Download - Manejo Alimentar de Suinos[1]
Manejo alimentar de suínos.
DEFINIÇÕES
ALIMENTO (FOOD):Materiais que os animais consomem
RAÇÃO (FEED):Porção de alimento oferecido a um animal com um tamanho e composição determinado pelo homem
DEFINIÇÕES
REFEIÇÕES:Pequenos períodos de consumo que são separados por intervalos de tempo maiores mais e que podem incluir pequenos intervalos dentro de refeições (feeding bouts)
DEFINIÇÕESREFEIÇÕES:
• 10 – 15 refeições /dia• Não é uniforme e varia com a foto-fase da
espécie.• Relação de fome = tamanho da refeição/
intervalo entre refeições• Relação de saciedade = tamanho da refeição/
intervalo entre refeições
DEFINIÇÕES
FOME: Estado fisiológico que inicia o processo de consumo de alimento nos animais. Quando o animal termina o consumo se afirma que ele está num estado de SACIEDADE. A fome pode ser satisfeita por calorias
DEFINIÇÕES
APETITE: Fatores internos (fisiológicos o psicológicos) que estimulam ou inibem o consumo de nutrientes específicos nos animais. O apetite pode ser satisfeito pela palatabilidade.
DEFINIÇÕES
PALATABILIDADE:Grau de aceitação de um alimento ou ingrediente em função do gosto
Fatores: aparência, odor, gosto, textura, temperatura e outras propriedades sensoriais do ingrediente
GOSTO• Gostos: doce, azedo, salgado e amargo• Animais: sensações diferentes as percebidas pelos
humanos• Aves: 24• Cão: 1700• Humanos: 9000• Suíno e caprino: 15000• Bovinos: 25000
DEFINIÇÕES
TAXA DE CONSUMO:Quantidade de alimento consumido por unidade de tempo: pode ser por refeição ou diáriaCONSUMO VOLUNTÁRIO:Quantidade de alimento consumido durante um período de tempo (geralmente um dia)
DEFINIÇÕES
POTENCIAL DE CONSUMO:Quantidade de alimento necessária para preencher as exigências nutricionais. Geralmente é menor do que o consumo voluntário devido a contrastes físico-químicos existentes dentro do animal ou a limitações ambientais
MECANISMOS DE CONTROLE DO CONSUMO
CURTO PRAZO:Controla o inicio e a finalização das refeições através do estímulos de receptores e neurônios aferente localizados no TGI, fígado e outros órgãos e que levam impulsos para centros localizados no hipotálamo ou por fatores hormonais (cortisol, insulina,estrógenos, etc) e outros metabólitos (glicose, AGV, etc)
HIPOTÁLAMO• Centro da saciedade: hipotálamo
ventromedial• Centro da fome: hipotálamo lateral• A ingestão de alimentos se da pela relação
entre os dois centros.• Sinais variam conforme a quantidade de
nutrientes absorvidos.
TEORIA QUIMIOSTÁTICA
• Presença de metabólitos no TGI envia sinais aos centros hipotalamicos para determinar o inicio ou terminação de uma refeição
• Teoria glicostática: [glicose] sangue• Teoria ionostática: [NaCl] duodeno ou rúmen• AGV: acetato e propionato• Ácido láctico ou lactato duodenal em ovinos
TEORIA QUIMIOSTÁTICA
• Teoria aminostatica• Glucagon e insulina: sinais de saciedade• Peptídeos gástricos: Colecistoquinina (CCK) e
pentagastrina
TEORIA QUIMIOSTÁTICA
• Teoria aminostatica• Glucagon e insulina: sinais de saciedade• Peptídeos gástricos: Colecistoquinina (CCK)e
pentagastrina• Neuropeptídeos: opiatos
TEORIA TERMOSTÁTICA
• O animal consome alimento para manter o calor corporal e para de consumir alimento em situações de hipertermia.
• Termoreceptores no hipotálamo e na pele
MECANISMOS DE CONTROLE DO CONSUMO
LONGO PRAZO:Controla o consumo visando manter o balanço energético. Os fatores envolvido neste controle incluem: estado fisiológico, balanço energético e nitrogenado, temperatura, umidade, fotoperíodo e estação do ano
TEORIA LIPOSTÁTICA
• Animais adultos para manter peso corporal estável, controlam consumo
• Feedback dos depósitos de gordura corporal para o hipotálamo regular o consumo no longo prazo
• Hormônio Leptina: polipeptídio secretada pelo tecido adiposo atua sobre o hipotálamo estimulando ou deprimindo a liberação de neuropeptÍdios
DENSIDADE CÁLORICA
• ADOLPH, E.F. (1947): consumo por calorias• Baixa densidade calórica: incorporação de
materiais de baixa digestibilidade• Fator limitante: capacidade TGI
Boca→ lábios pouca mobilidade Glândulas salinares → parotida , mandibular
e sublingual. Estomago → capacidade de 8 litros.
Intestino delgado→ (duodeno, jejuno e íleo) capacidade 9,2 litros
comprimento 18 metros (15x porco) Intestino grosso → (ceco cólon e reto)
capacidade 10,3 litros comprimento 5,2 metros.
Preensão→ captura e transporte do alimento, labios (inferior) e língua.
Mastigação → desdobramento mecânico dos alimentos na boca e mistura com saliva, dentes incisivos obtenção do alimento, dentes molares trituração.
Deglutição → passagem do alimento da boca através da faringe e do esôfago ate o estomago.
Esôfago→ une a faringe ao estomago, passagem do bolo alimentar (4 a 5 segundos)
Estomago → mistura e armanezamento de alimentos,
inicio da digestão das proteínas e gorduras,Armazenamento e liberação controlada para
duodenoAcidificação (HCl pH 1,7-2), pepsinogênio
Intestino delgado →transito rápido função digestiva e absorção Bile (bicarbonato, sais biliares); Muco
alcalino; Suco pancreático (bicarbonato,
tripsinogênio, lipases, alfa-amilase, procarboxipeptidases, elastase);
Suco entérico (lipase, enteroquinase, aminopeptidase, dipeptidase, maltase, sacarase, lactase, trealase e oligoglicosidase
Hormônios Secretina, pancreamicina, enteroquinase Jejuno e íleo: digestão enzimática,
emulsificação e absorção dos nutrientes Intestino grosso: ceco e cólon transito lento. digestão microbiana e reabsorção de água
e eletrólitos.
Fermentação de resíduos e fibra Produção de AGV e vitaminas B Absorção de água e eletrólitos Excreção dos resíduos
• Manutenção:– Funções vitais e termorregulação– Relação exponencial com o peso vivo• Produção– Deposição tecidual, leite, esperma– Depositado no produto + custo de produzir
• Manutenção:– 0,036 g Lis/kg PV 0,75/dia (DIV)– 106 kcal EM/kg PV 0,75/dia (EM=0,96ED)• Produção (crescimento)– 0,12 g Lis/g PB depositada– 10,6 kcal/g PB depositada– 12,5 kcal/g gordura depositada
• As necessidades mudam com a idade• Quanto maior o numero de fases, mais
próximo da real necessidade.• Maximiza desempenho• Aproveita potencial de deposição e melhora
características de carcaça• Otimiza custo por unidade de ganho• Diminui perdas e poluição
• Potencial de deposição de proteína dependedo perfil hormonal• Diferença depende da idade (curva)• Consumo de alimento e conversão
alimentartambém são afetados• Dieta mista: excesso de AA para machoscastrados e/ou falta de AA para fêmeas• Diferenciar a partir do crescimento (70 dias)
• Fase Pré-inicial– 07-42 dias; 2 a 12 kg– Consumo de 8-9 kg na fase (1 kg 1ª sem)– Dieta especial: alta lactose, proteína de
↑digestibilidade, AA sintéticos (↓PB), enzimas, ácidos orgânicos, pro/prébiótico/antibiótico.
Leite em pó e soro de leite em po 10-35% gluten de milho, plasma sanguíneo.
– Oferecimento diversas vezes/dia– Dieta úmida/líquida X farelada/granulada
• Fase Inicial– 43-70 dias; 12-25 kg– Consumo 30 kg na fase– Dieta de alta digestibilidade, amido
gelatinizado, pré/probiótico/antibiótico, ácidos orgânicos, ingredientes padrão
• Fase Crescimento– 71-110 dias; 25-30 a 60-65 kg–Consumo 85 kg na fase– Pode-se incluir ingredientes alternativos
(quantidade controlada)–Mista ou uma por sexo.
Fase Terminação– 111-150 dias (abate); 60/65 – 95/110 kg– Consumo 110 kg na fase (variável)– Pode-se incluir ingredientes alternativos
(quantidade máxima possível)–Níveis ↓ de microminerais e aditivos–Mista ou uma por sexo– À vontade X Restrição (quali ou
quantitativa)
• Diminui desperdício• Melhora características de carcaça• Melhora CA (até certo nível de restrição)• Diminui ganho de peso• Aumenta período de terminação• Lotes devem ser menores, com mais
equipamentos disponíveis (comedouro)
Alimentação de reprodutores
• A partir de 110 dias de idade (60-65 kg)• Alimentação controlada para chegar aos120-130 kg aos 210-220 dias de idade(cobertura marrãs)• Não retirar os micronutrientes e aditivos• Balanceamento de AA e nível de proteína
melhores que de terminação
• Ração gestação desde a cobertura até 80 dias de gestação (1os. 2/3)
• Alimentação controlada conforme escore corporal e/ou ganho de peso (escore 3,5)
• 1,8 a 2,2 kg/dia Multíparas• 2 a 2,8 kg/dia Primíparas• Final: Ração lactação: 2,5-3,2 kg/dia• Diluição com ingrediente fibroso• Em gaiola: Levantar p/ beber água
• De antes do parto até a próxima cobertura• Não suspender água no parto e no
desmame!• Dieta com alta energia , mais alta proteínaque gestação, maior utilização de AAsintéticos e micronutrientes• Durante lactação, estimular ao máximo oconsumo da porca (temperatura!)• Mais de uma vez ao dia, úmida/molhada• Quantidade variável (5 – 7,5 kg)
• Cachaços jovens devem receber alimentaçãocompatível (crescimento)• A composição da dieta (AA, Vitaminas,Microminerais, níveis) interfere na produção desêmem e na viabilidade espermática• Dieta específica ou dieta lactação (pode serdiluída com fibra para melhorar bem estar)• Manter escore corporal e diferenciar período dedescanso (2-2,5 kg gest.) e serviço (~3 kg lact.)
Animal diminui a ingestão no calor. Necessidade maior de energia na dieta Diminuir nível de PB da dieta, Suplementar com AA essenciais Oferecer dieta liquida
↓desperdício ↑ consumo 5-8% ↓ agressividade. Risco fermentação.
Milho com teor de umidade 25 a 40% ↑ acido lactico. Vantagens: aumento digestibilidade (fermentação +
acidificação) antecipa processos. Desvantagens: preparo diário da dieta, mistura pode
gerar aquecimento da dieta (diarréia), comercialização utilização de inoculantes.
DGM ideal de 500 a 600 μm economia de ate 20kg/animal
DGM < 500 μm problemas de ulceras esôfago gástrica problemas respiratórios.
DGM > 650 μm problemas digestão aumento de dejetos