AAnniimmaaççããoo ee RReeccrreeaaççããoo
Módulo II
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Equipe Cursos 24 Horas
Sumário
Unidade 4 – Perfil dos profissionais de recreação.......................................................... 3
4.1 – Características profissionais do monitor de recreação ........................................... 4
4.2 – O lazer como campo de trabalho........................................................................... 7
4.3 - As relações de trabalho na equipe de animação e recreação................................... 9
4.4 – Primeiros socorros.............................................................................................. 16
4.5 - Formulário de autorização, ficha de medicamento e doenças comuns.................. 22
2. Ficha de medicamento............................................................................................. 23
Unidade 5 - Programando atividades turísticas e recreativas........................................ 25
5.1 - Desenvolvendo o programa de recreação ............................................................ 26
5.2 - O que não deve faltar em um bom cronograma de recreação e lazer: ................... 29
5.3 - A Programação de um Day Camp: ...................................................................... 30
5.4 - Planejamento e Organização do Lazer................................................................. 31
5.5 - O planejamento das atividades ............................................................................ 35
5.6 - A condução dos grupos ....................................................................................... 39
5.7 - Procedimentos metodológicos............................................................................. 40
5.8 - O projeto de recreação ........................................................................................ 45
Unidade 6 – A recreação no âmbito escolar................................................................. 49
6.1- A importância da recreação no âmbito escolar...................................................... 50
6.2 - Recreação e Atividades Lúdicas na Educação Especial ....................................... 52
6.3 - O papel do professor de Educação Física. ........................................................... 56
6.4 – Classificação das atividades recreativas sensoriais.............................................. 62
6.5 – Sugestão de Atividades Lúdicas e jogos ............................................................. 67
Conclusão do Curso .................................................................................................... 69
Bibliografia................................................................................................................. 70
3
Unidade 4 – Perfil dos profissionais de recreação
Olá Aluno(a),
Nesta unidade você vai conhecer quais as principais características de um
profissional monitor de recreação e, em seguida conhecerá quais as definições do lazer
como campo de trabalho.
Verá também como deve ser a sua relação de trabalho com toda a equipe de
monitores, e como deve ser um kit de primeiros socorros, conhecendo como organizá-lo
e como elaborar uma planilha de medicamentos.
Por fim, vai conhecer o formulário de autorização do responsável, a ficha de
medicamentos e as doenças e dores mais comuns durante a viagem/acampamento.
Bom Curso!
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4.1 – Características profissionais do monitor de recreação
Para comandar atividades recreativas, é de extrema importância que o
profissional tenha uma formação adequada para interagir tanto com adultos e idosos
quanto com crianças.
O monitor de recreação é capacitado para realizar dinâmicas em grupo e criar
atividades de entretenimento. Esse profissional normalmente encontra espaço para atuar
em escolas e hotéis, sendo seu maior contato com crianças e adolescentes. O monitor
precisa ser muito comunicativo, simpático e expressivo.
Os cursos profissionalizantes de monitor de recreação vão ajudar no
desenvolvimento do profissional em interagir com o grupo, propondo atividades que
sejam capazes de combinar diversão e aprendizagem simultaneamente.
Os métodos de recreação costumam ser muito utilizados no campo da educação
infantil, no qual as crianças passam a demonstrar interesse pelas atividades e
brincadeiras, que contribuem para a transmissão de conhecimentos.
Normalmente os cursos nessa área dirigem o conteúdo para: como trabalhar em
equipe, planejamento pessoal, técnicas de sociabilização, entre outras competências.
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Um bom profissional de recreação e lazer deve possuir inúmeras características,
consideradas básicas, para isso. Abaixo destacamos algumas delas:
� Facilitar a interação do grupo;
� Zelar pelo material usado;
� Manter a liderança sobre o grupo;
� Ser carismático e criativo;
� Ter um ótimo aspecto de higiene;
� Ser maleável e divertido;
� Ser conhecedor das regras dos esportes mais praticados;
� Ter noções de primeiros socorros;
� Ter uma ótima cultura geral;
� Não possuir vícios de linguagem;
� Ser organizado;
� Ser alegre e desinibido;
� Ter uma boa postura;
� Ter um bom conhecimento pedagógico;
� Ser imparcial ao tomar decisões;
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� Ser um excelente comunicador;
� Nunca manifestar rancor e insatisfação;
� Ser sempre simpático;
� Enfrentar as dificuldades que surgirem;
� Deve idealizar, divulgar, organizar, desenvolver, liderar, observar e avaliar as
atividades que serão aplicadas.
No contato com outros funcionários e, inclusive, outros recreacionista: deve
sempre estar aberto às críticas, não devendo valorizar a competição entre ambos, mas
sim o trabalho em equipe. Deve sempre haver liberdade, respeito e descontração no
relacionamento.
1. Características procuradas nos profissionais
Quanto às características mais procuradas pelos locais de recreação e lazer nos
candidatos a monitores, estão relacionadas à questão da aceitação da filosofia de
trabalho do local, à questão da estética pessoal do candidato (delimitações ou de um
determinado “padrão” de beleza), além de aspectos como gostar de crianças ou ser
extrovertido.
Ainda, nesse tipo de atividade, são procurados profissionais com as seguintes
características:
• Paciência com todas as faixas etárias;
• Boa cultura geral para se comunicar com os clientes;
• Organização quanto aos compromissos assumidos e atividades;
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• Respeito aos clientes de todas as faixas etárias, sexo e etnias;
• Bom humor;
• Maleabilidade;
• Criatividade;
• Bom senso e proatividade na solução de problemas;
• Responsabilidade, principalmente quando do trabalho com crianças;
• Constante atualização quanto às alternativas de lazer.
Os profissionais de recreação que saibam se comunicar em mais de um idioma
são diferenciados, pois possibilitam aos seus empregadores o oferecimento das
atividades de lazer a turistas estrangeiros. Nesse sentido, o inglês e o espanhol são os
idiomas mais recomendados para esta atividade.
4.2 – O lazer como campo de trabalho
A indústria do lazer nos dias atuais é considerada como a segunda do mundo,
atrás apenas da indústria bélica. Com esses dados, torna-se comprovado o crescimento
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deste ramo de atuação e, consequentemente, de novos campos de trabalho baseados no
lazer.
O ócio virou um negócio e vai se desenvolvendo desde iniciativas quase
domésticas até os grandes negócios, como clubes privados, parques temáticos, hotéis de
lazer, entre outros.
Os principais segmentos dessa indústria do lazer constituem-se hoje, nas
indústrias dos meios de comunicação de massa e no turismo. Isso fica muito claro no
mercado de trabalho, basta perceber a ampliação de vagas para formar profissionais na
área da comunicação e recreação, bem como o surgimento de muitos cursos de turismo,
principalmente em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro.
Um terceiro segmento que está em franca expansão é o da animação cultural que
faz a intermediação entre a produção cultural e o consumo da população. A animação
cultural ramifica em vários setores, dentre estes destacamos abaixo:
Recreação escolar: é muito comum os animadores serem convidados para
trabalhar nas festas de aniversário dos alunos e nas datas comemorativas que a escola
programa;
Recreação industrial ou recreação no ambiente de trabalho: Desenvolve-se a
partir do investimento da empresa em clubes ou colônias de férias para seus
funcionários, ou ainda atividades de lazer nos intervalos da jornada de trabalho ou
eventos esporádicos como festas de final de ano, Dia das Crianças, entre outros;
Recreação pública: são os centros culturais, centros esportivos, centros
comunitários, parques públicos, museus, conservatórios públicos, etc. Incluem-se aqui
ações desenvolvidas por órgãos governamentais em âmbito federal, estadual e
municipal;
Recreação ecológica ou ambiental: trata-se da organização de atividades que
buscam um contato intenso com a natureza, o ecoturismo, as trilhas
9
ecológicas. São atividades para as quais nossa região apresenta enorme potencial,
devido à riqueza de nossa paisagem natural;
Recreação comercial: são os clubes privativos, parques temáticos, livrarias,
locadoras de vídeos, galerias de arte, academias de ginástica, dança, música e artes
plásticas, bufê para festas, entre outros.
Recreação turística – hoteleira: é realizada em hotéis de lazer. São muito
difundidas nas regiões sudeste e nordeste, sendo que a maior demanda de animadores
nesses espaços ocorre em altas temporadas, feriados prolongados e férias;
Recreação hospitalar: há bem pouco tempo os doentes ficavam restritos à
televisão como sendo única atividade de lazer. Atualmente, os grandes centros médicos
estão desenvolvendo atividades lúdicas como tratamento complementar e terapêutico à
plena recuperação do paciente.
Como vimos, são inúmeros os campos de trabalho para uma recreador, no
entanto, é preciso conhecer com profundidade esse mercado de trabalho e se preparar
com cursos e conhecimento.
4.3 - As relações de trabalho na equipe de animação e recreação
Por mais completo e melhor que seja o trabalho individual do monitor de
recreação, caso o mesmo não esteja inserido em uma boa equipe de monitores, não será
capaz de realizar um bom evento.
No trabalho em equipe não existe espaço para rivalidades, invejas ou
desentendimentos. O grupo deve sempre ser muito unido e acreditar que somente com a
contribuição de todos, os objetivos serão alcançados.
Assim, para aquelas pessoas que têm dificuldades em trabalhar sem competição,
uma dica: o melhor monitor será sempre aquele que, dentro da equipe de trabalho, mais
10
contribuir para o sucesso do programa.
É durante as reuniões de planejamento que a equipe cria as atividades, inventa as
brincadeiras, prepara o material e planeja passo a passo o que deverá acontecer durante
o acampamento, viagem e atividades recreativas. E mais, a presença de uma liderança
no grupo, enquanto articuladora das idéias e gerenciamento das opiniões, é um ponto
fundamental para uma boa reunião.
O respeito mútuo entre a equipe de lazer deve ser constante para que um
excelente trabalho seja realizado e para que ambos decidam em conjunto qual a melhor
programação a ser aplicada, em um acampamento para crianças em um clube, por
exemplo, privilegiando os fins educacionais.
Nesse sentido, é essencial a participação de toda a equipe - coordenadores,
monitores e participantes - na discussão e elaboração do programa de lazer, visando
essencialmente os interesses dos participantes e não aspectos individuais de cada
membro da equipe.
Por exemplo, a realização do evento de férias, baseado na proposta da
“pedagogia da animação”, teria como característica básica a possibilidade de opção na
participação dos jogos e brincadeiras, além da discussão e elaboração, com todos os
envolvidos (animadores sócio-educativos e participantes), das atividades de lazer, na
busca de uma participação efetiva.
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A seguir, destacamos os 10 principais erros no trabalho em equipe:
Fazer fofoca de colegas ausentes
"Falar dos outros é sempre delicado. Portanto, se você tem algo a dizer para seu colega
diga diretamente a ele. Desta forma, evita que o comentário seja mal interpretado e
retransmitido por outros funcionários. Ao fazer uma crítica diretamente ao colega em
questão você evita que seu comentário chegue distorcido aos ouvidos dele, o que pode
gerar conflitos. Além disso, falar pelas costas e comentar sobre a vida alheia é uma
atitude mal vista".
Paulo de Castro Braune - Diretor Geral da Braune Educação Empresarial.
Rejeitar o trabalho em equipe
"Hoje, independentemente de seu cargo, é preciso saber trabalhar em equipe, já que
bons resultados dificilmente nascem de ações individuais. No ambiente corporativo, uns
dependem dos outros. Se o funcionário não estiver disposto a colaborar com os colegas,
certamente será um elo quebrado. Com isso, o grupo/equipe não chegará ao resultado
desejado. Ser resistente ao trabalho em equipe é um revés grave. Sem essa abertura,
dificilmente o colaborador conseguirá obter sucesso".
Ricardo Dreves - Diretor da consultoria em RH Dreves e Associados.
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Ser antipático (a)
"A empatia é muito útil no ambiente de trabalho. Você deve ser leal, cortês, amigo e
humilde. Falar bom dia e cumprimentar os outros são atitudes que demonstram
educação e respeito pelos demais. O fato do trabalho exigir concentração do
colaborador não significa que ele não possa ser cordial e abrir um espaço na agenda
para ajudar os companheiros de equipe".
Marcelo Abrileri - presidente do site de empregos Curriculum.
Deixar conflitos pendentes
"Conflitos acumulados podem se agravar. Qualquer tipo de problema referente ao
trabalho, dúvida sobre decisões, responsabilidades que não foram bem entendidas,
alguém que ficou magoado com outro por algum motivo, enfim, qualquer tipo de
desconforto deve ser esclarecido para evitar a discórdia no ambiente. O funcionário
deve conversar para resolver o assunto, caso contrário, isso poderá gerar antipatia,
fofoca com outros colaboradores e um clima péssimo para toda a equipe".
Beatriz Maria Braga Lacombe - professora de gestão de pessoas da FGV (Fundação
Getúlio Vargas), em São Paulo
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Ficar de cara fechada
"Ter um companheiro de equipe com bom humor anima o ambiente de trabalho,
enquanto que topar um colega mal-humorado causa desconforto do início ao fim do
expediente. Esta postura gera desgastes desnecessários, pois além de deixar toda uma
equipe desmotivada ainda atrapalha a produtividade. Pessoas mal-humoradas
geralmente não toleram brincadeiras. Com isso, automaticamente são excluídas da
equipe, o que não é saudável. Por essa razão, manter o bom humor no trabalho é
fundamental para cultivar bons relacionamentos".
Julia Alonso - Sócia diretora da Só Talentos RH, recrutamento e seleção de estagiários
e trainees.
Deixar de cultivar relacionamentos
"Os melhores empregos não estão nos jornais e nem nos classificados. A partir do seu
relacionamento interpessoal no trabalho é que conseguirá construir uma rede de
contatos (networking) que servirá, no futuro, para encaminhá-lo às melhores
oportunidades. É importante mostrar dinamismo, ser cooperativo no trabalho e nunca
fechar as portas pelos lugares onde passar".
Sheila Madrid Saad - professora de Recursos Humanos e Comportamento
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Organizacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Não ouvir os colegas
"É importante escutar a todos, mesmo aqueles que têm menos experiência. Isso estimula
a participação e a receptividade de novas idéias e soluções. Questionar com um ar de
superioridade as opiniões colocadas numa reunião não só intimida quem está expondo a
idéia, como passa uma imagem de que você é hostil. É necessário refletir sobre o que
está sendo dito, não apenas ouvir e descartar a idéia de antemão por considerá-la inútil".
Cristiane Leão - analista de desenvolvimento de recursos humanos da Fundação Mudes
- São Paulo.
Não respeitar a diversidade
"Todas as diferenças devem ser respeitadas entre os membros de uma equipe. Não é
aceitável na nossa sociedade alguém que não queira contato com outro indivíduo apenas
por ele ser diferente. Ao passo que o funcionário aceita a diversidade, ele amplia as
possibilidades de atuação, seja dentro da organização ou com um novo cliente. Além
disso, o respeito e o tratamento justo são valores do mundo globalizado que deveriam
estar no DNA de todos. Sem eles, o colaborador atrapalha o relacionamento
15
das equipes, invade limites dos colegas e a natureza do outro".
Nelci Maria de Mello - gerente de recrutamento e seleção da empresa Dupont -
companhia científica, com atuação no setor químico.
Apontar o erro do outro
"A perfeição não é virtude de ninguém. Antes de apontar o erro do outro, deve-se
analisar a sua própria conduta e sua responsabilidade para o insucesso de um trabalho
ou projeto. É melhor ajudar a solucionar um problema do que criar outro maior em cima
de algo que já deu errado. Lembre-se: errar é humano e o julgamento não cabe no
ambiente de trabalho. No futuro, o erro apontado pode ser o seu".
Doutor Helio Roberto Deliberador - professor do Departamento de Psicologia Social
da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
Ficar nervoso (a) com a equipe
"Atritos são inevitáveis no ambiente de trabalho, mas a empatia deve ser colocada em
prática nos momentos de tensão entre a equipe para evitar que o problema chegue ao
gestor e se torne ainda pior. Cada um tem um tipo de aprendizagem e um ritmo de
trabalho, o que não quer dizer que a qualidade da atividade seja melhor ou pior
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que a sua. O respeito e a maturidade profissional devem falar mais alto do que o
nervosismo. Equilíbrio emocional e uma conduta educada são importantes tanto para a
empresa como para o profissional".
Gláucia Santos - consultora de recursos humanos da Catho on-line.
(Fonte: http://www.universia.com.br/carreira/materia.jsp?materia=16011)
4.4 – Primeiros socorros
Tomar os devidos cuidados com a saúde e se precaver contra eventuais acidentes
ou doenças, é imprescindível para tornar as viagens e as férias agradáveis, sem qualquer
tipo de transtorno.
Há até um ramo na medicina especializado em atender viajantes (medicina dos
viajantes), que acompanha a saúde de quem viaja em três momentos: antes da partida,
em trânsito e no retorno.
Os monitores de recreação devem ter conhecimento de problemas de saúde
envolvendo o grupo que possam acarretar restrições à prática de determinadas
atividades que serão oferecidas. Essa precaução evita a ocorrência de inconvenientes e
pode ser essencial para resguardar a vida de um dos participantes.
Abaixo seguem algumas dicas sobre o que fazer em diversas situações, antes e
durante das viagens. Os monitores podem questionar aos participantes se as referidas
providências foram tomadas antes do início das atividades, bem como orientá-los
durante as atividades sobre as cautelas médicas ora recomendadas:
Antes da viagem
� É recomendável fazer consultas ao médico antes da viagem, sobretudo no caso
de longas distâncias e se estiver sob tratamento de qualquer doença e uso de
medicamentos;
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� Riscos de aquisição de doenças nos lugares para onde irá viajar e as vacinas que,
eventualmente, deverá tomar;
� Kit básico de remédios em viagens: antitérmicos (para a febre); anti-
inflamatórios (para dores); antieméticos (para enjoos); antiácidos; remédios
específicos para controlar crises de diarreia; repelentes para insetos; pastilhas de
cloro (para esterilizar a água) e preservativos. Se levar medicamentos de tarja
preta carregue junto um relatório médico, justificando-os. Seringas de diabéticos
também devem ser acompanhadas de declaração do médico;
� Outros produtos que podem ser incluídos no kit de primeiros socorros para
viagem: ataduras de “crepe” largas (15 ou 20 cm), esparadrapo, gaze, algodão,
termômetro e protetor solar.
Durante a viagem
� Quem vai fazer trilhas em áreas de mata fechada deve usar repelente, protetor
solar, roupas confortáveis, claras e de manga longa para evitar machucados.
Recomenda-se evitar o uso de perfumes e trajar peças escuras, pois, além de
reterem o calor, provocam odores que atraem insetos;
� Outros cuidados para evitar picadas de insetos vetores de doenças como a febre
amarela, malária, dengue e leishmaniose, entre outros são: não tocar em
vegetais, nem pôr a mão ou se aproximar de locais suspeitos, pois podem ocultar
animais peçonhentos;
� Um dos distúrbios mais comuns em viagens são as infecções intestinais e
problemas digestivos. A causa pode ser uma alimentação errada, exagerada ou
contaminada. A ingestão de água ou alimentos contaminados ocasiona a
chamada diarreia do viajante. Verifique se o local a ser visitado possui água e
esgotos tratados;
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� Se não tiver certeza a respeito da qualidade da água, ferva-a antes de tomá-la.
� Outras opções para evitar os efeitos de uma água não tratada é tomar apenas
água engarrafada, se possível gasosa (que, em geral, tem menor risco de
transmissão de doenças); evitar escovar os dentes com água não tratada; usar
uma pastilha de cloro para esterelizar a água e não abusar do gelo;
� As pastilhas possuem diversas concentrações de cloro e deve-se observar
atentamente as instruções dos fabricantes em relação à concentração adequada
para diferentes volumes e finalidades de utilização da água;
� Evitar alimentos crus ou não preparados na hora, e bebidas alcoólicas em
excesso. Prefira alimentos e frutas cozidas.
� Tome cuidado com temperos fortes, comidas gordurosas e pratos típicos, ainda
mais se não estiver acostumado;
� Use botas impermeáveis, preferencialmente de cano longo, quando for andar em
áreas alagadiças. Antes de colocar calçados, verifique sempre se não há algum
animal dentro;
� Antes de nadar ou mergulhar, procure se informar sobre a presença de peixes,
moluscos, celenterados, esponjas ou ouriços do mar, que possam causar danos
físicos através de contato direto ou da ingestão;
� Evite banhar-se em lagos, lagoas ou rios sem conhecimento prévio dos riscos.
Organizando o kit de primeiros socorros
O kit de primeiros socorros é um item fundamental para a equipe de recreação,
principalmente durante o dia a dia, na realização de atividades.
Para situações como essas, um kit de primeiros socorros bem elaborado pode
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minimizar em muito o efeito do problema, podendo até salvar uma vida em
determinadas situações.
Assim, segue abaixo algumas sugestões de como organizar seu kit socorros, para
uma viagem ou uma atividade recreativa:
Kit de primeiros socorros
Organização
Pegue uma bolsa qualquer, tire tudo que está dentro dela, lave e em seguida
passe um pano com álcool. Pegue os materiais de primeiros socorros e arrume-os dentro
da bolsa. Catalogue tudo o que tem, organize as bulas dos medicamentos e organize os
conteúdos guardados na bolsa.
Primeiro guarde na bolsa as bandagens e instrumentos, em outra parte os
medicamentos propriamente ditos.
Coloque tudo que estiver nas bulas dos remédios em uma mesma planilha,
imprima e leve junto aos remédios. Isso facilita encontrar o remédio indicado para a
emergência em caso de situações de necessidade.
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Procure entender o que está escrito na bula, como a função exata de cada
remédio, suas indicações e contraindicações.
Atenção: não pratique automedicação ou medicação sem conhecimento médico!
Existem sérios riscos relacionados a reações alérgicas, entre outros.
Exemplo de ficha de medicamentos
Nome Idade Chalé Medicação Dosagem Horário Início Final
Giovanni
de Sá
09 04 AAS infantil 1 comprimido 19h30 18/01 20/01
Gislene
Cristina
12 08 Doril 8 gotas 08h00 e
20h00
18/01 22/01
Richard
Heitor
10 04 Pastilha Vick
1 pastilha A cada 04
horas
18/01 19/01
Heide de
Melo
14 07 Cataflan 1 comprimido 09h00 e
21h00
18/01 21/01
Antonio
Mian
13 06 Hemomedine 3 comprimidos A cada 8
horas
18/01 21/01
Abaixo listamos os instrumentos, bandagens e medicamentos que são
necessários para o kit;
Bandagens
� Algodão;
� Compressão de gaze;
� Atadura;
� Band-aid;
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� Esparadrapo.
Instrumentos
� Tesoura;
� Pinça pequena;
� Pinça grande;
� Termômetro digital;
� Luvas cirúrgicas.
Medicamentos
� Pomada para assaduras;
� Pasta d’água (assaduras e queimaduras);
� Água oxigenada 10 volumes (limpeza);
� Analgésico e relaxante muscular (dores em geral);
� Antiemético (enjôo e calmante);
� Entre outros.
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4.5 - Formulário de autorização, ficha de medicamento e doenças
comuns
1. Ficha de autorização
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2. Ficha de medicamento
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3. Doenças comuns em acampamentos/viagens
� Dor de garganta;
� Prisão de ventre;
� Febre;
� Cólicas;
� Enjoos;
� Resfriados;
� Dor de ouvido;
� Tosse;
� Diarreia;
� Pressão baixa;
� Dor de cabeça;
� Vômitos;
� Pressão alta;
� Irritação nos olhos.
25
Unidade 5 - Programando atividades turísticas e recreativas
Olá, aluno(a)!
Nesta unidade, você vai aprender a desenvolver um programa de recreação,
desde sua estruturação até o seu funcionamento.
Verá como fazer um planejamento das atividades escolhidas, a condução de cada
grupo em especial e, em seguida, os procedimentos metodológicos do lazer.
Por fim, conhecerá o projeto de recreação e suas características.
Bom Curso!
26
5.1 - Desenvolvendo o programa de recreação
O primeiro passo na elaboração de uma programação é estruturar em um
cronograma escrito, todas as atividades que serão realizadas durante os dias de lazer,
desde a hora em que irá se levantar até a hora de dormir, ou seja, especificar de forma
detalhada tudo o que será realizado durante o dia e até mesmo no período noturno.
É nesse momento que a equipe define os principais horários, quais atividades
serão realizadas, faixa etária para cada atividade, qual profissional será responsável por
determinada atividade e demais informações importantes para que não haja erros e
equívocos.
Ainda que você conheça o perfil de cada pessoa da equipe e por mais que o seu
serviço meteorológico seja confiável, sua programação deverá estar bem preparada e
organizada para qualquer eventualidade que possa surgir, como atividades internas
extras caso o tempo não contribua com atividades ao ar livre, por exemplo.
Essas atividades extras são essenciais para o desenvolvimento tranquilo das
atividades pelo grupo de lazer sem a suspeita ou desconforto quanto à ocorrência de
imprevistos para o grupo organizador, tal como uma mudança metereológica repentina
ou ausência de um dos monitores.
Em acampamentos, por exemplo, o grau de envolvimento de cada recreador, o
entusiasmo e motivação dos participantes em relação às atividades devem ir
aumentando a cada dia, de maneira a criar uma sensação de “quero mais” ao final do
passeio, não sendo aconselhável que esse entusiasmo seja quebrado pela ausência de
atividades em um determinado período em virtude de imprevistos.
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Abaixo, citamos alguns imprevistos que podem acontecer:
� Após planejar uma atividade, e na hora de sua execução, poderá haver poucas ou
muitas pessoas;
� Falta ou quebra de materiais;
� Há pessoas que, querendo ajudar, acabam atrapalhando;
� Pode estar chovendo, ou começar a chover durante as atividades;
� Problemas de saúde com um membro da equipe responsável pela condução de
determinada atividade.
Esses casos acontecem até com certa frequência, sendo assim, os recreadores
devem estar preparados para contornar tais imprevistos.
Dentre uma das principais táticas na organização das atividades, sugere-se que
se deixe as melhores atividades, bem como a expectativa por elas, para o último dia de
viagem. Uma dica muito importante: assim como a programação, cada atividade deve
sempre terminar no seu auge.
O indicado é que ao final de cada atividade, as pessoas estejam querendo
praticar mais e até peçam para continuar a brincadeira. Quando isso acontecer, você
deverá saber que essa é a melhor hora de acabar a atividade e começar uma nova,
independente de qualquer que seja a atividade, pois assim manterá a atenção das pessoas
e as incentivará para a próxima atividade.
Durante a montagem da programação, as primeiras atividades deverão
(obrigatoriamente) ser as de “quebra gelo”, ou seja, que façam as pessoas interagirem,
uma vez que, na maioria dos casos, os participantes não se conhecem.
Atividades que mencionem os nomes dos participantes, brincadeiras que
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proporcionem movimentos e situações engraçadas, além do contato físico entre os
participantes por meio do toque, são situações que contribuem na hora de “quebrar o
gelo” entre os praticantes.
É muito importante também que a equipe de recreadores jamais, e, sobretudo
durante o momento de integração, proponha atividades que possam levar as pessoas a
uma situação de constrangimento. Sentir-se ridicularizado nesse primeiro momento
pode colocar um ponto final a toda a expectativa do turista e, consequentemente, a
qualquer chance de sucesso dos monitores.
É importante destacar que, incluir o free time (tempo livre) na programação do
dia, é muito importante, pois o participante precisa descansar para continuar na
próxima. Assim como o free time, a volta à calma, é um momento de grande
importância para a manutenção do equilíbrio em um passeio.
O horário ideal para a prática dessa atividade é no período noturno, depois que
as demais atividades já estiverem encerradas, no momento que antecede a hora de
dormir.
Ao montar uma programação, a equipe de animadores deve saber que, com esses
elementos básicos, é possível obter uma quantidade infinita de variações de passeios e
atividades.
É importante destacar que não se deve esquecer de avaliar o espaço físico
29
local e o material disponível. Se possível, uma boa trilha sonora, previamente
selecionada dará um ar mais alegre e descontraído às atividades e ao próprio local de
estadia.
Um bom programa de recreação e lazer deve valorizar a cultura popular da
região, o conhecimento e interação entre as relações humanas com a natureza e
estimular a utilização equilibrada e sustentável dos recursos.
5.2 - O que não deve faltar em um bom cronograma de recreação e
lazer:
Artes: indispensável para o público infantil, como massinhas de modelar,
colagens, recortes e pinturas, por exemplo.
Atividades culturais: uma atividade infalível são as gincanas de conhecimentos
gerais, nas quais o conhecimento dos participantes é colocado à prova. Os adultos são
os que mais gostam desse tipo de atividade e acabam levando muito a sério.
Atividades rítmicas e expressivas: são atividades nas quais as pessoas se
manifestam através da cultura corporal, que tem como intenção a expressão e
comunicação mediante gestos e a presença de estímulos sonoros como referência para o
movimento corporal. Trata-se de danças e brincadeiras cantadas. Além dessas
atividades, pode-se trabalhar com danças infantis, danças temáticas, hidroginástica e
danças da moda, por exemplo.
Um bom trabalho desenvolvido por um recreador deverá conter, se possível,
todas as atividades descritas acima que, se bem planejadas e bem aplicadas, agradam a
todos os participantes envolvidos.
30
A seguir, elaboramos um quadro com as principais atividades que deverão
constar em uma programação de recreação e lazer.
Esportes Recreação Artes Cultura
Pré-desportivos Brincadeiras folclóricas Pinturas Gincana
Modalidades esportivas Pequenos jogos Dobradura Danças
Festivais Médios jogos Colagens Músicas
Esportes adaptados Grandes jogos Massinhas Cancioneiro
5.3 - A Programação de um Day Camp:
Abaixo, apresentamos como sugestão um cronograma de atividades de lazer para
um Day Camp, que consiste em passeios de apenas um dia.
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08h00 às 08h30 Recepção aos hóspedes;
08h30 às 09h00 Café da manhã;
09h00 às 09h30 Atividades de integração;
09h30 às 10h00 Brincadeiras cantadas;
10h00 às 11h00 Canibal (brincadeira);
11h00 às 12h30 Jogos cooperativos;
12h30 às 13h30 Almoço;
13h30 às 14h00 Free time (descanso);
14h00 às 15h00 Brincadeiras tradicionais;
15h00 às 16h30 Caça ao tesouro;
16h30 às 17h00 Free time (descanso);
17h00 em diante Despedida ou horário para o banho e depois o jantar.
5.4 - Planejamento e Organização do Lazer
Quando pensamos em “planejamento e organização de sistemas de lazer e
recreação”, devemos considerar, inicialmente, qual é a conceituação do termo
“sistema”. Um sistema pode significar um conjunto de elementos que, ao se juntarem
funcionam em perfeita harmonia. Assim, um sistema de lazer é composto por diversos
elementos que, de uma forma conjunta, viabilizam ao ser humano vivências mais
amplas no campo do lazer.
Uma gincana qualquer, por exemplo, pode ser considerada um sistema de lazer e
recreação sob três características: a organizacional, o constitutivo e o misto.
- Em termos organizacionais, a elaboração de uma gincana contempla o público
alvo, o espaço físico, os recursos humanos e materiais necessários.
32
- No que se refere ao aspecto constitutivo, a gincana deve ser constituída por
atividades vinculadas aos diversos conteúdos culturais do lazer, que são o social, o
turístico, o intelectual, entre outros.
- O aspecto misto, por sua vez, contempla fatores pertencentes aos outros dois
aspectos citados acima.
Além das gincanas, fazem parte também do sistema de lazer: as colônias de
férias, as ruas de lazer, os projetos sócio-educativos que se utilizam do lazer para a
educação de crianças e adolescentes, os programas de lazer e recreação dos hotéis de
lazer e os diversos eventos específicos.
O planejamento e a organização de um sistema ou evento de lazer e recreação
devem se fundamentar em algumas considerações, que são:
a) A definição da proposta do sistema ou evento de lazer;
b) A pertinência da proposta em questão;
c) As atitudes que a proposta pretende desenvolver;
d) O conhecimento sobre os principais aspectos biológicos,
33
sociais, psicológicos, econômicos e políticos do público alvo envolvidos na
atividade;
e) Os aspectos pedagógicos e sociológicos envolvidos nas práticas das atividades;
f) A qualidade profissional da prática.
O evento de lazer e recreação deve conter uma proposta bem definida, ou, em
outras palavras, um propósito sólido, para que não ocorra nada de errado durante as
atividades e principalmente para que o monitor guie-se através do cronograma para o
entretenimento do grupo.
A proposta pode ser educativa, de conscientização ambiental ou de algum outro
tipo. As ideias também podem receber mais de uma atividade, quando estiverem
voltadas para diversos objetivos. Mesmo que o prazer e o entretenimento estejam
diretamente ligados à ludicidade, é importante a realização das atividades com
finalidades educativas, de modo geral, e de formação crítica, de um modo específico.
A proposta criada precisa ser pertinente, ou seja, aceitável. Uma proposta
pertinente precisa fazer sentido com o contexto abordado. Além disso, a proposta deve
estar comprometida com o desenvolvimento de atitudes, valores e princípios
socialmente nobres, tais como a solidariedade, a ação coletiva, a transformação e a
emancipação do ser humano.
O conhecimento do público é muito importante, uma vez que permitirá a
elaboração de atividades adequadas às diversas faixas etárias. Conhecer seus clientes
praticantes do lazer pode ajudá-lo a definir quais as propostas interessantes e as
estratégias concretas que agradem ao cliente e assim, consiga alcançar os propósitos
estabelecidos.
34
Os profissionais que fazem parte dessas atividades devem ser extremamente
qualificados, sobretudo em termos de formação acadêmica e de nível superior e com
uma pós-graduação e níveis cada vez mais acima. A compreensão e a aplicação de
atividades pedagógicas e sociológicas, no sistema de lazer, exigem uma boa formação
acadêmica dos profissionais envolvidos nessa área de atuação.
Além das considerações abordadas, que permitem uma visão ampla do sistema
de lazer a partir do estabelecimento de delimitações conceituais, existem alguns
elementos específicos fundamentais para o alcance do sucesso na organização das
atividades. São eles:
a) Análise da forma da atividade: algumas brincadeiras são permanentes e
diversificadas, por apresentarem diferentes formas culturais para os diferentes
públicos. Um exemplo são os programas de lazer e recreação de um hotel resort.
b) Uma rua com diversos elementos associados ao lazer pode conter diversos
formatos: pode contemplar diferentes formas culturais para as diferentes faixas
etárias ou pode prever, por exemplo, apenas atividades esportivas para crianças.
c) As definições de local, duração do evento e a data: um evento pode ser
permanente, esporádico, frequente ou isolado. Para os diversos casos devem-se
definir as datas, locais e horários para todas as atividades praticadas no dia.
d) A escolha e a elaboração das atividades: as brincadeiras devem ser adequadas ao
cliente em questão, e na maioria das vezes depende dos recursos humanos e
35
materiais disponíveis.
e) A definição dos recursos humanos necessários.
f) As principais estratégias de divulgação: divulgação de qualidade é fundamental
para o local. Excelentes eventos são prejudicados pela falta de divulgação
adequada.
g) A preparação do local: os locais e os espaços físicos do sistema ou evento devem
estar previamente preparados, para que não existam atrasos e para que a
qualidade das ações não seja prejudicada.
h) A avaliação final do evento: as avaliações são importantes porque caso o evento
tenha que acontecer novamente ou se estivermos tratando de um evento
permanente ou de longa duração você precisa avaliar o que foi bom e o que pode
ser melhorado.
Como vimos durante todo esse tópico, uma atividade, evento ou sistema de lazer
devem ser cuidadosamente planejados, executados e avaliados. Em um planejamento e
organização de qualidade se encontra a chave para o sucesso na área de lazer e
recreação, exatamente como acontece em inúmeras áreas de conhecimento e atuação.
5.5 - O planejamento das atividades
Jogos de “quebra gelo”
São considerados mais propícios para iniciar uma atividade de salão,
principalmente tratando-se de um grupo cujos integrantes não se conhecem. São jogos
de fácil contato, sem muitas dificuldades, e que servem para iniciar o mútuo
conhecimento, até mesmo de nomes.
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Exemplo:
A bexiga alegre.
Como funciona:
Materiais: bexigas, papéis, e caneta;
Ambiente: ao ar livre ou em espaços fechados;
Formação: em pé, formando um círculo;
Público: qualquer idade.
Desenvolvimento: Todos os participantes receberão uma bexiga e um pedaço de papel,
no qual deverão escrever uma mensagem positiva e assinar o seu nome embaixo. Feito
isso, enrola-se o papel, coloca-o dentro da bexiga, enchendo-a e amarrando-a. Depois,
todos jogarão as bexigas para cima, sem deixá-las cair até que, ao sinal do
recreacionista, cada um deverá pegar uma bexiga aleatoriamente, e voltar para o seu
lugar na roda. Então, o monitor de recreação estoura sua bexiga e você lê a mensagem
que está escrita, identificando o remetente, que dessa forma também procederá, e
seguindo-se assim, até todos lerem suas mensagens.
Objetivo: estabelecer um primeiro contato entre o grupo, além de levar uma mensagem
otimista a cada um dos participantes.
Jogos de movimentação ou efeito médio
Quando falamos em movimentação, referimo-nos a jogos que implicam no
deslocamento ou esforço médio. A expressão “efeito” se refere à empolgação que causa
nos participantes e respectivas consequências físicas como cansaço ou aceleração
cardíaca, uma vez que não é possível prever qual será a reação dos participantes diante
de uma atividade.
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É importante colocá-los dentro de uma jornada recreativa, entre os jogos de
quebra gelo e os jogos de maior movimentação ou efeito, seguindo assim uma linha de
empolgação crescente.
Exemplos: alerta, nunca três, mímicas, observações de objetos que mudam de
lugar, fantasmas, olimpíadas culturais. O desenvolvimento de cada atividade será
apresentado nos próximos tópicos.
Jogos de grande movimentação ou de grande efeito
É aconselhável colocar na última parte da jornada recreativa, precisamente para
se chegar ao ápice. Alguns desses jogos têm certa complexidade, motivo pelo qual o
comando dos mesmos deve ser muito ativo e claro nas explicações.
Exemplo:
O canibal.
Como funciona:
Material: tintas atóxicas e fantasias de índios;
Ambiente: ao ar livre;
Formação: à vontade;
Público: crianças e adolescente;
Desenvolvimento: Vários monitores de recreação devem estar espalhados e escondidos
por todo o espaço disponível, cada um representando uma tribo e, portanto um pote de
tinta não tóxica, própria para pele. Cada monitor de recreação deve ter uma cor
diferente. Haverá ainda outro monitor usando uma cor escura, que perseguirá as equipes
participantes, ou seja, ele será o canibal. Um último monitor, que será o orientador
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dos participantes, dará início às atividades após explicá-las, e os participantes,
individualmente ou em equipes, deverão encontrar “tribos” e obter deles uma marca de
tinta em seu punho. Enquanto isso, o canibal perseguirá os participantes, tentando pegá-
los em cima de uma das marcas já feitas. O participante (ou equipe) que for pego pelo
canibal, deverá voltar à tribo referente àquela cor e passar novamente a tinta em seu
braço. Vencerá o participante (ou equipe) que primeiro se apresentar ao orientador com
todas as marcas, de todas as cores;
Objetivo: fazer com que as crianças e adolescentes aprendam a trabalhar em equipe, e
principalmente a compreender que tudo precisa ser conquistado.
Jogos de volta à calma
São jogos propícios para serem realizados após uma longa jornada de jogos, uma
vez que o grupo provavelmente estará bastante cansado. Trata-se de jogos culturais ou
de concentração, que não necessite de esforços físicos.
Exemplos: Mané pipoca, slogamania, pirulito, quizz de atualidades, entre
outras.
O responsável (monitor ou recreador) por colocar em prática as atividades,
precisa ter em mãos todos os materiais utilizados durante a realização das atividades,
pois a agilidade e rapidez entre a finalização de um jogo e o início do seguinte
constituem fórmula importante no resultado final da jornada recreativa.
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5.6 - A condução dos grupos
Começa-se com a recepção dos grupos, que deverá ser de uma forma cordial e
atenciosa e com um simpático e sorridente “bom dia”. Deve-se conduzir os clientes ao
restaurante para tomar um café da manhã e, em seguida, direcioná-los para seus chalés
e/ou quartos para descansarem um pouco e trocarem de roupa, pois devem ser
convidados para uma descontraída caminhada de reconhecimento pelo local,
prevalecendo a informalidade entre os participantes, pois o ambiente é propício à
descontração e ao desligamento da vida rotineira.
Sempre que um hóspede pedir alguma coisa, demonstre disposição em ajudá-lo,
caso isso não seja possível, procure algum superior, encaminhando o problema e
pedindo gentilmente uma solução para o caso, pois o visitante é a pessoa mais
importante em qualquer lugar que esteja hospedado.
Jamais deve-se isolar alguém do grupo: procure promover a integração de todos
e, por incrível que possa parecer, mesmo em grupos que já se conhecem, é possível que
alguma pessoa se isole, mesmo que motivado por diversos fatores e pelas pessoas. Em
grupos de (ou com) crianças, esses cuidados devem ser redobrados.
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Quando houver famílias hospedadas, uma boa sugestão de recreação, que pode
ajudá-lo a conquistar a admiração e o respeito, tanto dos adultos quanto das crianças, é a
de que, como recreadores, deve-se cuidar, em primeiro lugar, das crianças.
Se uma criança está se divertindo, consequentemente os pais e familiares estarão
livres para aproveitarem e desfrutarem dos serviços e do lazer oferecido pelo local, sem
nenhuma preocupação com as crianças, que estarão seguras e se divertindo com as
diversas atividades recreativas, sob a supervisão de monitores responsáveis e que, sem
dúvida, já conquistaram a confiança dos adultos.
5.7 - Procedimentos metodológicos
1. Como dirigir jogos recreativos
Uma boa dica é o aproveitamento das características dos participantes. Caso o
responsável pelas atividades já esteja atuando durante um tempo com o grupo, terá mais
facilidade durante sua tarefa, pelo conhecimento que deve ter em relação a
características como timidez, desconfiança, bom humor, liderança, criatividade,
inteligência, expressividade, etc.
O principal objetivo dessa observação é evitar expor as pessoas em tarefas
lúdicas para as quais não estejam preparadas ou capacitadas. Os cuidados devem ser
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maiores durante aqueles jogos em que uma pessoa ou um pequeno grupo fica exposto
diante dos demais.
Essas inúmeras recomendações podem ajudar a evitar constrangimentos, pois a
principal intenção dos jogos está na alegria e satisfação que provocam, e não no
sacrifício ou incômodo de participar.
Por outro lado, a participação de uma pessoa inadequada física, intelectual ou
emocionalmente em um jogo pode provocar o próprio fracasso dessa atividade.
2. Atitude e comunicação no comando dos jogos:
A comunicação do responsável deve ser coloquial, de aproximação, tanto
quando fala com o grupo todo como quando o faz com um dos seus integrantes. O
principal objetivo é criar um ambiente descontraído e de confiança entre direção e
dirigidos.
A comunicação deve ser clara, objetiva e relativamente pausada, principalmente
quando for dirigida a um grupo numeroso, a fim de que todos entendam as
características do jogo a ser realizado.
O responsável precisa falar de frente para todo o grupo, olhando nos olhos de
todos, sem nenhuma diferença, evitando lateralidade ou dar-lhes as costas.
É recomendável que o recreador explique pelo menos duas vezes o jogo e
pergunte se foi entendido por todos ou se há perguntas a serem feitas.
Não se esqueça de divulgar previamente as atividades do dia seguinte, por
exemplo, colocando a programação em um lugar visível e de fácil acesso a todos. Se
possível, ainda, afixe uma programação em cada quarto de hotel, quando for o caso.
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3. Situação posicional ante o grupo
� Colocar-se de frente para o sol;
� Visualizar bem todos os participantes;
� Nunca deixar ninguém às suas costas;
� Procurar manter o grupo, de preferência, unido e não disperso.
4. Para promover o silêncio
� Evitar gritar, falar mais alto que o cliente ou apitar, por exemplo, durante o
jantar;
� Situar-se em pé, acima de algum elemento acessível, à vista de todos;
� Bater palmas;
� Fazer o gesto de “silêncio” (mas sem abandonar o sorriso).
5. Técnica especial para o ensino e direção de jogos
� Apresentação: nomear a atividade;
� Formação: dividir as equipes;
� Explicação: deve ser clara, alta e de bom som. Ao escolher uma atividade, deve-
se em primeiro lugar explicar o objetivo do jogo, explicar como se ganha, como
se obtém os pontos, como se conclui a atividade. A partir daí, explique os
processos de desenvolvimento e as regras;
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� Demonstração: sempre que possível, peça a um dos participantes para que
demonstre ao seu lado o jogo, ou eventualmente, uma demonstração poderá ser
feita somente pelo recreacionista;
� Pergunta: “Alguém tem dúvida?” – essa é a pergunta fundamental para a
tranquilidade e para o bom desenvolvimento futuro do jogo. Não deixe de
esclarecer e, caso alguém pergunte algo, responda imediatamente em voz alta
para que todos possam ouvir;
� Sinal concreto de início: após assegurar-se de que tudo está devidamente em
ordem, deve-se iniciar a atividade, com um apito, por exemplo;
� Controle, participação, alento e entusiasmo: o monitor precisa motivar os
participantes e mantê-los entusiasmados e, caso seja necessário algum
julgamento, deve ser com os sinais mais cordiais e justos possíveis;
� Concretização final: uma objetiva e clara sinalização de quem ganhou a
brincadeira indicará a conclusão do jogo, além de continuar a estimular de forma
especial os mais lentos e atrasados;
� “Prêmio” aos ganhadores: o mérito deverá ser de forma simples (parabéns,
palmas, aplausos, etc.), nunca material.
6. Antes de iniciar os jogos
� Verifique se todo o material para a execução do jogo está disponível;
� Certifique-se do número de pessoas que irão participar;
� Não se esqueça de papel, caneta e apito;
� Não comece nenhum jogo sem verificar a segurança do local;
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� Adapte cada jogo à realidade dos seus recreandos: a altura da rede, a
profundidade da piscina, o número de repetições, o número de pontos, as
punições, etc.
� Nunca abandone ou fique de costas para uma piscina com crianças jogando e/ou
brincando;
� Se possível, separe os grupos por idade;
� Selecione jogos adequados à idade, sexo e às condições físicas e emocionais dos
participantes;
� Faça adaptações de jogos às pessoas com deficiência, de maneira que possam
participar, sem prejudicar sua saúde física e emocional;
� Enfatize o espírito de jogar pelo prazer de brincar e não para ganhá-lo a todo
custo;
� Não se esqueça do estojo de primeiros socorros.
7. Recursos de animação
Elaboramos uma tabela, dividindo-a em recursos materiais e físicos, com
sugestão de recursos de animação que, aliados à sua criatividade, poderão auxiliá-lo
quando estiver exercendo a profissão:
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Materiais Físicos
Bolas diversas Quadra da areia
Jornais Grandes ambientes
Cordas Pequenos ambientes
Meias Campo de futebol
Lençol Quadra poliesportiva
Velas Ônibus
Vassouras Salas
Cones Lagoas
Bóias Piscina
Argolas Gramados
Coletes Playground
Tintas atóxicas Bosques
Rádio, CDs e fitas Trilhas
Brinquedos Salas de jogos
Fantasias Sala de convenções
5.8 - O projeto de recreação
Neste tópico você vai aprender a montar um projeto de recreação, sempre
lembrando quais os principais objetivos, o público alvo, entre outras observações que
iremos destacar abaixo:
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1. Título do projeto
2. Responsável pela proposta: Quem serão os responsáveis por aplicar a brincadeira,
ou seja, qual recreador/monitor deve aplicar a brincadeira/atividade, em qual local deve
estar, de que forma agir, entre outras.
3. Benefício da proposta: Qual o benefício que a atividade vai proporcionar para as
pessoas que a praticarem e qual a ação positiva que a atividade traz para o público alvo.
4. Motivo de aplicação: Descrever com o máximo de clareza qual o real motivo para
aplicar aquela brincadeira, o que ela efetivamente contribuirá para a população.
5. Objetivos: Quais são os benefícios mentais que essa atividade proporciona as
pessoas, isto é, ajuda a conscientizar sobre o problema do desmatamento, incentivar a
reciclagem, entre outras.
6. Cronograma de atividades: Descrever qual vai ser a ordem de cada atividade, da
primeira até a última, e qual o motivo dessa ordem.
7. Metas: Descrever quais são as metas que você espera alcançar para levar o lazer à
população.
8. Público alvo: Descrever o perfil do participante, média de idade, condição física,
entre outros.
9. Recursos: Descrever qual material será usado em cada uma das brincadeiras descritas
no cronograma.
10. Avaliação do projeto: Descrever o que o monitor responsável achou da atividade, o
que precisa ser melhorado e o que está de acordo.
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Modelo de projeto:
1. Projeto Natureza
2. Responsável pela proposta Monitor das turmas 1 e 2
3. Benefício da proposta Fazer com que as crianças entendam a necessidade
de cuidar da natureza.
4. Motivo de aplicação A ideia é fazer com que em uma brincadeira as
crianças entendam inúmeras coisas sobre a natureza
e as formas de protegê-las.
5. Objetivos Fazer com que as crianças entendam o processo de
reciclagem e porque praticá-lo em casa.
6. Cronograma das atividades Atividade 1 – Projeto de recreação – natureza
Atividade 2 – Pular corda (coordenação motora), etc.
7. Metas Procurar ensinar em apenas uma aula, tudo o que for
necessário para o entendimento.
8. Público alvo Crianças até 10 anos
9. Recursos 1- Aparelhos de som;
2- Sementes de planta;
3- Água para as plantas;
4- Entre outros.
10. Avaliação do projeto O projeto teve resultado satisfatório devido ao
perfeito entendimento da maioria das crianças em
relação ao que foi passado. O que precisa ser
melhorado é o local para a prática.
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Como vimos nas tabelas acima, o recreador precisa manter todo o cronograma
em ordem, e com algumas outras atividades para o caso de imprevistos, e para isso o
monitor precisa se programar podendo concluir o dia de trabalho com sucesso!
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Unidade 6 – A recreação no âmbito escolar
Olá, aluno(a)!
Nesta unidade, você vai conhecer a importância das práticas recreativas e
atividades lúdicas no desenvolvimento de crianças e jovens em fase escolar.
Verá a importância da recreação como forma de socialização infantil, as
atividades lúdicas na educação especial e a importância do professor de educação física
no desenvolvimento dessas atividades.
Por fim, vai conhecer algumas atividades e jogos que podem ser aplicados para o
melhor desenvolvimento desses jovens.
Bom estudo!
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6.1- A importância da recreação no âmbito escolar
A recreação escolar é a prática de atividades prazerosas para os alunos, como
jogos e atividades lúdicas, por meio das quais a escola consegue transmitir informações
educacionais importantes. Essas atividades são muito importantes no âmbito escolar,
pois possibilitam o desenvolvimento afetivo, cognitivo, motor, linguístico e moral, além
de serem importantes na inclusão e socialização dos alunos.
A responsabilidade de educar, há muito tempo deixou de ser apenas papel da
família, e passou a ser também de responsabilidade da escola, por isso as instituições de
ensino estão cada vez mais preocupadas em passar valores e conceitos corretos, de
forma que crianças e jovens possam absorver esses conhecimentos da melhor maneira
possível.
A fase escolar é o momento em que o indivíduo começa a formar sua
personalidade, seus hábitos, atitudes e valores que vão traçar as linhas de seu caráter,
portanto tudo o que lhe for ensinado nessa fase é de suma importância ao longo de sua
vida.
A aprendizagem está ligada à motivação, ou seja, a disposição e interesse do
aluno em aprender. Além da sala de aula, uma forma de despertar essa motivação nos
alunos é utilizando-se de atividades de recreação possibilitando ao aluno aprender de
forma descontraída e agradável, sem a ideia de obrigatoriedade.
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Nesse sentido, quando se pensa em desenvolvimento pessoal, social e escolar, é
preciso ter claro que o lazer e as atividades de recreação fazem parte desse processo,
pois trazem vários benefícios para os estudantes, como a motivação, concentração,
capacidade de enfrentar desafios e acima de tudo facilitam o aprendizado.
Recreação e a socialização
A socialização é processo pelo qual a sociedade, escola ou família ensinam
maneiras, costumes, valores e ideias a um indivíduo. Esse processo é dado através da
convivência em grupo, pois essa convivência nos permite expressar nossas ideias e
adquirir novos conhecimentos.
A recreação na escola é importante para a socialização dos alunos, uma vez que,
através das atividades recreativas, os jovens podem interagir de forma mais adequada
com seus colegas de classe, expondo de forma ampla a sua individualidade e realizando
novas experiências em grupo.
Dessa forma, pode se entender a contribuição da escola e das atividades
recreativas em sala de aula para a socialização, levando em conta as diversas
características envolvidas neste processo como a aquisição de valores éticos e morais
bem como a construção da identidade e a capacidade de relacionar-se e interagir.
52
6.2 - Recreação e Atividades Lúdicas na Educação Especial
A Educação Especial é uma área da Educação que tem o trabalho voltado para
pessoas com deficiência como aquelas com debilidades físicas ou mentais, tais como
síndrome de Down, deficiência visual, deficiência auditiva, entre outras.
A Educação Especial é definida pelo MEC (Ministério da Educação) como
sendo “uma modalidade de educação considerada como um conjunto de recursos
educacionais e de estratégias de apoio que estejam à disposição de todos os alunos,
oferecendo diferentes alternativas de atendimento”.
Normalmente esses alunos especiais recebem atendimento educacional em
instituições especializadas, ou seja, as escolas específicas para pessoas com deficiência.
Nessas instituições os alunos contam com salas adaptadas, aparelhos específicos para
suas necessidades e profissionais treinados e capacitados para trabalhar de acordo com
cada necessidade.
Porém, por pressões sociais, sentiu-se a necessidade de integrar esses alunos ao
ensino regular. Assim, foi criada a Educação Inclusiva, na qual os alunos com
deficiência passariam a frequentar escolas regulares com alunos ditos “normais”.
O projeto tem um objetivo nobre que é o de realizar a integração desses alunos
53
em âmbito social e escolar. No entanto, esse tema é muito discutido entre pais,
professores, autoridades e sociedade, pois ainda existem muitas dificuldades em
desenvolver este projeto na prática.
Alguns exemplos dessas dificuldades são:
- As limitações dos educadores, no sentido de não terem formação específica
para lidar com alunos excepcionais ;
- A falta de estrutura das escolas, como salas e banheiros adaptados, o que
facilitaria a sua utilização;
- O número elevado de alunos por sala de aula, o que dificulta ainda mais o
ensino;
- O receio e insegurança dos pais de alunos excepcionais que tendem a manter
seus filhos em instituições especializadas de forma a evitar que sejam discriminados ou
estigmatizados pelos alunos do ensino regular;
- O medo que as próprias instituições de ensino têm de receber esses alunos,
devido à falta de preparo que possuem. As escolas, inclusive, orientam os pais de alunos
excepcionais a procurarem escolas especializadas para seus filhos.
Recreação na educação Especial
A recreação na educação especial tem um papel importante, pois ela pode ajudar
o aluno especial a desenvolver habilidades psicomotoras, sensoriais, mentais,
cognitivas, interpessoais e outras que o ajudarão em seu desenvolvimento.
As atividades recreativas permitem que o aluno experimente, toque, se expresse,
conheça a si próprio e aos outros e tem por objetivo maior, o desenvolvimento e
crescimento do aluno de maneira equilibrada.
A recreação para a criança especial deve ser feita da mesma maneira como é
54
feita para crianças que não possuem debilidades físicas e mentais, porém deve ser
adaptada de acordo com as necessidades de cada aluno, visando a segurança e bem-estar
destes.
Sugestões de Atividades para alunos excepcionais:
Primeiro é preciso preparar bem o grupo, motivando a classe, esclarecendo as
regras e deixando todos atentos.
1 - Material: Saquinhos e grãos
Objetivo: Possibilitar o deslocamento, a coordenação de movimentos e o
autocontrole do equilíbrio.
Desenvolvimento: Levar a criança a se deslocar em posições diversas: andando,
saltando, engatinhando, de joelhos, etc, com os sacos de grãos colocados em
determinadas partes do corpo. O professor dará os comandos sobre os lugares
onde deverão ser colocados os saquinhos, podendo a criança ser auxiliada pelos
colegas. Cada criança descobrirá por si mesma a maneira de movimentar-se sem
derrubar os sacos com grãos.
2 - Material: Sem material
Objetivo: Consciência e valor de uma boa respiração.
Desenvolvimento: Inspirar pelo nariz e soltar pela boca.
3 - Material: Sem material
Objetivo: AVD – Função semiótica (Representação)
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Desenvolvimento: Dramatizar. Por exemplo, fazer gestos como se fosse um
pássaro, como se estivesse lavando as mãos, tomando banho, lavando roupas,
escovando os dentes, nadando, etc. Com esses gestos responder perguntas
como:
O que você faria se fosse um palhaço?
O que você faria se fosse uma professora?
O que você faria se fosse um nadador?
4 - Material: Sem material
Objetivo: Conseguir a coordenação dos membros superiores e inferiores em
deslocamento quadrupédicos.
Desenvolvimento: A professora deverá incentivar a criança a deslocar-se “em
quatro patas”, imitando animais.
Alguns exemplos:
Cachorro: Deslocar-se como se estivesse engatinhando como um bebê.
Gato: Deslocar-se usando como apoio as mãos e os pés, sem usar os joelhos.
Urso: Posição quadupédica com os joelhos apoiados no chão (como a
posição estática do cachorro). Ao deslocar-se fazê-lo pesadamente, com um lado
do corpo de cada vez.
Macaco: Deslocar-se na ponta dos pés e com o apoio das mãos no chão.
Tartaruga: Deslocar-se lentamente de joelhos com braços flexionados e
antebraços apoiados no solo, mantendo o tronco bem curvado.
Girafa: Deslocar-se na ponta dos pés e os braços levemente inclinados, mãos
espalmadas e unidas com os polegares esticados para o alto.
O professor também poderá sugerir que as imitações sejam acompanhadas dos
sons dos animais.
5 - Material: Banda rítmica
Objetivo: Desenvolver atenção auditiva e discriminar sons diferentes.
Desenvolvimento: A professora deverá desenhar os instrumentos da banda
56
rítmica na lousa. Longe da vista dos alunos, fazer uma criança tocar um
instrumento por vez. Por exemplo, chocalho, pandeiro, guizo, agogô, triângulo,
reco-reco, etc. Tentar que a classe reconheça os sons, apontando na lousa a
figura correspondente.
6 - Material: Sem material
Objetivo: Representação mental. Obs.: Não vale falar.
Desenvolvimento: Fazer perguntas como: O que você faria se levasse um
susto? Se pisasse no chão muito quente?
E os alunos devem responder representando, fazendo gestos.
6.3 - O papel do professor de Educação Física.
O professor de Educação Física é o profissional responsável pelo preparo físico
e também mental dos alunos. Ele tem o papel de incentivar a prática de exercícios
físicos, com o objetivo de prevenir doenças como obesidade, diabetes, problemas no
coração e outros problemas decorrentes do sedentarismo.
O papel desse professor é muito importante nas escolas, pois além de trabalhar a
parte física, ele também auxilia na formação social dos alunos, ensinando-lhes a lidar
com as vitórias e derrotas, a trabalhar em equipe e também auxilia no desenvolvimento
de habilidades motoras, sensoriais, entre outras.
A aula de Educação Física é a mais apropriada para as atividades de recreação.
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Aulas bem estruturadas e desenvolvidas, baseadas em atividades lúdicas contribuem
para o processo de socialização dos educandos, além de proporcionar um ambiente que
favorece seu desenvolvimento físico, emocional, linguístico e espacial.
Porém, muitas escolas ainda não possuem o Educador Físico, e a
responsabilidade do desenvolvimento das atividades lúdicas fica com um profissional
que não tem qualificação específica para ministrar essas atividades, ou seja, “professor
da sala de aula”.
Esses educadores não têm especialização na área de Educação Física, por isso
podem comprometer o desenvolvimento do aprendizado dos alunos. Para que isso não
aconteça cabe ao educador físico que adquiriu um estudo mais específico nessa área,
transmitir as aulas de recreação, através de atividades lúdicas com objetivos específicos
de aprendizagem.
Uma pesquisa realizada em uma escola infantil na cidade de Sertãozinho,
interior de São Paulo, constatou que o desenvolvimento de atividades lúdicas no ensino
infantil aplicado por um profissional de Educação Física tende a ser mais produtivo do
que o aplicado por um profissional não especializado.
Essa pesquisa pode ser visualizada na Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 -
N° 125 - Octubre de 2008, disponível no site: http://www.efdeportes.com/efd125/o-
papel-do-professor-especialista-na-educacao-fisica-infantil-escolar.htm.
Segundo os idealizadores da pesquisa, professores e doutores do Centro
Universitário Moura Lacerda – Ribeirão Preto – SP, para o estudo participaram 20
alunos da educação infantil, com idade de cinco anos, de ambos os sexos. Eles foram
divididos em turma A, período da tarde, e turma B, período da manhã, ambas com 10
alunos. As atividades lúdicas foram aplicadas durante seis meses, com 1 hora/aula
semanal. Foram desenvolvidas por um profissional de Educação Física apenas na turma
“A”. Na turma “B” essas atividades foram realizadas pelo professor da sala de aula.
Foram aplicados jogos e atividades recreativas, e as atividades foram desenvolvidas na
quadra.
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Para a análise do desenvolvimento psicomotor em relação à idade cronológica
dos alunos, foram aplicados testes individualizados, sendo três testes de motricidade
fina, três de motricidade global, três de equilíbrio, três de esquema corporal/rapidez, três
de organização espacial e dois testes de linguagem/organização temporal. Esses testes
avaliavam as habilidades motoras dos alunos de 4, 5 e 6 anos de idade. Foram tirados do
“Manual de Avaliação Motora”, de Francisco Rosa Neto.
Foram aplicados os testes pilotos e, após seis meses, esses mesmos testes foram
repetidos.
Durante esse tempo foram aplicados jogos e atividades recreativas, nas quais
foram trabalhadas as habilidades básicas e motoras das crianças. Esses testes foram
aplicados em uma turma com idade de cinco anos, do período matutino, que não
praticam Educação Física escolar, e com outra turma de cinco anos, do período
vespertino, que praticam Educação Física.
As crianças foram avaliadas em forma de circuito, em um amplo espaço na
própria escola.
Resultados e discussões
Analisando os testes de Motricidade Fina, Motricidade Global e Equilíbrio da
turma “B”, ou seja, dos alunos do período matutino que não possuem aulas de Educação
Física, observamos os resultados apresentados na Figura 1.
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Figura 1. Referente aos resultados dos testes de motricidade fina,
motricidade global e equilíbrio, aplicados aos alunos da turma B.
Já os testes de Motricidade fina, Motricidade Global e Equilíbrio, aplicados à
turma “A”, ou seja, dos alunos do período vespertino que possuem aulas de Educação
Física, podemos analisar os resultados apresentados na Figura 2:
Figura 2. Referente aos resultados dos testes de motricidade fina,
motricidade global e equilíbrio, aplicados aos alunos da turma A.
No teste de Motricidade Fina de quatro anos, tanto a turma “A” quanto a turma
“B” tiveram desenvolvimento adequado em relação à faixa etária, sendo que a idade
cronológica das crianças é de cinco anos e estão de acordo com a idade. Ambas já
haviam passado pela faixa etária motora correspondente. Já no teste de Motricidade
Fina de cinco anos, houve um déficit de 20% na turma “B” em relação à turma “A”, que
teve aproveitamento de 100%. Analisando o teste de seis anos, a turma “A” teve
aproveitamento de 70% e a turma “B” 30%, uma diferença de 40%. Isso se deve pela
vivência da turma “A”, pelas diversas fases motoras com atividades desenvolvidas pelo
profissional de Educação Física.
Quanto aos testes de Motricidade Global de acordo com a idade cronológica, no
teste de quatro anos, a turma “A” teve aproveitamento de 100% em relação à turma “B”,
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que apresentou apenas 90% de aproveitamento. No teste de cinco anos, a turma “A”
teve 100% de aproveitamento e a turma “B” apenas 80%. Quanto ao teste para crianças
de seis anos, a turma “A” teve 80% de aproveitamento e a turma “B” apenas 40%.
Quando a criança é orientada, ela estará apta a desenvolver atividades com maior
segurança e a cometer menos erros. Assim, fica claro que as crianças da turma “B”
tiveram esse déficit nos testes, porque o professor da sala de aula não orientou seus
alunos de forma adequada.
No que diz respeito ao Equilíbrio, no teste de quatro anos a turma “A” teve
aproveitamento de 100% e a turma “B” de 80%. Já no teste de cinco anos, a turma “A”
teve aproveitamento de 100% e a turma “B” de 70%. Comparando o teste de seis anos, a
turma “A” teve 70% e a turma “B” apenas 30%. A turma “A” já praticava atividades
físicas e, por esse motivo, puderam atingir melhores resultados, fazendo com que
houvesse tamanha diferença. Os educandos já haviam passado por várias etapas da
aprendizagem motora e, em função disso, aumentou o desempenho nos testes realizados
(Figuras 1 e 2).
Nas figuras 3 e 4 analisaremos os resultados dos testes de Esquema Corporal/
Rapidez, Organização Espacial e Linguagem/ Organização Temporal.
Figura 3. Referente aos resultados dos testes de esquema corporal/ rapidez,
organização espacial e linguagem/organização temporal, aplicados aos alunos da turma B.
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Figura 4. Referente aos resultados dos testes de esquema corporal/ rapidez,
organização espacial e linguagem/organização temporal, aplicados aos alunos da turma A.
No teste de quatro anos que se refere ao Esquema Corporal/Rapidez, a Turma
“A” teve 100% de aproveitamento e a turma “B” 90%. Já no teste de cinco anos, a
turma “A” obteve 90% e a turma “B” 70%. Comparando o teste de seis anos, a turma
“A” teve 80% e a turma “B” 40% de aproveitamento. O fato das crianças da turma “A”
já praticarem atividades físicas com objetivos nos componentes da motricidade e já
terem vivenciado práticas motoras anteriormente contribuiu para que os resultados se
diferenciassem.
Nesse contexto, observa-se um desempenho deficitário na turma “B”, que vem
se repetindo nos testes propostos.
De acordo com o teste para análise da Organização Espacial, no teste de quatro
anos tanto a turma “A” quanto a turma “B” obtiveram 100% de aproveitamento. No
teste de cinco anos, a turma “A” teve 80% e a turma “B” teve 60%. Comparando o teste
de seis anos, a turma “A” obteve 70% e a turma “B” 40%.
No item sobre Linguagem/ Organização Temporal foram aplicados apenas dois
testes, o de quatro anos e o de cinco anos. No teste de quatro anos, tanto a turma “A”
quanto a turma “B” obtiveram 100% de aproveitamento e, no teste de cinco anos, a
turma “A” teve 100% enquanto a turma “B” teve 90% de aproveitamento (Figuras 3 e
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4). Apesar da pouca diferença, as crianças da turma “A” tiveram melhores resultados.
(Retirado do site: http://www.efdeportes.com/efd125/o-papel-do-professor-
especialista-na-educacao-fisica-infantil-escolar.htm)
6.4 – Classificação das atividades recreativas sensoriais
Atividades Sensoriais
Atividades sensoriais são todas as atividades que usam os sentidos: visão, tato,
olfato, etc. Essas atividades desenvolvem o pensamento e diminuem a tensão. Elas são
importantes, também, no desenvolvimento dos sentidos.
“As experiências e vivências sensoriais são alimentos para o cérebro, que tem a
função de organizar as sensações do próprio corpo e do mundo, de forma a ser possível
o uso eficiente do corpo no ambiente” (AYRES, 1972).
Classificação das Atividades Sensorias:
-Atividades Auditivas
Trabalham a audição;
-Atividades visuais
Trabalham a visão;
-Atividades gustativas
Trabalham o paladar;
-Atividades olfativas
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Trabalham o olfato;
-Atividades de orientação
Trabalham senso de direção;
-Atividades de memória
Trabalham a memorização;
-Atividades de inteligência
Trabalham o raciocínio;
-Atividades de atenção
Trabalham a concentração;
-Atividades de equilíbrio
Trabalham o equilíbrio.
Sugestões de Atividades Sensoriais:
Atividades auditivas
1 - Os alunos formam um círculo, com um aluno ficando de olhos vendados no
centro do círculo. O professor aponta um aluno dentro do círculo, que deverá falar uma
frase. O aluno do centro deverá reconhecer o companheiro pela voz. Caso reconheça
troca de lugar com ele.
2 - Todos os alunos deverão estar com os olhos vendados, o professor coloca um
relógio que tenha o ruído característico (tic-tac). Os alunos deverão achar o relógio pelo
som.
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3 - Os alunos devem formar um círculo, o professor escolhe alguns para ficarem
de olhos vendados, e troca os outros de lugar. Todos passam a cantar uma música. Ao
sinal do professor, eles param a música e os alunos com os olhos vendados deverão
descobrir os alunos que estavam do seu lado direito e esquerdo.
Atividades táteis
1 - Todos os alunos deverão estar de olhos vendados, eles deverão caminhar pelo
espaço delimitado. Quando encontrarem um companheiro, deverão apalpar seu rosto e
tentar identificá-lo.
2 - Os alunos deverão estar de olhos vendados, e o professor deverá mostrar
objetos com pesos diferentes, para que o aluno classifique em ordem crescente ou
decrescente de peso. A mesma atividade pode ser feita com a classificação de tamanhos.
3 - O professor fará um caminho com folhas de jornal, um aluno (descalço e com
os olhos vendados) de cada vez deverá se deslocar por cima das folhas. Ganha quem
percorrer o caminho correto e o fizer no menor tempo possível.
Atividades visuais
1 - Um aluno dever sair da sala, enquanto isso a professora escolhe outro aluno
para ser o mestre, que disfarçadamente fará gestos que os outros deverão repetir.
Quando o aluno que saiu voltar para sala, deverá descobrir quem é o mestre.
2 - Os alunos deverão formar duplas, um deve observar atentamente o outro,
durante um tempo. Depois se viram de costas e cada um muda algo na sua própria
roupa, cabelo etc. Cada aluno deverá descobrir o que o companheiro mudou.
3 - Os objetos são colocados sobre a mesa em certa ordem. Os alunos os
observam durante um minuto, e retiram-se. O professor muda a ordem do objeto e os
alunos devem descobrir as mudanças.
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Atividades gustativas
1 - São colocadas sobre a mesa várias bebidas (água, água com sal, água com
açúcar, leite, leite com café, leite com chocolate) e para confundir são colocados nomes
trocados nas bebidas. O aluno deve experimentar e identificar cada bebida.
2 - Os alunos devem formar duplas, e um deve ficar com os olhos vendados. O
companheiro deverá dar alimentos na boca do aluno que está de olhos vendados e este
terá que identificar o alimento. Ganha a dupla que acertar mais vezes. O mesmo pode
ser feito com líquidos.
Atividades olfativas
1 - Professor coloca em sacos substâncias que tenham odor, como: alho, limão,
tangerina etc. Os alunos cheiram os sacos e devem descobrir o que há dentro dele.
2 - Os alunos deverão formar duplas. Sobre uma mesa deverá haver vários
recipientes com líquidos. Um dos alunos deverá estar de olhos vendados, e o
companheiro deverá mergulhar o dedo no líquido e o outro aluno deverá descobrir a
substância pelo cheiro.
Atividades de orientação
1 - Alunos com olhos vendados, cada um com uma bola na mão, eles deverão
caminhar até uma linha colocada a dez metros de distância e colocar a bola, o mais
próximo possível da linha.
Atividades de memória
1 - O professor mostra durante certo tempo um cartaz com várias palavras. O
professor guarda o cartaz e os alunos deverão escrever no papel as palavras que estavam
no cartaz.
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2 - O professor vai mostrando para os alunos várias fotos de famosos (artistas,
cantores, atletas etc). Os alunos terão que identificar as fotos e escrever os nomes das
personalidades em um papel. Ganha quem obtiver mais acertos.
3 - Os alunos deverão se sentar em círculo. O professor fará perguntas sobre
conhecimentos gerais. Cada pergunta respondida corretamente vale um ponto. Ganha
quem tiver mais pontos.
Atividades de inteligência
1 - Os alunos deverão sentar em círculo. O professor jogará um lenço na mão de
um aluno e falará uma profissão. O aluno que pegou o lenço deve dizer um objeto
usado nessa profissão.
2 - Os alunos deverão estar divididos em equipes. O professor passa uma frase
para os alunos, estes deverão transcrever essa frase, mas com o menor número de
palavras.
3 - Os alunos formam um círculo, o professor fica no centro do círculo com uma
bola nas mãos. Ele joga a bola para um aluno e faz uma pergunta sobre conhecimentos
gerais. O aluno deve responder imediatamente e devolver a bola para o professor. A
bola é jogada para outro aluno e será feita outra pergunta. Os alunos que não
responderem, ou responderem errado, devem sentar no chão só podendo participar na
próxima rodada.
Atividades de atenção
1 - Os alunos deverão ser divididos em dois grupos, cada grupo deve alinhar-se
paralelamente, distante do outro cerca de dez metros. Os primeiros alunos recebem uma
ordem que deve ser transmitida verbalmente ao segundo aluno do grupo, depois ao
terceiro e assim até o último que deverá correr para entregá-la ao professor. Ganha
quem entregar primeiro.
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2 - O professor faz uma série de perguntas aos alunos que não poderão responder
“sim” e “não”. Cada vez que o aluno usar essas palavras, ele perde um ponto.
3 - O professor corta em folhas de jornais várias colunas. Cada aluno recebe uma
coluna. Ao sinal do professor e durante um tempo determinado, eles devem riscar no
jornal uma letra escolhida pelo professor. Ao terminar a atividade o professor conta
quantas letras cada aluno marcou. Cada letra marcada vale 1 ponto, e cada letra
esquecida tira 5 pontos. Ganha que fizer mais pontos.
6.5 – Sugestão de Atividades Lúdicas e jogos
Atividades Recreativas
1 - Os alunos deverão jogar uma partida de futsal, handebol ou basquetebol, tendo
um jornal apoiado no corpo (os alunos só poderão participar da rodada se o jornal
estiver em contato com o corpo, não podendo segurá-lo com as mãos). O objetivo é
jogar sem deixar o jornal cair.
2 - Em um campo divido ao meio com uma rede, jogam um contra um, com uma
bola de espuma. O objetivo é golpear a bola com a mão aberta por cima da rede para o
outro lado.
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3 - Alunos formam duas duplas de mãos dadas, uma enfrenta a outra em uma quadra
divida por uma rede. É permitido que a bola bata no chão apenas uma vez antes de ser
golpeada.
4 - Uma quadra dividida por dois bancos. Dois alunos, com uma raquete cada um, se
enfrentam em um jogo. Sendo que a bola terá que bater no banco antes de cair no chão
ou ser golpeda pelo jogador.
5 - Dois alunos dentro de um círculo, eles deverão golpear uma raquete para o alto
tendo como objeto a raquete cair no solo sem que o oponente consiga golpeá-la.
6 - O professor coloca dez latas sobre um banco e divide a turma em duas equipes.
O objetivo é derrubar as latas para o lado oposto, arremessando bolas de meia a uma
distância de 9 metros.
7 - Os alunos são divididos em grupos de quatro pessoas, devendo ficar um de
costas para outro, tronco flexionado para frente e braços entrelaçados. Com uma bola de
basquete entre eles, deverão se deslocar até um ponto determinado. Ganha quem chegar
primeiro, sem deixar a bola cair.
8 - Dentro de uma quadra os alunos se enfrentam em um jogo de basquetebol, sendo
que todos deverão estar dentro de um saco de estopa.
9 - Os alunos devem ser divididos em duplas, cada dupla com um jornal nas mãos.
As duplas seguram os jornais pelas extremidades, e, ao sinal do professor, uma dupla de
pegadores tentará pegar as demais duplas sem rasgar o jornal. Cada dupla que tocada
passará a ajudar na tarefa de pegar. Quem rasgar o jornal será eliminado. E ganha a
dupla que conseguir não ser tocada.
10 - Os alunos são divididos em grupos de três, sendo um o pegador, o outro o
defensor e o último o fugitivo. Ao sinal do professor, o pegador deverá correr atrás do
fugitivo, sendo impedido pelo defensor. Após o êxito, ou um determinado tempo,
trocam-se as funções dos alunos.
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Conclusão do Curso
Caro aluno(a),
Chegamos ao fim do nosso Curso Animação e Recreação com a certeza de que
conseguimos transmitir informações suficientes para que você entenda o conceito de
lazer e consiga desenvolver sua profissão para se destacar no ambiente profissional.
Com as dicas que você recebeu terá condições de planejar, montar e executar
perfeitamente a principal função do profissional de animação e recreação, o
entretenimento.
Aqui encerra-se o 2º módulo do curso. Para obter seu certificado, faça a 2ª
prova.
Não deixe de contatar-me caso tenha qualquer dúvida, comentário ou sugestão.
Sucesso e boa sorte!
Atenciosamente,
Prof. Animação e Recreação.
Equipe Cursos 24 Horas.
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Bibliografia
- SILVA, Pedro Antonio, 3000 exercícios e jogos para educação física escolar, Volume
2. 2ª. Edição. Rio de Janeiro. Editora Sprint, 2003.
- SILVA, Pedro Antonio, 3000 exercícios e jogos para educação física escolar, Volume
3. 2ª. Edição. Rio de Janeiro. Editora Sprint, 2003.
- Blog Movimento Bem Estar, 2010, Recreação Escolar. Disponível em:<
http://fredericorossi.blogspot.com/2010/03/recreacao-escolar.html>. Acesso em: 18 de
janeiro de 2011.
- Site Pratique Atividade, A recreação e seus objetivos no âmbito escolar. Disponível
em:<
http://www.pratiqueatividade.com.br/artigoAbre.php?id=47&titulo=A+recrea%E7%E3
o+e+seus+objetivos+no+%E2mbito+escolar>. Acesso em: 18 de janeiro de 2011.
- Porta MEC, Procuradora defende inclusão social do deficiente. Disponível em:<
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2460>. Acesso
em: 18 de janeiro de 2011.
- Portal Wikipedia.org, Educação especial. Disponível em:<
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_especial>. Acesso em: 18 de
janeiro de 2011.
- Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 125 - Octubre de 2008. Disponível em:
<http://www.efdeportes.com/efd125/o-papel-do-professor-especialista-na-educacao-
fisica-infantil-escolar.htm>. Acesso em: 28 de maio de 2012.
- Cuidados com a saúde e primeiros socorros em viagens. Disponível em:
<http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/especial/docs/200707-primeirossocorros.pdf>.
Acesso em: 28 de maio de 2012.