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Títulos de crédito...continuação.....

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Direito cambiário?

É uma parte do direito empresarial que se destina ao estudo dos títulos de crédito.

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Título?

Representação de algo!

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Crédito?

É a troca!

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Então: título de crédito?

É a representação de uma obrigação líquida e certa.

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Elementos do crédito?

Confiança – expectativa do credor.

Lapso temporal – será devolvido após a entrega dos recursos.

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Confiança: duplo aspecto!

Subjetivo: esperança.

Objetivo: garantias, p. ex., análise econômica do devedor.

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Cesare Vivante.

Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.

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Relembrando...

No artigo 887 estão configurados os três princípios: cartularidade, literalidade e autonomia (abstração e independência).

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Peculiaridades dos títulos de crédito:

• - Bem móvel;

• - Maior facilidade na cobrança (executividade);

• - Negociabilidade.

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• A negociabilidade fica ainda evidenciada na facilidade de encontrar pessoas interessadas em antecipar o valor da obrigação, em troca do título do crédito, sendo certo que as regras cambiárias asseguram a essa pessoa garantias mais efetivas que as regras do direito comum.

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Omissão a requisito legal?

• Pode invalidar o título, mas não a obrigação que lhe deu causa.

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Requisitos: 889 CC.

• - data da emissão;

• - indicação precisa do direito;

• - assinatura do emitente.

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Título sem indicação de vencimento?

É à vista!

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Não indicação de lugar de emissão e pagamento?

• Domicílio do emitente.

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§3º, art. 889.

• Título criado no computador? Desde que respeitados os requisitos legais.....

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• Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.

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Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados.

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Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.

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Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado.

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Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes.

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Classificação.

• - modelo;• - estrutura;• - hipóteses de emissão;• - circulação.

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Modelo.

LIVRE: apenas precisa ser respeitado quanto aos elementos.

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Modelo.

VINCULADO: a forma já está determinada em lei.

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Estrutura.

• ORDEM DE PAGAMENTO: o título será uma ordem de pagamento quando o emitente, ao sacar o título, indicar um terceiro para realizar o pagamento.

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Aquele que cria o título não é o mesmo que realiza o pagamento, dando uma ordem para que terceiro pague.

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Para isso deve-se conhecer algumas figuras...

• - Sacador;

• - Sacado;

• Tomador ou beneficiário;

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• Sacador: é aquele que dá a ordem de pagamento.

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• Sacado: é o destinatário da ordem de pagamento, ou seja, contra ele emite-se o título e quando recebe a ordem, é chamado de aceitante.

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• Tomador ou beneficiário: aquele que se beneficiará da ordem.

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• Cheque PEIXE: bate no banco e nada... • Cheque BOEMIA: aqui me tens de regresso... • Cheque SIBÉRIA: É frio como gelo... • Cheque BAILARINO: quem apresenta no caixa dança... • Cheque MENDIGO: Está sempre descoberto... • Cheque COWBOY: recebe quem saca primeiro... • Cheque BOM FILHO: sempre à casa retorna... • Cheque ATLETA: você emite e tem que sair correndo... • Cheque CANJA: só funciona à noite, de dia não vale nada... • Cheque CAPIM: só burro aceita... • Cheque AIDS: ninguém quer pegar... • Cheque BOI: O gerente pega na mão e diz Hummmm... • Cheque BUMERANGUE: Você joga e ele volta para o mesmo

lugar... • Cheque BORRACHA: bate no caixa e volta...

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Estrutura.

• Promessa de pagamento: o próprio emitente (sacador ou promitente) se compromete a, na data de vencimento, entregar a quantia ao beneficiário indicado.

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Na promessa de pagamento:

• Não existe sacado.

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Mas existem...

• Promitente: aquele que promete pagar.

• Promissário: aquele que se beneficia dessa promessa.

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Quanto às hipóteses de emissão.

• Causais;

• Não causais.

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Causais.

• São aqueles que só podem ser emitidos em razão do fato especificado em lei.

• Ex. Duplicata mercantil só pode ser emitida se existir uma venda mercantil.

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Não causais.

• São aqueles que podem ser emitidos em razão de qualquer fato.

• Cheque.

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Quanto a forma de circulação.

• Ao portador;

• Nominativo;

• Nominativo à ordem;

• Nominativo não à ordem.

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Ao portador.

• Não identifica o beneficiário. Podem ser transferidos mediante mera tradição. O credor é quem o estiver portando.

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Nominativo.

• É aquele que traz a identificação do beneficiário. Para que se possa transferir esse crédito, exige-se outro ato de transferência: endosso ou cessão de crédito.

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Nominativo à ordem.

• Quando constar no título à ordem, que pode ser expressa ou tácita.

• Nota promissória, cheque....está implícito.

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Nominativo não à ordem.

• Deve ser expressa. Proíbe a transferência via endosso. Somente por cessão de crédito.

• E se fizer por endosso?

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• Equivale a uma cessão de crédito.


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