Estágio ITE 2015Noções Gerais de Pauta Aduaneira, Valor
Aduaneiro, Origem das Mercadorias, Dívida Aduaneira e Recursos Próprios da União
DSF 2015
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
DIREÇÃO DE SERVIÇOSDE
TRIBUTAÇÃO ADUANEIRA
Noções gerais de Pauta Aduaneira, Valor Aduaneiro, Origem das Mercadorias,
Dívida Aduaneira e Recursos Próprios da União.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Programa
• Pauta Aduaneira;
• Valor Aduaneiro;
• Origem das mercadorias;
• Dívida Aduaneira;
• Recursos Próprios da União.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Direção de Serviços deTributação Aduaneira
Área Aduaneira
Regulação Aduaneira
Tributação Aduaneira
Licenciamento
Laboratório
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Direção de Serviços deTributação Aduaneira
DS Tributação Aduaneira
Dr.ª Anabela
Carvalho
Divisão de Nomenclatura e
Gestão Pautal
Dr. David Almeida
Divisão da Dívida Aduaneira, Valor
Aduaneiro e Origens
Dr. José Gomes
Rua da Alfândega, n.º 5 r/c
1149-006 Lisboa
Os manuais da DSTA estão disponíveis para consultada no site da Intranet da AT:
Intranet > Conhecimento > Manuais > Aduaneiros > Tributação
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Direção de Serviços deTributação Aduaneira
Elementos para a aplicação das
medidas às mercadorias
Regulação Aduaneira
Tributação Aduaneira
Declaração Aduaneira
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Direção de Serviços deTributação Aduaneira
Aplicação de medidas às
mercadorias
Importação/Exportação
Tributação Aduaneira
Medidas de tributação (direitos)
Restrições
Proibições
Dívida Aduaneira
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Direção de Serviços deTributação Aduaneira
Elementos essenciais para determinar as medidas
aplicáveis às mercadorias
Código pautal Valor Aduaneiro Origem
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Direção de Serviços deTributação Aduaneira
PAUTA ADUANEIRA
Noções gerais de nomenclatura, classificaçãopautal e medidas associadas aos códigos pautais.
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Programa
• Nomenclatura pautal;
• Classificação pautal das mercadorias;
• Medidas associadas aos códigos pautais.
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Nomenclatura pautal
• Todas as mercadorias têm uma classificação pautal;
• Classificar uma mercadoria consiste em proceder aoseu enquadramento na nomenclatura, a fim deencontrar o código pautal apropriado.
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Nomenclatura pautal
• A necessidade de classificar mercadorias:
– Identificar uniformemente as mercadorias para,por exemplo:
• Aplicar direitos e outras medidas de políticacomercial;
• Proibir ou permitir a importação e exportação demercadorias mediante determinadas condições;
• Cobrar impostos internos (ex.: IVA, IECs,contribuição sobre os sacos de plástico leves eISV);
• Estatísticas do comércio externo.12
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Nomenclatura pautal
A nomenclatura é uma combinação de:
• Um código (conjunto de algarismos), e
• Um descritivo (texto).
Com uma estrutura hierarquizada:
� Secções:
• Capítulos (2 algarismos);
– Posição Sistema Harmonizado (SH)(4 algarismos);
• Subposição SH (6 algarismos);
– Subposição Nomenclatura Combinada (NC) (8algarismos);
» Subposição TARIC (10 algarismos).13
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Nomenclatura pautal
Secção (21 no total) Capítulo (99 no total)
I – Animais vivos e produtos do reino animal
01 – Animais vivos
02 – Carne e miudezas, comestíveis
03 – Peixe e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos
04 - Leite e lacticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal, não especificados nem compreendidos noutros Capítulos
05 - Outros produtos de origem animal, não especificados nem compreendidos noutros Capítulos
VII – Plásticos e suas obras; borracha e suas obras
39 - Plásticos e suas obras.
40 - Borracha e suas obras.
(…) (…)
Estrutura:
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Nomenclatura pautal
Secção (21 no total) Capítulo (99 no total)
XVI – Máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes; aparelhos de gravação ou reprodução de som
84 – Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes
85 – Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios
XVII – Material de transporte
86 - Veículos e material para vias-férreas ou semelhantes, e suas partes; aparelhos mecânicos (incluindo os eletromecânicos) de sinalização para vias de comunicação
87 - Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios
88 - Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes
89 – Embarcações e estruturas flutuantes
(…) (…)
Estrutura (cont.):
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Nomenclatura pautal
• Convenção do Sistema Harmonizado (SH):
– Convenção Internacional no âmbito da OMA;
– Uma nomenclatura (código + descritivo) com 6algarismos;
– 6 Regras Gerais Interpretativas (RGI).
O Artigo 3.º permite a desagregação da Nomenclaturado SH, destinada a satisfazer as exigências da PautaAduaneira Comum e das estatísticas do comércio daUnião.
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Nomenclatura pautal
• Nomenclatura Combinada (NC):
– Uma nomenclatura (código + descritivo) com 8algarismos;
– Estabelecida através do Reg. (CEE) n.º 2658/87, doConselho, de 23 de Julho, que constitui ofundamento jurídico que rege a criação e gestão daNomenclatura Combinada e da Nomenclatura dapauta integrada da União Europeia.
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Nomenclatura pautal
• Nomenclatura da Pauta Integrada da União Europeia:
• É uma desagregação da NC a 10 algarismos;
• Para a aplicação de determinadas normascomunitárias específicas, a estrutura da NC não ésuficiente e é necessário criar subdivisõescomunitárias complementares – subposições TARIC.
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Nomenclatura pautal
Capítulo 07 PRODUTOS HORTÍCOLAS, PLANTAS, RAÍZES E TUBÉRCULOS, COMESTÍVEIS
Posição SH 0704 Couves, couve-flor, repolho ou couve
frisada, couve-rábano e produtos
comestíveis semelhantes do género
Brassica, frescos ou refrigerados
Subposição SH0704 10 - Couve-flor e brócolos
0704 90 - Outros
Subposição NC0704 90 10 - - Couve branca e couve roxa
0704 90 90 - - Outros
Subposição TARIC0704 90 90 20 - - - Couve-da-China
0704 90 90 90 - - - Outros
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Classificação pautal
• Todas as mercadorias têm uma classificação pautal;
• Classificar uma mercadoria consiste em proceder aoseu enquadramento na nomenclatura, a fim deencontrar o código pautal apropriado;
• Para se determinar o código pautal é necessário oconhecimento exato da mercadoria (incluindo a suacomposição).
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Classificação pautal
Consequências de uma errada classificação:
Exemplos:
•Aplicação de uma taxa de direitos de importação que não foi a prevista para o produto em causa;
•Não sujeição a um direito anti-dumping;
•Não sujeição a medidas de controlo veterinário;
•Aplicar um regime preferencial ao qual a mercadoria não tem direito;
•Falsear dados estatísticos.
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Classificação pautal
• Regras Gerais Interpretativas (RGI):
– Visam uma interpretação jurídica uniformeconduzindo à correta classificação da mercadoria;
– São 6;
– Aplicadas de forma sequencial;
– Juridicamente vinculativas.
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Classificação pautal
• RGI 1
• RGI 2 a)
• RGI 2 b)
• RGI 3 a)
• RGI 3 b)
• RGI 3 c)
• RGI 4
• RGI 5 a)
• RGI 5 b)
• RGI 6
Regras Gerais Interpretativas (RGI):
•Aplicam–se de acordo com a ordem
numérica;
• Só é aplicável a regra seguinte,
quando não se chega a uma
classificação pautal através da
aplicação da regra anterior.
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Classificação pautal
RGI 1 - duas partes:
Os títulos das Secções, Capítulos e Subcapítulostêm apenas valor indicativo.
A classificação é determinada pelos textos dasposições e das Notas de Secção e de Capítulo.
e, desde que não sejam contrárias aos textosdas referidas posições e Notas, pelas Regras 2 a6.
1ª
2ª
• 0409 – Mel natural
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Classificação pautal
RGI 3 - alcance
Quando pareça que a mercadoria sepode classificar em duas ou maisposições pautais, por:• Se tratar de produtos misturados ou
artigos compostos,ou
• Por qualquer outra razãoa classificação pautal deve fazer-semediante a aplicação da RGI 3.
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Classificação pautal
RGI 3 a) A posição mais específica prevalece sobre a mais genérica.
Produto: Tapetes de matérias têxteis utilizados em automóveis5703 – Tapetes e outros revestimentos para pavimentos, de matérias têxteis (…)8708 – Partes e acessórios dos veículos automóveis (…)
O produto classifica-se na posição 5703 porque é a posição maisespecífica.
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Classificação pautal
RGI 3 b)
Matéria ou artigo que lhes confira acaracterística essencial.
• Composto por dois ou mais artigos,classificáveis em posições diferentes;
• Apresentados em conjunto para satisfazeremuma actividade específica / actividadedeterminada;
• Acondicionado para venda a retalho.
• Produtos misturados• Obras compostas por matérias diferentes• Obras constituídas pela reunião de artigos
diferentes
• Sortido
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Classificação pautal
Ex. Sanduíche (hamburger)
•Pão (p.p.1905)
•Carne bovina (p.p. 1602)
•Queijo (p.p. 0406)
•Batatas fritas (p.p. 2004)
Ex. RGI 3 b)Classifica-se na p.p. 1602 porque a característicaessencial é dada pela carne.
Parecer de classificação da Organização Mundial dasAlfândegas (OMA).
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Classificação pautal
RGI 3 c)A mercadoria classifica-se na posiçãosituada em último lugar na ordemnumérica.
Exemplo:• Produto com função de champô
(3305) e de gel de banho(3401).
Posição situada em último lugar, ouseja, 3401.
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Classificação pautal
RGI 6 - alcanceAs Regras 1 a 5 precedentes estabelecemmutatis mutandis a classificação ao níveldas subposições dentro de uma mesmaposição.
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Classificação pautal
Instrumentos auxiliares de classificação:
• Manual de Classificação Pautal;
• Notas Explicativas do SH;
• Notas Explicativas da NC;
• Informações Pautais Vinculativas (IPV).
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Classificação pautal
Instrumentos auxiliares de classificação (cont.):
• Decisões de classificação:
– Nacionais:
• Decisões do Conselho Técnico Aduaneiro (orgãoentretanto extinto).
– Não nacionais:
• Acórdãos do Tribunal de Justiça da EU;
• Regulamentos de classificação;
• Pareceres de classificação da OMA.
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Classificação pautalSetores
• Organização por áreas temáticas:
– Agricultura e Química,
– Têxteis e calçado,
– Mecânica e diversos
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Classificação pautalSetor Agricultura e Química
• Exemplo de caso colocado ao Comité em Bruxelas:– Produto apresentado em comprimidos,
acondicionado para venda a retalho numa caixa deplástico contendo 30 comprimidos;
– Cada comprimido é constituído pelos seguintescomponentes:
– bromelaína (500 mg - enzima),– celulose,– fosfato de cálcio,– sílica,– estearato de magnésio.
– No rótulo, o produto é apresentado comosuplemento alimentar para consumo humano. 34
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Classificação pautalSetor Agricultura e Química
Hipóteses de classificação:
2106 - Preparações alimentícias não especificadas
nem compreendidas noutras posições.
3004 – Medicamentos.
3507 - Enzimas preparadas.
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Classificação pautalSetor Agricultura e Química
Decisão do Comité:2106 (2106 90 92)- Preparações alimentícias nãoespecificadas nem compreendidas noutras posições.
Justificação:Regras Gerais 1 e 6 para interpretação da NC;Nota 1 g) ao Capítulo 21;Nota Complementar 5 do Capítulo 21;NESH à posição 3507, ponto C), primeiro parágrafo;Acordão do Tribunal de Justiça “Swiss Caps”.
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Classificação pautalSetor Agricultura e Química
• A nível da UE, a decisão do Comité levou àpublicação do Regulamento de Execução (UE) N.º198/2014 da Comissão de 28 de fevereiro de 2014;
• Tendo em conta que a nível mundial há opiniõesdivergentes sobre a classificação de suplementosalimentares foi submetida à Organização Mundialdas Alfândegas (OMA) uma proposta de alteraçãoda Nomenclatura do SH (criação de uma posiçãopautal a 4 dígitos) para harmonizar a classificaçãodeste tipo de produtos.
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Classificação pautalSetor Têxtil e calçado
• Exemplo de caso colocado ao Comité em
Bruxelas:
– Lençóis descartáveis confecionados em
matéria têxtil, impregnados com substâncias
farmacêuticas, do tipo utilizado durante as
intervenções cirúrgicas.
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Classificação pautalSetor Têxtil e calçado
• Hipóteses de classificação:
– 3005 - Pastas (ouates), gazes, ataduras e artigos
análogos (…), impregnados ou recobertos de
substâncias farmacêuticas para usos medicinais,
cirúrgicos, dentários ou veterinários.
– 6307 - Outros artefactos têxteis confecionados (…)
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Classificação pautalSetor Têxtil e calçado
Decisão do Comité•Criação de uma Nota Explicativa da NomenclaturaCombinada (NENC), na subposição NC 6307 90 92, como seguinte texto:
Lençóis descartáveis confecionados em falsos tecidos, do
tipo utilizado durante as intervenções cirúrgicas.
A presente subposição não inclui:
— Lençóis que sejam impregnados ou recobertos de
substâncias farmacêuticas [p.p. SH 3005 – pastas, gazes
impregnados ou recobertos de substâncias
farmacêuticas (…)].
•A NENC foi publicada em Jornal Oficial série “C”.40
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Classificação pautalSetor Mecânica e diversos
• Exemplo de caso colocado ao Comité em Bruxelas:
– Embarcação do tipo catamarã com construção em
alumínio para o transporte de passageiros em rios,
estuários e águas costeiras;
– Possui uma ponte e super estruturas estanques às
intempéries e transporta até 600 passageiros em
lugares sentados;
– A propulsão é do tipo “2 jactos de água Hamilton”
accionados por dois motores a diesel.
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Classificação pautalSetor Mecânica e diversos
• Hipóteses de classificação:
– Posição da Holanda:
8901 10 10 – Outras embarcações para o
transporte de mercadorias ou para o transporte de
pessoas e de mercadorias para navegação marítima.
– Posição de Portugal:
8901 10 90 – Outras embarcações para o
transporte de mercadorias ou para o transporte de
pessoas e de mercadorias que não para navegação
marítima.
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Classificação pautalSetor Mecânica e diversos
• Solução:8901 10 90 – Outras embarcações para o transporte demercadorias ou para o transporte de pessoas e demercadorias que não para navegação marítima(Regulamento (CE) n.º 652/2007).• Justificação:
Uma vez que não é construída para transportarpassageiros para além de uma certa distância da costa,não pode ser uma embarcação para o «transporte depessoas» no mar.
Por conseguinte, o produto não pode ser consideradocomo uma «embarcação para navegação marítima»(ver a nota complementar 1 do capítulo 89). 43
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Classificação pautal
Informação Pautal Vinculativa (IPV)
•Informação pautal que obriga as AdministraçõesAduaneiras de todos os Estados-membros da UE (Artigos11.º e 12.º do CAC e artigos 5.º a 14.º das DACAC).
•Objectivos:– Aplicação uniforme da Pauta Aduaneira Comum;– Rapidez desalfandegamento;– Garantia de aceitação nos restantes Estados-membros– Segurança jurídica (certeza sobre direitos aduaneiros
e outras imposições e sobre as condições dedesalfandegamento);
•Validade de 6 anos. 44
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Classificação pautal
Informação Pautal Vinculativa (IPV)•Quem pede:
– Requerente - qualquer pessoa que tenha dirigidoàs autoridades aduaneiras um pedido de IPV (ex.:representante do titular).
– Titular - pessoa em nome da qual é fornecida ainformação vinculativa. (ex.:importador/exportador, dado que a IPV devepressupor uma futura operação de importação ouexportação).
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Classificação pautal
•Quem emite?– Administração aduaneira – DSTA / DNGP
•Publicidade:– Base de dados - European Binding Tariff Information
(EBTI.3).
– Versão confidencial.– Versão pública:http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds2/ebti/ebti_home.jsp?Lang=pt&Screen=0
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Medidas associadas aos códigos pautais
Pauta Aduaneira
Artigo 20º do CAC
Os direitos legalmente devidos em caso de constituição de uma
dívida aduaneira serão baseados na Pauta Aduaneira.
As outras medidas estabelecidas por disposições comunitárias
específicas no âmbito das trocas de mercadorias serão aplicadas
em função da classificação pautal dessas mercadorias.
Nomenclatura Medidas aplicáveis
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Anexo I (atualizado anualmente) do Reg. (CEE) n.º 2658/87
Pauta Aduaneira
Medidas associadas aos códigos pautais
Nomenclatura Medidas aplicáveis
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Medidas associadas aos códigos pautais
TARIC
Reúne num mesmo instrumento
as diferentes medidas emanadas da legislação comunitária,
aplicáveis no desalfandegamento das mercadorias e que
deverão ser aplicadas uniformemente em todos os Estados-
Membros.
TARIC – Pauta Integrada da União Europeia
• A Taric é utilizada pela Comissão e pelos Estados-
membros para aplicação das medidas comunitárias
relativas às importações na União e às exportações da
União.
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Medidas associadas aos códigos pautais
Permite à Comissão Europeia a centralização dasmedidas comunitárias estabelecidas por regulamentose decisões aplicáveis à importação e à exportação.
e a sua transmissão para os Estados-Membros, comvista à elaboração das respectivas pautas de serviço e àalimentação dos sistemas informáticos nacionais.
Base de dados TARIC
• Sistema de informação da legislação comunitária,dotado de um interface com todos os Estados-Membros.
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Medidas associadas aos códigos pautais
Informação constante da base de dados TARIC:
•Tendo em conta as diferentes atribuições aduaneiras daAT, no domínio da controlo da fronteira externa da UE, asquais visam os seguintes objetivos (entre outros):
– Defesa da saúde pública;– Proteção e segurança da sociedade;– Proteção ambiental;– Luta contra o tráfego de substâncias ilícitas;– Combate ao tráfego ilícito de bens culturais;– Restrições sobre o comércio de bens de dupla utilização
(civil/militar);– Proteção dos interesses financeiros da EU;– Licenciamento do comércio externo.
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Medidas associadas aos códigos pautais
Informação constante da base de dados TARIC
•Medidas relativas às restrições de movimento demercadorias:
– Proibições à importação e à exportação, exemplos:
• Substâncias que empobrecem a camada do ozono;
• Moluscos bivalves da Turquia destinados ao consumo humano.
– Restrições à importação e exportação, exemplos:• Controlos veterinários na importação de animais e de produtos de
origem animal;
• Controlo na importação dos géneros alimentícios do Japão na sequência
do acidente de Fukushima;
• Controlo na importação e na exportação da pesca ilegal;
• Restrição à exportação de bens culturais.
•Medidas de recolha de dados estatísticos 52
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Medidas associadas aos códigos pautais
Informação constante da base de dados TARIC
•Medidas pautais, exemplos:– Direitos aduaneiros para países terceiros;
– Suspensões dos direitos aduaneiros;
– Contingentes pautais;
– Preferências pautais.• Ex.: Sistema de Preferências Generalizadas, Acordo UE-Marrocos.
•Medidas comerciais, exemplos:– Direitos anti-dumping e compensadores;
• Ex.: direitos anti-dumping sobre partes de bicicletas originárias daChina.
– Direitos de salvaguarda.
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Medidas associadas aos códigos pautais
Comissão Europeia
Base de dados TARIC
Integração das medidas
Estabelece, atualiza, gere e
divulga
Cria os códigos TARIC
Atualização e divulgação imediata da TARIC
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Medidas associadas aos códigos pautais
Base de dados TARIC
• Inserção dos dados na base de dados TARIC
• Criação dos ficheiros TARIC
Comissão Europeia - BRUXELAS
Sector TARIC
BASE DE DADOS NACIONAL (SIGIP)
DSTA
• Receção dos ficheiros TARIC e actualização da Base de Dados Nacional
• Consulta da informação contida no ficheiro TARIC
• Inserção das medidas nacionais55
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Informação inserida nacionalmente:•Medidas relativas às restrições de movimento demercadorias:
– Restrições à importação e exportação (InformaçõesComplementares - ICs), exemplos:
• Condições para a importação de géneros alimentícios;
• Condições para o desalfandegamento de medicamentos para uso
humano;
• Condições de desalfandegamento de produtos cosméticos e de
higiene corporal;
• Procedimentos na exportação de produtos explosivos e matérias
perigosas;
• Exportação de proteínas animais transformadas e/ou de produtos
que as contenham, destinadas a alimentação animal .
Medidas associadas aos códigos pautais
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Informação inserida nacionalmente• Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
• Impostos Especiais sobre o Consumo (IECs):
– Imposto sobre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas;
– Imposto sobre o Tabaco;
– Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos.
• Contribuição de Serviço Rodoviário.
• Adicionamento de CO2.
• Contribuição sobre sacos de plástico leves.
• Imposto sobre Veículos (ISV).
Medidas associadas aos códigos pautais
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Medidas associadas aos códigos pautais
Onde consultar a Pauta Aduaneira:• Na Intranet:
• Na Internet:Portal das Finanças > Serviços Aduaneiros > Pauta
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Medidas associadas aos códigos pautais
Consulta da Pauta na Intranet:
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Medidas associadas aos códigos pautais
Consulta da Pauta na Intranet:
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Conceitos chave•Nomenclatura pautal:
– Estrutura hierarquizada de códigos e respectivos descritivos.
•Código pautal:
– Código utilizado para identificar as mercadorias.
•Classificação pautal:
– Determinação do código pautal de uma determinada mercadoria,enquadrando-a na nomenclatura pautal.
•Medidas associadas aos códigos pautais:
– Aplicação da legislação nacional e da UE no desalfandegamento dasmercadorias.
Pauta Aduaneira
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Objectivos da determinação do Valor Aduaneiro
• Determinação de uma base tributável:– para aplicação dos direitos aduaneiros ad
valorem previstos na Pauta Aduaneira;– para aplicação de outras imposições.
• Aplicação de medidas anti-dumping e decontingentação.
• Apuramento de estatísticas de comércio externo.
• Determinação do valor tributável IVA.
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Quadro Jurídico
• Artigos 28º a 36º do CAC;
• Artigos 141º a 181º e Anexos 23 a 29 das DAC;
• Colectânea de Textos sobre o Valor Aduaneiro do Comitédo CAC - Secção “Valor Aduaneiro”;
• Acórdãos do TJUE.
http://www.dgaiec.min-financas.pt/NR/rdonlyres/BA471336-B152-4C4D-A509-D637EB7B983A/0/manual_valor_aduaneiro_Mar_2013.pdf
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DETERMINAÇÃO DO VALOR ADUANEIRO
OS SETE PRINCÍPIOS BÁSICOS
� Preço pago ou a pagar;
� Preço tem de incluir: custo, despesas gerais, lucro;
� Elemento tempo: data da importação;
� Benefício para o vendedor – tributável;
� Benefício para o comprador – não tributável;
� Relacionado com as mercadorias importadas;
� Condição de venda.
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Métodos de determinação
• Método do valor transacional – artigo 29.º do CAC – é ométodo prioritário ou regra fundamental.
• Outros Métodos – artigos 30.º n.º 2 e 31.º do CAC:
– Método do valor transacional de mercadorias idênticas;
– Método do valor transacional de mercadorias similares ;
– Método do valor dedutivo;
– Método do valor calculado;
– Método do último recurso.
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Método do valor transaccional (MVT)
• Preço efectivamente pago ou a pagar pelasmercadorias vendidas para exportação com destino aoterritório aduaneiro da Comunidade, eventualmenteapós ajustamentos em conformidade com os artigos32º e 33º do CAC.
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MVT: Noções fundamentais
• Local:
– De importação, que condiciona os montantes detransporte e de seguro.
• Tempo:
– Condiciona a escolha das taxas de câmbio a aplicar.
• Venda:
– Implica a existência de uma transacção comercialcom contrapartida financeira.
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MVT: Requisitos de aplicação
• Sem Restrições :
– Ausência de restrições quanto a cessão ouutilização.
• Sem Condições/Prestações:
– Não subordinação a condições ou prestações devalor indeterminado.
• Sem Reversões:
– Não reversão, para o vendedor de qualquer partedo produto.
• Sem vinculações:
– Ausência de coligação entre comprador e vendedorcapaz de influenciar o preço. 69
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Sem Restrições(Artigo 29º nº 1 alínea a) do CAC)
Não existam restrições quanto à cessão ou utilizaçãodas mercadorias pelo comprador, excluindo as que:- sejam impostas por lei ou exigidas pelas autoridadespúblicas do país de importação;
- limitem a zona geográfica na qual as mercadoriaspodem ser revendidas, ou
- não afectem substancialmente o valor dasmercadorias.
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Restrições quanto à cessão / utilização das mercadorias
• É relativamente simples identificar uma restrição impostapor lei, por exemplo, a obrigatoriedade de se obter umalicença para a importação de determinada mercadoria ouuma restrição de natureza geográfica, por exemplo,determinada mercadoria poder apenas ser vendida emPortugal.
• Já são mais difíceis de definir restrições que não afectemsubstancialmente o valor das mercadorias, assunto sobreo qual o Comité Técnico de Determinação do ValorAduaneiro da OMA elaborou o comentário 12.1, segundoo qual se deverá analisar, nomeadamente, a natureza darestrição, a espécie das mercadorias importadas e aspráticas comerciais que lhe estão associadas, tendo emvista avaliar se determinada restrição terá influenciadosignificativamente o valor declarado.
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Restrições quanto à cessão / utilização das mercadorias
Exemplos de restrições que afectam ou não o valordas mercadorias:São exemplo de restrições que não afectam o valor dasmercadorias, o impedimento da venda de determinadomodelo de automóveis antes de uma data pré -estabelecida ou a imposição contratual da venda dedeterminados produtos cosméticos ser efectuada aodomicílio através de agentes.
Uma restrição que afecta substancialmente o valor dasmercadorias será sempre uma prática comercial poucousual, como, por exemplo, uma máquina ser vendida aopreço de custo, na condição de ser exclusivamenteutilizada no âmbito de acções de caridade.
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Sem Condições/Prestações(artigo 29º, nº 1 alínea b) do CAC)
O método do valor transacional não será aceite se avenda ou o preço estiverem subordinados a condiçõesou prestações de valor indeterminado.
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Condições/Prestações de Valor Indeterminado
Exemplos de condições que tornam o MVT inaceitável :O vendedor fixa o preço das mercadorias importadas,subordinando-o à condição de o comprador adquiririgualmente outras mercadorias em quantidadesdeterminadas.
O preço das mercadorias importadas depende dopreço a que o comprador vende outras mercadorias aovendedor em causa.
O preço é fixado com base num meio de pagamentosem qualquer relação com as mercadorias importadas.
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Sem Reversões(Artigo 29º nº 1 al. c)
• Não reverta para o vendedor, directa ouindirectamente, nenhuma parte do produto dequalquer revenda, cessão ou utilização posterior dasmercadorias pelo comprador que não os previstos noartigo 32º do CAC.
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Produto da revenda das mercadorias importadas
Exemplo:
• É acordado que reverte para o vendedor 30% do lucroque o comprador receber pela venda das mercadoriasimportadas.
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Sem VinculaçõesArtigo 29º nº 1 al. d) do CAC
• O comprador e o vendedor não estejam coligados ou,se o estiverem, esse vínculo não tenha influenciado opreço.
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Ligação entre o vendedor e o compradorArtigo 143º das DACAC
• Um faz parte da direcção do outro;• Os dois são associados;• Um é empregado do outro;• Uma pessoa controla 5% do capital de um e do outro;• Um controla o outro;• Os dois são controlados por uma mesma terceira
pessoa;• São membros de uma mesma família.
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Vendedor e Comprador ColigadosQue Fazer?
Análise das circunstâncias próprias da venda:O preço pode ser aceite no âmbito do método do valor
transaccional se:� O importador demonstrar que o vínculo não afectou o preço
- Outros importadores do mesmo nível comercial pagam omesmo preço pela mesma quantidade;
- O preço pago ou a pagar é suficiente para assegurar ainclusão de todos os custos de produção e uma parcelado lucro.
� O importador demonstra que o preço está muito próximo:- Valor transaccional de mercadorias idênticas ou similaresexportadas para o país de importação no âmbito de vendasentre compradores e vendedores não coligados;- Valor aduaneiro de mercadorias idênticas ou similarescalculado de acordo com o método dedutivo ou com ométodo do valor calculado. 79
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MVT: Elementos a adicionarArtigo 32º do CAC
Tais como:
• Comissões de venda;• Recipientes e embalagens;• Produtos fornecidos pelo comprador;• Direitos de exploração e direitos de licença;• Despesas de transporte e seguro.
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Elementos a adicionar
Só se devem adicionar se e apenas se :
– As despesas não estiverem já incluídas no preço;
– As despesas se basearem em dados objetivos equantificáveis.
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MVT: Elementos a excluirArtigo 33º do CAC
• Trabalhos executados após a importação dasmercadorias;
• Despesas relativas ao direito de reproduzir asmercadorias importadas;
• Direitos e outros encargos a pagar na Comunidadepor motivo da importação ou da venda dasmercadorias;
• Despesas de transporte dentro do território aduaneiroda União;
• As comissões de compra.
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MVT: Documentos de suporte da declaração aduaneira
• DAU;• DV1;• Factura comercial - circular nº14/2004, Série II -
apresentação obrigatória;• Documento de transporte, apólices de seguro, contrato
de compra e venda, outros elementos - podem serexigidos.
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Outros Métodos (artigo 30.º n.º 1 do CAC)
• Os outros métodos aplicam-se:
– Quando o método do valor transacional não éaplicável (não existe venda ou não estão cumpridasas condições da sua aplicabilidade);
– Quando o valor declarado pelo método do valortransaccional é rejeitado pelas autoridadesaduaneiras;
Estes outros métodos aplicam-se sucessivamente, noentanto, a pedido do declarante, a ordem do métododo valor dedutivo e a do método do valor calculadopode ser invertida.
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Direitos e Deveres do importador
Deveres• Fornecer provas para
determinar o valor aduaneiro;
• Fornecer oportunamente todo o tipo de informação;
• Determinar o valor aduaneiro de acordo com as normas;
• Conhecer a legislação.
Direitos• Confidencialidade da
informação;• Ser informado sobre a
forma como o valor aduaneiro foi determinado;
• Obter o levantamento da mercadoria mediante a prestação de uma garantia;
• Direito de recurso;• Conhecer a legislação.
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Controlo do Valor Aduaneiro
Quem intervém?
Nível local – No processo de importação:�Intervenção das alfândegas que poderão ser
ajudadas pelo Serviço central responsável pelamatéria (DSTA).
Nível central – Num momento posterior aodesalfandegamento:� Serviços de Antifraude.
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Análise de Risco
Factores de Risco
• Dupla facturação;• Facturas falsas;• Pagamentos parciais;• Comprador e vendedor coligados;• Natureza das mercadorias;• Tipos de direitos;• País de origem;• Métodos legais de determinação do valor
aduaneiro utilizados pelo importador.
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Factores de Risco
Comprador e vendedor coligados
Preço de venda declarado deverá ser suficiente paracobrir todos os custos e assegurar uma parcela dolucro.
Entre firmas coligadas parte dos custos podem nãoestar propositadamente reflectidos nos preços devenda sendo objecto de pagamentos suplementares:despesas com pesquisa e desenvolvimento, despesasgerais, etc.
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Factores de Risco
País de OrigemMercadorias sofisticadas originárias de países deeconomia muito avançada, existe o risco de os custoscom direitos de exploração e de licença, de despesascom desenvolvimento, pesquisa e engenharia nãoestarem devidamente reflectidas nos respectivos preçosde venda.Mercadorias originárias de países com altos níveis decorrupção, onde é frequente a existência de pagamentosparalelos, bem como o recurso ao “comércio por troca”que faz com que os preços das facturas se encontremmuito longe do verdadeiro valor transaccional.Quando a mercadoria é originária de países com umacarga fiscal interna muito alta é frequente existirempagamentos adicionais através de movimentoscontabilísticos “off shore”.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Controlo a posteriori
• O comércio exige agilidade e que sejam evitadosatrasos;
• As alfândegas despacham uma grande parte dasimportações após uma comprovação sumária;
• É indispensável efetuar um controlo mais detalhado aposteriori ;
• O controlo do valor deverá ser selectivo.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Documentos e informações que as autoridades aduaneiras podem exigir no âmbito do controlo do
valor aduaneiro através das inspecções às empresas
FACTURA
• Preço das mercadorias importadas;
• Preço das mercadorias no caso de revenda no paísde importação;
• Custo dos produtos e bens fornecidos pelocomprador.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Documentos e informações que as autoridades aduaneiras podem exigir no âmbito do controlo do
valor aduaneiro através das inspecções às empresas
REGISTOS CONTABILÍSTICOS:
• Transferência efectiva de fundos;
• Comissões;
• Despesas gerais;
• Lucros.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Documentos e informações que as autoridades aduaneiras podem exigir no âmbito do controlo do
valor aduaneiro através das inspecções às empresasCONTRATO DE VENDA como prova de vários
elementos:
• Restrições, condições ou prestações;• Acordos entre o vendedor e o comprador;• Encargos com actividades após importação;• Moeda de facturação;• Direitos de reprodução das mercadorias
importadas.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Documentos e informações que as autoridades aduaneiras podem exigir no âmbito do controlo
do valor aduaneiro através das inspecções às empresas
CONTRATO DE DIREITOS DE EXPLORAÇÃO:
• Verificar se são pagos direitos de exploração e, emcaso afirmativo, se devem ou não ser adicionadosao valor da mercadoria e em que medida.
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Documentos e informações que as autoridades aduaneiras podem exigir no âmbito do controlo do
valor aduaneiro através das inspecções às empresas
DOCUMENTOS DE TRANSPORTE E DE SEGUROS:
• Condições de entrega;
• Despesas de entrega até ao local de entrada nopaís de importação;
• Despesas de transporte após a entrada no país deimportação.
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Documentos e informações que as autoridades aduaneiras podem exigir no âmbito do controlo do
valor aduaneiro através das inspecções às empresas
DESPESAS DE TRANSPORTE:
• Verificar as despesas de transporte, seguro, decarga e manutenção das mercadorias até ao paísde importação.
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Documentos e informações que as autoridades aduaneiras podem exigir no âmbito do controlo do
valor aduaneiro através das inspecções às empresas
OUTROS DOCUMENTOS relativos a:
• Propriedade das empresas envolvidas na transacção;
• Contrato de venda / transferência de quotas;
• Contratos de publicidade e comercialização;
• Documentos financeiros;
• Contratos de licença.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Conceito
• Regras de origem são normas específicas quepermitem às autoridades determinar o país deorigem de determinada mercadoria, isto é a suanacionalidade económica.
99
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Regras de Origem
Contexto Europeu
• As regras de origem são instrumentos de políticacomercial, estabelecidas pela Comunidade Europeia,quer unilateralmente, quer com os seus parceiroscomerciais através da celebração de acordospreferenciais.
100
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Por que motivo existem as regras de origem?
• Para determinar o país de origem das mercadorias emsituações de tratamento pautal diferente paramercadorias de países diferentes;
• Para efeitos de aplicação das medidas de políticacomercial que podem ser positivas ou negativas.
Regras de Origem
101
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Medidas de Política Comercial
Exemplos:
• Positivas:
– concessão de um tratamento pautal preferencial;
– acesso ilimitado ao mercado (sem restrições, nemcontingentes).
• Negativas:
– direitos anti-dumping;
– acesso limitado (contingentes).
Regras de Origem
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DUAS CATEGORIAS DE REGRAS DE ORIGEM:
• Regras de origem não preferencial (Art. 22º a 26º doCAC; Art. 35º a 54º das DAC e Anexos 9, 10 e 11 dasDAC);
• Regras de origem preferencial (Art.º 27º do CAC; Art.66º a 123º das DAC; Protocolos de Origem dos ACL eAcordos de Associação).
Regras de Origem
103
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
• Regras preferenciais: são utilizadas para determinar aorigem das mercadorias para efeitos da aplicação dotratamento pautal preferencial, isto é direitosaduaneiros reduzidos ou nulos negociados no quadro deAcordos ou concedidos unilateralmente pela UE.
• Regras não preferenciais: servem para determinar aorigem para efeitos da aplicação de outras medidas dapolitica comercial da UE, tais como direitos anti-dumping, licenças de importação; estatísticas docomércio externo.
Regras de Origem
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Critérios de origem não preferencial
• Produtos inteiramente obtidos – artigo 23º do CAC
(Quando só há um país envolvido).
• Última operação substancial – artigo 24º do CAC
(Quando há vários países envolvidos no fabrico).
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Última transformação substancial Art. 24º CAC
Operação deve ser:
•Substancial;
•Economicamente justificada;
•Efectuada por Empresa equipada para o efeito;
•Geradora de um produto novo;
•Representativa de uma fase importante do fabrico.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Interpretação do artº 24º
• Anexo 10 das DAC regras aplicáveis aos produtostêxteis.
• Anexo 11 regras aplicáveis a certos produtos comexclusão dos têxteis.
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Provas de origem não preferencial
• Certificados de origem – Formulário – Anexo 12DAC são emitidos por autoridades ou organismoshabilitados pelo país de exportação, podem serCâmaras de Comércio, Associações Comerciais,Institutos Públicos ou outros.
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Origem Preferencial
Quadro Jurídico:
�Acordos de Comércio Livre concluídos entre a UE evários países terceiros;
� Código Aduaneiro Comunitário e respectivasDisposições de Aplicação (Sistema de PreferênciasGeneralizadas – Preferência unilateral).
http://www.dgaiec.min-financas.pt/NR/rdonlyres/2C279C8C-DF94-4487-8949-D2B73BCA1750/0/Manual_Origem_I.pdf
http://www.dgaiec.min-financas.pt/NR/rdonlyres/A2C62368-6C09-4720-88B7-2521FCB8C79A/0/Manual_Origem_II_Intranet.pdf109
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Origem Preferencial
• Importante identificar o país de produção damercadoria e o país para o qual esta vai ser exportada.
Exemplo:
País de produção: UE
País de destino: Marrocos
O Protocolo de origem (regras de origem aplicáveis)será o que estiver em vigor no quadro do AcordoUE/Marrocos.
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DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Quadro preferencial
Diferença entre:� União Aduaneira – mercadorias em livre circulação –
Turquia excluindo produtos agrícolas e CECA,Andorra excluindo produtos agrícolas e San Marino).
� Acordo de Comércio Livre – O tratamentopreferencial é concedido apenas às mercadoriasoriginárias.
111
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ACORDOS PREFERENCIAIS REGRAS DE ORIGEM
ZONA PAN-EURO MEDITERRÂNICA
SUÍÇA (CH)
- Produtos industriais
(01.01.1973)
(Acordode ComércioLivre de 22.07.1972, JO L 300, 31.12.1972, p. 189.) Protocolo n.º 3
JO L 45 de 15.02.2006, alterado pelo JO L 252 de 24/09/09
Protocolo Paneuromed
- Produtos agrícolas
(01.06.2002)
(Acordo de 21 de Junho de 1999, relativo ao comércio de produtos agrícolas, JO L 114, 30.04.2002, p.
132.)
ESPAÇO ECONÓMICO EUROPEU (CE-Islândia-Noruega-Liechtenstein)
(Acordo de Associação de 2 de Maio de 1992, JO L 1, 03.01.1994, p.3.)
Protocolo n.º 4
JO L 321 de 08.12.2005, alterado pelo JO L 117 de 05.05.2011
Protocolo Paneuromed
ILHAS FEROÉ (FO) /Dinamarca (01.01.1997)
Acordo de 6 de Dezembro de 1996, JO L 53 de 22.02.1997, p.2.) e JO L 104 de 20.04.2002
Protocolo n.º 3
JO L 110 de 24.04.2006
Protocolo Paneuromed
PAÍSES MEDITERRÂNICOS
TURQUIA (TR)
Produtos CECA
(01.01.1997)
Acordo de 25 de Julho de 1996, JO L 227, de 07.09.1996, p.3 e JO L 212 de 12.08.1999.
Protocolo n.º 1
Decisão 1/2009, do Comité Misto instituído pelo Acordo CECA/Turquia, de
24.02.2009, JO L 143 de 06.06.2009
Protocolo
Paneuromed
Produtos agrícolas
(01.01.1998)
Decisão n.º 1/98 do Conselho de Associação, de 25.02.1998, JO L 86, 20.03.1998, p.1
Protocolo n.º 3
Decisão 3/2006 do Conselho de Associação CE/Turquia
Protocolo Paneuro-med
ARGÉLIA (DZ) (01.07.1976)
Acordo de Associação Euro-Mediterrânico de 17 de Julho de 1995, JO L 97 de 30.03.1998, p.2.)
Protocolo n.º 4
JO L 297 de 15.11.2007, alterado pelo JO L 248 de 22.09.2010
Protocolo Paneuromed
TUNÍSIA (TN) (01.03.1998)
Acordo de Associação Euro-mediterrânico de 17 de Julho de 1995, JO L 97 de 30.03.1998, p.2.)
Protocolo n.º 4
JO L 260 de 21.09.2006, alterado o art.º 15 pelo JO L 106 de 18.04.2012
112
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ACORDOS PREFERENCIAIS REGRAS DE ORIGEM
PAÍSES MEDITERRÂNICOS
MARROCOS (MA) (01.03.2000)
Acordo de Associação Euro-mediterrânico de 26 de Fevereiro de 1996,
JO L 70 de 18.03.2000, p.2.)
Protocolo n.º 4
JO L 336 de 21.12.2005, alterado pelo JO L 248 de 22.09.2010, e
pelo
JO L 141 de 27.05.2011 (Novo anexo II)
Protocolo Paneuromed
ISRAEL (IL) (01.06.2000)
Acordo de Associação Euro-mediterrânico de 20 de Novembro de 1995,
JO L 147 de 21.06.2000, p.3.)
Protocolo n.º 4
JO L 20 de 24.01.2006
Protocolo Paneuromed
AUTORIDADE PALESTINIANA (PS)
(01.07.1997)
Acordo de Associação Euro-mediterrânico de 24 de Fevereiro de 1997,
JO L 187 de 16.07.1997, p.3.)
Protocolo n.º 3
JO L 298 de 13.11.2009
Protocolo Paneuromed
EGIPTO ( EG) (01.01.2004)
Acordo de Associação Euro-mediterrânico, JO L 304 de 30.09.2004)
Protocolo n.º 4
JO L 73 de 13.03.2006, alterado pelo JO L 347 de 03.01.2014
Protocolo Paneuromed
JORDÂNIA (JO) (01.05.2002)
Acordo de Associação Euro-mediterrânico de 24 de Novembro de 1997,
JO L 129 de 15.05.2002, p.3.)
Protocolo n.º 3
JO L 209 de 31.07.2006, alterado pelo JO L 253 de 28.09.2010
Protocolo Paneuromed
LÍBANO (LB) (01.03.2003)
Acordo de Associação Euro-mediterrânico de 17 de Junho de 2002, JO L
262, 30.09.2002, p.2.)
Protocolo n.º 4
JO L 262 de 30.09.2002, alterado pelo JO L 143 de 30.05.2006
SÍRIA (SY) (01.07.1977)
Acordo de Cooperação de 18 de Janeiro de 1977, JO L 269 de
Protocolo n.º 2
JO L 269 de 27.09.1978
113
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
ACORDOS PREFERENCIAIS REGRAS DE ORIGEM
PAÍSES DOS BALCÃS OCIDENTAIS
MACEDÓNIA (MK) (Antiga República Jugoslava da)
(01.06.2001)
Acordo de Estabilização, JO L 84 de 20.03.2004
Protocolo n.º 4
JO L 99 de 10.04.2008
MONTENEGRO (ME)
Decisão do Conselho de 15 de Outubro de 2007 (JO L 345 de
28.12.2007, p.1.)
Protocolo nº 3
JO L 108 de 29.04.2010
BÓSNIA E HERZEGOVINA (BA)
Acordo Provisório JO L 169 de 30.06.2008
Protocolo nº 2
JO L 169 de 30.06.2008, alterado pelo JO L 233 de 30.08.2008
ALBÂNIA (AL)
Acordo Provisório a partir de 01.12.2006
JO L 239 de 01.09.2006
Protocolo nº 4
JO L 107 de 28.04.2009
SÉRVIA (RS)
Acordo Provisório
JO L 28 de 30.01.2010
Protocolo nº 3
JO L 28 de 30.01.2010
PAÍSES DA PARCERIA ORIENTAL
GEÓRGIA (GE)
Acordo de Associação
JO L 261 de 30.08.2014
Protocolo I
JO L 261 de 30.08.2014
MOLDÁVIA (MD)
Acordo de Associação
JO L 260 de 30.08.2014
Protocolo I
JO L 260 de 30.08.2014114
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
ACORDOS PREFERENCIAIS REGRAS DE ORIGEM
OUTROS PAÍSES E TERRITÓRIOS
ANDORRA (AD)
- Produtos agrícolas
Acordo de comércio livre, JO L 374, de 31.12.1990, p.14.
Apêndice da Decisão 90/680/CEE de 29.11.1990, alterada pela Decisão 1/99 do Comité
Misto CE/Andorra de 6.5.1999, JO L 191 de 23.7.1999, entrou em vigor em 1.07.1999
ÁFRICA, CARAÍBAS E PACÍFICO (ACP)
(Novos Acordos a partir de 01.01.2008)
Regulamento nº 1528/200 – R.A.M. (JO L 348 de 31.12.2007)
Anexo II do Regulamento nº 1528/2007
JO L 348 de 31.12.2007
UE/CARIFORUM – Decisão de aplicação provisória (2008/805/CE) – JO L 289 de 30.10.2008
Antígua e Barbuda, Ilhas Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, República Dominacana, Granada,
Guiana, Jamaica, S. Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, S. Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidade e
Tobago
Protocolo I , JO L 289 de 30.10.2008 / II / págs. 1805 e seg.
UE/PACÍFICO
APE Intercalar
Papuásia Nova Guiné e Ilhas Fidji
JO L 272 de 16.10.2009
Papuásia Nova Guiné JO C 125 de 13.05.200 (Aviso 13.05.2010)
Ilhas Fidji JO L 228 de 31.07/2014
CE/ESA
Acordo Intercalar
Seicheles, Zimbabué, Maurícias e Madagáscar
JO L 111 de 24.04.2012
Protocolo nº 1
JO L 111 de 24.04.2012
UE/SADC
APE Intercalar
Botswana, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Suazilândia
JO L 319 de 04.12.2009
Data de aplicação será publicada em JO, C
ÁFRICA DO SUL (ZA) (01.01.2000)
Acordo de Comércio, Desenvolvimento e Cooperação: aplicação provisória, JO L 311 de
04.12.1999, p.3.)
Protocolo 1
JO L 311 de 04.12.1999
MÉXICO (MX) (01.07.2000)
(Decisão 2/2000 do Conselho Conjunto CE-México: aplicação provisória do Acordo de Partenariado, JO L
157 de 30.06.2000, p.10, e JO L 245 de 29.09.2000, p.1.)
Anexo III da Decisão
JO L 44 de 18.02.2000
Notas Explicativas publicadas:
JO C 187 de 06.07.2000
JO C 128 de 28.04.2001
JO C 40 de 14.02.2004
115
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
ACORDOS PREFERENCIAIS REGRAS DE ORIGEM
OUTROS PAÍSES E TERRITÓRIOS
CHILE (CL) (01.02.2003)
(Acordo de Associação, JO L 352 de 30.12.2002, p.3. alterado pelo
Protocolo de 2004 (JO L 38 de 10.02.2005, p.3)
Anexo III do Acordo
JO L 352 de 30.12.2002
Notas Explicativas publicadas:
JO C 321 de 31.12.2003
PERU (PE) e COLÔMBIA (CO)
Decisão do Conselho de 31 de Maio de 2012
JO L 354 de 21.12.2012
Anexo III da Decisão
JO L 354 de 21.12.2012
AMÉRICA CENTRAL
Acordo de Associação
JO L 346 de 21.12.2012
Aplicação com as Honduras, Nicarágua e Panamá em 01.08.203
Aplicação com El Salvador e Costa Rica em 01.10.2013
Aplicação com a Guatemala em 01.12.2013
Anexo II do Acordo
JO L 346 de 15.12.2012
COREIA DO SUL (KR)
Acordo de Comércio Livre
JO L 127 de 14.05.2011
Protocolo
JO L 127 de 14.05.2011
116
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REGIMES AUTÓNOMOS REGRAS DE ORIGEM
PAÍSES E TERRITÓRIOS ULTRAMARINOS (PTU) (01.01.2014)
Decisão do Conselho n.º 2013/755/UE de 25 de Novembro de 2013, JO L 344 de
25.11.2013, JO L 344 de 19.12.2013, p.1.)
Anexo VI da Decisão
JO L 344 de 19-12-2013
SISTEMA DE PREFERÊNCIAS GENERALIZADAS (SPG)
(Reg. (CE) do Conselho n.º 980/2005 de 27 de Junho de 2005, JO L 169 de
30.06.2005, p.1.)
Artigos 66.º a 97.ºw
Disposição de Aplicação do Código Aduaneiro Comunitário
JO L 307 de 18.11.2010
PAÍSES DOS BALCÃS
KOSOVO (XK)
Artigos 66.º e 98.º a 123.º
JO L 240 de 23.09.2000 e
JO L 312 de 29.11.2005
MOLDÁVIA (MD)
(Reg. nº 55/2008 de 21 de Janeiro de 2008, JO L 20 de 24.01.2008)
JO L 188 de 26.07.2000 e
JO L 134 de 29.05.2003
UCRÂNIA
Regulamento nº 374/2014 (JO L 118 de 22.04.2014) alterado pelo Regulamento nº
1150/2014 (JO L 313 de 31.10.2014)
Artigos 66º e 98º a 123º das Disposições de Aplicação do
Código Aduaneiro Comunitário
OUTROS ACORDOS REGRAS DE ORIGEM
CEUTA E MELILHA
(Protocolo n.º 2 do Acto de Adesão de Espanha)
Reg. (CE) do Conselho n.º 82/2001 de 5 de Dezembro de 2000
(JO L 20, 20.01.2001 e JO C 108 de 04.05.2002117
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Negociações em curso
• Grupos regionais – países ACP;
• Índia;
• Malásia;
• Singapura;
• Canadá;
• Mercosul;
• EUA;
• Vietname .
118
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CRITÉRIOS DE ORIGEM PREFERENCIAL
PRODUTOS INTEIRAMENTE OBTIDOS
Um único país envolvido:
Normalmente produtos naturais e produtos obtidos apartir destes.
119
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Produtos inteiramente obtidos
• Produtos minerais extraídos do respectivo solo ou dosrespectivos mares ou oceanos ;
• Produtos do reino vegetal aí colhidos;
• Animais vivos aí nascidos e criados;
• Produtos obtidos a partir de animais vivos;
• Produtos da caça e pesca aí praticadas (águasterritoriais ou condições navios e tripulação);
• Etc.
120
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Transformação suficiente
DOIS OU MAIS PAÍSES ENVOLVIDOS NA PRODUÇÃO DE UMA MERCADORIA
Transformação suficiente:
Nota: Estão definidas as Operações mínimas que nuncaconferem a origem.
121
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Operações Insuficientes
• Exemplos de operações mínimas:
– Passagem a ferro ou prensagem de têxteis;
– Aposição ou impressão nos produtos ou nasrespectivas embalagens de marcas, rótulos,logotipos e outros sinais distintivos similares;
– Simples reunião de partes de artigos para constituirum artigo completo ou desmontagem de produtosem partes.
122
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Transformação suficiente
Consiste no cumprimento das Regras de Lista queconstam em anexo aos Protocolos de Origem e em anexoàs DAC.
123
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ANEXO IILISTA DAS OPERAÇÕES DE COMPLEMENTO DE FABRICO OU DE TRANSFORMAÇÃO
A EFECTUAR EM MATÉRIAS NÃO ORIGINÁRIAS PARA QUE O PRODUTOTRANSFORMADO POSSA ADQUIRIR A QUALIDADE DE PRODUTO ORIGINÁRIO
Posição SH Designação das mercadorias Operação de complemento de fabrico ou transformação aplicável às matérias
não originárias que confere a qualidade de produto originário
(1) (2) (3) Ou (4)
capítulo 1 Animais vivos Todos os animais do capítulo 1 devem
ser inteiramente obtidos
capítulo 2 Carnes e miudezas, comestíveis
Fabricação na qual todas as matérias
dos capítulos 1 e 2 utilizadas são inteiramente obtidas
capítulo 3 Peixes e crustáceos, moluscos e outros
invertebrados aquáticos
Fabricação na qual todas as matérias do capítulo 3 utilizadas são inteiramente obtidas
124
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TRANSFORMAÇÃO SUFICIENTE
Os vários tipos de regras consistem essencialmente em:
• Mudança de posição pautal;
• Processo de fabrico específico;
• Valor Acrescentado.
125
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MUDANÇA DE POSIÇÃO PAUTAL
Comparação entre a classificação pautal (4dígitos) dasmatérias não originárias utilizadas no fabrico e aclassificação pautal do produto final.
126
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ANEXO IILISTA DAS OPERAÇÕES DE COMPLEMENTO DE FABRICO OU DE TRANSFORMAÇÃO
A EFECTUAR EM MATÉRIAS NÃO ORIGINÁRIAS PARA QUE O PRODUTOTRANSFORMADO POSSA ADQUIRIR A QUALIDADE DE PRODUTO ORIGINÁRIO
Posição SH Designação das mercadorias
Operação de complemento de fabrico ou transformação aplicável às matérias
não originárias que confere a qualidade de produto originário
(1) (2) (3) ou (4)
Capítulo 51 Lã, pelos de animais finos ou grosseiros; fios e tecidos de crina.
Fabrico a partir de matérias de qualquer posição, excepto a do produto.
127
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REGRAS DE ORIGEM
EXEMPLO DE MUDANÇA DE POSIÇÃO PAUTAL
Lã cardada ou penteada (51.05SH), feita em Portugal apartir de lã não cardada nem penteada (51.01SH)importada da Índia, é exportada para Marrocos;
O critério de origem para o 51.05 no Acordo CE/Marrocos(mudança de posição pautal) – cumprido.
128
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Processo de fabrico específico
• Enuncia determinadas operações ou etapas doprocesso de fabrico que têm que ser efectuadas nasmatérias não originárias utilizadas para que o produtoadquira origem.
129
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ANEXO 15LISTA DAS OPERAÇÕES DE COMPLEMENTO DE FABRICO OU DE TRANSFORMAÇÃO
A EFECTUAR EM MATÉRIAS NÃO ORIGINÁRIAS PARA QUE O PRODUTOTRANSFORMADO POSSA ADQUIRIR A QUALIDADE DE PRODUTO ORIGINÁRIO
Posição SH Designação das mercadorias
Operação de complemento de fabrico ou transformação aplicável às matérias
não originárias que confere a qualidade de produto originário
(1) (2) (3) ou (4)
Capítulo 62 Vestuário e seus acessórios, excepto de malha.
Fabricação a partir de fios.
130
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REGRAS DE ORIGEM
EXEMPLO DE UM PROCESSO DE FABRICO ESPECÍFICO
Blusões de uso masculino (62.01SH) feitos na Comunidadea partir de fios de algodão importados da Índia:
Tecelagem feita na Alemanha e confecção feita emPortugal;
Blusões são enviados para França que os exporta para aMarrocos – origem Comunidade.
Critério de origem para o 62.01 no Acordo CE/Marrocos:“fabrico a partir de fios” – cumprido.
131
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Valor Acrescentado
• Traduz uma percentagem do “preço à saída dafábrica” de um produto que não pode serultrapassada pelo valor das matérias não origináriasusadas no seu fabrico.
132
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ANEXO IILISTA DAS OPERAÇÕES DE COMPLEMENTO DE FABRICO OU DE TRANSFORMAÇÃO
A EFECTUAR EM MATÉRIAS NÃO ORIGINÁRIAS PARA QUE O PRODUTOTRANSFORMADO POSSA ADQUIRIR A QUALIDADE DE PRODUTO ORIGINÁRIO
Posição SH Designação das mercadorias
Operação de complemento de fabrico ou transformação aplicável às matérias
não originárias que confere a qualidade de produto originário
(1) (2) (3) ou (4)
6213 e 6214 Lenços de assoar e de bolso, xales, écharpes, lenços de pescoço, cachenés, cachecóis, mantilhas, véus e artefactos semelhantes: – Bordados.
Fabrico a partir de fios simples crus ou
Fabrico a partir de tecidos não bordados cujo valor não exceda 40 % do preço à saída da fábrica do produto.
133
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REGRAS DE ORIGEM
EXEMPLO DE VALOR ACRESCENTADO
Lenços bordados (62.13) feitos na Comunidade a partir detecidos não bordados importados do Paquistão:
Tecido do Paquistão - 400 EurosProcesso de fabrico na UE - 600 EurosPreço à saída da fábrica dos lenços - 1000 Euros
Origem Comunidade:O valor das matérias não originárias usadas nãoultrapassa os 40% estabelecidos.
134
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REGRAS DE ORIGEM
POR VEZES EXISTE UMA COMBINAÇÃO DOS DIFERENTES CRITÉRIOS OU
ESTABELECEM-SE CRITÉRIOS ALTERNATIVOS (coluna 4 das regras de lista)
135
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
ANEXO 15LISTA DAS OPERAÇÕES DE COMPLEMENTO DE FABRICO OU DE TRANSFORMAÇÃO
A EFECTUAR EM MATÉRIAS NÃO ORIGINÁRIAS PARA QUE O PRODUTOTRANSFORMADO POSSA ADQUIRIR A QUALIDADE DE PRODUTO ORIGINÁRIO
Posição SH Designação das mercadorias
Operação de complemento de fabrico ou transformação aplicável às matérias
não originárias que confere a qualidade de produto originário
(1) (2) (3) ou (4)
8418 Refrigeradores, congeladores (freezers)
e outro material, máquinas e aparelhos
para a produção de frio, com equipamento
eléctrico ou outro; bombas de
calor, excluídas as máquinas e aparelhos
de ar condicionado da posição
8415
Fabrico: – a partir de matérias de qualquer posição, excepto a do produto, – na qual o valor de todas as matérias utilizadas não exceda 40 % do preço à saída da fábrica do produto, e – na qual o valor de todas as matérias não originárias utilizadas não exceda o valor de todas as matérias originárias utilizadas
Fabricação na qual o valor de todas
as matérias utilizadas não exceda
25% do preço à saída da fábrica do
produto
136
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Provas de Origem
• Certificado Circulação de Mercadorias EUR 1 e EUR-MED;
• Declaração de origem na factura para remessas cujovalor não exceda certo montante (6.000 Euros), ouquando efectuada por exportadores autorizados;
• Certificados de origem Form. A.
137
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cooperação Administrativa
• Comunicação de carimbos e endereços;
• Controlo a posteriori de provas de origem:
- amostragem;
- dúvidas fundadas.
138
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Controlo por amostragem
• Carácter aleatório;
• Não implica prestação de garantia;
• Selecção pode resultar de análise de perfis de risco.
139
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Controlo por dúvida fundada
• Quando existam sérias dúvidas quanto àautenticidade ou regularidade do documento ouquanto à origem dos produtos que possamdenunciar intenção ou actuação fraudulenta por partedo exportador.
• Implica a prestação de garantia.
140
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Declarações de origem na factura
• Efectuadas por qualquer exportador para mercadoriascujo valor não ultrapasse 6.000 Euros;
• Efectuadas por exportador autorizado paramercadorias acima desse valor.
141
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Exportador autorizado
Estatuto concedido pelas autoridades aduaneiras apedido de um exportador que:
• Ofereça garantias às autoridades de que a origemdos produtos possa ser controlada;
• Cumpra os requisitos do Protocolo de Origem.
142
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Base legal
• Artigos 189.º a 242.º do Regulamento (CEE) n.º2913/92 do Conselho de 12/10/92, que estabelece oCódigo Aduaneiro Comunitário (CAC);
• Artigos 857.º a 912.º do Regulamento (CEE) n.º2454/93 da Comissão de 2/7/93, que estabelece asDisposições de Aplicação do Código AduaneiroComunitário (DACAC).
144
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Programa
• Noção de dívida aduaneira.• Principais factos constitutivos da dívida aduaneira na
importação.• Cobrança do montante da dívida aduaneira.• Meios de reação.• Extinção da dívida aduaneira.• Recursos Próprios da União e Responsabilidade
Financeira dos Estados-membros.
145
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Noção de Dívida Aduaneira
• É a obrigação de uma pessoa pagar os direitos (deimportação ou de exportação) que se aplicam a umadeterminada mercadoria ao abrigo das disposições daUnião em vigor (n.º 9 do artigo 4.º do CAC).
[Atualmente não são cobrados direitos de exportação]
146
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Outros impostos
Os outros impostos cobrados pelos serviços aduaneirosna importação, seguem a legislação da União aplicável aosdireitos aduaneiros, quer estes sejam ou não devidos (artigo101.º da Reforma Aduaneira).
Exemplo: Quando por força de uma importação for devidoimposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas (IABA)atende-se, por exemplo, às regras do CAC relativas àcobrança a posteriori.
Cobrança do montante da dívida aduaneira
147
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Principais factos constitutivos da Dívida Aduaneira na importação
Artigo 201.º do CAC
A introdução em livre prática de uma mercadoria sujeitaa direitos de importação.
Exemplo: Situação comum de importação definitiva demercadorias no território aduaneiro da União.
148
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Artigo 201.º do CAC
A sujeição de uma mercadoria a um regime de importaçãotemporária com isenção parcial dos direitos deimportação.
Exemplo: Importação de uma máquina para ser utilizadanuma obra pública, num determinado período.
Principais factos constitutivos da Dívida Aduaneira na importação
149
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Artigo 202.º do CAC
A introdução irregular no território aduaneiro da União deuma mercadoria sujeita a direitos de importação.
[Entende-se por introdução irregular a introdução demercadorias no território aduaneiro da União com violaçãode normas relativas à sua condução e apresentação àalfândega].
Exemplo: Situação de importação em que são declaradoscomputadores, havendo contudo dissimulado no meio detransporte remessas de tabaco (não declaradas).
Principais factos constitutivos da Dívida Aduaneira na importação
150
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Artigo 203.º do CAC
• A subtracção à fiscalização aduaneira de umamercadoria sujeita a direitos de importação.
[Segundo o TJUE, entende-se por subtração qualquer ato ouomissão que tenha por resultado impedir a fiscalizaçãoaduaneira].
Exemplo: Situação em que a mercadoria é furtada durante otransporte ao abrigo do regime de trânsito externo.
Principais factos constitutivos da Dívida Aduaneira na importação
151
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Artigo 204.º do CAC
• O incumprimento de uma das obrigações que, parauma mercadoria sujeita a direitos de importação,derivam da sua permanência em depósito temporário ouda utilização do regime aduaneiro ao qual foi submetida.
Exemplo: A manipulação de uma mercadoria colocada emdepósito temporário que modifique as suas característicastécnicas.
Principais factos constitutivos da Dívida Aduaneira na importação
152
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Para cada um dos factos constitutivos da dívida aduaneirana importação, o artigo correspondente do CAC identificaquer o momento em que essa dívida se constitui, quer o(s)devedor(es).
Quando existirem vários devedores, todos ficamobrigados ao pagamento da dívida aduaneira a títulosolidário (artigo 213.º do CAC).
Principais factos constitutivos da Dívida Aduaneira na importação
153
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cobrança do montante da dívida aduaneira
Artigo 215.º n.º 3 e 217.º, n.º 1 do CAC
Competência para a cobrança
São competentes para a cobrança as autoridadesaduaneiras do Estado-membro onde a dívida aduaneirafoi constituída ou se presume ter sido constituída.
154
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cobrança do montante da dívida aduaneira
Artigo 217.º, n.º 1 do CAC
Momento do cálculo do montante de direitos
As autoridades aduaneiras competentes devem procederao cálculo do montante de direitos logo que disponhamdos elementos necessários para esse efeito.
155
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cobrança do montante da dívida aduaneira
Artigo 214.º, n.º 1 do CAC
Elementos para o cálculo do montante de direitos
O cálculo do montante de direitos deve, em regra, ter porbase os elementos de tributação em vigor no momentoda constituição da dívida, tais como:
– Classificação pautal;– Origem;– Valor aduaneiro;– Taxa de direitos.
156
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cobrança do montante da dívida aduaneira
Registo de liquidação
O montante de direitos calculado deve ser objeto de registode liquidação, i.e., de uma inscrição nos registoscontabilísticos aduaneiros, nos prazos fixados na Lei.
157
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cobrança do montante da dívida aduaneira
Artigo 217.º do CAC
Registo de liquidação (inicial)
• Efetua-se, designadamente, aquando da introdução em livreprática de uma mercadoria ou na sequência de uma açãoinspetiva que detete uma situação de introdução irregular.
• Casos em que não se efetua: nas situações previstas nos2.º e 3.º parágrafos do n.º 1 do artigo 217.º do CAC.
158
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cobrança do montante da dívida aduaneira
Registo de liquidação (a posteriori) - Artigo 220.º do CAC
• Efectua-se, designadamente, na sequência de uma açãoinspectiva que detecte que o registo de liquidação inicialfoi efectuado num montante de direitos inferior aomontante legalmente devido.
Exemplo: Numa acção inspectiva conclui-se que a correctaclassificação pautal da mercadoria é diferente da declaradadeterminando a aplicação de uma taxa de direitos superior.
• Casos em que não se efetua: nas situações previstas nos 2.º e3.º parágrafos do n.º 1 do artigo 217.º do CAC, e nas alíneas a)a c) n.º 2 do artigo 220.º do CAC.
159
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cobrança do montante da dívida aduaneira
Artigo 221.º n.º 1 do CAC
Notificação da dívida aduaneira
O montante dos direitos deve ser notificado ao devedorlogo que o respetivo registo de liquidação seja efetuado.
A notificação efetua-se de acordo com o procedimentotributário nacional (Código de Procedimento e de ProcessoTributário - CPPT).
160
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cobrança do montante da dívida aduaneira
Artigo 221.º, n.ºs 3 e 4 do CAC
Prazo de caducidade
A notificação deve ser efetuada no prazo de 3 anos a contarda data da constituição da dívida, ou no caso de um atopassível de procedimento judicial repressivo (prática de umcrime), no prazo de 8 anos a contar da mesma data (artigo99.º da Reforma Aduaneira).
161
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Cobrança do montante da dívida aduaneira
Artigos 222.º a 232.º do CAC
Pagamento do montante de direitos
Prazo:
Em regra, 10 dias a contar da data da notificação.
Incumprimento do prazo:
Extração de certidão de dívida e instauração de processode execução fiscal, de acordo com o procedimentotributário nacional (CPPT).
162
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Meios de reação
Perante a notificação de uma dívida, o interessado podeusar os meios de reação previstos:
• No CAC
- Pedido de reembolso e de dispensa de pagamento de direitos (artigos 235.º a 242.º).
• No CPPT
- Reclamação graciosa (artigos 68.º e ss).
- Reclamação graciosa necessária (artigos 77.º-A e 77.º-B).
- Impugnação judicial (artigo 99.º e ss).
163
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Meios de reação
Artigo 235.º do CAC
Reembolso e dispensa de pagamento dos direitos
Reembolso – Restituição, total ou parcial, dos direitosque tenham sido pagos.
Dispensa de pagamento – Não cobrança, total ouparcial, dos direitos que não tenham sido pagos.
164
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Fundamentos do reembolso/dispensa de pagamento
Artigo 236.º do CAC
•Montante de direitos não legalmente devido, ou
•Montante de direitos registado contrariamente aodisposto no n.º 2 do artigo 220.º do CAC.
Prazo para apresentação do pedido:
•3 anos a contar da data da notificação da dívida.
(Pode haver reembolso/dispensa a título oficioso).
Meios de reação
165
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Fundamentos do reembolso/dispensa de pagamento
Artigo 237.º do CAC
•Anulação da declaração aduaneira.
[Pressupõe que os direitos tenham sido pagos, logo nãohá dispensa de pagamento com este fundamento].
Prazo para apresentação do pedido :
•Os previstos para a apresentação do pedido deanulação da declaração aduaneira.
Meios de reação
166
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Fundamentos do reembolso/dispensa de pagamento
Artigo 238.º do CAC
•Mercadorias recusadas pelo importador por seremdefeituosas ou não estarem conformes às estipulações docontrato.
Prazo para apresentação do pedido :
•12 meses a contar da data da notificação da dívida.
Meios de reação
167
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Fundamentos do reembolso/dispensa de pagamento
Artigo 239.º do CAC
•Situações especiais decorrentes de circunstâncias quenão envolvam qualquer artifício ou negligência manifestapor parte do interessado.
Prazo para apresentação do pedido :
•12 meses a contar da data da notificação da dívida.
Meios de reação
168
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Artigos 77.º - A e 77.º - B do CPPT
Reclamação graciosa em matéria de classificação pautal, origem ou valor aduaneiro das mercadorias
(Reclamação graciosa necessária)
Tem por objeto o ato de liquidação.
•Fundamentos:Classificação Pautal,Origem,Valor aduaneiro.
•Natureza – Necessária, pois a impugnação judicial daliquidação depende de prévia reclamação (artigo 133.º - A).
Meios de reação
169
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Extinção da dívida aduaneira
Artigo 233.º do CACA dívida aduaneira extingue-se, designadamente:
• Por caducidade;
• Pelo pagamento do montante dos direitos;
• Pela dispensa de pagamento;
• Pela anulação da declaração aduaneira.
170
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Recursos Próprios da União e Responsabilidade Financeira dos
Estados-membros
171
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Recursos Próprios da União eResponsabilidade Financeira dos Estados-membros
O Orçamento geral da União é financiado pelos recursospróprios previstos na Decisão do Conselho2007/436/CE, EURATOM.
Constituem recursos próprios as receitas provenientes,designadamente, dos direitos previstos na pautaaduaneira comum.
172
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Recursos Próprios da União eResponsabilidade Financeira dos Estados-membros
Cabe aos Estados-membros efetuar o apuramento ecobrança dos recursos próprios e proceder à colocaçãoà disposição da Comissão Europeia dos respetivosmontantes.
A colocação à disposição efetua-se mediante creditaçãonuma conta aberta em nome da Comissão junto doTesouro de cada Estado-membro (em Portugal, DGO), nosprazos legalmente fixados.
173
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Recursos Próprios da União eResponsabilidade Financeira dos Estados-membros
Controlo dos recursos próprios
• O apuramento, a cobrança e a colocação à disposição dosrecursos próprios são sujeitos a controlo por parte:
- Dos próprios Estados-membros (Auditoria Interna e IGF);
- Da Comissão Europeia e do Tribunal de Contas Europeu.
• Nesses controlos podem ser detetadas situações que dãoorigem a responsabilidade financeira.
Sobre a colocação à disposição e o controlo dos recursos próprios, vd.Regulamento (CE, EURATOM), n.º 1150/2000, do Conselho, de 22/05/2000.
174
DSTADireção de Serviços de Tributação Aduaneira
Recursos Próprios da União eResponsabilidade Financeira dos Estados-membros
Responsabilidade financeira
Decorre de erros administrativos ou da falta dediligência das autoridades dos Estados-membros quetenham como consequência a não cobrança dos recursospróprios.
Exemplos:• Concessão de uma autorização para o regime de importação
temporária com isenção total de direitos sem que estivessemreunidas as condições legais para o efeito;
• A não notificação da dívida aduaneira dentro do prazo decaducidade devido à falta de diligência das autoridades.
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Recursos Próprios da União eResponsabilidade Financeira dos Estados-membros
Consequências da responsabilidade financeira
Uma vez determinada a responsabilidade financeira doEstado-membro num caso concreto, aquele fica obrigado:
• À colocação à disposição da Comissão dos recursospróprios em causa;
• Ao pagamento de juros de mora à Comissão sempre quenão forem cumpridos os prazos legais de colocação àdisposição.
Tais montantes serão suportados pelo orçamento nacional.
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Muito obrigado pela
vossa atenção.
Ireneia Solange Romão Pereira
Sílvia Alexandra Ferreira Lopes
Cláudia Sofia Martins Marques Antunes Gata
Pedro Miguel Arsénio Lino da Rocha
Marco António Costa Macedo
Paulo Jorge da Cunha Almeida
Anabela Carvalho
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