2006
13 731-
1 1392 4901 673
27 6418 062
490 2 53357 759
-32 914
412234 42270 958
112 6915 848 2686 299 665
6 241 906
160 Relatório e Contas Consolidadas
VII - Informações diversas
51 - Estado e outros entes públicos
Os saldos devedores e credores resumem-se como se segue:
52 - Outros devedores e credores - Curto prazo
Na rubrica de Outros devedores, está registado o montante
de 801 606 euros devido pela Secretaria Regional da Economia
referente ao processo de normalização da estrutura económica-
-financeira da EDA respeitante ao ano de 1991.
Nesta rubrica encontram-se ainda evidenciados 680 087 euros
referentes a comparticipações comunitárias diferidas em 2006
e anos anteriores, que ainda se encontram por liquidar (Nota 53).
2006
5 0351 600 946
7 450 0001 090 387
10 146 368
321 560211 756504 04874 614
20 8241 132 802
Saldos devedoresPagamento por conta IRCIRC a recuperarImposto sobre valor acrescentado (IVA):
Reembolsos pedidosA recuperar
Saldos credoresIRC a pagarIRS – retenções na fonteTaxa social únicaIVA a pagarOutros
2005
3 827-
5 250 0001 525 3406 779 167
927 453287 301469 521129 896
17 7181 831 889
Relatório e Contas 06 161
A rubrica de Outros credores inclui os seguintes saldos:
O saldo devido à Aeroportos e Navegação Aérea, - ANA, E.P.
resulta da cedência da Central Termoeléctrica do Aeroporto
de Santa Maria, pelo valor global de 548 678 euros, que será
liquidado em prestações mensais de 4 259 euros, vencendo-
-se a última em 1 de Janeiro de 2009, sem qualquer encargo
adicional (Nota 33). Do saldo total a pagar a esta entidade, o
montante de 55 378 euros encontra-se evidenciado no Balanço
em dívidas a terceiros de médio e longo prazo.
53 - Acréscimos e diferimentos
Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço:
Acréscimos de proveitos
2006
370 995106 488752 086
1 031 0506 219 926 203 6018 684 146
RDP - Taxas de radiodifusãoANA, E.P.Cauções recebidas de clientesAlienação de terrenos da antiga sedeAdiantamento da REN (Nota 53)Credores diversos
2005
176 668157 598779 431
--
178 3081 292 005
2006
1 600 346
26 448 26748 179 0766 219 926
28 808 956 64883 433 071
Energia a facturar (Nota 36)Custos associados à convergência tarifária:
De anos anterioresDe 2004 a 2006
Energia a facturar a clientes em data a definir pela ERSESubsídio para o investimentoOutros acréscimos de proveitos
2005
1 528 831
26 238 2824 571 369
-480 486
542 97433 361 942
162 Relatório e Contas Consolidadas
Em 31 de Dezembro de 2006, o valor actual desta dívida foi
estimado em 26 448 267 euros tendo a correspondente
variação ocorrida em 2006 nesta rubrica, no montante de 680
282 euros, sido registada na rubrica de Outros proveitos e
ganhos financeiros (Nota 44).
O Estado comprometeu-se, nos termos do contrato de
convergência, a que se as verbas acima referidas não vierem
a ser inscritas no Orçamento de Estado pagará à EDA juros
de mora sobre as parcelas em dívida não orçamentadas, a
partir da data em vigor do orçamento de cada ano.
Os custos associados à convergência tarifária mostrados nesta
rubrica resultam de:
Em Maio de de 2003, a EDA celebrou com o Governo da
República e o Fundo Regional de Apoio às Actividades
Económicas um contrato relativo à convergência tarifária de
energia eléctrica, no qual se estabelecem as regras relativas ao
pagamento dos custos acrescidos de produção e distribuição
de energia eléctrica dos anos de 1998 a 2002 que foram
estimados em 31 449 431 euros (o valor definitivo ainda não
foi calculado pela ERSE). De acordo com o contrato, este
montante será pago, em 40 prestações trimestrais e sem juros
de 784 833 euros contadas a partir de 2004 (não inclui a
prestação que se vence em 2003, no montante de 56 101
euros). As prestações vencidas de 2003 a 2006 no montante
de, aproximadamente, 9 417 998 euros, apenas foram recebidos
no corrente ano 470 297 euros.
Como explicado na Nota introdutória do Anexo, estes custos
e os previstos para o ano de 2007 e os respectivos encargos
financeiros, no total de 112 564 980 euros serão incorporados
nas tarifas de Uso Global do Sistema (UGS), em prestações
iguais, durante um período de 10 anos, contados a partir de
1 de Janeiro de 2008.
Custos diferidos
Ano
20042005 (Nota 44)2006 (Nota 44)
Total
4 690 3168 491 596
34 997 16448 179 076
Juros
235 225573 018
1 362 4552 170 698
Custos
4 455 0917 918 578
33 634 70946 008 378
Encargos com empréstimos bancários e outrosEncargos com o contrato de cessão de crédito (Nota 33 e 44)Outros custos diferidos
Total
882 5785 211 150 197 7256 291 453
2006
1 216 9564 530 867 68 7585 816 581
Relatório e Contas 06 163
Os encargos com o contrato de cessão de crédito no montante
de 4 530 867 euros, dizem respeito aos juros vincendos e a
comissões associadas a esta cessão (Nota 44). O total de
encargos registados a este respeito em resultados na rubrica
de Custos e perdas financeiras perfaz o montante de 688 282
euros (em 2004 680 282 euros).
Acréscimos de Custos
Na rubrica designada Fundo de Pensões está registado o
montante de 25 157 927 euros respeitantes às responsabilidades
com pensões de reforma ainda não financiadas determinadas
com base nos pressupostos actuariais descritos na Nota 31,
acrescido de 1 770 943 euros, referente ao efeito da alteração
da taxa técnica de actualização de 5% para 4,75%.
Proveitos diferidos
Esta rubrica inclui Subsídios para o investimento, cujo movimento
em 2006 foi o seguinte:
Comparticipações recebidas do Governo Regionale de terceiros no custo de empreendimentos
Comparticipações comunitáriasActivos cedidos (Nota 27)
Saldo finalLíquido
13 456 93681 016 998 8 647 784
103 121 718
Transferênciapara resultados
(975 792)(4 562 638) (308 821)(5 847 251)
Aumentos
1 426 4995 739 8733 414 915
10 581 287
Saldo iniciallíquido
13 006 22979 839 763 5 541 69098 387 682
Fundo de pensões (Nota 21)Remunerações a liquidarJuros a liquidarGratificações ao pessoalEstimativa de custos a facturar de obras encerradasEncargos relacionados com projectos e materiaisCompensações contratuaisEncargos com amortizaçõesOutros acréscimos de custos
2005
26 810 2653 052 9841 283 305
350 0007 321
-143 945
- 331 82131 979 641
2006
26 928 8703 120 6062 452 039
350 000-
148 793275 577150 216
316 56433 742 665
164 Relatório e Contas Consolidadas
Do total das comparticipações comunitárias diferidas em 2006
e anos anteriores, ainda se encontra por liquidar o montante
de 708 895 euros, dos quais 28 808 euros são evidenciados
na rubrica “Acréscimos de proveitos” e 680 087 euros na
rubrica de “Outros devedores”.
54 - Trabalhos para a própria empresa
Incluem-se nesta rubrica os seguintes montantes:
Encargos capitalizadosEncargos financeiros (Nota 27)
2005
10 618 922 1 948 97212 567 894
2006
10 330 143 2 643 75812 973 901
55 - Interesses minoritários
O movimento ocorrido no ano de 2006 resume-se como se
segue:
Saldo inicialLucro / (prejuízo) do período:
SOGEOGEOTERCEIRA
Aquisição de acções da SOGEOSaldo final
1 006 059
9 336(390 914) 624 481
9 693 (357)
O saldo da rubrica dos interesses minoritários classificado no
passivo em 31 de Dezembro de 2006 diz respeito às participadas
SOGEO (127 703 euros) e GEOTERCEIRA (496 778 euros).
Em 31 de Dezembro de 2006, a EDP Participações, SGPS, S.A.
que detêm uma participação de 49,96% na filial Geoterceira
como indicado na Nota 1 concedeu um empréstimo de 1 621 750
euros que não tem período de reembolso definido e não
vence juros.
Relatório e Contas 06 165
56 - Capital social
O capital social da EDA é representado por 14 000 000 acções
nominativas com valor nominal de cinco euros cada uma.
57 - Detentores do capital social
As acções representativas do capital social subscrito e realizadas
são detidas integralmente pelas seguintes entidades:
Região Autónoma dos AçoresESA - Energia e Serviços dos Açores, SGPS, S.A.EDP - Gestão da Produção de Energia, S.A.OutrosTotal
Capital (%)
50,1039,7010,000,20
100,00
Acções
7 014 0005 558 1201 400 000
27 88014 000 000
58 - Movimentos nas rubricas do capital próprio
O movimento ocorrido nas rubricas do capital próprio resume-
-se como segue:
Capital socialDiferenças de consolidação (Nota 10)Reservas de reavaliaçãoReservas legaisReserva para investimentosReserva para fins sociaisReservas especiaisResultados transitados
Resultado consolidado líquido do exercício
Saldo final
70 000 000(2 169 676)
1 176 7561 600 000
100 91119 235
226 6504 545 434
75 499 310
8 771 79884 271 108
Outrasvariações
--
47 394----
(47 394)-
8 771 7988 771 798
Aplicação doresultado
---
600 000---
9 609 63510 209 635
(10 209 635) -
Saldo inicial
70 000 000(2 169 676)
1 129 3621 000 000
100 91119 235
226 650(5 016 807)65 289 675
10 209 63575 499 310
166 Relatório e Contas Consolidadas
Por deliberação da Assembeia Geral de 28 de Abril de 2006
a aplicação de resultados do exercício findo em 31 de Dezembro
de 2005 foi como se segue:
Reserva legalResultados transitados
600 0009 609 635
10 209 635
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do
resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da
reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do
capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de
liquidação da EDA, mas pode ser utilizada para absorver
prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada
no capital.
A reserva de reavaliação do imobilizado corpóreo resulta das
reavalições efectuadas nos termos da legislação aplicável (Nota
41). De acordo com a legislação vigente e as práticas con-
tabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são dis-
tribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas
circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital
ou em outras situações especificadas na legislação.
A transferência entre a rubrica “Reservas de reavaliação” e a
rubrica “Resultados transitados”, no montante de 47 394 euros,
corresponde à variação ocorrida (diminuição) no imposto
diferido passivo relativa às reservas de reavaliação que foram
realizadas no decurso do exercício.
Relatório e Contas 06 167
59 - Detalhe de caixa e seus equivalentes
Em 31 de Dezembro de 2006, o detalhe de caixa e seus
equivalentes, era o seguinte:
CaixaDepósitos bancários imediatamente mobilizáveis
Contas correntes caucionadas e Depósitos bancários (saldos credores)
2005
8 3721 045 1421 053 514(846 714) 206 800
2006
11 8482 657 5112 669 359 -2 669 359
168 Relatório e Contas Consolidadas
60 - Notas Explicativas à demonstração dos resultados
por funções
A demonstração dos resultados por funções foi elaborada,
tendo em consideração o disposto na Directriz Contabilística
nº 20, havendo os seguintes aspectos a salientar :
A rubrica “Custos das vendas e prestações de serviços” inclui,
nomeadamente, os saldos das rubricas “Custo das mercadorias
vendidas e matérias consumidas” e parte dos saldos das rubricas
“Fornecimentos e serviços externos”, “Custos com o pessoal”,
“Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo”,
“Trabalhos para a própria empresa” e “Proveitos e ganhos
extraordinários” da demonstração dos resultados por naturezas.
As rubricas “Custos de distribuição” e “Custos administrativos”
incluem parte dos saldos das rubricas “Fornecimentos e serviços
externos”, “Custos com o pessoal” e “Amortizações do
imobilizado corpóreo e incorpóreo” da demonstração dos
resultados por naturezas.
A rubrica “Outros proveitos e ganhos operacionais” inclui
essencialmente os saldos das rubricas “Proveitos suplementares”,
“Outros proveitos e ganhos operacionais” e “Subsídios à
exploração” da demonstração dos resultados por naturezas.
A rubrica “Outros custos e perdas operacionais” inclui es-
sencialmente os saldos das rubricas “Provisões”, “Ajustamentos”,
“Outros custos e perdas operacionais”, “Impostos“ e “Custos
e perdas extraordinários” da demonstração dos resultados por
naturezas.
Relatório e Contas 06 169
61 - Responsabilidades contingentes
Em 31 de Dezembro de 2006, encontra-se em curso um
processo interposto pelo Ministério Público contra a subsidiária
SOGEO e contra o Governo Regional dos Açores, através do
qual é pedida a declaração de nulidade dos actos administrativos
que aprovaram a construção da central geotérmica da Lagoa
do Fogo, cujo valor líquido contabilístico do imobilizado em
31 de Dezembro de 2006 ascende a 32 259 783 euros. A
SOGEO suportada em pareceres dos seus assessores jurídicos,
decidiu pela não constituição de qualquer provisão, em virtude
de entender que, do desfecho do processo, não resultará
qualquer responsabilidade para a Empresa.
Também existe uma acção judicial emergente da rescisão de
um contrato de prestação de serviços em que é exigido à
subsidiária SOGEO um pagamento de uma indemnização de
44 000 euros. Pelos mesmos motivos, não foi constituída
qualquer provisão em 31 de Dezembro de 2006.
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Maria Manuela Cabido Pontes Furtado Roberto de Sousa Rocha AmaralFrancisco Manuel Sousa Botelho
Maria José Martins GilMário Duarte Carreira Mendes
Jaime Carvalho de MedeirosAlberto Manuel Rebelo Carreiro
Gualter José Andrade FurtadoAntónio Manuel Barreto Pita de Abreu
António Jorge Flores Vasquez
170 Relatório e Contas Consolidadas
2. Apreciação e Certificação de Contas Consolidadas
Senhores Accionistas,
Em conformidade com as disposições legais aplicáveis, vimos
emitir o nosso relatório sobre a fiscalização das contas
consolidadas da Electricidade dos Açores, S.A. em referência
ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, as quais, em
conjunto com o Relatório consolidado de gestão, nos foram
submetidas para exame pelo Conselho de Administração.
Verificámos que o perímetro de consolidação foi definido pela
Electricidade dos Açores, S.A., como empresa consolidante,
de harmonia com o estabelecido no Decreto-Lei nº 238/91,
de 2 de Julho, e que nos seus aspectos essenciais foram
apropriadamente aplicadas as normas de consolidação de
contas definidas no Plano Oficial de Contabilidade.
Relativamente às empresas integradas no perímetro de
consolidação, apreciámos o respectivo Relatório do Conselho
de Administração e, quando aplicável, o Parecer e o Relatório
e a Certificação Legal das Contas emitidos pelo seu órgão de
fiscalização em conformidade com as disposições legais e
estatuárias.
Emitimos, também, o Relatório anual sobre a fiscalização das
contas consolidadas, o qual, como exigido por lei, fica a fazer
parte integrante do presente relatório, bem como a Certificação
Legal das Contas consolidadas emitida nesta data.
O Relatório consolidado de gestão satisfaz de um modo geral
os requisitos exigidos e verificámos que existe concordância
do seu conteúdo com as contas consolidadas.
Em face do exposto, e dado não se nos ter deparado qualquer
aspecto que afecte materialmente a imagem verdadeira e
apropriada da situação financeira e dos resultados do conjunto
das empresas compreendidas na consolidação, o Fiscal Único
deliberou formular sobre o relatório consolidado de gestão e
sobre as contas consolidadas o parecer que segue em separado,
o qual deverá ser presente aos accionistas e publicado, como
a lei impõe.
Ponta Delgada, 26 de Abril de 2007
O FISCAL ÚNICO
UHY – A. PAREDES E ASSOCIADOS, SROC, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
representada por:
Manuel Luís Fernandes Branco (ROC 652)
Relatório do Fiscal Único(Contas consolidadas)
Relatório e Contas 06 171
Senhores Accionistas,
Procedemos ao exame das contas consolidadas da Electricidade
dos Açores, S.A. em referência a 31 de Dezembro de 2006
e à apreciação da concordância, com essas contas, do Relatório
consolidado de gestão, em resultado dos quais somos de pare-
cer que aproveis o conjunto destes documentos.
Ponta Delgada, 26 de Abril de 2007
O FISCAL ÚNICO
UHY – A. PAREDES E ASSOCIADOS, SROC, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
representada por:
Manuel Luís Fernandes Branco (ROC 652)
Parecer do Fiscal Único(Contas consolidadas)
172 Relatório e Contas Consolidadas
Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo
seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau
de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras
consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes.
Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação das de-
monstrações financeiras das empresas englobadas na consolidação
terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos
significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa
base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações
nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos
e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas
na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação
e da aplicação do método da equivalência patrimonial; (iii) a
apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas
adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo
em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade
do princípio da continuidade; e (v) a apreciação sobre se é
adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações
financeiras consolidadas.
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concor-
dância da informação financeira consolidada constante do
relatório consolidado de gestão com as demonstrações
financeiras consolidadas.
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base
aceitável para a expressão da nossa opinião.
Reserva
7. Como explicado na Nota introdutória do Anexo, os custos
anuais com a convergência tarifária poderão ser sujeitos a
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas
anexas da Electricidade dos Açores, S.A., as quais com-
preendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de
2006 (que evidencia um total de balanço de 618.565.846
euros, um total de interesses minoritários de 624.481 euros
e um total de capital próprio de 84.271.109 euros, incluindo
um resultado líquido de 8.771.798 euros), a Demonstração
consolidada dos resultados por naturezas e por funções e
a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa e o cor-
respondente Anexo.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a
preparação de demonstrações financeiras consolidadas que
apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição
financeira do conjunto das empresas englobadas na con-
solidação e o resultado consolidado das suas operações, bem
como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados
e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião
profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas
demonstrações financeiras.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com
as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão da Ordem dos
Certificação Legal das Contas(Contas consolidadas)
Relatório e Contas 06 173
acertos decorrentes dos desvios entre o orçamento e os
custos reais e da revisão da ERSE às contas reguladas apre-
sentadas pela Empresa. As últimas contas reguladas aprovadas
definitivamente reportam-se a 31 de Dezembro de 2005,
tendo os ajustamentos tarifários de 7.918.578 euros apurados
em referência a esse exercício sido registados em 2006
como proveitos na rubrica de Vendas (Nota 36). Os ajus-
tamentos tarifários para o ano de 2006 estão estimados em
23.593.706 euros(dos quais, 5.980.698 euros foram
contabilizados em 2006). Caso fosse observada uma adequada
especialização de exercícios no reconhecimento dos
ajustamentos tarifários, os proveitos no ano seriam acrescidos
em 17.613.008 euros e, consequentememte, os resultados
do ano seriam superiores em 14.222.504 euros.
Opinião
8. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos do assunto
mencionado no parágrafo 7 acima, as referidas demonstrações
financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e
apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes,
a posição financeira consolidada da Electricidade dos Açores,
S.A. em 31 de Dezembro de 2006, o resultado consolidado
das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no
exercício findo naquela data, em conformidade com os
princípios contabilísticos geralmente aceites.
Ênfase
9. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, cha-
mamos a atenção para o facto de que as prestações vencidas
de 2003 a 2006 do contrato relativo à convergência tarifária
de energia eléctrica dos anos de 1998 a 2002, no montante
aproximado de 8.947.701 euros, ainda não foram liquidadas
pelo Governo da República. Em 31 de Dezembro de 2006,
o valor actual desta dívida foi estimado em 26.448.267 euros
e encontra-se registado na rubrica de Acréscimos de proveitos
(Nota 53). Como mencionado na Nota 52 do Anexo às
demonstrações financeiras consolidadas, encontra-se também
por liquidar o saldo de 801.606 euros devido pela Secretaria
Regional da Economia referente ao processo de normalização
da estrutura financeira do ano de 1991.
Ponta Delgada, 26 de Abril de 2007
O FISCAL ÚNICO
UHY - A. PAREDES E ASSOCIADOS, SROC, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
representada por:
Manuel Luís Fernandes Branco (ROC 652)
174 Relatório e Contas Consolidadas
se as demonstrações financeiras não contêm distorçõesmaterialmente relevantes.
4. Um exame envolve a execução de procedimentos destinadosa obter prova de auditoria sobre as quantias e divulgaçõesconstantes das demonstrações financeiras consolidadas. Osprocedimentos seleccionados dependem do julgamentodo auditor/revisor, incluindo a avaliação dos riscos dedistorção material das demonstrações financeiras conso-lidadas, quer devido a fraude quer a erro. Ao efectuar essasavaliações de risco, o auditor considera o controlo internorelevante para a preparação e apresentação apropriadadas demonstrações financeiras consolidadas pela Sociedadea fim de conceber procedimentos de auditoria que sejamapropriados nas circunstâncias, mas não com a finalidadede expressar uma opinião sobre a eficácia do controlointerno da Sociedade. Uma auditoria também inclui a ava-liação da adequação das políticas contabilísticas usadas eda razoabilidade das estimativas contabilísticas efectuadaspela Administração, bem como a avaliação sobre se é ade-quada, em termos globais, a apresentação das demonstraçõesfinanceiras consolidadas.
5. Entendemos que a prova de auditoria que obtivemos ésuficiente e apropriada para proporcionar uma base paraa nossa opinião.
Reservas
6. As filiais do Grupo que suportam as actividades de produçãoeléctrica por fontes renováveis valorizam os seus activose passivos produtivos com referência a práticas de aceitaçãofiscal, de acordo com critérios valorimétricos baseados noprincípio do custo histórico a valores nominais. A definiçãodestes princípios, critérios e práticas não atenderam àsubstância económica das operações pelo que os valoreslíquidos dos mesmos, e respectivas contrapartidas, poderãoser diferentes, por um montante que não foi possível
1. Examinámos as Demonstrações Financeiras Consolidadasanexas da EDA – Electricidade dos Açores, S.A., as quaiscompreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2006,(que evidencia um total de 618.565.846 euros, um totalde interesses minoritários de 624.481 euros e um total decapital próprio de 84.271.109 euros, incluindo um resultadolíquido de 8.771.798 euros), as Demonstrações consolidadasdos resultados, por naturezas e por funções, a Demonstraçãoconsolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naqueladata e o correspondente Anexo contendo um resumo dasprincipais políticas contabilísticas e outras notas explicativas.
Responsabilidades do Conselho de Administraçãopelas Demonstrações Financeiras Consolidadas
2. O Conselho de Administração é responsável pela preparaçãoe apresentação apropriada destas Demonstrações Financeirasconsolidadas em conformidade com os princípios conta-bilísticos geralmente aceites em Portugal. Esta responsa-bilidade inclui: a concepção, implementação e manutençãodo controlo interno relevante para a preparação eapresentação apropriada de demonstrações financeirasconsolidadas que estejam isentas de distorções materiais, querdevidas a fraude quer a erro; a selecção e aplicação de políticascontabilísticas apropriadas; e o apuramento de estimativascontabilísticas que sejam razoáveis nas circunstâncias.
Responsabilidades do Auditor
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opiniãosobre estas demonstrações financeiras consolidadas, baseadana nossa auditoria. Conduzimos a nossa auditoria em confor-midade com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revi-são/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.Estas Normas exigem que cumpramos com requisitoséticos e planeemos e executemos a auditoria com oobjectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre
Relatório de Auditoria
existisse a limitação referida no parágrafo nº 6 acima, eexcepto quanto aos efeitos das situações referidas nosparágrafos nºs 7 e 8 acima, as referidas demonstraçõesfinanceiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, emtodos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeirada EDA – Electricidade dos Açores, S.A. em 31 de Dezembrode 2006, o seu desempenho financeiro e os seus fluxos decaixa do ano então findo, em conformidade com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal.
Ênfases
10. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior,chamamos a atenção para o facto de que:
a) como mencionado na Nota 52 do Anexo às demonstraçõesfinanceiras, encontra-se registado na rubrica de OutrosDevedores o montante de 801.606 euros devido pelaSecretaria Regional de Economia referente ao processo denormalização da estrutura financeira do ano de 1991;
b) as prestações vencidas, relativas ao período compreendidoentre os anos de 2003 a 2006, do contrato relativo àconvergência tarifária de energia eléctrica dos anos de1998 a 2002, no montante de 8.947.701 euros, ainda nãoforam pagas pelo Governo da República. Como mencionadona Nota 53, em 31 de Dezembro de 2006 o valor actualdesta dívida foi estimado em 26.448.267 euros e encontra-seregistado na rubrica de Acréscimos de proveitos.
Lisboa, 26 de Abril de 2007
PricewaterhouseCoopers & Associados, S.R.O.C., Lda.representada por:
José Manuel Oliveira Vitorino, R.O.C
Relatório e Contas 06 175
determinar, daqueles que resultariam caso a mesma fossetida em consideração.
7. A Empresa procedeu à contabilização dos encargos combenefícios de reforma de acordo com os critérios e pres-supostos consistentes com os do exercício anterior. Contudo,é nossa convicção que, tendo em conta as circunstânciaspresentes, o critério, deveria ter sido alterado para o previstona versão actualizada do normativo internacional decontabilidade, e, os pressupostos, deviam ser revistos. Pora Empresa se encontrar a estudar a eventual transição paraos normativos internacionais de relato financeiro (IFRS)optou por não alterar aqueles critérios e pressupostos e,desta forma, os acréscimos passivos encontram-se sobrea-valiados em cerca de 1.054.026 euros, os impostos (diferidose a pagar) e os resultados do exercício encontram-sesubavaliados em cerca de 202.900 euros e 851.126 euros,respectivamente.
8. A actividade da Empresa enquadra-se no âmbito das acti-vidades reguladas, cujas tarifas e preços são determinados demodo a permitirem a recuperação dos proveitos permitidosde acordo com a regulação existente. A regularização, emtarifas futuras, dos eventuais excessos ou insuficiências dareferida recuperação, torna necessária a adopção de critériosque permitam registar a sua periodificação. Por a Empresa seencontrar a estudar a eventual transição para os normativosinternacionais de relato financeiro (IFRS) optou por não adoptarestes critérios e, desta forma, os acréscimos activos, os impostos(diferidos e a pagar), os resultados transitados e os resultadosdo exercício, encontram-se subavaliados em cerca de 17.613.819euros, 3.390.660 euros, 8.515.122 euros e 5.708.037 euros,respectivamente.
Opinião
9. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajus-tamentos que poderiam revelar-se necessários caso não
176 Relatório e Contas Consolidadas
EXTRACTO DA ACTA NÚMERO 1/2007 ...............................
DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA GERAL DA
ELECTRICIDADE DOS AÇORES, S. A., REALIZADA NO DIA
31 DE MAIO DE 2007...................................................................................
......................................................................................................................................
Aos trinta e um dias do mês de Maio de dois mil e sete, pelas
dez horas e trinta minutos, na sala de reuniões das instalações
sitas à Rua Francisco Pereira Ataíde, n.º 4, em Ponta Delgada,
da Electricidade dos Açores, S. A., adiante designada por EDA,
pessoa colectiva número 512012032, com o capital social de
setenta milhões de euros, inscrita na Conservatória do Registo
Comercial de Ponta Delgada sob o número mil, novecentos
e cinquenta e oito (1958), com sede na Rua Francisco Pereira
Ataíde, n.º 1, em Ponta Delgada, reuniram em Assembleia Geral
Ordinária, para deliberar, conforme convocatória e ordem do
dia, os accionistas: ..............................................................................................
- Região Autónoma dos Açores, titular de sete milhões e
catorze mil (7.014.000) acções, representativas de cinquenta
vírgula um (50,1) por cento do capital social, no montante
de trinta e cinco milhões e setenta mil euros, aqui representada
pelo senhor Director Regional do Orçamento e Tesouro,
Doutor José António Gomes, conforme instrumento de
representação que apresentou; ...........................................................
- ESA - Energia e Serviços dos Açores, S. G. P. S., S. A., titular
de cinco milhões, quinhentas e cinquenta e oito mil, cento
e vinte (5.558.120) acções, representativas de trinta e nove
vírgula sete (39,7) por cento do capital social, no montante
de vinte e sete milhões, setecentos e oitenta e dois mil e
duzentos euros, aqui representada pelo senhor Doutor Luís
Filipe Pinto Basto Bensaúde, conforme instrumento de
representação que apresentou; ............................................................
- EDP Gestão da Produção de Energia, S. A., titular de um
milhão e quatrocentas mil (1.400.000) acções, representativas
Extracto da Acta da Assembleia Geral de
Accionistas
Relatório e Contas 06 177
de dez (10) por cento do capital social, no montante de sete
milhões de euros, representada pelo senhor Engenheiro
Jorge Manuel de Oliveira Godinho, conforme instrumento
de representação que apresentou; ....................................................
- Nuno Miguel M. S. Guerra Rodrigues, titular de seiscentas
e quarenta acções, no montante de três mil e duzentos
euros, e ...............................................................................................................
- Sinergia Sindicato da Energia, titular de duzentas acções, no
montante de mil euros, aqui representada pelo senhor
Teodomiro Subica Pedro Silveira, conforme instrumento de
representação que apresentaram. ......................................................
Estiveram presentes o senhor Presidente do Conselho de
Administração, Doutor Roberto de Sousa Rocha Amaral, os
senhores Administradores Executivos, Engenheiro Francisco
Manuel Sousa Botelho, Doutora Maria José Mar tins Gil,
Engenheiros Mário Duarte Carreira Mendes e Jaime Carvalho
de Medeiros e os senhores Administradores não Executivos,
Doutor Gualter José Andrade Furtado e Engenheiros António
Manuel Pita de Abreu e António Jorge Flores Vasquez, e o Fiscal
Único, representado pelo senhor Doutor Manuel Luís Fernandes
Branco e a Directora da Gestão Administrativa e Contabilidade,
Doutora Gilda Maria Cabral Pimentel. .....................................................
Na Mesa da Assembleia, estiveram presentes todos os seus
membros, senhores Presidente, Doutor José Luís Pimentel
Amaral, Vice-Presidente, Doutor Luís Manuel do Couto Pacheco,
e Secretário, Doutor José Emanuel Lopes Fernandes,
assessorados pelo Secretário da Sociedade suplente, Doutor
Paulo Linhares Dias. ..........................................................................................
Analisada a conformidade das declarações de titularidade e de
bloqueio de acções e dos instrumentos de representação e
verificando-se a existência de quórum, o senhor Presidente da
Mesa iniciou a reunião, passando a ler a seguinte: .........................
ORDEM DO DIA: ..........................................................................................
Ponto Um: Ratificar a cooptação de um administrador; ....
Ponto Dois: Deliberar sobre o relatório de gestão e as
contas individuais e consolidadas, do exercício
de 2006; ...............................................................................
Ponto Três: Deliberar sobre a proposta de aplicação de
resultados; ...........................................................................
Ponto Quatro: Proceder à apreciação geral da administração
e fiscalização da sociedade. ........................................
Entrando no ponto um da ordem do dia, o senhor Presidente
da Mesa leu a proposta do Conselho de Administração de
ratificação pela Assembleia Geral da cooptação do senhor
Engenheiro António Jorge Flores Vasquez, conforme Deliberação
01/CA/2007, de 19 de Janeiro, a qual, bem como a docu-
mentação associada, segundo inquiriu e foi confirmado, era do
conhecimento de todos os accionistas presentes. De seguida,
e uma vez que se estava em presença da eleição de uma
pessoa, inquiriu os senhores accionistas se pretendiam expressar
o seu voto de forma secreta, o que foi dispensado. Após isto,
e não tendo sido colocadas questões pelos membros da
Assembleia, submeteu aquela proposta a votação, tendo sido
deliberado, por unanimidade: ......................................................................
• Ratificar a cooptação do senhor Engenheiro António Jorge
Flores Vasquez, para as funções de Administrador não
executivo; ..........................................................................................................
• Dispensá-lo, nos termos do disposto nos termos do n.º 3
do artigo 14.º do Contrato Social e do artigo 284.º e n.º 3
do artigo 396.º do Código das Sociedades Comerciais, da
prestação de caução. ..................................................................................
Passando ao segundo ponto da ordem do dia, o senhor Pre-
sidente da Mesa, tendo em consideração que a documentação
respeitante a este assunto era do conhecimento da Assembleia,
solicitou a dispensa de leitura dos pareceres do Fiscal Único
e dos Auditores Externos, a qual foi concedida. Passou, então,
178 Relatório e Contas Consolidadas
a palavra ao senhor Presidente do Conselho de Administração,
solicitando-lhe que apresentasse o Relatório de Gestão e as
Contas Individuais e Consolidadas referentes ao exercício de
2006. O Senhor Presidente do Conselho de Administração,
face ao conhecimento manifestado pela assembleia relativamente
ao conteúdo do Relatório e Contas distribuído, informou que
iria fazer uma síntese dos aspectos e factos de maior relevância
ocorridos em 2006.
(…)
(…) Passando às contas da empresa, destacou os Resultados
Brutos atingidos, no valor de cerca de 10.014.507€, dos quais
cerca de 6.755.725€ foram gerados na EDA e 3.258.782€
nas associadas. Assim, após dedução dos impostos, os Resultados
Líquidos ascenderam a 8.771.798€. Salientou que, em 2005
e 2006, o GRUPOEDA gerou cerca de 4,7 milhões de euros
de impostos sobre lucros, o que era motivo de muita satisfação
e orgulho, pelo contributo que representa para o crescimento
da economia e do desenvolvimento regional. Assim, disse, o
Conselho de Administração vai poder passar a dar, a partir de
agora, especial importância ao objectivo de melhoria da estrutura
financeira da empresa. ....................................................................................
Finalizou, disponibilizando-se para eventuais pedidos de escla-
recimento. ..............................................................................................................
De seguida, não tendo havido pedidos de esclarecimento, o
senhor Presidente da Mesa submeteu a votação as Propostas
de Relatórios e Contas Individuais e Consolidadas relativas ao
exercício de 2006, as quais foram aprovadas por unanimidade.
Entrando no terceiro ponto da ordem do dia, o senhor
Presidente da Mesa deu a palavra ao senhor Presidente do
Conselho de Administração. O senhor Presidente expôs as
razões e o enquadramento da proposta de aplicação de
resultados que consistia nas seguintes aplicações: ........................
Para: ..........................................................................................................................
Relatório e Contas 06 179
Reserva Legal ...................................................................... € 500.000,00
Dividendos ........................................................................ € 3.150.000,00
Resultados Transitados .............................................. € 5.121.798,23.
(…)
De seguida, o senhor Presidente da mesa submeteu a votação
a proposta de aplicação de resultados apresentada pelo
Conselho de Administração, a qual foi aprovada por unanimidade
dos accionistas presentes. ............................................................................
Então, tendo-lhe sido novamente concedida a palavra após o
seu pedido, o senhor Presidente do Conselho de Administração
dirigiu-se à Assembleia. Referiu que, de acordo com o Código
das Sociedades Comerciais, o pagamento dos dividendos, em
situação normal, deve ocorrer no prazo de trinta dias após a
Assembleia Geral que aprovar a sua distribuição, e, em
circunstâncias excepcionais, poderá ocorrer num prazo de mais
sessenta dias relativamente àquele. Informou que a empresa
estava a negociar uma operação de cessão de créditos, no
montante de 110 milhões de euros, respeitante às compensações
tarifárias não recebidas do ano 2006 e 2007, o que era uma
situação excepcional, pelo que solicitava autorização à Assembleia
Geral para efectuar o pagamento dos dividendos após a
concretização dessa operação, sem nunca ultrapassar o prazo
de 90 dias após a data da Assembleia Geral. ....................................
Submetida a votação, a Assembleia Geral aprovou, por
unanimidade, que os dividendos sejam pagos no prazo proposto,
ou seja, no prazo de noventa dias após esta reunião da
Assembleia Geral, ou logo que concretizada a operação de
cessão de créditos, se efectuada anteriormente ao fim daquele
prazo. ........................................................................................................................
Finalmente, o senhor Presidente da Mesa passou ao quarto
ponto da ordem do dia, lendo a seguinte proposta da accionista
Região Autónoma dos Açores: .................................................................
“Considerando que os indicadores de gestão da actividade desen-
volvida pela Electricidade dos Açores, S. A. no ano de 2006, mostram
que os objectivos prosseguidos pelo Conselho de Administração
foram atingidos: .....................................................................................................
O Accionista, Região Autónoma dos Açores, através do seu
representante, Dr. José António Gomes, propõe aos Senhores
Accionistas a atribuição de um voto de louvor aos membros do
Conselho de Administração da EDA, S. A., bem como ao Fiscal
Único, pelo empenho demonstrado no exercício das suas funções,
no ano de 2006.” .................................................................................................
Na sequência da leitura desta proposta, o representante do
accionista ESA pediu a palavra, passando a ler a seguinte
proposta: ................................................................................................................
“O accionista ESA propõe que seja tombado em acta um voto de
louvor a todo o Conselho de Administração pelo esforço desenvolvido
e pelos resultados apresentados em 2006. A ESA também gostava
de deixar registado em acta o apreço pelo trabalho desenvolvido
pelo Eng.° Pita Abreu na Administração da EDA ao longo destes
últimos anos. .........................................................................................................
Após esta intervenção, o representante do accionista EDP
expressou que subscrevia o voto de louvor ao Conselho de
Administração, pelo desempenho e resultados alcançados, e
propôs um voto de confiança ao Fiscal Único. ................................
Todas estas propostas mereceram a aprovação unânime dos
accionistas presentes. ......................................................................................
E, nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião pelas
onze horas e quinze minutos e lavrada a presente acta que vai
ser assinada pelo senhor Presidente da Mesa e por mim,
Secretário da Mesa, que a mandei escrever e subscrevo. .........
180 Relatório e Contas 06
04Informações Complementares
182 Informações Complementares
(km2)
(habitantes)
(nº)
(MWh)
(MWh)
(kW)
(euros)
(nº)
(kW)
(km)
(kVA)
2002
97,1
5 578
3 388 19
3 369
14 361 5 054 5 921 1 520
587 1 279
15 491 14 908
583
2 740
2 504 659
31
5 550
65,9
10 546
2006
97,1
5 578
3 43016
3 414
17 746 5 936 7 315 2 205 935
1 355
19 620 17 216 2 403
3 387
5 034 123
29
6 580
74
12 183
Superfície
População Residente
Nº de InstalaçõesMédia TensãoBaixa Tensão
Consumo de Energia (1)DomésticosComércio/ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
ProduçãoTérmica a GasóleoEólica
Ponta
Vendas de Energia (2)
Trabalhadores
Potência Instalada em Centrais
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
Potência Instalada em Postos de Transformação(1) Inclui Consumos Próprios(2) Inclui Compensação Tarifária.
Santa Maria
Relatório e Contas 06 183
(km2)
(habitantes)
(nº)
(MWh)
(MWh)
(kW)
(euros)
(nº)
(kW)
(km)
(kVA)
2002
746,8
131 609
51 538369
51 169
296 29898 88293 78426 73565 72711 171
330 572213 849
22720 77795 719
56 870
38 077 139
356
87 140
587,3
185 744
2006
746,8
131 609
56 430330
56 100
378 448 123 692 138 465 29 839 71 147 15 304
413 137 307 041
306 21 56483 842
384
70 250
57 570 970
343
130 930
691
246 991
Superfície
População Residente
Nº de InstalaçõesMédia TensãoBaixa Tensão
Consumo de Energia (1)DomésticosComércio/ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
ProduçãoTérmica a FuelTérmica a GasóleoHídricaGeotérmicaBiogás
Ponta
Vendas de Energia (2)
Trabalhadores
Potência Instalada em Centrais (**)
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
Potência Instalada em Postos de Transformação(1) Inclui Consumos Próprios(2) Inclui Compensação Tarifária.
São Miguel
184 Informações Complementares
(km2)
(habitantes)
(nº)
(MWh)
(MWh)
(kW)
(euros)
(nº)
(kW)
(km)
(kVA)
2002
399,8
55 833
23 966153
23 813
115 12249 36230 01411 97519 6814 090
138 536133 496
1 9653 075
25 570
16 972 351
143
40 602
214,9
65 490
2006
399,8
55 833
25 366146
25 220
179 433 60 849 45 925 42 290 25 217 5 152
203 348 198 319
1 720 3 309
36 330
32 125 659
130
71 302
335
97 575
Superfície
População Residente
Nº de InstalaçõesMédia TensãoBaixa Tensão
Consumo de Energia (1)DomésticosComércio/ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
ProduçãoTérmica a FuelTérmica a GasóleoHídrica
Ponta
Vendas de Energia (2)
Trabalhadores
Potência Instalada em Centrais
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
Potência em Postos de Transformação(1) Inclui Consumos Próprios(2) Inclui Compensação Tarifária.
Terceira
Relatório e Contas 06 185
(km2)
(habitantes)
(nº)
(MWh)
(MWh)
(kW)
(euros)
(nº)
(kW)
(km)
(kVA)
2002
60,9
4 780
2 88723
2 864
7 9723 3681 654
6541 2711 025
8 9868 524
462
1 760
1 728 517
27
3 610
40,1
5 360
2006
60,9
4 780
3 003 14
2 989
11 335 4 1392 666
868 2 539 1 123
12 363 10 476 1 887
2 229
4 014 506
26
4 220
58
6 820
Superfície
População Residente
Nº de InstalaçõesMédia TensãoBaixa Tensão
Consumo de Energia (1)DomésticosComércio/ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
ProduçãoTérmica a GasóleoEólica
Ponta
Vendas de Energia (2)
Trabalhadores
Potência Instalada em Centrais
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
Potência em Postos de Transformação(1) Inclui Consumos Próprios(2) Inclui Compensação Tarifária.
Graciosa
186 Informações Complementares
(km2)
(habitantes)
(nº)
(MWh)
(MWh)
(kW)
(euros)
(nº)
(kW)
(km)
(kVA)
2002
245,6
9 674
5 21921
5 198
18 1468 3614 130
7943 4141 447
20 93719 1101 827
3 874
3 237 635
40
7 200
126,3
10 771
2006
245,6
9 674
5 460 20
5 440
23 278 9 706 5 933 980
4 978 1 681
25 967 23 489 2 477
4 401
6 683 507
37
8 230
117
12 626
Superfície
População Residente
Nº de InstalaçõesMédia TensãoBaixa Tensão
Consumo de Energia (1)DomésticosComércio/ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
ProduçãoTérmica a GasóleoEólica
Ponta
Vendas de Energia (2)
Trabalhadores
Potência Instalada em Centrais
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
Potência em Postos de Transformação(1) Inclui Consumos Próprios(2) Inclui Compensação Tarifária.
São Jorge
Relatório e Contas 06 187
(km2)
(habitantes)
(nº)
(MWh)
(MWh)
(kW)
(euros)
(nº)
(kW)
(km)
(kVA)
2002
450,7
14 806
7 91041
7 869
28 91412 3326 4912 2125 7882 091
33 38133 317
64
5 840
4 976 793
55
7 232
147,3
22 821
2006
450,7
14 806
8 455 36
8 419
36 626 15 575 8 895 2 653 6 889 2 613
42 474 38 123
6 4 345
7 781
9 730 489
43
15 189
201
26 275
Superfície
População Residente
Nº de InstalaçõesMédia TensãoBaixa Tensão
Consumo de Energia (1)DomésticosComércio/ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
ProduçãoTérmica a FuelTérmica a GasóleoEólica
Ponta
Vendas de Energia (2)
Trabalhadores
Potência Instalada em Centrais
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
Potência em Postos de Transformação(1) Inclui Consumos Próprios(2) Inclui Compensação Tarifária.
Pico
188 Informações Complementares
(km2)
(habitantes)
(nº)
(MWh)
(MWh)
(kW)
(euros)
(nº)
(kW)
(km)
(kVA)
2002
169,9
15 063
7 00142
6 959
36 22813 41910 8034 8405 3411 825
43 34137 9123 747
4691 213
7 480
5 655 429
53
14 120
98,2
19 495
2006
169,9
15 063
7 358 41
7 317
45 083 16 230 13 829 5 983 6 719 2 322
51 762 46 419
909 882
3 551
8 990
9 624 187
50
17 025
108
26 043
Superfície
População Residente
Nº de InstalaçõesMédia TensãoBaixa Tensão
Consumo de Energia (1)DomésticosComércio/ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
ProduçãoTérmica a FuelTérmica a GasóleoHídricaEólica
Ponta
Vendas de Energia (2)
Trabalhadores
Potência Instalada em Centrais
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
Potência em Postos de Transformação(1) Inclui Consumos Próprios(2) Inclui Compensação Tarifária.
Faial
Relatório e Contas 06 189
(km2)
(habitantes)
(nº)
(MWh)
(MWh)
(kW)
(euros)
(nº)
(kW)
(km)
(kVA)
2002
141,7
3 995
2 19413
2 181
7 9143 5992 630
665245775
8 7464 9023 571
273
1 632
1 524 076
22
4 086
67
5 203
2006
141,7
3 995
2 280 11
2 269
10 221 4 237 3 7341 011 305 934
10 9385 2363 969 1 733
1 887
3 141 136
19
4 310
70
5 960
Superfície
População Residente
Nº de InstalaçõesMédia TensãoBaixa Tensão
Consumo de Energia (1)DomésticosComércio/ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
ProduçãoTérmica a GasóleoHídricaEólica
Ponta
Vendas de Energia (2)
Trabalhadores
Potência Instalada em Centrais
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
Potência em Postos de Transformação(1) Inclui Consumos Próprios(2) Inclui Compensação Tarifária.
Flores
190 Informações Complementares
(km2)
(habitantes)
(nº)
(MWh)
(MWh)
(kW)
(euros)
(nº)
(kW)
2002
17,1
425
221
8144311911134831
900
180
216 034
6
386
2006
17,1
425
249
999515243
170 3544
1 091
225
532 946
6
386
Superfície
População Residente
Nº de Instalações (Baixa Tensão)
Consumo de Energia (1)DomésticosComércio/ServiçosServiços PúblicosIndustriaisIluminação Pública
Produção Térmica a Gasóleo
Ponta
Vendas de Energia (2)
Trabalhadores
Potência Instalada em Centrais(1) Inclui Consumos Próprios(2) Inclui Compensação Tarifária.
Corvo
Relatório e Contas 06 191
Pintura da Capa:João Urbano Melo Resendes
Fotografia da Capa:Mário Jorge Oliveira
Electricidade dos Açores, S.A.Rua Francisco Pereira Ataíde, n.º 19504-535 Ponta Delgada - Açores