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/'relaC;;30 ao que produz: estar permaneniemente bem in-' farmada sobre a area que cobre. Essa e a condic;;aobasi-

ca para se poder avaliar 0 ass unto sobre a qual se escre-'/8. E :ssc tarnbeiii ;iaie para 0 jornaiismo em Geral, A ou-tra condic;;ao- que talvez ate preceda a anterior - e a hu-mildade: a pretensao invariav81mente vicia a crrtica,

Abril nao Jjv8sse um mercado anunciante. A. publicac;;aonao se pagaria s6 com 0 interesse do leitor.

o problema, a primeira vis'ca, pode ser tambem decompetencia dos realizadores dos programas. Grandesgrupos tem como eonseguir PUbli~idade c~~n:ais profis~sionalismo. E 0 espago conquistaao pela Clenela e tecno-logia ainda e reeente e tfmido. Gertamente um ,bom espe~ciaI, tipo BBG inglesa ou Nova dos Estados Unldos,. pode-ria ocupar um horario melhor e contar com patrodnlo, co-mo ja existe no exterior. Mas nosso mercado comegaagora a tratar do assunto e os anunciantes ainda estaomais interessados em usar a crebilidade da clencia dire-lamente sobre 0 produto. Talvez ainda demorem um pou-co para um uso mais institucional, apoiando programas dedivulgac;;aocientffica.AlMVR GAJAIRIDONI - 0 publico de Superinteressantevai do jovem estud~tnte de 12, 15 anos, ao jovem profis-sional que deixou a universidade ha algum rempo e sentenecessidade de se atualizar, ainda que superficialmente,passando pelo aposentado de 60,70 anos, ainda curiosapor saber como avanga a humanidade. Todos tem emcomum uma imensa curiosidade cultural. Nos parses de-senvolvidos, anunciam nessas revistas preferencialment~os produtores de cultura - editoras, gravadoras -, fabn-cantes de produtos como telesc6pios, micross6pios, apa-relhagem de fotografia, cinema, vfde.o e comput~dores.Revistas inglesas contem vastas segoes de classlflcadosonde se oferecem empregos a professores, pesquisado-res funcionarios de bibliotecas, museus e universidades.

, No Brasil, por motivos 6bvios, tais setores tem es·cassa capacidade de veiculag80 publicitaria. Os anun-ciantes comuns, compreensivelmente, demonstram prefe-r~ncia por vefculos destinados a publicos especfficos -homens de sofisticado nrvel de vida, donas de casa, usua-rios de computadores. Ou entao, por gigantes do tipo Ve-ja, que atingem todas as areas indistintamente. Superint~~res sante apresenta potencial para ser um verculo de dl-vulgagao cientffica com massa de circ~lagao ~uficiente-mente grande para tambem interessar tals anunclantes.

32) Como esta 0 mercado intem~clonal de ci~nc.ia naTV? Por que seu pr@grama lIsa/nso usa matenal Inter~nacional, js que Ii! ~tica e comum em jomais e revis-tas?ANDRE MOnA LIMA - Greio que muito mais avangado.

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30) 0 Mercado ole jOima~ismo cientific@ asia crescen-do? bOor que a Cj!.Jl3is as e'Jid®!'1ciasdnsso'?lUiZ GONZAGA MOTTA - Esta. Basta ver 0 cresci-mento numerico de !ftulos de programas de radio e TV, re-vistas e artigos em jomais sobre ciencia e tecnologia.Hoje, todos os grandes jornais e as revistas de informa~gao tem editorias de cienela e paginas especializadas so-bre 0 assunto. Os editores de jornais, revistas e TV japerceberam que 0 pUblico quer notrcia sobre medic ina esaude, meio ambiente e qualidade de vida, 0 espago e sua

i conquista, a engenharia da vida e outros assuntos. 0mercado esta crescendo, 0 que nao esta crescendo aindae a qualificagao dosj9m9JJ.~@.§,hQ9IEL91~r.L(jEO::::..---,=--'--'- __ ..•"__ .. ~ "C·._··_>

SERGIO iSlRANIDAO - Gertamente. Veja 0 crescentenumero de jomais e revistas que dedicam espagos cad avez maiores a ciencia e tecnologia. Vale cltar a criagaorecente do caderno de Giencia da Folha de S. Paulo e daeditoria de eiencia da TV Globo. Acredito que a tendenciae de que outros orgaos de comunicagao venham a seguiro exemplo. Ja era tempo •..

31) A~gui"ls deibiatedores acreditam que 0 Mercado dejomaiismo cientffioo e bom e tende a crs~r. See as~sim, por que ha me pouca pUbiicidade apoiando osprogram as e mvistas especiaiizados?

ANDRE MOTrA LIMA - Oft para comprovar com levan~tamentoz que existe 0 impulsci;-a tendencia de se usar acredibilidade do avango cientffico vinculada ao consumo.Isso ajuda a explicar 0 pr6prio crescimento de espago. Haalgum tempo, lendo a edi9ao de 209 aniversario da Veja,verifiquei que nada menos que 30% dos anuncios usavamciencia e tecnologiacomo gancho. Uma revista nova, co~mo a Superinteressante, nao seria criada se a Editora

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A sse ja tem irsdig§o. A Europa lnieira e os parses sociamtlS"i8S em geral dao grande im~ortai1ci8 a lemas cientfficosroa TV, Alguns governos encaram a divulsag80 cientfficacomo estral§gia de imagem do pr6prio pars. 0 servi90~!Iemao ociden"ial de divuigaC;8o - OPA - 'live divulgandopequ8n8s reporlagens cienlmcas em seu rnateriai. AUSIS, dos Estados Unidos, tern uma serle que ja vem ateverMa para portugues - a Science World. Japao e Qutrospaises, em menor e5cala, tambem distrjb!'t~m material.

Quante a divuIgag80 pelo Tome Cienda, e impor-tante esclarecer que tambem abrimos espago para 0 ma-terial produzido por instituigoes brasileiras. Ou seja, naocolocamos no ar apenas 0 que produzimos diretamente.Se 0 material produzido for bom - e no aspecto formalquase sempre e excelente -, vamos divulgar. Nosso cui-dado e apenas com 0 conteudo, para evitar 0 usa propa-gandrstico. Se valer enquanto informagao eientffica, nacimporta a origem.

SERGIO I8:rilANDAO - A tendi'mcia de creseimento dojornalismo cientffico e mundial. Reflete 0 interesse do pu-blico em querer ser melhor informado para entender me-Ihor 0 mundo cada vez mais sofisticado em que vivemos.No caso do Globo Cieneia, temos optado por uma co-bertura prioritariamente "nacionalista", nao por xenofobia -ate porque a divulgagao cientffica e universal -, mas par"-que era. nriida a lacuna na divulgagao pela TV da cienciafeita por brasileiros. Isso nao quer dizer que nao esteja-mos atentos ao que se passa 18 fora nos dominios daciencia e tecnologia.

valoras, material priHabricado e 'enlataelOS, uevemcs carmais 'lrabalho para os proilssio1iais ioeals c<j ccrmmicac;sc,9 clencia. Deixar de comprar tanto de agencias do e:denore ester mais atento ao que faz a nossa gente,

:2.14~lC©M@ es\tfJiilJ) taliS ~l'!S[piSC'~U1f1Ol~ ~!J'18 © m~t<lIl:1© ~}te

jlOmraliusM@ c3®!1lMifi~ i1Ia~m®ro~ Latt3ii1J::J?StEfJGliO 1P1Fa1E~\9AFiETA - No perfodo de 1973 a "j982 me--dimos 0 espago dado pelos meios escritos do Chiie a in-forma98o cientffiea, comparando-a co.., Qutros assurrios.o resultado foi: esporte, 29%, arles e espeiacu!os, 17%,economia e neg6cios, 14%, hfpica, 11%, Seguem-se OU-

tros numeros menores ate se chegar a ciancia, que al-cancou 3 8%. Esses resultados, e tambem as projegoespar~ os ;nos seguintes, nos levaram a dizer que para osmeios de comunicagao escritos do Chile 0 que sa passa-va entre as patas dos cavalos era quasa tres vezes malsimportantes do que 0 destino da eiencia. Contudo, essejurzo tao categ6rico deve ser entendido como 0 inter~s~ede uma comunidade de jornalistas que foram assummaonovas e criativas tarefas dentro do que e possrvel fazercom eiencia e tecnologia e que, desde 1976, estao organim

zados na Associagao Chilena de Jornalistas Cien·ilficos -Achipec, •

Na America Latina, podemos dizer que nenhum parsalcanga indices maiores do que este para publicagao emci~ncia e tecnologia. Tem sido feilos grandes esforgos inm

dividuais - infe!izmente esta e uma das caracterrsticas dojarnalismo - e muitas segoes especiaiizadas foram criam

das em revistas semanais, femininas, de ins'dtuigoes, Inm

fantis alem de colunas em jornais e espagos no radio e oaTV. ~las sabrevivem de tal forma que causam grande in-tranqOilidade em seu publico.

Creio que seria justo eitar aqui 0 excalente trabaihorealizado na Venezuela por Aristides Bastidas por fazeruma ciencia amena em sua caluna e por criar uma escolade jornalismo fora da universidade com seu exemplo eseu tesao. Tambem citaria Hernan Olguin da TV chilena,que, apesar de sua· morte prematura, souba dar a imagemum valor excepeional, obtendo audi~ncjas que ninguemantes consegiu com qualquer outro tipo de mensagem. 0mereado para nossas mensagens sera bom na medidaem que nosso trabalho seja criativo, inovador e transpa-rente. Que tenha graga e, ao mesmo tempo rigor, e consi-ga identificar-se com 0 publico e com 0 destino do paIs

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33) lU~iioZ2U11d(ll urni'll omagcem ltlf6~ria ole um jreiSquisa-dor, voce di2 que e preciso "aquecer a temperatura dosistema". 0 que e 3$$0 e como ~o>desea'feste?EININiO CANIOOTfI - E uma imagem que uso para dizerque e precise haver mais movimento, energia, calor, nosistema de divulgac;ao cieniFfica. Isso significa mais genteescrevendo, mais jornalistas contactando pesquisadores,

.. mais pesquisadores divulgando saus resultados, mais eSm

pago nos jornais e na TV.Para transformar agua em vapor de'Ie haver "tran-

sigao de fase". Isto e, e preciso que haja mudanga de inte-resse, atengao, eXig~ncia de qualidade, capacidade deopinar sobre a polrtiea de ciencia e tecnologia. Para quetudo isso ocorra e precise injetar energia e entusiasmo nosistema e, sobratudo, evitar 0 e)(casso de importagao de

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mais do que com os 905t05 - por vazes penosamentesensacior.aiis'i8s - de nossos editores,

;3©y ~m (C]I!E® i<l ",\ij'~,",WiJli~li1l® ~fj©~ !l.DlMiI! 12~fi"lJrcatOl ~ li1l©tdiC3taill

ii.11®. ©~®iF.I:[!~[J~ ~®©Ii1l©~©@UiS) (f) ©©mti)) WlU ui'J©l@ ~ ®l(~IFl1®IfiI©Ui<l?

~::El~'K:jH©[PiFJ~U\g,!1I~r"- A experiencia 8rgentina rr.erecetoc:o110~SOrespaldo e respeito. 0 instituto de bioqurmica daUniversldade de Buenos Alres - Instituto Campomar _decidiu contraler ires jornalistas jovens, mas muito capa-zes, para que trabaihassem na divulgagao da ci~ncia e datecn%gla produzida dentro e fora do pars. A frente doprojeto estava 0 bioqufmlco Enrique Belocopitow, que naosabia nada de jornalismo, mas sabia onde encontrar a in-formagao, fazer contato com os especialistas e promovera ciencia. Para isso contava com 0 res paldo de quem 0colocou no projeto, 0 premio Nobel Luis Leloir. Curiosa-mente, a Universidade de Buenos Aires nao tinha 0 habitode divulgar sua produgao cientrfica. Se os jornalistas esti-vessem interessados em algum tema, elaos atendia dan-do a informagao. Mas neo havia nenhum interesse promo-cional, a exemplo de outros escaloes superiores argenti-nos. .

Belocopitow mudou totalmente essa imagem. Os jo-yens jornalislas tiveram sua ajuda e 0 apoio dos servigosbibliogr~Hicos do Instituto e comegaram a atender solicita-goes dos meios de comunicagao. Ao final de dois anosas contas eram positivas e a equipe produzia um impor~tante manancial de informagoes para jornais, revistas erl3dios. Esses jornalistas foram entao trabalhar nessesvefculos, ao mesmo tempo em que nova equipe era con-tratada.

A experi~ncia chamou a atengao da Unesco, quepromoveu urn sem/nario para que os parses vizinhos pu-dessem participar da redagao de material cientffico com 0grupo argentino. A iniciativa de Belocopitow tambem con-tou com 0 apoio de um banco, que a financiou sem ne-nhuma interferencia no trabalho. E uma ideia que mereceser conhecida pelas inst~ncias cientrticas de nossos par-ses.ENU\Il~OCANIiJ)OTII- A agencia Ciencia Y Tecnica (C&T)tem como prop6sito formar jornalistas cientfficos e produzirariigos de informagao cientffica para pUblicagao em jornaisda capital e do interior do pars. Os artigos sac revistos porpesquisadores ap6s a redagao, 0 que impede a veicula-gao de notrcias incorretas. Participam da equipe dirigida

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po'O pl'ciesGcr 8s~cccpj~cvv;cm2l~:etss ~s~e:i?fc:m~cceepesquisadores interessados em dedicar-se ao jomalismocien1ffico.

A evoiugao de C&T ~ significativa: em 1986 pub~ca-ram 800 artigos em jornais argentinas '.9 em 1987 Ch6ga~ram a 1,600, numero que tambem se confirmou em 1988.TratalT••.se de artigos'que procuram ganhar a atengao do lei-tor tanto palo tema como pela redagao, nao estando ne-cessariamente voltados para divulgagao de pasquisasrealizadas na Argentina, embora aproveitem tudo 0 quee feito la. Acho que deverfamos ter uma coisa .semelhj:mteno Brasil.

26) 0 Brasil e 0 Uf1ICO pais de Ungua latina que chama aSiDA de AiDS? Que medids!> podem $el' adotadas pa-ra aienuar nossa dependencia de informa~o do exte-rior?SIERGiOPRIENAFiETA - 0 Brasil adotou a sigla AIDSpara a Srndrome da Imunodefici~ncia Adquirida, a que ta-dos os parses latino-americanos chamam de SIDA, inclu-sive a imprensa hispanica dos Estados Unidos. Nos cha-ma a atengao que os meios de comunicagao brasileirosnao tenham reagido diante des sa nova ofensiva dos vo-c1lbulos e siglas em ingles.

Na America Latina as primeiras comunieagoes me-dicas chamaram a SIDA de AIDS. Mesmo a5im nenhummeio informativo utilizou esse nome no lugar da SIDA. Foium acordo tacito. Eu estive presente nessa discussaocom os jornalistas cientfficos, quando pala primeira vezabordaram 0 tema. Mas nao devemos nos restringir a es-se caso. Devemos defender nosso idioma - espanhol ouportugues - da invasao de termos estrangeiros.

/' Nao e uma tarefa facil. Software e hardware ja con-i seguiram certificado de nacionalidade em nossos parses.\ Pessoalmente, procuro fazer com que meus alunos seIi preocupem com 0 tema e se esforcem para encontrar tra-

dugoes para os termos que chegam ao exterior. Sao osque criam a ciencia e a tecnologia os que batizam osco~ceitos com terminologia nova. Como nossos parses sacmais consumidores do que criadores de conhecimentonovo, essa e a razaopela qual termos portugueses oucastelhanos nao signifiquem maiores problemas para osjornalistas e leitores dos parses desenvolvidos.

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~7)~)l!j:aj IS dif~r~m!ia,~m slUIa cpil"J~~~,~"tiC ii3 Cj~flclaHoje e ~ Caei1lc!a Hoy argerliina e S'.,ftrea SlJperinteres-~1liI~~e SlUlSIS congeiiler:.es espai"!l1oia e aieme?

iEiMNIOCANIOOTIl - A principal diferenga entre a Cien-cia Hoje e a Ciencia Hoy e que a primeira e brasi!eira e aoutra, argentina. Uma reHe'le as pesquisas realizadas noslaboratorios brasileiros e a outra, as realizadas 110S labo-ratorios argentinos. 0 "molho", os editoriais, a secao depolrtica cientrfica tambem sac locais. Isso nao impede quealguns' artigos, por escolha autonoma dos conselhos edi-toriais, sejam traduzidos de uma para outra. Para isso uni-ficamos os formatos e 0 estilo, de modo a poder intercam-biar os fotolitos e, assim, baratear os custos e diversificaras fontes de artigos e notas.

o importante e que as duas revistas tem objetivossemelhantes. Aproximam os pesquisadores do publico deseu pais e contribuem para a cooperagao cientffica naAmerica Latina. As duas revistas tambem participam delutas como a da defesa do patrim6nio genetico do conti-nente - especies da fauna e da flora -, bandeira que exigeum movimento coordenado de pesquisadores e associa-<;:oescientificas.

Quanto a Superinteressante, parece-me mais umprOjeto -a'ie-maona versao brasileira, como tamMm ha umaargentina, chilena e espanhola. Muitos artigos sao traduzi-dos ou reelaborados locaimente. Li 0 mesmo artigo - ouquase - com as mesmas fotos na Superinteressante e naMuy Interessante, assinados por jornalistas diferentes- M. Zanchetta na Superinteressante de outubro de 1988e Narcis. Fernandes na Muy Interessante de novembro de1988. Isso ocorre particularmente nas materias Superinte-ressantes, como as dedicadas a temas como piramides,gladiadores, astrologia e outras curiosidades. 0 que "inte-ressa" ao leitor e para essas revistas um dado "planeta-rio". 0 leitor e 0 rei? 0 interesse do leitar alemao sera 0mesmo do do brasileiro, do argentino ou do espanhol?

Quando se tenta chamar a atenc;:aopara determina-'dos acontecimentos do mundo da ci€mcia e da tecnologia,a dificuldade parece ser controlar a qualidade do que seesta divulgando ou acreditar que se esta explicando algu-ma coisa quando se esta apenas informando 0 que aeon-tece. E pagar direitos aos alemaes por essas "micro-in-formac;:5es" e desperdrcio. Ha profissionais no Brasil - ai-

. guns trabalham na pr6pria Superinteiessante - que 0 po-dem fazer.

~, is, ~g,:J~7iil'lW~~~i'iIW riI "' 1i~~:Q tfi;l(jl~~adi'adOllS~~-

~fi'ln~ii'ia$~i'iI\le~ de ~lerni<liUiai<l, 1E$~anil1lf2 ill iO!.iI~ro~~~.res'?tU.M'1!Fl GAJ~iFliDON! - !'Jao h~ tradu90es em Superinte-ressante. Todas as materias sao produzidas pela reda-g80, atraves de entrevistas feitas aqui no Brasil ou no ex-terior. Como todas as revistas do g~nero, compramosmaterial produzido em outros parses, sobretudo i1ustra-gOes, que e incorporado na medida do necessario aosnossos artigos. Naturalmente, artigos escritos por cien-tistas como 0 astr6nomo americano Carl Sagan ou 0 ffsicoingl~s Paul Davies sac traduzidos - nao terramos comopedir a eles que escrevessem em portugu~s como escre-vem 0 astrOnomo Ronaldo Rogerio de Freitas Mourao e 0

matematico Luiz Barco.A Editora Abril mantem com a Grunner & Jahr, que

edita as revistas PM, na Alemanha, e Mui Interessante, naEspanha, contrato para cessao de direitos autorais e u.sodo nome Interessante. Como aquelas revistas tambemcompram de ag~ncias e jornalistas independentes boaparte dos artigos que publicam, nao podem repassa-Ios an6s. Alem disso, a experi~ncia com varias outras revistasbaseadas em acordos semelhantes mostra a inviabilidadede apenas trazudir, reproduzindo aqui 0 que se fez parapublicos economic a e culturalmente diferentes,no nos so.Playboy e Nova, s6 para citar dois exemplos, nao sac tra-du((oes de suas cong~neres norte-americanas. Superinte-ressante tambem nao e.

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f8U©\GflA~iA iD)O~iE~fT;;;]~Vi~~J",DiC;B~ 10'0O~IGi~[/t:j~Z;i\i!J)©iB

ALM'i~~ ~~JAR!DO~~~- Nascido err. 1935,dej)wu 0 jaro

naiismo polfiico para langsr e dirigir a n3vists Superinteo

ressante, Comsc;:ou na Folhada Manha (atuai Foilia de S,Paulo), fixando-se em Bresma apas a inaugurac;:ao da ca-pital. Com 0 langamento da rsvista Veja, tornoU-S6 chefeda sucUfsal em Bresma, seguindo para Sac Paulo comoeditor-assistente e editor de Polltica, mesma cargo queexerceu depois no Jomal ,jo Brasil e na revista isto E.Antes do langamento de Superinteressante, foi redatoro

chefe da revista Claudia.

ANDRE Mon fA. UMJ.\- Nascido em 1949, dirige 0 pro-grama Tome Ciencia, veiculado pelo Sistema Nacicnal deTelevis6es Educativas desde outubro de 1987. Comas;ouno jornalismo estudantil e aos 17 anos ja trabaihava emjornal. Formado posteriormente em Comunic8g8o Social,foi professor do curso de jornalismo durante 10 Bnos. Eprofessor titular de radiojornalismo e trabaiha em televisaodesde 1972.

DARCY FOINITOUirRA DE AlLfu1!E~DA - NasCido em 1930,e diretor do Instituto de Biotrsica Carlos Chagas Filho daUFRJ e editor da revista Ciencia Hoje e do InformeSBPC/Ciencia Hoje. Formado em Medicina, professor ti~tuiar de bioffsica, integra os conselhos da SBPC, FINEP eCNPq. Presidiu a Sociedade Brasileira de Genelica e emembro titular da Academia Brasileira de Ciencias e deoutras instituig6es cientfficas brasileiras e estrangeiras.

ENNIO CANCOTTI - Nascido em 1942, e presidente daSociedade Brasileira Para 0 Progresso da Clencia (SBPC)e criador e editor da revista Ciencia Hoje, Dourar emfTsica, professor da UFRJ, pesquisou nas universidadesde Pisa, Muniqul?, Napoles e Milao, concentrando~se noestudo das teorias- dos campos. Exerceu sucessivos car-gos na SPBC a partir de 1977, quando fol eleita secretarioregional da entidade no Rio de Janeiro. Em 1988 participouda cria9ao, na Argentina, da Associac;:ao Ciencia Hay e darevista de mesmo nome, que incorpora naquele pais al-.gumas experiencias da Ciencia Hoje.

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~'Li~'fl© :GJ~'Qll\j~Z~ Nasdde em , 91:0, e ed~~orde Ciena

cia e Tecnoiogia do Guia Rural da Abril, Tem cursos inaa

cabado:s de erlgenharia, frsica e jornailsmo, Foi redatorlnt8macional de revista Veja, editor da colegZlo Retratosdo Brasil, edi'lorQ8ssistente da revista Isl0 E e editor lntera

nadonal do diario Retrato do Brasil,

~iEiPl~uO iPl'liEii'\']~U=E1A- Nascido de 1939,. roo Chile, ona

de dirige a Escola de Jomalismo da Unil/ersld~de Aus1r.al,Proiessor de bio!ogia, qufmica e joma!ismc, cem es~ecl~-iiz3cao em divulga980 cientffica, Presidiu a Assocl8gaoChi!~na de Jornalistas Cientfficos por 14 anos. Foi editorde public3goes e diretor do Departament~ de Divulga<;~oCientllica do Conselho Nacional de Ciencla e Tecnologla.Fundou e dirigiu as revistas Creces e Muy Interessante.Escreve uma coluna semanal sabre med~c!na no Jo~alLas Ul!imas Noifcias, de Santiago e tem varlas expenen~das em TV.

Jt3UO t.l\~~AMC2::VK- Nascido em 1932, €I mMco, re-dator cientffico da Folha de S, Paulo e presidente da ASasociagao !bero~Americana de Jornalismo Cientffico, "Not6--rio Saber" em jornalismo cientffico pela USP, foi vencedordos premios Jose Reis de Divulgagao Cientffica (1987),Esso de Jornalismo - categoria Informacao Cientrfica(J 970) e Govemador do ESlado de Sao Paulo para Re-portagens sobre Ciencia (1961). E)(spresidente da Asso-cia<;80 Brasileira de Jornalismo Cientftico.

W~l§OM MOHlEFdiDAUI\ - I'Jascido em 1950, e edito~-chefe dos jomais Informatica f-;l0je,Jarnal de Teleco~u~1-cac6es e Jomal de Software. E presidente da Assoclagaodo~ Jornalistas de Informatica de Sao Paulo, ex-diretor doSindicato dos Jornalistas no Estado de Sao Paulo e dasecao de Sao Paulo da Associa<;80 Brasileira de Impren-sa '(ABI). Foi rep6rter especiale editDi d0,i0rnal O.Estacode S, Paulo e diretor de reda<;8o da Revista Nacl~nal deTelematica. Trabalhou no Jamal da Tarde, TV Tupi e Ra-dio Joven Pan.

l!J)!Z GONIAGA MOl A - Nascido em 1942, e diretor daEma Vfdeo, produtora do programa Esta<;80 Ciencia.Mestre em jornalismo e doutor em comunicag80, e profes-sor do Departamento de Comunicag80 da Universidadede BrasOia. Foi assessor academico internacional da Fun-dagao Friederich Ebert, diretor da Empresa Brasileira deNotfcias e professor das . universidades .de Roma e Barscelona. Tern mais de 50 trabalhos publicados.

iUJJiZPH\lGUElU ROSA - Nascido em 1942, e diretor daCOPPE/UFRJ, com me_strado em engenharia nuclear edoutorado em trsica. Foi consultor e conselheiro da Fl·NEP, CAPES, CNPq, SBPC e Sociedade Brasileira deFfsica, entidade em que tamMm exerceu a secretaria-ge-ral. Presidiu a ASSOCiag80 dos Docentes daUFRJ e foisecretario-geral da Associa<;ao Nacional dos Docentes doEnsino Superior. Tem participado ativamente da discus-sac do programa nuclear brasileiro. .

ORGAlNiZADOR

flAiJlO l ViFSA- Nascido em 1959, e assessor de R~la-coes Institucionais da Secretaria Especial de Informatica(SEI) e diretor da Regional OF da Associa~ao Brasileirade Jornalismo Cientffico. Ao se formar em Jornahsmo, J8escrevia sobre informatica. Participou do I Curso de Es-pecializag80 em Divulgagao Cientffica da UnB. Foi as~es-sor de Imprensa do lVlinisterio da Ciencia e Tec~ologla ~criador e reporter da pagina de Ciencia do Correlo Bra:l-liense. Men<;80 Honrosa do Premio Ciencia e Informagaoda Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria - Em-brapa (1989).

siEfAG~O I8IRANDAo - Nascido em 1949, e diretor doprograma Globo Ciencia e presidente da Associag80 deJornalismo Cientffico do Rio de Janeiro. Engenheiro comp6s-graduag80 em controle de poluig80, comegou no jor-nalismo trabalhando no programa para 0 Brasil da radioBBC'de Londres. De volta ao Pafs, foi rep6rter do Fantas-tico e do Globo Rep6rter, da TV Globo, ate passar para 0Globe Ciencia, onde foi pauteiro e rep6rter - atividade queainda exerce, ao lado da de diretor.


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