Download - Modelo Auto Avaliação - Workshop Formativo
Auto-avaliação das Bibliotecas
do Agrupamento de Escolas de Mira
Porquê? Para quê?
Workshop Formativo
Sumário:
1. As Bibliotecas são o coração do nosso Agrupamento. É verdade?
2. Porquê a Auto-avaliação? Vem aí o papão?
3. É pertinente a aplicação de um Modelo de Auto-avaliação nas Bibliotecas Escolares do nosso Agrupamento?
4. Que conceitos estão implicados?
5. Como se organiza e estrutura este modelo?
6. Como se vai aplicar à nossa realidade?
7. De que forma o Agrupamento vai participar?
1. As Bibliotecas são o coração do nosso Agrupamento. É verdade?
Sim, porque a sua acção, articulada com o trabalho docente, permite aos alunos:
• alcançar níveis mais altos de conhecimento, leitura e aprendizagem.
• desenvolver estratégias de solução de problemas.
• tornarem-se utilizadores efectivos da informação em
todos os suportes e meios de comunicação.
• ter impacto no seu sucesso educativo.
Lance(2001)cit. in Todd “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based practice”.
2. Porquê a Auto-avaliação? Vem aí o papão?
A Auto-avaliação, neste contexto, é benéfica!
• Permite aferir não a eficiência, mas a eficácia dos
serviços da Biblioteca, ou seja, os resultados que
produziram.
• Verifica o impacto que o seu funcionamento teve
nas atitudes, valores e conhecimento dos
utilizadores.
• Analisa a realidade, põe a tónica no que
desejamos e na formulação de um plano para o
atingir.
Eisenberg e Miller (2002)
3. É pertinente a existência de um Modelo de Auto-avaliação nas Bibliotecas Escolares do nosso Agrupamento?
Sim, porque:
• Este modelo foi padronizado pela realidade portuguesa.
• Constitui um instrumento pedagógico, de melhoria contínua.
• Desenvolve uma abordagem essencialmente qualitativa,
orientada para uma análise dos processos e dos resultados.
• Tem uma perspectiva formativa, permitindo identificar as
áreas de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados
menores, requerem maior investimento, determinando,
nalguns casos, uma inflexão das práticas.
4. Que conceitos estão implicados?
Valor
Valorizam-se
a
experiência
e benefícios
que se
retiram das
acções.
Pedagogia e
regulação
Procura-se,
continuamente,
a melhoria.
Construtivismo
Nós
construímos o
nosso
conhecimento
Flexibilidade
O modelo
adapta-se a
cada Escola
e Biblioteca.
4. Que conceitos estão implicados?
Desenvolvimento
organizacional
Buscamos a
eficácia dos
serviços.
Inquirição
contínua
Interrogamos
o
conhecimento
que temos
das coisas.
Prática
baseada em
evidências
Avaliamos o
impacto que a
B.E. tem na
escola e na
aprendizagem
dos alunos.
Aprendizagem
ao longo da
vida
Nós mudamos
com as
mudanças.
5. Como se organiza e estrutura este modelo?
A - Apoio ao Desenvolvimento Curricular.
A.1. Articulação Curricular da BE com as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e os docentes.
A.2. Promoção das literacias da informação, tecnológica e digital.
B – Leitura e literacias.
C –Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade :
C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular.C.2. Projectos e parcerias.
D – Gestão da Biblioteca Escolar.
D.1. Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE.D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços.D.3. Gestão da colecção/da informação.
Indicadores temáticos
Indicadores Factores Críticos de
sucesso
Evidências Acções para
melhoria
Apontam as zonas
nucleares de intervenção
em cada domínio.
Apresentam exemplos de
situações, ocorrências e acções que
operacionalizam o respectivo indicador.
Dão exemplos para possíveis instrumentos de recolha de
evidências para o indicador
apresentado.
Dão sugestões de acções a implementar para melhoria
do desempenho da BE num
campo específico.
Perfis de desempenho
Nível Descrição
4 A BE é bastante forte neste domínio. O trabalho desenvolvido é de grande qualidade e com um impacto bastante positivo.
3 A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio mas ainda é possível melhorar alguns aspectos.
2 A BE começou a desenvolver trabalho neste domínio, sendo necessário melhorar o desempenho para que o seu impacto seja mais efectivo.
1 A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste domínio, o seu impacto é bastante reduzido, sendo necessário intervir com urgência.
Funcionalidade do modelo
Anualmente, a B.E.:
• Selecciona o domínio em que vai incidir a sua Auto-avaliação.
• Aplica instrumentos de avaliação.
• Recolhe evidências.
• Regista a auto-avaliação no relatório final.
• Analisa os pontos fracos e fortes detectados.
• Divulga os resultados junto dos Órgãos de Gestão Escolar.
• Elabora um plano de intervenção com as acções consideradas necessárias para a melhoria da BE.
6. Como se vai aplicar este modelo à nossa realidade?
Constrangimentos
• A “tenra” idade do nosso Agrupamento – 1 ano.
• Ausência de “alma” colectiva.
• Tamanho do Agrupamento.
• Organização centralizada.
• A não inclusão das B.E. nas prioridades de gestão.
• A falta de verba para actualização dos recursos multimédia.
• O tempo gasto com o relatar em detrimento do fazer.
• Confundir a avaliação da B.E. com a avaliação da sua equipa.
Oportunidades
• Implementar actividades nos domínios contemplados neste modelo.
• Articular, planificar e realizar acções, de parceria com Departamentos, Docentes, Alunos e restante Comunidade Educativa.
• Partilhar os recursos do Agrupamento.
• Articular, continuamente, o trabalho das duas Professoras Bibliotecárias.
• Aplicar o modelo de Auto-avaliação.
• Diagnosticar pontos fracos e definir uma estratégia de melhoramento.
• Visualizar prioridades.
• Recolher evidências e justificar, em Conselho Pedagógico e em Conselho Geral, a importância das B.E. na promoção da aprendizagem.
7. De que forma o Agrupamento vai participar?
O Agrupamento participa:
• Fazendo da B.E. um local de referência para acções e aprendizagens.
• Planificando com as Professoras Bibliotecárias actividades curriculares.
• Reunindo, sempre que necessário.
• Preenchendo inquéritos, questionários e grelhas de observação.
• Observando o impacto das actividades realizadas na B.E. nas aprendizagens dos alunos. *
• Criticando o trabalho desenvolvido.
• Mencionando, em actas e relatórios, o papel da B.E. na consecução de actividades.*Todd (2008) The Evidence-Based Manifesto for School Librarians
A B. E. participa
• Recolhendo, sistematicamente, dados.
• Definindo acções, fundamentadas nos dados recolhidos.
• Integrando a B.E. nas práticas educativas.
• Gerindo a B.E. segundo os parâmetros explicitados no modelo.
• Observando as evidências resultantes do trabalho quotidiano da B.E. (Evidence for practice) *
• Observando as evidências implícitas no desenrolar das actividades (identificando problemas de aprendizagem subjacentes e
necessidades - Evidence in practice)* .
• Observando o que realmente mudou na aprendizagem dos alunos. (Evidence of practice)*
*Todd (2008) The Evidence-Based Manifesto for School Librarians
Workshop
1. Seleccione um dos domínios deste Modelo de Avaliação.
2. Elabore uma proposta de colaboração com a B.E. no domínio escolhido.
3. Elabore um questionário de avaliação da colaboração desenvolvida, aferindo:
• A articulação curricular;
• A colaboração da equipa da B.E. na realização da actividade;
• O impacto da acção na aprendizagem dos alunos.
Bom trabalho!
BIBLIOGRAFIA:
• Eisenberg, Michael; Miller, Danielle (2002) This Man Wants to Change Your Job. <http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html>[07/11/2009]
• Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (2008). http://www.rbe.min-edu.pt/np4/np4/31.html [07/11/09]
• Texto da Sessão. Disponível em http://forumbiblitecas.rbe.min-edu.pt
• Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”. School Library Journal. [07/11/09] <http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html> [07/11/2009].
• Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based practice”. 68th IFLA Council and General Conference August. <http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf> [07/11/2009].