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Jornal Águas Claras do Sul 30 de Fevereiro de 2014O primeiro semanário totalmente a cores de Viamão

VEREADORA EDA PODERÁ PEDIR ACASSAÇÃO DO PREFEITO BONATTO

COPERAV entregaalimentos no GHC

CASO PRESTSERVICESINDICATO ATUA E EMPREGADAS COMEÇAM

A RECEBER PARTE DOS SEUS DIREITOS

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Encerrado o ciclo de sessões extraordinárias na Câmara, podemos fazer um balançogeral. E ele é muito claro: o prefeito Valdir Bonatto fez tudo errado, e se deu mal.

Mandou projetos enormes, importantes, para votação apressada. Eram matérias queprecisariam ser debatidas com o povo, precisariam passar por muito esclarecimento emuito amadurecimento antes de irem ao plenário. Mas não.

No fim, tivemos sessões durante seis horas, muitos debates, e muito desgaste paracima do governo. As iniciativas governistas vinham tropeçando desde a semana passada.Quando entrou o projeto do Código de Condutas, aí a coisa afundou de vez.

Além de retirar vários projetos, sofrer derrotas acachapantes em outros, ever alguns trancados pelas comissões, Bonatto saiu com a fama de ditador. É opior resultado possível.

Governo com pés de barroVocês se lembram do ano passado? Aquela época na qual o futuro do governo Bonatto

parecia uma estrada de tijolinhos dourados em meio a campos de morango, com umamaioria folgada na Câmara e boa parte da opinião pública apoiando?

Pois é. Já era.Na votação da Mesa ficou evidente, mas nas sessões das últimas duas semanas a

coisa se consolidou: o governo perdeu a maioria, e agora parte de sua própria base pare-ce pouco disposta a defendê-lo. Restaram dois ou três abnegados que ainda tentam imporalguma resistência. Bonita, mas inefetiva.

Respeito inéditoQuando a Iya Vera Soares, do Conselho do Povo de Terreira falou, assisti a uma cena

que eu nunca tinha visto na Câmara Municipal: o público, os vereadores, todo mundo ficouquieto, prestando atenção, sem interromper nem fazer barulho.

Acho que até os pássaros na rua pararam de cantar.Só se escutava a voz dela.

PrestServiceTemos que elogiar. Temos que prestigiar. Temos que dizer aqui para que nunca mais

ninguém esqueça: o SEEAC-RS, sindicato que defende os trabalhadores de empresascomo a PrestService, e seu advogado, Evariso Heis, fizeram uma atuação brilhante.

Evaristo brigou, xingou, correu, e em menos de 20 dias conseguiu achar solução parao problema. Em meio a muito falatório e a vereadores e outras figuras políticas tentandopuxar para si o papel de "salvador da pátria", a entidade sindical seguiu firme e conseguiuachar a luz no fim do túnel.

Fez quase 200 famílias felizes no meio desta semana.

O presente e o futuroCoisa que me impressionou foi a alegria das trabalhadoras da antiga PrestService ao

receberem de volta suas carteiras de trabalho. Uma delas me explicou: é que, enquanto orecebimento dos valores garante seu presente e o pagamento de algumas dívidas do pas-sado recente, a carteira é a garantia do futuro.

E agora, AMAVI?Desde 2013, as mineradoras vêm depositando na conta da Secretaria do Meio Ambi-

ente, espontaneamente, valores que hoje estão perto de 200 mil reais. Esse dinheiro foioferecido para 10 associações, entidades, da região, para projetos sociais, culturais e afins.E muitas dessas entidades estão contando com o dinheiro. E agora?

Por quê a AMAVI não investiu diretamente nas associações da região?Ela vai continuar depositando na conta do Meio Ambiente?

[email protected](51) 8414-8218

Jorge Cavalheiro

O ano de 2015 começou muito mal para o governo municipal. Começou com o casoda PrestService, que colocou em xeque toda a estrutura de fiscalização dos contratosterceirizados da Prefeitura.

Depois veio o caso da Escola Guerreiro Lima, que já seria ruim o suficiente se ficassedentro da cidade, mas apareceu até no SBT.

E aí vieram as sessões extraordinárias da Câmara. Talvez apostando que os vereado-res teriam pressa de ir logo para a praia, o governo parecia esperar um passeio. Mas não.Aquilo foi um massacre.

A última das sessões foi uma espécie de prelúdio apocalíptico para o pessoal doPalacinho. Vimos um projeto ser rejeitado, outros afundarem, e outro resultar em um deba-te que "queimou" Bonatto com basicamente todos os líderes e fiéis de todas as religiões queexistem.

Diante disso tudo, o prefeito poderia se confortar, dizendo a si mesmo que ainda tem oapoio de sua base aliada. Mas nem isso. Aos "45 do segundo tempo", o líder do governo(Barbaroti) jogou a toalha, outro vereador da base (Tiquino) recuou e deu uma alfinetada nogoverno, e um terceiro (Joãozinho) encerrou a sessão desancando o governo.

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Jornal Águas Claras do SulJorge Roberto Ferreira Cavalheiro - ME

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Direção Geral - Reportagem - Fotos:Jorge Roberto Ferreira Cavalheiro

Edição Final - Texto - Diagramação:Fábio Burch Salvador (Jornalista registro 12546 - 2005)

Diagramação - ArteCarlos Andrei Charqueiro

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Bonatto: tudo errado Como papel na chuva

Editorial

ErrataNa última edição, em matéria falando sobre os repasses às entidades carnavales-

cas, cometemos um engano. A frase na capa do jornal foi atribuída a Magno Ademir Cas-tro, presidente da ASSENCARV. Na verdade, ela foi dita por Paulo Henrique do Nasci-mento, que é presidente da Vila Esmeralda, e membro do Conselho da ASSENCARV.

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Eda quer a prestação de contasda ACIVI ou vai pedir cassação

do prefeito BonattoNa Sessão Extraordinária da Câmara, durante os expedientes, a vereadora EDA do PDT ingressou com

um requerimento de Pedido de Informações, onde exigiu uma série de documentos e a Prestação de Contasda ACIVI. Não satisfeita somente com o encaminhamento, fez questão de dar destaque ao seu pedindo indo atribuna e disparando verdadeiros torpedos contra o “ocupante do palacinho (Prefeito Bonato)”, os quaispassamos a transcrever: “Fiz dois pedidos de informação, após termino da Copa do Mundo, solicitei aoprefeito que este apresentasse a prestação de contas do dinheiro público destinado a gastos com apromoção da copa do mundo.”

“De maneira protelatória, responderam que tinham prazo até o fim do exercício de 2014, e que porenquanto não tinham nada a informar. Pois bem, acabou os prazos que o prefeito possuía para apresentaressa prestação de contas.”

“Agora será na marra ou o prefeito encaminha para a Câmara essa maldita prestação de contas oueu pessoalmente encaminharei junto à Presidência da Câmara, requerimento chamando a responsabilidadedo prefeito, por crime de responsabilidade, conforme determina a Lei Orgânica do Município que poderáresultar na cassação do prefeito. Recomendo que o Prefeito leia a Lei, no seu artigo 55, 56 e seu Inciso IV,já que pelo tudo que vimos está muito mal assessorado e provavelmente seus assessores não tenham oconhecimento necessário para orientá-lo.” Concluiu a vereadora EDA do PDT que se mostrava indignada como desrespeito.

Toda a revolta da vereadora está com o fato de ter sido A ÚNICA A VOTAR CONTRA A DESTINAÇÃO DE R$1.200.000,00 (Hum milhão e duzentos mil reais) para serem gastos com a propaganda da copa enquanto nospostos de saúde não existe médicos, não existe ginecologistas ou se quer material de limpeza e higiene para usopelos médicos, enquanto está sobrando recursos para fazerem propaganda com o dinheiro do povo. Vários jornaisfizeram suas matérias mas a vereadora tem se mantido irredutível. QUER A PRESTAÇÃO DE CONTAS E QUERSABER AONDE BOTARAM O DINHEIRO DO POVO, “TIM POR TIM TIM” Nota por nota, centavo por centavo.

O Jornal Águas Claras do Sul teve a informação que a Câmara Municipal foi nterpelada pelo Ministério Público,que abriu um expediente onde investiga a aprovação da lei da Copa, que a vereadora contesta a sua legalidade epoderá ser decretada irregularidade, o que pode causar muita dor de cabeça para o prefeito e a ACIVI.

Cantinho do NordesteBem ao lado da Casa das Cucas, funciona um peque-

no comércio de roupas e artigos. Nossa reportagem foi conhe-cer o dono da barraca e seu negócio de perto.

Régis, mais conhecido como "Casinha", vende "todosos produtos dos artesãos do Nordeste", (vestidos, saias, to-alhas, roupas variadas e artesanato em crochê, linho e ou-tros artigos). O negócio chama-se "Cantinho do Nordeste",e incrivelmente, funciona 24 horas. É possível comprar atédurante a madrugada.

Os hits do verão, segundo o comerciante, são osvestidos leves, a saia balão, o "macaquinho" e outrasroupas do tipo.

Régis aceita cartões, e negocia descontos e condições."Preço igual ao nosso não existe aqui na volta."

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Vereador Tiquino dá exemplo:diz que vereadores devem doar jetonsNeste mês de Janeiro, a Câmara Municipal vem reali-

zando sessões extraordinárias (ou seja, funcionando duranteo recesso), com os vereadores recebendo subsídios adicio-nais (os famosos "jetons") que já ultrapassam os cem milreais, a serem pagos pela Prefeitura.

Mas o vereador Tiquino (PSDB), em sessão, apresen-tou uma belíssima ideia: "Minha proposta é que nós verea-dores abdiquemos do salário", disse, em relação a esta ver-ba adicional. "Eu acho que tem que devolver o dinheiro! In-clusive eu vou solicitar que eu não seja pago por essas duas...vou pedir aos vereadores que façam isso."

"Depois eles falam que o poder público não tem. Entãoestão fazendo o que aqui? O que nós estamos fazendo aqui?Ganhando dinheiro da Prefeitura?", atacou.

Não foi o único. Na quinta-feira, Barbaroti (PMDB),em plena discussão do projeto do Código de Posturas,disse estar decepcionado com o resultado das sessõesextraordinárias.

"Foram dois dias, ontem e hoje, muito chatos para mim.Eu, como vereador, acho que não produzi, não conseguiimbuir na cabeça dos meus opositores que era necessáriaaquela votação ontem, e eu quero deixar claro aqui que nãoaceito receber estes dois dias como convocação. Eu não seicomo faz, se eu retiro os valores e dou para qualquer institui-ção, se for obrigado a receber, mas ontem e hoje eu não vou

receber porque estou com vergonha dos dois dias em queestive nesta Casa e não produzi nada."

Neste momento, Tiquino voltou a falar na questão, infor-mando que já tem até uma entidade certa para doar o di-nheiro.

Dédo (PT) disse que não abre mão dos valores quetem a receber. "No momento em que tu (Tiquino) fazes pu-blicidade da questão da devolução do recurso desse jeito,ele pode caracterizar crime eleitoral. Mas cada um faz o quequer. E eu já disse isso. Agora, no momento em que tu abresmão daquilo que é um direito, dizendo que, se tivesse tidoêxito na votação dos projetos, não disse que ia abrir.

Então a lei é bem clara: a convocação do prefeito emperíodo de recesso é muito mais para fazer com que osseus vereadores, também, eles estão em férias e têm quese deslocar até aqui. Então o pagamento no período derecesso, não há nenhuma ilegalidade nem nenhuma ir-regularidade diante da lei. Cada um faz da sua vida parti-cular, depois que receber, porque vai ter que assinar querecebeu, vai dar o destino."

Mais tarde, na sessão de quinta, Joãozinho da Saúde(PMDB) fez coro com Dédo dizendo: "Não posso abrir mãodo meu salário, porque eu trabalhei, e li várias vezes... olhaaqui o tamanho disso aqui", disse, referindo-se aos projetostratados nas sessões da semana.

Tiquino comparagastos do governo

atual e anteriorO vereador Tiquino (PSDB), na sessão de quinta-feira,

reservou um tempo para falar em valores."Eu queria falar deste material aqui. Desta revista

aqui. Isso aqui, foi feito um pedido pelo vereador Sér-gio Kumpfer, a respeito do valor que foi este material.Foi muito bom, eles vieram a esta tribuna, uma mate-rial ótimo.

Agora vocês vejam a comparação. Em 2009, a gestãoanterior gastou 427 mil com publicidade. Em 2009, prefeito

do senhor Sérgio Kumpfer, do Ridi... nós em 2013 gasta-mos 152 mil. Eles gastaram 427 e nós 152.

Em 2010, eles tiveram a capacidade de gastar 800 mil!Foi 712.964,00 reais. Nós gastamos 272, Serginho. E táaqui seu pedido de informação.

Queria também falar, porque ontem eu disse que iriadoar estes dois dias de trabalho. Vou doar para uma entida-de porque nestes dois dias não sou merecedor de recebereste salário", disse o vereador.

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Paolla Salomone

É possível ajuizar açãosem prévio pedido

administrativo para fins debenefício previdenciárioCaros leitores, um ótimo final de semana a todos!

É possível ajuizar ação sem prévio pedidoadministrativo para fins de benefício previdenciário

Para o ajuizamento de ação judicial em que seobjetive a concessão de benefício previdenciário,dispensa-se, excepcionalmente, o prévio requerimentoadministrativo quando houver:

1) recusa em seu recebimento por parte do INSS;2) resistência na concessão do benefício

previdenciário, a qual se caracteriza: pela notória oposiçãoda autarquia previdenciária à tese jurídica adotada pelosegurado ou pela extrapolação da razoável duração doprocesso administrativo.

Como regra geral, a falta de postulação administrativade benefício previdenciário resulta em ausência deinteresse processual dos que litigam diretamente no PoderJudiciário. Isso porque a pretensão, nesses casos, carecede elemento configurador de resistência pela autarquiaprevidenciária à pretensão. Não há conflito. Não há lide.Por conseguinte, não existe interesse de agir nessassituações. Ademais, o Poder Judiciário é a via destinadaà resolução dos conflitos, o que também indica que,enquanto não houver resistência do devedor, carece deação aquele que "judicializa" sua pretensão.

Nessa linha intelectiva, a dispensa do préviorequerimento administrativo impõe grave ônus ao PoderJudiciário, uma vez que este, nessas circunstâncias,passa a figurar como órgão administrativo previdenciário,pois acaba assumindo atividades administrativas.

Em contrapartida, o INSS passa a ter que pagarbenefícios previdenciários que poderiam ter sido deferidosna via administrativa, acrescidos pelos custos de umprocesso judicial, como juros de mora e honoráriosadvocatícios.

Nesse passo, os próprios segurados, ao receberem,por meio de decisão judicial, benefícios previdenciáriosque poderiam ter sido deferidos na via administrativa, terãoparte de seus ganhos reduzidos pela remuneraçãocontratual de advogado. Entretanto, haverá interesseprocessual do segurado nas hipóteses de negativa dorecebimento do requerimento ou de resistência naconcessão do benefício previdenciário, caracterizado pelanotória oposição da autarquia à tese jurídica adotada pelosegurado, ou, ainda, por extrapolação da razoávelduração do processo administrativo.

No caso da notória oposição da autarquia à tesejurídica adotada pelo segurado, vale dizer que aresistência à pretensão se concretiza quando o próprioINSS adota, institucionalmente ou pela prática,posicionamento contrário ao embasamento jurídico dopleito, de forma que seria mera formalidade impor aosegurado a prévia protocolização de requerimentoadministrativo.

O Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-conta-giosa dos equídeos, causada pelo Burkholderia mallei, quepode ser transmitida ao homem e também a outros ani-mais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas nari-nas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosasnasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc.Os animais contraem o mormo pelo contato com materialinfectante do doente: pus; secreção nasal; urina ou fezes.

SINTOMAS: Os sintomas mais comuns são a pre-sença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões,gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda écaracterizada por febre de 42ºC, fraqueza e prostração;pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlce-ras profundas com uma secreção, inicialmente amarela-da e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar edispnéia.

CONTAMINAÇÃO: Acontece pelo contato com ma-terial infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). Oagente penetra por via digestiva, respiratória, genital oucutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguíneae depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fí-gado.

TRATAMENTO: O mormo apresenta forma crônicaou aguda, esta mais frequente nos asininos. Os animaissuspeitos devem ser isolados e submetidos à prova com-plementar de maleína, sendo realizada e interpretada porum veterinário do serviço oficial. A mortalidade dessa do-ença é muito alta.

Atenção: Devem ser realizadas as seguintes medi-das:

" Notificação imediata à Defesa Sanitária" Isolamento da área da infecção e isolamento dos ani-

mais suspeitos" Sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma

prova de maleína" Cremação dos cadáveres no próprio local e desin-

fecção de todo o material que esteve em contato com eles" Desinfecção rigorosa dos alojamentos" Suspensão das medidas profiláticas somente 120

dias após o último caso constatado." Bloqueio e suspensão do trânsito animal da propriedade.

Veteriná[email protected]

Álvaro Mussoi

MormoEu já nem sei

Quando tempo fazQue ali cheguei

Procurando a minha pazMas ainda tenho as cançõesCriadas naquelas situações.

Foi tudo tão intenso e diversoO mar, a brisa... os luais

Num imenso noturno universoSem mais antigos rituais,

Já haviam chegado os diasDas longas libertas alegrias.

Um leve vento passava faceiroE te trouxe a meu encontroSob aquele céu de janeiroQue jamais haverá outro,

Pelo menos enquanto a distânciaImpedir essa nova experiência.

Eu só posso dizerQuanta falta faz

Que até vou reconhecerPreciso de você, rapaz

Para seguir nas direçõesPerdidas ao final dos verões.

Sim, é renovada a chanceDo nosso universo parceiro

E toda sorte em alcanceEstamos sob o céu de janeiro.

williamcontraponto@hotmail.comblogsistemaclandestino.blogspot.com.br

WilliamContraponto

Sob o Céu de Janeiro

Olá queridos leitores!

Quero agradecer ao Jorge Cavalheiro e ao Fabio, aoportunidade de fazer parte deste jornal Águas Claras doSul, em ter a disposição uma coluna semanal para ex-pressar minhas opiniões.

Quero também agradecer a todos os queridos leito-res que me acompanharam até aqui.

Estou me afastando de escrever no jornal por unsdias.

Obrigado a todos, de coração.

Boa semana a todos.Que Deus nos abençoe.

Uma luz sobre a [email protected]

Saulo Fragados Reis

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Sindicato anuncia liberação de valoresàs trabalhadoras da PrestService

Em reunião ocorrida na sede da Intersindical, no centrode Viamão, nesta quarta-feira, o SEEAC-RS, através de seuadvogado Evaristo Heis, começou a dar um fim ao dilemacriado depois que a PrestService desapareceu e deixou suasquase 200 empregadas "a ver navios".

Na reunião, Eliseu Xavier, o supervisor da antiga em-presa, devolveu as Carteiras de Trabalho de todas as ex-empregadas. Elas foram carimbadas pelo sindicato, permi-tindo que as trabalhadoras lesadas possam buscar o Segu-ro Desemprego e o Fundo de Garantia.

As merendeiras e serventes também receberam umaótima notícia: vão receber parte dos valores devidos pelaantiga empresa, e depositados pela Prefeitura em juízo. "Setudo der certo, e a juíza assinar, no máximo na terça-feira,está na conta de todo mundo", disse o advogado, descre-vendo as medidas que tomará para que isso se cumpra.Como resposta, recebeu um longo aplauso da multidão.

O restante dos valores ainda devidos às trabalhadorasdeverá ser buscado por cada uma delas com processospróprios, individuais, na Justiça do Trabalho.

BRIGADA VOLUNTÁRIA DEPREVENÇÃO DE INCÊNDIO

Os moradores do Condomínio Goufe 2, nas Águas Claras, realizaram uma reu-nião no dia 09 de janeiro com a finalidade de recrutar brigadistas voluntários de pre-venção e combate a incêndios florestais para participar do curso que será promovidopela Secretaria Estadual de Meio Ambiente aqui na região, em data ainda ser marcada.Segundo o técnico ambiental, João Adilson Pazzini Ferrari, o brutal incêndio que ocor-reu no mês passado aniquilou com a flora e fauna do Banhado dos Pachecos e aindacolocou em risco a vida dos moradores do Condomínio Goufe 2, onde o fogo ameaçouas casas próximas. "O preocupante é o despreparo das pessoas para lidar com essessinistros. A Prefeitura de Viamão não ajudou em nada para combater o incêndio", citouo ambientalista. Segundo ele, durante a capacitação os voluntários terão contato diretocom os equipamentos e situações reais de combate ao fogo. No curso os aprendizesvoluntários utilizarão materiais como bombas costais, abafadores e equipamentos deproteção e primeiros socorros, a partir daí estarão aptos a agir em toda a região dasÁguas Claras.

A síndica do condomínio Goufe 2, Genilse Quadros de Oliveira, disse que a inten-ção é qualificar pessoas da comunidade para ao trabalho voluntário e agir em equipetanto na prevenção, quanto num momento de sinistro. Ela também agradece o SrSandro Fraga que voluntariamente cedeu o seu caminhão pipa para combater as la-baredas que avançava sobre a área do condomínio.

Vilson Arruda Filho.

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Passados cerca de dois anos após o anúncio de um projeto de lei que previa o apoio doExecutivo aos animais de Viamão, o vereador Alexandre Gomes, Xandão (PRB), critica a faltade comprometimento da prefeitura com a causa.

Mesmo tendo sido anunciadas diversos planos de desenvolvimento para esta área, nadatem sido feito até o momento. "A minha maior crítica é que não há verdadeiramente umapolítica voltada para os animais, como em outros municípios. E isso diz repeito, também, àsaúde pública, pois na medida em que os cães abandonados se proliferam, aumentam assimas doenças transmitidas à população. ", disse.

Em 2013, uma sessão especial foi realizada na presença de voluntários, representantesde ONG's e da primeira-dama de Porto Alegre, Regina Becker - da Secretaria Especial doDireito dos Animais (SEDA). No encontro, foi debatida a legislação que se encontrava emvigor e novas propostas para uma política de controle e proteção aos animais. Ficou firmado ocompromisso do prefeito Valdir Bonatto (PSDB) em trabalhar junto ao legislativo para melhoratender às necessidades dos animais no município, e destacou o seu projeto de lei que trami-tava para análise na Câmara de vereadores.

O vereador Xandão foi autor do projeto de lei 001/2013, que trata da criação de cadastrode ONG's e pessoas que cuidassem de animais abandonados no município, para fornecerrecursos e contribuir nos gastos, bem como dispor os animais para adoção. "As ONG's fazemtudo. Cuidam, castram, tratam, alimentam, enfim. Fazem o que o poder público deveria fazer,isso sem receber qualquer tipo de auxílio", completou. O prefeito vetou este projeto e emseguida apresentou sua proposta para votação.

Esse projeto previa, entre outras coisas, o cadastro de cães e gatos, colocação de chippara identificação e controle de natalidade. Além disso, o Conselho Viamonense de MeioAmbiente (Covima) teria autorizado que R$ 92,5 mil saísse do Fundo Municipal do MeioAmbiente para ser investido na implementação dessa Lei.

No mesmo ano, foi anunciada a Unidade de Atenção aos Animais, durante uma solenida-de em que Bonatto entregou a chave do veículo nas mãos da secretária da saúde, SandraSperotto. Durante o encontro, falou sobre a importância da aquisição - que passaria pormelhorias e adaptações para entrar em funcionamento - para o desenvolvimento da cidade.No entanto, nenhum atendimento teria sido realizado através desta iniciativa.

Desde então, pedidos de recolhimento de cães abandonados, castração e auxílio às en-tidades de proteção têm sido negados. Vários casos foram encaminhados ao Ministério Públi-co, a fim de exigir providências da prefeitura, que não vem cumprindo com termos de ajusta-mento de conduta (TAC) e, assim, o descaso com o assunto permanece.

Vereador Xandão questiona a nãoexecução de políticas públicas deatenção aos animais no município

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Câmara derruba tentativa deregulamentação das mineradorasO projeto de lei 012-2015 do

Poder Executivo, regulamentan-do a atividade das mineradorasque operam em Viamão (especi-almente em Águas Claras e re-gião), estabelecendo um fundopara o qual as empresas deve-rão contribuir, a ser aplicado naregião, foi a votação na quarta-fei-ra, dia 21. O assunto já havia en-trado em pauta na semana ante-rior, mas foi objeto de um pedidode vistas e acabou adiado.

Na semana passada, o em-presário Henrique Goulart Feijóchegou a ir à Câmara falar sobreo assunto (matéria da edição pas-sada deste jornal).

O prolongamento do debatejustifica-se pela extensão do pro-jeto, que é amplo, cheio de arti-gos sobre assuntos específicos, edeixou no ar muitas questões queferem interesses variados.

A discussão desta semana con-sumiu mais de uma hora da sessão.

Serginho (PT) pediu a repro-vação do projeto dizendo que acomunidade não está sendo ou-vida e as coisas importantes nãopoderiam ser decididas sem o povo.

Barbaroti (PMDB) estranhou

Câmara Municipal derruba projeto do governo que destinaria 1% do faturamento das mineradoras para a região.

a oposição estar travando um pro-jeto que virá acabar com o cenário"desorganizado" da atividade na ci-dade, e lembrou o episódio ocorri-do no governo passado, no qual umCC da Prefeitura foi preso receben-do propina de um empresário dosetor. Defendeu o fundo, que servi-ria para ajudar "especialmente quemvive perto e sofre com a mineração.Sofre com o caminhão, sofre com apoeira", dizendo que atualmente nãohá regulação: "Eu vou lá, montouma mineradora para mim, tiro no

fiscal quando quero... é isso aí! E agente quer normatizar isso."

Eda (PDT) adotou a mesma li-nha de Serginho, dizendo que fal-tou debate com o povo. Mas tocouem um novo ponto: ela diz que"qualquer tarifa estoura no bolso dotrabalhador", e que esse tipo de re-gulamentação acabará encarecen-do a areia, também para os pobres.Ela alegou que a fiscalização "nãofunciona" e alertou para a necessi-dade de "ouvir a sociedade". "OPDT é a favor do trabalhador, e con-

tra tarifa qualquer que seja", diz, de-fendendo que o projeto seja discuti-do no ano legislativo normal.

Nadim (PP) lembrou que nasemana anterior o assunto haviasido discutido por horas, e disse es-tranhar o fato de que, apesar dosproblemas causados nos últimosanos por falta de regras no setor damineração, agora haja gente dizen-do que uma solução para a questãoprecisa de mais tempo. O vereadordo PP considera que o projeto é cla-ro nas regras que estabelece, e que

está aberto à discussão, poden-do ser emendado, mas sua vota-ção não deve ser protelada.

Ridi (PT) voltou ao assuntoda falta de debate público. "Paraque é que tem o ConselhoViamonense do Meio Ambiente?",questionou, sobre este projeto eoutros. "A prefeitura está habilita-da a enviar o projeto novamenteem fevereiro, pois voltamos dorecesso no dia 15", disse.

O vereador Kiko (PTB), dis-se que existem 13 mineradorasfuncionando na cidade, todas au-torizadas pelo governo anterior."Nada mais correto do que cobrardo pessoal que degrada, que des-trói nossa região lá, umacontrapartida para o municípiopara ajudar a recuperar aquilo queeles criaram, que eles estragaram."Apontou que hoje apenas cincodessas empresas contribuem, deboa vontade, para um fundo.

O projeto sofreu diversasemendas, na tentativa de torná-lapassível de aprovação mas, no fim,foi reprovado por 11 a 10. A vota-ção havia ficado empatada, mas opresidente Dédo (PT) deu o Voto deMinerva derrubando a medida.

Projeto sobre licenciamento ambiental é travadoUm dos projetos, enviados pelo prefeito para tentar passar na Câmara Municipal duran-

te o recesso, é o 011-2015, que dispõe sobre o licenciamento ambiental, cria a taxa delicenciamento e dá outras providências.

Diferente dos demais projetos, que provocaram enormes discussões e aca-baram em votações polêmicas (como o das mineradoras, derrubado no desem-

pate), este nem foi para apreciação.Ele parou na Comissão de Finanças, Tomada de Preços e Contas da Câmara, com

parecer desfavorável. Esta reprovação é diferente de uma votação contrária, porque trata-sede um parecer de caráter técnico, e não político. Normalmente ocorre quando uma matériacontém equívocos, ou esbarra em legislações superiores.

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O projeto mais polêmico de todos apresentados paravotação nas sessões extraordinárias na Câmara Municipal éo 07-2015, que modifica o código de posturas de Viamão. Oartigo que causou mais discussão na Câmara foi um queimpõe a exigência de isolamento acústico nos locais de culto(terreiros de religião afro, igrejas evangélicas, centros espíri-tas e outros).

Outro artigo muito controverso diz respeito às penalida-des impostas a quem infringir o código: o vereador Joãozinhoda Saúde leu na íntegra a matéria, onde diz que os infratoresde baixa renda prestarão serviço na coleta de lixo.

Na quarta-feira, dia 21, representantes de entidades dasreligiões afro umbandistas puderam falar na tribuna.

"ISSO AQUI É UM LIXO!"Milton Vaz da Aliança Umbandista e Africanista do RS

começou o debate. "O trabalho da FEURGS, nossa Federa-ção Espírita de Umbanda do Estado do Rio Grande do Sul, elocalizadamente em Viamão, a contribuição social, a ajudano campo dos drogados e das pessoas que em um momen-to de desespero recorrem à assistência dos umbandistas, issoinfelizmente não está registrado. Mas o índice é animador,enquanto cidadãos preocupados com o bom destino da nos-sa gente para que tenhamos a sociedade da maneira como

se encontra, em paz. Buscando melhores dias e confiandonesta Casa.", disse.

Ele referiu-se ao projeto como "aberrações como as quevemos aqui", que "tenta instituir a policia administrativa, emresumo é isso". Diz que se a legislação for aprovada, umanova realidade surgirá na cidade. Falou da construção decódigos e sistemas punitivos que vão "suprimir o homemcomum".

"É inadmissível, companheiros, e não vou entrar nasminúcias do que aqui está, posso lhes dizer: isso aqui é umlixo. Eu gostaria de estar aqui com algo produtivo, que realmen-te representasse o interesse comum. Apontasse um destinomelhor da nossa Viamão para arrancá-la deste estado em quese encontra, de verdadeira miséria intelectual e de talentos."

"VAMOS FAZER VIGÍLIA NA FRENTE DA PREFEI-TURA"

Jeferson Damasceno, da Associação Umbandista deViamão, disse não discordar do projeto de lei. Mas pediu umdebate "muito amplo". Apontou que a OAB, o CRECI, e ou-tras entidades participaram da discussão inicial, mas não asentidades de religião afro.

"Nosso segmento é um segmento que sofre muito precon-ceito", e criticou os artigos que falam sobre os locais de culto."Tem que ser ouvidos todos os segmentos da sociedade. O povoe a cidade de Viamão têm o direito de debater isso."

"Nós estamos desde o ano passado solicitando uma au-diência com o prefeito para montar aqui em Viamão o Con-selho Municipal do Povo de Terreiro, e nós não recebemosaté agora retorno. Se não formos recebidos pelo prefeito nósvamos nos organizar a nível de Estado", diz prometendo to-

O polêmico projeto do Códigode Posturas nem foi votado

mar atitudes mais drásticas: "Vamos fazer uma vigília na frenteda Prefeitura e vamos tocar ali também."

"NEM NO TEMPO DA DITADURA PASSAMOS PORISSO"

Álvaro da Silva, da FEURGS, começou lembrando queentidade tem 68 anos, e diz ser contra "certas barbaridades" noprojeto. "Aqui em um determinado artigo, o sétimo, o fiscal temautonomia de entrar a qualquer hoje do dia, da noite, ficar otempo que bem entender... ora, isso é coisa de pessoa quenão conhece, que não sabe que existe o Judiciário. Na minhacasa, o fiscal não vai entrar. Vai entrar se eu autorizar. Isso estáaqui na Constituição Brasileira", diz, "porque amanhã eu vouter medo até de criticar esta revista. Olha que revista bem feita,quanto custou, fomos nós que pagamos. Porque se eu criticar,a dita polícia administrativa poderá me mostrar a carteirinha defiscal e me prender. Entendeu senhores vereadores?"

Álvaro disse que o projeto afeta umbandistas, evangéli-cos, e todas as confissões religiosas.

"O evangélico hoje também não vai poder gritar, porque ofiscal vai chegar lá com interesses políticos, partidários, e man-da eles calarem a boca."

"Isso é ditadura! Nós da umbanda não passamos por issonem no tempo da ditadura! Quando nós tínhamos que tirar li-

cença da delegacia de costumes, ao lado das prostitutas, mu-lheres que eu tenho o maior respeito por elas, era o tempo daARENA. E hoje eu já nem sei mais o que é."

"O TEMPO QUE SE ENGOLIA ISSO JÁ PASSOU"A discussão iniciada na quarta-feira continuou na quinta,

dia 22. Naquele dia, estiveram presentes muitas pessoas liga-das aos culto afro umbandistas. Mão Shirlei de Oxalá, PaiRoberto de Bará, Pai José Clairton de Yemanjá, Iya Sandrali eOxum, Mãe Jaque de Isansã, Pai Jairo de Ogum, Pai Jorge deOgum, Pai Washington de Oxalá, Baba Marcelo de Ogum, PaiJuliano de Oxalá, Pai Carlinhos de Oxum, Pai Jackson de Exú,e os caciques de umbanda Adriana de Iemanjá e Jefferson.

O debate reacendeu com a fala da Iya Vera Soares, secre-tária geral do Conselho do Povo de Terreiro do RS.

"Que pena que lamentavelmente não estejamos aqui emum momento de alegria ou de festa. Nós viemos abrir um diá-logo com esta Casa em nome de mais de cinco mil terreirosque comporta esta cidade de Viamão, onde está incluso dentro

de um debate que foi feito na ausência de toda esta comuni-dade", disse Vera. Ela considera positiva a criação de umCódigo de Posturas, e citou o fato de que iniciativas seme-lhantes em outras cidades. Mas criticou a falta de diálogo.

"Nós não podemos em pleno século XXI, reproduzir umsistema de exclusão social e de violação do direto humanoda fé, do direito humano de exercer o seu culto com a sualiberdade de expressão.

Ele tem que ser para todos os segmentos, na busca deuma igualdade, que há 500 anos este povo negro sofre pelaconsequência de um racismo que é velado e vigente aindano século XXI."

Ela lembrou a origem das religiões afro que chegaramao Brasil: "Somos todos fruto de uma diáspora. E este Esta-do tem, sim, uma responsabilidade e uma dívida impagávelcom os 52% da população negra."

Vera falou da especificidade do povo negro que, por suasorigens históricas, estaria em desvantagem neste processo:"Somos pobres, e por sermos pobres, não teremos a con-dição de exercer nossa fé, quando se exige que o salão,grande ou pequeno, tenha todo um equipamento de acústi-ca, porque o barulho do tambor incomoda o vizinho."

"O tambor foi, é e será o primeiro meio de comunica-ção destes povos. E dos indígenas também."

Ela reivindicou a realização de uma audiência públicapara debater o assunto. E lembrou que os terreiros fazem,muitas vezes, papéis que seriam da família, do Estado e deoutras instituições. "Se não houver o diálogo, o processovem de cima para baixo, e isso não é democrático. E o tem-po que se engolia isso já passou."

ESTADO LAICO?Vera também falou sobre o conceito de Estado laico,

apontando que em muitas repartições há crucifixos, mas nãorepresentações de outras religiões.

Concluindo seu discurso, Vera lembrou que no come-ço da sessão havia sido lido um trecho da Bíblia. Então,entoou uma cantoria. "Vou chorar no colo de Oxum", disse,antes de iniciar. No canto, foi acompanhada pela audiência.

"PROJETO DE PERSEGUIÇÃO"O vereador Eraldo (PTB) também falou sobre a maté-

ria. "No meu ponto de vista é um projeto de perseguição",começou. Defendeu a liberdade de expressão, e lembrouque a cidade tem mais de 5 mil terreiros.

"Um governo que não respeita o seu povo, as entida-des organizadas, não merece respeito."

Falou também da inviabilidade de exigir o isolamentoacústico: "eu vejo a dificuldade de muitas casas, de botarum forrinho, um simples forrinho. E agora este prefeito colo-ca um projeto exigindo acústica. Isso é um absurdo. Temcasas que não conseguem colocar um piso decente, masestão ali levando seu trabalho social, religioso. Feliz se to-das as ruas de Viamão existisse uma casa de religião."

"Eu não quero debater este projeto, temos que derru-

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bar, votar contra direto."Eraldo parabenizou o vereador Ridi, que quando era

prefeito, assinou uma lei dispensando templos religiosos daexigência de alvará. E também ao vereador Dédo, que fezuma lei isentando tais casas do IPTU.

"UMA AFRONTA À NOSSA CULTURA"O vereador Armando (PT) definiu a Câmara Municipal

como "a casa da inclusão", citando ele mesmo e o vereadorXandão (PRB) como "membros da comunidade afro", o ve-reador Jorge Batista (PTB) como "representante dos porta-dores de deficiências", e outros que fazem parte de outrosgrupos específicos.

"Este projeto é uma afronta à nossa cultura, às nossasorigens, e à nossa cidade", disse. Armando achou estranhonão estarem presentes representantes de outras religiões queserão afetadas, mas lembrou que Xandão é evangélico.

Disse achar absurdo que o Código parta do pressupos-to de que a atividade das casas religiosas possa perturbar aordem. "Muito pelo contrário, isso muitas vezes vem auxiliaro convívio da comunidade e colaborar com a vida de muitaspessoas. Sou testemunha ocular disso."

O vereador também defendeu a realização de uma au-diência pública. Diz que Viamão será "pioneira" em criar umalei que trata as manifestações religiosas como um perigo àordem pública. E aponta os itens do projeto que citam supos-tas legislações superiores que teriam o mesmo viés, dizen-do serem enganosos. "Este projeto tem vícios de origem."

"Este projeto é ilegal, inconstitucional, e tem que morrerna casca."

"VOCAÇÃO AUTORITÁRIA DO GOVERNO"O vereador Serginho

(PT) classificou os eventosdos últimos dias como "algomuito estranho à tradiçãolegislativa de Viamão." Disseque são 669 artigos, com2000 parágrafos, revogaçãode 17 leis, e referências a de-cretos, leis e inúmeras outraspeças legais. "Eu pergunto a vocês: é humanamente possí-vel que algum vereador desta Casa tenha condições de ana-lisar tudo isso e construir um voto seguro? Evidente que não.Por que isso está acontecendo? É a tradição autoritária, avocação autoritária do atual governo."

Lembrou que projetos sucintos e de alcance local foramaprovados, mas que os códigos de limpeza, posturas e ou-tros, "não tem por que fazer agora". O vereador diz que oobjetivo da apresentação deles no momento é para que "apopulação não possa acompanhar."

PELA AUDIÊNCIA PÚBLICA MULTI-RELIGIOSAO vereador Leandro Aguirre (Solidariedade) disse estar

feliz com o movimento na Câmara, lembrando seu projetodestinando 70 mil reais à Semana Evangélica, efemérideprevista desde o governo Jorge Chiden, mas nunca realiza-da. "Nós temos a liberdade de ser o que somos. Eu escolhiser cristão, crente e outros escolheram ser espíritas", disse, apon-tando que "é lindo dizer que o Estado é laico, mas depois vãopedir votos nos terreiros e igrejas. E ninguém faz o trabalho quevocês fazem, e que as instituições religiosas fazem, que é trataras famílias. Ninguém faz isso nem respeita isso."

Ele questionou a viabilidade de colocar isolamento acús-tico nos imóveis com função religiosa, e pregou uma audiên-cia pública "com todas as religiões de Viamão", em Março.

"ISSO AQUI VAI SER HEIL HITLER!"A vereadora Eda (PDT) diz que "toda vez que esta Casa

recebe um projeto que não é bom para o povo, tenho mepautado da mesma maneira, abrindo CPIs, fazendo o ne-cessário para ver o povo respeitado."

"Outros templos, outras igrejas talvez não estejam hojeaqui porque talvez sejam igrejas ricas, que têm dinheiro parapagar. Podem pagar um PPCI, trezentos mil, cento ecinquenta mil."

"Eu quero alertar vocês do porquê de isso estar aconte-cendo nesta Casa hoje. Porque eu digo aqui, e ás vezes as

pessoas não escutam, que este governo é dos ricos, sim se-nhor. Nós pobres somos desfavorecidos. Todas as coisas quesobem aqui, sempre prejudica quem tem menos. Sempre opobre. Nunca o rico. Se vocês forem ver, desde o asfalto, foirefeito onde é a classe alta, onde influencia junto a pessoas quetêm posses. Nós da vila não recebemos ainda.

Eda lembrou o fato de que as casas religiosas, muitas ve-zes, fazem um trabalho social. "Chega uma mãe, com filhodrogado, e muitas mães de santo, pais de santo, tem que gas-tar para fazer um trabalho, tem que comprar os produtos e tudo,e as mães, os pais vão lá, fazem, não cobram, fazem a umacaridade, porque são famílias se destruindo."

Ela apontou como absurdos artigos que falam sobre horá-rio. "Todo mundo sabe que casa de religião trabalha depoisdas 22 horas."

"Se nós não podemos nem cultivar as nossas religiões,isso aqui vai ser Heil Hitler. Vamos ter que fazer nos porõescomo antigamente. Errado! Vamos fazer como sempre fize-mos. Está excelente assim! Aquele que não gosta da batida dotambor, não escute."

"MUDANÇA DE VERDADE"O vereador Jorge Batista

(PTB) mostrou-se satisfeito como debate, mas disse estar surpre-so com a convocação das ses-sões extraordinárias para votarmatérias deste tipo.

"O prefeito disse que faria aMudança de Verdade e ele estáfazendo mesmo. Mas é para asescolas dele, onde não estuda ofilho de um pobre, ele está fazen-do mudança na Santa Isabel, ondetem rua calçada e ele está colocando asfalto em cima, e as outrasvilas, atiradas. Como as vilas que a gente mora.

Mas talvez o prefeito municipal não saiba que um projetodo acústico custa 4 a 5 mil reais. E para executar, mais uns 20 milreais. E eu queria dizer a vocês, que conhecendo a doutrina dareligião de umbanda, quimbanda, como a gente conhece um pou-co, o prefeito devia saber que estes pais de santo e essas mães desanto, quando faltava merenda nas escolas, porque sucatearamas escolas, muitas casas (de religião) acolhiam as crianças paradar uma merenda."

"Onde fala em criança, a gente se indigna. Onde fala emracismo, a gente se indigna."

"O prefeito, mandando este tipo de projeto em pleno re-cesso, isso é uma traição ao povo de umbanda, às igrejas evan-gélicas, à igreja católica", disse, lembrando também sobre asdoações para entidades culturais e perguntando por quê nãohá doações para as casas religiosas.

Mas nem só de religião falou o vereador.Fazendo um aparte ao assunto do debate, Jorge lembrou

sua própria condição física (ele anda com muletas) e do verea-dor Jefferson (que sofreu um AVC), e cobrou do presidente ainstalação de um elevador para dar acessibilidade à Câmara.Dédo respondeu dando 15 dias para a assessoria técnica daCasa apontar um local para a construção do elevador no pré-dio. Prometeu em 90 dias fazer a licitação para iniciar as obras.

POR UM CONSELHO MUNICIPALO vereador e ex-prefeito Ridi (PT) falou em seguida. "Não

se trata aqui de fazer demagogia", disse, lembrando que ja-mais se fez sessão extraordinária para votar projetos tão gran-des, ainda mais sem ouvir a população. Falando às liderançasda bancada governista, disse: "tem que ouvir mais a popula-ção, não só mandando projetos e convocação extraordináriaquerendo que vote."

Ridi defendeu a criação de um conselho municipal comopedido pelas entidades, e apelou ao prefeito.

"TIRA A LIBERDADE DE AS PESSOAS TEREM SUACRENÇA"

O vereador Augustão (PSOL) disse que "quando se tratade um projeto, de uma atitude dessas, não se pode votar semaudiência pública, sem passar por um diálogo para as coisasserem esclarecidas."

Manifestou-se contra o projeto, pois ele "tira a liberdade de

expressão, de as pessoas terem uma crença." Declarou-seespírita e disse que mora ao lado de um centro de umbanda,afirmando que não há perturbação da ordem.

Neste momento, Augustão apontou que a liderança doGoverno já mostrava disposição para retirar o projeto.

Saindo do assunto, o vereador falou sobre as mortes naRS040 por atropelamento, cobrando providências do governo.

"Nós do PSOL somos contra este projeto, e nem ele nem osprojetos 09 e 08 poderiam ser votados sem passar por discussão."

TENTATIVA DE RETIRADA DOS PROJETOSBarbaroti (PMDB), o líder do governo, falou logo depois.

"Eu como representante do governo, tenho que ouvir as pes-soas. E como foi muito falado, dito, conversado pela oposi-ção, em uma conversa com o prefeito, por telefone agora... agente está retirando este projeto.

Eu não vou deixar o pessoal mais aflito, e estamos reti-rando os três projetos de hoje para a gente discutir mais tar-de, fazer audiência pública como tem que ser feito, e ir apa-rando as arestas."

Neste momento, a vereadora Eda pediu um aparte disseque os projetos não seriam retirados, dizendo que nas co-missões, a matéria já tinha parecer desfavorável. "Este proje-to teria que tramitar nesta Casa com comissão especial e teraudiências públicas."

O público explodiu em aplausos.Barbaroti revidou dizendo que estava retirando os três

projetos do dia. "Estas duas sessões extraordinárias para mimforam uma decepção muito grande, em todos os sentidos.Como político, como ser humano e como viamonense. A re-provação do projeto 12 ontem foi uma afronta, não ao prefei-to. Aquela rejeição política que esta Casa fez ontem prejudi-cou a população de Viamão, quem mora perto das areeiras",disse, falando sobre uma matéria que é objeto de outra re-portagem desta edição.

Em seguida, Barbaroti disse não achar ser merecedordos valores da convocação extraordinária para as duas ses-sões da semana, e disse que doaria o dinheiro. Dédo, res-pondendo, disse que o colega não poderia "dizer que estaCasa não trabalhou."

"Se vossa excelência não teve capacidade de articularpara que os outros vereadores pudessem entender, então éfácil o senhor dizer que esta Casa não produziu. Esta Casaproduziu e vai produzir", disse o presidente, lembrando que abancada da situação aprovada projetos sem ler, mas agora"vamos construir democraticamente."

"O senhor faça o que o senhor achar que deve fazer.Mas eu vou lhe dizer, do meu eu não abro."

"TEM COISAS AQUI QUE NÃO TEM CABIMENTO"Também da bancada do governo, Tiquino (PSDB) disse

achar que "o prefeito não deveria ter mandado para esta Casa"o projeto. Disse ajudar três entidades e conhecer o trabalhosocial feito pelas casas de religião. "E tem coisas aqui quenão tem cabimento."

Disse que uma audiência "vai sair para ajustar este pro-jeto", e lembrou da tática de votação "no afogadilho" de proje-tos importantes. "É como no projeto dos táxis. Teve um vere-ador que trouxe os taxistas aqui para fazer politicagem."

"É CONVERSA", DIZ DÉDOO presidente classificou como "conversa" a atitude do

governo de convocar audiência pública e já ir marcando data."No momento em que a comissão, ou as comissões, e euquero pegar um parecer só, rejeitou o projeto dizendo na suacaracterização quais os artigos que impedem o andamentodo projeto, não é a retirada. O prefeito não retirou os projetos.Tem uma rejeição, então automaticamente o presidente des-ta Casa vai fazer um ofício e devolver ao prefeito para que elefaça correções e remeta novamente a esta Casa. Não há comomarcar audiência pública sobre este projeto quando eleretornar a esta Casa, a Casa vai criar a comissão especial, eela vai deliberar sobre data, e convidar as entidades."

Dédo em seguida leu o parecer desfavorável e, comoa bancada do Governo havia pedido a retirada do projeto,nem colocou este parecer em debate. Os três projetos ci-tados por Barbaroti foram encaminhados ao prefeito parareapresentação em outra data.

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Joãozinho da Saúde:volta da escravidão

Foi no final da discussão sobre a reforma do Código dePosturas. O vereador Joãozinho da Saúde, do PMDB, teori-camente membro da bancada de apoio do governo Bonatto,proferiu um discurso-bomba sobre o projeto, chamando aten-ção para um artigo que mais ninguém havia mencionado:

"Presidente Dédo, o que é que eu estou vendo aqui... éaquele grande problema da caneta. O cara pega a caneta, esobe para a cabeça. Ele não olha as pessoas.

Foi colocado aqui, e hoje como eu sou um cidadão queando em toda Viamão, um cidadão me disse que estamosvoltando à ditadura. Aí eu fui lá e perguntei para ele... esteprojeto aqui, o 7, no artigo 7:

No exercício da fiscalização, fica assegurado aos fiscaiso acesso a qualquer dia, hora e permanência pelo tempo quequiser e se faça necessário em instalações comerciais, soci-ais, prestadoras de serviços, e demais atividades, as sedesreligiosas, enfim...

Vendo isso ali, eu disse que estamos voltando à ditaduramesmo.

Até no reinado, como foi falado por uma senhora que

falou no início...Lá no finalzinho diz assim:As multas aplicadas a pessoas de baixa renda, aí é aque-

las pessoas que não podem pagar mesmo, eu li isso aqui...olha só: as multas aplicadas às pessoas com baixa renda com-provada mediante cadastro no Bolsa Família, ou renda de sa-

lário mínimo nacional poderão ser transformadas em...Olha só: poderão ser transformadas em trabalhos co-

munitários, vinculados à limpeza urbana do município."(neste momento começou uma gritaria na Câmara)"Para aí um pouquinho. Sabe o que é isso aqui?"Alguém gritou: "Escravidão!", e Joãozinho respondeu

"Exatamente!""Isso aqui é um pedacinho. Vocês se lembram como era

antigamente, no tempo do rei? O cara ficava devendo ia lá,buscavam a família dele, os filhos, tudo, para trabalhar para orei até pagar tudo."

"Como é que eu vou deixar passar batido isso aqui?""Eu faço parte do governo, mas como é que eu vou de-

pois pedir voto na casa de vocês? Será que eu tenho essacara de pau de ir pedir voto votando contra vocês aqui?"

"Tem!", responderam algumas senhoras na plateia, emtom de deboche.

"Nãããão, negativo!", respondeu o vereador."Quem nos paga o salário é o povo, e eu sou agradecido

ao povo, a Deus e ao meu partido. Obrigado."

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No jornal local mais lido da região.

Zé Lima está contentecom a conduçãodada ao debate

O vereador Zé Lima (SD) fez a última fala da sessão dequinta. Agradeceu a toda a comunidade presente, à impren-sa e ao presidente Dédo pela condução da sessão. Disseestar contente com a forma como a Casa vem tratando osprojetos.

Disse não ter conseguido ler todos os projetos, jus-tificando que sua assessoria optou por fazer emendasna área ambiental por ser sua especialidade, e nãoteve como tocar na parte das religiões, mas cobrou orespeito a todos os credos.

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O Réus Futebol Clube, que funciona na parada 40, na vila Esmeralda, e

existe há 42 anos, acaba de lançar uma nova categoria: o futsal.

A partir de agora, o clube passa a ter esta modalidade entre as várias que

já oferecia.

O responsável pelo local e o Luís Felipe e sua comissão (telefones 82901988

e 92423056). Também é possível fazer contato pelo Facebook. O perfil cha-

ma-se Réus Futsal.

A equipe do Réus está, hoje, participando de um campeonato de verão em

Sapucaia do Sul, tento Luis como técnico, Banha e Rafael como auxiliares, e

um time composto de Douglinhas, Gelsom, Maurício, Fernando, Fagner, Tiago,

Lafer, Igor, Fred e Rafael.

Réus FutebolClube, levando onome de Viamão

no futsal

O dia 5 de fevereiro será de comemoração para Viamão e região. O motivo é a inaugu-ração da nova Unidade Senac na cidade, localizada na rua Reverendo Américo VespúcioCabral, 154. A solenidade, voltada a convidados, ocorrerá às 19h e contará com a presençade autoridades da região e dirigentes do Sistema Fecomércio-RS.

A nova estrutura, idealizada com o objetivo de ampliar os atendimentos ofereci-dos pelo Senac no município, teve um investimento de R$ 2 milhões e contará comuma área de 1.520 m². A unidade contemplará área de convivência, laboratório demoda, laboratório de cabeleireiro, dois laboratórios de informática, laboratório de ma-nicure, biblioteca e sete salas multiuso.

Na área da educação e capacitação, os interessados poderão buscar qualificação nasáreas de Informática, Idiomas, Moda, Beleza, Comércio, Gestão. Além desses, tambémserão oferecidos cursos gratuitos por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG). Aexpectativa, nas novas instalações, é que sejam atendidos mais de 4 mil alunos por ano.

O presidente do Sistema Fecomércio-RS/ Sesc/Senac, Luiz Carlos Bohn, destaca aimportância do investimento para a cidade: “Investir em uma nova e moderna Unidade édemonstrar o nosso comprometimento em oferecer educação de qualidade para toda acomunidade. Através das atividades que serão desenvolvidas na nova sede, contribuímospara o desenvolvimento da região e, consequentemente, do Estado”, afirma o presidente doSistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, Luiz Carlos Bohn.

Mais informações sobre os cursos e atividades podem ser obtidas pelo telefone (51)3434-0391 ou por meio do site www.senacrs.com.br/viamao.

Sobre a Fecomércio-RSA Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul é uma entida-

de sindical, que atua no âmbito econômico, político e social em prol da constante qualifica-ção e crescimento do setor terciário gaúcho. A Fecomércio-RS possui hoje 112 sindicatosfiliados e representa mais de 580 mil empresas, geradoras de aproximadamente 1,3 milhãode empregos formais. Atualmente, o Sistema Fecomércio-RS reúne os braços operacionaisdos setores de comércio e serviços, Sesc/RS e Senac-RS e conta também com o InstitutoFecomércio de Pesquisa (Ifep) e com o Centro do Comércio de Bens, Serviços e Turismodo RS (Ccergs). Mais informações pelo www.fecomercio-rs.org.br.

Sobre o Senac-RSO Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-RS) é uma organização

de educação profissional que tem o objetivo de colaborar na obra, difusão e aperfeiço-amento do ensino profissional no setor terciário da economia/comércio e serviços. Suamissão é "educar para o trabalho em atividades de comércio de bens, serviços e turis-mo". Há mais de 60 anos instalado no Rio Grande do Sul, o Senac-RS é administradopela Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado (Fecomércio), entidadeque conta com 112 sindicatos filiados, representando mais de 580 mil empresas. OSenac-RS possui 39 escolas, três faculdades e 21 Balcões Sesc/Senac, somandomais de 60 pontos de atendimento no Rio Grande do Sul.

SistemaFecomércio-RSinaugura novasinstalações doSenac Viamão

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Prêmio Sesc deLiteratura 2015 teminscrições abertas

Já estão abertas as inscrições para o Prêmio Sesc de Literatura 2015. Pela primeiravez, desde a criação do prêmio em 2003, o processo seletivo será inteiramente realizado viaInternet, desde o envio de informações pessoais até à obra propriamente dita. Outra novida-de desta edição é que os vencedores serão anunciados em julho durante a 13ª edição daFesta Literária de Paraty, a Flip.

O Prêmio Sesc de Literatura é um incentivo à produção literária nacional por meio davalorização de novos escritores e da renovação do mercado. A cada ano, são selecionadosdois autores inéditos nas categorias Conto e Romance. Cada vencedor assina contrato depublicação com a editora Record, que será responsável pela distribuição comercial dasobras com tiragem inicial mínima de 2.000 exemplares. Entre os escritores revelados emedições anteriores do Prêmio Sesc de Literatura está a gaúcha Luisa Geisler, vencedoranas duas categorias – conto, em 2011, e romance, em 2012.

Para participar, os candidatos deverão ter um livro inédito de romance ou contos parasubmeter à avaliação das comissões julgadoras compostas por escritores, especialistas emliteratura, jornalistas e críticos literários definidos pelo Sesc. O autor poderá concorrer nasduas categorias desde que tenha obras nunca publicadas em ambas. A inscrição gera auto-maticamente um código identificador, a partir do qual o concorrente poderá acompanhartodas as etapas do processo de avaliação.

O edital completo está disponível em www.sesc.com.br/premiosesc. Informações adici-onais também podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

Sobre o Sesc – O Rio Grande do Sul tem aproximadamente 1,6 milhão de traba-lhadores no comércio de bens, serviços e turismo, segundo a RAIS 2012, que apontatambém a presença de 570 mil empresas no setor. Toda essa movimentação de traba-lho e renda responde atualmente por 49% do PIB do Estado. Para todos esses traba-lhadores e empresários, o Serviço Social do Comércio desenvolve, desde 1946, umtrabalho focado no estímulo à qualidade de vida. Ações de saúde, cultura, esporte,lazer, ação social, educação e turismo são desenvolvidas pela Instituição nos 497 muni-cípios gaúchos. Desta forma, o Sesc/RS desempenha o papel social, assim como oSenac/RS o da qualificação profissional do Sistema Fecomércio-RS, que atua em âm-bito econômico, político e social pela constante qualificação e crescimento do setor terciáriogaúcho. Outras informações pelo www.sesc-rs.com.br.

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Final de ano do Rota 66promete ser um sucesso

COPERAV ENTREGA ALIMENTOS NO GHCNeste dia 19 de janeiro, a COPERAV, Cooperativa organizada por famílias do assenta-

mento Filhos de Sepé, iniciou as entregas de alimentos higienizados no Grupo HospitalarConceição(GHC).

A Coperav participou da Chamada Pública Nº 5/14 para aquisição de alimentos de agri-cultores familiares e demais beneficiários que se enquadram nas disposições da Lei nº 11.326,de 24 de julho de 2006, por meio da Modalidade de Compra Institucional do programa deAquisição de Alimentos - PAA, com fulcro art. 17 nº 12.515, de 14 de outubro de 2011,no art.17 do Decreto nº 7.775, de 04 de julho de 2012,e na Resolução GGPAA Nº 50, publicada noDOU de 26 de setembro de 2012. Neste chamamento a cooperativa do assentamento foivitoriosa em três itens, sendo eles: alface higienizada, couve verde higienizada, além do aipimdescascado/congelado.

Para a produção orgânica de alimentos no assentamento e na região é uma grandevitória entrar num mercado como o GHC, onde até hoje, por falta de mecanismos jurídicos, aagricultura familiar não tinha espaço e poder de competição com grandes empresas atacadis-tas. Com as modalidades de compra institucional criadas e regulamentadas a partir de 2009,como o PAA e PNAE os agricultores familiares e suas organizações passaram a disputar oespaço que até então era de poucos grandes previligiados.

A entrada no GHC é mais uma grande conquista do quadro social da coperav que já éfornecedora de alimentos orgânicos para a prefeitura de Viamão, Cachoeirinha, Gravataí,Cidreira, Balneário Pinhal e inúmeras escolas estaduais da região.

AUMENTO DA PRODUÇÃOCom mais este mercado garantido, os associados vão ampliar e qualificar ainda mais as

lavouras.Por semana, serão entregues em torno de 600 kg de alimentos higienizados, o que signi-

fica que na lavoura, devido a quebra no processo de higienização, são colhidos aproximada-mente 1000 Kg de vegetais.

Produzir com a certeza da comercialização é muito importante para as famílias organiza-rem seu planejamento, os investimentos e a mão de obra durante o ano todo.

INVESTIMENTOS PARA A REGIÃOA AGROINDÚSTRIA DE PROCESSAMENTO DE VEGETAIS significou um investimen-

to de mais e R$ 400.000,00 no assentamento. Foi construído um prédio de 200 m², comespaço para produção e estocagem, sala de qualificação profissional, câmaras frias e equipa-mentos modernos.

Huli Marcos Zang - conselho de administração


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