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Doenças epragas------------ A lagarta-da-cartucho (lato menor) é umas das principais pragas do milho, atacando todos os estágios de crescimento da cultura. Danos causados na plantação de milho pela lagarta-da-cartucho. (lato ao lado) Como controlar pragas do milho Ivan Cruz (*) Jamilton Pereira Santos (*) José Magid Waquil (*) Os dados relativos aos danos causados pelas principais pragas de milho, medidos quantitativamente, são poucos; porém já se têm verificado danos de até 34% na produ- ção. Nas condições atuais de preço de mer- cado do grão de milho, tornam-se as pragas um fator bastante importante dentro do sis- tema de produção para a cultura de milho no Brasil. O armazenamento de milho na fazenda é um problema sério a resolver. Isto porque as estruturas de armazenamento são muitas vezes rústicas, impróprias para boa conser- vação dos grãos, propiciando a destruição de grandes quantidades de milho por carunchos e traças. O problema torna-se mais simples quando se dispõe de instala- ções que facilitem a aplicação de insetici- das. Porém, deve-se seguir uma orientação técnica para se usar o defensivo somente ('I Pesquisadores da Embrapa/ Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo. 32 A Lavoura Jul./Ago. 83 o número de insetos encontrados na cultura do milho no campo é bastante elevado. Entretanto somente algumas I espécies constituem problema para a cultura, dependendo das condições ambientais reinantes em cada local. quando necessário e na dosagem sufi- ciente, para garantir bom controle e evitar resíduos tóxicos nos alimentos. Os tópicos seguintes contêm informa- ções que auxiliam no controle e manejo das pragas do milho no campo e armazenado na fazenda. Pragas de campo Lagarta-elasmo - Elasmopalpus lig- nosellus (Zellet, 1848) - Lepidopptera - PyraJidae. A lagarta-elasmo vem tomando-se, jun- tamente com a lagarta-do-cartucho, uma das principais pragas da cultura do milho em condições de campo. Tem sido obser- vado que esta praga ocorre com maior fre- qüência em solos arenosos e em períodos secos, após as primeiras chuvas. Também tem sido problemática para as culturas em solos sob vegetação de cerrado, sobretudo no primeiro ano de cultivo. A forma adulta da lagarta-elasmo é uma pequena mariposa, medindo cerca de 20mm de envergadura, apresentando colo- ração cinza-amarelada. A postura é feita nas folhas, bainhas ou hastes das plantas hospedeiras, onde ocorre a eclosão das lar- vas' num período variável, de acordo com as condições climáticas. A larva,inicial- mente, alimenta-se das folhas, descendo em seguida para o solo, e penetrando na planta à altura do colo, no qual faz uma galeria ascendente que termina destruindo o ponto de crescimento da planta. As lagartas completamente desenvolvi- das medem cerca de 15mm de compri- mento e têm coloração verde-azulada com estrias tranversais marrons, purpúreas ou pardo-escuras. Findo o período larval - em média 21 dias, as larvas transformam-se em crisálida, próximo da haste da planta ou

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Page 1: Doençasepragas------------Doençasepragas-----A lagarta-da-cartucho (lato menor) é umas das principais pragas do milho, atacando todos os estágios de crescimento da cultura. Danos

Doençasepragas------------

A lagarta-da-cartucho (lato menor) é umas das principais pragasdo milho, atacando todos os estágios de crescimento da cultura.Danos causados na plantação de milho pela lagarta-da-cartucho.(lato ao lado)

Como controlar pragas do milhoIvan Cruz (*)Jamilton Pereira Santos (*)José Magid Waquil (*)

Os dados relativos aos danos causadospelas principais pragas de milho, medidosquantitativamente, são poucos; porém já setêm verificado danos de até 34% na produ-ção. Nas condições atuais de preço de mer-cado do grão de milho, tornam-se as pragasum fator bastante importante dentro do sis-tema de produção para a cultura de milhono Brasil.

O armazenamento de milho na fazenda éum problema sério a resolver. Isto porqueas estruturas de armazenamento são muitasvezes rústicas, impróprias para boa conser-vação dos grãos, propiciando a destruiçãode grandes quantidades de milho porcarunchos e traças. O problema torna-semais simples quando se dispõe de instala-ções que facilitem a aplicação de insetici-das. Porém, deve-se seguir uma orientaçãotécnica para se usar o defensivo somente

('I Pesquisadores da Embrapa/Centro Nacional de Pesquisade Milho e Sorgo.

32 A Lavoura Jul./Ago. 83

o número de insetos encontradosna cultura do milho no campo ébastante elevado. Entretantosomente algumas I espéciesconstituem problema para acultura, dependendo dascondições ambientais reinantesem cada local.

quando necessário e na dosagem sufi-ciente, para garantir bom controle e evitarresíduos tóxicos nos alimentos.

Os tópicos seguintes contêm informa-ções que auxiliam no controle e manejo daspragas do milho no campo e armazenadona fazenda.

Pragas de campoLagarta-elasmo - Elasmopalpus lig-nosellus (Zellet, 1848) - Lepidopptera- PyraJidae.

A lagarta-elasmo vem tomando-se, jun-tamente com a lagarta-do-cartucho, umadas principais pragas da cultura do milho

em condições de campo. Tem sido obser-vado que esta praga ocorre com maior fre-qüência em solos arenosos e em períodossecos, após as primeiras chuvas. Tambémtem sido problemática para as culturas emsolos sob vegetação de cerrado, sobretudono primeiro ano de cultivo.

A forma adulta da lagarta-elasmo é umapequena mariposa, medindo cerca de20mm de envergadura, apresentando colo-ração cinza-amarelada. A postura é feitanas folhas, bainhas ou hastes das plantashospedeiras, onde ocorre a eclosão das lar-vas' num período variável, de acordo comas condições climáticas. A larva,inicial-mente, alimenta-se das folhas, descendoem seguida para o solo, e penetrando naplanta à altura do colo, no qual faz umagaleria ascendente que termina destruindoo ponto de crescimento da planta.

As lagartas completamente desenvolvi-das medem cerca de 15mm de compri-mento e têm coloração verde-azulada comestrias tranversais marrons, purpúreas oupardo-escuras. Findo o período larval -em média 21 dias, as larvas transformam-seem crisálida, próximo da haste da planta ou

Page 2: Doençasepragas------------Doençasepragas-----A lagarta-da-cartucho (lato menor) é umas das principais pragas do milho, atacando todos os estágios de crescimento da cultura. Danos

------------Doenças epragasnas proximidades desta no solo, e, apósaproximadamente 8 dias, emergem osadultos.

identificação no campoOs maiores prejuízos para a cultura do

milho são causados nos primeiros 30 diasapós a germinação. Portanto, para se iden-tificar a presença da lagarta-elasmo nocampo, deve-se proceder um levanta-mento, considerando aquele período detempo.

Devido ao ataque, ocorre primeiramentea morte das folhas centrais, cujo sintoma édenominado "coração morto". Sendo pu-xadas com a mão, as folhas secas do centrose destacam com facilidade. Posterior-mente ocorre o perfilhamento ou a morteda planta. Uma folha enrolada, atacada porelasmo, quando chega a abrir, apresentaorifícios bem redondos dispostos em linhareta.

Junto ao orifício de entrada encontra-seum tubo tonstruído pela lagarta, com teia,terra e detritos vegetais, dentro do qual seabriga. Uma característica marcante destapraga é que as lagartas são bastante ativas esaltam quando tocadas.

controleOs inseticidas registrados e recomenda-

dos para controlar esta praga podem seraplicados junto ao adubo por ocasião doplantio (Aldrin, 1,75 kg p.a./ha) ou em pul-verização dirigindo-se a calda inseticidapara a região do colo da planta. Para estaaplicação, recomenda-se a utilização deprodutos à base de Endrin (0,18 litros dop.a./ha), Carbaryl (1,7 kg p.a./ha), Mala-thion (0,751 p.a./ha) ou Trichlorphon (1 kgp.a./ha).

Lagarta-rosca - Agrotis spp - Lepi-doptera-Nocuidae

Várias espécies de lagarta-rosca atacam acultura de milho, porém a espécie A. Ipsilontem sido a mais comum. As plantas ataca-das por lagarta-rosca são totalmente impro-dutivas. Tem sido observado que a cadaano agrícola aumenta a infestação de lagar-ta-rosca em áreas cultivadas com milho ..Como são várias espécies envolvidas, e ocontrole químico é difícil, pode-se consi-derar este grupo de pragas como sériaameaça ao bom "stand" na cultura domilho.

O adulto é uma mariposa geralmente decoloração rnarron-escura, com áreas clarasno primeiro par de asas, e coloração claracom os bordos escuros, no segundo par.

A lagarta-elasmo ataca principalmente em períodossecos. após as primeiras chuvas.

A traça se alimenta do conteúdo dos grãos demilho. destruindo grandes quantidades do produto.

o caruncho. uma das pragas do milhoarmazenado. causa danos nos grãos. diminuindoo valor comercial do produto.

Mede cerca de 35mm de envergadura. Asposturas são feitas na parte aérea da plantae cada fêmea tem um potencial para colo-car, em média, 750 ovos, durante a suavida. Após a eclosão, as lagartas dirigem-separa o solo, onde permanecem protegidasdurante o dia, só saindo ao anoitecer parase alimentarem. A larva deste inseto ali-menta-se da haste da planta, provocando oseccionamento da mesma - que pode sertotal quando as plantas estão com uma al-tura de até 20cm, pois ainda são muito ten-ras e finas.

As larvas, quando completamente de-senvolvidas, medem cerca de 40mm, sãorobustas, cilíndricas, lisas e apresentamcoloração variável, predominando a corcinza-escura. A fase larval dura cerca de 25a 30 dias, transformando-se na fase pupalno próprio solo, onde permanece por cerca

de 2 a 3 semanas de onde emergem osadultos.

identificação no campoO milho, geralmente, só é atacado pela

lagarta-rosca até 50cm de altura. Deve-seprocurar por plantas apresentando o colmoseccionado na região do coleto. O ataquede lagarta-rosca provoca três sintomas di-ferentes: inicialmente as lagartas provocamseccionamento parcial do colmo e, quandoa lesão é grande, surge o chamado "cora-ção morto", com a conseqüente morte daplanta; quando a lesão é pequena surgemmanchas semelhantes às causadas por "de-ficiências minerais"; a lagarta-rosca podetambém provocar um "perfilhamento",que é indesejável, pois surgirá uma touceiratotalmente improdutiva. Uma larva é capazde destruir de 4 a 6 plantas. As lagartas abri-gam-se no solo em volta das plantas recém-atacadas, numa faixa lateral de 10cm enuma profundidade de 7cm. Quando toca-das, as lagartas enrolam-se tomando o as-pecto de uma rosca.

Muitasvezes o ataque de A. lpsilon é con-fundido com o de E. lignoseJ/us; porémpode ser facilmente distinguido, uma vezque a lagarta-elasmo faz orifício e penetrano colmo, enquanto a lagarta-rosca alimen-ta-se externamente sem penetrar na planta.

controleOs mesmos produtos recomendados

para o controle da lagarta-elasmo são tam-bém eficientes no controle da lagarta-rosca.

Lagarta-do-cartucho - Spodopterafrugiperda (Smith, 1797) - Lepidop-tera-Noctuidae

A lagarta-do-cartucho é consideradauma das principais pragas do milho nasAméricas. A larva deste inseto pode atacartodos os estágios de crescimento da cultura,assumindo grande importância no México,América Central e América do Sul.

No México, foi verificada uma reduçãode 37,7% na produção de milho devido aoataque da Lagarta-do-cartucho.

No Brasil, esta redução variou de 15 a34%, dependendo do estádio de cresci-mento da cultura.

O inseto adulto é uma mariposa medindocerca de 35mm de envergadura, e apresen-tando uma coloração pardo-escura nasasas anteriores, e branco-acinzentada nasasas posteriores. As posturas são feitas emmassa, possuindo em média 150 ovos. Operíodo de incubação de ovos é de aproxi-madamente 3 dias.

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Doenças e pragas------------As larvas recém-eclodidas alimentam-se

da própria casca do ovo. Após esta primeiraalimentação, permanecem em repouso porum tempo variável de 2 a 10 horas. Quan-do encontram hospedeiro adequado, elascomeçam a se alimentar dos tecidos verdes,geralmente começando pelas áreas maissuculentas, deixando apenas a epidermemembranosa, provocando o sintoma co-nhecido como "folhas raspadas". À me-dida que as larvas crescem, começam a fa-zer orifícios nas folhas, podendo destruircompletamente as plantas mais novas; oataque pode ocorrer desde o estádio de"seedling" até o da formação das espigas.

A lagarta, completamente desenvolvida,mede cerca de 40mm, e com coloraçãovariável de pardo-escura, verde até quasepreta e com um característico Y invertido naparte frontal da cabeça. O período larvaldepende das condições de temperatura,sendo que, nas nossas condições, dura emtomo de 15 dias. Findo este período, a larvageralmente vai para o solo, onde se tomapupa. O período pupal varia de 10 a 12 diasnas épocas mais quentes do ano.

identificação no campoLarvas de primeiro instar geralmente

consomem o tecido verde de um lado da fo-lha, deixando intacta a epiderme membra-nosa do outro lado. Isto é uma boa indica-ção da presença de larvas mais jovens nacultura do milho, uma vez que são poucosos insetos que apresentam hábitos seme-lhantes e na área atacada pela lagarta-do-cartucho. A presença da larva no interior docartucho da planta pode ser indicada pelaquantidade de excrementos ainda frescosexistentes na planta, ou abrindo-se as fo-lhas e observando lagartas com cabeça es-cura e um característico Yinvertido na partefrontal da cabeça.

controleO controle da lagarta-do-cartucho pode

ser feito mediante o uso de vários produtosquímicos. Segundo pesquisas realizadas noE},rasil,o insucesso no controle deste insetonão está relacionado com o produto quí-míto em si, mas sim com o método de apli-cação. O polvilhamento e a pulverizaçãocom bico tipo cone não são eficientes, ten-do em vista a localização das lagartas prote-gidas dentro do cartucho. A formulaçãogranulada seria ideal no controle do inseto.Produtos à base de Diazinon granulado(1,4 kg do princípio ativo por hectare) têmsido bastante eficientes no controle a estapraga. Não se podendo contar com uma

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granuleira em áreas onde não é possível aaplicação manual, devem-se aplicar produ-tos por via líquida, porém utilizando-se bi-cos com jatos em leque dirigidos para o car-tucho da planta. Recomenda-se, para talaplicação, os produtos Carbaryl (0,85 kg doprincípio ativo por hectare), Diazinon (0,6rkg p.a.zha), Metomil (0,36 I p.a.zha), Tri-chlorphon (0.7 kg p.a./ha) ou Endrin (0,241p.a.zha).

Lagarta-da-espiga - He/iothis zea(Boddie, 1850) Lepídoptera-Noctuí-dae

A lagarta-da-espiga é considerada umadas mais importantes pragas de milho nosEstados Unidos, causando mais danos quequalquer outro inseto. Naquele país, osprejuízos causados por H. zea chegam até14% em milho doce. No Brasil, já se verifi-cou uma redução de 8,38% na produçãodo milho Hmd 7974, sendo que 2,09% foidevido à alimentação nos grãos; 1,99% de-vido ao apodrecimento dos grãos, e 4,3%devido à alimentação dos estilos-estigmas,impedindo a formação dos grãos.

Além do prejuízo direto causado pela la-garta-da-espiga, seu ataque favorece a in-festação de outras pragas importantes, taiscomo, o caruncho, Sitophilus zeamais e atraça, Sitotroga cerealeJ/a.

O inseto adulto é uma mariposa comcerca de 40mm de envergadura; as asas an-teriores são de coloração amarelo-parda,com uma faixa transversal mais escura,apresentando também manchas escurasdispersas sobre as asas. As asas posterioressão claras, com uma faixa nas bordas ex-ternas.

A fêmea fecundada põe os ovos em qual-quer parte da planta, mas de preferêncianos "cabelos" (estigmas) da flor feminina,"boneca". Cada fêmea deposita em média1.000 ovos durante sua vida. Os ovos sãogeralmente depositados individualmente, esomente um ou dois por planta. Após 3-4dias dá-se a eclosão das larvas que come-çam a alimentar-se imediatamente. À me-dia que elas se desenvolvem, penetram nointerior da espiga e iniciam a destruição dosgrãos em formação. A larva completamentedesenvolvida mede cerca de 3,5cm e comcoloração variável de um verde-claro ou ro-sa para marron ou quase preta, com partesmais claras. O período larval varia de 13 a25 dias, findos os quais as larvas saem daespiga e vão para o solo para se tomarempupa. O período pupai requer de 10 a 15dias.

identificação no campoO ovó da lagarta-da-espiga mede cerca

de 1,Omm de diâmetro, com a forma he-misférica, apresentando saliências laterais,e podendo ser visualizado através de umexame minucioso do "tufo de cabelos",com uma lupa ou mesmo a olho nu. Após aeclosão, as lagartas penetram nas espigasdeixando um orifício bem visível. Na fasede milhoverde, pelo despalhamento. geral-mente se encontra uma lagarta no interiorda espiga infestada.

controleAté o presente momento têm-se verifi-

cado ser inviável o controle químico destapraga em cultura destinada à produção degrãos. Entretanto, se dentro de uma situa-ção particular for necessário o controle, po-de-se usar inseticida à base de Carbaryl,Trichlorphon e Metoxicloro, todos na basede 1,Okgdo princípio ativo por hectare.

Pragas de milho armazenadoCaruncho - Sitophilus spp - Cole-optera - Curcu/ionidae.

Traça - Sitotroga cerealella (Ollvier,1819) Lepidoptera - Gelechiidae.

Os prejuízos causados nos grãos pelos in-setos são de diversas formas. podendo serresumidos nos seguintes ítens:

Redução de Peso e Valor Comercial:Os insetos ao se alimentarem do grão con-somem e destroem grandes quantidades dematerial, concorrendo grandemente pararedução no peso. Os danos causados nosgrãos também influenciam o valor comer-cial do produto.

Redução da Qualidade: Além das per-das anteriormente mencionadas, as pragasprovocam perdas significantes na quali-dade dos grãos. A qualidade é depreciadadevido à poluição da massa de grãos pelapresença de ovos, larvas, pupas, adultos e

, excrementos. Deve-se considerar que estapoluição persiste nas farinhas.

Perdas no Pod~r Gerrninativo: O carun-cho e a traça começam a destruição do grãopela região do embrião. Um grão caruncha-do geralmente não germina. Se germinar,irá dar origem a uma planta deficiente. inca-paz de produzir satisfatoriamente.

No Brasil há duas espécies de carunchosque atacam o milho, o Sitophilus zeamais eo Sitophilus oryzae, esta última menos co-mum. Estes carunchos são pequenos be-

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------------Doenças é pragas1. Independentemente de o milho estar

em palha, granel ou ensacado, deve-seamontoá-Io em uma área cimentada, sobreuma lona plástica ou mesmo sobre umaárea de chão batido.

2. Cobrir o milho com lona plástica e dis-tribuir 1 tablete ou 5 comprimidos de fos-feto de alumínio por tonelada de grãos.

3. Imediatamente após adístríbuíção dofosfeto de alumínio, vedar, com o máximorigor, a saída do gás com terra, areia ou comcobras-de-areia.

4. O milho deve permanecer debaixo dalona por 3 dias.

b. A seguir, deve-se fazer um polvilha-mento ou pulverização em toda área,dando atenção especial às reentrâncias doassoalho, canto das paredes, rachaduras,etc., locais que podem esconder carunchose traças. O polvilhamento pode ser feitocom produtos à base de Malathion a 2% e apulverização com Pirimiphos Metil 50%.

souros castanhos, medindo 3-5mm e comum bico projetando-se da cabeça. Os danosno milho são causados pelos adultos e pelasformas jovens que se desenvolvem no in-terior dos grãos, emergindo quando setransformam em adultos.

A traça, Sitotroga cereelells, é uma mari-posa branco-amarelada, medindo de 5 a7mm. A mariposa' põe ovos sobre os grãose, após a eclosão, as larvas penetram nosgrãos e se alimentam de seu conteúdo,emergindo quando se transformam emadultos.

C. Antes de fazer o carregamento do paiolou do depósito, deve-se fazer um expurgodo milho, para eliminar a infestação ocorri-da no campo. Este expurgo deve ser feitoem ambiente fechado, sendo um bom mé-todo o uso de tendas plásticas. A operaçãode expurgo consiste em colocar o milho emambiente hermético onde é introduzido oinseticida fumigante (Fosfeto de Alumínio)que é encontrado na forma de tabletes oucomprimidos, os quaís, em contato com aumidade do ar, reagem quimicamente, li-berando um gás tóxico - a fosfina - degrande poder inseticida.

Para efetuar o expurgo deve-se procederda seguinte forma:

Controle de pragas de milhoarmazenado

Para o armazenamento de milho na fa-zenda, a seguinte orientação deve ser segui-da para evitar a infestação de carunchos etraças no milho:a. Antes de receber o material da nova co-lheita, os paióis ou depósitos devem ser var-ridos, retirando-se os restos da safra an-terior. Esta operação visa eliminar uma pos-sível fonte de infestação.

Cuidados após o armazenamentoTanto em paiós quanto em armazéns,

após o carregamento, deve-se fazer um pol-vilhamento ou pulverização sobre a superfí-cie do milho e sobre a sacaria, com produ-tos à base de Malathion ou Pirimiphos Me-til, de 3 em 3 meses. Previne-se, destemodo, a reinfestação por insetos que pos-sam vir do campo ou de paióis vizinhos.

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