Download - Controle de Pragas Na Cultura Do Milho
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8/8/2019 Controle de Pragas Na Cultura Do Milho
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as plantas atacadas forem pequenas, o corte na haste pode ser total. As plantas atacadas geralmente
tornam-se improdutivas, o ataque geralmente s ocorre em plantas com at cerca de 50 centmetros de
altura. A identificao feita atravs de plantas que apresentam cortes na haste, causando morte dasplantas quando esse corte for grande. Pode ocorrer ainda perfilhamento, gerando touceiras improdutivas.
Quando tocada, a lagarta enrola-se, lembrando a forma de uma rosca. A praga conhecida como lagarta-
rosca envolve vrias espcies de lagartas, dessa forma, o controle atravs de agrotxicos se torna difcil,
a espcie mais comum a Agrotis ipsilon. O mtodo de controle indicado o mesmo que o da lagarta-
elasmo.
PRAGAS DA PARTE AREA
Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda): Juntamente com a lagarta-elasmo, uma das
principais pragas do milho. Inicialmente as lagartas se alimentam das folhas mais novas, raspando-as,
sintoma este denominado folhas raspadas, e posteriormente realizam furos no cartucho, at danific-
los por completo. Devido ao canibalismo, geralmente encontra-se apenas uma lagarta no cartucho, sua
presena indicada pela presena de excrementos na planta. Quanto maior a produtividade esperada,
mais rpido deve-se iniciar as medidas de controle. Algumas medidas indicadas so controle de plantas
daninhas hospedeiras da lagarta, arao aps a colheita (para matar as pupas existentes no solo), uso
de Baculovirus (que possui eficincia comparvel de agrotxicos, com a vantagem de no prejudicar
inimigos naturais e nem poluir o meio ambiente), e uso de agrotxicos.
Curuquer-dos-capinzais (Mocis latipes): Atacam as folhas a partir das bordas, deixando apenas
as nervuras centrais. Como mtodos de controle cita-se a eliminao de daninhas que possam servir de
hospedeiras e o controle qumico, realizado assim que for constatada a presena do inseto.
Cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta): A forma adulta causa danos ao milho ao sugar a
seiva das plantas e injetar toxinas que impedem a circulao da seiva. Plantas at cerca de dez dias de
idade so muito sensveis ao ataque dessas cigarrinhas, porm acima de 17 dias as plantas j so bem
tolerantes. As cigarrinhas podem migrar das pastagens para a cultura do milho. Pode-se utilizar otratamento de sementes como mtodo de controle ou ainda o uso de agrotxicos caso ocorra a
infestao em plantas maiores.
Cigarrinhas (Peregrinus maidise Dalbulus maidis): Se encontram dentro do cartucho e sugam a
seiva da planta, podendo transmitir doenas como o enfezamento do milho. O controle pode ser feito
utilizando-se cultivares resistentes s doenas.
Pulgo-do-milho (Rhopalosiphum maidis): Se alimentam da seiva da planta, e so vetores de
viroses como o mosaico, alm de permitir que se desenvolva nas folhas um tipo de fungo (fumagina) que
prejudica a realizao da fotossntese pela planta. Podem ser identificados verificando-se a presena de
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colnias de pequenos insetos esverdeados geralmente dentro do cartucho. Pode-se utilizar o controle
biolgico ou ainda o uso de agrotxicos em casos de alta taxa de infestao.
PRAGAS DO COLMO
Broca da cana-de-acar (Diatraea saccharalis): As lagartas penetram no colmo e fazem galerias.
A planta atacada pode produzir normalmente, porm a planta torna-se bastante suscetvel queda por
ao do vento. A praga pode ser identificada abrindo-se o colmo da planta, onde se encontrar a lagarta
ou sua galeria. O mtodo de controle indicado o biolgico.
PRAGAS DA ESPIGA
Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) e Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda): A lagartada espiga se alimenta dos gros em formao na espiga, alm de favorecer o aparecimento de caruncho
e da traa. Na fase de milho verde pode-se encontrar uma lagarta no interior da espiga infestada,
localizada na ponta da espiga. A lagarta do cartucho ocorre mais comumente no cartucho da planta,
porm pode ocorrer tambm nas espigas. Se a lagarta no for controlada aps a postura dos ovos, seu
controle aps entrar na espiga torna-se difcil. Caso o objetivo seja a produo de milho verde pode-se
utilizar o controle mecnico, cortando a ponta da espiga com um faco. O uso de cultivares que
apresentem bom empalhamento ajuda a diminuir a incidncia dessas pragas. Alm disso, tambm h a
possibilidade de uso de controle biolgico.
ESTRATGIAS DE CONTROLE
Observa-se que um mtodo bastante utilizado no controle de pragas o uso de agrotxicos,
porm esses produtos quando utilizados de maneira incorreta, seja no tipo de produto, no modo de
aplicao ou na dose (super ou sub-dosagem), podem ocasionar problemas como a eliminao de
inimigos naturais das pragas, eliminao de insetos benficos como polinizadores, deixar resduos nos
produtos, causar o aparecimento de pragas secundrias ou ainda proporcionar o aparecimento deresistncia nos insetos alvo. Um dos fatores a ser observado ao se utilizar o controle qumico a
seletividade do produto, ou seja, o produto deve atuar na praga (alvo), porm deve ser inofensivo aos
insetos predadores e parasitas dessa praga, ou seja, deve-se preferir produtos seletivos ao invs de
produtos de amplo espectro.
O uso de tratamento de sementes atravs de inseticidas sistmicos bastante recomendado,
mesmo sendo considerado um mtodo preventivo, principalmente para o combate s pragas iniciais do
milho, que se escondem no solo ou dentro dos colmos das plantas, onde o uso de pulverizaes de
agrotxicos acaba sendo pouco eficiente. Esse mtodo tem as vantagens de apresentar boa eficincia,
de no utilizar gua, alm do fato de ser uma aplicao localizada e com isso, no afeta diretamente os
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inimigos naturais, porm deve-se evitar que as sementes fiquem descobertas no sulco de plantio, j que
so txicas a pssaros e outros animais.
Um mtodo de controle que vem se mostrando bastante eficiente e menos prejudicial aoambiente o controle biolgico. Ele pode ser utilizado de dois modos: pela importao de inimigos
naturais ou ainda pela manipulao daqueles j existentes no local. Este mtodo tem se mostrado
interessante principalmente para pragas como Spodoptera frugiperda, Diatraea saccharalis e
Helicoverpa zea, que se localizam no colmo ou na espiga, tornando o controle qumico de baixa
eficincia.
Deve-se salientar tambm que plantas daninhas podem servir como hospedeiras para as pragas,
sendo que a eliminao dessas plantas auxilia bastante o combate a esses insetos. Porm,
independente do mtodo de controle escolhido, seja ele qumico, biolgico, cultural ou a juno de vrios
mtodos, o combate s pragas deve visar a eficincia agronmica aliada baixa toxicidade ao homem e
ao meio ambiente.
Para saber quando iniciar o combate a uma determinada praga, essencial realizar o
monitoramento constante da lavoura, desse modo, tem-se conhecimento de quando a praga chegou na
rea e tambm pode-se estimar qual a sua densidade populacional. Esse tipo de monitoramento
importante pois ao se atingir o nvel de controle, ou seja, o tamanho da populao de insetos-praga tal
que pode prejudicar a produtividade da cultura, o agricultor deve dar incio ao combate aos insetos. O
monitoramento pode ser feito de diversas formas como atravs de armadilhas luminosas, uso de
armadilhas contendo feromnios, uso de peneiras, redes entomolgicas dentre outros.
O nvel de controle a ser adotado para se iniciar o combate a uma determinada praga depende
de alguns fatores tais como produtividade esperada, tipo de praga, ocorrncia de inimigos naturais na
rea e idade da planta sendo que, para sua determinao, indispensvel o auxlio de um profissional
habilitado para indicar qual o nvel de controle indicado para a praga e qual o melhor mtodo a ser
utilizado.