MERCADO DE ARTES
Introdução
Baixo Ribeiro
4 aulas
Objetivo
Metodologia
AULA 1 | O sistema do mercado de arte | Histórico e agentes (curadores, galeristas,
dealers, críticos, advisers, artistas, colecionadores privados, institucionais, etc)
1. Palestra: pequena historia
2. Exercicio: atores/players/stakeholders
3. Reflexao: “perguntas a Saatchi”
AULA 2 | O sistema do mercado de arte | Os negócios que dinamizam o mercado de arte
(feiras, galerias, leilões), espaços independentes e instituições
1. Palestra - valores da arte - patrimonial, simbolico, social
2. Exercicio: precificacao
3. Reflexao: "Talking Prices"
AULA 3 | O financiamento da produção artística | O financiamento direto via editais, leis de
incentivo, patrocínios e crowd funding e o financiamento indireto, via colecionismo e
comercialização de produtos artísticos colecionáveis.
1. Palestra: O sistema da arte do ponto de vista do artista.
2. Exercicio: estudos de caso - mural Melim crowd funding, A Ponte - incentivo fiscal,
formacao de professores - híbrido edital/incentivos, edital Itaú Cultural . Casos da classe.
3. Reflexao: Editais Itaú Cultural, Google, Lei Rouanet, Proac
AULA 4 | O acesso à produção artística | A coleção particular e a corporativa; a coleção
pública e a publicação da produção artística; a arte pública e novos meios de acesso do
público à produção artística.
Palestra: É possível existir inovação no campo das artes?
Exercício: novos modelos que estamos vendo por aí - cenários para o futuro
Reflexão: “The birth of a generation of cultural institution” Art Review, 2014
Pequeno histórico sobre o mercado de arte
Foi depois da Segunda Guerra que começou a se esboçar o que seria o
mercado de arte, como o conhecemos hoje. Anteriormente o modelo de
financiamento da produção artística relevante era o do mecenato privado
ou institucional - sendo os principais financiadores da arte: a Igreja, as
Côrtes e figuras expoentes da classe burguesa que se formara a partir
do período do Renascimento.
Esse modelo de financiamento da produção artística não se altera com a
Revolução Industrial, mas cresce muito a quantidade de novos mecenas
advindos da nova sociedade capitalista consolidada. Assim, a nossa
grande coleção coletiva de arte vem sendo formada por museus
“antigos” – Hermitage, Louvre, British – pelos “modernos” Guggeinheim,
Moma, Masp e pelos “contemporâneos” New Museum, Tate Modern,
Inhotim.
No Pós Guerra, com o agudo empobrecimento da Europa, muitas
coleções particulares e mesmo de grandes museus foram colocadas à
venda e migraram para os novos acervos que se formavam ao redor do
mundo. O MASP é um exemplo de acervo grandioso e histórico adquirido
nesse momento, por valores baixíssimos comparados com os de hoje.
Os anos 80 e os yuppies japoneses marcam a entrada no mercado de
arte da figura do investidor profissional, que diferente do mecenas, visa
o lucro com a valorização das suas aquisições. Distinto do colecionador-
mecenas, o colecionador-investidor, vindo do mercado financeiro impõe
uma nova dinâmica econômica ao mercado de arte: globalizada,
informatizada e monetarizada.
E nos anos 90, surge a figura do colecionador-marca, como Charles
Saatchi, que vindo do mercado publicitário impõe uma nova dinâmica de
lançamento e venda da produção contemporânea, segundo os novos
conceitos de branding. Esse modelo se adaptou muito bem ao mercado
emergente e crescente, cada vez mais internacional e aberto a novos
atores. Por outro lado, surge uma crítica generalizada à excessiva
comoditização da produção artística.
É ainda sob esse contexto que estamos vivendo em 2014, um momento
no qual o mercado de arte se encontra no auge de seu poder e influência,
diminuindo os limites entre o que é privado e o que é público, entre o
institucional e o corporativo. Hoje ninguém nega a
importância/relevância de certas Feiras de Arte e das muitas fundações -
surgidas de coleções privadas - tão importantes quanto os principais
museus do mundo.
A cadeia de profissionais do Sistema da Arte
ARTISTA – AGENTE PESSOAL – DEALER – ADVISER - EXPERT
GALERISTA - CURADOR – CRÍTICO – COLECIONADOR
PRODUTOR – PROFESSOR – NOVAS CATEGORIAS E HIBRIDAÇÕES
Exercício: “My name is Charles Saatchi”
1. Como vc escolhe o que comprar?
Vc compra só o que vc gosta ou
compra coisas que não gosta mas que
são bons investimentos?
2. Vc descobriu grandes novos
talentos, mas não existem outros
talentos que permaneceram
desconhecidos?
3. O que vc pensa sobre o mundo das
artes?
4. Eu sei pouco sobre arte
contemporânea, mas tenho 1000
pounds para investir. Qual o
conselho?
5. Pergunta escolhida pela classe.
6. CONCLUSÃO