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Abril de 2010 1MARCÍLIO MARQUES MOREIRA: AS REFORMAS SÃO IMPOSTERGÁVEIS

Os benefícios da educação

tributária

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Acre – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doEstado do Acre – FEDERACREPresidente: George Teixeira PinheiroAvenida Ceará, 2351 Bairro: CentroCidade: Rio Branco CEP: 69909-460

Alagoas – Federação das Associações Comerciais do Estado deAlagoas – FEDERALAGOASPresidente: José Geminiano Acioli JuremaRua Sá e Albuquerque, 467 Bairro: Jaraguá Cidade: Maceió CEP: 57.025-901

Amapá – Associação Comercial e Industrial do Amapá – ACIAPresidente: Gilberto LaurindoRua General Rondon, 1385 Bairro: CentroCidade: Macapá CEP: 68.900-182

Amazonas – Federação das Associações Comerciais e Empresariaisdo Amazonas – FACEAPresidente: Valdemar PinheiroRua Guilherme Moreira, 281Bairro: Centro Cidade: Manaus CEP: 69.005-300

Bahia – Federação das Associações Comerciais do Estado daBahia – FACEBPresidente: Clóves Lopes CedrazRua Conselheiro Dantas, 5. Edifício Pernambuco, 9° andar Bairro: Comércio Cidade: Salvador CEP: 40.015-070

Ceará – Federação das Associações Comerciais do Ceará – FACCPresidente: João Porto GuimarãesRua Doutor João Moreira, 207 Bairro: CentroCidade: Fortaleza CEP: 60.030-000

Distrito Federal – Federação das Associações Comerciais eIndustriais do Distrito Federal e Entorno – FACIDFPresidente: José Sobrinho BarrosSCS Quadra 02 - Edifício Palácio do Comércio - 1º andarBairro: Setor Comercial Sul Cidade: Brasília CEP: 70.318-900

Espírito Santo – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Espírito Santo – FACIAPESPresidente: Arthur AvellarRua Henrique Rosetti, 140 - Bairro Bento Ferreira Vitória ES - CEP 29.050-700

Goiás – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás – FACIEGPresidente: Deocleciano Moreira AlvesRua 143 - A - Esquina com rua 148,Quadra 66 Lote 01 Bairro: Setor Marista Cidade: Goiânia CEP: 74.170-110

Maranhão – Federação das Associações Empresariais doMaranhão – FAEMPresidente: Júlio César Teixeira NoronhaAv. Ana Jansen, 2 - QD 19 - SL 801Ed. Mendes Frota - Bairro: São Francisco Cidade: São Luis CEP: 65.076-730

Mato Grosso – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais do Estado do Mato Grosso – FACMATPresidente: Pedro NadafRua Galdino Pimentel, 14 - Edifício Palácio do Comércio2º Sobreloja – Bairro: Centro Norte Cidade: Cuiabá CEP: 78.005-020

Mato Grosso do Sul – Federação das Associações Empresariais doMato Grosso do Sul – FAEMSPresidente: Leocir Paulo MontagnaRua Quinze de Novembro, 390Bairro: Centro Cidade: Campo Grande CEP: 79.002-917

Minas Gerais – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais – FEDERAMINASPresidente: Wander Luís SilvaAvenida Afonso Pena, 726, 15º andarBairro: Centro Cidade: Belo Horizonte CEP: 30.130-002

Pará – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doPará – FACIAPAPresidente: Reginaldo FerreiraAvenida Presidente Vargas, 158 - 5º andarBairro: Campina Cidade: Belém CEP: 66.010-000

Paraíba – Federação das Associações Comerciais e Empresariais daParaíba – FACEPBPresidente: Alexandre José Beltrão MouraAvenida Marechal Floriano Peixoto, 715, 3º andarBairro: Bodocongo Cidade: Campina Grande CEP: 58.100-001

Paraná – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doParaná – FACIAPPresidente: Rainer ZielaskoRua: Heitor Stockler de Franca, 356Bairro: Centro Cidade: Curitiba CEP: 80.030-030

Pernambuco – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais de Pernambuco – FACEPPresidente: Djalma Farias Cintra JuniorRua do Bom Jesus, 215 – 1º andarBairro: Recife Cidade: Recife CEP: 50.030-170

Piauí – Associação Comercial Piauiense - ACPPresidente: José Elias TajraRua Senador Teodoro Pacheco, 988, sala 207.Ed. Palácio do Comércio 2º andar - Bairro: CentroCidade: Teresina CEP: 64.001-060

Rio de Janeiro – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro – FACERJPresidente: Jésus Mendes CostaRua do Ouvidor, 63, 6º andar - Bairro: CentroCidade: Rio de Janeiro CEP: 20.040-030

Rio Grande do Norte – Federação das Associações Comerciais do RioGrande do Norte – FACERNPresidente: Sérgio Roberto de Medeiros FreireAvenida Duque de Caxias, 191 Bairro: Ribeira Cidade: Natal CEP: 59.012-200

Rio Grande do Sul – Federação das Associações Comerciais e deServiços do Rio Grande do Sul - FEDERASULPresidente: José Paulo Dornelles CairoliRua Largo Visconde do Cairu, 17, 6º andarPalácio do Comércio - Bairro: Centro Cidade: Porto Alegre CEP: 90.030-110

Rondônia – Federação das Associações Comerciaise Industriais do Estado de Rondônia – FACERPresidente: Ednei Pereira dos SantosRua Dom Pedro II, 637 – Bairro: CaiariCidade: Porto Velho CEP: 76.801-151

Roraima – Federação das Associações Comerciais e Industriais deRoraima – FACIRPresidente: Jadir Correa da CostaAvenida Jaime Brasil, 223, 1º andarBairro: Centro Cidade: Boa Vista CEP: 69.301-350

Santa Catarina – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISCPresidente: Alaor Francisco TissotRua Crispim Mira, 319 - Bairro: Centro Cidade: Florianópolis - CEP: 88.020-540

São Paulo – Federação das Associações Comerciais do Estado deSão Paulo – FACESPPresidente: Alencar BurtiRua Boa Vista, 63, 3º andar Bairro: Centro Cidade: São Paulo CEP: 01.014-001

Sergipe – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Estado de Sergipe – FACIASEPresidente: Sadi Paulo Castiel GitzRua Jose do Prado Franco, 557 Bairro: CentroCidade: Aracaju CEP: 49.010-110

Tocantins – Federação das Associações Comerciais e Industriaisdo Estado de Tocantins – FACIETPresidente: Jarbas Luís Meurer103 Norte Av. LO 2 - 01 - Conj. Lote 22 Prédio da ACIPA -Bairro: Centro Cidade: Palmas CEP: 77.001-022

• O conteúdo desta publicação representa o melhor esforço da CACB no sentido de informar aos seus associados sobre suas atividades, bem como fornecer informações relativas a assuntos de interesse do empresariado brasileiro em geral. Contudo, em decorrência da grande dinâmica das informações, bem como sua origem diversifi cada, a CACB não assume qualquer tipo de responsabilidade relativa às informações aqui divulgadas. Os textos assinados publicados são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

DIRETORIA DA CACBBIÊNIO 2009/2011

PRESIDENTEJosé Paulo Dornelles Cairoli - RS

1º VICE-PRESIDENTESérgio Papini de Mendonça Uchoa - AL

VICE-PRESIDENTESArdisson Naim Akel - PRArthur Avellar - ESFernando Pedro de Brites - DFJosé Geminiano Acioli Jurema - ALJosé Sobrinho Barros - DFLeocir Paulo Montagna - MSLuiz Carlos Furtado Neves - SCSadi Paulo Castiel Gitz - SEWander Luis Silva - MG

VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS INTERNACIONAISJoão José de Carvalho Sá - BA

VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOSDeocleciano Moreira Alves - GO

DIRETOR-SECRETÁRIOJarbas Luis Meurer - TO

DIRETOR-FINANCEIROGeorge Teixeira Pinheiro - AC

CONSELHO FISCAL TITULARESJadir Correa da Costa - RRPaulo Sérgio Ribeiro - MTSergio Roberto de Medeiros Freire - RN

CONSELHO FISCAL SUPLENTESAltair Correia Vieira - PAGilberto Laurindo - APRonaldo Silva Resende - RN

COORDENADOR DO PROJETO DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL Ardisson Naim Akel - PR

CONSELHO NACIONAL DA MULHER EMPRESÁRIAMaria Salette Rodrigues de Melo - PR

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO JOVEM EMPRESÁRIOEduardo Machado

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO SOCIALNeusa Galli Fróesfróes, berlato associadas

EQUIPE DE COMUNICAÇÃO SOCIALOlívia Bertolini Thais Margalho

COORDENADOR DO EMPREENDERCarlos Alberto Rezende

COORDENADOR NACIONAL DA CBMAEValério Figueiredo

COORDENADOR DO PROGERECSLuiz Antonio Bortolin

SCS Quadra 3 Bloco ALote 126Edifício CACB61 3321-131161 3224-003470.313-916 Brasília - DF

Site: www.cacb.org.br

Federações CACB

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Dezembro de 2010 3

Mãos à obra

PALAVRA DO PRESIDENTE José Paulo Dornelles Cairoli

José Paulo Dornelles Cairoli, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasile da Federasul

Inquestionável é a palavra que pode ser usada para dizer

que o Brasil vive uma grande fase, fruto de decisões e de

circunstâncias. Para muitos brasileiros o ano que passou já

entrou para a História a partir do ritmo de crescimento do

nosso país – considerado inédito nas últimas três décadas. Daqui

para a frente só se percebe otimismo para com as perspectivas

frente ao potencial de nosso mercado e pelas oportunidades que

se abrem diante de nós. No entanto, ainda que o cenário aponte

para a prosperidade e o crescimento, cabe a pergunta: até quando

vai durar?

Não há dúvidas de que tudo depende da coragem e determi-

nação para fazer as mudanças inadiáveis e indispensáveis que vão

assegurar a competitividade do país em relação ao resto do mundo.

Depois de conquistar a estabilidade e reduzir as desigualdades sociais,

o Brasil aguarda por um salto que dará às suas empresas o start para

a competição global, em condições de igualdade com seus rivais.

Merecemos este salto, que deve começar com o alívio de retirar

das costas dos brasileiros o enorme peso da inefi ciência estatal. A

partir daí, teremos alguma chance diante de concorrentes cada vez

mais agressivos e poderosos. A segunda década do século 21 co-

meça veloz no crescimento nos colocando numa situação também

de rapidez, pois precisamos aprender a acompanhar, como pessoas,

como empresários, como nação, como andar neste ritmo.

A seta de mudanças nos traz a chance de, mais uma vez, amadu-

recer e crescer dentro de um contexto com sólidas bases e inteira-

mente novo num Brasil menos desigual e andando na velocidade do

som, nunca esquecendo que, no momento em que o ciclo político

se renova, o desafi o mais urgente será o de aumentar a competitivi-

dade da economia. Portanto, mãos à obra.

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3 PALAVRA DO PRESIDENTEO ano de 2010 entrou para a História com um ritmo de crescimento inédito nas últimas três décadas. Ainda que o cenário seja positivo, cabe a pergunta: até quando vai durar?

5 PELO BRASIL Lançada pela Associação Comercial de Bento do Sul, a nova edição do Perfi l Socioeconômico mostra que a economia local está em pleno processo de diversifi cação.

8 CAPADada a falta de costume no país de exigir nota fi scal nas compras, são cada vez mais comuns as campanhas com o objetivo de conscientizar o consumidor.

14 CASE DE SUCESSO Com apenas 23 mil habitantes, Santa Rosa do Viterbo, a 60 quilômetros de Ribeirão Preto (SP), ganha destaque nacional com o projeto Município Verde Azul do governo do estado de São Paulo.

16 NEGÓCIOSA formalização da Porto Alegre Health Care Cluster inclui a capital gaúcha no mercado do turismo médico mundial, que cresce 30% ao ano e movimenta cerca de US$ 40 bilhões.

17 CONJUNTURAPara o ex-ministro Marcílio Marques Moreira, as reformas são impostergáveis.

20 DESTAQUE CACB O governador da Bahia, Wagner Jacques, confi rmou presença na solenidade de abertura do 21º Congresso da CACB, marcado para os dias 10 e 11 de agosto, em Salvador.

22 DESTAQUE FEDERAÇÕESA Associação Comercial do Rio de Janeiro começa o ano do seu 191º aniversário com estrutura física ampliada e um novo Conselho: de Esportes.

24 AGENDARepresentantes da CACB e da Câmara de Essen, da Alemanha, visitarão cidades brasileiras, dentro da programação do Capacitar Nordeste.

26 DESTAQUE CBMAETribunal de Justiça e Procon de São Paulo fecham parceria para auxiliar consumidores superendividados.

28 TENDÊNCIASCursos de bacharelado em gastronomia ensinam até mesmo a empreender no ramo de restaurantes.

30 BIBLIOCANTOBiografi a do ex-ministro Maílson da Nóbrega mostra ascensãode menino pobre do interior da Paraíba.

31 ARTIGOO economista André Azevedo avalia os desafi os da política monetária nacional.

ÍNDICE

EXPE

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NT

E Coordenação Editorial: Neusa Galli Fróesfróes, berlato associadas escritório de comunicação Edição: Milton Wells - [email protected] gráfi co: Vinícius KraskinDiagramação: Kraskin ComunicaçãoFoto da capa: Banco de imagens fotolia.com/Flashon StudioRevisão: Flávio Dotti CesaColaboradores: Karen Horn, Neusa Galli Fróes, Olivia Bertolini, Thais MargalhoExecução: Editora Matita Perê Ltda.Comercialização: Fone: 51.3392.7932Avenida Chicago, 92. CEP: 90240-010 - Porto Alegre-RS

14 CASE DE SUCESSO

28 TENDÊNCIAS

8 CAPA

SUPLEMENTO ESPECIAL

Varejo comemora 2010 como o melhor ano da década

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PELO BRASIL

Associação de São Bento do Sul lança perfi l socioeconômico“A economia está iniciando o

processo de diversifi cação, e ao mesmo tempo, se consolidando em São Bento do Sul. Precisamos ser positi-vos, pois estamos retomando a linha de crescimento.” Esta foi uma das consta-tações de Adelino Denk, presidente da Associação Comercial de Bento do Sul (Acibs), durante a apresentação da nona edição do Perfi l Socioeconômico, de dezembro. O encontro contou com a presença de associados e representan-tes da Prefeitura e Univille. O evento foi seguido por uma palestra oferecida pela Fundação Dom Cabral e Fritz Müller.

Adelino reforçou que o objetivo do Perfi l é consolidar o valor estratégico de informações para a tomada de investi-mentos empresariais, seja consumo, co-mércio e distribuição. O foco é facilitar o planejamento de políticas governamen-tais e se tornar um banco de dados para orientação de estudos.

Em relação ao número de empresas, o município conta com um crescimento desde 2006, nos setores de comércio,

indústria, prestação de serviços e autô-nomos. A forte queda se refl ete no se-tor de exportação, que desde 2006 está abaixo do desejado, puxado também pela crise econômica. Um dado positivo é a inversão em 2009, do Produto In-terno Bruto (PIB). O município registrou um crescimento de 13,7%. O último crescimento signifi cativo foi registrado em 2005.

A indústria de madeira e móveis,

mecânico metal, comércio, produtos plásticos e têxteis estão na lista dos res-ponsáveis pelo crescimento do PIB em 2009. Os indicadores apontaram au-mento nos setores, principalmente o de plástico com 29,6%, comércio, 12,5%, e mecânico metal, com 74,9%.

Adelino agradeceu a parceria com as empresas, instituições públicas, Pre-feitura, Univille e a Imprensa, que foram essenciais para mais uma publicação.

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Publicação será usada como banco de dados para estudos e novos negócios

Uma parceria para revitalizar o centro de Curitiba

A Associação Comercial do Paraná (ACP) participou, em Curitiba, da apresen-tação do Corredor Cultural da Universidade Federal do Paraná. A associação é parceira no projeto que visa a revitalizar o centro da capi-tal curitibana. O presidente da entidade, Ed-son Ramon, afi rmou ter saído gratifi cado do encontro, que contou com a presença do

presidente do Instituto de Pesquisa e Planeja-mento Urbano de Curitiba, Clever Almeida.

Ramon desde o início de seu trabalho na ACP, ainda como vice-presidente da entidade, há dois anos e meio, é um de-fensor de um maior número de atrações para que o Centro seja de fato revigorado.

Fonte: Imprensa CACB/ Imprensa ACP Edson Ramon (D) e Zaki Akel da UFPR

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PELO BRASIL

Empreender Competitivo visita núcleos do Paraná

Jovens Empresários de Blumenau registram legado

Entre os dias 17 e 21 de janeiro, os consultores do Empreender estiveram visitando o Paraná para a realização do acompanhamento dos projeto do Em-preender Competitivo. Serão avaliados os documentos relativos à execução física e fi nanceira dos projetos.

O objetivo da visita é avaliar o desen-volvimento de cada projetos, segundo o plano de trabalho proposto, prestando o devido suporte para que as metas possam ser cumpridas e os resultados sejam positi-vos para as associações e para as empresas.

A avaliação será feita a partir de análise documental, reuniões com gestores, em-presários dos núcleos setoriais e represen-tantes das entidades executoras. Estas reu-niões terão na pauta a Reunião com gestor – avaliação das atividades, prazos e metas

estabelecidas, bem como das formas de contratação e documentação; considera-ções sobre a efetividade das ações; obje-tivos do núcleo setorial, nível de esforço empreendido pelos empresários; imagem das entidades envolvidas; parcerias; e rela-ções entre ACEs e associados.

Nesta missão, serão contempladas as cidades de Foz do Iguaçu (17/1), pe-los núcleos de Comunicação, Livrarias e Mulher empresária; Toledo (18/1), pelo núcleo de Gastronomia, Cascavel (19/1) pelo núcleo de Marmorarias, Maringá (20/1), pelos núcleos de Restaurantes e Máquinas de costura, e Curitiba (20/1), para visita à coordenação da Federação das Associações Comerciais e Empresa-riais do Paraná (Faciap).

Fonte: Imprensa CACB

CACB acompanha projeto do núcleo de Gastronomia de Toledo.

Para comemorar os dez anos de história, o braço jovem da Associação Comercial e Empresarial de Blume-nau (Acib), em parceria com a Mundi Editora, lançou o livro “Primeiros pas-sos de uma história - 10 anos da Acib Jovem”. A obra retrata a importância do Núcleo para o empresariado blu-menauense, falando sobre os jovens empreendedores que passaram pelo grupo desde a sua fundação até os membros atuais.

O livro, organizado pelo assessor de imprensa da Mundi, Iuri Kindler, conta com depoimentos de autorida-des públicas e de grupos empresariais como Cejesc, Conaje e Facisc. Traz também um resgate fotográfi co de eventos promovidos pela Acib Jovem e os 9 anos do Prêmio Gustav Salinger.

De acordo com o coordenador da Acib Jovem, George Matias de Oli-veira, a década de trabalho foi marcada por importantes ações, como Feirão do Imposto, presença em congressos e eventos, troca de experiências e aprendizado. “O livro vai servir como instrumento para os jovens empreen-dedores se basearem nessas ações e planejarem as futuras”, destaca.

Fonte: Imprensa CACB/ Conaje

Entidade de Goiás recebe casa novaO início do ano marca uma nova fase da Associação Comercial, Industrial e de

Serviços do Estado de Goiás (Acieg). A entidade recebeu, no gabinete do prefeito Paulo Garcia, a posse do terreno para construção de sua nova sede. Aprovado com unanimidade pela Câmara, o espaço doado fi ca ao lado do Paço Municipal, no Parque Lozandes. O projeto de construção da nova sede ainda não está fi nalizado, mas as obras começarão ainda em 2011.

Ronaldo Júnior, da Acib, recebeu exemplar de Niclas Mundi

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Associação Comercial da Bahia – 200 anos

Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Expor-tadoras (Ceciex) realizou na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) o seminário Exportações indi-retas das micro e pequenas empresas via empresas comerciais exportado-ras – Possibilidades de ampliação dos negócios. Nele, representantes do setor apresentaram a integrantes do governo federal propostas para a re-gulamentação do setor. Para Roberto Ticoulat, coordenador do Ceciex, o encontro foi praticamente o marco regulatório do segmento. Esse incen-tivo também permitirá aumentar a base de exportações do país, segun-do afi rmou Mauricio Manfre, gestor de projetos da Apex.Fonte: Diário do Comércio /ACE Guarulhos

De olho no mercado externo

Melhores do ano são premiados pela ACSPA Associação Comercial de São Paulo

(ACSP) fechou o ano em noite de gala. A entidade promoveu a primeira edição do prêmio Melhores dos Maiores do Comércio. O evento reuniu, no Jockey de São Paulo, autoridades, representan-tes das vencedoras, líderes empresariais e autoridades, entre elas, Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no governo Lula. O presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, também prestigiou o evento.

Para Alencar Burti,presidente da en-tidade, a publicação e o evento repre-sentam mais um passo da entidade na defesa da livre iniciativa. Segundo Bur-

ti, todas as entidades que defendem o empreendedorismo têm a obrigação de premiar as empresas que se destacam em suas atividades. E acrescentou: ”Te-mos de trabalhar para que o Brasil rece-ba o respeito do mundo, mas também o de seus cidadãos”.

A cerimônia teve a presença de nove representantes das 11 empresas vence-doras nas mais diversas categorias: Lojas de Departamentos Domésticos e eletro-domésticos, Comércio Exterior; Distri-buidores de Veículos e Autopeças; Distri-buidores de Carros, Motos e Utilitários, Franquias entre outras.

Fonte: Imprensa CACB/ Diário do Comércio

Cairoli prestigiou evento que reuniu principais líderes empresariais de São Paulo

O primeiro passo para a comemora-ção dos 200 anos da Associação Comer-cial da Bahia está quase concluído. O pré-dio, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938, já teve a revitalização do te-lhado e do piso concluídas. O projeto total está estimado em R$ 4,6 milhões, com aporte de R$ 1,9 milhão da Lei Rouanet.

O prédio tem recebido visitas in-ternacionais, como o príncipe Dom Rafel de Orleans e Bragança, herdei-

ro da Casa Real, em novembro, e o cônsul de Portugal, José Manuel de Lombra, em dezembro. “A ACB é um marco na história da atividade comer-cial do Brasil”, destaco o príncipe.

Para o cônsul Lombra, a visita teve o foco de ampliar as relações comerciais en-tre os dois países e entre as entidades. “Es-tamos no colocando à disposição da ACB; essa casa confi rma o relacionamento amis-toso entre Portugal e a Bahia”, explicou.

Fonte: Imprensa CACB

Foto: Diário do Commércio

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Falta consciência aos consumidores

sobre a importância da nota fi scal

Campanhas de educação tributária incrementam receitas

Fiscalizar é dever de todo contribuinte, mas dada a falta de costume no país de exigir nota fi scal nas compras, cada vez mais estados pro-movem campanhas com o objetivo de cons-

cientizar o consumidor. Um dos pioneiros é o Ceará. O primeiro programa, “Seu talão vale um milhão”,

foi lançado em 1959. Os prêmios eram em dinheiro por meio de sorteio em meio às festas juninas e natalinas. Concorriam os consumidores que levassem à reparti-ção notas fi scais no valor de Cr$ 3.000,00, o que dava o direito de receber certifi cados numerados. Depois, em sucessivos governos, vieram mais seis campanhas.

A campanha atual, “Sua Nota Vale Dinheiro”, é a oitava. Em maio de 2005, por meio de decreto, ela foi regulamentada, passando a funcionar em julho daque-le ano. Semelhante a campanhas anteriores, faz parte

de seus principais objetivos o estimulo à exigência do documento fi scal; a promoção da educação fi scal; o incremento da arrecadação do ICMS e ainda a forma-ção de banco de dados para política fi scal do governo.

Um dos diferenciais dessa campanha em relação às anteriores é permitir que qualquer participante seja contemplado, sem sorteios. Podem participar pessoas físicas; instituições sociais sem fi ns lucrativos e outras entidades devidamente cadastradas. É vedada a parti-cipação de empresas.

Para participar o consumidor deve fazer seu cadas-tro em uma unidade da Secretaria da Fazenda (Sefaz) do Ceará ou pelo site. Depois disso, ele recebe um número de cadastro. Além dos dados pessoais, o parti-cipante deve fornecer o número de sua conta bancária para que a Secretaria possa depositar os seus créditos.

São cada vez mais comuns, entre os estados, programas que incentivam a exigência de nota fi scal nas compras; sem ela, o consumidor contribui para a sonegação e fi ca sem a garantia do produto

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Depois de cadastrado, é só juntar notas ou cupons fi scais emitidos a partir de 10 de julho de2007, colo-cá-las em envelope e depositar nas urnas da Sefaz ou nas lojas credenciadas, com o respectivo número de cadastro. O programa possibilita a devolução de 0,5% do valor cadastrado em notas fi scais quando este for superior a R$ 6 mil.

O estado do Ceará deixa de arrecadar em torno de R$ 1 bilhão por ano, em virtude da sonegação fi scal. O ICMS é o principal tributo da arrecadação própria, correspondente a 94% dos impostos arrecadados. Com o programa “Sua Nota Vale Dinheiro”, o gover-no vem conseguindo um incremento da arrecadação, sobretudo dos setores de comércio atacadista e vare-jista. A soma da arrecadação destes dois segmentos representa 34,16% do ICMS do estado.

Hoje, perto de 187 mil pessoas estão cadas-tradas e enviam regularmente as suas notas para a Secretaria da Fazenda, informa Clementino Pereira, coordenador do programa.

“Por meio da educação tributária, o governo de-monstra que quando o consumidor não recebe a nota, além de perder a garantia do produto, ele deixa o estado sem as receitas que poderiam ser aplicadas na segurança, na educação e na saúde”, diz.

Principais números do Ceará:Entidades cadastradas:

1.005

Total de documentos recebidos e cadastrados:

84.129.846

Total pago em dinheiro do início do programa até 31/12/2010:

R$ 53,6 milhões

Pessoas físicas cadastradas:

186.810

Nota Fiscal Paulista já distribuiu R$ 3,3 bilhões aos contribuintes

Entre as inúmeras tentativas feitas pelos esta-dos no sentido de incentivar o consumidor a exigir notas fi scais em suas compras, a de São Paulo, além de criativa, é uma das mais

bem-sucedidas. Criada em outubro de 2007, a Nota Fiscal Paulista (NP) promete a restituição de 30% do ICMS proporcionalmente ao valor total das vendas do estabelecimento comercial no mês.

Para ter direito aos créditos, o cliente precisa soli-citar o documento fi scal no ato da compra, informar o seu CPF ou CNPJ e se cadastrar no site do programa.

Além de restituir créditos, a Nota Fiscal Paulista in-clui o sorteio mensal de prêmios em dinheiro. A cada R$ 100,00 em Nota Fiscal/Cupom Fiscal registrado, o consumidor ganha um bilhete eletrônico e concorre aos prêmios em dinheiro. Atualmente, o programa Nota Fiscal Paulista conta com 10,1 milhões de usuá-rios e 658.453 estabelecimentos cadastrados.

Além de contribuir para diminuir a sonegação, o programa vem proporcionando ao estado um incre-mento de receita. Desde o início, em 2007, até de-zembro de 2009, o governo do estado de São Paulo

Para ter direito aos créditos, o cliente precisa solicitar o documento fi scal no ato da compra, informar o seu CPF ou CNPJ e se cadastrar no site do programa

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teve um aumento de R$ 1,5 bilhão na arrecadação de ICMS, decorrente do incremento de receitas no setor varejista. Em 2010, o a receita anualizada foi de cerca de R$ 800 milhões líquidos.

Desde 2007 foi distribuído aos contribuintes o montante de R$ 3,3 bilhões, que retornaram em for-ma de créditos e prêmios no valor de R$ 369.9 mi-lhões. Para utilizar os valores recebidos no programa, o consumidor faz a transferência bancária dos créditos para sua conta corrente, conta poupança ou abate do IPVA de veículos cadastrados no estado de São Paulo.

Para José Maria Chapina Alcaza, presidente do Sin-dicato das Empresas Contábeis (Sescon-SP), a iniciativa é positiva, tendo em vista que busca a redução da sone-gação e, consequentemente, da concorrência desleal no estado de São Paulo. “Assim, ela é boa para as próprias empresas; para o estado, ao aumentar a sua arrecada-ção; e para o contribuinte, que recebe vantagens em prêmios ou o retorno de parte do imposto”, diz.

Como funciona:✓ Você compra e informa seu CPF/CNPJ ao pedir a nota ou cupom fi scal;✓ O vendedor registra o CPF/CNPJ do consumidor ao emitir a nota;✓ Após o recolhimento do ICMS pelo estabelecimen-to, o governo credita parte do imposto proporcional ao valor da compra;✓ Os créditos poderão ser usados pelo consumidor dentro do prazo de cinco anos.✓ Existe um limite, que é de 7,5% do valor do docu-mento fi scal. (Lei nº 12.943, de 24 de abril de 2008)✓ Se o consumidor comprou alguma coisa que não está sujeita à tributação do ICMS, esqueça a Nota Paulista.✓ Os créditos expiram em cinco anos. Para utilizar os créditos, você precisa estar cadastrado no site da Nota Fiscal Paulista.✓ Você pode solicitar que os seus créditos sejam depo-sitados em conta corrente ou poupança, mantida em instituição do Sistema Financeiro Nacional, ou em cartão de crédito emitido no Brasil. Mas isso só será permitido se você tiver um mínimo de R$ 25,00 de crédito.✓ Você também pode transferir seus créditos para ou-tro consumidor ou utilizá-los para compensar parcial ou totalmente o valor do IPVA.

Quem não tem crédito:✓ Contribuinte do ICMS não enquadrado no Simples Nacional;✓ Órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta da União, Estados e Municípios;✓ Aquisições não tributadas pelo ICMS;✓ Operações de fornecimento de energia elétrica, gás canalizado ou de serviços de comunicação;✓ Na hipótese de o documento emitido pelo fornecedor não ser hábil, não indicar corretamente o adquirente ou ser emitido mediante dolo, fraude ou simulação.

CAPA

Compras grandes não geram créditos na mesma proporção. Uma compra de um automóvel, por exemplo, pode gerar um retorno de bem menos do que 1% do valor de compra. Isso porque grande parte do ICMS não é recolhido na operação de venda ao consumidor fi nal, mas sim em etapas anteriores, distribuído em toda a cadeia não só de comercialização como também da fabricação de produtos.

Um dos ramos que geram mais créditos com a NP é o de alimentação

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Nota Fiscal Alagoana atua na mesma linha da paulista

A Nota Fiscal Alagoana, que segue a mesma linha da Nota Fiscal Paulista, é um progra-ma do governo do estado de Alagoas e tem por objetivo estimular os consumido-

res a exigirem a entrega do documento fi scal na hora da compra. O programa premia consumidores com crédi-tos referentes às notas fi scais emitidas em seu favor.

Em cerimônia realizada no Palácio dos Palmares, os consumidores Luciano Timbó Barbosa, Sérgio Lobo Casado e Jorge Luiz Araújo Gonçalves receberam, em 29 de dezembro, os três maiores prêmios do último sorteio da Nota Fiscal Alagoana. A entrega contou com a presença do governador Teotônio Vilela Filho – que repassou os cheques de R$ 100, R$ 50 e R$ 30 mil.

Durante seu discurso, ele destacou os avanços con-quistados pela NFA ao longo dos seus dois anos de exis-tência. “O programa está funcionando. Outro dia estava no shopping e fi quei observando as pessoas pedindo a nota. Os consumidores devem pedir e hoje ela também já está sendo oferecida mais espontaneamente pelos con-tribuintes. Vejo isso por onde passo”, disse o governador.

Dono dos R$ 50 mil, Sérgio Lobo Casado mante-ve em segredo o destino do dinheiro, mas fez questão de ressaltar os benefícios oferecidos ao consumidor que participa da iniciativa. “Sempre participei da inicia-tiva, colocando o CPF nas minhas notas. Agora, em

consequência, fui premiado com esse valor, que, com certeza, foi muito bem-vindo”, disse.

O terceiro colocado também lembrou a impor-tância da NFA. “É um ótimo estímulo oferecido pelo estado; prestamos essa assistência pedindo a nota e ajudando o governo e ele nos retribui”, opinou Jorge Luiz Araújo. Mas, ao contrário de Sérgio, ele revelou o que fazer com seus R$ 30 mil. “Tenho uma clínica médica e preciso fazer uns ajustes”, contou.

Também participaram da entrega o secretário da Fazenda, Maurício Toledo; a secretária adjunta, Adaida Barros; a coordenadora da NFA, Aida Gama; o superin-tendente do Procon, Rodrigo Cunha; e o diretor-presi-dente Itec, Luiz Eugênio Barroca. Os superintendentes do Tesouro, Marcello Lourenço, e da Receita Estadual, Charles Oliveira, além do diretor de Articulação Regio-nal, Marne Araújo, também estiveram presentes.

Realizada no último dia 17 de dezembro, no prédio da Fazenda, a premiação de Natal da Nota Fiscal Alagoana foi a oitava do programa e sorteou R$ 450 mil em dinheiro. Ao todo, foram distribu-ídos 21.073 prêmios entre os consumidores ca-dastrados no banco de dados do programa e que pediram suas notas e cupons com registro do CPF ou CNPJ. O próximo sorteio acontece em março de 2011, no Dia do Consumidor.

Janeiro de 2011 11

Governador Teotônio Vilela Filho prestigiou

a entrega dos prêmios

Fotos: Ailton Cruz

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CAPA

Nota fi scal é sempre solicitadapor 46% dos brasileiros

Quanto maior a idade, mais está presente o hábito de pedir nota fi scal após uma compra. É o que aponta um estudo re-alizado pela GfK, 4ª maior empresa de

pesquisa de mercado no Brasil e 4º maior grupo mun-dial do setor. A pesquisa, feita em 2010, revelou que 46% dos entrevistados sempre solicitam o documento fi scal, 20% na maioria das vezes, 19% algumas vezes, 6% quase nunca e 9% nunca.

Entre aqueles que pedem sempre ou na maioria das vezes (66%), os mais velhos com idades acima de 45 anos se destacam, com 69% das citações. O índice, no entan-to, cai para 60% entre os que têm de 18 a 24 anos. Os homens também sobressaem em relação às mulheres. Entre os entrevistados do sexo masculino a porcentagem é de 70%, enquanto que entre as mulheres é de 62%.

Merece destaque ainda a diferença de comporta-mento entre as classes sociais. Os integrantes das clas-ses A e B têm mais costume de solicitar o documento fi scal que os das classes C e D, 70% e 62%, respecti-vamente. Os dados fazem parte de uma pesquisa com consumidores das classes A, B, C e D, representando a população de nove regiões metropolitanas do país: Be-lém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

O comportamento com relação ao pedido da nota fi scal é muito diferente em cada localidade. Em média, 44% dos brasileiros solicitam o comprovante. A popu-lação de Belém é a que mais pede nota fi scal (66%), se-guida pela de Fortaleza (56%), São Paulo (51%) e Belo Horizonte (50%). Os moradores de Salvador são os que menos têm este hábito, apenas 18% afi rmam pedi-la.

Programa de Educação Tributária da Bahia completou 10 anos

Em 2009, o estado da Bahia completou dez anos de existência de seu Programa de Edu-cação Tributária. A iniciativa trabalha com três vertentes: Sua Nota é um Show, Sua Nota

é um Show de Solidariedade e Educação Fiscal nas Es-colas. O objetivo do PET é sensibilizar os consumidores sobre a importância de pedir as notas e cupons fi scais na hora da compra. Além disso, pretende levar à população

conhecimento sobre administração pública e incentivar o acompanhamento da aplicação dos recursos públicos.

O Projeto de Educação Fiscal nas Escolas (PEFE) ofereceu cursos a distância para Disseminadores em Educação Fiscal buscando capacitar servidores públicos e educadores da rede pública de ensino.

Já através do Projeto Sua Nota é Um Show, o Governo da Bahia fi rmou contrato com a Federação Bahiana de Futebol - FBF, para apoio ao Campeonato Baiano da 1ª divisão de 2010. Ao todo, foram trocados no Campeonato da 1ª divisão 307.550 mil notas e/ou cupons fi scais, apresentando um público de 30.755 mil pessoas, nos 31 jogos promovidos pelo PET.

O programa Sua Nota é um Show de Solidarieda-de, por sua vez, realizou as 21ª e 22ª etapas em 2010, benefi ciando no total 574 instituições da área de saúde e da área social em 188 municípios, sendo distribuídos R$ 5,7 milhões em recursos públicos para investimentos.

Em 2010, Programa Sua

Nota é um Show de Solidariedade distribuiu R$ 5,7

milhões

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Segunda geração da nota fi scal eletrônica chega em abril

O Ministério da Fazenda deve implan-tar, a partir de abril deste ano, a nova versão da nota fi scal eletrônica (Nf-e 2.0). Nesta nova fase, serão registra-

dos todos os eventos que ocorrem durante o ciclo de vida do documento fi scal, desde o registro de saída do produto à confi rmação do recebimento da mer-cadoria, passando por devolução, registro de roubo de carga, carta de correção ou outras ocorrências. Com o aumento das informações, o Fisco pretende diminuir o número de fraudes e sonegação.

No modelo atual são informados o emissor e o des-tinatário; são discriminados os produtos, os valores e os impostos devidos. As informações são enviadas às Fazen-das Estaduais em arquivo eletrônico, no formato XML.

A partir de abril 2011, na nova fase da Nota Fiscal Eletrônica, tanto o vendedor quanto o comprador serão responsáveis pela nota fi scal, já que deverão ser informa-das todas as fases do ciclo de vida do documento fi scal.

Para facilitar a adequação à nova realidade digi-tal, a CACB, por meio do Programa de Geração de Receitas e Serviços (Progerecs), fi rmou um convênio com a NF-e do Brasil, empresa especializada em in-teligência digital. O objetivo é disponibilizar um portal de serviços mensais de emissão, gerenciamento e ar-mazenamento de nota fi scal eletrônica, bem como a guarda segura do certifi cado digital em HSM.

Para o executivo do Progerecs, Luiz Antônio Bortolin, os empresários são os grandes benefi ciados com a parceria. “A capilaridade do sistema CACB, com 200 anos de história a serviço do universo em-presarial, unida à expertise da NFe do Brasil, levará ao setor produtivo e de serviços do país a melhor e mais prática solução para atender a todas as exigências le-gais dessa nova forma de se comunicar com o Fisco.”

Os associados da CACB terão preços especiais na aquisição e uso da solução, de acordo com o volume de notas fi scais emitidas mensalmente.

Executivos das Federações

ligadas à CACB acompanham curso

sobre nota fi scal eletrônica

O Projeto de Lei de número 1472/07, que torna obrigatória aos comerciantes a discrimi-nação de impostos nas notas fi scais, poderá ser votado pela Câmara dos Deputados ainda neste semestre, segundo pedido do relator da maté-ria, deputado Guilherme Campos (DEM-SP).

Se aprovado pelo Legislativo, o projeto será encaminhado à sanção presidencial. Se for alterado pela Câmara, terá nova tramita-ção no Senado.

No ano passado, os Partido dos Demo-cratas (DEM) levantou o tema e sugeriu a pau-ta. Não obteve sucesso. Na época, o governo argumentou que o assunto deveria ser votado dentro da reforma tributária.

Projeto que discrimina impostos nas notas fi scais vai a plenário em 2011

A partir de abril de 2011, na nova fase da Nota Fiscal Eletrônica, tanto vendedor quanto comprador serãoresponsáveis pela nota fi scal; assim, todas as fases do ciclo de vida do documento deverão ser informadas

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14 Empresa BRASIL

A questão ambientalcomo prioridade

Com pouco mais de 23 mil habitantes, Santa Rosa do Viterbo, a 60 quilômetros de Ri-beirão Preto (SP), era conhecida pelo seu parque fabril – o maior da região – e um

forte comércio. Mas quando o governo de São Paulo lan-çou em 2007 o projeto Município Verde Azul, a cidade, fundada em 1956, passou a ganhar destaque por uma série de ações voltadas para a política ambiental.

Em 2008, em sua primeira participação no projeto, Santa Rosa do Viterbo conquistou o 4° lugar no ranking. No ano seguinte, caiu para o 14°. Mas em 2010 acabou surpreendendo com a nota 94,31 e o 1°lugar, segui-do de muito perto por Sarutaiá (94,23), Paulo de Faria (93,54), Martinópolis (93,16) e Anhumas (92,94).

Chefe de Divisão de Meio Ambiente de Santa Rosa do Viterbo, a arquiteta Grasiela Maria de Olivei-ra atribui a conquista principalmente ao plano de ação desenvolvido no município formado por 10 diretivas, além do comprometimento da atual gestão do prefeito

José Tadeu Chiaperini (PDT) com a questão ambiental. Entre os principais objetivos, o município se con-

centrou no tratamento de 100% do esgoto produzido na cidade, de plantar 27 mil mudas de árvores para re-por a mata ciliar, de controlar o aterro sanitário e de de-senvolver um projeto de educação ambiental.

Uma das diretivas mais complexas é a do “lixo míni-mo”. Nesse quesito, as ações, além de um sistema de gerenciamento integrado de resíduos sólidos, contem-plam a gestão de resíduos de construção e demolição civil, reciclagem de óleo vegetal pós-uso, de resíduos domésticos e de serviços de saúde. A ação da prefeitura não esqueceu nem mesmo dos pneus usados que são entregues pelos estabelecimentos comerciais e encami-nhados a empresas de reciclagem. A prefeitura também recebe as lâmpadas fl uorescentes dos comércios e pré-dios públicos, que são recolhidas periodicamente por uma empresa especializada para a destinação correta. Em 2009 foram recolhidas 778 lâmpadas.

Prefeitos recebem certifi cado

de município Verde Azul

Projeto Município Verde Azul da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo destaca Santa Rosa do Viterbo como o mais sustentável do estado; iniciativa descentraliza gestão ambiental e municípios ganham efi ciência em suas ações

CASE DE SUCESSO

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Conforme Grasiela, cerca de 200 pessoas fazem regularmente coleta de materiais recicláveis. “Os mate-riais são armazenados nas residências dos catadores e vendidos as comerciantes de recicláveis do próprio mu-nicípio”, explica. “O programa Lixo Llimpo é uma prática que fomos aperfeiçoando passo a passo. Sem a colabo-ração de todos não poderíamos alcançar a nossa meta.”

O prefeito de Santa Rosa de Viterbo, José Tadeu Chiaperini, comemora título com o então governador Alberto Goldman

Diretivas do Projeto Ambiental Estratégico Município Verde:� Esgoto tratado� Lixo mínimo� Recuperação da mata ciliar� Arborização urbana� Educação ambiental� Habitação sustentável� Uso da água� Poluição do ar� Estrutura ambiental � Conselho de Meio Ambiente.

Objetivo é estimular a gestão compartilhada O objetivo do Projeto Município Verde Azul é estimu-

lar a gestão ambiental compartilhada a fi m de criar uma responsabilidade mútua. Ao estado cabe prestar colabo-ração técnica e treinamento às equipes locais. O processo inclui a participação da Câmara de Vereadores e das enti-dades civis, Conselhos Ambientais, outras representações ambientalistas e de representação da cidadania.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Meio Ambiente do governo do estado de São Paulo, o certifi cado de Município Verde Azul garante à adminis-tração municipal a prioridade na captação de recursos junto ao governo do estado. Os municípios recebem uma nota ambiental, que avalia o seu desempenho em dez diretivas que regem o Projeto.

Como efeito dessa iniciativa, o número de órgãos ambientais nos municípios do estado de São Paulo sal-

tou de 182 em 2008 para 507 em 2010. No mesmo período, os Conselhos Municipais do Meio Ambiente passaram de 236 para 545. Projetos de proteção e re-fl orestamentos das matas ciliares subiram de 280 para 488, os viveiros municipais subiram de 216 para 434, de 2008 para 2010. Programas de inspeção de fumaça preta saltaram de 111 para 407 e de proteção a nas-centes de 130 para 429.

O governo repassou para os municípios R$ 91 milhões em três anos, dos quais R$ 52,8 milhões para aquisição de equipamentos para a melhoria da gestão ambiental, como caminhão de coleta seletiva, caminhão compactador e coletor de lixo, centros de triagem de resíduos sólidos, pá carregadeiras, retroes-cavadeiras, triturador de galhos e triturador de resíduos da construção civil.

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16 Empresa BRASIL

NEGÓCIOS

Turismo de saúde é a nova aposta de negócios A formalização da Porto Alegre Health Care Cluster inclui a capital gaúcha no mercado do turismo médico mundial, que cresce 30% ao ano e movimenta cerca de US$ 40 bilhões

Foto: Divulgação Federasul

Porto Alegre acaba de fi xar seu espaço no centro do mapa do turismo médico inter-nacional para tratamento de serviço de excelência em saúde. Ofi cializada em de-

zembro passado, a Porto Alegre Health Care Cluster tem como fi nalidade profi ssionalizar a gestão do turis-mo de saúde na capital gaúcha e transformá-la no prin-cipal destino de turismo médico do Brasil e da América Latina. O objetivo é disputar um mercado estimado em cerca de US$ 40 bilhões, cuja média de crescimen-to anual, de 30%, é seis vezes superior ao do turismo tradicional, segundo estudo contratado pela Secretaria Municipal de Turismo (Smtur).

Iniciativa da prefeitura municipal, a Porto Alegre Health Care Cluster é presidida pelo coordenador da divisão de serviços e vice-presidente da Federasul, Carlos Biedermann. São parceiros do projeto a Fede-ração das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) e os principais hospitais

do Rio Grande do Sul: Moinhos de Vento, Santa Casa, São Lucas da PUCRS e Mãe de Deus.

De acordo com Biedermann, o cluster gaúcho se inicia com quatro hospitais considerados de atendi-mento globalizado, que cumprem critérios internacio-nais de procedimentos. Em um segundo momento, segundo ele, serão agregados outros hospitais de ex-celência no roteiro, assim como instituições da área.

Conforme o secretário municipal de Turismo, Luiz Fernando Moraes, a partir da contratação de um exe-cutivo da área de gestão, a primeira medida será a de organizar todo o planejamento estratégico do cluster. A principal tarefa será da promoção da cidade de Por-to Alegre como destino de turismo médico, inclusive, com a participação em eventos internacionais da área.

Turismo médico no Brasil A pesquisa “Caracterização e Dimensionamen-

to do Turismo Doméstico no Brasil-2007”, divulgada pelo Ministério do Turismo brasileiro, demonstra que o turismo de saúde é feito por pessoas de diferentes classes sociais. Pessoas com renda entre zero a quatro salários mínimos é o segmento de maior demanda, seguido da classe de renda entre quatro e 15 salários mínimos. A classe de renda acima de 15 salários é a de menor freqüência.

Já em relação à entrada de turistas externos, da-dos da Embratur mostram que, em 2006, 0,61% dos turistas que entraram no país declararam ser por mo-tivo de saúde, o que corresponde a um total de mais de 30 mil turistas. Um dos principais propulsores foi a fama das cirurgias plásticas brasileiras, consideradas entre as melhores do mundo. Na atualidade, o Brasil vem logo depois dos Estados Unidos em quantidade de cirurgiões plásticos, com mais de 4 mil médicos credenciados.

Carlos Biedermann (C) será o presidente da Porto Alegre Health Care Cluster

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INFORME DO SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

JANEIRO/2011 – WWW.SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800

Varejo comemora resultadosAs vendas em dezembro tiveram um aumento de mais de 16% e os empresários consideram 2010 como o melhor ano da década

Programa estimula a inovaçãoSebrae e CNPq fi rmam convênio para ampliar o atendimento personalizado às micro e pequenas empresas que querem inovar

Foto: Sebrae em Pernam

buco

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2 EMPREENDER // SEBRAE

/ /F inanc iamento/ /

O ACORDO PERMITIRÁ QUE US$ 6 BILHÕES SEJAM

COLOCADOS À DISPOSIÇÃO DO SETOR PRODUTIVO NACIONAL DE PEQUENO, MICRO E MÉDIO

PORTES NOS PRÓXIMOS ANOS

Contrato de empréstimo no valor de US$ 3 bilhões para fi nanciamento de micro, pequenas e médias em-presas brasileiras foi assinado, em

dezembro, entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o BNDES. O acordo permitirá que US$ 6 bilhões (R$ 10,2 bilhões, atualmente) sejam colocados à disposição do setor produtivo nacional de pequeno, mi-cro e médio portes nos próximos anos, já que o BNDES se compromete a liberar outros R$ 3 bilhões de recursos próprios como contra-partida ao fi nanciamento do BID.

O dinheiro se destina a fi nanciar pro-jetos de instalação, ampliação e moderni-zação de micro (receita operacional bruta anual até R$ 2,4 milhões), pequenas (até R$ 16 milhões) e médias empresas (até R$ 90 milhões). Vale lembrar que a classifi cação adotada pelo BNDES para defi nir o porte das empresas é diferente do que consta na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Pela Lei, microempresa é a que fatura até R$ 240 mil por ano, e pequena, a que tem fatura-mento anual até R$ 2,4 milhões.

O contrato foi assinado pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o chefe da representação do BID no Brasil, Fernando Carrillo, em solenidade na sede do BNDES, centro do Rio de Janeiro. A operação se refe-re ao segundo Convênio de Linha de Crédi-to Condicional (2º CCLIP) fi rmado entre as duas instituições. Os recursos serão dividi-dos em três programas de crédito multisse-torial, cada um no valor de US$ 2 bilhões. O primeiro CCLIP, de características semelhan-tes, foi fi rmado em agosto de 2005.

// Parcelas Os recursos do BID serão liberados em três parcelas de US$ 1 bilhão. O contrato da primeira das três parcelas também foi as-sinado na mesma solenidade. O prazo de vencimento é de 20 anos, com período de carência de quatro anos e meio. A expec-tativa é de que os recursos desse primeiro contrato sejam desembolsados ainda em 2010. Para cada parcela do BID, o BNDES disponibilizará US$ 1 bilhão de seus pró-prios recursos, como contrapartida.

ACORDO VIABILIZA CRÉDITO DE US$ 6BILHÕES A EMPRESASBID emprestará US$ 3 bilhões ao BNDES, que vai liberar igual montante para fi nanciar a instalação, ampliação e modernização de micro, pequenas e médias empresas

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Crédito do BID visa a fi nanciar projetos de instalação,

ampliação e modernização de micro e pequenas empresas

Os créditos às empresas serão con-cedidos pela rede de agentes fi nanceiros credenciados pelo BNDES. A estimativa é de que no primeiro Programa Multissetorial do 2º CCLIP sejam feitas 220 mil operações de repasse para 100 mil benefi ciários, em sua maioria formada por microempresas. A expressiva participação dos pequenos negó-cios no valor total do Programa reforça a es-tratégia acordada entre governo brasileiro e o BID de promover o crescimento sustentá-vel com inclusão social.

// ParceriaA parceria entre BNDES e BID se iniciou em dezembro de 1964 e resultou, até o momento, na celebração de 20 contra-tos. Desde 1996, o BID apoia programas de crédito para micro, pequenas e médias empresas com o BNDES. Até hoje, foram fi rmados sete programas, num total de US$ 6,7 bilhões em empréstimos do BID para programas que somaram US$ 11,8 bilhões em crédito produtivo, considerando-se a contrapartida de recursos locais. E

Foto: Vinícius Fonseca

Page 20: Empresa Brasil 66

4 EMPREENDER // SEBRAE

/ /Consumo//

ENTRE JANEIRO E SETEMBRO DE 2010, O PROJETO GEROU

R$ 32,6 MILHÕES EM NEGÓCIOS, ENVOLVENDO

APROXIMADAMENTE 700 MPE OFERTANTES E 600 CANAIS

DE COMERCIALIZAÇÃO

COMÉRCIO BRASIL GEROU MAIS DER$ 32 MILHÕES EM NEGÓCIOS EM 2010Projeto do Sebrae faz diagnósticos e identifi ca canais de comercialização para micro e pequenas empresas em todo o país

A grande extensão territorial brasi-leira costuma ser um empecilho para a comercialização de servi-ços e produtos das micro e pe-

quenas empresas (MPE). Para realizar ne-gócios entre regiões, seria necessário contar com representantes comerciais em várias cidades, o que representa alto custo para os pequenos negócios. Assim, mesmo com o mercado interno aquecido, muitos produtos e serviços das MPE deixam de ser negocia-dos por falta de canais de comercialização.

Para preencher essa lacuna, o Sebrae realiza desde 2006 o Projeto Comércio Brasil. Baseado em metodologia própria, que identifi ca oportunidades de negócios e diagnostica as MPE, visando a equalizar as intenções de compra e venda, o Comércio Brasil tem colhido bons frutos. Entre janeiro e setembro de 2010, por exemplo, o projeto gerou R$ 32,6 milhões em negócios, envol-vendo aproximadamente 700 MPE ofertan-tes e 600 canais de comercialização.

“Não adianta o Sebrae detectar uma empresa que compra determinado tipo de produto e outra empresa que o produz. É preciso avaliar vários aspectos, antes de fechar o negócio, tanto da empresa ofertan-te quanto da compradora”, explica Eraldo Ricardo dos Santos, analista de Acesso a Mercados do Sebrae. A capacidade produ-

tiva e de compra das empresas deve ser comprovada para garantir bons resultados para ambos os lados. Durante o diagnós-tico, é comum constatar necessidades de melhoria de design de produtos, adequação de embalagens, marca, até solucionar ques-tões de gestão, segundo Eraldo.

//Agentes de mercadoAs ações do projeto do Sebrae fi cam a

cargo de consultores credenciados e capaci-tados para aplicar a metodologia do Comér-cio Brasil. “O agente de mercado do projeto faz a intermediação”, resume Eraldo.

Recentemente, uma carreta com 16 mil sacos de 60 quilos de cebola branca, de Per-nambuco, no valor de R$ 17 mil, foi vendida para uma empresa do Acre. Com a atuação dos agentes do Sebrae nos dois estados, foi possível economizar, no mínimo, mil quilô-metros em transporte. Além disso foi asse-gurada a qualidade do produto.

Há outros exemplos recentes de ne-gócios viabilizados pelo projeto: condi-mentos do Rio de Janeiro adquiridos por empresa do Pará; artesãos de Santa Ca-tarina, Espírito Santo e Ceará vendendo para a rede de lojas Le Lis Blanc; e os pre-servativos da marca Boa, produzidos em Iranduba (AM), que aumentaram a rede de distribuição em Pernambuco. E

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Janeiro de 2011 5

/ /Desoneração//

SIMPLES TRABALHISTA SERÁ DISCUTIDO EM 2011Projeto visa a reduzir encargos e estimular a criação de empregos formais, preservando direitos dos trabalhadores

O crescimento da economia bra-sileira em 2010 e as boas pers-pectivas para 2011 irão permitir que a sociedade brasileira discu-

ta novas questões no próximo ano, acredita o economista José Pastore, presidente do Con-selho de Emprego e Relações do Trabalho da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomér-cio). Uma dessas questões, segundo Pastore, deve ser a redução dos encargos trabalhistas das empresas de pequeno porte para estimu-lar a criação de empregos formais.

Dados divulgados, em dezembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatís-tica (IBGE) mostram que o desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu pelo sexto mês seguido e fi cou em 5,7% em novembro, o que representa o menor índice registrado na série histórica, iniciada em março de 2002. Em outubro, o índice fi cou em 6,1%, até então o recorde da série. Em novembro de 2009, era de 7,4%.

O desemprego está caindo, mas há ne-cessidade de novos postos de trabalho, prin-cipalmente nas micro e pequenas empresas. Além disso, segundo Pastore, é preciso au-mentar a formalização das empresas.

A ideia, segundo Pastore, é encontrar uma fórmula, mediante legislação ordiná-

ria, para reduzir os impostos sociais das mi-cro e pequenas empresas de 102,43% para algo em torno de 60% a 65%. Para isso, será preciso fazer mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele disse que es-sas mudanças ainda estão sendo estudadas e não quis adiantar quais seriam. “Evidente que não queremos mexer em salários, férias e Previdência Social”, afi rmou.

Tais medidas, acredita o economista, ajudarão na formalização de mais negócios e também na geração de emprego. “O gros-so da informalidade está nas microempre-sas, que empregam também trabalhadores informais.”

Ele admite que a oposição será grande, mas, por outro lado, conta com o apoio des-ses trabalhadores informais, que hoje não têm nenhum tipo de direito trabalhista, e também dos pequenos empresários, que poderão contratar mais funcionários, man-ter as contas em ordem e evitar problemas com a fi scalização.

Os dados divulgados pelo IBGE apontam que o maior motivo de confl ito para a popu-lação brasileira são os problemas trabalhis-tas. Dos 12,6 milhões de brasileiros envolvi-dos em algum tipo de confl ito nos cinco anos que antecederam a pesquisa, 23,3% citaram motivos relacionados ao trabalho.

Redução dos encargos trabalhistas das empresas de pequeno porte pode estimular a criação de empregos formais

Foto: Banco de imagens Sebrae

O DESEMPREGO ESTÁ CAINDO, MAS HÁ A NECESSIDADE DE NOVOS POSTOS DE TRABALHO, PRINCIPALMENTE NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESASE

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6 EMPREENDER // SEBRAE

/ /Fomento/ /

SEBRAE E CNPQ ASSINAM CONVÊNIOTÉCNICO PARA ESTIMULAR INOVAÇÃOAté 2013, haverá quase R$ 43 milhões para o programa dos Agentes Locais de Inovação, que atuam diretamente junto a micro e pequenas empresas

O Sebrae e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq) assina-ram, em dezembro, na sede do

Sebrae, em Brasília, um Convênio de Coo-peração Técnica e Financeira para disponi-bilizar bolsas de extensão aos candidatos que pretendem atuar como Agentes Locais de Inovação (ALI). A solenidade contou com a presença dos presidentes do Sebrae, Paulo Okamotto, e do CNPq, Carlos Alberto Aragão, além do diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.

Para Paulo Okamotto, a iniciativa é um marco histórico para o Sebrae e, por meio desse convênio, será possível criar no Brasil uma política de inovação radical. “Vamos atuar com gente jovem que acabou de sair da faculdade e que sabe inovar para quem precisa de inovação. Se quisermos nosso país globalizado, precisamos criar mais em-presas com inovação”, afi rmou Okamotto.

O convênio é no valor de R$ 42,9 mi-lhões para o triênio 2011/2013 e tem o objetivo de implementar 1.080 bolsas de extensão para o programa Agentes Locais de Inovação, desenvolvido pelo Sebrae e que prevê o atendimento personalizado às micro e pequenas empresas. Segundo o presidente do CNPq, Carlos Alberto Aragão, o programa tem características inovadoras. “O convênio com o Sebrae foi pensado para vencer o desafi o da inovação com gente qualifi cada interagindo com as empresas. A médio prazo, vamos celebrar os resultados dessa iniciativa”, comentou.

Já o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, ressaltou a importân-cia da aproximação das empresas com o

meio acadêmico. “Nós precisamos ir até as empresas, desenvolver um novo campo de atuação. Na prática, vamos criar uma nova profi ssão, a de agente inovador. Essa é uma visão de futuro, a primeira de muitas possi-bilidades que ainda vão se abrir”, disse.

Neste ano, o programa ALI está sendo operacionalizado em 19 estados, por meio de 372 agentes, que até o mês de novembro sensibilizaram 17.156 empresas. Deste to-tal, 8.096 empresas aderiram ao programa e, destas, 6.125 tiveram o seu diagnóstico realizado. O número de empreendimentos que receberam a devolutiva do diagnóstico foi de 4.904, e 3.854 já iniciaram o plano de trabalho com o objetivo de tornar-se uma empresa inovadora.

Carlos Alberto dos Santos (D), Paulo Okamotto (ao centro) e Carlos Alberto Aragão assinam convênio de cooperação técnica e fi nanceira

Foto: Carol Garcia/ Agecom

E

EmpreenderEste informe é de responsabilidade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sob coordenação da Gerência de Marketing e Comunicação. Textos: Agência Sebrae de Notícias. Endereço: SGAS 604/605, módulos 30 e 31, Asa Sul - Brasília/DF - 70.200-645 - Fone: (61) 3348-7100 www.sebrae.com.br // Twitter: @sebrae // Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800

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CONJUNTURA

“O Brasil precisa de um com-pleto “aggiornamento” (ex-pressão italiana que signifi ca se atualizar). As reformas,

tanto as estruturais quanto as micros, tornaram-se ainda mais essenciais e impostergáveis”, sentencia o ex-ministro Marcílio Marques Moreira em entrevista exclusiva a Empresa Brasil.

Segundo ele, as reformas inadiáveis são a tributária – que pode ser efetivada em estágios; a Previdenciária – para aproveitar a atual janela demográfi ca ainda favorável para poucas décadas; a trabalhista; de desburocratização; e a política. Além disso, considera imprescindível a mo-dernização das infraestruturas físicas, como energia, trans-portes – rodovias, ferrovias, navegação fl uvial e costeira, portos, aeroportos, estocagem, gasodutos e alcooldutos –, a educação universal e de qualidade, saúde, sanea-mento, ciência, tecnologia, inovação e meio ambiente.

Para o ex-ministro, atual presidente do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da Associação Comercial do Rio de Janeiro, o Brasil não corre mais o risco de um desastre ou um des-mando, mas ainda não apren-deu a aproveitar oportunida-des, tendo grande leniência com o medíocre, tanto em termos reais quanto mo-rais. “Precisamos retomar o caminho do crescimento competitivo, da sociedade do conhecimento, da economia de baixo carbono, da justiça so-cial inclusiva e produ-tiva e da busca in-cessante do bem comum”, afi rma.

Para o ex-ministro Marcílio Marques Moreira, o Brasil não pode mais esperar pelas reformas

Brasil precisa de um aggiornamento

Na corda bambaO Brasil iniciou 2011 com prenúncios negativos.

A infl ação voltou a dar sinais de que poderá fugir do centro da meta do Banco Central fi xada em 4,5%. O governo tenta impedir a desvalorização do dólar, enquanto o défi cit na conta corrente está chegando a níveis de risco, dado o aumento das importações. Para completar, o Congresso Nacional ameaça elevar o valor do novo salário mínimo fi xado pelo governo, de R$ 545,00, o que pode aumentar o défi cit da Previdência Social, atualmente estimado em R$ 50 bilhões.

Neste cenário, o economista Emílio Alfi eri, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em en-

trevista exclusiva a Empresa Brasil, coloca a questão do câmbio como a mais urgente. Segundo ele, o défi cit de US$ 400 milhões da balança comercial, na primeira semana de janeiro, indica que o gover-no deverá dar prioridade ao tema para evitar uma queda maior.

“O défi cit da conta corrente em relação ao PIB já passou de 2,4%. Precisamos evitar que ele aumente para 4% novamente como aconteceu em 1999, de-pois de todo o esforço que foi feito para arrumar a economia, inclusive com a presença do FMI”, afi rma o economista, que não tem dúvida? “Esse será o ponto mais delicado a ser enfrentado pelo novo governo”.

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CONJUNTURA

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Mas há risco de o Brasil encerrar o ano com um défi cit na balança comercial? Para Alfi eri, isso é bem possível se o governo não adotar nenhuma medida em relação ao câmbio. Há previsões de câmbio a R$ 1,30 e até a R$ 1,20, se o governo não atuar, diz o que economista, que mantém sua fé na ação do ministro Guido Mantega.

“O ministro não deixará o dólar derreter e de-verá agir com medidas a fi m de alcançar em 2011 o mesmo superávit de US$ 20 bilhões do ano pas-sado”, afi rma.

Hoje, de acordo com Alfi eri, o dado mais pre-ocupante da economia brasileira não é um eventu-al recrudescimento da infl ação, mas as contas ex-ternas. Um ponto em que o país está nitidamente regredindo à época em que o governo se utilizou da âncora cambial para o controle da infl ação. “Atu-almente, o câmbio não refl ete seus fundamentos, mas também a entrada de fl uxos de capitais de lon-go e curto prazo atraídos por uma das mais altas

taxas de juros do mundo”, diz. “O dólar abaixo de R$ 2,00 estimula a importação e o gasto externo.”

No caso da taxa de juro, o economista prevê a volta do ritmo de 2006 e 2007, quando a taxa Selic se manteve entre 12,5% e 13%. A tendência, segundo ele, é de o Banco Central determinar au-mentos até chegar a 12,5%, no segundo semestre, quando a infl ação deverá desacelerar. Esse quadro, no entanto, não leva em consideração um eventual aumento do salário mínimo para R$ 580,00, valor pretendido pelas centrais sindicais.

Lembra Alfi eri que cada R$ 10,00 a mais de salário mínimo representam uma elevação do défi cit adicional da Previdência de R$ 2,5 bilhões. “Se o aumento for para R$ 580,00 como propõem as centrais sindicais, o défi cit adicional será de R$ 17,5 bilhões, sem falar que o défi cit real já está em R$ 50 bilhões”, observa.

Para o economista, será na hora da defi nição do salário mínimo no Congresso Nacional o momento em que o país verá se o discurso de austeridade fi scal

“”

“Se o governo não adotar nenhuma medida em relação ao câmbio, o défi cit na balança comercial é bem possível”

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Pesquisa do Sebrae-SP detecta otimismo entre as MPEs

Segundo pesquisa do Sebrae-SP, os donos das MPEs estão otimistas quanto ao desempe-nho no primeiro semestre de 2011. A maio-ria dos consultados espera aumento (41%) ou manutenção (27%) da receita nos primeiros seis meses de 2011. Uma fatia de 32%, no en-tanto, não sabe avaliar como o faturamento da empresa poderá evoluir.

Para o diretor superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, o nível de incerteza ob-servado pelo estudo pode ter sido infl uencia-do pela tendência de alta dos juros básicos e de crescimento mais moderado da economia

brasileira em 2011, assim como pelo aumento contínuo da receita, que cresce já há 14 meses, constituindo uma base de comparação relativa-mente forte.

“As MPEs tendem a apresentar um ritmo mais moderado de crescimento em 2011, em comparação com 2010. As atividades ligadas ao mercado interno, cujas vendas são mais depen-dentes da evolução da renda da população, po-derão apresentar uma evolução relativamente mais favorável do que aquelas que dependem de fi nanciamento e de atividades relacionadas ao mercado externo”, analisa.

do governo federal é para valer. “No primeiro teste, caso do aumento salarial autoconcedido pelos parla-mentares, o governo já falhou”, aponta. “O aumento do salário mínimo será o segundo. Um valor acima de R$ 545,00 signifi ca que não haverá austeridade. E quanto menos austeridade, mais o Banco Central ten-tará compensar o gasto no setor público com maior controle no setor privado, por meio da taxa de juro.”

“O valor do salário mínimo vai defi nir se as medidas de controle fi scal serão para valer”

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Já está na agenda do governador da Bahia, Wagner Jacques a participação na abertura do 21º Congresso da CACB , que será realizado dias 10 e 11 de agosto, no Centro de Conven-

ções do Hotel Pestana, em Salvador. O presidente da CACB e sua diretoria visitaram o governador Wagner Jacques, que aceitou o convite e colocou seu chefe de gabinete Fernando Schimith à disposição da CACB.

Wagner Jacques vai também apoiar o Congresso e fi cou especialmente interessado no assunto que vai reunir em Salvador 2 mil empresários de todo o Bra-sil para discutirem, junto com empresários baianos, membros da Federação das Associações Comerciais da Bahia e da Associação Comercial da Bahia (ACB),

os 200 anos da primeira associação comercial da América Latina, a ACB.

Tema do Congresso: Salto para o futuro

O 21º Congresso da CACB vai discutir a necessidade das reformas. O tema foi defi nido em Salvador, durante reunião do conselho diretor e da diretoria da CACB, den-tro da visão global para o amanhã. O nome do encontro será “Salto para o futuro – Facilitando caminhos”.

Os palestrantes já estão sendo defi nidos e uma das estrelas do Congresso será Michele Bachelet,ex-pre-sidente do Chile. Haverá um grande painel reunindo grandes empresários, e os micro e pequenos também terão espaço dentro do tema do encontro.

Evento da entidade, denominado “Salto para o futuro – Facilitando caminhos”, vai discutir a necessidade de o governo federal dar início às reformas, entre essas a tributária, a trabalhista, a previdenciária e a política

Contagem regressiva para o21º Congresso da CACB

DESTAQUE CACB

Cairoli na abertura do 20º Congresso da CACB, junho de 2010

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Comissão especial A reunião de Salvador decidiu criar também uma

comissão especial para acompanhar os preparativos do Congresso. Ela será formada pelos presidentes da Federaminas, Wander Luiz Silva; do Conaje, Eduardo Magalhães; da ACB, Eduardo Morais Castro; da Faceb, Clóves Lopes Cedraz, e da Facerj, Jésus Mendes Costa.

Site para o CongressoO 21º Congresso da CACB vai ganhar um site e

o 08007720340 para se comunicar melhor e receber sugestões. O acesso será feito através de um banner na capa do site da CACB – www.cacb.org.br , com to-das as informações sobre o encontro. O banner está entrando no ar e as informações poderão ser obtidas também no site da TAM – www.tamviagens.com.br.

LogísticaA Capacità Eventos é a organizadora ofi cial do 21º

Congresso da CACB que será realizado no Centro de Eventos do Hotel Pestana, em Salvador, a TAM Viagens será a operadora ofi cial e a TAM Linhas Aéreas a trans-

portadora ofi cial do 21º Congresso da CACB. Os pacotes para o evento já estão fechados e de-

verão ser confi rmados até o dia 15 de julho para que os preços compactuados permaneçam. O pacote inclui hospedagem (com opção em sete hotéis com localiza-ção próxima do Pestana), passagens aéreas e taxa de inscrição. Tudo em cinco vezes no cartão de crédito.

Além do Pestana, estão no pacote o Bahia Othon Palace, o Golden Park Hotel, o Mercure Rio Vermelho, PortoBello Ondina Praia, Atlantic Towers e Golden Tulip Rio Vermelho.

Os preços dos pacotes estarão no link do Con-gresso, assim como as demais informações sobre o 21º Congresso da CACB.

Governador da Bahia, Wagner Jacques, anunciou apoio ao Congresso

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A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), uma das mais antigas representa-ções empresariais do Brasil, cresce conci-liando oportunidades, serviço e história.

A entidade começa o ano do seu 191º aniversário com estrutura física ampliada – um grande mezanino – e um novo membro: o Conselho de Esportes. Paralelamente, a Associação dará continuidade ao calendário de even-tos empresariais, referências no estado, como o almoço empresarial e o Prêmio Barão de Mauá.

Todas as ações são fundamentadas na missão da entidade: representar a classe empresarial e orienta- lá. Nesse sentido, a ACRJ age como interlocutor entre empresários do Rio e os governos municipal, estadual e federal e, ao mesmo tempo, auxilia empresários a identifi car oportunidades de negócio e potenciais eco-nômicos e turísticos no estado.

Neste contexto de planejamento, identifi cação de oportunidades e desenho de estratégia, nasce o 21º membro da entidade. Trata-se do Conselho de Espor-tes. O novo braço empresarial da ACRJ foi estruturado para acompanhar o desenvolvimento de projetos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

A ideia é difundir o conhecimento sobre o tema

e, principalmente, monitorar o legado que a Copa e os Jogos Olímpicos deixarão para a cidade. “Temos que ver se as promessas feitas serão cumpridas. É im-portante que estejamos inseridos em todos esses es-forços”, diz Walter Mattos Junior, líder do conselho e presidente do jornal esportivo O Lance.

Para o presidente da entidade, José Luiz Alquéres, o Conselho faz parte de um movimento que a iniciativa privada deve abraçar. “Os empresários que gostam de esporte têm que arregaçar as mangas e assumir suas responsabilidades sobre a sociedade. Temos que unir esforços com o poder público para que esses eventos tragam benefícios diretos para a população”, conclui.

O conselho estará reunido, periodicamente, para avaliar os progressos e defi nir ações. O grupo é formado por fi guras importantes do esporte, Lars Grael e Carlos Roberto Osório, secretário municipal de Conservação e Serviços da cidade do Rio de Janeiro, entre outros.

Informação e reconhecimento Além de agregar conselhos e representar a entida-

de empresarial, a ACRJ promove encontros e prêmios que visam, respectivamente, informar o empresário e homenagear aqueles que buscam cooperar com o de-senvolvimento do Rio de janeiro.

Nos encontros empresariais, por exemplo, a enti-dade promove debates e refl exões com palestrantes de referência nacional. O evento, que contou com o jornalis-ta Merval Pereira, no encerramento de 2010, terá como primeiro convidado do ano o Ministro do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimen-tel. A palestra será realizada no dia 19 de fevereiro.

Outra tradicional ação da ACRJ é o Prêmio Barão de Mauá. Iniciativa do Conselho da Cultura da entidade, a condecoração visa destacar as empresas que realizaram ações na área cultural no Estado do Rio de Janeiro.

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O equilíbrio entre tradição e modernidadeDe olho na Copa 2014 e nas Olimpíadas de 2016, a Associação Comercial do Rio de Janeiro criou recentemente o Conselho de Esportes, que terá como principal meta o monitoramento de todas as atividades relacionadas com os eventos

Conselho de Esportes defi niu

objetivos

DESTAQUE FEDERAÇÕES

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Ponto de referênciaDa Associação Comercial do Rio nasceram algumas

das mais importantes entidades do cenário nacional, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae), o Rio Conventions & Visitors Bureau e o Disque-De-núncia, para citar apenas algumas.

Tal atuação proporcionou à ACRJ a condição de Órgão Técnico e Consultivo do Governo Federal no estudo e na solução dos problemas que se rela-cionam com a economia nacional, pelo decreto nº 6.348, de 26 de julho de 1940. Mais recentemente, em 24 de junho de 2004, a Associação também foi reconhecida como Entidade de Utilidade Pública do Município do Rio de Janeiro, pela lei nº 4.361.

Misto de modernidade e históriaQuem lê jornal, no moderno mezanino da ACRJ, nem

sempre sabe quantos fatos marcam a história da entidade.O primeiro capítulo começou a ser escrito em 1820,

quando foi inaugurada a sede da Praça do Comércio do Rio de Janeiro, com a presença de D. João VI. Em 1834, esta entidade passa a denominar-se “Sociedade dos Assinantes da Praça” e, fi nalmente, em 1867, recebe a designação de Associação Comercial do Rio de Janei-ro – mantida até hoje –, transformando-se num palco de debates e de iniciativas em defesa dos interesses do empresariado e da comunidade.

A entidade também é conhecida como Casa de

Mauá. Uma homenagem ao seu terceiro presidente, Irineu Evangelista de Souza, um dos maiores empre-sários e visionários do segundo império. Em 1846, fundou a indústria naval brasileira, em Niterói, e em apenas um ano já possuía a maior indústria do país, empregando mais de mil operários. Esse grande em-preendedor, reconhecido como patrono da Associa-ção Comercial do Rio de Janeiro, recebeu, ao longo de sua vida, os títulos de Barão e Visconde de Mauá.

CACB divulga ações a favor das vítimas do Rio

Sede fi ca localizada na rua

Candelária, no centro do Rio

A entidade disponibiliza seus canais de comunicação para divulgar as iniciativas de ajuda

Assim como a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), que se mobiliza para ajudar os desa-brigados da região serrana do Rio, a CACB também se integrou na ação abrindo espaço para divulgar as iniciativas. No caso da associação comercial carioca, uma das primeiras ações foi disponibilizar sua sede para receber donativos. A entidade também abriu seus canais de comunicação, para divulgar os postos de doação, números úteis e orientações gerais para quem quer ajudar. A associação recebe os materiais emer-genciais para as vítimas das enchentes: alimentos não perecíveis, roupas, cobertores, material de higiene e água. A sede da Associação fl uminense está localizada na Rua da Candelária número 9, Centro. A iniciativa é realizada em parceria com o Rotary Clube.

Casa nova A ACRJ começa o ano com um novo espaço. O novo mezanino

foi inaugurado no fi nal de dezembro. Agora, os sócios da casa poderão contar com um espaço exclusivo onde poderão assistir TV, ler jornal, con-versar e trabalhar. A área, dividida em três ambientes, também terá um lounge com bar, duas salas de reunião (uma para seis pessoas e outra para dez) e uma sala de estar com TV, sofás e cadeiras.

Para conhecer melhor:Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)Fundação: 13/05/1820Presidente: José Luiz Alquiéres (2009/2011)21 conselhos: De assuntos jurídicos e tributários; Esportes; Relações de Trabalho; Jovens Empreendedores,Bens e serviços, Política Econômica, Micro e Pequena Empresa, Turismo, entre outros.

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AGENDA

Capacitar reúne entidades empresariais em Brasília, Curitiba e Recife

Entre os dias 13 e 19 de fevereiro, os representantes da CACB e da Câmara de Essen, na Alemanha, irão visitar as cidades de Brasília, Curitiba e Recife, para a pro-gramação de Reencontro do Programa Capacitar Nordeste. No ano passado, em visita realizada à Câmara de Essen, foi acordada a realização de um encontro no Brasil, com a participação das associa-ções, objetivando discutir os resultados do projeto, bem como melhorias que podem ser implementadas.

O presidente da Câmara de Essen participará das atividades durante toda a semana e visitará a sede da CACB no dia 14 de fevereiro. Entre os dias 17 e 18 acontecerão workshops sobre o progra-ma e visitas às entidades empresariais de Recife e Olinda. São aguardados cerca de 21 presidentes de Associações Comerciais de cidades nordestinas e oito presidentes de Federações, entre os quais o presiden-te da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli.

O Capacitar Nordeste foi um pro-grama desenvolvido em 30 Associações

Comerciais nos oito estados da região, do qual somente o Piauí não participou, entre 2005 e 2007. O objetivo era o for-talecimento das entidades, mantendo o Empreender e melhorando a represen-tatividade das associações com gestão de qualidade e oferta de serviços.

O projeto teve o apoio da Fundação para o Desenvolvimento da Alemanha (Sequa) e da Câmara de Essen. Os resul-

tados do Capacitar Nordeste foram tão bons que, graças a este trabalho, a CACB alcançou o prêmio de Melhor Projeto de Cooperação Internacional, durante o Congresso da International Chamber of Commerce (ICC), em 2007. Nos últi-mos dois anos, o Capacitar tem sido ex-pandido para mais de 50 associações do Paraná, com o apoio do Sebrae regional.

Fonte: Imprensa CACB

Jovens Empresários defi nem data do CongressoCom o tema “Fatores de sucesso e o Brasil 2.0”, o próximo congresso da Confederação

Nacional dos Jovens Empresários (Conaje) já tem data e local marcados. O evento aconte-cerá entre os dias 10 e 11 de novembro, em Campo Grande (MS).

Serão debatidos temas como sucesso de negócios, o quadro da economia brasileira, fer-ramentas da web, empreendedorismo e experiências de sucesso em diversos segmentos.

A escolha é um trabalho em conjunto com o Conselho de Jovens Empresários (CJE-MS) de Campo Grande, que aguarda cerca de 2 mil participantes de todo o Brasil para esta edição. Mais informações sobre o evento poderão ser obtidas junto ao CJE, pelo telefone (67) 3321-5000 ou pelo e-mail [email protected]

Fonte: Imprensa CACB/ Conaje

Comitiva de empresários alemães deverá visitar entidades no Recife e Olinda

Em 2010, evento foi realizado em Florianópolis

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Novo comando no Paraná

Soluções empresariais em pauta

É prevista para o dia 21 de feverei-ro, em Curitiba, a cerimônia de posse de Rainer Zielasko, novo presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap). O industrial de Toledo, que comandará a entidade nos próximos dois anos, ressalta que a linha condutora do seu trabalho será o equilíbrio entre o inte-rior e capital. “A Faciap sempre esteve atenta às diferenças estruturais entre as ACEs nas diferentes regiões do Paraná, e o que quero trabalhar é pelo fortale-cimento dessas Associações, estabele-cendo um equilíbrio, oferecendo ferra-mentas para a sustentabilidade e, assim, promovendo o desenvolvimento de todo o Estado”, destaca.

Rainer assumiu a presidência da Faciap no início de janeiro. No fi nal deste mês será realizada a primeira reunião da diretoria, composta por lí-deres empresariais de todas as regiões do estado. Durante o encontro, serão traçadas as diretrizes do planejamento estratégico do próximo biênio.

Fonte: Imprensa CACB/ Faciap

Fraiburgo,cidade do meio-oeste cata-rinense, conhecida como terra da maçã- será sede da 6ª Convenção de Solução Empresariais da Federação das Associa-ções Comerciais e Empresariais de Santa Catarina (Facisc). O evento será realizado entre os dias 23 e 25 de fevereiro. Para-lelamente, acontecerá a 1ª Convenção Nacional sobre o mesmo tema. Cerca de 200 executivos, de associações comerciais de ACI´s de SC e demais entidades do país, devem comparecer ao evento.

Segundo o coordenador das Soluções

Empresariais da Facisc, Rodrigo Busana, a 6ª Convenção vai repetir o sucesso das edi-ções anteriores, porém com algumas outras inovações. Palestras técnicas, interação entre os agentes comerciais e os novos canais de comunicação das soluções serão contem-plados na programação. Além disso, durante a Convenção, será lançado o Programa de Incentivo Comercial 2011 (PIC 2011).

Todas as informações sobre o setor das Soluções Empresariais da Facisc estão no www.facisc.blogspot.com

Fonte: Imprensa Facisc

Todas as consultoras do programa Em-preender RN, desenvolvido em parceria entre o Sebrae e a Associação Comercial do Rio Grande do Norte, participaram em Natal de um encontro para avaliar o traba-lho realizado em 2010 e traçar as metas para o ano que vai começar. O presidente da ACRN empresário Sérgio Freire, e o vice, Itamar Maciel, prestigiaram o encon-tro que foi comandado pelo coordenador do Empreender, Cláuber Wagner, e pela secretária executiva, Vilany Freitas.

O ano termina com um saldo positivo. O programa Empreender está presente em 20 municípios do Rio Grande do Norte, fun-ciona com o trabalho de nove consultoras

e já conseguiu instalar 52 núcleos setoriais, assistindo a 541 pequenos e micro-em-presários. ”Estamos muito satisfeitos com o desempenho de nossas consultoras. Elas de-senvolvem um trabalho que é reconhecido pelo Sebrae estadual e por nós que fazemos a Acrn”, disse o presidente Sérgio Freire.

Para 2011, a meta é ainda mais ousada. A Associação Comercial quer ampliar o nú-mero de núcleos atingindo principalmente a área do turismo. “O Rio Grande do Norte tem um potencial invejável nessa área e o Empreender vai fazer toda a diferença”, declarou o coordenador, Cláuber Wagner.

Fonte: Associação Comercial do Rio Grande do Norte

A força das mulheres no Rio Grande do Norte

Presidente da ACRN, Sérgio Freitas, e consultoras do Empreender/ RN

Rainer Zielasko toma posse em fevereiro

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26 Empresa BRASIL

Superendividadosrenegociam dívidas eganham orientação

Em mais uma tentativa de auxiliar os consu-midores endividados, a Fundação Procon e o Tribunal de Justiça do estado de São Paulo darão início, em fevereiro, ao proje-

to-piloto Tratamento do Superendividamento. Elabo-rado após um estudo desenvolvido pela Secretaria da Primeira Instância do TJSP, o projeto deverá funcionar por meio dos Postos Avançados de Conciliação Extra-processual, uma parceria do Tribunal com a Associação Comercial do Estado de São Paulo, fi liada à CACB.

O projeto-piloto terá duração de cinco meses, dos quais dois para capacitar os servidores e conciliadores e três para as audiências. Os atendimentos serão reali-zados no período de fevereiro e abril de 2011, o que deverá reunir cerca de 300 pessoas (100 por mês). O Pace fi cará responsável por 60% das audiências.

O objetivo é orientar os consumidores e devolver-lhes o crédito no mercado. Para tanto serão realizadas audiências coletivas de conciliação – de um devedor com vários credores – de forma a fi rmar um acordo

Assinatura do acordo para atendimento dos superendividados reuniu empresários com o presidente do Tribunal de Justiça

(TJ-SP), desembargador Antonio Carlos Viana Santos (E)

Tribunal de Justiça e Procon de São Paulo fecham parceria para oferecer orientação psicológica,reeducação e audiências coletivas de conciliação para consumidores superendividados

DESTAQUE CBMAE

Foto: Antônio Carreta/TJ-SP

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para o pagamento de todas as dívidas. Os superendi-vidados já foram identifi cados e estão no aguardo de agenda das sessões de conciliação. O superendividado é aquele que possui valores superiores a 30% do orça-mento familiar comprometidos com dívidas.

Os consumidores com interesse em renegociar dí-vidas devem procurar os postos de atendimento pes-soal do Procon-SP (Poupatempo Sé, Santo Amaro e Itaquera). Depois de responderem a um questionário, serão encaminhados a uma atividade psicoeducacional para o preparo de audiência coletiva.

Para a coordenadora do Núcleo de Superendi-vidamento do Procon-SP, Vera Remedi, há várias ra-zões para que uma pessoa se torne superendividada. “Pode ser por um evento negativo, como divórcio, falecimento de familiar, ou desemprego, o que reduz drasticamente a renda familiar, ou apenas por desor-ganização e desconhecimento do sistema de crédito”, afi rma. “Com o projeto não queremos apenas rene-gociar as dívidas dessas pessoas, mas ensinar o consu-midor a controlar seus gastos.”

Voltado para reeducação do consumidor, o Nú-cleo de Superendividamento foi criado pelo Procon em 2006. A orientação também faz parte da parceria com o Tribunal, o que é feito por meio de palestras e cursos de planejamento familiar e conscientização fi nanceira. Para a implementação do projeto-piloto to-dos os setores estão sendo previamente preparados: os conciliadores do Pace e os técnicos do Procon tive-ram um treinamento em Psicologia Econômica, com a professora Vera Rita de Melo Ferreira, especialmente contratada para o projeto.

Da mesma forma, credores estão sendo cons-cientizados para propiciar formas de renegociação viáveis, com descontos e parcelamentos. “A maioria dessas pessoas quer pagar suas dívidas, mas não con-segue porque as empresas não aliviam as formas de pagamento”, explica Vera Remedi. “O tribunal já faz esta conciliação de forma privada, mas nós queremos que ela seja coletiva para o credor sensibilizar-se com a situação do devedor, permitindo soluções viáveis de pagamento.”

O Tribunal de Justiça irá coordenar e supervisionar o trabalho realizado nas audiências, além de homolo-gar todos os acordos obtidos. Já o Procon fi ca respon-

sável pela seleção dos benefi ciados e por ministrar cur-sos de capacitação aos servidores e conciliadores das unidades de conciliação, em áreas como legislação do consumidor, psicologia econômica e matemática fi nan-ceira, além de cursos direcionados aos consumidores superendividados, visando à reeducação e organização do orçamento doméstico.

Intenção é tornar o projeto uma rotinaAo término dos cinco meses previstos para o

projeto-piloto será feita uma avaliação pelas entida-des envolvidas e, dependendo do resultado, o proje-to poderá ter continuidade, sendo estendido a outros Paces, inclusive do interior.

A intenção é que este formato vire procedimento de rotina entre as entidades. “Queremos fi rmar novas parcerias e até mesmo com as universidades”, explica Vera Remedi. “Será uma experiência boa para o con-sumidor, que terá novos espaços de conciliação, para os alunos, que poderão viver esta experiência, e para as entidades, que poderão dividir a demanda”, conclui.

Foto: Procon SP

Vera Remedi, do Procon: “Empresas não aliviam as formas de pagamento”

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28 Empresa BRASIL

Carreira de chef de cozinha começa a deslanchar no Brasil

Dono do equivalente a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e respon-sável por 8% dos empregos diretos no país, o setor de gastronomia está se

tornando cada vez mais competitivo. Como resultado disso, não somente as oportunidades de trabalho estão se ampliando, mas também a busca de profi ssionais mais qualifi cados. E olha que estamos a apenas três anos da Copa 2014, quando a demanda tende a se acentuar.

Tradicionalmente, neste segmento sempre predo-minou o autodidatismo baseado nos antigos livros de re-ceitas. Criado em 1962, o Senac-SP foi o primeiro curso do país, assim como o Restaurante-Escola, que atua na formação de cozinheiros e garçons.

Depois vieram os cursos técnicos e, em tempos mais recentes, os especializados, dos grandes chefs de cozinha – estes voltados para um público de elite. Nos últimos anos, a gastronomia, no Brasil, passou a ter cur-sos de bacharelado e se constituir, até mesmo, em uma boa opção de carreira.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRP), do Recife, e a Unisinos, de São Leopoldo (RS), ambas criadas em 2004, foram as primeiras a oferecer o bacharelado. Depois vieram as da Bahia e do Ceará.

O mais recente é o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – a primeira do Sudeste a incluir gastrono-mia na sua grade de cursos. Organizado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, logo na estreia, neste ano, des-bancou até a Medicina, tradicionalmente a carreira mais cobiçada pelos vestibulandos. Foram 115 candidatos dis-putando cada vaga, em comparação a 104 da Medicina.

Os alunos do curso de bacharelado em gastronomia da UFRJ terão aulas de vários tipos de culinária. Da mais básica, como a preparação de pães e massas, aos pratos sofi sticados da cozinha francesa e mediterrânea, além dos pratos típicos brasileiros. Com duração de quatro anos, o curso também ensinará os alunos a administrar restaurantes e a realizar pesquisas na área de alimentos

Com abordagem multidisciplinar, a nova carreira se propõe a ser um instrumento para recuperar, preservar e divulgar valores culturais e históricos da alimentação brasileira, especialmente do Rio, explica a coordenadora do curso, professora Nilma Morcerf de Paula. Em sin-tonia com tendências da alimentação contemporânea, o curso trata de questões pertinentes como produção local, recursos naturais, sustentabilidade e melhoria das condições de alimentação.

A fi nalidade é formar profi ssionais qualifi cados, em ní-

Cursos de bacharelado em gastronomia ensinam até mesmo a empreender no ramo de restaurantes

TENDÊNCIAS

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duto

Copa 2014 vai marcar novo

“boom” da profi ssão no Brasil

Brasil – Mercado de Gastronomia

■ 2 milhões de estabele-cimentos é o número es-timado entre restaurantes e lanchonetes fast food

■ 6 milhões de pessoas empregadas pelo setor

■ R$ 65,2 bilhões movi-mentados em 2009, com estimativa de crescimento de 7% até 2013

■ 8% dos empregos diretos no Brasil, o que equivale a 6 milhões de vagas

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vel de bacharelado, para atuar em três frentes: mercado, ensino e pesquisa. Os futuros bacharéis poderão atuar em empreendimentos gastronômicos, desenvolvimento de produtos alimentícios, no ensino e em outros campos da gastronomia. “O perfi l desse gastrônomo será gene-ralista, humanista e crítico, pautado no rigor científi co, intelectual e em princípios éticos”, destaca Nilma.

O interesse dos vestibulandos não chegou a ser sur-presa para a coordenadora do curso. “Eu esperava essa procura. Há dez anos não havia esse interesse, mas isso mudou. A gastronomia deixou de ser vista como elitista para ser assunto de interesse comum. Boa refeição não só é sinônimo de comida saudável. É a alimentação liga-da ao prazer, à beleza, à arte.”

Nilma defende a universidade como espaço apro-priado para a discussão de temas importantes para a so-ciedade. Levar a cozinha para a academia, a exemplo de países como França, Itália, Espanha e Portugal, é investir na preservação das cozinhas regionais e no fortaleci-mento da identidade local. “No âmbito da gastronomia, percebemos um interesse social bastante signifi cativo em relação ao entendimento da alimentação e de sua

repercussão na saúde do indivíduo, dos hábitos alimen-tares constituídos e de suas modifi cações, da necessária recuperação e preservação da tradição culinária local e da importância da alimentação do ponto de vista social e econômico”, justifi ca a coordenadora.

Mas quem pensa que o curso de gastronomia é puro glamour, é bom cair na real. Trata-se de um ofício conside-rado difícil pelos chefs. Isso porque, segundo eles, a criação corresponde a apenas 1% do trabalho. O resto é suor.

Um iniciante ganha cerca de R$ 1,5 mil no Rio de Janeiro. Os mais experientes podem chegar a R$ 8 mil, no Rio, e R$ 12 mil, em São Paulo. Mas nem sempre quem cozinha bem se torna um bom chef.

Unisinos (RS) já formou 300 bacharéisO curso de graduação de gastronomia da Unisi-

nos, de São Leopoldo (RS), iniciado em 2004, já for-mou 12 turmas, num total de 300 bacharéis. Seus alunos aprendem todas as técnicas culinárias básicas e clássicas, com ênfase na gaúcha, noções básicas de confeitaria, chocolataria e panifi cação.

Além disso, aprendem as técnicas gastronômicas das diversas regiões do Brasil e de enologia, enogastronomia, zitogastronomia, bebidas e coquetéis, serviços e cerimonial.

Com modalidade de certifi cação progressiva, os alu-nos da Unisinos, a partir do primeiro ano, já estão sendo contratados como estagiários ou colaboradores em di-versos restaurantes do sul do país. O salário médio fi ca em torno de R$ 800,00 a R$1.000,00 para cozinheiro júnior ou iniciante.

Segundo a professora Luciana Teichmann, da comis-são de coordenação do curso superior de tecnologia em gastronomia, da Unisinos, o cenário está em expansão. Hoje, o Brasil conta, entre os acadêmicos e não acadêmi-

cos, com mais de 64 cursos, o que indica uma grande de-manda para a profi ssão. “Claro que nem todos os alunos já saem da universidade com emprego garantido, mas em Porto Alegre temos percebido crescente exigência dos pontos de alimentos e bebidas de profi ssionais com curso superior”, diz Teichmann. “Como os chefs de hoje estão cada vez mais expostos à mídia e ao cliente, a formação está sendo muito bem valorizada.”

O aumento dos cursos de graduação no setor tam-bém provoca outros efeitos no mercado, acrescenta a professora. “Isso faz com que os próprios chefs autodida-tas busquem qualifi cação acadêmica, para serem profes-sores da área, uma vez que o MEC não aceita docentes sem especialização.”

Dado o crescente interesse pela atividade, Teichmann diz que o momento também favorece mesmo os cursos não acadêmicos. “Sempre existe espaço para esses cur-sos que atraem pessoas apaixonadas pela gastronomia e gostariam de poder conhecer um pouco mais dessa arte.”

Cursos de graduação no

setor fazem com que os próprios

chefs autodidatasbusquem

qualifi cação acadêmica

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Como nos contos de fadas

BIBLIOCANTO

Em 5 de janeiro de 1988, um simples

escriturário do interior do

Nordeste tornou-se ministro da Fazenda, sem

padrinhos políticos nem títulos de

Ph.D.

Nas histórias de sucesso, a capacidade de acreditar em si mesmo é funda-mental. Um exemplo é o do ex-ministro da Fazenda Maílson Ferreira

da Nóbrega, cuja biografi a Além do Feijão com Arroz acaba de sair. Menino pobre da Paraíba que virou mi-nistro, nasceu em 14 de maio de 1942, em uma casa às margens do rio Paraíba, em Cruz do Espírito Santo, município que contava apenas 2 mil habitantes, situado na Zona da Mata paraibana, a 25 km de João Pessoa.

Filho mais velho de uma família de 10 irmãos, teve seu nome, como era costume naquela região, mon-tado com a combinação de Ma, da mãe, Maria José, e

ílson, do pai, o alfaiate Wilson.Começou a trabalhar aos 10

anos e nunca mais parou. Seu pri-meiro emprego foi como descas-tanhador de caju, na Fábrica de Bebidas Santa Luzia. Foi auxiliar admi-nistrativo e recenseador do IBGE no Censo de 1960. Estudioso, aprovei-tava os fi ns de semana para ganhar uns trocados com aulas particulares.

Em 1963, aos 21 anos, pres-tou concurso público para o Banco do Brasil, na cidade de Cajazeiras, o que lhe garantiu o sustento para fugir de casa com Rosinha – o seu grande amor – e retomar os estu-dos. Em poucos anos foi indicado para um cargo de direção no ban-

co, inicialmente no Rio e, mais tarde, na nova capital federal, Brasília, em pleno governo militar.

Logo em seguida tornou-se um dos integrantes da tecnocracia que dava suporte aos generais na hie-rarquia do regime. Entre 1983 e 1984, foi secretário-geral do Ministério da Fazenda, quando coordenou um grupo de estudos para modernização institucional das fi nanças públicas. Os trabalhos resultaram, entre 1986 e 1989, na criação da Secretaria do Tesouro Nacional e na transferência, para o Ministério da Fa-

zenda, da gestão do Orçamento e da Dívida Pública Federal, antes a cargo do Banco do Brasil e do Banco Central, respectivamente.

Em 1987, com a crise do Plano Cruzado, Maílson passou a ser cogitado pelo presidente José Sarney para assumir a Fazenda. E o mais incrível aconteceu. No dia 5 de janeiro de 1988 ele foi anunciado pelo Plantão do Jornal Nacional, ainda sem ter sido comu-nicado pelo presidente da República, como o novo ministro da Fazenda. Era como um conto de fadas: um simples escriturário do interior do Nordeste che-gava ao topo da burocracia ofi cial da área econômica, sem padrinhos políticos nem títulos de Ph. D.

Como ministro da Fazenda, em janeiro de 1989 instituiu o Plano Verão. Devido à crise infl acionária, foi editada uma lei que modifi cava o índice de rendimen-to da caderneta, promovendo ainda o congelamento dos preços e salários, a criação de uma nova moeda, o Cruzado Novo, inicialmente atrelada em paridade com o dólar, e a extinção da OTN, usado fator de correção monetária.

Em sua primeira entrevista coletiva, como minis-tro, Maílson explicou aos jornalistas: “Vamos fazer o feijão com arroz”. No dia seguinte, a expressão “polí-tica do feijão com arroz” era a manchete dos jornais.

Nos três primeiros meses, o pacote teve efeito: a infl ação caiu para 16,78% em fevereiro, 6,82% em março e 8,33% em abril. Porém, daí em diante co-meçou a subir até chegar aos 82,39% em março de 1990, quando Sarney deixou o Planalto para a chega-da de Collor. Assim como ocorreu no Plano Bresser, o Plano Verão gerou grandes desajustes às cadernetas de poupança, em que as perdas chegaram a 20,37%.

Assinado pelos jornalistas Louise Sottomaior e Jo-sué Lionel, o livro foi redigido depois de 14 meses de pesquisas, 140 horas de entrevistas com Maílson, além de outras 40 horas de conversas com familiares e conhecidos do economista que hoje dirige a con-sultoria Tendências, com sede em São Paulo.

Milton Wells

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Por que, mesmo com juros tão elevados, ainda é preciso aumentar a Selic?■ André Filipe Zago de Azevedo*

O Brasil tem se notabilizado pelas suas ele-vadas taxas de juros. Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) da economia é de 10,75% ao ano, ao passo que a maioria

dos países desenvolvidos e emergentes ainda mantém suas taxas de juros próximas a zero, como forma de acelerar o processo de retomada do crescimento econômico. So-mente aqueles que ainda enfrentam processos infl acioná-rios crônicos, como Argentina e Venezuela, apresentam taxas de juros maiores do que a brasileira. Quando se considera a taxa de juros real, descontada a infl ação pelos preços ao consumidor (IPCA, no caso brasileiro), a situa-ção brasileira é ainda pior, pois o país fechou 2010 com uma taxa de 4,6%, a maior do mundo. Países emergentes, como Rússia, Índia e China, companheiros de BRIC do Brasil, ainda apresentam taxas de juros reais negativas.

Apesar desse cenário, espera-se um novo aumento da Selic agora em janeiro, em torno de 0,5 ponto percentual, elevando-a para acima de 11% ao ano, o que ampliaria ain-da mais a nossa “folga” na liderança das taxas de juros reais do mundo. A inevitabilidade de um novo aumento da taxa de juros no Brasil refl ete a necessidade de combater a infl a-ção ascendente, que, medida pelo IPCA, chegou a 5,91% em 2010, muito acima do centro da meta de infl ação, es-tipulado pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,5% ao ano. Além de ter superado signifi cativamente o centro da meta, ela cresceu muito rapidamente, pois em agosto de 2010 ainda estava abaixo de 4,5% no acumulado em 12 meses. Além disso, as previsões para 2011 também apon-tam para valores acima do centro da meta, situando-se em torno de 5,3%. Dado que o Banco Central é o responsá-vel pelo cumprimento das metas de infl ação, não lhe resta alternativa para fazer convergir a infl ação à sua meta, em um espaço de tempo razoável, a não ser elevar a Selic.

Os alimentos têm sido os principais vilões da recente escalada de preços, resultado de quebras de safras em vá-rios países, devido a problemas climáticos, o que reduziu a oferta simultaneamente ao aumento da demanda de ali-mentos nos países emergentes. No ano passado, o grupo

alimentação registrou infl ação de 10,4%, bastante acima do índice geral. No entanto, os aumentos de preços não têm se limitado a este grupo, tendo sido generalizados. Os preços de itens de vestuário e educação que, assim como alimentos, têm um peso importante na compo-sição do IPCA elevaram-se em 7,5% e 6,2%, respecti-vamente, em 2010. Portanto, aqueles que se opõem à elevação da Selic, com base no argumento de que ela pouco pode fazer para alterar a situação dos preços dos alimentos, já que estes estão relacionados principalmente a fatores externos, parecem ignorar que a elevação de preços não se restringe a este grupo.

Um aspecto fundamental que poderia contribuir para evitar um aumento mais signifi cativo da Selic nos próxi-mos meses é a contenção fi scal. É verdade que a rápida recuperação econômica brasileira da crise fi nanceira inter-nacional, que assolou o mundo no biênio 2008-2009, foi fruto, em boa parte, de medidas de estímulo fi scal, como a forte expansão dos gastos públicos e a redução de tribu-tos. No entanto, passada a crise, e com o Brasil devendo ter apresentado um crescimento econômico em torno de 8%, em 2010, é crucial limitar a expansão dos gastos públicos, que tem ameaçado a saúde fi scal do país.

O novo governo federal assumiu o compromisso de reduzir o défi cit nominal, que se situa em torno de 3% do PIB, gradativamente ao longo de quatro anos, atingindo o equilíbrio fi scal ao fi nal do mandato, em 2014. Nesse sentido, é preciso que haja uma sinalização mais clara das medidas que serão adotadas para esse fi m. Se elas forem plausíveis e, especialmente, focarem-se na contenção das despesas, darão uma maior credibilidade ao processo de ajuste, permitindo ao Banco Central limitar a duração do novo e inevitável aperto monetário e, quando as condições permitirem, reduzir mais intensa e rapidamente a taxa de juros. O ajuste fi scal permitiria que, em alguns anos, o Brasil se afastasse das primeiras colocações no que diz respeito às taxas de juros e tivesse condições de manter taxas de crescimento econômico maiores e mais estáveis.

*Coordenador do Mestrado em Economia (Unisinos) e Consultor Econômico da Federasul.

ARTIGO

“”

“Um aspecto fundamental que poderia contribuir para evitar um aumento mais signifi cativo da Selic, nos próximos meses, é a contenção fi scal”

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