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Universidade Anhanguera - UniderpCentro de Educao a Distncia

Curso de AdministraoPolo Paraty / RJATPS Anlise de Investimentos

Tutor a Distncia: Prof. Me. Jefferson Dias

Atividades Prticas Supervisionadas da Matria de Anlise de Investimentos do 5 perodo do Curso de Administrao da Universidade Anhanguera - Uniderp - Polo Paraty/RJ

Benedita de Jesus BragaRA 447192Cristiano de OliveiraRA 447091Gleidson MoraisRA 7928693230Josinei da SilvaRA 7983710595Luana Ramos B. de AndradeRA 446025Valdeval A. SantosRA 7983713385

Paraty, Abril 2015Sumrio

1.Introduo.................................................................................................... 42. Tipos de investimentos ................................................................................. 53. Anlise de Investimentos ................................................................................ 74. Tcnicas de Investimento ............................................................................. 185. O efeito da inflao na anlise de investimento ........................................... 236. Consideraes Finais ..................................................................................... 277. Referncias Bibliogrficas ............................................................................ 28

1. IntroduoEste trabalho foi desenvolvido pelo grupo com o intuito de criar um projeto que fosse vivel e trouxesse boa rentabilidade.A princpio as ideias estavam desorganizadas e havia muitas opinies divergentes, porm, aps o estabelecimento da atividade e dos produtos comercializados as ideias comearam a tomar forma, como provavelmente ocorre em uma situao real de iniciativa de um novo negcio.Esse projeto bastante simples e sero demonstrados os pontos positivos e negativos do empreendimento.No decorrer do trabalho a simplicidade do projeto poder ser constatada pela pequena quantidade de produtos comercializados, pela opo de tributao pelo Simples Nacional, e pelo fato do comercio ser de pequeno porte, o que diminui ainda mais seus gastos, o que acreditamos que fosse o objetivo da avaliao, fazer algo simples que pudesse demonstrar com preciso a importncia das anlises realizadas no decorrer do projeto.Acreditamos que as anlises feitas, apesar da utilizao de valores fictcios, sejam muito prximas realidade, e podem indicar um verdadeiro potencial nesse tipo de investimento.

2. Tipos de Investimentos comum o uso da palavra investimento no nosso cotidiano. Podemos nos deparar com ela em vrias circunstncias. O simples fato de guardar dinheiro numa caderneta de poupana, cursar uma faculdade, comprar uma casa, abrir uma empresa entre outros so tratados como investimento mesmo sendo to diversos.Mas no por acaso que tantas circunstancias so denominadas de investimento, existe algo em comum. O conceito de investimento oriundo do ramo da economia, o investimento em sentido econmico a utilizao de recursos existentes para de alguma forma captar recursos no futuro. Ento, os exemplos que foram citados no segundo pargrafo mesmo sendo to diversos so denominados de investimento por terem a mesma dinmica, ou seja, o alcance de um objetivo, a renncia de um recurso no presente para um maior retorno de recursos no futuro.Os investimentos podem ser de diversos tipos, mas, basicamente dividem-se em trs grandes categorias, quando definidos em relao a sua origem.2.2 Investimentos pblicos: so recursos disponibilizados pelos governos ou entidades pblicas a fim de gerar bem-estar social. Os investimentos pblicos em geral no tm por objetivo gerar retornos monetrios, mas sim retornos sociais. Exemplos: construo de moradias populares, saneamento bsico, ou mesmo realizaes de obras de infraestrutura como estradas, hospitais, escolas, dentre outros.2.3 Investimentos privados: so recursos disponibilizados por pessoas jurdicas ou fsicas de direitos privados, a fim de gerar retorno monetrio aos investidores. Esses investimentos so os maiores geradores de empregos e tributos de qualquer pas capitalista. Exemplos: Fbricas particulares, empresas de prestao de servio particulares, lojas de varejo, shopping centers, entre outros.2.4 Investimentos Mistos: so recursos disponibilizados em parte pelos governos ou entidades pblicas e em parte por pessoas fsicas ou jurdicas de direitos privados. Esse tipo de investimento normalmente estrutura-se na forma de uma empresa de capital misto e tem o objetivo de gerar tanto bem-estar para a sociedade quanto retorno monetrio. Exemplos: Petrobrs e Banco do Brasil.2.5 A importncia de investir para crescerConsiderando o momento econmico mundial que atravessamos, no qual percebemos a luta das empresas pela sobrevivncia e perpetuao no mercado, falar da necessidade de investimentos que propiciem crescimento pode parecer, a princpio, contradio e utopia. No entanto, destacamos o fato de que se no houver a preocupao de crescer, quando do direcionamento das aes operacionais e estratgicas em qualquer empreendimento, podemos sacramentar a falta de condies para continuar existindo e competindo em algum nicho de mercado.Investir na empresa significa oferecer condies para que esta esteja cada vez mais preparada para novos desafios referentes ao aumento de concorrncia no segmento, diferenciais no atendimento das vendas e ps-vendas, inovaes tecnolgicas de produtos ou servios, guerra de preos etc.Os Investimentos tambm so fundamentais para as organizaes. Na verdade, a prpria sobrevivncia das organizaes a longo prazo est condicionada ao volume de investimentos realizado por elas. O investimento influencia a sobrevivncia das organizaes em pelo menos dois aspectos:2.5.1 Expanses das organizaes: as organizaes, principalmente as privadas tem como objetivos crescer, expandir seu marcado consumidor, de forma a poder gerar mais retorno para o investidor. Caso contrrio nenhum investidor ir se interessar em investir na empresa.2.5.2 Reposies de capital: a organizaes, mesmo que no estejam em expanso, precisam de um fluxo de investimento, no mnimo, suficiente para repor o desgaste e a obsolescncia das suas maquinas e equipamentos. Caso no for feito esse reposio as maquinas e equipamentos no sero, mas to eficientes, e o ter como consequncia produtos mais caros e de baixa qualidade, que poder afetar a sobrevivncia da empresa.

3. Anlise de InvestimentosO mercado oferece uma ampla variedade de investimentos possveis, e cabe ao administrador analisar quais so os melhores investimentos para a organizao. O administrador deve analisar os investimentos de forma racional, objetivando escolher as melhores opes. Para isso, ele faz trs consideraes que influenciam a deciso: a econmica, a financeira e a de ambiente empresarial.3.1 A Anlise de Investimento no Contexto Estratgico das OrganizaesToda organizao possui um plano estratgico, ou seja, uma estratgia formal ou informal, detalhada ou simplificada, de como atingir seus objetivos.Por exemplos, muitas empresas fazem oramentos empresariais, que so ferramentas de planejamento e controle nas quais se projetam receitas, custos e despesas, estimando os resultados futuros da organizao.3.2 Principais Aplicaes Financeiras no BrasilAs empresas que geram muito caixa tm uma grande preocupao com essas aplicaes, uma vez que, dadas as altas taxas de juros no Brasil, podem significar uma considervel fonte de receita para a empresa.3.3 As principais opes de aplicaes financeiras disponveis no Brasil so: * CDB: Certificado de deposito bancrio (emitidos para renda fixa com taxas pr e ps-fixadas). Pr-fixada (curto prazo); ps-fixada (Selic; CDI). * Caderneta de poupana: Misto de rentabilidade entre taxa pr-fixada e TR (taxa referencial). * Debntures: Ttulos mdios e longo prazo (3 a 5 anos) Ttulos com garantia adicionais (aes); calculando a taxa ps-fixadas (Selic). * Aes de empresas: Ttulos de renda varivel Recebimento de dividendos; ganhos de capital. * Fundo de investimentos: Ttulos negociados por administradores (CNPJ) - Conservadores: CDBs, debentures, ttulos pblicos.- Agressivos: Aes, moeda estrangeiras, derivativas. * Ttulos pblicos: Ttulos emitidos pelo governo para financiar a divida publica; Fundo pr-fixados ou ps-fixados (Selic, IGPM, IPCA, moeda estrangeira).Esses investimentos podem ser classificados como de renda fixa ou de renda varivel, ou mesmo misto de renda fixa e varivel.3.4 Negcios escolhido: Loja de RoupasPara Enfrentar a concorrncia do mercado externo, aposte na qualidade.Inove, usem tecidos ecologicamente corretos, crie peas customizadas, foque no acabamento, adote polticas sociais: agregue valor aos produtos e divulgue ao consumidor.As confeces terceirizadas, especializadas em um elo da cadeia, esto em alta: a demanda maior que a oferta, pois os estilistas no do sozinhos, conta do recado.Ateno na hora da compra: preciso encontrar bons fornecedores e ter um controle do estoque para no ficar com rolos de tecido encalhados.Lembre-se que esse um setor sazonal: so duas colees ao ano, outono/inverno e primavera/vero.Antes de abrir uma loja de roupas, defina qual ser o pblico-alvo. S depois escolha o ponto e pense no layout e no mix de produtos.Uma loja deve se diferenciar pelo atendimento e no s pelas roupas. Ao fidelizar o cliente, o tquete mdio aumenta. Fontes: Tales Andreassi, da FGV, e Ana Carolina Schneider, do SEBRAE-RS.3.5 Conselhos de MestresEmpresrios bem-sucedidos do dicas aos iniciantes"A moda o setor mais perecvel que existe. Quando passa a estao entram novas tendncias, cores e cortes. preciso estar muito atento ao planejamento. A cada seis meses muda tudo" (Snia Hess, proprietria da Dudalina)."Para ter sucesso preciso saber trabalhar em equipe e ter criatividade. E para quem est comeando recomendo muita dedicao e perseverana" (Isabela Capeto, estilista)." fundamental ter conhecimento tcnico e uma boa equipe de criao. Outro segredo comear com uma empresa pequena e ir crescendo aos poucos. Ningum comea grande" (Ricardo Almeida, estilista).3.6 Definies do produtoCala Jeans FemininaModelagens do jeansTradicional: Cintura no lugar e pernas de corte afunilado. J foi chamada de fivepockets (cinco bolsos), trs na frente e dois atrs, uma referncia pioneira 501 americanas da Levi's. Por seu corte acompanhar as linhas do corpo, costuma vestir bem a maioria das pessoas.Antifit: Modelagem da 501, o primeiro modelo da Levis. Tem botes ou zper, adaptada a silhueta do consumidor, com cintura baixa, quadril desestruturado e corte reto nas pernas. Como o nome diz, no um jeans de caimento perfeito; fica com pequenas sobras no quadril e cavalo. Tem pontos a favor: o conforto e o estilo.Bootcut (Corte para botas): Uma variao do antifit tem a perna um pouco mais larga do joelho para baixo, para facilitar o uso de botas para dentro da cala. Semibaggy: por ter cintura no lugar, quadril largo e corte da perna ligeiramente afunilada, de cintura fina e quadril largo.Tight Fit ou Slim Fit: (caimento justo, apertado): com cintura baixa, tipo Saint-Tropez, marca bem os quadris e tem as pernas justas, com corte afunilado ou reto.Cigarrete: modelagem ajustada ao contorno do corpo, pernas justas e cintura baixa. Algumas verses usam a mistura de jeans com lycra. O resultado uma cala ainda mais agarrada.Oversized (tamanho exagerado): o jeans bem folgado. Suas formas amplas no favorecem as mais baixas (achatam a silhueta) nem as gordinhas (parecem ainda mais gordas). Base extra dimensionada de cintura larga, quadril desestruturado e pernas amplas.Skinny: Modelagem bem justa, principalmente abaixo do joelho. Parecida com a Legging, porm de tecido Jeans.

3.7 Estimativas de Clculos Estrutura:Participao de Capitais de TerceirosFrmula: Capitais de Terceiro x 100Passivo Total 2007: 312.523 + 405.770 = 718.293 = 53,53 % 1.341.737 1.341.737 2008: 414.144 + 567.056 = 981.200 = 59 % 1.662.979 1.662.979 Aumentou 5,47% em 2008 com relao ao ano de 2007, observa-se uma diminuio no Capital Prprio da empresa. ndice que mostra qual a participao de capital de terceiros no total dos recursos obtidos para o financiamento do ativo, indica o quanto o capital de terceiros est financiando o ativo da empresa, ou seja, quanto menor, melhor pra empresa.Composio do endividamentoFrmula: Passivo Circulante x 100Capital Terceiros 2007: 312.523 = 312.523 = 43,50 % 312.523 + 405.770 718.293 2008: 414.144 = 414.144 = 42,21 % 414.144 + 567.056 981.200A queda de 1,29% no ano de 2008 em relao ao ano de 2007, fez com que aumentasse o tempo para a busca de recursos para saldar as dvidas de curto prazo. Este ndice mostra, do total de capital de terceiros, qual o percentual das dvidas a curto prazo, que esto representadas pelo passivo circulanteImobilizao do Patrimnio LquidoFrmula: Ativo permanente x 100Patrimnio Lquido

2007: 1.935 + 127.731 + 0 = 129.666 = 20,86 % 621.573 621.573 2008: 3.163 + 252.171 + 6.574 = 261.908 = 38,56 % 679.243 679.243 A situao da empresa teve uma piora, pois houve um aumento de 17,7% no ano de 2008 em relao a 2007. Todo o PL, o capital de terceiros a longo prazo e uma parte do capital de terceiros a curto prazo no ativo no circulante estavam sendo investidos, no restando recursos para o ativo circulante. Este ndice mostra qual o percentual de comprometimento do capital prprio no ativo no circulante Quanto menor ele for, melhor para a empresa.Imobilizao dos recursos no correntesFrmula: Ativo permanente X 100 PL + PCN 2007: 1.935 + 127.731 + 0 = 129.666 = 12,62 % 621.573 + 405.770 1.027.343 2008: 3.163 + 252.171 + 6.574 = 261.908 = 21,01 % 679.243 + 567.056 1.246.299 A empresa ainda no tem recursos restantes para o A empresa ainda no tem recursos restantes para o Ativo Circulante. Em 2007 para 2008 houve um aumento de 8,39%. Este ndice mostra a utilizao de recursos no correntes na aquisio do ativo no circulante (investimentos, imobilizado e intangvel). Recursos no correntes so recursos a longo prazo, que por meio do capital prprio (PL), quer por meio de capital de terceiros (PNC), assim quanto menor for esse ndice, melhor.Liquidez:Liquidez Geral:Frmula: AC + ARLP PC + PNC 2007: 786.840 + 0 = 786.840 = 1,10 312.523 + 405.770 718.293 2008: 886.876 + 0 = 886.876 = 0,90 414.144 + 567.056 981.200 Em 2007 para cada R$ 1,00 de dvida a empresa tinha o valor de R$ 1,10 para pag-la, j em 2008 para cada R$ 1,00 de dvida a empresa passou ter apenas R$ 0,90 para pag-la, vemos um recuo no poder de pagamento de dvida da empresa. O ndice de liquidez geral indica a capacidade de pagamento dos financiamentos e dvidas a longo prazo. O resultado apurado mostra quanto a empresa tem de bens e direitos para cada R$ 1,00 de dvida. Ento melhor quando esse indicador maior.Liquidez Corrente:Frmula: ACPC 2007: 786.840 = 1,42 554.897 2008: 886.876= 1,14 776.103

Sendo assim: Apesar do recuo, as dvidas a curto prazo esto sendo pagas, pois em 2007 para cada R$ 1,00 de dividas a curto prazo a empresa tinha R$ 1,42 de recursos disponveis, j em 2008 para cada R$ 1,00 de dvida curto prazo a empresa tinha R$ 1,14 de recursos disponveis. Este ndice considerado por muitos como o melhor indicador da capacidade de pagamento da empresa, pois mostra a capacidade de satisfazer suas obrigaes a mdio prazo de vencimento.Liquidez Seca:Frmula: AC EstoquePC 2007: 786.840 183.044= 603.796= 1,09 554.897 554.897 2008: 886.876 285.344= 601.532 = 0,78 776.103 776.103 Para cada R$ 1,00 de dvida a curto prazo os recursos disponveis so de R$ 1,09 em 2007, j em 2008 para cada R$ 1,00 de dvida os recursos disponveis so de R$ 0,78, houve uma queda na capacidade da empresa. A liquidez seca, leva em considerao todas as contas que podem ser convertidas em dinheiro com relativa facilidade antes do prazo normal.Rentabilidade:Giro do ativo:Frmula: Vendas LquidasAtivo Total 2007: 631.988 = 0,47 1.341.737 2008: 696.124 = 0,42 1.662.979 A empresa piorou seu desempenho, em 2007 para cada R$ 1,00 de ativo a empresa vendeu apenas R$ 0,47, e em 2008 apenas R$ 0,42, entende-se que a empresa investiu mais do que teve de retorno. O Ativo total considerado a soma dos investimentos da empresa. Assim esse indicador mede a eficincia com a qual a empresa usa seus ativos para gerar vendas; quantas vezes o Ativo total se renovou por meio destas; pelas vendas, e se a empresa est gerando um volume suficiente de atividade, tendo em vista seu investimento total do Ativo. Com o resultado maior obtido nesse indicador, mais eficientemente os ativos da empresa tm sido usados.Margem lquida:Frmula: Lucro Lquido x 100Vendas Lquidas 2007: 124.219 = 19,66 % 631.988 2008: 112.953 = 16,23 % 696.124 Houve uma queda, em 2007 o valor foi de R$ 19,66 e em 2008 de R$ 16,23. Este ndice demonstra quanto a empresa obteve de lucro lquido em relao receita lquida, indicando tambm a capacidade da empresa em gerar lucro. Conforme o indicador, o resultado sendo maior, melhor pra empresa.Rentabilidade do ativo:Frmula: Lucro Lquido x 100Ativo Total 2007: 124.219 = 9,26 % 1.341.737 2008: 112.953 = 6,79 % 1.662.979 A rentabilidade de 2007 foi de 9,26% e de 2008 de 6,79%, havendo um recuo no que se diz a evoluo na rentabilidade do ativo. ndice que demonstra o quanto a empresa conseguiu rentabilizar o seu ativo, qual foi o lucro lquido em relao ao ativo total. um indicador de desempenho que mostra o quanto a empresa foi rentvel em relao ao total dos seus recursos ativo. Indicador, que revela quanto maior o resultado, melhor.Rentabilidade do Patrimnio Lquido:Frmula: Lucro Lquido x 100PL MdioPL Mdio = PL inicial + PL final 2 2008: 621.573 + 679.243 = 1.300.816 = 650.408 2 2 2007 : 124.219 No temos o valor 2008: 112.953 = 17,37 % 650.408 A empresa remunerou o capital investido pelos scios em 17,37% no ano de 2008. Este ndice mostra a rentabilidade do capital aplicado na empresa pelos scios, a taxa de rendimento do capital prprio. Verifica-se aqui a rentabilidade do capital, que no o mesmo que lucratividade, pois a rentabilidade quanto o capital est sendo remunerado pelo lucro, quanto est se ganhando sobre ele, e a lucratividade quanto empresa est tendo de lucro sobre suas operaes de venda. Portanto quanto maior o resultado melhor.Dependncia Bancria:Financiamento de ativoFrmula: Emprstimos e financiamentos x 100Ativo Total 2007: 78.804 = 5,87% 1.341.737 2008: 95.318 = 5,73% 1.662.979Os ndices mostram que, em 2007, as participaes representavam, do total de investimentos, 5,87%; houve uma sensvel reduo, em 2008, para 5,73%. Isso indica que houve um aumento da participao de capital prprio dos scios.Participao de instituies de crditos no endividamentoFrmula: Financiamento x 100Capital de terceiros 2007: 78.804 = 78.804 =10,97% 312.523 + 405.770 718.293 2008: : 95.318 = 95.318 = 9,71% 414.144 + 567.056 981.200Pelos resultados, verifica-se que, no ano de 2007, os financiamentos representavam 10,97% do capital de terceiros, reduzindo-se para 9,71%. Isso mostra que a menor parte dos recursos recebidos pela empresa originou-se de instituies financeiras.Financiamento do Ativo Circulante por instituies financeirasFrmula: Financiamento a curto prazo x 100Ativo circulante 2007: : 29.498 = 3,74% 786.840 2008: 26.375 = 2,97% 886.876 Em 2007, os financiamentos a curto prazo disponveis no Ativo Circulante da empresa, representavam 3,74%; em 2008, essa relao caiu para 2,97%. Isso mostra que as atividades da empresa esto sendo financiadas, por recursos provenientes das contas operacionais, e no dos bancos.

4. Tcnicas de Investimentos

4.1 Conceitos de fluxo de caixa

As principais tcnicas de anlise de investimento se baseiam no conceito de fluxo de caixa, o qual tem diferenas em relao ao conceito de lucro. A primeira diferena o fluxo de caixa da anlise de investimentos dever ser um fluxo de caixa projetado uma estimativa de ganhos ou perdas futuro. Em ltima instncia, a anlise de investimento se resume a verificar se esse fluxo de caixa do projeto tem viabilidade econmico-financeira de realizao. A segunda diferena sobre como se consideram os valores no tempo, existem dois conceitos diferentes:

Conceito de competncia (econmico): o conceito utilizado no Balano patrimonial e DRE e adotado pela contabilidade (Controladoria). Esse conceito implica considerar os valores por apropriao.

Conceito de caixa (financeiro): o conceito utilizado para o gerenciamento das operaes dirias da empresa e no fluxo de caixa, esse conceito adotado pela tesouraria da empresa e implica considerar os valores por data de pagamento ou recebimento.

O fluxo de caixa como prprio nome insinua utiliza sempre o princpio de caixa, considerando os valores apenas quando so pagos ou recebidos. O fluxo de caixa pode ser resumido assim em entradas e sadas de caixa, em determinadas datas no tempo.

Na notao de fluxo de caixa a data zero significa sempre hoje o presente, a data 1 seria um fluxo no prximo perodo que pode ser prximo dia, ms, ano devendo ser definido no fluxo de caixa.Fluxo de Caixa Relevante, ou seja, aqueles que sero projetados e utilizados para analisar os investimentos das organizaes.Investimento inicial ou nos perodos iniciais: esses investimentos podem ser tanto na forma de bens fsicos, quanto na forma de investimento em capital de giro para suportar o projeto.Retorno de caixa do investimento: normalmente, aps alguns perodos o projeto se torna rentvel, gerando fluxos de caixa positivos para a empresa/investidor.Valores residuais: esses fluxos de caixa normalmente so positivos e ocorrem no final do investimento, seja pela venda de algum ativo aps sua utilizao ou por alguma vantagem tributria adquirida.

4.2 Projetos nicos e projetos concorrentes

Projetos nicos: so aqueles para os quais no h alternativas, sendo nesse sentido nico. Nesse caso a deciso a ser tomada se o projeto tem viabilidade ou no, ou seja, se ser aceito e realizado ou se ser descartado.

Projetos concorrentes: so projetos para os quais h alternativas, de modo que uma alternativa inviabiliza a outra assim, nesse sentido, concorrente. Nesse caso a deciso a ser tomada um pouco mais complexa.

A ps a discusso sobre a montagem dos fluxos de caixa e os tipos de projetos, os quais sero os componentes bsicos da resoluo dos problemas de anlise de investimento, faz-se possvel apresentar as tcnicas de anlise de investimento. Perodo de retorno (PAYBACK); Valor Presente Lquido (VPL); Taxa Interna de Retorno (TIR);

4.3 Perodos de retorno (PAYBACK)O mtodo do PAYBACK tem como pressuposto avaliar o tempo que o projeto demorar em retornar o total do investimento inicial. Quanto mais rpido o retorno, menor o PAYBACK e melhor o projeto.

4.4 Valores presente lquido (VPL)O mtodo do valor presente lquido um mtodo alternativo ao do PAYBACK, visando corrigir as principais deficincias apresentadas por este. Para utilizar o VPL, faz-se necessrio construir o fluxo de caixa do projeto, sendo os principais componentes:Investimento inicial e investimentos adicionais;Fluxos de caixa positivos ou negativos adicionais;Valor residual do investimento se houver.Taxa interna de retorno (TIR)

A Taxa Interna de Retorno um mtodo similar ao VPL, ou seja, utiliza a mesma lgica de clculo, contudo, apresenta os resultados em porcentagem e no em valores monetrios. Dessa forma bastante popular uma vez que muitos investidores preferem mensurar retornos em porcentagens e no em valores absolutos.

4.5 Exemplos de tabela de resoluo de PAYBACK

Investimento Inicial80.000,0080.000,00

AnoEntrada de CaixaAcumulado

176.800,0076.800,00

280.000,00156.800,00

384.000,00240.800,00

486.000,00326.000,00

590.000,00416.800,00

O PAYBACK do projeto de 2 anos, pois este tempo necessrio para retornar o valor do investimento de R$ 80 mil, equivalente ao investimento inicial.

4.6 Clculos do VPL

VPL = -80.000,00 + 76.800,00 + 80.000,00 + 84.000,00 + 86.000,00 + 90.000,00 (1+0,20) (1+0,20) (1+0,20) (1+0,20) (1+0,20) (1+0,20)

VPL = -80.000,00 + 64.000,00 + 55.555,55 + 48.6111,11 + 41.473,76 + 36.168,98VPL = 165.809,41TMA = 20 % ao ano4.7 Clculos da TIR

Investimento Inicial80.000,00

AnoFluxo de Caixa

176.800,00

280.000,00

384.000,00

486.000,00

590.000,00

TIR96%

Pode-se concluir, assim, que tanto a TIR quanto o VPL so os melhores mtodos de anlise de investimento, tecnicamente slidos e consistentes, diferentemente do PAYBACK, que apresenta serias falhas tcnicas. A pesar de a TIR no ser tecnicamente inferior ao VPL, seu clculo bastante mais complexo e trabalhoso, fazendo, muitas vezes, com que o VPL seja o mtodo mais recomendado, j que tecnicamente muito superior ao PAYBACK e de clculo menos complexo que a TIR.

FALHAS DO PAYBACKVANTAGENS DO VPL

No leva em conta o valor do dinheiro no tempo;Considera o valor do dinheiro no tempo, mediante o uso da TMA.

No considera os riscos de cada projeto, que podem ser muitoPode considerar diferentes riscos, ajustando a TMA de cada projeto;

No considera os fluxos de caixa aps o perodo de PAYBACKConsidera todos os fluxos de caixa, inclusive com determinao de perodo de tempo para a correta comparao em termos de custo de oportunidade.

A Taxa SELIC considerada a taxa bsica de juros da economia, por ser usada em operaes entre bancos e ter influncia sobre os juros de toda a economia. A taxa SELIC o resultado da mdia diria das negociaes dos ttulos pblicos federais e definida mensalmente pelo Banco Central. SELIC a sigla para Sistema Especial de Liquidao e Custdia, criado em 1979 pelo Banco Central e pela Andima (Associao Nacional das Instituies do Mercado Aberto) com o objetivo de tornar mais transparente e segura a negociao de ttulos pblicos. O SELIC um sistema eletrnico que permite a atualizao diria das posies das instituies financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancrias.

5. O efeito da inflao na anlise de investimento

5.1 O conceito de Inflao

A inflao definida como o aumento contnuo e generalizada dos preos na economia. O Processo inflacionrio se estende a todos os bens econmicos. A inflao medida pelos chamados ndices de preos. Esses ndices so a mdia ponderada dos preos de uma cesta de bens escolhidos em determinado perodo (normalmente mensal) e em certas regies (no Brasil geralmente as principais capitais). A inflao medida como o aumento do ndice de preos, h basicamente dois tipos de ndice de preos:ndices Gerais de Preos (IGP) e ndices de Preos ao Consumidor (IPC).

ndices Gerais de Preo (IGP): so ndices que buscam medir a inflao como um conceito amplo na economia, envolvendo preos de atacado, de varejo e de construo civil. Os principais IGP so os medidos pela Fundao Getlio Vargas (FGV), conhecidos como IGP-M e IGP-DI.IGP-DI: tem como composio 60% de preos no atacado (IPA), 30% de preos no varejo (IPC) e 10% de preos da construo civil (INCC). medido do dia 1 ao dia 30 de cada ms.IGP-M: tem a mesma composio do IGP-DI, porm, medido do dia 21 de um ms ao dia 20 do ms seguinte.ndices de Preos ao Consumidor: so ndices que buscam medir a inflao do varejo que atingi diretamente os consumidores, os principais so: ndice de Preos ao consumidor Amplo (IPCA): calculado pelo IBGE o ndice oficial de inflao no Brasil.ndice de Preos ao Consumidor (IPC): calculado pela FIPE da USP na cidade de So Paulo; ndice de Custo de Vida do Dieese (ICV): calculado pelo Dieese, ligado aos sindicatos.

5.2 As principais consequncias da inflao so:

Impor custos sociedade; Aumentar a concentrao de renda; Diminuir o crescimento econmico;As causas da inflao so diversas, porm h trs tipos principais:

5.3 Inflaes de demandaToda economia tem certa capacidade produtiva determinada pelo seu nmero de fbricas, trabalhadores, equipamentos e etc. H mesmo um ndice que mede a utilizao dessa capacidade, conhecido como ndice de utilizao da capacidade instalada que varia de 0% a 100%). H dois remdios para combater a inflao de demanda, aumentar a taxa de juros e aumentar os impostos e/ou cortar gastos e investimentos pblicos.

5.3 Inflaes de custosTambm conhecida como inflao de oferta est relacionada a algum forte aumento de preo de insumos importantes na economia. A esse forte aumento de preo chamamos de choque de oferta. Os remdios para combater a inflao de oferta so estimular a concorrncia combatendo oligoplios e monoplios e diminuir custos para os empresrios (isenes fiscais, benefcios).

5.4 Inflaes crnicaO setor pblico o causador da inflao crnica, assim se o setor pblico tem recorrentes dficits fiscais, torna-se cada vez mais difcil aumentar impostos e cortar gastos.

5.5 A importncia de considerar a inflao na anlise de investimento

A inflao sempre deve ser considerada na anlise de investimento, por um motivo muito simples como a anlise de investimento utiliza em geral um perodo de tempo de diversos anos, a inflao acumulada pode distorcer totalmente a anlise se no forconsiderada corretamente. Uma vez que a inflao cumulativa em progresso geomtrica, ou seja, juros sobre juros mesmo uma taxa anual modesta de inflao apes certo perodo de tempo pode gerar uma inflao significativa.

5.6 Os conceitos de depreciao e imposto de rendaA Depreciao e o Imposto de Renda podem exercer um efeito positivo ou negativo sobre um investimento dependendo das situaes em anlise.A depreciao uma despesa contbil que reconhece que um ativo perde o valor ao longo do tempo, esse reconhecimento gera uma despesa que abate o lucro operacional e, portanto, diminui a base de clculo do imposto de renda. A depreciao uma despesa por clculo estabelecido por lei, assim os ativos so classificados conforme a expectativa de sua vida til para serem depreciados. Alguns exemplos desses ativos, computadores e equipamentos de informtica trs anos depreciao de 33,3% ao ano, veculos, automveis e caminhes cinco anos depreciao de 20%, mquinas e equipamentos dez anos depreciao de 10%, prdios e instalaes vinte cinco anos depreciao de 4%. A depreciao para fins fiscais no tem relao direta com o valor da depreciao real do bem.Imposto de Renda um tributo cobrado na maioria dos pases do mundo. Esse tributo tem como base de clculo normalmente o lucro contbil, ou seja, a diferena entre receitas e custos.

5.7 O Imposto de Renda Pessoa Jurdica no BrasilO imposto de renda (IR) incide tanto sobre pessoas fsicas (IRPF) quanto sobre pessoas jurdicas (IRPJ). O fato gerador a aquisio da disponibilidade econmica ou jurdica de renda ou proventos de qualquer natureza. Existem basicamente duas formas de tributao de IRPJ:IRPJ e CSLL sobre lucro real;IRPJ e CSLL sobre lucro presumido;O Simples Nacional que seria uma terceira forma de cobrana de imposto de renda funciona na prtica para efeitos de anlise de investimentos de forma similar ao lucro presumido apenas englobando mais tributos como o PIS, COFINS, ICMS, ISS e INSS na mesma alquota.

5.8 Impostos de renda sobre lucro realO Imposto de Renda sobre lucro real a forma mais tradicional e mais adotada pela grande maioria dos pases do mundo. Consiste em tributar o lucro e no a receita permitindo que a empresa abata os seus custos e despesas (apenas os permitidos por lei) antes de pagar o IR e a CSSL.

5.9 Impostos de renda sobre lucro presumidoO Imposto de Renda sobre lucro presumido a forma simplificada de arrecadar IR e CSLL. Desse modo, tributa-se a receita bruta da mesma forma que o PIS e COFINS, por exemplo, transformando o IR em um imposto sobre vendas. O nome presumido deriva justamente do fato de que se presume determinada margem de lucro (por atividade) sobre a receita bruta. Assim, cada setor de atividade econmica possui alquota diferente pelo lucro presumido. O setor fiscal da empresa deve simular o IR tanto com o lucro real quanto com presumido e adotar aquele que for mais conveniente.

5.10 A montagem do fluxo de caixa do investimento com depreciao e imposto de rendaA montagem do fluxo de caixa projetado de um investimento, apesar de considerar o princpio de caixa muitas vezes utiliza-se de alguns conceitos contbeis, tais como receitas, custos e lucro, a fim de auxiliar a sua estruturao. Uma das tcnicas mais utilizadas para a montagem do fluxo de caixa o clculo do lucro lquido projetado do investimento para os prximos e sua converso em fluxo de caixa. A utilizao, a princpio, de conceitos contbeis til na medida em que a empresa j est estruturada no seu setor de contabilidade para gerar essas estimativas. Assim, aproveita-se a estrutura do setor contbil para gerar projees de valores contbeis e, ento, transformam-se esses valores em fluxo de caixa.A depreciao e o imposto de renda podem exercer um efeito positivo ou negativo sobre um investimento, dependendo das situaes em anlise. Esses efeitos devem ser levados sempre em considerao pelo investidor.Imposto de renda o tributo cobrado na maioria dos pases do mundo. Esse tributo tem como base de clculo normalmente o lucro contbil, ou seja, a diferena entre receitas e custos/despesas.Depreciao uma despesa contbil que reconhece que um ativo perde valor ao longo do tempo. Esse reconhecimento gera uma despesa, que abate o lucro operacional e, portanto diminui a base de clculo do imposto de renda.

6. Consideraes Finais Analisando todas as etapas do projeto conclumos que, o projeto apresenta uma rentabilidade muito atrativa, pois, oferece uma taxa de retorno bem acima do que as taxas oferecidas pelo mercado. Mesmo depois de passar pelos clculos de depreciao e imposto de renda a taxa de retorno do projeto continua superando a taxa oferecida pelo mercado com isso concluiu que interessante aprovar e investir neste projeto, pois o projeto apresenta um retorno garantido para os prximos cinco anos.

7. Referncias Bibliogrficas

Rodolfo Leandro de Faria Olivo PLT Analise de Investimentos, 2013.

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http://www.receita.fazenda.gov.brwww.portaldacontabilidade.com.brwww.gerenciamento.ufba.brwww.fae.edu.brwww.eac.fea.esp.br

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