FORMAS FARMACÊUTICAS OBTIDAS POR DIVISÃO MECÂNICA
Profª. Vanessa Rizzato
FORMAS FARMACÊUTICAS FORMAS FARMACÊUTICAS OBTIDAS POR DIVISÃO OBTIDAS POR DIVISÃO
MECÂNICAMECÂNICA São formas farmacêuticas sólidas resultantes
da transformação dos fármacos num pó, que se pode dispensar diretamente ou aglutinado em diversos estados.
Representam a maioria dos medicamentos prescritos, englobando pós-medicamentosos, e as várias formas deles derivadas, como:GranuladosComprimidosDrágeasCápsulas.
A divisão mecânica pode ser extremamente grosseira, originando pequenos fragmentos de droga, ou poderá ser levada a um grau que permita obter um pó de grande tenuidade
É de extrema importância o grau de divisão sob que se apresenta determinado produto, pois dele depende, a ação farmacológica obtida
FORMAS FARMACÊUTICAS FORMAS FARMACÊUTICAS OBTIDAS POR DIVISÃO OBTIDAS POR DIVISÃO
MECÂNICAMECÂNICA
PÓS FARMACÊUTICOSPÓS FARMACÊUTICOS
o Preparações farmacêuticas sólidas, livres, constituídas por partículas secas, com relativa homogeneidade de tamanho.
o Pós resultam da divisão de fármacos: animais, vegetais, minerais ou obtidos por síntese química.
VANTAGENS DO USO DOS PÓSVANTAGENS DO USO DOS PÓS
Ausência de umidade = maior estabilidade;Ocupam volumes menores = transporte e
armazenagem facilitados;Dispensa o uso de utensílios (colheres) =
facilidade de administração;Mascaramento do gosto = uso de
invólucros próprios (cápsulas);Possibilidade de serem revestidos
externamente = resistentes ao pH gástrico;Maior velocidade de absorção = maior
superfície de contato.
Quanto mais tênues forem as partículas, mais facilmente dissolvidos serão os pós
Muitos são os fármacos que só se dissolvem depois de pulverizados e, de um modo geral, a sua extração pelos dissolventes será mais eficaz medida que diminui o diâmetro das suas partículas
Os pós são mais ativos quanto mais elevado é o seu grau de divisão, pois cada partícula apresenta também maior superfície de contato
PÓS FARMACÊUTICOSPÓS FARMACÊUTICOS
Entre os inconvenientes que os pós apresentam em relação aos fármacos ou às formas galênicas do tipo comprimidos e cápsulas temos a maior facilidade de alteração (oxidações, hidrólises, racemizações, decomposições pela ação da luz, etc), a qual é devida à maior superfície apresentada
PÓS FARMACÊUTICOSPÓS FARMACÊUTICOS
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
Etapas ou operações que serão efetivadas, ou não, em função das características do material.
Operações preliminares:
Triagem ou Monda (mão,lavagem, ventilação); Operação mecânica que se pratica para separar as partes inertes
ou alteradas que acompanham, por vezes, as drogas; eliminar subst. Estranhas
Divisão Grosseira secção,contusão,rasuração,granulação);
Secagem dos fragmentos obtidos;
Amolecimento dos fragmentos: uso de água para o amolecimento de drogas muito compactas e resistentes (semente de noz vômica)
Estabilização da droga: evitar reações de hidrólise e oxidação enzimática (uso de álcool em ebulição ou calor – úmido, seco, vapor de álcool) Destruição das enzimas pelo álcool a ebulição Destruição das enzimas pelo calor úmido
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
Vapor de álcool – Perrot-Goris
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
Operação principal ou pulverização propriamente dita
o Pulverização em Almofariz;o Ferro, bronze, porcelana, vidro, mármore, ágata, madeirao Por contusãoo Por trituração
o Pulverização por intermédio (sólidos, líquidos e gasosos);
o Pulverização por fricção (substâncias moles e friáveis);o Substâncias friáveis e moles, que se aglomeram
sob a ação do pilão
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
o Pulverização química;o Produtos formados com aspecto de massas pastosas,
que devem ser dessecadaso Porfirização;
o Grande tenuidadeo Fricciona a substância por meio de uma muleta contra
uma placa de mármore, de vidro ou de pórfiro polidoo Movimentos em forma de 8o Seco ou a úmido (água ou óleo)
o Pulverização por moinhos (moinhos manuais e por motores)o Usadas em drogas constituídas por tecidos elásticos
ou contendo uma proporção elevada de gordura
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
A moagem industrial depende de vários fatores:
Abrasão Umidade Inflamabilidade Temperatura Toxicidade Composição química
MOAGEMMOAGEM
O objetivo de qualquer processo de moagem é a diminuição do tamanho das diminuição do tamanho das partículas de um material sólido, tendo partículas de um material sólido, tendo em vista o aumento da superfície em vista o aumento da superfície específica para melhorar a velocidade específica para melhorar a velocidade de reação de determinada matéria-de reação de determinada matéria-prima prima , misturar de um modo mais uniforme vários materiais (durante o processo de preparação de uma pasta) e permitir a obtenção de um pó com as características ideais de utilização
MOAGEMMOAGEM
O rendimento da moagem é influenciado pelas características da própria matéria-prima, nomeadamente: dimensão e forma inicial das partículas, dureza do material (resistência à compressão, ao
choque e à abrasão), estrutura homogênea ou heterogênea, umidade ou higroscopicidade, sensibilidade à variação da temperatura, tendência à aglomeração.
MOAGEMMOAGEM
NATUREZA DAS FORÇAS UTILIZADAS NATUREZA DAS FORÇAS UTILIZADAS NA NA
FRAGMENTAÇÃO DE SISTEMAS FRAGMENTAÇÃO DE SISTEMAS PARTICULADOSPARTICULADOS
Os sólidos podem sofrer fragmentação através de vários tipos de esforços mecânicos, tais como: atrito, corte, impacto, compressão, tração, flexão e torsão.
Nos processos industriais estão envolvidos apenas três tipos de solicitação mecânica: Compressão Cisalhamento Impacto
CompressãoCompressão
As forças de compressão são utilizadas para a ruptura grosseira de produtos durosruptura grosseira de produtos duros, produzindo poucos finos.
Os equipamentos que trabalham segundo este princípio possuem uma peça rolante muito pesada que esmaga e pulveriza o material. esmaga e pulveriza o material.
A substância é também submetida a um atrito a um atrito entre o rolo e as superfícies da câmara. Tensão aplicada entre duas superfícies (britadores ou trituradores).
NATUREZA DAS FORÇAS UTILIZADAS NATUREZA DAS FORÇAS UTILIZADAS NA NA
FRAGMENTAÇÃO DE SISTEMAS FRAGMENTAÇÃO DE SISTEMAS PARTICULADOSPARTICULADOS
CisalhamentoCisalhamento
Os aparelhos deste tipo fragmentam a substância através de fricção entre duas superfícies, sendo especialmente utilizados no caso de materiais materiais macios macios não abrasivos, fibrosos fibrosos
equipamentos que utilizam bolas, facas, discos e os moinhos coloidais.
NATUREZA DAS FORÇAS UTILIZADAS NATUREZA DAS FORÇAS UTILIZADAS NA NA
FRAGMENTAÇÃO DE SISTEMAS FRAGMENTAÇÃO DE SISTEMAS PARTICULADOSPARTICULADOS
ImpactoImpacto
Nos equipamentos que utilizam o impacto, a tensão é a tensão é aplicada a uma única superfície, aplicada a uma única superfície,
existem martelos ou barras girando a altas martelos ou barras girando a altas velocidades que golpeiam o materialvelocidades que golpeiam o material, fazendo com que os fragmentos colidam uns com os outros e com as paredes do aparelho podendo resultar em produtos grosseiros, médios ou finos.
Muita vezes as paredes possuem saliências que ajudam a fragmentar por propiciar uma maior superfície de impacto contra substâncias que são nelas lançadas pela força centrífuga gerada pelo movimento do rotor
equipamentos como martelos, barras e micronizadormartelos, barras e micronizadores.
NATUREZA DAS FORÇAS UTILIZADAS NATUREZA DAS FORÇAS UTILIZADAS NA NA
FRAGMENTAÇÃO DE SISTEMAS FRAGMENTAÇÃO DE SISTEMAS PARTICULADOSPARTICULADOS
MECANISMOS DE QUEBRAS DE MECANISMOS DE QUEBRAS DE PARTÍCULASPARTÍCULAS
Compressão
A tensão é aplicada entre duas superfícies sólidas que podem ser as superfícies do moinho ou as superfícies de duas partículas adjacentes.
As superfícies podem mover-se uma em relação a outra frontalmente ou tangencialmente para exercer a pressão requerida.
Exemplos: britadores de mandíbulas
Impacto
Tensão em uma superfície, sólida que pode ser exercida pelo choque com partes do moinho ou pela colisão entre partículas, provocada pela alteração da energia cinética relativa.
Exemplos: moinhos de impacto e de energia fluida
MECANISMOS DE QUEBRAS DE MECANISMOS DE QUEBRAS DE PARTÍCULASPARTÍCULAS
Compressão e atrito
Tensão entre duas superfícies sólidas provocada por uma pressão vertical em um lado e pelo movimento circular ou não circular sobre a superfície.
Exemplo: almofariz, pilão,moinhos de disco.
MECANISMOS DE QUEBRAS DE MECANISMOS DE QUEBRAS DE PARTÍCULASPARTÍCULAS
Cisalhamento
Tensão entre duas ou mais superfícies sólidas como resultado de uma força cortante ou de cisalhamento.
A redução de tamanho é iniciada pelo movimento das duas superfícies movendo-se em direções opostas ou por uma superfície movendo-se e a outra superfície imóvel.
Pode-se superpor-se a isto um efeito de impacto. Exemplos: moinhos de disco, moinhos de
ultracentrifuga.
MECANISMOS DE QUEBRAS DE MECANISMOS DE QUEBRAS DE PARTÍCULASPARTÍCULAS
Corte Tensão entre duas ou mais superfícies cortantes. Os
cortadores são colocados verticalmente em lados opostos. Em muitos casos existe um cortador fixo e o outro que move.
Exemplos: moinhos de facas
MECANISMOS DE QUEBRAS DE MECANISMOS DE QUEBRAS DE PARTÍCULASPARTÍCULAS
Tensão por um meio circundante
Tensão exercida por um meio circundante, gás ou líquido, só é efetivo para elevados gradientes de cisalhamento e materiais friáveis, com baixas resistências, como aglomerados (grumos, torrões) ou materiais com dureza inferior a 3 na escala de Mohr.
Exemplos: agitadores de velocidade elevada, moinhos de energia fluida.
MECANISMOS DE QUEBRAS DE MECANISMOS DE QUEBRAS DE PARTÍCULASPARTÍCULAS
FATORES QUE INFLUENCIAM A SELEÇÃO FATORES QUE INFLUENCIAM A SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE DE EQUIPAMENTOS DE
FRAGMENTAÇÃO DE SÓLIDOFRAGMENTAÇÃO DE SÓLIDO
Operação do equipamento:
Especificações de tamanho do produto. Facilidade de sanitização e esterilização. Facilidade de ajustes durante a operação. Contaminação do produto moído. Capacidade. Versatilidade. Tipo de processamento: em batelada (intermitente) ou
contínuo. Processo à seco ou à úmido. Velocidade de alimentação da carga. Espaço físico ocupado. Custos de instalação e manutenção.
FATORES QUE INFLUENCIAM A FATORES QUE INFLUENCIAM A SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOSSELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Segurança Toxidade. Risco de explosão. Irritabilidade. Incorporação de componentes de segurança.
Equipamentos auxiliares Coletor de poeira. Introdução mecânica de carga. Controle de temperatura: ar refrigerado,
nitrogênio líquido, gelo seco. Atmosfera inerte: nitrogênio, dióxido de carbono. Exaustor de ar.
MOINHOMOINHO
Fatores que Influenciam a Seleção de Moinhos: Tamanho das Partículas: Influencia o consumo de
energia, propriedades do sistema particulado e o tipo de equipamento que pode ser empregado
CARACTERÍSTICAS GERAIS DE DIVERSOS CARACTERÍSTICAS GERAIS DE DIVERSOS MOINHOSMOINHOS
RELAÇÃO DA REDUÇÃO DE RELAÇÃO DA REDUÇÃO DE TAMANHOSTAMANHOS
Tamanho das partículas na alimentação e no produto é o critério mais importante para classificar os equipamentos de moagem.
Fragmentação grosseira - são chamadas britadores.
Produtos de granulometria mais fina - são moinhos.
Não existe uma delimitação precisa para esses equipamentos. Britadores que conseguem uma redução e tamanho apreciável são considerados moinhos e, por sua vez, moinhos quando operados com sólidos de granulometria mais grosseira são confundidos com britadores.
CALSSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOSCALSSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
Moinhos manuais
Moinhos acionados por motores
Moinhos de laboratório
Moinhos do tipo industrial Material inoxidável Facilmente desmontáveis
Adaptação de novas peças Facilitar limpeza
FATORES QUE INFLUENCIAM A FATORES QUE INFLUENCIAM A SELEÇÃO DE MOINHOSSELEÇÃO DE MOINHOS
Tamanho das Partículas Influencia o consumo de energia, propriedades
do sistema particulado e o tipo de equipamento que pode ser empregado
Características gerais de diversos moinhos:
BRITADOR (OU MOINHO) DE BRITADOR (OU MOINHO) DE MARTELOSMARTELOS
Apresenta um rotor com um determinado número de martelos periféricos, que gira em alta velocidade no interior de uma carcaça.
Opera principalmente por impacto com os martelos. Utilizado para fragmentar materiais frágeis, não
abrasivos e materiais fibrosos. A granulometria do produto depende da velocidade
do equipamento (entre 500 e 1800 rpm), do tamanho dos martelos e do tamanho das aberturas de saída.
Os martelos danificados ou desgastados pela operação normal do equipamento podem ser substituídos individualmente com facilidade.
MOINHO DE MARTELOSMOINHO DE MARTELOS
MOINHO DE MARTELOS- ASPECTO MOINHO DE MARTELOS- ASPECTO EXTERNOEXTERNO
MOINHO DE ROLOSMOINHO DE ROLOS
Consiste de dois rolos pesados (de aço) horizontais que giram à mesma velocidade em sentidos opostos.
Um dos rolos é movido por uma polia motora e o outro gira livremente.
Os rolos podem possuir a superfície lisa ou estriada.
O material é apertado e arrastado entre os rolos.
A principal solicitação mecânica é a compressão. As partículas também são arrastadas, ocorrendo
atrito. No caso de rolos dentados, as partículas sofrem
uma ação adicional de corte. As características da carga do produto são
controladas por: comprimento e diâmetro do rolos; velocidade de
rotação;separação entre os rolos; superfície do rolo lisa ou estriada.
Mais utilizado para produção de sólidos grosseiros, com granulometria entre 10 e 15
MOINHO DE ROLOSMOINHO DE ROLOS
Não apresenta uma grande relação de redução de tamanho numa única operação.
Para se conseguir maior relação de tamanho, pode-se utilizar vários pares de rolos.
Existem os modelos de rolos único, que comprimem a carga entre o rolo e um prato estacionário, sendo utilizados para a fragmentação de produtos mais frágeis.
MOINHO DE ROLOSMOINHO DE ROLOS
Possui um número de rolos variável, podendo haver somente um ou dois rolos (sucessivos ou opostos) girando em sentidos opostos e com velocidades diferentes, ou ainda mais de dois .
A superfície dos rolos é corrugada ou dentada sendo o corte a principal ação de moagem, diferentemente dos britadores de rolo que trabalham por compressão
Usado para moer materiais de resistência média que devem ser reduzidos a pó fino .
MOINHO DE ROLOS DENTADOSMOINHO DE ROLOS DENTADOS
MOINHO DE ROLOSMOINHO DE ROLOS
MOINHO DE DISCOSMOINHO DE DISCOS
Consiste de dois discos montados em eixos horizontais.
Os dois discos giram em sentidos opostos com movimentos de aproximação e afastamento consecutivos, realizando a fragmentação do material por compressão e atrito.
O material é alimentado no centro do disco mais externo e sai por ação centrífuga pela periferia.
Essa ação centrífuga auxilia o afastamento dos fragmentos da zona de moagem, garantindo uma " moagem livre".
No modelo de discos simples , o material passa através de um separação estreita entre o disco que gira em grande velocidade e o prato estacionário do moinho
Nos moinhos de disco duplo, dois discos giram em direções opostas, proporcionado um maior atrito .
Os discos podem conter estrias para facilitar a fragmentação.
MOINHO DE DISCOSMOINHO DE DISCOS
BRITADOR DE DISCOSBRITADOR DE DISCOS
Muito utilizado para fragmentar materiais duros. Os discos podem conter estrias para facilitar a
fragmentação. A velocidade de rotação dos discos varia entre
1200 e 7000 rpm.
MOINHO DE DISCOMOINHO DE DISCO
MOINHO DE FACASMOINHO DE FACAS
MOINHOS DE FACA - WILEYMOINHOS DE FACA - WILEY
Por atrito Constituído por uma câmara de pulverização na
qual gira uma peça central contendo 4 navalhas que exercem sua ação cortante contra outras 6 montadas nas paredes da câmara.
Na parte inferior esta acoplado um tamis (com malhas 0,5, 1,0 ou 2,0 mm de abertura) de forma que as partículas só podem sair da câmara quando forem suficientemente pequenas para atravessarem as malhas do tamis
Largamente utilizado na fragmentação de raízes, folhas, grãos, cascas e outros materiais fibrosos
MOINHOS DE FACA - WILEYMOINHOS DE FACA - WILEY
MOINHO DE BOLAS - QUEDAMOINHO DE BOLAS - QUEDA
Consiste de um tambor cilíndrico rotativo que se encontra parcialmente cheio de bolas
Fragmentação obtida através de ação combinada de atrito e impacto
Parede interna revestida com placas de desgaste feitas com material resistente à abrasão tais como ferro fundido, aço-manganês, porcelana ou borracha, podendo ainda ser lisas ou dentadas .
As bolas podem ser de aço, porcelana, pedra, ferro, ou quaisquer outro material conveniente .
A carga de bolas ocupa de 30 a 50% do volume do moinho e seu diâmetro varia geralmente de 1 a 10cm .
Emprega-se usualmente bolas de tamanho entre 10 a 20 vezes o diâmetro do material alimentado
Muitas vezes utiliza-se uma carga de bolas de diferentes tamanhos.
Na indústria farmacêutica é muito comum o emprego de carcaça e bolas de porcelana por serem inertes aos produtos farmacêuticos comumente fragmentados e apresentarem uma boa resistência à abrasão
MOINHO DE BOLAS - QUEDAMOINHO DE BOLAS - QUEDA
A medida em que a carcaça gira as bolas se elevam pelas paredes do cilindro e caem fragmentado o produto por impacto .
As bolas raspam umas com as outras, com o produto e com as paredes do recipiente, reduzindo o tamanho das partículas através do atrito .
Os moinhos de bolas produzem uma redução de tamanho muito efetiva obtendo-se um produto com granulometria bastante homogênea .
O tempo necessário à fragmentação pode durar várias horas ou até dias, dependendo da dureza do material e da granulometria desejada.
MOINHO DE BOLAS - QUEDAMOINHO DE BOLAS - QUEDA
Na operação contínua, a alimentação é feita por uma extremidade e a descarga pela extremidade oposta através de um tamis .
O ajuste da velocidade de operação é muito importante . Existe uma velocidade crítica que pode ser definida como a velocidade máxima que se pode aplicar ao equipamento sem que a ação centrífuga das bolas se torne dominante
A velocidade real de operação varia entre 65 e 80% da crítica recomenda dose: 65 a 70% para moagem fina realizada à úmido ou em
suspensão viscosa; 70 a 75% para moagem fina realizada à seco ou em suspensão
de baixa viscosidade; 75 a 80% para moagem à seco ou à úmido de parículas
grandes (até 1 cm);
MOINHO DE BOLAS - QUEDAMOINHO DE BOLAS - QUEDA
MOINHO DE BOLASMOINHO DE BOLAS
MOINHO DE BOLASMOINHO DE BOLAS
MOINHO DE BOLAS - HARDINGEMOINHO DE BOLAS - HARDINGE
Composto de bolas de diferentes tamanhos Na entrada ficam as bolas maiores e para a saída vão as
menores ocorrendo assim uma classificação natural das bolas de acordo com as necessidades da operação .
As bolas menores proporcionam mais pontos de contato e as bolas maiores produzem um maior impacto
MICRONIZAÇÃOMICRONIZAÇÃO MICRONIZAÇÃO é um processo de moagem ultra-fina de
produtos através de moinhos com ar comprimido (air jet mills).
A moagem acontece devido ao choque entre as partículas do próprio produto, que recebendo a energia do ar comprimido ganha velocidades de até 500m/seg.
Com o choque as partículas vão diminuindo de tamanho até atingir a granulometria desejada.
Moinho de energia fluida - moinho a jato As partículas sólidas reduzem de tamanho sob a ação de jatos
tangenciais de ar comprimido ou vapor . São fragmentadas por choques sucessivos , no interior do
equipamento .A pressão do ar comprimido é de 7 kg/cm2 A pressão do vapor é de 7 a 35 kg/cm2 e a sua temperatura de 250
a 400 oC . A capacidade de moagem varia entre 2 e 2500 kg/h.
Moinho de energia fluida – redutorMoinho de energia fluida – redutor
Consiste de um tubo fechado de 1 a 8 “ de diâmetro onde as partículas são fragmentadas pela ação de jatos tangenciais de ar comprimido ou vapor .
Utilizado para moagem de talco,cosméticos, pigmentos, corantesorgânicos e sulfato de cálcio .
As partículas se fragmentam em consequência dos múltiploschoques de umas com as outrase com as paredes .
Ao atingir a granulometria especificada, as partículas dirigem-se para a parede e saem automaticamente do equipamento, sendo captadas por um ciclone .
MICRONIZAÇÃOMICRONIZAÇÃO
MICRONIZAÇÃOMICRONIZAÇÃO
MOINHOS COLOIDALMOINHOS COLOIDAL
Um moinho coloidal é um equipamento utilizado pela indústria farmacêutica e alimentícia, para a homogeneização, dispersão e moagem.
O material é submetido a alta rotação e a força de cisalhamento, provocando uma moagem extremamente fina.
É um moinho de disco que utiliza separações muito pequenas e velocidades muito altas para produzir partículas de dimensões coloidais (menores que1 um).
Consiste de um rotor cônico móvel e um estator fixo com distância regulável da ordem mm ou inferior entre eles.
O rotor gira a alta velocidade (3000 a 1500 rpm). O material alimentado tem cerca de 100 mesh de diâmetro. A ação predominante é de cisalhamento (atríto + corte). Nos modelos de superfícies lisas, o rotor e o estator podem
assumir a forma de discos, cones ou cilindros. Nos de superfícies rugosas,possuem a forma discóide
apresentando sulcos dispostos radialmente. Utilizados no preparo ou tratamento de emulsões e na
produção de suspensões.
MOINHOS COLOIDALMOINHOS COLOIDAL
MOINHOS COLOIDALMOINHOS COLOIDAL
FORMAS DE OPERAÇÃOFORMAS DE OPERAÇÃO
Operação em batelada (descontínua)Operação em batelada (descontínua) O equipamento é carregado e em seguida colocado
em funcionamento até que se proceda a fragmentação, o equipamento é desligado e em seguida descarregado.
Operação contínua (em regime permanente) Operação contínua (em regime permanente) Tanto a alimentação como a retirada do produto são
feitas com um moinho em operação normal.
1 – Em circuito aberto - O material é alimentado no moinho e passa pelo equipamento apenas uma vez.
FORMAS DE OPERAÇÃOFORMAS DE OPERAÇÃO
2 – Em circuito fechado - O produto fragmentado passa por um ou mais classificadores e as frações grosseiras são recirculadas. Apresenta as seguintes características:
Custo inicial mais elevado Consumo de energia/tonelada menor Evita a produção exagerada de finos.
FORMAS DE OPERAÇÃOFORMAS DE OPERAÇÃO
Operações subsequentes à pulverização: Tamisação, determinação do grau de tenuidade de um pó,
trociscação
• TamisaçãoTamisaçãoObtenção de pós cujas partículas tenham um
determinado tamanho médio, ou seja, uma determinada tenuidade, através da calibração das partículas.
Operação mecânica para separação de partículas sólidas de diferentes dimensões
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
TAMISAÇÃO (OU PENEIRAMENTO)TAMISAÇÃO (OU PENEIRAMENTO)
O peneiramento é usado para:
separar os produtos em pó em frações de diferentes tamanhos,
para análise do tamanho de partículas (análise granulométrica)
determinar a distribuição de tamanhos de produtos granulares
TAMISAÇÃO (OU PENEIRAMENTO)TAMISAÇÃO (OU PENEIRAMENTO)
PORQUE MEDIR O TAMANHO DAS PORQUE MEDIR O TAMANHO DAS PARTÍCULAS?PARTÍCULAS?
Influencia a formulação a distribuição de partículas das matérias-primas e excipientes é importante
Afeta os processos de fabricação Diferenças de tamanho podem provocar instabilidade na mistura
O tamanho das partículas pode afetar a uniformidade da dose e a velocidade de liberação dos princípios ativos
O espectro de tamanho de partículas deve ser estabelecido antes da validação do processo
O tamanho de partículas afeta dissolução, Taxa de absorção e Estabilidade
Afeta qualidade do comprimido e a uniformidade da dosagem
INFLUÊNCIA DO TAMANHO DAS INFLUÊNCIA DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS NA UNIFORMIDADE DA PARTÍCULAS NA UNIFORMIDADE DA
DOSE DOSE
Os tamises são designados por números que correspondem ao valor em MESH.
MESH – número de malhas por polegada linear.
1 polegada linear = 2,54 cm
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)
Umidade
Agitação
Inclinação da peneira
Estratificação do material
UMIDADEUMIDADEpeneiramento (tamisação) pode ocorrer tanto a úmido como a seco.A escolha entre os dois tipos depende basicamente das condições iniciais do material.Produtos secos recomenda-se o que o processo seja feito a seco. Para materiais úmidos ou aderentes o processo deve ser feito a úmido. Nesse caso o líquido utilizado, geralmente água, evita o entupimento do tamis e aglomeração das partículas.
PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)
AGITAÇÃOAGITAÇÃOUma leve agitação durante o processo é recomendada para evitar o entupimento do tamis.deve ser controlada agitação violenta provoca erosão excessiva da peneira, moagem das partículas e até mesmo perda e redução da eficiência e capacidade de peneiramento (tamisação).
PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)
INCLINAÇÃO DA PENEIRAINCLINAÇÃO DA PENEIRA
Geralmente os equipamentos são construídos com uma leve inclinação para facilitar o processo de separação (na faixa de 15 a 30°).
A inclinação exagerada pode agravar o problema de retenção de finos na fração grossa, devido ao rápido escoamento da partículas que pode impossibilitar a chegada de um grande número de partículas até as malhas do tamis.
PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)
ESTRATIFICAÇÃO DO MATERIALESTRATIFICAÇÃO DO MATERIAL
Condições de estratificação do material sobre a superfície da peneira devem ser conseguidas para promover uma boa separação.
Pela agitação da peneira as partículas sobem até alcançar camadas superiores, ao mesmo tempo em que as menores caem pelos poros do leito até atingirem a camada inferior, tendo a oportunidade de passar pela abertura da peneira.
Leitos de pouca espessura reduzem a eficiência e leitos muito espessos retardam a estratificação devido a atenuação do movimento das partículas e diminuem a nitidez de separação
Estando o leito estratificado as partículas pequenas dirigem-se para a superfície do tamis e a probabilidade de que elas passem pelas malhas é aumentada pela a cobertura das partículas maio
PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)PENEIRAMENTO (TAMISAÇÃO)
A PASSAGEM DE PARTÍCULAS A PASSAGEM DE PARTÍCULAS GROSSAS GROSSAS
PARA A FRAÇÃO FINA DEVE-SE APARA A FRAÇÃO FINA DEVE-SE A
irregularidades nas malhas;
erosão dos fios das malhas;
agitação excessiva e inadequada forçando a passagem da fração grosseira através de solavancos na peneira.
carga excessiva.
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
Técnica de tamisação:Técnica de tamisação:
Escolha do tamis de acordo com a tenuidade que se pretendeTamis simples ou coberto (subst. Irritantes e tóxicas)
Evitar sacudir e golpes violentos, de modo que o material deslize naturalmenteA tamisação se dá por terminada qdo já não passar mais pós através das malhas
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
Determinação do Grau de Tenuidade Determinação do Grau de Tenuidade de um Póde um Pó
A classificação de um pó, para ser estabelecida com um certo rigor, deverá ser feita em referência a dois tamises e não apenas a um
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
PREPARO DOS PÓSPREPARO DOS PÓS
TrocicaçãoTrocicação
É uma operação que tem por fim dividir em pequenos fragmentos o aglomerado resultante de uma porfirização por via úmida, a fim de facilitar e tornar mais rápida a secagem do produto pulverizado
PENEIRAS INDUSTRIAIS PENEIRAS INDUSTRIAIS
Peneiras vibratóriasPeneiras vibratóriasA peneira vibratória mais simples consiste em um marco que suporta uma rede de malha de fio ou uma placa perfurada. Podem ser sacudidas mecanicamente ou eletromagneticamente e o movimento resultante arrasta os produtos de partida sobre a superfície da peneira. Em geral, estão inclinadas em relação à horizontal e são usadas peneiras perfuradas para a classificação de produtos fitoterápicos. Estas peneiras podem ser de camadas múltiplas ou séries de peneiras montadas umas sobre as outras, o que permite efetuar a separação de um lote de acordo com os tamanhos de partículas.
Peneiras vibratóriasPeneiras vibratórias
PENEIRAS INDUSTRIAIS PENEIRAS INDUSTRIAIS
Peneiras vibratóriasPeneiras vibratórias
PENEIRAS INDUSTRIAIS PENEIRAS INDUSTRIAIS
Peneira HorizontalPeneira Horizontal
PENEIRAS INDUSTRIAIS PENEIRAS INDUSTRIAIS
Peneiras de tamborPeneiras de tamborSão peneiras cilíndricas, giratórias montadas quase horizontalmente. A superfície de peneiramento pode ser de malha de fios ou placa perfurada, onde se produz agitação que facilita a separação dos produtos finos.Para pós são utilizados peneiras de tela ou malha de fio, e para as plantas (fitoterápicos) peneiras com perfurações circulares.A capacidade de um tambor aumenta à medida que cresce a velocidade de rotação até alcançar uma velocidade crítica. A velocidades maiores do que a velocidade crítica o produto não cai sobre a superfície, porém é arrastado por forças centrífugas, com o que se dificulta seriamente a separação
PENEIRAS INDUSTRIAIS PENEIRAS INDUSTRIAIS
Peneiras de tamborPeneiras de tambor
PENEIRAS INDUSTRIAIS PENEIRAS INDUSTRIAIS
Peneiras rotatóriasPeneiras rotatórias
PENEIRAS INDUSTRIAIS PENEIRAS INDUSTRIAIS
CLASSIFICAÇÃO DOS PÓSCLASSIFICAÇÃO DOS PÓS
Pós simples:Pós simples:Divisão mecânica de uma única droga. Redução a
pó fino
Teor de substância ativa
(fração)
Diluição com pó inerte (amido de arroz,
lactose...)Valor do título descrito
em Farmacopéias.
CLASSIFICAÇÃO DOS PÓSCLASSIFICAÇÃO DOS PÓS
Pós compostos: Misturas de dois ou mais pós simples.
Entende-se por pó composto aquele que é obtido pela mistura de dois ou mais pós simples
Pulverização dos pós separadamente
Mistura e homogeneiza
ção
Tamisação da mistura
CUIDADOS ESPECIAIS NO CUIDADOS ESPECIAIS NO PREPARO DE PÓS COMPOSTOSPREPARO DE PÓS COMPOSTOS
Os pós constituintes do pó composto devem ser triturados e tamisados separadamente. Feita a mistura, devem ser novamente tamisados;
Substâncias que não se deixam pulverizar (ex. gomas, resinas, cânfora) necessitam do uso de intermédios;
Os pós devem ser misturados sucessivamente, começando por aqueles que ocupam menores volumes;
CUIDADOS ESPECIAIS NO CUIDADOS ESPECIAIS NO PREPARO DE PÓS COMPOSTOSPREPARO DE PÓS COMPOSTOS
Quando da presença de substâncias voláteis (essências, tinturas), usar pós adsorventes (CaCO3, caulim);
Uso de corantes (carmim: 0,1 - 0,25%) na homogeneização de um pó composto contendo princípios ativos muito ativos;
Para o preparo de pós contendo quantidades pequenas (mg) de princípio ativo (ex. digitálicos, vitamina B12), recomenda-se o uso de diluições (1:10, 1:100, 1:1000) com pós inertes;
ESTERILIZAÇÃO DOS PÓSESTERILIZAÇÃO DOS PÓS
Autoclaves (pode haver fixação de umidade nos pós - 121C/1h);
Esterilização a seco em estufas (150C/ 1h ou 140 C/4hs);
Esterilização através de gases (óxido de etileno) ou β-propiolactona
Raios gama;
Uso de anti-sépticos dissolvidos em solvente volátil (pequenas manipulações). Ex: Sulfamida + tetrabromocresol.
ALTERAÇÕES DOS PÓSALTERAÇÕES DOS PÓS
Oxidações decorrentes de O2 atmosférico: uso de substâncias dessecantes (sílica);
Calor: uso de refrigeração (a simples trituração do AAS provoca um aumento de temperatura que facilita a sua hidrólise)
Alterações enzimáticas (hidrólises): enzimas produzidas por microorganismos contaminantes;
Recipientes inadequados : incompatibilidades. Ex: fluoretos x frascos de vidro, taninos x
recipientes de ferro
ACONDICIONAMENTO DOS PÓSACONDICIONAMENTO DOS PÓS
Em frascos de vidro ou plástico: pós de fraca atividade farmacológica (laxantes, desinfetantes cutâneos e outros) devido a inexatidão de medida na aplicação.
Acondicionamento em papéis: os pós são divididos de acordo com a dosagem prescrita pelo médico (dose individual que será usada de uma só vez).
ENSAIO DOS PÓSENSAIO DOS PÓS
Avaliações organolépticasAvaliações organolépticas: cor, aroma, sabor – estado de conservação;
Apreciação da tenuidade dos pós: Apreciação da tenuidade dos pós: a mistura de pós deve apresentar pelo menos, 50% ou mais das partículas com diâmetros próximos – ensaios de granulometria.
Determinação do volume aparente: Determinação do volume aparente: uso de proveta transparente e graduada;
Umidade: Umidade: inferior a 8% - Karl Fisher, ou secagem em estufa até peso constante.
ENSAIO DOS PÓSENSAIO DOS PÓS
Cinzas totais Cinzas totais – verificação de adulteração. Pós opoterápicos (derivados de órgãos animais).
Determinação do ângulo de repouso Determinação do ângulo de repouso – resistência ao movimento relativo das suas partículas qdo submetidos a forças externas. Dificuldade apresentada pelos pós para fluírem livremente de um orifício para uma superfície livre. Importância: elucidar a facilidade de manuseio de
pós, por ex, no enchimento de recipientes, ou no escoamento de um distribuidor de uma máquina de compressão para a matriz respectiva.
Boas propriedades de escoamento ângulo de repouso <30. acima de 40 o fluxo é difícil.
De uma forma geral, aceita-se que os pós mais grossos, escoam mais facilmente do que os pós mais finos
Determina-se ângulo repouso pela sua tangente (tg), a qual é determinada pelo quociente do cateto oposto pelo adjacente.
ENSAIO DOS PÓSENSAIO DOS PÓS
Onde o cateto oposto seria a altura do monte formado pelo pó escoado e o cateto adjacente o raio do “cone” deste monte
FORMAS FARMACÊUTICAS FORMAS FARMACÊUTICAS COMPLEMENTARES DOS COMPLEMENTARES DOS
PÓS: PÓS:
GRANULADOSGRANULADOS
GRANULADOSGRANULADOS
Preparações sólidas destinadas à V.O., obtidos aglomerando as partículas de um pó sob forma de um elemento mais ou menos volumoso e de forma mais ou menos regular; apresentam-se sob a forma de pequenos grãos de dimensões sensivelmente uniforme, de forma irregular, porosos.
GRANULADOSGRANULADOS
Granulação é o processo através do qual partículas em pó são conduzidas a se aderirem umas às outras para formar entidades multiparticuladas grandes denominadas grânulos.
Razões para granulação: evitar a segregação de constituintes numa mistura de
pós melhorar as propriedades de fluxo da mistura aumentar a densidade com isso reduzir o volume melhorar as características de compactação da
mistura
Vantagens dos granulados em relação aos pós: Podem ser revestidos externamente; São de melhor conservação do que os pós
(menos higroscópicos – não se aderem entre si); São de melhor aparência do que os pós; Sua posologia é mais uniforme e a ingestão é
mais agradável em relação aos pós.
Preparação dos granulados: Fusão Granulação por via seca Granulação por via úmida
GRANULADOSGRANULADOS
O granulado ideal deve apresentar :
Forma e cor regulares
Estreito grau de distribuição granulométrica
Boa fluidez
Suficiente resistência mecânica
Determinado grau de umidade (não inferior a 3%)
Solubilidade em água ou fluídos biológicos
GRANULADOSGRANULADOS
Usos dos granulados
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação por FusãoPreparação por Fusão
Consiste no aquecimento (90-105ºC) das subst. medicamentosas que, graças à água de cristalização e ao calor, fundem superficialmente, aglomerando-se sob a forma de pasta, que em seguida é tamisada.
Aplicável a substâncias que possuem água de cristalização (ex. ácido cítrico).
GRANULADOSGRANULADOS
Compressão DiretaCompressão Direta
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a SecoPreparação a Seco
Este método é utilizado para o preparo de granulados que serão utilizados como intermediários de processo na obtenção de comprimidos.
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a SecoPreparação a Seco
Usada para pós que sofrem hidrólise e/ou termólise. Exemplo: AAS Os pós devem apresentar propriedades coesivas ou pode-se adicionar aglutinantes secos à mistura.
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a SecoPreparação a Seco
Compressão usando compressoras
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a SecoPreparação a Seco
Compressão usando compactadores de rolos
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a úmido: Preparação a úmido:
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a úmidoPreparação a úmido
Sequência de operações unitárias:Pesagem Moagem TamisaçãoMistura Umidificação GranulaçãoSecagemCalibração (Moagem e Tamização )
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a úmidoPreparação a úmido
Operação de Umidificação (ou Molhagem)
Adição de líquido à mistura de pós secos
Adição direta: solvente ou líquido aglutinante é vertido no misturador.
Pulverização: solvente ou líquido aglutinante é pulverizado no misturador (cuidado com viscosidade !)
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a úmidoPreparação a úmido
Equipamentos para operação de umidifidação (ou molhagem): misturadores de recipiente fixo
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a úmidoPreparação a úmido
Equipamentos usados em indústria: Granuladores
Granulador Oscilante: barras metálicas paralelas em movimento de vai-e-vem que obrigam a mistura úmida a passar por superfície perfurada.
Granulador rotativo: superfície perfurada na extremidade ou na parede de um cilindro no qual a mistura úmida é pressionada por uma rosca sem fim ou por um rotor com pás.
GRANULADOSGRANULADOS
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a úmidoPreparação a úmido Operação de Secagem
Tipos de equipamento de secagem: Leito estático: produto não
se movimenta. Exemplo: estufa de bandejas
Leito fluido: produto se movimenta
Exemplo: secador de leito fluidizado
GRANULADOSGRANULADOS
Preparação a úmidoPreparação a úmido
Operação de Calibração (Moagem e Tamização)
Uniformizar o tamanho do granulado Geralmente, são utilizados granuladores oscilantes com
superfície perfurada de menor diâmetro do que o usado para a granulação.
GRANULADOSGRANULADOS
GRANULADORGRANULADOR
Apesar dos inconvenientes da granualção por via seca, como a demanda de tempo, desgaste das máquinas e maior liberação de pó para o ambiente, elevando os custos frente a outros procedimentos, produção de granulados por via seca consome menos tempo e energia, sendo, portanto, mais econômica que a granulação por via úmida
Este procedimento é mais adequado para a produção de comprimidos a partir de substâncias sensíveis à temperatura e à umidade ou muito solúveis em água
GRANULADOSGRANULADOS
Tipos de Granulados: Tipos de Granulados:
Forma vermicular ou esférica;Sacaretos granulados: granulados acrescidos de
açúcar;Granulados com chocolate: uso de cacau em
substituição à parte do açúcar;Granulados efervescentes: NaHCO3 em ácidos
cítricos e/ou tartárico.
GRANULADOSGRANULADOS
Ensaio dos GranuladosEnsaio dos Granulados
1.Tempo de desagregação:
Granulados não revestidos: desagregação ou dissolução rápida em água a 37C.
Granulados efervescentes: desagregação em tempos inferiores a 5 min.
De um modo geral, um granulado desagrega-se tanto mais rapidamente quanto mais solúveis na água são os seus constituintes, quanto menores são os seus grãos e quanto maior for a sua umidade
GRANULADOSGRANULADOS
2.Resistência: a dureza do granulado não pode ser excessiva, pois comprometerá o seu tempo de desagregação, mas deve ser suficiente para evitar a fragmentação fácil dos granulados, melhorando a conservação.
3.Umidade: a umidade excessiva pode causar reações de hidrólise, contaminações microbianas, que diminuem a estabilidade dos fármacos.
4. Tamanho médio dos grãos constituintes: feito por tamisação. Devem ser isentos de pó.
5. Dosagem dos princípios ativos: variações entre 88 e 110% são aceitáveis (ref. Prista).
GRANULADOSGRANULADOS
Acondicionamento e ConservaçãoAcondicionamento e Conservação
Recipientes de vidro ou plástico (fechamento hermético). Uso de sílica.
GRANULADOSGRANULADOS