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ESFORÇO | MUDANÇA | RECONHECIMENTO 6ª edição

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ESFORÇO | MUDANÇA | RECONHECIMENTO

6ª edição

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FICHA TÉCNICA

Título

Boas Práticas no Sector Público

Edição e Paginação

MC Factory – Divisão de Customer Publishing da Media Capital Edições

Rua Mário Castelhano, nº40, Queluz de Baixo, 2734-502 Barcarena

Telef. 21 436 95 90 – Contribuinte nº 504 988 930

Projecto Gráfi co

Luís Martins

Ilustração de capa

Sabrina Forte, Bi Light

Colaborações

Deloitte

Diário Económico

Instituto Nacional de Administração – INA

Fundação Luso-Americana – FLAD

SIC Notícias

Impressão e Acabamentos – Fernandes e Terceiro Artes Gráfi cas

Depósito Legal – 282599/08

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3

Prefácio

Constituiu para mim um privilégio integrar, desde a primeira hora, o Júri do

Prémio das Boas Práticas na Administração Pública.

Esta iniciativa da Deloitte, em parceria com o Diário Económico é, a todos

os títulos, de enorme merecimento.

Ela revela a importância de termos uma Administração Pública de excelên-

cia, facilitadora e impulsionadora do exercício dos direitos por parte dos

cidadãos e favorecedora do crescimento da economia. Mas também parte

do reconhecimento de que o ambiente nem sempre é muito propício à

sustentação e ao apoio à dinâmica de serviços mais audazes que queiram

verdadeiramente fazer melhor.

Uma constatação destas, por parte do sector privado e com o seu envolvi-

mento activo, não é vulgar ou, pelo menos, não estamos a ela habituados

no nosso país.

Page 4: Download VI Livro BPSP

4

É que podemos discordar quanto ao modelo de Estado que queremos. A dis-

cussão é abundante e está muito marcada política e ideologicamente. Mas

ninguém discorda, estou certa, de que necessitamos de uma Administração

Pública menos burocratizada, mais facilitadora das pretensões legítimas dos

cidadãos e das empresas que dela dependam, mais transparente, mais efi -

caz, mais efi ciente, mais moderna e mais responsável.

O lastro de séculos, que nos amarra a uma cultura de excesso de peso admi-

nistrativo, de permanente defesa face à responsabilização, de desconfi ança

de tudo o que é novo e de falta de iniciativa, tolhe-nos no percurso de ir ao

encontro das expectativas e dos direitos dos cidadãos, de contribuir para a

certeza e a segurança jurídicas nas relações com os agentes económicos e

de incorporar os novos instrumentos de gestão que permitem fazer mais e

melhor com os mesmos recursos.

É certo que as coisas mudaram bastante. Os Programas de Modernização Ad-

ministrativa encetados há anos por vários Governos e a assumpção pelo actu-

al de um vastíssimo programa de desburocratização dirigido à Administração

Central, numa primeira fase e à Administração Local seguidamente, constituí-

ram e constituirão fortíssimos impulsos à qualifi cação da Administração.

No entanto, repetidas vezes o discurso público e publicado desprestigia os

servidores públicos e afecta a sua imagem e auto-estima, uma vez que o que

corre bem não chega ao conhecimento público.

O “Prémio das Boas Práticas”, à sua medida, contribui para corrigir essa

injustiça e para combater o espírito de auto-fl agelação.

Divulga e dá visibilidade aos serviços que não se conformam. Que têm ini-

ciativa, que apostam na qualidade e na inovação e que verdadeiramente

querem servir, cada vez melhor, o interesse público.

Entre estes há que distinguir aqueles que são apoiados pelo Governo nesse

sentido e aqueles que, mesmo não o sendo, pelo menos específi ca ou dirigi-

damente, vão em frente, inovam, fazem diferente, fazem melhor.

Entre estes, ainda, há aqueles que exercem uma função que é só sua, e que

têm soluções não replicáveis e aqueles outros cujos procedimentos inova-

dores podem ser adoptados por entidades similares.

Ora, se tudo isto fi car escondido, perde-se um potencial de contágio na

sua reprodução noutros serviços que nos descapitaliza a todos enquanto

comunidade.

E se tudo isto for ignorado e não for elogiado publicamente há uma força

anímica que se perde. Ora, não estamos em época de desperdiçar energia!

Page 5: Download VI Livro BPSP

5

O trabalho que a Deloitte tem desenvolvido para apuramento dos distingui-

dos é muito profi ssional.

A responsabilidade da selecção recai inteiramente no Júri. É este que identi-

fi ca os projectos que, tendo concorrido ao Prémio, são seleccionados para

visita e estudo detalhado e este detalhe, que obedece a grelhas objectivas,

é tão exigente a aprimorado que todos temos que estar gratos a quem o

realiza de forma tão discreta e efi ciente.

Os anos de vida que esta iniciativa já conta, permitem apurar a necessidade

de introduzir algumas alterações em futuras realizações.

Relativamente à 5ª edição apenas houve uma reconfi guração dos grupos de

entidades;

Separação da Administração Pública em dois grupos:

• Administração Local e Administração Central e Regional;

• Inclusão de um novo grupo denominado Projectos Intersectoriais.

A Edição deste ano, a 6ª, em termos comparativos com a anterior,

permite-nos identifi car os seguintes aspectos distintivos:

• Verifi cou-se maior expressão da Administração Local (peso 11% superior);

• Manteve-se um volume signifi cativo em projectos na área da Saúde (per-

maneceu 17%);

• A Administração Central teve um papel de menor supremacia (-9%),

representando, ainda assim 53% das candidaturas, bem como o Sector

Público Empresarial (-2%);

• Decresceu o peso relativo das Categorias I – Serviço ao Cidadão (-7%)

e IV – Gestão Financeira (-2%), refl ectido no crescimento das Categorias

II – Capital Humano (+4%) e III – Melhoria de Processos (+5%);

Houve poucas candidaturas na Categoria de Gestão Financeira,

mas consistentes;

• Globalmente concorrem projectos mais consistentes, com candidaturas

mais fundamentadas, mais consubstanciadas, com respostas mais inci-

sivas aos pontos sob avaliação, a par de uma sensibilidade acrescida

para a criação/explicitação de indicadores de expressão fi nanceira dos

resultados alcançados;

• Houve um maior número de nomeados, independentemente do menor

número de candidaturas (44% nomeados - 42 em 95, face a 36% na 5ª

edição – 35 em 128);

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6

• Independentemente dos prémios atribuídos pelo Júri, as instituições

apresentam sempre os seus projectos com confi ança. Mesmo quando

não concordam com algumas decisões do Júri, expõem-se acreditando

na qualidade dos seus projectos;

• Assistiu-se à recorrência de instituições candidatas – há organismos que

já colocaram nos seus objectivos apresentar os seus projectos mais me-

ritórios ao prémio das Boas Práticas;

• Existiu uma maior dispersão entre distritos: não tendo variado o núme-

ro de distritos concorrentes, observou-se um menor peso do distrito

de Lisboa (-12%), absorvido especialmente pelo crescimento do distrito

do Porto (+6%). Ainda assim, o distrito de Lisboa representa 49% das

candidaturas;

• As candidaturas na área de Capital Humano revelaram uma incidência

social signifi cativa ao invés da capitalização interna dos Recursos Hu-

manos.

Novas edições, novos aperfeiçoamentos tendentes a permitir alcançar cada

vez mais e melhor os objectivos que presidiram à criação do Prémio.

Uma palavra fi nal de gratidão a todos os que tornam possível a concreti-

zação deste projecto e a minha gratidão pessoal, por aquilo que considero,

como já referi, um privilégio: o poder melhor testemunhar o enorme

caminho percorrido pelos Serviços Públicos ao longo destes anos no sen-

tido da exigência da qualidade, do rigor, da transparência e do espírito da

missão.

Tudo isto constitui um recurso precioso que está ao nosso alcance e que é

dever de todos fazer crescer.

Julho de 2008

Maria de Belém Roseira

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7

Índice

Prefácio – Maria de Belém Roseira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Galeria de Imagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

Categoria 1Serviço ao Cidadão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

VENCEDORES

Câmara Municipal da Trofa

Brigada Pró - Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

LCS

Centro de Atendimento do Serviço

Nacional de Saúde (Saúde 24) . . . . . . . . . . . . . . 26

DGRHE

Escola Mais Próxima do Cidadão,

Contrato de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

NOMEADOS

AMA – Cartão de Cidadão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Município de Albergaria – a - Velha

Projecto SAL Online . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Câmara Municipal de Pombal

Fórum Munícipe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

Câmara Municipal de Santarém

Reestruturação e Modernização

do Departamento de Gestão Urbanística

e Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

Câmara Municipal do Seixal

Espaço Cidadania . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

DGAIEC e DGITA – Sistema de tratamento

automático da declaração aduaneira

de exportação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

DGCI e DGITA – Pré - Preenchimento

das declarações de IRS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

DGRHE – Upgrade do serviço ao cidadão . . 47

IAPMEI – Programa – Quadro INOFIN . . . . . . 49

Instituto Geográfi co do Exército

Acesso a informação geográfi ca

através de serviços Web . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

CANDIDATOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

Categoria 2 Capital Humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

VENCEDORES

Escola Prática de Transmissões

Plano de Valorização

de Recursos Humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

Instituto Politécnico de Portalegre

Recuperação do Quartel do Trem

por Administração Directa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

Câmara Municipal Porto

Desenvolver competências através

da Qualidade Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

DGSP – Empreendedorismo

para reinserção social de Reclusos/as . . . . . 78

Administração da Universidade de Coimbra

Focalização nas pessoas @ UC . . . . . . . . . . . . . . 81

NOMEADOS

Bragahabit

Sistema Itinerante Brag@brinca . . . . . . . . . . 83

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8

Câmara Municipal de Miranda do Corvo e ADFPMC

Formação Profi ssional / Integração

de Cidadãos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

Programa Escolhas

Programa Escolhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

CANDIDATOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

Categoria 3 Melhoria de Processos . . . . . . . . . . . . 99

VENCEDORES

Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Francisco Gentil

Criação de uma rede de Caracterização

Clínica e de Disponibilização

da Informação no Âmbito do Registo

Oncológico Regional Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

AMA

Ciclo de Vida da Empresa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

CP

Melhoria do serviço, aplicação

da metodologia RCM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110

NOMEADOS

CCDR – LVT

Monitorização automática e permanente

da extracção de inertes no Rio Tejo . . . . . 113

CEGER – Sistema de Certifi cação

Electrónica do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

Centro Hospitalar da Cova da Beira

Sistema de Gestão Integrada

da Logística Hospitalar e do Circuito

do Medicamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

CTT

Processo de Despacho Electrónico . . . . . . . 119

ERSE

Gestão dos processos de reclamação

e pedidos de informação no âmbito

do apoio aos consumidores de energia . 121

GEPE

Sistema de Informação e Gestão

da Oferta Educativa e Formativa . . . . . . . . . 123

IHRU

Sistema NRAU . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

IRN

Empresa Online . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

IRN

Nascer Cidadão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129

SEF

Rapid . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131

CANDIDATOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133

Categoria 4 Gestão Financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

VENCEDORES

Câmara Municipal de Águeda

Gestão Financeira…

Pela Transparência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153

IGFCSS, IP

Medidas de atribuição do Excess Return 156

DGCI e DGITA

Sistema electrónico integrado para a

efi cácia na obtenção de receitas fi scais . 160

NOMEADOS

IRN em conjunto com ITIJ, DGVI, DGITA,

Banco de Portugal e INE

Informação Empresarial Simplifi cada . . . 163

Menção Honrosa Especial Unidade Local de Saúde de Matosinhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165Acompanhamento do prematuro ao domicílio

Optimização e Centralização de MCDT

Prescrição Electrónica

Monitorização e divulgação da ecologia hospitalar

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9

Introdução

Pelo sexto ano consecutivo a Deloitte, com a colaboração especial do Diário

Económico, do Instituto Nacional da Administração Pública (INA), da Fun-

dação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e da SIC Notícias,

promoveu o Prémio Boas Práticas no Sector Público. Esta iniciativa visa re-

conhecer os projectos e entidades que, independentemente da sua dimen-

são, volume de recursos envolvidos, tempo ou custo de implementação,

tenham gerado um benefício evidente face à situação inicial.

A publicação “VI Livro Boas Práticas no Sector Público” tem como objectivo

dar a devida expressão aos 95 projectos concorrentes que participaram na

VI edição do Prémio das Boas Práticas no Sector Público.

A qualidade e o volume de projectos apresentados foram substanciais, cons-

tituindo uma evidência da motivação do Sector Público para criar projec-

tos de valor e para submeter os mesmos à apreciação da sociedade civil. A

Organização do Prémio expressa ainda um agradecimento muito especial

aos membros do Júri, pela sua dedicação durante o processo de avaliação e

selecção, o qual foi altamente recompensado pela qualidade dos projectos

candidatos.

Um muito obrigado a todas as entidades e às suas equipas que se empenha-

ram no desenvolvimento de projectos de excelência, na concretização dos

mesmos e na exposição pública das melhores práticas.

1. Objectivos do Prémio

Desde a origem da iniciativa, em 2002, que o objectivo do Prémio é promover

a partilha de conhecimentos entre entidades em situações similares, através da

divulgação de projectos que melhoraram a prestação do Estado. O Prémio visa

assim reconhecer publicamente todos os que assumem o papel de “Servidores

do Estado”, trabalhando com tenacidade em prol do cidadão.

2. Balanço da 6ª edição

Mais uma vez a Organização do Prémio pôde contar com uma adesão con-

siderável de projectos, cuja qualidade superou, mais uma vez, as expectati-

vas. Este facto prova a preocupação crescente junto do Sector Público na

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10

medição dos resultados dos projectos e na sua divulgação, bem como o

esforço investido na divulgação do Prémio e o prestígio crescente associa-

do ao mesmo. Não obstante, é importante continuar o bom trabalho a que

assistimos até aqui e reunir mais projectos de qualidade e dá-los a conhecer,

no intuito de contribuir para a melhoria do Serviço Público.

Nesta 6ª edição, as candidaturas distribuíram-se da seguinte forma:

Distribuição por categoria

Distribuição por grupo

CATEGORIA Nº DE CANDIDATURAS PERCENTAGEM

Serviço ao Cidadão 34 36%

Capital Humano 18 19%

Melhoria de Processos 38 40%

Gestão Financeira 5 5%

Total 95 100%

GRUPO Nº DE CANDIDATURAS PERCENTAGEM

Administração Central

e Regional36 38%

Administração Local 24 25%

Instituições de Ensino

Superior8 8%

Instituições de Saúde 16 17%

Empresas Públicas e

Empresas Concessionárias

de Serviço Público

5 5%

Projectos Intersectoriais 6 6%

Total 95 100%

Fonte: Deloitte

Fonte: Deloitte

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11

Introdução

3. Metodologia adoptada na 6ª edição do Prémio Boas Práticas no Sector Público

A metodologia adoptada na 6ª edição foi o modelo Balanced Scorecard de

Robert Kaplan e David Norton.

O processo iniciou-se com a recepção das candidaturas por parte da Deloit-

te, procedendo em seguida à sua compilação e ao tratamento prévio dos

indicadores de classifi cação. Com base nesta informação e nos elementos

qualitativos apresentados na candidatura, o Júri selecciona uma short list de

projectos que irá ser alvo de avaliação in loco. Após esta avaliação, o Júri

delibera sobre a atribuição dos prémios e menções honrosas.

4. Membros do Júri da 6ª edição

Dra. Suzana Toscano – Presidente do Júri

Dr. António José Seguro

Prof. Barata Moura

Prof. Carlos Zorrinho

Dr. Francisco Maria Balsemão

Dr. Jorge Coelho

Eng. Jorge Jardim Gonçalves

Prof. Dr. Luís Valadares Tavares

Dra. Manuela Ferreira Leite

Dra. Maria de Belém Roseira

Dra. Paula Teixeira da Cruz

Eng. Rui Afonso Lucas

Dr. Rui Machete

Evolução do número de candidaturas

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12

5. Critérios de Avaliação

Os critérios de avaliação da 6ª edição do Prémio, previamente acordados

entre a Organização e os elementos do Júri, foram os seguintes:

a) Vector cliente: preço/custo, qualidade intrínseca e extrínseca, tempo e escala.

b) Vector capital humano: satisfação, produtividade individual e colectiva, escala.

c) Vector melhoria de processos: preço/custo, qualidade, tempo, produti-

vidade, escala.

d) Vector fi nanceiro: impacto na despesa e receita, qualidade da informação fi -

nanceira, escala, foco do investimento na missão, retorno do investimento.

Para cada um dos critérios supra-mencionados tiveram-se em conta indicado-

res de impacto interno e externo à organização. Valorizou-se, ainda, a poliva-

lência dos projectos nos quatro vectores, independentemente de cada vector

estar eminentemente ligado a cada uma das categorias a concurso ou não.

6. Categorias

Nesta edição optou-se por manter a estrutura adoptada na edição anterior,

por se adaptar às actuais características do Sector Público português. Sendo

assim, as categorias a concurso foram:

a) Categoria 1 – Serviço ao Cidadão

b) Categoria 2 – Capital Humano

c) Categoria 3 – Melhoria de Processos

d) Categoria 4 – Gestão Financeira

Nesta edição criaram-se mais dois grupos, para além dos já existentes, de

forma a corresponder da melhor forma à natureza das entidades concorren-

tes. A designação dos grupos é a seguinte:

a) Administração Central e Regional

b) Administração Local

c) Instituições de Ensino Superior

d) Instituições de Saúde

e) Empresas Públicas e Empresas Concessionárias de Serviço Público

f) Projectos Intersectoriais

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Galeria de Imagens

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14

Júri

Eng. Jardim Gonçalves

Dr. Jorge Coelho

Eng. Rui Afonso Lucas

Dra. Suzana Toscano, Presidente do Júri, discursando

Dr. Francisco Maria Balsemão

Dra. Paula Teixeira da Cruz

Prof. Barata Moura

Dr. António José Seguro Prof. Carlos Zorrinho

Dra. Maria de Belém Roseira

Dr. Rui Machete Prof. Luís Valadares Tavares

Dra. Manuela Ferreira Leite

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15

Galeria de Imagens

Gala

A cerimónia decorreu no Hotel Ritz, em Lisboa

Prof. José Barata Moura, Prof. Carlos Zorrinho e Dr. Rui Machete

A apresentadora, Sofi a CerveiraEng. Filipe Simões de Almeida, Dr. António José Seguro e Dra. Susana Toscano

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16

Entrega de Prémios

Categoria 1 – Serviço ao Cidadão

Categoria 2 – Capital Humano

Dr. António José Seguro entrega o 1º prémio (em ex-aequo) ao Eng. Ramiro Martins, Administrador Delegado da Linha de Cuidados de Saúde

Dr. Francisco Maria Balsemão entrega a menção hon-rosa ao Coronel José Filipe Moreira da Escola Prática de Transmissões

Prof. Barata Moura entrega a menção honrosa ao Dr. Nuno Manuel Grilo de Oliveira, Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre

Eng. Jardim Gonçalves entrega a menção honrosa ao Mestre Jorge Sarmento Morais, Director-Geral dos Recursos Humanos da Educação

Dra. Suzana Toscano entrega o 1º prémio (em ex-aequo) ao Presidente da Câmara Municipal de Trofa, Dr. Bernardino de Vasconcelos

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17

Galeria de Imagens

Categoria 3 – Melhoria de Processos

Categoria 4 – Gestão Financeira

Prof. Maria Manuel Leitão Marques entrega o 2º prémio (em ex-aequo) ao Prof. José António Azevedo Pereira, Director Geral dos Impostos, pelo projecto realizado em parceria com a DGITA

Prof. António Castro Guerra entrega o 2º prémio (em ex-aequo) ao Prof. Manuel Baganha, Presidente do Conselho Directivo do IGFCSS

Dr. Rui Machete entrega o 1º Prémio ao Dr. Gil Nadais da Fonseca, Presidente da Câmara Municipal de Águeda

Dr. Manuel Pizarro entrega o 1º Prémio à Mestre Ana da Costa Miranda, Directora de Serviço do IPO Lisboa

Prof. Luís Valadares Tavares entrega o 2º Prémio à Dra. Anabela Pedroso, Presidente do Conselho Directivo da AMA

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18

Grupo Administração Central e Regional Grupo Administração Local

Dra. Maria de Belém Roseira entrega a menção honrosa especial ao Dr. Nuno Luís Morujão, Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Matosinhos

Grupo Instituições

de Ensino Superior

Grupo Empresas Públicas e Empresas

Concessionárias de Serviço Público

Prof. Carlos Zorrinho entrega a menção honrosa à Dra. Maria Alzira Vaz, Chefe de Divisão de Recursos Humanos da Universidade de Coimbra

Dr. Jorge Coelho entrega o 1º Prémio ao Eng. Francisco Cardoso dos Reis, Presidente do Conselho de Gerência da CP

Dr. Conde Rodrigues entrega a menção honrosa ao Dr. José Ricardo Nunes, sub-director geral da DGSP

Mestre João Silveira entrega a menção honrosa ao Dr. Manuel de Sampaio Pimentel, vereador da Câmara Municipal do Porto

Menção Honrosa Especial

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1Categoria

Serviço ao Cidadão

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2020

Venc

edor

esN

omea

dos

GRUPO ENTIDADE PROJECTO PRÉMIO

Administração

Local

Câmara Municipal da Trofa Brigada Pró-Família 1º Prémio

Empresas Públicas

e Empresas

Concessionárias

de Serviço Público

LCS – Linha de Cuidados de Saúde, S.A.

Saúde 24 – Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde

1º Prémio

Administração Cen-

tral e Regional

DGRHE – Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação

Escola Mais Próxima do Cidadão Menção Honrosa

GRUPO ENTIDADE PROJECTO

Projectos

Intersectoriais

Agência para a Modernização Administrativa, IP

Cartão de Cidadão

Administração LocalCâmara Municipal de Pombal Fórum Munícipe

Administração LocalCâmara Municipal de Santarém

Reestruturação e Modernização do Departamento de Gestão Urbanística e Ambiente (DGUA) no âmbito do licenciamento

Administração LocalCâmara Municipal do Seixal

Espaço Cidadania – Pacto Territorial para o Diálogo Intercultural do Seixal

Administração

Central e Regional

DGRHE - Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação

Upgrade no Serviço ao Cidadão – Recurso Hierárquico Instruído

Administração

Central e Regional

Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo e da Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros

Sistema de Tratamento Automático da Declaração Aduaneira de Exportação

Administração

Central e Regional

Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) e Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA)

Pré-preenchimento das declarações do IRS

Projectos

Intersectoriais

IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, I.P.

Programa-Quadro INOFIN

Administração

Central e Regional

Instituto Geográfi co do Exército

Acesso a informação geográfi ca através de serviços Web

Administração LocalMunicípio de Albergaria-a-Velha

Projecto SAL Online, Serviços Autárquicos Locais Online

Instituições de SaúdeUnidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Acompanhamento do prematuro no domicílio

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21

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

21

Cand

idat

os

GRUPO ENTIDADE PROJECTO

Administração

Central e Regional

CEGER – Centro de Gestão da Rede Informática do Governo

Portal Internet da Presidência Portuguesa da União Europeia

Administração

Central e Regional

Direcção-Geral dos Impostos (DGCI)

Implementação do Documento Electrónico e da Assinatura Electrónica na DGCI

Administração

Central e Regional

IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, I.P.

Programa FINICIA

Administração

Central e Regional

Instituto do Emprego e Formação Profi ssional, I. P. Netemprego

Administração

Central e Regional

Instituto do Emprego e Formação Profi ssional, I. P. Centro de Contacto

Administração

Central e Regional

Instituto do Emprego e Formação Profi ssional, I. P.

Livre Serviço de Emprego – Quiosques Electrónicos

Administração

Central e Regional

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

PEP – Passaporte Electrónico Português

Administração LocalCâmara Municipalda Batalha “Viver +”

Administração Local Câmara Municipal da Trofa Plano Orientador do Monte de Paradela

Administração LocalCâmara Municipal de Águeda

Serviços ao Cidadão... A Caminho da Excelência

Administração LocalCâmara Municipal de Alpiarça Gabinete de Apoio à Família

Administração Local Câmara Municipal de Arganil Balcão Único Municipal

Administração Local Câmara Municipal de BragaGuia de Recursos para as Pessoas com Defi ciência do Concelho de Braga

Administração Local Câmara Municipal do Seixal Gestão dos Serviços Online

Administração LocalGaiamina - Equipamentos Municipais, EM

eGAIANIMA – coesão na educação: alunos, pais, professores e administração

Empresas Públicas

e Empresas

Concessionárias

de Serviço Público

Metro do Porto, S.A. MetroTV

Instituições

de Ensino Superior

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Sistema de telefonia sobre a rede IP

Instituições

de Ensino Superior

Instituto Politécnico de Portalegre Académicos Online

Instituições de SaúdeUnidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Prevenção das Úlceras de Pressão

Instituições de SaúdeUnidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Aprendendo com a doença

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Categoria 1

Serviço ao Cidadão

Vencedores

Câmara Municipal da Trofa

Nome do Projecto: Brigada Pró-Família

Missão da Entidade:

A missão da Câmara Municipal da Trofa consiste em regulamentar e gerir,

sob sua responsabilidade e no claro interesse dos cidadãos da Trofa, fi ns de

interesse público municipal, nos termos e formas previstas na lei.

O objectivo principal consiste na criação da melhoria das condições de

vida, de trabalho e de lazer dos habitantes do concelho, o qual é consegui-

do através de um sério empenho nas actividades que a Câmara Municipal

desenvolve em prol da satisfação dos cidadãos e das suas necessidades.

Descrição do Projecto:

A Brigada Pró-Família do Município da Trofa foi ofi cialmente lançada em

Novembro de 2007, depois de funcionar em regime experimental desde

Setembro do mesmo ano. Esta valência pioneira e inovadora a nível nacional

assume-se como um elo de proximidade entre a população e os serviços

sociais da autarquia. Com este projecto a autarquia consegue potenciar as

valências sociais disponíveis, descentralizando apoios e informações, per-

mitindo um contacto directo, próximo e informal com as populações em

geral e com as franjas sociais mais carenciadas em particular. Desta forma, é

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garantido o acesso de todos aos recursos, direitos e serviços sociais básicos

necessários à participação plena dos cidadãos.

A Brigada Pró–Família é constituída por uma equipa pluridisciplinar de

profi ssionais da área psicossocial (Assistentes Sociais, Psicólogos, Educa-

dor Social, Sociólogo) que trabalha em equipa no contexto de rua, enca-

rando-o como um meio privilegiado de contacto directo e de proximidade

com a população. Os técnicos são escalonados por equipas de 2 elementos,

de diferentes áreas de formação base, que efectuam piquetes bissemanais

ordinários. Existem assim, três equipas, duas escalonadas para saídas ordiná-

rias e 1 equipa de Prevenção (24h por dia) para as situações de emergência.

Esta Brigada consegue desta forma obter uma resposta complementar ao

Atendimento Integrado (Loja Social) e à Comissão Protecção de Crianças

e Jovens da Trofa (CPCJ). A Brigada inclui ainda voluntários com formação

específi ca, recrutados no Banco Local de Voluntariado da Câmara Munici-

pal da Trofa, que integram as equipas das saídas ordinárias, com trabalho já

agendado de acordo com a sua condição e formação.

Uma das áreas mais importantes de actuação da Brigada Pró-Familia é em

situações de grave situação social, actuando como Piquete de Emergência

Permanente, isto é, sempre que surjam acontecimentos imprevistos, (por

exemplo, incêndios, inundações, intempéries), a Equipa de piquete é accio-

nada para actuação imediata. Desta forma, a Brigada surge como resposta

pronta e in loco dos diversos problemas directa ou indirectamente ligados

aos cidadãos.

Adicionalmente, quando as saídas ordinárias não possuem casos urgentes

para averiguação, a equipa trabalha na elaboração de um levantamento das

necessidades da população, nomeadamente em áreas como a defi ciência,

a toxicodependência e a prostituição. Esta permanência mais próxima jun-

to da população permite ainda identifi car e detectar casos de isolamento

social de idosos, bem como outras

situações que requeiram interven-

ção social imediata

Benefícios do Projecto:

Uma das principais mais valias da

Brigada Pró-Família é a possibilidade

de trabalhar directamente com a po-

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Categoria 1

Serviço ao Cidadão

pulação. O facto de serem os técni-

cos a dirigir-se aos cidadãos facilita a

proximidade e a informalidade que

muitas vezes são cruciais em áreas

de trabalho como esta. Para além

disto, é também um benefício bas-

tante importante o facto desta valên-

cia conseguir desenvolver no terre-

no uma resposta complementar aos

serviços de Protecção Civil, GNR e

Bombeiros, que em casos de emer-

gência social accionam a Brigada

para intervenção imediata, frequentemente para auxílio às situações apre-

sentadas, já que por vezes aquelas instituições não têm formação adequada

na área da intervenção social e psicossocial.

Quando se referem benefícios é importante nunca esquecer que só com tra-

balho em equipa no terreno e de forma sistemática e aprofundada é possível

um conhecimento profundo da realidade da população Trofense, quer no

que se refere às problemáticas presentes, e às quais é preciso dar resposta,

quer no que se refere à sua dispersão pelo Concelho. De resto, esta Brigada

não se assume como um “Bombeiro Social”, mas antes como uma “Acção

Social Avançada” que conhece a realidade específi ca de cada freguesia, de

cada lugar e muitas vezes de cada família conseguindo dar respostas fi rmes,

rápidas e adequadas à realidade que encontra no seu dia-a-dia.

Esta valência ajuda a criar famílias bem estruturadas e unidas. Para isso, con-

ta com as próprias famílias, isto é – que elas saibam estar presentes, vigilan-

tes e actuantes em todos os momentos.

Iniciativas como esta Brigada podem ter um papel catalizador, pela dinami-

zação de futuras iniciativas que fomentem a coesão familiar e, porque não, a

participação mais activa dos cidadãos na construção da comunidade, já que

se sentirão como uma parte integrante da sociedade.

Outro benefício a registar foi o facto de, através deste modo de actuação, se

poder trabalhar em horário pós-laboral, permitindo o acompanhamento das

dinâmicas familiares em contexto real e não em contexto de Gabinete.

Desde Setembro a esta parte foram inúmeras as visitas que a Brigada efec-

tuou, pelo que foram bastantes os munícipes do concelho da Trofa abrangi-

dos por este novo Serviço.

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LCS – Linha de Cuidados de Saude, S.A.

Nome do Projecto: Saúde 24 – Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde

Missão da Entidade:

Contribuir para a Prestação de Cuida-

dos de Saúde integralmente focados

no Cidadão, facilitando o respectivo

acesso a informação e aos Serviços

de Saúde do SNS, através de um ser-

viço de reconhecida notoriedade e

de elevado valor para o utente com

nível de excelência nos serviços dis-

ponibilizados.

Descrição do Projecto:

O Saúde 24 é uma iniciativa do Mi-

nistério da Saúde que visa responder

às necessidades manifestadas pelos

cidadãos em matéria de saúde, con-

tribuindo para ampliar e melhorar a acessibilidade aos serviços e raciona-

lizar a utilização dos recursos existentes através do encaminhamento dos

Utentes para as instituições integradas no Serviço Nacional de Saúde mais

adequadas.

O Saúde 24 incorpora os serviços de atendimento Saúde 24 Pediatria, co-

mummente conhecido por “Dói, Dói? Trim, Trim!”, e a Linha de Saúde Pú-

blica, encontrando-se acessível a todos os benefi ciários do Serviço Nacional

de Saúde e a qualquer cidadão que, em território português, necessite de

aconselhamento na área da saúde.

O atendimento é efectuado por enfermeiros qualifi cados e devidamente for-

mados para dar o melhor aconselhamento/encaminhamento ou ajudar o

Utente a resolver a situação por si próprio.

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Categoria 1

Serviço ao Cidadão

Disponível 24 horas por dia, compre-

ende os seguintes canais de acesso:

a) Telefone – através de um número

único nacional (808 24 24 24), com

o custo de chamada local; b) Website

(www.saude24.pt); c) Fax; d) Cor-

reio electrónico.

Os conteúdos e serviço são prestados

em língua portuguesa e inglesa. Para

atendimento de Utentes com necessi-

dades especiais foi desenvolvida uma

ferramenta específi ca (webchat) que

permite a sua Triagem, Aconselha-

mento e Encaminhamento.

Benefícios do Projecto:

O Saúde 24 tem contribuído para uma melhoria generalizada da prestação

de cuidados de saúde, nomeadamente numa melhor acessibilidade e huma-

nização, assim como na racionalização da gestão dos recursos disponíveis,

com vista à obtenção de maior qualidade.

A implementação deste serviço de orientação permite gerir o acesso, par-

ticularmente em situações de doença aguda, no sentido de permitir a sua

redistribuição pelos serviços de saúde integrados no SNS capazes de lhes

darem a resposta mais adequada e efi ciente, de forma a diminuir o conges-

tionamento verifi cado nos serviços de urgência hospitalar.

Inserido na cadeia de valor da prestação de cuidados de saúde, o Centro

de Atendimento do Servi-

ço Nacional de Saúde tem

permitido acréscimos de

efi ciência no sector públi-

co da saúde, nomeada-

mente ao permitir: am pliar

e melhorar a acessibilida-

de aos serviços de saúde;

facilitar o acesso a informa-

ção de saúde, capacitando

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os cidadãos para gerir, de forma mais activa, o seu conhecimento de saúde;

aumentar a satisfação dos utentes e dos profi ssionais de saúde; atenuar a

pressão sobre os serviços de urgência.

Os cidadãos viram as suas condições substancialmente melhoradas, no que

se refere a um assunto tão sensível como os cuidados de saúde. Destacam-

se os incrementos de: comodidade, ao evitar uma deslocação desnecessá-

ria; disponibilidade (24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano);

aconselhamento especializado; atendimento rápido, fi ável e cómodo; aces-

so a informação de saúde; esclarecimento de dúvidas sobre saúde.

Ainda mais importante, com a introdução deste novo Serviço, verifi ca-se

que os portugueses estão a ganhar em tempo, comodidade e capacidade

de gerir a sua própria saúde e de tomar as decisões mais adequadas, benefi -

ciando ao mesmo tempo de uma maior certeza nas decisões e conforto em

situações particularmente sensíveis, relacionadas com a sua saúde ou com

a dos seus familiares.

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Categoria 1

Serviço ao Cidadão

DGRHE – Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação

Nome do Projecto: Escola mais próxima do cidadão

Missão da Entidade:

Garantir a concretização

das políticas de desenvol-

vimento dos recursos hu-

manos de docentes e não

docentes, prestando-lhe o

respectivo apoio técnico-

normativo. Cabe-lhe ain-

da, exercer funções de gestão dos recursos humanos das escolas, sem

prejuízo das competências dos respectivos órgãos de gestão e das autar-

quias e, também, assegurar o serviço jurídico-contencioso decorrente da

prossecução da sua missão.

Descrição do Projecto:

A DGRHE materializa a sua actuação em linhas de intervenção prioritárias,

sempre direccionadas principalmente para a melhoria dos processos de in-

terface externos e internos e a qualifi cação dos recursos humanos, com vista

a atingir patamares de boas práticas, capazes de garantir a satisfação das ne-

cessidades dos nossos clientes em níveis de elevada qualidade, contribuindo

assim decisivamente para uma atitude moderna e concorrencial da nova Ad-

ministração Pública. Com o presente projecto, a

DGRHE apresenta de forma sistemática e compara-

tiva, a sua intervenção no processo de contratação

de docentes ao abrigo dos contratos de trabalho

na Administração Pública (Lei nº 23/2004), contri-

buindo decisivamente para o reforço da melhoria

da empregabilidade, da autonomia das escolas e da

celeridade na colocação de docentes, diminuindo

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o tempo de espera dos alunos pelo professor que não têm. O tempo ante-

riormente necessário para colocar o professor na sala de aula, era em média

22 dias úteis, sendo que actualmente são necessários apenas 10 dias úteis.

Benefícios do Projecto:

a) Efi cácia:

• Agilização e simplifi cação do procedimento;

• Aumento da transparência do processo;

• Desmaterialização de todo o procedimento;

• Reforço de uma perspectiva integrada e uniforme do processo;

• Adequação da selecção ao perfi l da necessidade;

• Divulgação simultânea com cobertura nacional da oferta de emprego;

• Potenciação da interacção de proximidade entre a escola e o cidadão;

• Simplifi cação do acesso à informação através de instrumentos de apoio;

• Criação de instrumentos seguros de prospecção para a boa planifi cação;

• Garantia da qualidade legal do contrato;

• Atribuição de autonomia à escola como entidade empregadora.

b) Autonomia:

• Autonomia na defi nição do perfi l;

• Autonomia na celebração do contrato.

c) Redução de custo

Para o cidadão:

• Supressão de custo de manuseamento processual;

• Supressão de custos de aquisição de jornais;

• Supressão de custos de consumíveis;

• Supressão de custos de porte do correio;

• Supressão de custos de transportes.

Para a escola:

• Supressão de custos de manuseamento processual;

• Supressão de custos de publicação de anúncio em órgão de informação;

• Redução de custos de contexto.

Para as Direcções Regionais:

• Supressão de custos de manuseamento processual;

• Supressão de custos de publicação de anúncio em órgão de informação;

• Redução de custos de contexto.

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Categoria 1

Serviço ao Cidadão

Nomeados

AMA – Agência para a Modernização Administrativa, IP

Nome do Projecto: Cartão de Cidadão

Missão da Entidade:

Identifi car, desenvolver e avaliar programas, projectos e acções de moder-

nização e de simplifi cação administrativa e regulatória, e promover, coorde-

nar, gerir e avaliar o sistema de distribuição de serviços públicos, no quadro

das políticas defi nidas pelo Governo.

Descrição do Projecto:

Para a realização do Cartão de Cidadão (CC), foi constituído um Conselho

Executivo, do qual fazem parte a Secretária de Estado da Modernização Ad-

ministrativa, o Secretário de Estado da Justiça e a Agência para a Moderni-

zação Administrativa, onde é realizada a direcção, o acompanhamento e o

controlo do projecto. Em todo o processo estiveram directamente envolvi-

dos na implementação tecnológica e processual deste projecto os organis-

mos DGCI, DGITA, ACSS, ARS, IIESS, ISS.

A iniciativa “Cartão de Cidadão” conduziu à criação de um documento físico

e electrónico que permite a identifi cação de Cidadãos portugueses e brasi-

leiros através de múltiplos canais de comunicação e Entidades. Em resumo,

o documento Cartão de Cidadão:

• Agrega vários documentos ofi ciais de identifi cação num único documen-

to: Bilhete de Identidade; Cartão de Contribuinte; Cartão de Benefi ciário

da Segurança Social; Cartão de Utente de Saúde; Cartão de Eleitor;

• Suporta de forma segura interacções electrónicas do Cidadão com Enti-

dades públicas e privadas;

• É um catalisador de outras iniciativas de desmaterialização e simplifi ca-

ção dos processos.

O primeiro desafi o ultrapassado pelo projecto consistiu em demonstrar que

a concepção de um Cartão de Cidadão, com a necessária agregação de infor-

mação proveniente de várias Entidades, era possível sem colocar em risco os

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direitos à protecção dos dados pessoais dos Cidadãos. Paralelamente, anali-

saram-se também os processos de emissão dos documentos a substituir pelo

Cartão de Cidadão, bem como dos principais sistemas de informação que

com eles interagiam nas Entidades correspondentes. Esta análise permitiu a

concepção de um modelo de Cartão alinhado com os principais standards

internacionais e com as recomendações da União Europeia, sem descurar as

necessidades específi cas do processo de identifi cação nas várias Entidades

envolvidas e as exigências da Constituição da República Portuguesa.

O Cartão de Cidadão apresenta-se como um smartcard com capacidade de

armazenamento de informação e de processamento criptográfi co, assegu-

rando os mais elevados padrões de segurança na protecção física e electró-

nica do documento e dados nele contidos.

Como suporte à viabilidade do projecto foram realizados outros estudos, de

entre os quais, o levantamento dos requisitos funcionais e técnicos da emis-

são e gestão dos cartões; o modelo de Governance; e a análise de valor e de

viabilidade fi nanceira do projecto e respectivo modelo de negócio.

Benefícios do Projecto:

O projecto Cartão de Cidadão constitui um factor de desenvolvimento que

potencia a prossecução das orientações nacionais no domínio da Sociedade

da Informação e posiciona Portugal na vanguarda dos processos de identifi -

cação electrónica a nível internacional.

O titular de um Cartão de Cidadão encontra-se dotado de um instrumento

que lhe permite identifi car-se e interagir, física e electronicamente, com di-

versas Entidades de uma forma simples e segura, constituindo-se como uma

mais-valia na promoção da melhoria e efi cácia dos serviços prestados.

Para além da sua utilização presencial, o documento permite uma utiliza-

ção remota, pela utilização dos certifi cados de Autenticação e de Assinatura

Electrónica Qualifi cada e pelo mecanismo de OTP (One-Time-Password),

residentes no microchip do Cartão. Desta forma, um Cidadão pode auten-

ticar-se de forma segura num sítio da Internet ou telefonicamente e assinar

electronicamente documentos com valor legal. O Cartão pode também ac-

tuar como um veículo de acesso e transmissão de informação através da

leitura da informação residente no microchip.

Tudo isto traduz em maior comodidade, simplicidade e redução de custos, tanto

para o Cidadão como para o Estado e Entidades que interajam com o documento.

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Categoria 1

Serviço ao Cidadão

Município de Albergaria-a-Velha

Nome do Projecto: Projecto SAL Online, Serviços Autárquicos Locais Online

Missão da Entidade:

Tornar os serviços autárquicos mais efi cientes e efi cazes e disponibilizá-los

aos munícipes através da Internet.

Descrição do Projecto:

O Projecto SAL Online – Serviços Autárquicos Locais Online – enquadrou-

se no Programa Aveiro Digital 2003/2006 e envolveu cinco Municípios:

Albergaria-a-Velha, Aveiro, Mira, Murtosa e Ovar que, no início, partilhavam

apenas o fornecedor de aplicações informáticas, mas que evoluiu para um

projecto que pretendeu e pretende deixar marcas nas organizações.

O Projecto visa a utilização da tecnologia e a formação de pessoas, com

objectivo de prestar um serviço ao munícipe de qualidade. Dele resultaram

dois portais: um portal intranet, destinado a agregar serviços para colabo-

radores e para atendimento ao público, e um portal Internet, destinado a

fornecer serviços em regime de self-service. Estes portais, na verdade, tra-

duzem-se em cinco versões distintas de acordo com a identidade própria de

cada um dos municípios envolvidos.

A metodologia do projecto foi baseada na reengenharia de processos,

uniformizando formulários e procedimentos entre os cinco municípios.

Criaram-se manuais de atendimento das áreas prioritárias no Atendimento,

integraram-se aplicações informáticas existentes numa plataforma única e

implementou-se a Gestão Documental.

A fi losofi a adoptada permite envolver gradualmente outras entidades públi-

cas (Juntas de Freguesias, Associações, Conservatórias, entre outras).

Benefícios do Projecto:

O sucesso do projecto foi reconhecer nas pessoas o elemento fundamental

para a mudança estrutural e reengenharia de processos de forma a tornar os

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serviços autárquicos mais efi cientes e efi cazes e disponibilizá-los aos muní-

cipes através da Internet.

Os benefícios do Projecto SAL Online podem ser vistos de duas formas:

a) Internos

• Aquisição de hardware adequado e software de gestão corrente dos

diversos serviços da Câmara;

• Formação e qualifi cação dos colaboradores nas diversas aplicações in-

formáticas de forma a obter-se informação actualizada e disponível;

• Harmonização de procedimentos e formulários;

• Implementação da gestão documental de forma a obter uma visão inte-

grada da relação com os munícipes;

• Através da Internet e da intranet é potenciada e facilitada a partilha de

informação entre os diferentes serviços; a disponibilização de informa-

ção de gestão; e a obtenção dos sistemas de controlo das tarefas a exe-

cutar, alertas e notifi cações.

• Maior efi ciência dos Serviços Autárquicos que se traduz na redução de

tempo e recursos;

• Maior qualidade do planeamento e da gestão que se traduzirá em indica-

dores de estabilidade dos serviços.

b) Externos

• A implementação da gestão documental diminuiu o tempo de resposta

às solicitações dos munícipes; identifi ca com rigor o estado e a forma de

tratamento dos processos dos munícipes; fornece a informação neces-

sária e em tempo útil a todos os intervenientes;

• A implementação de uma plataforma única integrada (Intranet e Inter-

net) possibilita o acesso a um único ponto onde se possam preencher,

submeter e validar formulários, bem como aceder a aplicações de su-

porte (ex: Guias de Receita, Emissão de Plantas de Localização, etc.);

permite a utilização de diferentes canais de comunicação; personaliza a

informação fornecida ao munícipe;

• Maior efi ciência dos Serviços Autárquicos que se traduz na redução do

tempo e do ciclo médio dos processos;

• Maior qualidade da informação que se traduzirá na redução do atendi-

mento presencial.

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Categoria 1

Serviço ao Cidadão

Câmara Municipal de Pombal

Nome do Projecto: Fórum Munícipe

Missão da Entidade:

É missão da Câmara Municipal de Pombal garantir:

A contínua melhoria da qualidade dos serviços prestados a cidadãos, empre-

sas e entidades, de encontro às suas necessidades e expectativas, no quadro

das competências municipais e no cumprimento integral da legislação;

A utilização efi caz, efi ciente e coerente dos recursos públicos sob sua admi-

nistração;

A simplifi cação, a modernização e a inovação dos serviços técnico admi-

nistrativos, com vista a agilizar a capacidade de resposta e os processos de

tomada de decisão;

A responsabilização, motivação, dignifi cação e valorização profi ssional dos

seus colaboradores;

A contribuição para o desenvolvimento económico, social e cultural do

Concelho, da Região e da Sociedade em geral, de forma racional e ambien-

talmente sustentável.

Descrição do Projecto:

O Fórum Munícipe é um projecto que visou a criação de uma plataforma

de atendimento única, sob a forma de prestação de serviços generalistas

(Balcão Único). É constituído por dois espaços físicos, onde é prestado um

tipo de atendimento generalista, em horário contínuo das 09:00h às 16:30h,

com os seguintes assuntos: Urbanização e Edifi cação, Fiscalização Munici-

pal, Águas, Saneamento, Lixos e Taxas e Licenças e Outros.

No mesmo Balcão, o cidadão pode resolver todos os assuntos com a autarquia,

o que, anteriormente, poderia obrigar a deslocações a vários edifícios distintos.

Benefícios do Projecto:

Elencam-se como benefícios qualitativos associados ao projecto Fórum Mu-

nícipe, os seguintes:

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• Flexibilização do atendimento (Balcão Único), evitando a deslocação

física a vários edifícios para tratar os assuntos;

• Horário contínuo das 09:00H às 16:30H;

• Uniformização da função atendimento, com a utilização de uma ferra-

menta única (B@M);

• Aumento da satisfação dos clientes;

• Ganhos de efi ciência no processamento dos pedidos - a informação cir-

cula em formato digital;

• Redução nos tempos de resolução dos pedidos;

• Possibilidade de medir indicadores de desempenho globais e por assun-

to: número de atendimentos, tempos médios de espera, tempos médios

de atendimento;

• Poupança de €50.500/ano em Recursos Humanos: libertação de 3 fun-

cionários (23%) com impacto no custo do atendimento por funcionário

– reduziu-se de €4,37 para €3,36, por atendimento;

• Redução de encargos com instalações em 12,5%, correspondente

a €1.600 ano;

• O nº de atendimentos atendedor/dia cresceu de 16 para 49, e o tempo

dedicado a essa função aumentou de 44% para 93%;

• Redução do tempo global de atendimento de 21m para 16m (23%);

• Redução dos tempos de espera de 17m para 12m (29%).

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Categoria 1

Serviço ao Cidadão

Câmara Municipal de Santarém

Nome do Projecto: Reestruturação e Modernização do Departamento de Gestão Urbanística e Ambiente (DGUA) no âmbito do licenciamento

Missão da Entidade:

Prestação de serviços no âmbito do Regime Jurídico da Urbanização e

Edifi cação.

Descrição do Projecto:

No âmbito da reestruturação do Departamento de Gestão Urbanística e Ambien-

te (DGUA) foram analisados os serviços prestados e as carências existentes, ao

nível dos meios humanos e dos meios logísticos. Diagnosticaram-se diversos pro-

blemas que comprometiam o seu desempenho e a imagem junto do munícipe,

nomeadamente a ausência da defi nição de um workfl ow para cada pretensão

e respectiva adequação das ferramentas de trabalho e dos recursos internos. A

consequência era o incumprimento dos prazos legais, a ausência de responsa-

bilização efectiva dos funcionários e a personalização dos postos de trabalho.

Constatou-se a existência de duas realidades: a dos processos físicos e a registada

na plataforma informática existente (SPO), que impedia a monitorização dos pro-

cessos ao nível do cumprimento dos prazos legais e da efi cácia administrativa.

Num trabalho de cerca de 10 meses, defi niram-se 3 linhas estratégicas orien-

tadoras: Efi ciência, Efi cácia e Transparência. Procedeu-se à identifi cação de

todas as pretensões urbanísticas, com o respectivo workfl ow, atribuindo-

se por etapa a competência de um órgão específi co e a imputação de um

prazo imperativo de decisão, constante da criação de um manual de proce-

dimentos interno. Foram eliminadas etapas e introduzidas algumas inova-

ções. Procedeu-se à desburocratização de procedimentos administrativos,

como a assinatura nos actos de mero expediente ou de comunicação, que re-

duziu o prazo entre a notifi cação e o próprio acto dispositivo. Defi nidos os

circuitos, foi necessário adaptar o SPO a esta nova realidade, implementando

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um sistema de alerta para o órgão Monitorização, criado para acompanhar o

processo desde a sua entrada até à resolução fi nal, garantindo assim o cumpri-

mento dos prazos legais. Houve um esforço de adequação dos funcionários às

suas funções, bem como, a redução do tempo de apreciação, numa relação

que se procura efi caz e transparente. A garantia do cumprimento dos prazos

legais pelos órgãos internos, e o controle dos prazos das entidades externas,

originou uma redução dos tempos de resposta aos pedidos de licenciamento/

autorização administrativa. A disponibilização ao munícipe da possibilidade de

consulta on-line do seu processo, controlando os prazos e identifi cando o ór-

gão e fase em que se encontram, traduziu-se numa importante ferramenta de

controlo externo e na responsabilização pública dos funcionários, que contri-

bui para a transparência administrativa, aumentando os índices de satisfação de

atendimento ao munícipe. Uma das mais-valias deste projecto foi a integração

no atendimento de um técnico superior que fornece ao munícipe informações

e esclarecimentos, na hora, sobre normativos regulamentares e planos munici-

pais em vigor, identifi cação e instrução das suas pretensões, aconselhamento

técnico, entre outros. Esta inovação permite o saneamento liminar à entrada

do processo, corrigindo-o e impedindo a sua entrada no sistema, caso este não

esteja bem instruído ou não existam condições para a sua aprovação.

Benefícios do Projecto:

Os benefícios do projecto traduziram-se em boas práticas, transparência e ino-

vação. O objectivo cumpriu-se com a aproximação ao munícipe através da sim-

plifi cação dos procedimentos, com vista a uma maior efi ciência e celeridade

na resposta às suas pretensões. O plano de controlo de prazos associado aos

novos circuitos de procedimentos conseguiu, em 2007, a média actual de 28

dias para decisão da arquitectura contra 45 dias em 2006, 60 dias em 2005 e

164 dias em 2004, perante uma média de entrada de 700 processos por ano.

Das cerca de 60 minutas de requerimentos usados, passou a disponibilizar-se 37

minutas uniformizadas e optimizadas, disponíveis online para preenchimento

em suporte digital.

Também online os munícipes passam a poder consultar com fi delidade o anda-

mento do seu processo e podem consultar o Guia do Munícipe que lhes dará

resposta sobre a instrução das suas pretensões e respectivos requerimentos.

O grau de satisfação do munícipe superou todas as expectativas tendo atingido

mais de 75% com a classifi cação de “Bom” nos inquéritos efectuados.

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Categoria 1

Serviço ao Cidadão

Câmara Municipal do Seixal

Nome do Projecto: Espaço Cidadania – Pacto Territorial para o Diálogo Intercultural do Seixal

Missão da Entidade:

Defi nir estratégias e linhas orientadoras para o desenvolvimento sustentável

do Município, contribuindo para a afi rmação da importância e competiti-

vidade do mesmo no quadro da região e do país, através da execução de

medidas e de programas nas diferentes áreas da sua competência e promo-

vendo a qualidade de vida dos seus munícipes, em diálogo constante com

as instituições e os diferentes agentes de intervenção local.

Descrição do Projecto:

O Espaço Cidadania é um projecto de promoção da cidadania e do diálogo

intercultural especialmente vocacionado para apoiar a integração da popu-

lação migrante (imigrante/emigrante) e das comunidades culturais. São ob-

jectivos deste projecto: facilitar a integração na sociedade portuguesa dos

migrantes e dos grupos étnicos (acolhimento dos cidadãos imigrantes que

se fi xam no concelho e apoio no regresso a Portugal dos cidadãos portu-

gueses); desenvolver uma parceria efectiva e dinâmica que articule a inter-

venção integrada dos agentes locais contribuindo para potenciar sinergias,

competências e recursos a nível local, envolvendo toda a sociedade no aco-

lhimento das populações migrantes e grupos étnicos; reforçar a consciência

social e a responsabilidade partilhada dos indivíduos e das organizações;

promover mecanismos facilitadores da inserção dos destinatários no mer-

cado de trabalho e na sociedade; dinamizar espaços de refl exão conjunta,

discussão e debate, de forma a facilitar um maior conhecimento dos proble-

mas e procura de soluções.

O Espaço Cidadania tem por base uma forte parceria com o Alto Comis-

sariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, Instituto de Emprego e

Formação Profi ssional, Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comu-

nidades Portuguesas e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, bem como a

articulação em rede dos recursos locais existentes, por forma a facilitar a

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40

integração destes utentes em todas as dimensões da vida municipal (acesso

ao ensino, serviços de saúde, mercado de trabalho e regularização da sua

situação migratória).

O serviço funciona diariamente e é composto por uma equipa técnica que

assegura as seguintes valências: atendimento e acolhimento de imigrantes

através do fornecimento de informação relativa a cada situação; organização

de processos de regularização de imigrantes, pedidos de nacionalidade por-

tuguesa, reagrupamento familiar, vistos, registo dos cidadãos da união euro-

peia, inscrições nas provas de conhecimento de português e emissão de cer-

tifi cados e aconselhamento jurídico; apoio à inserção sócio-profi ssional dos

utentes; encaminhamento dos utentes para formação profi ssional, cursos de

reconhecimento e validação de competências, cursos de língua portuguesa

certifi cados pelo ME; promoção de iniciativas de sensibilização e acções de

formação sobre temáticas de interesse ao nível da interculturalidade, lei de

estrangeiros, entre outros; promoção e apoio ao associativismo imigrante;

dinamização de intercâmbios com os países de origem dos imigrantes, atra-

vés do site do projecto Povos Culturas e Pontes, www.cm-seixal.pt/povos-

culturasepontes/.

Benefícios do Projecto:

O principal benefício deste projecto evidencia-se na existência a nível ter-

ritorial de uma estrutura de funcionamento em rede, que garante uma

resposta efectiva ao nível das diversas dimensões da integração dos imi-

grantes e comunidades culturais.

No Espaço Cidadania foram efectuados, até Junho de 2007, 7883 aten-

dimentos, sobre emprego, migrações, apoio social e jurídico, dos quais

resultaram 2289 processos de regularização e pedidos de nacionalidade.

No total, 515 utentes contactaram o projecto para esclarecimento de dú-

vidas.

Ao nível do emprego, foram informados sobre cursos profi ssionais exis-

tentes 55 utentes, tendo sido dada informação individual sobre técnicas

de procura de emprego a 1414 utentes e realizadas 15 sessões de grupo

sobre o mesmo tema. Foram encaminhados para cursos de formação pro-

fi ssional e reconhecimento de competências 164 e colocados no mercado

de trabalho 300. Alargou-se a bolsa de emprego a 36 empresas, poten-

ciais empregadoras. Registaram-se 3534 apresentações quinzenais de bene-

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41

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

fi ciários de subsídio de desemprego. Foram também inscritos 151 utentes

em cursos de formação escolar, promovidos pelas escolas secundárias do

Concelho em regime pós-laboral num trabalho conjunto.

Dinamizaram-se acções de sensibilização e informação sobre a lei da nacio-

nalidade para cerca de 25 instituições locais que trabalham com público

imigrante. Dinamizaram-se Acções sobre Mitos e Factos sobre Imigração e

Interculturalidade, dirigido a professores, técnicos municipais e IPSS’s lo-

cais, que teve a participação de 60 formandos. Foram efectuados 88 aten-

dimentos de aconselhamento jurídico. No âmbito de um questionário de

avaliação anónimo efectuado aos utentes do Espaço Cidadania, 97,2% dos

inquiridos consideraram o serviço “Muito Bom” e “Bom” e 97,4% referiram

que o iriam recomendar a outras pessoas.

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42

DGAIEC – Direcção-Geral das Alfândegas

e dos Impostos Especiais sobre o Consumo

e DGITA – Direcção-Geral de Informática e Apoio

aos Serviços Tributários e Aduaneiros

Nome do Projecto: Sistema de Tratamento Automático da Declaração Aduaneira de Exportação

Missão da Entidade:

Exercer o controlo da fronteira externa comunitária e do território adua-

neiro nacional, para fi ns fi scais, económicos e de protecção da sociedade,

designadamente no âmbito da cultura da segurança e saúde públicas, bem

como administrar os impostos indirectos que lhe estão cometidos, de acor-

do com as políticas defi nidas pelo Governo e nos termos do disposto na

legislação comunitária.

Descrição do Projecto:

Situação de partida: exportação assente na entrega de uma declaração em

papel e em procedimentos totalmente manuais.

O Sistema de Tratamento Automático da Declaração Aduaneira de Exporta-

ção (STADA - Exportação) foi desenvolvido para que a declaração aduaneira

possa ser entregue e tramitada em formato electrónico e possa ser desmate-

rializada, ou seja, constitua uma declaração electrónica sem papel.

A solução tecnológica foi concebida em Java para sistema operativo UNIX -

Solaris, sobre servidor aplicacional Weblogic e Base de Dados Oracle, com

Interface Web nas componentes de interacção com o utilizador. Utiliza Web

Services na interacção com os outros sistemas aduaneiros.

Todo o circuito da declaração, desde o envio ao arquivo, é controlado com

recurso à componente de Workfl ow do Weblogic proporcionando uma in-

tegração completa entre os procedimentos executados pelos operadores e

as necessárias intervenções dos funcionários aduaneiros.

Para facilitar o acesso dos operadores económicos ao sistema aduaneiro

para cumprimento das suas obrigações declarativas no âmbito dos movi-

mentos de exportação, foram disponibilizados diferentes canais de comu-

nicação para apresentação das declarações aduaneiras. Por isso, o sistema

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43

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

implementado teve soluções diferenciadas de forma a dar uma resposta

mais apropriada ao carácter heterogéneo do universo desses operadores.

Nos casos em que a mercadoria é declarada em Portugal e sai do Território

Aduaneiro Comunitário para outro Estado Membro, o STADA-Exportação

envia a informação considerada necessária ao controlo da saída efectiva à

respectiva Administração Aduaneira através da rede de comunicações co-

munitária (CCN/CSI).

Desta forma, a Estância Aduaneira de Saída sabe, com antecedência, as mer-

cadorias que deverão sair pela sua área de jurisdição, pelo que poderá decidir

antecipadamente, por aplicação de critérios de análise de risco e em função

dos recursos disponíveis, quais os procedimentos de controlo a aplicar.

Na sequência da saída das mercadorias ou da sua proibição de deixar o

Território Aduaneiro da Comunidade, a Estância Aduaneira de Saída envia

à Estância Aduaneira de Exportação os dados relativos à saída incluindo o

resultado do controlo.

Por sua vez, a Estância Aduaneira de Exportação, através do sistema, notifi -

ca o operador da certifi cação de saída, informação que este necessita para

efeitos de prova da exportação, junto das autoridades de controlo do IVA, e

que lhe confere o direito à isenção daquele imposto.

Benefícios do Projecto:

Os benefícios obtidos com o sistema STADA-EXP podem sistematizar-se em

quatro grandes níveis:

a) Para o cidadão/operador económico/exportador:

Maior celeridade no processo de desalfandegamento das mercadorias; dis-

ponibilidade de serviços durante 24 horas todos os dias do ano, em todo

o território nacional; desenvolvimento das tecnologias de informação por

via de uma maior integração dos sistemas de informação dos agentes eco-

nómicos com a administração aduaneira; comodidade e redução de custos

por via da diminuição do número de deslocações aos serviços aduaneiros;

menor dispêndio de tempo com as actividades administrativas de exporta-

ção; dispensa de aquisição de impressos; concentração acrescida para acti-

vidades de maior valor económico; maior transparência e uniformidade de

critérios no funcionamento dos serviços; favorecimento de uma concorrên-

cia mais sã, leal e justa entre todos os operadores.

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44

b) Para a administração aduaneira:

Melhoria da imagem; celeridade na obtenção de informação, com qualidade

acrescida; maior capacidade de direccionar os controlos para as situações

de maior risco em termos de prevenção e repressão da fraude aduaneira e

fi scal; redução dos volumes em arquivo físico; melhor rentabilização dos

activos; melhoria da qualifi cação dos recursos humanos em tecnologias de

informação e comunicação; possibilidade de cruzamento de dados entre

sistemas de informação da administração pública; deslocalização dos con-

trolos das declarações das estâncias de saída para as de residência dos ope-

radores.

c) Para outras entidades da administração pública portuguesa e comunitária:

INE e IFAP – Celeridade na obtenção da informação, com qualidade acresci-

da, redução de erros de recolha e diminuição de encargos;

Administrações Aduaneiras dos países da União Europeia – Celeridade na

certifi cação de saída das mercadorias por qualquer ponto do território adu-

aneiro comunitário (ECS) por via da integração de sistemas.

d) Para a sociedade em geral:

Estímulo ao aumento da competitividade das empresas e da economia na-

cional em contexto aberto e globalizado; contributo para um desenvolvi-

mento mais harmonioso do país, sob ponto de vista regional, por via da

deslocalização dos controlos das declarações das estâncias de saída do ter-

ritório aduaneiro comunitário para as estâncias da área de residência dos

operadores económicos.

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45

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

DGCI – Direcção Geral dos Impostos

e DGITA – Direcção-Geral

de Informática e apoio

aos Serviços Tributários e Aduaneiros

Nome do Projecto: Pré-preenchimento das declarações do IRS

Missão da Entidade:

A DGCI tem por missão assegurar a administração dos impostos sobre o ren-

dimento, sobre a despesa e sobre o património e de outros tributos que lhe

sejam atribuídos por lei. À DGITA incumbe apoiar, no domínio dos sistemas e

tecnologias de informação, a DGAIEC – Direcção-Geral das Alfândegas e dos

Impostos Especiais sobre o Consumo e a DGCI – Direcção-Geral dos Impos-

tos.

Descrição do Projecto:

O projecto do pré-preenchimento da declaração de IRS entregue via Inter-

net consiste no preenchimento das declarações de rendimentos antes da

sua disponibilização aos contribuintes, podendo ser já aplicável ao univer-

so total das mesmas, a serem apresentadas anualmente, na ordem das 4,5

milhões. Para atingir este objectivo a DGCI teve de desenvolver e coordenar

um conjunto signifi cativo de tarefas, nomeadamente:

a) Identifi car a informação que é preenchida pela maioria dos contribuin-

tes e que é passível de ser obtida de forma automática;

b) Assegurar a existência atempada, nos sistemas de informação da DGCI,

da informação necessária ao correcto preenchimento dos campos em

questão;

c) Alterar o sistema de entrega de Declarações via Internet de modo a ser

possível passar a apresentar os campos pré-preenchidos;

d) Promover uma campanha de comunicação e divulgação do serviço jun-

to dos cidadãos.

Este processo constitui uma boa prática que, replicada nos diversos contac-

tos com os contribuintes, diminuirá signifi cativamente os custos de cumpri-

mento, conduzindo assim a uma maior qualidade no serviço prestado.

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Benefícios do Projecto:

a) Principais benefícios para o Cidadão:

• Maior facilidade no preenchimento por dispensa da digitação de valores;

• Diminuição de erros e consequentes correcções;

• Menos tempo gasto no cumprimento da obrigação fi scal (maior efi ciência);

• Eliminação de divergências, reduzindo a necessidade dos contribuintes se

deslocarem aos Serviços de Finanças para prestar esclarecimentos;

• Maior celeridade no processo de reembolso;

• Aumento da confi ança do contribuinte na Administração Fiscal através da

transparência demonstrada.

b) Benefícios para a Administração Fiscal:

• Diminuição dos erros de preenchimento dos contribuintes e respectivos

custos de correcção;

• Diminuição do esforço de controlo à posteriori dos valores declarados

pelos contribuintes, libertando recursos para outras tarefas de maior va-

lor acrescentado;

• Aumento da qualidade da informação prestada por terceiros, através da

melhoria do processo de cruzamento de informações;

• Desincentivo à evasão, aumentando a receita;

• Incentivo ao cumprimento voluntário, gerando maior justiça fi scal;

• Redução do contencioso;

• Aumento do recurso à Internet, como consequência natural da maior sa-

tisfação dos contribuintes;

• Transparência na disponibilização de informação, com conhecimento

dos valores a declarar em cada campo, fazendo aumentar a confi ança dos

contribuintes;

Além destes benefícios qualitativos, são de referir alguns dados quantitativos

que demonstram o sucesso deste projecto:

• 91% dos campos pré-preenchidos foram aceites como correctos pelos

contribuintes, não sendo necessária nenhuma alteração;

• A adesão à entrega via Internet, passou de 2,27 milhões de declarações

de IRS entregues em 2006 para 2,93 milhões em 2007, representando um

crescimento de cerca de 30%;

• 88% dos utilizadores do sistema das Declarações Electrónicas, que englo-

ba a entrega do IRS, considera o serviço “Bom” ou “Muito Bom”.

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47

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

DGRHE – Direcção Geral dos Recursos Humanos

Nome do Projecto: Upgrade no Serviço ao Cidadão – Recurso Hierárquico Instruído

Missão da Entidade:

Garantir a concretização das políticas de desenvolvimento dos recursos hu-

manos de docentes e não docentes, prestando-lhe o respectivo apoio técni-

co-normativo. Cabe-lhe ainda, exercer funções de gestão dos recursos huma-

nos das escolas, sem prejuízo das competências dos respectivos órgãos de

gestão e das autarquias e, também, assegurar o serviço jurídico-contencioso

decorrente da prossecução da sua missão.

Descrição do Projecto:

Com esta candidatura, a DGRHE apresenta de forma sistemática e compara-

tiva, um projecto de arrojado cunho jurídico, traduzido em elevados ganhos

para o cidadão, seu destinatário.

No ano de 2006, esta Direcção-Geral apostou no lançamento nacional do re-

curso electrónico com assinatura digital certifi cada, designado por Recurso

Instruído, constituindo um verdadeiro “upgrade” nos processos de interface

interno e externo, com a utilização de uma plataforma electrónica amigável

de acessibilidade simplifi cada para o cidadão recorrente e para a Administra-

ção. O uso da assinatura electrónica certifi cada no despacho sucessivo, di-

minui consideravelmente os tempos gastos em todo o percurso processual,

dando a conhecer ao cidadão a resposta à sua pretensão impugnatória duma

forma mais rápida, transparente, integrada, de acesso simples em apenas

6 dias, em contraposição aos 30 dias até então necessários.

Benefícios do Projecto:

a) Inovação

• Primeira ferramenta electrónica disponibilizada pela Administração Pú-

blica para o Recurso Hierárquico;

• Percurso processual totalmente electrónico;

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• Despacho electrónico com assinatura certifi cada;

• Auto-notifi cação do recorrente, feita no primeiro momento da consulta

electrónica à análise jurídica e respectivo despacho.

b) Simplicidade

• Acesso simples à plataforma com uso da palavra-chave pessoal de cliente

para aceder às aplicações electrónicas da DGRHE;

• Utilização de um formato de identifi cação pessoal automaticamente pre-

enchido e de texto corrido, obedecendo às regras processuais, dispondo

de instruções integradas e complementadas pelo manual do utilizador,

igualmente de formato electrónico;

• Autonomia no preenchimento, permitindo ao recorrente plena liberdade

na formulação do seu recurso, sem recorrer a apoio jurídico externo;

• Fácil correcção permitida por gravações sucessivas até à sua submissão.

c) Segurança

• Formatação segura, evitando a rejeição liminar da apreciação por razões

de natureza formal;

• Cumprimento dos prazos processuais, evitando riscos de extempora-

neidade;

• Encaminhamento correcto e imediato para o órgão competente para

apreciação e decisão.

d) Efi cácia

• Celeridade processual;

• Transparência do processo;

• Relacionamento mais amigável e de maior proximidade entre a Admi-

nistração e o Recorrente.

e) Redução de Custos para o cidadão e para a administração

• Cidadão - Redução de custos de apoio jurídico, supressão de custos de

papel, transportes e portes de correio, supressão dos riscos de má utili-

zação processual, supressão dos riscos de percurso;

• Administração – Diminuição signifi cativa dos custos de contexto, su-

pressão do espaço físico de arquivo.

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49

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

IAPMEI – Instituto de Apoio

às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, IP

Nome do Projecto: Programa-Quadro INOFIN

Missão da Entidade:

O IAPMEI é o principal instrumento das políticas económicas direccionadas

para as micro, pequenas e médias empresas dos sectores industrial, comer-

cial, de serviços e construção, cabendo-lhe agenciar condições favoráveis

para o reforço do espírito e da competitividade empresarial.

Descrição do Projecto:

O Programa-Quadro INOFIN prossegue a dupla fi nalidade de proporcionar

aos Cidadãos Empreendedores e PME uma efectiva vantagem no acesso ao

fi nanciamento e contribuir para a qualidade e sustentabilidade dos projec-

tos empresariais.

Confrontando a visão parcelar por parte dos agentes institucionais com

responsabilidades no prosseguimento do interesse colectivo, normalmen-

te geradores de iniciativas sobrepostas e dispersas, a matriz estratégica em

que assenta o INOFIN confere consistência lógica à intervenção do Estado,

nomeadamente:

• Ao estabelecer um enquadramento para os instrumentos públicos, que

intervém ao nível do capital e da dívida, obedecendo a princípios de

racionalidade económica e de consistência na defi nição das fronteiras

entre as funções de operador público e de promotor do desenvolvimen-

to dos diferentes segmentos do mercado;

• Ao potenciar a capacidade fi nanceira e operacional disponível no merca-

do, promovendo a efi ciência da intermediação bancária, por via da garan-

tia mútua e titularização de créditos, e contribuindo para alargar a oferta

de capital mediante o estímulo às redes de business angels, aos agentes

de transferência de tecnologia, aos mercados secundários e à angariação

de novos recursos e operadores para o sector do capital de risco;

• Ao estruturar três programas de intervenção operacionais (FINICIA,

FINCRESCE e FINTRANS) em função do perfi l de necessidades das em-

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presas, suportados em valências multidisciplinares aportáveis por um

leque diversifi cado de agentes da esfera pública, para-pública e privada

– por exemplo, capital e dívida, sistemas de incentivos, reforço da capa-

cidade de desempenho e das competências de gestão.

Estão mobilizados na operacionalização dos programas do INOFIN as

instituições bancárias e a respectiva rede de 5000 agências, todas as uni-

versidades e institutos politécnicos, estruturas tecnológicas e incubado-

ras, agências de desenvolvimento regional e autarquias, prestadores de

serviços especializados, investidores de capital de risco e outros inter-

mediários fi nanceiros.

Sinaliza-se ao mercado formas de prosseguir desígnios nacionais como o

empreendedorismo, a criação de emprego, a coesão do território, o de-

senvolvimento sustentável, a sociedade do conhecimento e a globalização;

também no plano estritamente empresarial, a inovação, a produtividade, o

crescimento, o redimensionamento, a reestruturação, as competências de

gestão e a sucessão geracional.

Benefícios do Projecto:

Potenciou-se a capacidade previamente instalada no mercado e favoreceu-

se o surgimento de novos operadores especializados que completam a ofer-

ta disponível e promoveu-se a activação de redes de parceria institucional

necessárias para reduzir custos de transacção ou proporcionar funcionalida-

des complementares, para melhoria do perfi l do risco das empresas.

Na relação com as empresas releva-se a dezena de milhares de operações

com recurso à garantia mútua, titularização de créditos ou capital de risco,

a adesão ao Programa FINCRESCE de duas mil PME Líder, das quais sete-

centas concluíram a fase de diagnóstico apoiadas em ferramentas de ben-

chmarking, e os duzentos negócios emergentes aprovados no Programa

FINICIA.

As soluções enquadradas no INOFIN revelam-se instrumentais no prossegui-

mento das políticas de diferentes áreas do Governo, concretamente os Mi-

nistérios com a tutela das Finanças, Indústria, Comércio, Serviços, Turismo,

Construção, Agricultura, Ciência e Tecnologia.

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51

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

Instituto Geográfi co do Exército

Nome do Projecto: Acesso a informação geográfi ca através de serviços web

Missão da Entidade:

Prover com informação geográfi ca os outros ramos das Forças Armadas e a

comunidade civil, assegurando a execução de actividades relacionadas com

a ciência geográfi ca, a técnica cartográfi ca e a promoção e desenvolvimen-

to de acções de investigação científi ca e tecnológica, no domínio do apoio

geográfi co e da geomática.

Descrição do Projecto:

O projecto ‘Acesso a informação geográfi ca através de serviços web’ insere-

se no contexto da implementação da Infra-estrutura Geoespacial do Exér-

cito (sistema integrado e operacional que permite às Forças Armadas, ao

Exército e à comunidade civil, funcionalidades de visualização, exploração

e análise de informação geoespacial). Assente numa Base de Dados Geográ-

fi ca em formato digital, a Infra-estrutura Geoespacial do Exército, visa apoiar

os utilizadores, nas diversas situações em que se encontrem (online com

ligação à Internet/intranet ou offl ine), com a informação e os serviços de

carácter geoespacial de que necessitam.

Os Serviços Web são uma tecnologia utilizada na integração de diferentes sis-

temas, permitindo que aplicações e sistemas desenvolvidos em diferentes pla-

taformas e ambientes possam interagir; utilizam as normas XML (eXtensible

Markup Language) para representação e estruturação dos dados (formato de

transferência dos dados), SOAP (Simple Object Access Protocol) para codifi -

cação das chamadas e parâmetros de entrada e saída (encapsular os dados) e

o http (Hyper Text Transport Protocol) como protocolo de transporte. Resu-

midamente, utilizando tecnologias baseadas na Internet, é possível o acesso a

diferentes sistemas promovendo a sua interoperabilidade e integração.

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52

Inserindo-se no contexto da Infra-estrutura Geoespacial do Exército (infra-

estrutura esta que se insere na doutrina de Network Enablad Warfare em

que se promove a ligação em rede com vista a melhorar a partilha de infor-

mação, e desta forma aumentar a capacidade de resposta das forças milita-

res), esta tecnologia foi implementada no IGeoE, constituindo-se como uma

alternativa a formas mais tradicionais de distribuição de informação geográ-

fi ca (envio de CDs, por exemplo) e que se espera vir progressivamente a

ganhar importância em detrimento destas.

Através desta tecnologia, utilizadores militares e público em geral, têm

acesso on-line à informação geográfi ca produzida pelo IGeoE (seja esta in-

formação de acesso gratuito, seja informação objecto de licenciamento via

contratual), de forma mais simples, cómoda, segura, compatível com outros

sistemas e com a vantagem adicional de redução de custos para os utiliza-

dores e para o IGeoE.

Benefícios do Projecto:

O projecto apresenta os benefícios decorrentes de um serviço online, como

disponibilidade 24h x 7 dias por semana e a ubiquidade.

Adicionalmente, os serviços web implementados proporcionam benefícios

como:

• Simplicidade: é necessária apenas a utilização do protocolo http, sendo

o acesso efectuado através da invocação de uma simples URL;

• Interoperabilidade, uma vez que estes serviços estão disponíveis para

uma grande variedade de aplicações, em particular os serviços basea-

dos em normas OGC (Open GIS Consortuim), nomeadamente os WMS

(Web Map Service) e os WFS (Web Feature Service);

• Segurança dos dados, uma vez que os serviços web se constituem como

uma camada adicional de software, entre o utilizador e os dados, evitan-

do o acesso directo a estes;

• Disponibilização online da cartografi a, de uma forma mais simples, a

preços mais acessíveis e com a vantagem adicional de libertar o cliente

dos custos e da gestão da actualização da cartografi a. Adicionalmente

permite também poupanças ao IGeoE ao libertar recursos ligados ao

processo tradicional de licenciamento da informação geográfi ca, nome-

adamente custos ligados ao atendimento, processamento e envio da in-

formação solicitada.

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53

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

Candidatos

GRUPO 1 Administração Central e Regional

CEGER – Centro de Gestão da Rede

Informática do Governo: Portal Internet da Presidência Portuguesa

da União Europeia

Durante o segundo semestre do ano 2007, coube a Portugal a Presidência

do Conselho da União Europeia. O CEGER celebrou um Protocolo com a

Estrutura de Missão da Presidência Portuguesa do Conselho da União Euro-

peia, responsabilizando-se pela coordenação da implementação tecnológica

do Portal na Internet.

Os objectivos do projecto foram: a) Construção de um site de acordo com

as instruções e critérios previamente defi nidos e aprovados pela Missão Pre-

sidência e que constam do caderno de encargos anexo ao Protocolo, e espe-

cifi camente na componente de “Portal Público”; b) Efectuar toda a progra-

mação e design gráfi co necessários à completa funcionalidade do site, em

colaboração com a webteam e o gabinete de design designado para o efeito

pela Estrutura de Missão; c) Manutenção da aplicação de suporte, bem como

do sistema informático requeridos por tal aplicação; d) Apresentação de con-

teúdos interactivos tendo como principais características e funcionalidades

a disponibilizar no Portal, designadamente as que dizem respeito às acessi-

bilidades por cidadãos com necessidades especiais, canais RSS, colaboração

electrónica, alertas SMS e newsletters, vocalização, webstreaming de vídeo

e outras, refl ectindo as melhores práticas na Administração Pública a nível

nacional e internacional.

DGCI – Direcção Geral dos Impostos: Implementação do Documento

e Assinatura Electrónicos

A implementação do documento electrónico e da assinatura electrónica na

DGCI consistiu na atribuição, em 2007, de certifi cados de assinatura elec-

trónica aos seus 480 dirigentes e chefi as de nível central, regional e local, na

implementação de um sistema de geração de documentos electrónicos e de

operacionalização da assinatura electrónica em todos os seus serviços.

Page 53: Download VI Livro BPSP

54

O sistema foi colocado em produção, nos seguintes domínios: a) Em todas as

comunicações com as Conservatórias do Registo Predial associadas à penhora

de imóveis; b) Na substituição das certidões de inexistência de dívidas em pa-

pel por documentos electrónicos que dispensam deslocações entre serviços;

c) Na substituição das certidões de rendimentos de IRS e IRC e comprovativos

de entrega de declarações de todos os impostos por documentos electróni-

cos; d) Na utilização do e-mail para o envio aos contribuintes de informações

úteis e de apoio, bem como de prestação de serviços de alerta e para a promo-

ção da pedagogia do cumprimento voluntário.

IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas

e Médias Empresa e à Inovação, IP: Programa FINICIA

Criado no âmbito do Programa-Quadro de Inovação Financeira para as PME, o

Programa FINICIA veio permitir ao Cidadão Empreendedor aceder a novos e

inovadores instrumentos de fi nanciamento para a criação de empresas.

O Programa FINICIA tem como objectivo facilitar o acesso ao fi nanciamen-

to aos empreendedores e às PME de menor dimensão, que tradicionalmen-

te apresentam maiores difi culdades no relacionamento com a banca e, por

maioria de razão, com potenciais investidores. Através do estabelecimento de

parcerias público-privadas, ao contemplar micro-operações e que tem por be-

nefi ciários novos agentes empresariais, o Programa promove o alargamento

da base de acesso a capital de risco e ao crédito, proporcionando aos cidadãos

e às empresas recursos essenciais ao desenvolvimento de actividades econó-

micas nas fases iniciais do ciclo de vida dos negócios.

Do ponto de vista dos meios, as grandes inovações do Programa FINICIA en-

contram-se na disponibilização de Capital de Risco para pequenas iniciativas e

para projectos inovadores e no alargamento da actividade de Garantia Mútua

aos start-ups.

Do ponto de vista dos processos, as Plataformas FINICIA, os Fundos Regionais

de Crédito FINICIA e a parceria com as instituições fi nanceiras, constituem-se

como uma rede potencial de mais de 5 mil balcões que disponibilizam fi nan-

ciamento, em condições favoráveis, aos Cidadãos que pretendem iniciar ou

desenvolver uma actividade empresarial.

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55

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profi ssional, IP: Netemprego

No âmbito da medida “Melhoria do Atendimento” do Plano Tecnológico, foi

lançado o Portal NETEMPREGO, especializado no âmbito da oferta e procura

de emprego, e disponibilizando um conjunto alargado de serviços dirigidos

a candidatos a emprego – registo de Curriculum Vitae (CV) e/ ou inscrição

como candidato a emprego, gestão do processo individual, consulta e candi-

datura a ofertas de emprego, comunicação de obtenção de emprego, pedido

de declarações e mecanismo de gestão automática de ofertas de emprego –

e entidades empregadoras – comunicação de ofertas de emprego, consulta

das ofertas comunicadas e pedido de alteração/correcção, comunicação dos

resultados referentes a candidatos encaminhados por parte dos Centros de

Emprego, consulta de CV’s e mecanismo de gestão automática de CV.

IEFP – Instituto do Emprego

e Formação Profi ssional, IP: Centro de Contacto

Para apoio à utilização dos serviços interactivos na área do emprego (NETem-

prego), foi, desde o início do seu funcionamento, assegurada uma linha tele-

fónica exclusiva, cujo actual número de suporte é o 808 200 670 e que tem

vindo a evoluir gradualmente para um canal complementar de prestação de

serviços à distância.

Neste contexto, e com o objectivo de libertar recursos, ganhar maior capa-

cidade de atendimento, mais fl exibilidade, maior abrangência de horário,

melhor suporte tecnológico e gestão de custos em função dos volumes, o

IEFP optou por externalizar parte do atendimento prestado por esta via,

alargando-o simultaneamente à generalidade das suas áreas de intervenção

(emprego, formação e certifi cação profi ssional), nomeadamente, ao nível de

questões de natureza genérica.

O projecto compreendeu a criação de um front-end de atendimento para

chamadas e e-mails, uma aplicação de backoffi ce para controlo de processos

pendentes e não resolvidos no 1º contacto e um front-end de 2ª linha para

transferência de chamadas mais complexas para recursos especialistas do pró-

prio IEFP. Toda a solução tecnológica de suporte ao Centro de Contacto está

baseada em VoIP, permitindo uma grande fl exibilidade operacional e uma

total integração entre a 1ª linha residente nas instalações do outsourcer e a 2ª

linha especialista sediada no IEFP.

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56

IEFP – Instituto do Emprego e Formação

Profi ssional, IP: Livre Serviço de Emprego – Quiosques Electrónicos

Num processo integrado no esforço de modernização e reorganização da ac-

tividade desenvolvida no âmbito do emprego, o IEFP, IP decidiu dotar todos

os Centros de Emprego (CTE) de pontos privilegiados de livre acesso e fácil

utilização para a generalidade dos utentes aos serviços interactivos de apoio

à procura e à oferta de emprego e de formação disponibilizados pelo IEFP-

NETemprego e pelo Portal IEFP, bem como a outros serviços e produtos inte-

ractivos que venham a ser criados.

Trata-se de um instrumento assente em novas metodologias de interacção com

os utentes, que converge no sentido da prestação de serviços promovidos por

canais alternativos ao contacto pessoal, suportado por interfaces amigáveis

para os utilizadores, e que se constitui como factor de diversifi cação e não

concorrencial ou substituto face ao tradicional atendimento personalizado, ao

mesmo tempo que maximiza a acessibilidade e a aproximação dos serviços ao

cidadão. O quiosque electrónico é, portanto, uma solução que não concorre

com as demais já existentes, antes lhes é complementar, uma vez que assegura

níveis de acessibilidade adequados a pessoas com limitações motoras e/ou sen-

soriais, bem como um interface amigável de fácil utilização para a generalidade

dos utilizadores. Trata-se ainda de um recurso que não só os mais “habilitados”

estarão aptos a utilizar, sendo pertinente considerar como potenciais utilizado-

res a maioria dos inscritos independentemente do seu nível habilitacional.

SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras: Passaporte Electrónico Português

Ao lançar o Passaporte Electrónico (PEP), Portugal cumpre as suas obriga-

ções a nível comunitário e assume as suas responsabilidades no plano interna-

cional, respondendo às preocupações de segurança fronteiriça, prevenção e

combate ao tráfi co de seres humanos, ao terrorismo e à criminalidade organi-

zada, às necessidades de reforço da segurança de documentos de identidade

e viagem, quer à luz das novas tendências de fraude, quer tendo em conta os

novos desenvolvimentos e possibilidades científi cas e tecnológicas.

O pedido de concessão do PEP é realizado numa Loja do Cidadão, Gover-

no Civil, Governos das Regiões Autónomas e Postos Consulares, mediante

apresentação de Bilhete de Identidade válido. A partir deste documento são

obtidos os dados biográfi cos do requerente, por consulta à respectiva base

de dados. A partir de uma estação de recolha especialmente criada para o

Page 56: Download VI Livro BPSP

57

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

efeito, faz-se recolha da imagem da face (que será normalizada), bem como

das impressões digitais e da assinatura do titular. Seguidamente, os dados são

transmitidos, de forma segura, para o Sistema de Informação PEP e enviados à

INCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda, para personalização das caderne-

tas (passaportes) e expedição. Este processo implicou, portanto, a concepção

e desenvolvimento e implementação de estações de recolha de dados biomé-

tricos, necessários à personalização do PEP.

GRUPO 2Administração Local

Câmara Municipal de Águeda: Serviços ao Cidadão…

A caminho da excelência

O projecto defi ne-se nos seguintes pontos-chave:

• Análise de todos os procedimentos internos, objectivos a atingir e meios

para os concretizar;

• Defi nição da metodologia de aproximação e de aumento do grau de con-

fi ança entre a autarquia e os seus munícipes;

• Certifi cação da qualidade dos serviços;

• Dotação de meios técnicos e equipamentos que permitem uma maior

celeridade no tratamento dos processos (automatização de tarefas)

e maior segurança do percurso de um processo dentro dos serviços,

através da criação de circuitos (workfl ow) com responsáveis e prazos de

resposta predefi nidos consoante a difi culdade de cada tipo de processo;

• Construção de um Arquivo Documental Digital associado ao workfl ow;

• Criação de condições, através do Arquivo Documental Digital, para garan-

tir a segurança e a acessibilidade dos documentos;

• Emissão, na hora, de Autorizações de Construção, Prorrogações do Prazo

do Alvará de Licença, Autorizações de Utilização e Autos de Vistoria;

• Introdução de uma nova forma de comunicar com os munícipes, utilizan-

do a SMS ou e-mail automáticos para dar conhecimento do andamento do

seu pedido;

• Circulação de todo o correio (expediente) em formato digital, carregando

as respostas na aplicação, permitindo o acesso em qualquer ocasião e a

Page 57: Download VI Livro BPSP

58

aferição de todo o circuito, incluindo as respostas ou as consultas exter-

nas que tenham sido efectuadas.

Este processo resulta de uma reengenharia interna, de uma parceria com as

empresas fornecedoras, de uma avaliação das capacidades dos colaboradores

afectando-os aos serviços para os quais tenham melhor perfi l, da formação dos

colaboradores e de um processo de Gestão do Sistema da Qualidade que tem

vindo a garantir todo o processo de inovação e automatização das tarefas.

Câmara Municipal de Alpiarça – Gabinete de Apoio à Família

Na inexistência de Serviços de Apoio Psicológico no concelho, a Câmara Muni-

cipal de Alpiarça criou o Gabinete de Apoio à Família, com o intuito de interagir

com as escolas e com as crianças em risco, de forma a poder mais precocemen-

te contribuir para o seu bom desenvolvimento Bio/Psico/Social. Este Gabinete

funciona interligado com o Gabinete de Educação, a partir do qual iniciou a sua

actividade, e com o Gabinete de Acção Social, acompanhando casos de pessoas

sinalizadas na Acção Social do concelho que necessitem de ajuda psicológica e

realizando trabalho de equipa no terreno em situações esporádicas.

Em 2006, foi iniciada psicoterapia de apoio a adultos, visando principalmente

adultos que são fi guras maternas ou paternas, das quais as crianças dependem.

Dando continuidade ao projecto, e constatada a sua importância, iniciou-se

também intervenção na área educacional.

Os objectivos do Gabinete são: avaliar, acompanhar e encaminhar as crianças

com maiores difi culdades, quer ao nível de aprendizagem quer ao nível emo-

cional, que frequentam os jardins de infância e Escolas de Primeiro Ciclo do

Concelho de Alpiarça; proporcionar aos pais apoio, através do esclarecimen-

to de dúvidas acerca do desenvolvimento das crianças; estabelecer, com o Ga-

binete de Educação, os jardins de infância e as escolas EB1, medidas de apoio

e estratégias de educação que permitam uma melhor integração dos casos

com os serviços de psicologia, sempre que necessário; permitir às famílias o

acesso gratuito a serviços de psicologia, para que todos possam usufruir deste

tipo de serviço de educação e de saúde; avaliar, acompanhar e encaminhar

casos na CPCJ de Alpiarça; desenvolver acções de aconselhamento pessoal e

vocacional; prestar apoio psico-pedagógico; desenvolver dinâmicas de grupo

promotoras da refl exão da criança relativamente à sua postura na sociedade,

desenvolvendo competências pessoais e sociais; ajudar a combater a exclusão

Page 58: Download VI Livro BPSP

59

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

escolar e social dos jovens; desenvolver competências iniciais de leitura e de

escrita no pré-escolar através de dinâmicas de grupo.

Câmara Municipal de Arganil: Balcão Único Municipal

O projecto de constituição do Balcão Único Municipal resultou do processo

de modernização administrativa actualmente em curso na Câmara Municipal

de Arganil, o qual tem como objectivo a desburocratização e a simplifi cação

de procedimentos. Face aos novos desafi os que se colocam às autarquias e às

expectativas dos cidadãos, importa conceber novas estruturas organizacionais,

que respondam com efi cácia, efi ciência e economia às atribuições públicas.

Assim, a criação do Balcão Único representou um passo importante no relacio-

namento da Autarquia com os seus Munícipes.

Esta nova valência, em funcionamento desde o dia 05 de Junho de 2007, possi-

bilita que o munícipe, no mesmo espaço físico, possa encaminhar e solucionar

situações tão diversas como sejam a obtenção de uma licença de construção, de

uma licença para condução de um ciclomotor, resolução de questões relacio-

nadas com os transportes escolares, abastecimento de água, saneamento, entre

outros. A exercer funções no Balcão Único, que funciona ininterruptamente

entre as 09H00 e as 17H00, de segunda a sexta-feira, está uma equipa composta

por oito colaboradores da autarquia que, visando assegurar a qualidade, rapidez

e efi cácia no tratamento das questões relacionadas com os serviços prestados

aos utentes, receberam formação adequada em contexto real de trabalho, pre-

parando-os para o desempenho das actuais funções.

Considerando a importância que a melhoria contínua assume actualmente

nas organizações, a Câmara Municipal de Arganil aposta neste momento na

implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, sendo o Balcão Único um

dos sectores integrados neste processo que visa a certifi cação da autarquia.

Câmara Municipal da Batalha: Viver +

O Município da Batalha, atento às problemática do envelhecimento, tem vin-

do a criar diversas acções destinadas aos seus idosos, institucionalizados ou

não, através de programas diferenciados que, no seu conjunto, se comple-

mentam. São exemplo disso os programas inseridos no Projecto “Viver +”,

como o “Novas Primaveras”, que leva a arte, através da música, às institui-

ções sociais do concelho e estimula nos idosos as suas capacidades artísticas

Page 59: Download VI Livro BPSP

60

e criativas; o “Encontro do Saber”, que se traduz num encontro de gerações

que visa a discussão em torno da problemática do envelhecimento e a divul-

gação de respostas sociais na área da geriatria; o “Banco de Ajudas Técnicas”,

que surge com o objectivo de apoiar os idosos, no âmbito da saúde, através

da prestação de ajudas técnicas, minorando as suas dependências; o “Cartão

Municipal do Idoso”, que atribui determinados benefícios aos munícipes com

idade superior a 65 anos; o projecto de literacia digital “Idade Dourada”, que

proporciona o convívio entre idosos, com recurso às novas tecnologias; e a

“Reciclagem de Movimentos”, que visa recuperar a fl exibilidade e a locomo-

ção dos idosos, através da ginástica.

Câmara Municipal de Braga: Guia de Recursos

para as Pessoas com Defi ciência do Concelho de BragaCom a designação de “Guia de Recursos para as Pessoas com Defi ciência do

Concelho de Braga” o projecto foi criado com os objectivos de reunir infor-

mação relevante relativa às diferentes áreas de apoio para as pessoas com

defi ciência ou necessidades especiais do Concelho de Braga, e tornar esta

informação acessível às mesmas, em suporte digital, como forma de sensibili-

zar para a acessibilidade através das TIC, e ainda para promover a autonomia

e cidadania activa destes cidadãos permitindo-lhes através deste instrumento,

não só aceder facilmente a informação útil, como também solicitarem por

iniciativa própria os apoios existentes.

Em suporte CD a informação encontra-se disponível em três versões diferen-

tes, designadamente em versão comum para quem não possuir difi culdade

de leitura, em versão texto para facilitar a leitura através de leitores de ecrã

e em versão áudio para quem não utiliza leitor de ecrã e possua difi culdade

de leitura. Simultaneamente, foram aplicadas outras regras de acessibilidade

à informação digitalizada relativas à navegação dentro do conteúdo e ao tipo

de letra e cores.

A concepção do projecto foi efectuada por duas Técnicas, respectivamente

da Câmara Municipal de Braga e da Delegação de Braga da ACAPO, com base

numa parceria, no âmbito da Rede Social deste concelho. A edição e produ-

ção realizaram-se através duma parceria com o Externato Infante Henriques

que integrou esta fase do projecto, no plano curricular de uma turma do cur-

so de Técnicos Multimédia, da vertente educação/formação.

O projecto previu a produção de 100 exemplares para distribuir pelos servi-

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61

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

ços integrados nas áreas de apoio a fi m de serem distribuídos pelos utentes

e efectuado o registos de novos pedidos que justifi quem nova edição. Em

simultâneo o Guia foi colocado para divulgação e consulta na plataforma da

Câmara Municipal.

Câmara Municipal do Seixal: Gestão dos Serviços Online

O projecto de Gestão dos Serviços online é um trabalho implementado em

2001 e que evoluiu, em 2005, para uma nova plataforma de criação dinâmica

de formulários e de gestão de pedidos através de um suporte tecnológico co-

mum aos funcionários da organização. Actualmente, esta plataforma permite

a interacção entre cerca de 5000 cidadãos/ano.

O Projecto Gestão de Serviços online apresenta três grandes grupos de pú-

blico-alvo. O primeiro é o dos munícipes e sociedade civil, que todos os dias

apresentam os seus pedidos, sugestões, marcações e outros, utilizando as tec-

nologias na rentabilização do seu tempo e na optimização de procedimentos.

O segundo grupo é o do associativismo e das organizações/instituições com

que a autarquia se relaciona. O terceiro grupo alvo é o das pequenas e médias

empresas e empresários em nome individual que en contram nesta plataforma

um espaço de interacção mais próximo e directo com a administração da

autarquia e os seus serviços municipais.

O Projecto de Gestão dos Serviços online tem melhorado a imagem da autar-

quia junto dos cidadãos e instituições na sua área de infl uência, aumentado o

número de cidadãos e empresas a utilizar as novas tecnologias, assim como

incentivado outras autarquias a implementar plataformas semelhantes, tendo

como objectivo a modernização e a efi ciência. Também dentro da organiza-

ção, os funcionários têm sido reconhecidos pelo seu esforço e desempenho,

diminuindo as barreiras à implementação de novos processos baseados em

tecnologias, tornando assim o serviço público efectivo e qualifi cado.

O projecto Gestão dos Serviços online está inserido numa política de simpli-

fi cação administrativa através da disponibilização de serviços públicos utili-

zando as tecnologias de informação e comunicação.

Câmara Municipal da Trofa: Plano Orientador do Monte de Paradela

O Plano Orientador do Monte de Paradela pretende responder às necessidades

prioritárias de ordenamento do espaço fl orestal, com vista ao controle de ris-

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62

co de incêndio e à organização de uma disciplina na usufruição da área como

espaço verde público de lazer. As principais acções desenvolvidas foram:

• Operações de silvicultura preventiva para diminuir o risco de defl agração

e propagação de fogos;

• Benefi ciação e reforço de infra-estruturas de prevenção e combate, nas

quais a zona era defi citária (criação de pontos de água, construção de

uma torre de vigia e benefi ciação da rede viária);

• Criação de um parque de lazer particularmente direccionado para a edu-

cação ambiental e sensibilização da população local para a problemática

dos ecossistemas fl orestais peri-urbanos.

GaiaMina: eGAIANIMA – coesão na educação: alunos, pais, professores

e administração

A eGAIANIMA, é uma plataforma digital que pretende facilitar a participação

e coesão da comunidade escolar em particular, bem como de todos os muní-

cipes de Vila Nova de Gaia em geral.

Foi desenvolvida no contexto da resposta de gestão ao Programa de Gene-

ralização das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), uma medida

lançada em Maio de 2006 pelo Ministério da Educação e que regulamenta a

oferta de actividades extra-curriculares nos estabelecimentos de educação e

ensino público.

No caso de V.N.Gaia, o programa “AEC” envolveu, durante o ano lectivo

2006/07, cerca de 10400 alunos, 600 turmas, 426 professores, 103 escolas e

9 actividades de enriquecimento escolar distintas: Inglês, Música, Desporto,

Informática, Artes Plásticas, Artesanato, Robótica, Ciência Viva e Apoio ao

Estudo.

A plataforma está disponível para o público em geral e, em particular, à comu-

nidade escolar interveniente neste programa: alunos, encarregados de edu-

cação, professores, coordenadores escolares (de actividade, de escola e de

agrupamento) bem como ao backoffi ce da GAIANIMA.

Brevemente este projecto irá também abranger as áreas sócio-cultural e des-

portiva.

De referir que este projecto foi fi nalista nos European eGovernment Awards

2007 promovidos pela Comissão Europeia tendo recebido, como tal, um Eu-

ropean eGovernment Good Practice Label.

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63

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

GRUPO 3 Instituições de Ensino Superior

FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto:

Sistema de Telefonia sobre a Rede IP

O Projecto retrata um sistema de telefonia sobre a rede IP, desenvolvido

pelo Centro de Informática (CICA) da Faculdade de Engenharia da Universi-

dade do Porto (FEUP) e que está em produção há mais de seis meses, tendo

sido antecedido de um período de cerca de um ano em fase de projecto-

-piloto.

A equipa do CICA decidiu-se pelo desenvolvimento sobre plataformas de

software Open-Source. O sistema foi crescendo, os utilizadores foram ade-

rindo, até que surgiu assim o Polyspeak, um sistema que cumpre todos os

protocolos standard, com especial evidência para o protocolo SIP (Session

Initiation Protocol), que permite a compatibilidade com quase todos os

fabricantes de equipamentos VoIP, benefi ciando assim totalmente da salu-

tar concorrência de mercado.

Tem como principais vantagens uma signifi cativa redução nos custos das

comunicações e introdução de novos serviços que oferecem enormes van-

tagens aos seus utilizadores e à Faculdade. A redução de custos deve-se tanto

ao suporte do protocolo ENUM (permite mapear números de telefone em

correspondestes endereços SIP, Internet) como à introdução de algoritmos

muito evoluídos de LCR (Least Cost Route), que dotam o sistema da capaci-

dade de, automaticamente, escolher sempre a rota de menor custo para en-

caminhar cada chamada. Novas funcionalidades como voice mail integrado

com o e-mail, fi las de espera com informação para o utilizador, integração

com redes móveis com a facilidade “On-NET”, gestão totalmente por Web,

visualização de estatísticas sobre a utilização por departamento, utilizador,

destino, centro de custo (entre muitas outras), plafond por utilizador, fac-

turação imediata e automática, vários idiomas e temas, confi guração auto-

mática de telefones IP, entre outros, estão disponíveis de base no sistema.

Ao nível da gestão da infra-estrutura foram desenvolvidas ferramentas que

tornam esta tarefa simples ao administrador da infra-estrutura. A nível de

equipamento, um servidor dedicado com placas RDIS, é o sufi ciente para

ter um sistema VoIP (Polyspeak) com serviços avançados a funcionar, mas

com custos de implementação muito inferiores a plataformas comerciais.

Page 63: Download VI Livro BPSP

64

O sistema, as suas funcionalidades, a redução e controlo de custos que per-

mite, tornaram-se do conhecimento de Instituições externas à FEUP, que

manifestaram interesse na utilização do produto, tendo a FEUP aceite exter-

nalizá-lo. Actualmente o Polyspeak é utilizado por várias Instituições, entre

as quais se destacam a Casa da Música, CCDR-N e FCNAUP.

IPP – Instituto Politécnico de Portalegre: Académicos OnLine

Académicos online é uma plataforma Web que disponibiliza serviços dirigi-

dos à comunidade académica: alunos, docentes e funcionários.

Através de autenticação, com perfi s diferentes a cada tipo de utilizador, é

possível aceder a vários serviços, tais como: consulta do histórico do aluno;

avaliações fi nais; cálculo da média do curso; alteração de dados pessoais;

consulta dos sumários das aulas; inscrição em exames e inscrição no ano

lectivo; consulta da conta corrente do aluno (verifi cação dos emolumen-

tos e propinas a pagar, assim como a referência multibanco atribuída). Aos

docentes, é-lhes permitido, na mesma plataforma web: inserir as avaliações

fi nais dos alunos; lançar os sumários das aulas; consultar os horários e ace-

der às pautas dos alunos inscritos nas suas cadeiras. Aos funcionários dos

serviços académicos, é-lhes permitido validar os sumários; marcar falta ao

docente quando este não lança o sumário dentro do prazo defi nido; defi nir

o horário de cada docente; validar as inscrições dos alunos e disponibilizar

as pautas de avaliações fi nais.

GRUPO 4 Instituições de Saúde

ULSM – Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE:

Prevenção das Úlceras de Pressão

Apesar da modernização dos cuidados de saúde, a prevalência de úlceras de

pressão (lesões cutâneas por pressão contínua e repetida sobre a pele de um

indivíduo) permanece elevada, particularmente nos doentes hospitalizados,

sendo uma importante causa de morbilidade e mortalidade, que afecta a

qualidade de vida do doente e família, constituindo ainda um insustentável

Page 64: Download VI Livro BPSP

65

Categoria 1

Serviço ao Cidadão

peso económico para os serviços de saúde. Na realidade, além de todo o

sofrimento físico e emocional para o doente, associa-se a um aumento da

demora média do internamento até 5 vezes, a uma taxa de recorrência de

36% (tratamento médico ou cirúrgico) e a um aumento do risco de morte

de 4,5 vezes, comparando com doentes que, com o mesmo risco prévio

de mortalidade, não desenvolvem úlceras de pressão. Os custos unitários

médios com doentes que desenvolvem úlceras de pressão no internamento,

rondam os 37.000 USD, enquanto que, sem a presença de úlceras de pres-

são, esse custo seria de 14.000 USD (dados 2001). As úlceras de pressão são

muito difíceis de cicatrizar, pelo que deve ser dado ênfase à prevenção.

Tendo em conta esta problemática, foi iniciado em 2006 na ULSM, por um

grupo de trabalho constituído por Enfermeiros e Médicos, um programa de

melhoria contínua de cuidados tendo por base o indicador de qualidade:

Incidência de Úlceras de Pressão. Este programa desenvolveu-se em 3 fases

principais. Fase I: criação de algoritmos de actuação na prevenção, diag-

nóstico e tratamento de UP e elaboração de um “Manual de Cuidados ao

Doente com UP”; Fase II: apresentação dos algoritmos/manual e formação

aos profi ssionais; Fase III: produção automática de indicadores (incidência

de UP, …) e reuniões periódicas com os Enfermeiros-Chefe, para apresentação

de resultados e discussão de implementação de medidas contínuas de melhoria

de cuidados.

ULSM – Unidade Local de Saúde Matosinhos, EPE: Aprendendo com a Doença

Desde o início, a ULSM entendeu ser sua fi losofi a de acção criar objectivos,

metodologias, estratégias e avaliações de trabalho que confi gurassem uma dinâ-

mica de actuação inserida nos princípios de uma pedagogia hospitalar global,

de inspiração humanista, em que a gestão das emoções e o reforço dos vínculos

afectivos das crianças com o pessoal hospitalar e com os acompanhantes cons-

tituísse uma prioridade permanente do trabalho pedagógico, orientado para o

reforço da resiliência infantil nas situações difíceis da doença e do contexto

hospitalar. Observando e avaliando as necessidades e reacções das crianças in-

ternadas no serviço de Pediatria, foi idealizado e implementado um Projecto

Educativo (“PE”) e Pedagógico intitulado “Aprendendo com a Doença”, criando

a Unidade Educativa e Terapêutica do Serviço de Pediatria (UETSP)”, com o in-

tuito de acompanhar as crianças internadas, bem como as respectivas famílias,

propiciando-lhes um conjunto de actividades e recursos que pudessem ajudar a

Page 65: Download VI Livro BPSP

66

minimizar a dor motivada pela doença e pelo afastamento do seu contexto exis-

tencial, assim como dos ritmos e hábitos de vida anteriores. Pretende-se ajudar

a criança a integrar estas novas experiências no seu âmbito vital, aproveitando

para reforçar os seus vínculos familiares e melhorando a sua capacidade de re-

sistência às diferentes adversidades, em particular à doença.

GRUPO 5 Empresas Públicas e Empresas

Concessionárias de Serviço Público

Metro do Porto, S.A.: Metro TV

“Vá de Metro sem perder o mundo de vista” – podia ser o lema da Metro TV, o

projecto de televisão desenvolvido pela Metro do Porto. Trata-se, como o nome

indica, de um canal de televisão destinado a ser visto por quem utiliza este meio

de transporte, seja durante o tempo de espera nas estações subterrâneas que

compõe a rede, seja nos veículos, durante as viagens. É de salientar que a gestão

da programação leva em conta as especifi cidades dos dois ambientes.

A programação da Metro TV tem três vertentes essenciais. Desde logo dar aos

clientes e em tempo real informações que têm a ver com a operação do Metro,

desde tarifários, horários, operações especiais, até condicionamentos inespera-

dos resultantes de incidentes no funcionamento da rede.

Por outro lado, este canal de televisão aposta também claramente numa com-

ponente de informação generalista, ou seja, facultar aos clientes as notícias que

vão marcando a actualidade, sejam elas de âmbito nacional, internacional e de

qualquer área – política, economia, cultura, desporto ou meteorologia.

A terceira vertente da Metro TV é de entretenimento. Trata-se de conteúdos

essencialmente em formato vídeo como reportagens de carácter social ou cul-

tural, desportos radicais, “apanhados”, moda ou animações destinadas aos mais

novos.

Este projecto desenvolveu um conjunto de soluções que é único em todo o

mundo, uma vez que, embora recorrendo a equipamentos já existentes, harmo-

niza pela primeira vez o funcionamento de todos eles.

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2Categoria

CapitalHumano

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6868

Venc

edor

esN

omea

dos

GRUPO ENTIDADE PROJECTO PRÉMIO

Administração

Central e Regional

Escola Prática de Transmissões

Plano de Valorização de Recursos Humanos

Menção Honrosa

Instituições de

Ensino Superior

Instituto Politécnico de Portalegre

Recuperação do Quartel do Trem por administração directa

Menção Honrosa

Administração

Local

Câmara Municipal do Porto

Desenvolver competências através da Qualidade Total

Menção Honrosa Grupo

Administração Cen-

tral e Regional

Direcção Geral dos Serviços Prisionais

Empreendedorismo para a Reinserção Social de Reclusos/as

Menção Honrosa Grupo

Instituições de

Ensino Superior

Administração da Universidade de Coimbra

Focalização nas Pessoas @ UC

Menção Honrosa Grupo

GRUPO ENTIDADE PROJECTO

Empresas Públicas

e Empresas

Concessionárias

de Serviço Público

Bragahabit – Empresa Municipal de Habitação de Braga, E.M.

Sistema Itinerante Brag@brinca

Administração

Local

Câmara Municipal de Miranda do Corvo em parceria com Associação para o Desenvolvimento e Formação Profi ssional de Miranda do Corvo (ADFPMC)

Formação Profi ssional / Integração de cidadãos desfavorecidos, com defi ciências e/ou vítimas de exclusão social

Administração

Central e RegionalPrograma Escolhas Programa Escolhas

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69

Categoria 2

Capital Humano

69

Cand

idat

os

GRUPO ENTIDADE PROJECTO

Administração

Central e Regional

Instituto dos Registos e do Notariado, I.P.

Formação/Qualifi cação de Recursos Humanos do IRN, I.P.

Administração LocalCâmara Municipal de Valongo Rede Local de Emprego

Administração Local Câmara Municipal do Porto Viver Sem Tabaco – Viver Melhor para Viver Mais

Administração Local Município de Cantanhede CAF - Common Assessment Framework

Administração Local

Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora

Bolsa de Mobilidade Interna (BMI)

Administração Local

Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora

Passo a Passo, Adquira Novas Competências

Instituições de Ensino

Superior

Administração da Universidade de Coimbra e-prevenç@o

Instituições de Ensino

Superior

Administração da Universidade de Coimbra Portal do Colaborador

Instituições de Saúde Hospital Pulido Valente EPEAcção no domínio do controlo e tratamento da dor

Projectos Intersectoriais

Exército Português/ Comando da Instrução e Doutrina (CID)

Projecto de Educação e Formação do Exército (PEFEx)

Page 69: Download VI Livro BPSP

71

Categoria 2

Capital Humano

Vencedores

EPT – Escola Prática de Transmissões

Nome do Projecto: Plano de valorização de recursos humanos

Missão da Entidade:

Ministrar tirocínios, estágios e cursos de formação, promoção e qualifi ca-

ção na área de Transmissões e outras superiormente determinadas, para a

formação de Ofi ciais, Sargentos e Praças do Exército.

Descrição do Projecto:

A qualidade dos recursos humanos do Exército constituiu desde sempre

uma das prioridades do seu Comando, das suas Chefi as intermédias e das

suas unidades, estabelecimentos e órgãos. A condução do Exército para a

idade digital veio reforçar a necessidade de preparação dos seus quadros

no campo das tecnologias emergentes, com particular ênfase na área das

tecnologias e dos sistemas de informação. Na sequência do Processo de

Transformação do Exército, foi cometida à Escola Prática de Transmissões a

missão de preparar os quadros do Exército nesta área específi ca.

Page 70: Download VI Livro BPSP

72

A dimensão dos efectivos da EPT, cerca de 490 militares e mais de uma

dezena de funcionários civis, propicia um conjunto muito diversifi cado

de competências técnicas e académicas que constituem uma amostra sim-

bólica da população portuguesa, revelando uma imensa disparidade de

percursos e habilitações técnicas e académicas. A afi rmação da unidade

como centro de excelência na área dos sistemas de informação implica

a correcção de muitas destas assimetrias e conduziu à implementação de

um Plano de Valorização dos Recursos Humanos.

Este plano assenta na diversidade das metodologias pedagógicas, na defi nição

dos percursos individuais de formação, no estabelecimento de protocolos

com outras entidades de formação, no processo de certifi cação de compe-

tências, no envolvimento de entidades externas, no patrocínio da Investiga-

ção e Desenvolvimento em áreas de interesse para a Defesa Nacional.

Ao abrigo deste Plano de Valorização, a Escola desenvolve em simultâneo

um variado conjunto de acções de valorização que vai desde a obtenção do

9º ano de escolaridade até à obtenção de formação universitária, passando

por todos os patamares intermédios de formação académica e de certifi ca-

ção profi ssional.

Deve salientar-se que todos estes programas se desenvolvem na Escola

em complemento da sua missão e actividade normal. Trata-se portanto de

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73

Categoria 2

Capital Humano

uma actividade suplementar, que envolve praticamente toda a orgânica da

escola, o que implica liderança, motivação e disponibilidade, e que afecta

positivamente o moral e bem-estar dos que servem o País na Instituição

Militar.

Benefícios do Projecto:

Ao promover activamente políticas de valorização dos recursos humanos

que servem o Exército, a Escola Prática de Transmissões não contribui

apenas para a constituição de núcleos de excelência no seu interior, mas

devolve ao País e à sociedade civil, jovens cidadãos bem formados do pon-

to de vista das atitudes e dos métodos, melhor dotados com ferramentas

técnicas e possuidores de percursos académicos que os recomendam para

um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

No plano interno, a valorização dos recursos humanos permite elevar o

nível de autoconfi ança do militar, contribuindo para elevados níveis de

satisfação e de motivação profi ssional.

Com a qualifi cação técnica que se tem obtido através deste processo, a

Escola tem-se afi rmado no plano interno e no plano da NATO, como enti-

dade de referência nos sistemas de informação.

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74

IPP – Instituto Politécnico de Portalegre

Nome do Projecto: Recuperação do Quartel do Trem por administração directa

Missão da Entidade:

Criar, transmitir e difundir o conhecimento, orientado profi ssionalmente

através da formação e qualifi cação, de alto nível para públicos diferenciados,

em momentos vários dos percurso académico e profi ssional, e da investi-

gação e desenvolvimento tecnológico para a promoção das comunidades,

em cooperação com entidades regionais, nacionais e internacionais.

Descrição do Projecto:

A remodelação integral de um antigo Quartel do séc. XVIII e a sua conver-

são em instalações defi nitivas da Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE),

com custos 80% inferiores aos inicialmente estimados, foi possível graças à

abnegação de uma equipa de funcionários do Instituto Politécnico de Porta-

legre (IPP), constituída por colaboradores afectos às áreas da manutenção,

jardinagem, segurança, auxiliares de limpeza, entre outros, e gerida pelo

gabinete técnico da instituição.

Este projecto permitiu dar à ESAE e, em especial, aos seus alunos e funcio-

nários, umas instalações condignas e centralizadas num único edifício, que

permitem o desenvolvimento de actividades lectivas e de investigação capa-

zes de promover a ligação com a comunidade local.

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75

Categoria 2

Capital Humano

Promoveu-se toda a intervenção, com reduzidos custos directos e indirec-

tos, e através de um envolvimento pessoal de toda a comunidade do IPP e

da comunidade local envolvente.

Benefícios do Projecto:

Organizou-se o processo de execução

da obra e do projecto de forma a utili-

zar os meios humanos e materiais exis-

tentes no IPP, garantindo uma maior

produção, sem aumento dos custos.

A ESAE passou a dispor de instala-

ções defi nitivas e únicas (antes estava

distribuída por seis edifícios), com o

benefício de:

• Reduzir custos de manutenção,

exploração e rendas das diversas

instalações;

• Reduzir custos de transporte de

docentes, discentes e funcioná-

rios;

• Dar condições para o desenvolvimento de actividades lectivas;

• Promover a prestação de serviços para o exterior;

• Possibilitar a participação da comunidade local em actividades de la-

zer;

• Dinamizar o centro da cidade de Elvas com a frequência quotidiana dos

estudantes.

Todas as intervenções foram realizadas

com reduzidos custos e elevada qualidade:

• Desenvolvendo um processo com gestão interna e envolvendo todos os

funcionários na sua realização;

• Garantindo a colaboração da autarquia e de outras instituições locais;

• Garantindo um produto fi nal rápido, e gastando apenas quando era im-

possível fazer com os recursos disponíveis.

Recuperou-se um edifício património do IPP, da cidade de Elvas e, ac-

tualmente, candidato a património da humanidade, em conjunto com a

restante fortifi cação.

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76

Câmara Municipal do Porto

Nome do Projecto: Desenvolver competências através da Qualidade Total

Missão da Entidade:

O reforço da coesão social, a promoção da qualidade de vida, a qualifi ca-

ção urbanística e ambiental, a melhoria da mobilidade e suas infra-estrutu-

ras, o reforço da atractividade e dinamismo económico, a modernização

da administração pública e aproximação aos cidadãos são as linhas estra-

tégicas de orientação da actividade da Câmara Municipal do Porto (CMP),

que integra 14 direcções municipais, entre as quais a Direcção Municipal

dos Recursos Humanos, cuja missão é garantir o desenvolvimento profi s-

sional e pessoal dos recursos humanos, assegurando níveis elevados de

desempenho, envolvimento e co-responsabilização, através de políticas

concertadas, de optimização dos recursos fi nanceiros e materiais, numa

óptica de qualidade e excelência.

Descrição do Projecto:

No propósito de uma gestão efi caz do seu capital humano, com incidência

fulcral ao nível da optimização da motivação, satisfação e desenvolvimento,

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77

Categoria 2

Capital Humano

implementou-se, na Câmara Municipal do Porto, um processo de melhoria

contínua, com base num modelo incremental, que incluiu a auto-avaliação

da organização através da CAF (Common Assessment Framework) em

2004-2005, bem como a defi nição de objectivos de serviços e colaborado-

res para a avaliação de desempenho e, num segundo momento, a identifi -

cação e implementação de acções de melhoria, validadas em 2007 através

dos níveis de Excelência da EFQM. A CMP foi, como consequência deste

processo, a primeira autarquia portuguesa a alcançar o primeiro nível de

excelência da EFQM – “Committed to Excellence”.

Benefícios do Projecto:

Como benefícios qualitativos específi cos destaca-se: a maior identifi cação

do colaborador com a Organização, pela defi nição da Missão, Visão e Ob-

jectivos Estratégicos de cada Direcção Municipal; a incorporação, no ciclo

de gestão da Organização, de práticas regulares de auto-avaliação e auscul-

tação sistemática da satisfação de colaboradores e clientes; a criação e im-

plementação de mecanismos de retenção de informação na Organização.

Como benefícios globais, salienta-se o desenvolvimento das competências

dos colaboradores, da sua motivação e da mobilização da sua capacidade

de acção, potenciadores de uma clara rentabilização de activos e, conse-

quentemente, do lançamento das bases para uma cultura de serviço orien-

tada para a melhoria contínua e busca permanente de Excelência, pela

adopção de práticas inovadoras.

O efeito multiplicador verifi cado, do próprio processo e da sua metodo-

logia, quer a nível interno quer externo, assume-se, igualmente, como um

benefício qualitativo com destaque, em resultado desta iniciativa.

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DGSP – Direcção Geral dos Serviços Prisionais

Nome do Projecto: Empreendedorismo para a Reinserção Social de Reclusos/as

Missão da Entidade:

A DGSP tem por missão assegurar a gestão do sistema prisional, nomeadamente

da segurança e da execução das penas e medidas privativas da liberdade, asse-

gurando condições de vida compatíveis com a dignidade humana e contribuin-

do para a defesa da ordem e da paz social, através da manutenção da segurança

da comunidade e da criação de condições de reinserção social dos reclusos,

permitindo-lhes conduzir a sua vida de forma socialmente responsável.

Descrição do Projecto:

O projecto “Empreendedorismo para a Reinserção Social de Reclusos/as”

tem por base conteúdos elaborados pela CG Internacional em colaboração

com a Gesventure e foi adaptado pela DGSP para os Serviços Prisionais Por-

tugueses. Tem por objectivo criar opções viáveis e sustentáveis de reinser-

ção sócio-profi ssional de reclusos/as e evitar a sua reincidência na prática de

crimes. Trabalhar por conta própria, criando o próprio negócio, trabalhar

por conta de outrem, retomar a frequência escolar ou a formação profi ssio-

nal são saídas possíveis no fi nal deste projecto.

Com duração total de 12 meses, a implementação do projecto-piloto foi reali-

zada nos Estabelecimentos Prisionais de Castelo Branco, Leiria, Sintra e Beja.

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79

Categoria 2

Capital Humano

O projecto é constituído por 4 fases:

• Fase de Avaliação (1-2 semanas): conjunto de actividades que visam a auto

e hetero-avaliação dos/as reclusos/as e a apresentação de todas as fases do

projecto aos participantes.

• Fase da Descoberta (12 semanas): os participantes aprofundam a noção

de empreendedorismo e aprendem a defi nir objectivos pessoais e profi s-

sionais. Descobrem por si próprios as respectivas características empre-

endedoras, os seus métodos de aprendizagem e as suas capacidades de

adaptação. Treinam métodos de resolução de problemas e de tomada de

decisão. As actividades realizadas estimulam a capacidade de comunica-

ção, a criatividade, a autoconfi ança e a auto-estima.

• Fase das Ideias e Oportunidades (14 semanas): desenvolvimento das apti-

dões dos participantes no planeamento de um negócio e na defi nição de

um projecto de vida. Os/as reclusos/as adquirem conhecimentos sobre

temas como a geração de ideias, identifi cação de oportunidades, pesquisa

de mercado, marketing e publicidade, planeamento fi nanceiro e outros

aspectos ligados à criação do próprio negócio.

• Fase Planeando o Meu Negócio (15 semanas): os participantes elaboram

individualmente o seu plano de negócio, que inclui o trabalho de pesqui-

sa, a redacção e o preenchimento da sua matriz fi nanceira.

Este projecto, inserido na parceria PGISP (Gerir para Inovar os Serviços Pri-

sionais), é co-fi nanciado pela iniciativa comunitária EQUAL.

Benefícios do Projecto:

• Melhoraria do nível de resiliência interna dos/as destinatários/as;

• Criação de impacto ao nível dos processos de tomadas de decisão;

• Intervenção ao nível da motivação e do raciocínio custos/benefícios

da mudança: por exemplo, a interiorização de que é possível ganhar

dinheiro de forma lícita;

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80

• Reforço da capacidade prospectiva em destinatários/as caracterizados/

as pelo imediatismo e pelo pensamento centrado no presente;

• Alteração de crenças que estão, muitas vezes, na base de um comporta-

mento criminal;

• Enriquecimento das possibilidades de intervenção reeducativa em con-

texto prisional. As metodologias seguidas, reforçadoras do empower-

ment e da responsabilidade, dão sentido ao processo de reabilitação,

previsto na aplicação das medidas privativas da liberdade;

• Claro aumento da determinação, da auto-estima, da responsabilidade,

da pró-actividade, da criatividade e da autonomia na população reclu-

sa participante (resultados do estudo de avaliação do projecto);

• Infl uência muito positiva na cultura da organização. Pelas metodologias

desenvolvidas, abriu espaço ao reforço destas práticas e incentivou a

adesão dos profi ssionais a projectos inovadores;

• Impacto no reforço dos laços prisão / meio livre: as inúmeras inicia-

tivas em que empresários e membros de entidades locais se desloca-

ram à prisão, bem como as actividades desenvolvidas pelos reclusos

no meio livre, muitas vezes em parceria com organizações locais,

contribuíram para este reforço.

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81

Categoria 2

Capital Humano

Administração da Universidade de Coimbra

Nome do Projecto: Focalização nas pessoas @ UC

Missão da Entidade:

Estar comprometida com

o sucesso e ser pró-activa

na implementação das po-

líticas da UC, promoven-

do o desenvolvimento e a

inovação organizacional.

Descrição do Projecto:

Ciente da importância dos colaboradores e do seu papel estratégico para a

modernização dos serviços, a Administração da Universidade de Coimbra

estabeleceu como ponto fulcral da sua Política da Qualidade a premência de

“fomentar o comprometimento dos colaboradores com a organização, atra-

vés do reforço de competências individuais e do desenvolvimento de meca-

nismos de motivação, promovendo uma comunicação interna participada

no sentido da consolidação de uma identidade comum”. Aliada a essa linha

da Política, foi também defi nida uma no intuito de “Fomentar uma maior

interacção com os clientes (…) no sentido da melhoria contínua (…)”.

Nesse sentido, o projecto Focalização nas Pessoas@UC, surge como um conjun-

to de iniciativas integradas reveladoras da centralidade que as pessoas ocupam

no dia-a-dia da UC. Este projecto resulta da articulação de diversas iniciativas:

1. O Portal do Colaborador;

2. A Medição e Estudo da Satisfação dos Colaboradores da UC;

3. A criação da página Web da Administração;

4. Lex@UC;

5. O Plano de Comunicação Interna;

6. O e-prevenç@o;

7. A dinamização anual de um Plano de Formação e Desenvolvimento;

8. Um Sistema de Gestão.

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Benefícios do Projecto:

Os projectos apresentados funcio-

nam numa lógica de dependência

e interligação: pretendem, no seu

todo, contribuir para a criação de me-

lhores condições de trabalho e para

uma prestação de serviço de alta qua-

lidade, com o intuito de aumentar a

satisfação dos colaboradores e clien-

tes, recorrendo sistematicamente às

novas tecnologias de informação e

comunicação. Consegue-se, através

desta articulação de iniciativas: mo-

nitorizar os graus de satisfação e agir

em tempo útil no sentido de suprir

lacunas, desencadear acções cor-

rectivas ou implementar acções de

melhoria decorrentes do processo de auscultação; facilitar o acesso à infor-

mação através de mecanismos estruturados e tecnologicamente sustentados

disponíveis para as pessoas da UC; disponibilizar conteúdos informativos

para colaboradores, clientes de variadas tipologias e outros públicos do site

da Universidade, através da publicação online de conteúdos nas vertentes

da Segurança, Emergência, Saúde e Ambiente, com sugestões de actuação;

desenvolver o processo de benchmarking com instituições públicas e priva-

das, bem como delinear novas estratégias de motivação dos colaboradores;

disponibilizar informação, através de um site actual e de fácil leitura, para

colaboradores mas também para outros públicos; informar mas, acima de

tudo, envolver os colaboradores na publicação de uma newsletter interna da

Administração da UC; desenvolver interface intuitivo para o utilizador, que

possibilita a realização de pesquisas simples, pesquisas avançadas, apresen-

tação de resultados hierarquizados de pesquisas e acesso a fi chas descritivas

de documentos pesquisados, para além de ser assegurada a divulgação diária

aos colaboradores dos diplomas e normas relevantes para o bom desenvol-

vimento da actividade administrativa na UC; desenvolvimento de uma ferra-

menta integradora de mecanismos de motivação e de promoção de iniciati-

vas mais ou menos formais, através do desenvolvimento de um documento

estruturado com todas as iniciativas ao nível da comunicação interna.

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83

Categoria 2

Capital Humano

Nomeados

Bragahabit – Braga, Empresa Municipal de Habitação

Nome do Projecto: Sistema Itinerante Brag@brinca

Missão da Entidade:

promoção da habitação social no Município de Braga e a gestão social, patri-

monial e fi nanceira dos bairros e outros fogos da Empresa.

Descrição do Projecto:

O Projecto Brag@brinca consiste na dinamização de actividades lúdico-

pedagógicas, de inclusão digital, de educação ambiental e dinamização de

um Website (www.bragabrinca.bragahabit.pt), com recurso a uma uni-

dade móvel – o mini-autocarro Brag@brinca – dotada de equipamentos

multimédia, que abrange as crianças e jovens das zonas mais carenciadas

do Concelho de Braga.

Tendo em conta a diversidade e complexidade das necessidades identifi ca-

das relativamente à comunidade cigana e população em geral com carências

sócio-económicas e culturais, os principais objectivos do projecto Brag@

brinca incidem no: combate ao analfabetismo e ao baixo nível de escolarida-

de; combate à info-exclusão; integração social das crianças e jovens da etnia

cigana na comunidade em geral; promoção da integração socioprofi ssional

das crianças e jovens na sociedade e combate à delinquência juvenil.

No âmbito do Sistema Itinerante Brag@brinca criou-se um Website, o qual

se insere nas estratégias descritas do Plano Tecnológico “Portugal a Ino-

var” do XVII Governo Constitucional Português - ‘Conhecimento, tecno-

logia e inovação’:

Conhecimento – qualifi car as crianças e jovens (futuros cidadãos activos)

para a sociedade do conhecimento;

Tecnologia – vencer o atraso científi co e tecnológico, promovendo a igual-

dade da sua utilização nas classes sociais mais desfavorecidas, combatendo,

desta forma a info-exclusão no seio destas crianças e jovens;

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Inovação – desenvolveu-se um Website promovendo a info-inclusão das

crianças e jovens, incutindo-lhes um sentimento de responsabilização social

pelo dever que têm de divulgar as suas actividades, origens e cultura.

Benefícios do Projecto:

Segundo informação divulgada no Plano Tecnológico – Portugal a Inovar,

“aproximar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) dos grupos

sociais info-excluídos” é um dos objectivos da Presidência Portuguesa da

UE, pois as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são um instru-

mento poderoso de inclusão social que abre novos horizontes às políticas

sociais e às acções a favor da inclusão. Incluir mais cidadãos na sociedade

de informação signifi ca mais qualidade de vida para mais europeus e custos

sociais menores.

Com o intuito de fomentar a autonomia, responsabilidade, iniciativa, cria-

tividade, espírito crítico e adaptação às mudanças, desenvolveu-se o sítio

www.bragabrinca.bragahabit.pt em parceria com as crianças e jovens que

frequentam o Brag@brinca, introduzindo em tempo real o produto de todas

as actividades realizadas e registos fotográfi cos. Este Website tem promo-

vido a info-inclusão e motivação das crianças e jovens, incutindo-lhes um

sentimento de responsabilização social pelo dever que têm de divulgar as

suas actividades, origens e cultura (promoção da multiculturalidade e in-

tegração social de minorias étnicas). Com a execução do Website tem-se

fomentado a elaboração de portfólios digitais e a divulgação do e-learning.

As crianças e jovens abrangidas pelo Brag@brinca, através das estratégias

de info-exclusão adoptadas, têm-se revelado mais motivadas, participativas

civicamente, autónomas e inseridas na sociedade com iguais oportunidades

a nível tecnológico.

Desde o início do Projecto até à presente data houve um aumento de 60%

do número de crianças abrangidas pelo Brag@brinca (410 inscrições em

Janeiro de 2008). Ocorreu um decréscimo na ordem dos 35% do número de

reprovações escolares. Verifi ca-se um aumento signifi cativo da frequência e

assiduidade das crianças na escola e uma diminuição na ordem dos 40% do

absentismo escolar.

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85

Categoria 2

Capital Humano

Câmara Municipal de Miranda do Corvo, em parceria

com ADFPMC Associação para o Desenvolvimento

e Formação Profi ssional de Miranda do Corvo

Nome do Projecto: Formação Profi ssional / Integração de cidadãos desfavorecidos, com defi ciências e/ou vítimas de exclusão social

Missão da Entidade:

O apoio às pessoas portadoras de defi ciência é um dos objectivos estatuários

das instituições intervenientes no processo, sendo a Formação Profi ssional

/ Integração de cidadãos desfavorecidos, com defi ciências e/ou vítimas de

exclusão social uma das suas grandes preocupações, a par de um conjunto

de ofertas de serviços e de actividades de apoio à inserção e valorização do

potencial humano

Descrição do Projecto:

Com o objectivo de promover a qualidade de vida (física, psíquica, econó-

mica e social) de vários grupos sociais, nomeadamente crianças, jovens,

adultos desfavorecidos, idosos, defi cientes, doentes crónicos e inadapta-

dos, foi criada esta parceria, entre a Câmara Municipal e esta instituição

particular de solidariedade social, a ADFPMC, pelo propósito de dar ex-

pressão ao dever de solidariedade entre as pessoas, bem como pela com-

pleta integração do indivíduo na sociedade, com uma fi losofi a de inclusão

social, apostando numa lógica de desenvolvimento regional, tendente à

criação de riqueza, postos de trabalho e combate à pobreza entre estes

grupos.

Também como consequência desta interactividade, no que diz respeito

a estudos imediatos e efi cazes que sugerissem soluções mais adequadas

e ajustadas à realidade actual do Concelho, para a integração dos cida-

dãos portadores de defi ciência e, em simultâneo, a requalifi cação dos seus

espaços, encontra-se em desenvolvimento um projecto turístico-cultural-

desportivo-social de inquestionável interesse público, numa zona por

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86

excelência vocacionada para esse fi m, localizado na Quinta da Paiva, perto

da Vila de Miranda do Corvo.

O projecto da Quinta da Paiva, resultante da associação do Centro Hípi-

co, com todos os equipamentos e actividades associadas a decorrer desde

1995, a vários equipamentos lúdicos, desportivos e turísticos, como sejam

uma piscina e infra-estruturas de apoio, circuito de manutenção, campos

de jogos e parque de merendas, e outros a implementar, como sejam um

hotel, campos de jogos, museus e restaurantes. Contempla igualmente a

necessidade de privilegiar a integração profi ssional de cidadãos portadores

de defi ciência, pessoas desfavorecidas e vítimas de exclusão social.

O Centro Hípico de Miranda do Corvo, para além de outras actividades,

privilegia o ensino de equitação terapêutica para a população defi ciente,

doente ou inadaptada para o qual o desporto equestre é mais do que lazer,

é uma forma de terapia e reabilitação física e/ou psicológica. A hipoterapia

e equitação terapêutica têm-se assumido como um meio de reabilitação im-

portante para várias patologias. A título de exemplo, é de referir a participa-

ção nos Jogos Paralímpicos de Atenas, de um atleta que aprendeu no Centro

Hípico de Miranda do Corvo.

Benefícios do Projecto

A interactividade entre a Câmara Municipal e a ADFPMC possibilitou resulta-

dos bem visíveis no que respeita à Integração de grupos desfavorecidos: dos

cerca de 170 funcionários desta Instituição, cerca de 20% são pessoas com

defi ciências, algumas a desempenhar funções de topo (Economista, Gestor

Financeiro, Contabilista, Psicólogo, Sociólogo, Monitores), e essa percenta-

gem rondará os 30% se forem considerados outros Grupos Desfavorecidos

e Vítimas de Exclusão Social como sejam, os 22 funcionários das Empresas

de Inserção (Centro Infanto-Juvenil de Rio de Vide e a Unidade de Apoio

Continuado a Adultos e/ou Idosos Dependentes).

Por outro lado, o Emprego Protegido tem sido outra das apostas, engloban-

do em 2005/2006 13 trabalhadores, sendo de referir a sua contribuição no

trabalho comunitário, no tratamento e limpeza de jardins públicos e dos

espaços a eles associados, com 4 trabalhadores em permanência. No âm-

bito da Acção Social e ao nível das várias valências (infância e juventude,

invalidez e reabilitação e terceira idade) o número de utentes em 2005 foi

de 853 e em 2006 de 893. Ao nível das actividades de formação, em 2005

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87

Categoria 2

Capital Humano

abrangeram-se 65 formandos e em 2006 mais 63 em 8 áreas de formação

distintas. A formação caracteriza-se por uma componente eminentemente

prática em ambiente de trabalho e inclui estágio. Esta conjugação de técni-

cas formativas facilita a obtenção dos resultados muito positivos ao nível da

integração e da empregabilidade, que apresentam taxas superiores a 90%

em 2005 e 2006.

As turmas de “Currículos Alternativos”, ao nível do 2º ciclo e destinadas a

jovens/adultos (com mais de 15 anos) registam a frequência de 70 forman-

dos/ano. A percentagem de desistências/reprovações diminuiu de 30% para

15%, entre 2003 e 2007. A taxa de integração socioprofi ssional aumentou

50%. O custo hora/formando desceu 30% entre 2003 e 2007.

Por fi m, a Câmara assistiu a um crescimento de Receitas Próprias em 5%,

para o qual este projecto contribuiu.

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Programa Escolhas

Nome do Projecto: Programa Escolhas

Missão da Entidade:

Promover a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos

socio-económicos mais vulneráveis, tendo em vista a igualdade de oportuni-

dades e o reforço da coesão social.

Descrição do Projecto:

O Programa Escolhas (PE) foi criado em 2001, renovado em Maio de 2004,

e novamente renovado em 2006 decorrendo actualmente a sua 3ª Fase, es-

tabelecida até 31 de Dezembro de 2009.

O Programa fi nancia 121 projectos locais que envolvem 780 instituições,

480 técnicos e mais de 40.000 destinatários em 71 concelhos de todo o

país. As actividades decorrem no âmbito do apoio à educação formal e não

formal, de orientação e encaminhamento para a formação profi ssional, da

participação cívica e comunitária e da inclusão digital.

São destinatários prioritários do PE crianças e jovens, entre os 6 e os 24

anos, residentes em territórios com maior índice de exclusão e insufi cientes

respostas institucionais; jovens em abandono escolar precoce, sem a esco-

laridade mínima obrigatória; descendentes de imigrantes e minorias étnicas

e jovens que estão ou estiveram sujeitos a medidas tutelares educativas e

a medidas de promoção e protecção. Considera-se ainda como potenciais

destinatários, os familiares das crianças e jovens.

Os projectos são dinamizados por um consórcio de instituições (mínimo de

três), de forma a rentabilizar e potenciar os recursos das diferentes entida-

des parceiras.

O Programa é tutelado pela Presidência do Conselho de Ministros e está

integrado no Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural.

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89

Categoria 2

Capital Humano

Benefícios do Projecto:

• Foi possível promover o regresso à escola, a entrada no mercado de

trabalho, a frequência de formação profi ssional, a certifi cação em TIC e

a ocupação saudável dos tempos livres a milhares de crianças e jovens

nas comunidades mais vulneráveis;

• Simultaneamente, as organizações envolvidas e os técnicos capacita-

ram-se e inovaram processos e mecanismos de gestão de projecto e de

processos administrativos e fi nanceiros;

• Com a aposta no modelo bottom-up, o Programa Escolhas procura dis-

ponibilizar aos projectos locais diversas oportunidades e recursos que

valorizem a sua dinâmica local e os seus planos de actividades;

• Redução de €10.000 no custo médio por projecto, entre o Escolhas 2ª

e 3ªGeração;

• Estabelecimento de Parceria com o ISCTE para formação aos Técnicos.

PROGRAMA

ESCOLHAS

ESCOLHAS

1ª GERAÇÃO

(2001-2003)

ESCOLHAS

2ª GERAÇÃO

(2004-2006)

ESCOLHAS

3 ª GERAÇÃO

(FINAL DO 1º ANO)

Nº de projectos 50 87 121

Nº de destinatários 6.712 87 40.090

Nº de técnicos

envolvidos170 394 480

Nº de instituições

envolvidas111 412 776

Nº de concelhos

abrangidos17 54 71

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91

Categoria 2

Capital Humano

Candidatos

GRUPO 1 Administração Central e Regional

IRN – Instituto dos Registos e do Notariado, IP:

Formação e Qualifi cação de Recursos Humanos

A implementação na rede de Conservatórias dos sistemas de informatização

dos registos determinou a realização de um vasto plano de formação aos

funcionários dos registos e uma aposta clara na qualifi cação dos recursos

humanos. A alteração dos suportes registais – tendo o papel (em livros e fi -

chas) sido substituído pela integral realização dos registos em suporte infor-

mático – tornou necessário qualifi car os recursos humanos para a utilização

das novas tecnologias. Tendo sido disponibilizadas aplicações específi cas

para cada área do registo, que permitem a realização de todos os actos que

integram o processo de registo, forma habilitados os funcionários para a

respectiva utilização. Assim, 6630 funcionários do IRN, IP receberam for-

mação em informática (34 acções, no total de 7 542 horas de formação), na

utilização das aplicações de registo (1116 acções, no total de 620 699 horas

de formação) e ainda em atendimento ao cidadão (191 acções no total de 4

636 horas de formação).

Esta clara aposta na formação dos recursos humanos do IRN, IP ocorreu

durante os anos de 2005, 2006 e 2007, requalifi cando os recursos existentes

e preparando-os para uma nova realidade associada à reforma de processos

e procedimentos na área dos registos. Esta requalifi cação permitiu uma cla-

ra melhoria na efi ciência das Conservatórias de Registo e a introdução de

projectos como a Empresa na Hora, o Documento Único Automóvel, os

Registos on-line, a Casa Pronta, o Nascer Cidadão, o Balcão das Heranças e o

Automóvel On-line. A valorização dos recursos humanos existentes permi-

tiu adaptá-los à nova realidade dos serviços de registo e fomentar uma nova

cultura de serviço ao cidadão e às empresas e de uma Administração Pública

menos pesada e burocrática e mais aberta ao exterior.

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92

GRUPO 2Administração Local

Câmara Municipal de Cantanhede: CAF – Common Assessment Framework

A CAF (Common Assessment Framework) trata-se de um modelo de aná-

lise organizacional, desenvolvido, a nível da União Europeia, com o pro-

pósito de auxiliar tecnicamente as organizações públicas a compreender

e utilizar as técnicas de gestão da qualidade, de modo a melhorarem o res-

pectivo desempenho. A CAF permite efectuar exercícios de auto-avaliação

dos serviços, ao nível do seu funcionamento e procedimentos (conside-

rando meios utilizados e resultados alcançados), tendo por base os crité-

rios e indicadores de Qualidade da European Foundation for Quality

Managment (EFQM), visando a distinção de Acções de Melhoria.

Trata-se de uma ferramenta de acesso público e gratuito, de fácil aplicação

noutras organizações, com custos muito reduzidos (destaque para a utili-

zação exclusiva de recursos humanos e materiais internos).

O projecto “Conhecer, Aprender, Fortalecer” consistiu na adaptação des-

te processo para o Município, num processo sustentado no envolvimento,

participação e responsabilização de todos os intervenientes (internos e

externos). Cantanhede foi o primeiro Município do país a implementar o

modelo com a oportunidade de participação para todos os intervenientes

internos, sem recurso a amostragens. Este processo teve como objectivos:

proceder à auto-avaliação (defi nição de Pontos Fortes, Pontos Fracos /

Oportunidades de Melhoria), auscultando todos os intervenientes organi-

zacionais; implementar acções de melhoria estruturais baseadas nas aná-

lises e sugestões apresentadas; preparar a nível técnico, organizacional

e cultural a implementação do novo Sistema Integrado de Avaliação de

Desempenho na Administração Pública; criar as linhas mestras de longo

prazo para a defi nição, de forma participada, dos objectivos dos serviços e

dos colaboradores; criar uma base de sustentação ao nível de envolvimen-

to, conhecimentos / conceitos técnicos, participação e responsabilização

para a Gestão da Qualidade e certifi cação dos serviços.

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93

Categoria 2

Capital Humano

Câmara Municipal de Valongo: Rede Local de Emprego

A Rede Local de Emprego, criada no âmbito do Projecto Opçãoval.pt –

Orientação, Promoção e Valorização Profi ssional, co-fi nanciado pela Acção

2 da Iniciativa Comunitária Equal, decorre da necessidade de fazer corres-

ponder necessidades de oferta e procura de emprego e formação profi ssio-

nal no concelho de Valongo, contribuindo assim para o fortalecimento do

tecido empresarial e para o desenvolvimento sócio-económico local.

Numa lógica de trabalho em parceria, a Rede Local de Emprego do Conce-

lho de Valongo agrega os vários agentes locais intervenientes nas dinâmicas

do emprego, da orientação e formação profi ssional, introduzindo mecanis-

mos de debate e partilha de opiniões que permitem a defi nição de estraté-

gias conjuntas para uma efi caz promoção da empregabilidade e do combate

ao desemprego no Concelho.

Almeja-se o aumento da competitividade local, através da aposta inequívoca

na formação dos recursos humanos, proporcionando dessa forma novas di-

nâmicas ao tecido empresarial.

São objectivos da Rede Local de Emprego: promover a cooperação entre os

vários agentes locais que intervêm na promoção do emprego, da formação

profi ssional e do ensino; criar grupos de trabalho de discussão acerca das

principais necessidades das empresas locais em termos de mão-de-obra qua-

lifi cada; defi nir linhas de acção integradas nos percursos formativos dos/as

jovens à procura do primeiro emprego.

Importa referir que a Metodologia de Implementação da Rede Local de Em-

prego foi considerada como Produto Equal em Outubro passado, o que lhe

confere, em primeira instância, a possibilidade de replicação e transmissibi-

lidade, sendo os destinatários os Municípios e/ou Associação Empresariais.

Câmara Municipal do Porto: Viver sem Tabaco, Viver Melhor para Viver Mais

O projecto “Viver Sem Tabaco – Viver Melhor para Viver Mais” enquadra-se

num conjunto de acções que a Câmara Municipal do Porto (CMP) desenvolve

com vista à identifi cação de disfunções, orientando a sua actuação, de forma

a minorar os seus efeitos nos colaboradores e, consequentemente, na organi-

zação. Com a implementação do projecto pretende-se diminuir as patologias

associadas ao consumo de tabaco e à exposição ao fumo de tabaco ambiental,

assim como assegurar que todos os recintos fechados da Câmara Municipal

do Porto fossem espaços livres de tabaco a partir de 1 de Janeiro de 2008.

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94

Na concretização dos objectivos previstos foram implementadas várias ac-

ções, no sentido da promoção do bem-estar dos colaboradores, tais como,

iniciativas ao ar livre que incluíram a prática de exercício físico, medições

de colesterol, da tensão arterial e do monóxido de carbono; a organização

de acções de formação, ministradas pela Administração Regional de Saúde

do Norte, parceira neste projecto, dirigidas à equipa de coordenação e a

um grupo de pivots; a sensibilização de todos os colaboradores para os ma-

lefícios do consumo de tabaco e da exposição ao fumo de tabaco ambien-

tal, assegurada pelos pivots que produziram os seus próprios materiais de

apoio, sob orientação da equipa coordenadora; o envolvimento dos dirigen-

tes, através da organização de uma sessão de esclarecimento; a divulgação

permanente das acções desenvolvidas no Portal do Colaborador, newsletter

mensal, entre outros; a comemoração do Dia Mundial Sem Tabaco; a cria-

ção da consulta de cessação tabágica, com formação prévia dos técnicos

envolvidos, na área de Prevenção e Tratamento de Tabagismo; a publicação

de uma Ordem de Serviço interna que regulamentou a permissão de fumar

apenas ao ar livre, a partir do dia 1 de Janeiro de 2008.

SMAS Oeiras-Amadora – Serviços Municipalizados de Água e Saneamento

de Oeiras e Amadora): Bolsa de Mobilidade Interna

A Bolsa de Mobilidade Interna (BMI) constitui um projecto que se caracteri-

za pelo carácter inovador na racionalização dos recursos humanos disponí-

veis e na facilitação da rotatividade interna. Através de uma lógica de melho-

ria contínua, assente nos pilares estratégicos dos SMAS Oeiras e Amadora,

a BMI foi planeada, desenvolvida e implementada como meio de desenvol-

vimento dos funcionários, forma de maximização dos recursos existentes e

resposta às necessidades não só das Unidades Orgânicas, como dos próprios

trabalhadores. O impacto deste projecto refl ecte-se, deste modo, ao nível

individual, ao nível organizacional e no serviço prestado às comunidades.

A Bolsa de Mobilidade Interna tem como objectivo a criação de um serviço

fl exível e efi ciente, que contribua para adaptar as capacidades individuais

às exigências organizacionais, como também minimizar algumas das assime-

trias existentes nas Unidades Orgânicas.

A Bolsa permite, igualmente, ganhos efectivos de custos através da redução

de novas admissões, rentabilizando e agilizando desta forma alguns dos pro-

cessos de recrutamento de recursos humanos.

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95

Categoria 2

Capital Humano

Consubstancia-se no desenvolvimento de um serviço de workfl ow, através

do qual se poderão registar/inscrever, simultaneamente, todos os funcioná-

rios que se disponibilizem para uma transferência interna, mas também, as

necessidades identifi cadas pelas Unidades Orgânicas. São também contem-

plados mecanismos de permuta interna.

SMAS Oeiras-Amadora – Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de

Oeiras e Amadora: Passo a Passo, Adquira Novas Competências

O projecto “Passo a Passo, Adquira Novas Competências” resulta de uma

análise das carências actuais e futuras dos recursos humanos, bem como das

necessidades estratégicas dos SMAS Oeiras e Amadora.

Este projecto consubstancia-se na implementação e promoção de um pro-

jecto de qualifi cação académica dos trabalhadores através de cursos de edu-

cação/formação de adultos e/ou CRVCC, de forma a criar os pilares para a

criação e dinamização de processos de mobilidade ascendente que permita

a rentabilização dos recursos humanos destes Serviços.

O projecto assenta nas seguintes características:

• Frequência dos cursos durante o horário laboral;

• Estabelecimento de parcerias externas;

• Organização de turmas exclusivamente de funcionários SMAS;

• Apoio e acompanhamento ao longo de todo o processo curricular;

• Pagamento de custos com inscrição dos funcionários e todo o material

pedagógico necessário à frequência dos cursos.

Não obstante a interferência que poderia resultar para os serviços pela

necessidade de adopção de horários incluídos no período normal de traba-

lho, considerou-se que os benefícios resultantes da viabilização deste pro-

jecto justifi cariam um pedido de esforço adicional a ser gerido localmente,

de modo a conciliar este processo formativo com o superior interesse do

serviço.

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96

GRUPO 3Instituições de Ensino Superior

Administração da Universidade de Coimbra: Portal do Colaborador

A Administração da Universidade de Coimbra defi niu como eixo prioritário

a criação de um sistema de informação para suportar a sua actividade de

forma consistente, apostando no desenvolvimento de vários projectos de

defi nição de fl uxos, de modernização de serviços e de optimização de tem-

pos de resposta, todos eles com uma forte componente de recurso às Novas

TIC. Neste âmbito, foi concebido um novo meio de comunicação com os

colaboradores, permitindo o acesso online e permanente a um conjunto de

informação útil.

Surgiu, assim, o Portal do Colaborador. Disponível no endereço meuportal.

uc.pt, coloca à disposição do pessoal docente e não docente da UC, os se-

guintes menus: 1) Dados Pessoais (consulta e alteração de dados pessoais,

morada, informação bancária, alteração de passwords); 2) Remunerações

(visualização do recibo de vencimento); 3) Formação (consulta do catálogo

de eventos de formação interna e inscrição); 4) Assiduidade (consulta dos

registos de assiduidade) 5) Lista de Trabalho Central (gestão de tarefas); 6)

Documentos úteis (documentos utilizados no âmbito das actividades de ges-

tão de RH); 7) DOE (Documentação de origem externa, legislação, doutrina

interna e externa, assim como jurisprudência consideradas necessárias ao de-

senvolvimento das actividades da UC); 8) Desenvolvimento de pessoal (Con-

sulta/actualização do perfi l de competências e avaliação de desempenho).

Administração da Universidade de Coimbra: e-prevenc@o

O e-prevenç@o é o portal da Universidade de Coimbra que disponibiliza con-

teúdos com informações e conselhos na área da Saúde, da Segurança e do Am-

biente. Foi concebido como instrumento de informação orientado para cada

um dos potenciais utilizadores, considerados individualmente, apoiando-os

na melhoria de atitudes e desempenho nas áreas abordadas. Tendo como mo-

tor a iniciativa do Gabinete de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na

preparação de propostas de conteúdos na área da segurança e saúde, rapida-

mente mobilizou contributos de outras áreas, sendo um excelente exemplo

da estreita colaboração entre os vários sectores da Administração da UC.

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97

Categoria 2

Capital Humano

O e-prevenç@o tem como principal objectivo reforçar competências indi-

viduais no âmbito da segurança e saúde no trabalho, bem como promover

boas práticas em matéria de ambiente. Pretende ainda:

• Sensibilizar alunos e colaboradores da UC para as temáticas do Ambien-

te e da Segurança e Saúde no Trabalho;

• Fomentar uma cultura de prevenção de riscos laborais;

• Contribuir para a prevenção da ocorrência de acidentes de trabalho e

de doenças profi ssionais;

• Dar cumprimento a normativos legais nacionais e comunitários, que

prevêem o direito à informação dos trabalhadores.

GRUPO 4Instituições de Saúde

Hospital Pulido Valente, EPE:

Acção no Domínio do Controlo e Tratamento da Dor

A acção que se apresenta centra-se num projecto de investigação – acção

no domínio do controlo e tratamento da dor – em que se desenvolveram

um conjunto de estratégias, que tiveram como objectivo: obter um cuida-

do mais centrado na pessoa/família que experiencia uma situação de dor;

implementar a avaliação da dor como 5º sinal vital, e construir um modelo

de intervenção multidisciplinar no controlo da mesma, para o Serviço de

Medicina Interna 1 do HPV.

Os resultados revelaram mudanças na compreensão e abordagem da dor da

pessoa. Há um uso sistemático de escalas de avaliação da dor e avaliação da

efi cácia das intervenções. A dor é referida no processo e a sua interferência

nas várias dimensões da pessoa é valorizada e registada em campo especí-

fi co, bem como o planeamento e as acções desenvolvidas. A comunicação

multidisciplinar centra-se no problema da pessoa doente, e esta sente que a

sua dor é valorizada.

Conclui-se que uma estratégia sistemática, concertada em equipa, centrada

na pessoa com dor, permite melhorar o controlo da mesma, o bem-estar do

doente e obter ganhos em saúde.

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98

GRUPO 6Projectos Intersectoriais

Exército Português / Comando de Instrução e Doutrina:

PEFEx – Protocolo de Educação e Formação do Exército

Este projecto teve por fi nalidade garantir que a formação e a experiência

adquiridas no Exército estão: ajustadas ao seu quadro de missões actuais

e futuras; concorrem para o desenvolvimento da Instituição como orga-

nização aprendente; proporcionam qualifi cações escolares e profi ssionais

certifi cadas quer a nível nacional (inseridas no Catálogo Nacional de Qualifi -

cações) quer a nível europeu (no âmbito do ECVET – European Credit for

Vacational Education and Training).

O PEFEx foi a forma como o Exército organizou as actividades decorrentes

do Protocolo fi rmado com o IEFP e a ANQ e foi estruturado em seis Eixos

de desenvolvimento:

1. Proceder ao ajustamento dos cursos militares com similitude civil à

nova organização curricular da formação profi ssional de níveis II, III e

IV, por UFCD, no âmbito do Catálogo Nacional de Qualifi cações;

2. Participar, acompanhar, infl uenciar e experimentar o desenvolvimento

da metodologia conducente à defi nição do Standard Nacional de Com-

petências, e organização da formação e da certifi cação por competên-

cias no âmbito do Quadro Nacional de Qualifi cações e da revisão do

Catálogo Nacional de Qualifi cações;

3. Criar a estrutura e estabelecer o normativo de funcionamento do Dispo-

sitivo de Reconhecimento, Avaliação, Acompanhamento e Gestão das

Competências escolares e profi ssionais no Exército;

4. Desenvolver e detalhar os processos, procedimentos e instrumentos ne-

cessários ao desenvolvimento do Sistema de Qualidade da Instrução e

Doutrina do Exército e da sua certifi cação;

5. Desenvolver uma politica de comunicação activa de forma a manter

permanentemente informado todo Exército acerca dos desenvolvimen-

tos do PEFEx, criando as melhores condições para o seu desenvolvi-

mento e implementação;

6. Qualifi car e manter actualizados os agentes do Sistema de Instrução e

Doutrina do Exército, desenvolvendo formações técnicas adequadas

aos diferentes intervenientes.

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3Categoria

Melhoria de Processos

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100100

Venc

edor

es

GRUPO ENTIDADE PROJECTO PRÉMIO

Instituições

de Saúde

Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil E.P.E.

Criação de uma Rede de Caracterização Clínica e de Disponibilização da Informação no Âmbito do Registo Oncológico Regional Sul

1º Prémio

Projectos

Intersectoriais

AMA, IP – Agência para a Modernização Administrativa, IP

Ciclo de Vida da Empresa 2º Prémio

Empresas Públicas

e Empresas

Concessionárias

de Serviço Público

CP – Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.

Melhoria do serviço: Aplicação da metodologia RCM (Manutenção Centrada na Fiabilidade)

Menção Honrosa Grupo

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101

Categoria 3

Melhoria de processos

101

Nom

eado

sGRUPO ENTIDADE PROJECTO

Administração

Central e RegionalCCDR-LVT

Monitorização automática e permanente da extracção de inertes no Rio Tejo

Administração

Central e Regional

CEGER – Centro de Gestão da Rede Informática do Governo

SCEE – Sistema de Certifi cação Electrónica do Estado

Instituições

de Saúde

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE

Sistema de Gestão Integrada da Logística Hospitalar e do Circuito do Medicamento

Empresas Públicas

e Empresas

Concessionárias

de Serviço Público

CTT – Correios de Portugal S.A.

PDE – Processo de Despacho Electrónico

Projectos

Intersectoriais

ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos

Gestão dos processos de reclamação e pedidos de informação, no âmbito do apoio aos consumidores de energia

Administração

Central e Regional

Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação

Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO)

Projectos

Intersectoriais

IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P. Sistema NRAU

Administração

Central e Regional

Instituto dos Registos e do Notariado, I.P. Empresa Online

Administração

Central e Regional

Instituto dos Registos e Notariado, I.P. Nascer Cidadão

Administração

Central e Regional

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

RAPID - Reconhecimento Automático de Passageiros Identifi cados Documentalmente

Instituições

de Saúde

Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE Prescrição Electrónica

Instituições de SaúdeUnidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Monitorização e divulgação da Ecologia Hospitalar

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102102

GRUPO ENTIDADE PROJECTO

Administração

Central e RegionalCCDR-LVT Gestão Estratégica da Região

de Lisboa e Vale do Tejo

Administração

Central e RegionalCCDR-LVT

Plataforma Colaborativa para Elaboração e Discussão do Plano Regional de Ordenamento do Território para o Oeste e Vale do Tejo

Administração

Central e RegionalCCDR-LVT

Normas de Procedimento do Ordenamento do Território e do Ambiente

Administração

Central e Regional

CEGER – Centro de Gestão da RedeInformática do Governo

REDELEX – Rede do Procedimento Legislativo Electrónico

Administração

Central e Regional

DGRHE - Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação

Lançamento do primeiro concurso de acesso à categoria de professor titular

Administração

Central e Regional

Escola Prática de Infantaria Portal Colaborativo da EPI

Administração

Central e Regional

Instituto do Empregoe Formação Profi ssional, I. P.

MAPA – Manuais de Procedimentos das Áreas Administrativas

Administração

Central e Regional

Instituto dos Registos e do Notariado, I.P. /AMA Certidão permanente

Administração

Central e Regional

Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR)

Portal IRAR – plataforma de e-government no sector dos serviços de águas e resíduos

Administração

Central e Regional

Sub-Região de Saúde de Leiria

Sistema Integrado de Informação e Gestão da Formação

Administração

Central e RegionalTurismo de Portugal, IP Optimizar pela transformação da

arquitectura de processos e sistemas

Administração LocalCâmara Municipal de Sintra Compras electrónicas

Administração Local

Departamento de Recursos Humanos da Câmara Municipal de Loures

Auto-avaliação das diferentes estruturas do Departamento de Recursos Humanos

Administração LocalCâmara Municipalde Estremoz

Melhoria Contínua através da utilização do Referencial normativo NP EN ISO 9001:2000, avaliação interna dos serviços através de questionários de aferição da satisfação.

Instituições

de Ensino Superior

Administração da Universidade de Coimbra UC – A uma tecla de distância

Instituições

de Ensino Superior

Instituto Politécnico de Portalegre

Arquivo e Documentação: Uniformização de Procedimentos

Cand

idat

os

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103

Categoria 3

Melhoria de processos

103

GRUPO ENTIDADE PRÉMIO

Instituições de SaúdeCentro Hospitalar Cova da Beira, EPE

Implementação de Boas Práticas nos Processos Laboratoriais

Instituições de SaúdeCentro Hospitalar Cova da Beira, EPE

Implementação de Boas Práticas nos Serviços Farmacêuticos

Instituições de SaúdeCentro Hospitalar de Lisboa Central

Sistema de Comunicação Integrada das Equipas de Saúde

Instituições de SaúdeCentro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/ Espinho

Implementação do Novo Modelo Logístico e de Compras no CHVNG/E

Instituições de SaúdeCHP - Centro Hospitalar do Porto, EPE Desmaterialização do Processo Clínico

Instituições de Saúde

Serviço de Patologia Clínica do Hospital de Santarém, EPE

Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade – Acreditação pela norma ISO NP ISO/IEC 17025

Instituições de Saúde Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Criação de uma Rede Digital de Arquivo, Gestão e Distribuição de Imagens

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105

Categoria 3

Melhoria de Processos

Vencedores

Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil,

EPE – IPOLFG, EPE

Nome do Projecto: Criação de uma Rede de Caracterização Clínica e de Disponibilização da Informação no Âmbito do Registo Oncológico Regional Sul

Missão da Entidade:

O IPOLFG, EPE é um centro oncológico multidisciplinar de referência para

a investigação, o ensino, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a rea-

bilitação, assegurando a cada doente cuidados que correspondam às suas

necessidades. “O doente em primeiro lugar” traduz uma cultura orientadora

de cuidados personalizados e de excelência, através da utilização fl exível

e criativa da capacidade instalada, sustentada pela comunicação interdisci-

plinar, refl exão e melhoria contínua, que permitem disponibilizar, a cada

doente, de forma integrada, experiência e diferenciação na área da onco-

logia. Para isso, o IPOLFG, EPE defi ne áreas de desenvolvimento, unidades

multidisciplinares e prestação de serviços específi cas, reforça as actividades

de investigação, ensino e consultoria, estabelece novas formas de gestão

dos doentes (Doente/Plano de Cuidados/Gestor) e cria unidades afi liadas e

novas interfaces com Centros de Saúde e Hospitais, na área geográfi ca que

lhe está defi nida.

Descrição do Projecto:

O projecto de desenvolvimento

de uma “Rede de Caracterização

Clínica e Disponibilização da In-

formação no âmbito do ROR-Sul”

assenta numa nova metodologia

de registo, que consiste na cria-

ção do registo de cancro por in-

tegração de bases de dados inde-

pendentes e dispersas.

Page 102: Download VI Livro BPSP

106

O objectivo principal é a criação

de uma base de dados clínica única

para cada caso de cancro e para cada

doente oncológico, proveniente da

informação contida noutras Bases

de Dados, acessível a cada médico

do Serviço Nacional de Saúde.

Para além deste contributo, o pro-

jecto pretende ainda:

• Disponibilizar de forma dinâmica a informação actualizada para a toma-

da de decisão no âmbito clínico da administração de cuidados e políti-

cas;

• Melhorar a qualidade da informação oncológica de modo a que os médi-

cos intervenientes nos processos dos doentes tenham uma informação

clínica actualizada sobre o mesmo;

• Contribuir para a tomada de decisão de forma sustentada quer a nível

técnico, quer a nível político.

Benefícios do Projecto:

Este projecto permite ter, pela primeira vez, em quatro regiões do país

(Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e Região Autónoma da Madeira),

um fi cheiro com aspectos clínicos, de terapêutica e de seguimento até ao

óbito, actualizado, para que o médico possa ter uma visão global sobre o

caso e possa tomar a melhor decisão em tempo útil. Até ao momento cada

Instituição tinha a sua informação sobre o doente e, eventualmente, uma

carta de envio do doente de uma Instituição para outra. Pela primeira vez

no nosso país existe informação actualizada de suporte à decisão no âm-

bito da oncologia, acessível aos diferentes intervenientes, no processo de

tomada a cargo do doente oncológico; poder-se-ão criar indicadores para

monitorização do cancro com actualidade, para que se possam introduzir as

medidas correctoras adequadas a cada uma das situações desviantes; criou-

se um portal com informação sobre o cancro, para os clínicos, os investi-

gadores, os jornalistas e, eventualmente, os cidadãos. Há que ressaltar que

este projecto é a tradução do trabalho da maior equipa a nível da Saúde,

dado que todas as dezenas de Instituições que integram o ROR-Sul estão a

trabalhar de forma padronizada e por objectivos, que são defi nidos e ava-

liados, em reunião conjunta que tem lugar, todos os anos, em Fevereiro.

Page 103: Download VI Livro BPSP

107

Categoria 3

Melhoria de Processos

AMA, IP – Agência para a Modernização Administrativa, IP

Nome do Projecto: Ciclo de Vida da Empresa

Missão da Entidade:

Identifi car, desenvolver e avaliar

programas, projectos e acções de

modernização e de simplifi cação

administrativa e regulatória, e pro-

mover, coordenar, gerir e avaliar o

sistema de distribuição de serviços

públicos, no quadro das políticas de-

fi nidas pelo Governo.

Descrição do Projecto:

Com este projecto, iniciado em Março de 2006, foi criado o Portal da Empre-

sa (www.portaldaempresa.pt), um site que congrega o acesso a mais de 480

serviços e estabelece um ponto de acesso privilegiado entre as empresas

e a Administração Pública. O Portal

da Empresa está dividido em quatro

grandes áreas, que correspondem

às tradicionais fases do ciclo de vida

de uma empresa: Criação, Gestão,

Expansão e Extinção. Em cada uma

destas áreas, os empresários têm a

possibilidade de consultar um con-

junto vasto de informação ou aceder

ao dossier electrónico da sua empre-

sa para criar serviços on-line ou sim-

plesmente para saber qual o estado

de um serviço.

O Dossier Electrónico da Empresa

consiste num agregador dinâmico

dos dados de uma empresa, apresen-

Page 104: Download VI Livro BPSP

108

tados de acordo com o perfi l dos utilizadores e suportado pelos sistemas de

informação dos diferentes organismos da Administração Pública. Trata-se

de uma área segura e privada, acedida por certifi cação digital (por exem-

plo, através do Cartão de Cidadão) e que representa o conjunto de acções

que foram ou estão a ser desencadeadas pela empresa e a Administração

Pública.

Este dossier tem como principais funcionalidades a aquisição de serviços

transaccionais, a monitorização do estado de execução dos serviços, infor-

mação sobre a empresa, consulta do histórico de serviços adquiridos e valor

dispendido. Neste momento existem 21 serviços completamente desmate-

rializados e disponíveis on-line – criação empresa on-line, certidão perma-

nente, certidão de contas anuais, entre outros.

Encontra-se, desta forma, preparada uma plataforma que permite suportar

um vasto conjunto de serviços com o objectivo de satisfazer as necessidades

dos Cidadãos, agilizar a divulgação e consultar a informação, aceder e gerir

os serviços públicos on-line no âmbito do relacionamento entre a Adminis-

tração Pública e as empresas, privilegiando uma estrutura multicanal.

Benefícios do Projecto:

A presença física do empreendedor, nos serviços da Administração Pública,

deixa de ser factor relevante para a realização dos actos relacionados com o

seu negócio. O Ciclo de Vida da Empresa permitiu a disponibilização de um

conjunto de serviços on-line, sustentados num novo e simplifi cado regime

jurídico.

A plataforma de pagamento permite a completa desmaterialização dos paga-

mentos à Administração Pública, incluindo as transacções necessárias para

a constituição e gestão de uma empresa. Por outro lado, qualquer empre-

endedor detentor do Cartão de Cidadão pode realizar actos relativos à sua

empresa, tal como a alteração de capital ou de órgãos sociais, entre outros.

O Dossier Electrónico da Empresa, representa o ponto de contacto único,

simples e seguro que agrega os vários serviços públicos on-line associados

às actividades das empresas. Os empreendedores e/ou os seus representan-

tes legais podem aceder a esta área utilizando mecanismos de autenticação

forte através do Cartão de Cidadão, para a gestão do dossier electrónico da

empresa com absoluta segurança da informação. Nesta área a informação e

os serviços transaccionados são agregados dinamicamente de acordo com

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109

Categoria 3

Melhoria de Processos

o perfi l do utilizador e a coordenação de processos fi ca simplifi cada. Cada

utilizador pode consultar os seus dados pessoais, os serviços requeridos,

o respectivo estado, tal como, os documentos que os suportam. A confi -

dencialidade da informação disponível no dossier é garantida aquando das

comunicações efectuadas entre os organismos envolvidos na prestação dos

serviços transaccionáveis. Desta forma é possível prestar serviços públicos

simples, transparentes e seguros para o empreendedor.

Trata-se, assim, de um sistema seguro e simplifi cado acessível on-line 24

horas/dia aos dados da empresa, que permite resolver assuntos que, até há

pouco, obrigavam a um moroso processo burocrático disperso por inúme-

ras instituições. Permite a redução de custos e o aumento da efi ciência, o

que leva a uma melhoria dos procedimentos inter e intra organismos através

da partilha online de informação, racionalização de pedidos duplicados em

organismos diferentes que não partilhavam uma visão conjunta e coerente

ao longo da vida da empresa, e ga-

rante o aumento da produtividade

dos funcionários, nomeadamente,

nos procedimentos de recolha, con-

sulta e validação de dados.

Estatísticas verifi cadas: Criação da

Empresa On-line (943 empresas cria-

das), Certidão Permanente (requeri-

das 600.000), Certidão de Contas

Anuais (4.930), Registos por Depósi-

to On-line e Registos On-line (reque-

ridos 4.135) são exemplo de servi-

ços que actualmente se encontram

disponíveis no Dossier Electrónico

da Empresa.

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110

CP – Caminhos-de-Ferro Portugueses, EP

Nome do Projecto: Melhoria do serviço, Aplicação da metodologia RCM (Manutenção Centrada na Fiabilidade)

Missão da Entidade:

Prestar serviços de

transporte ferroviário

de passageiros e merca-

dorias, com uma dinâ-

mica de inovação, sal-

vaguarda do ambiente

e melhoria de seguran-

ça, aumentando o valor

do serviço prestado ao

cliente e reforçando as

quotas de mercado nos

segmentos-alvo.

Descrição do Projecto:

A CP – Caminhos de Ferro Portugueses, empresa que presta serviço de

transporte ferroviário aos cidadãos de norte a sul do país, tem vindo a de-

parar-se com um desafi o que é encontrar soluções para os elevados custos

de manutenção do material circulante, e responder aos novos requisitos de

manutenção c pelas modernas unidades de material circulante, situação que

afecta a generalidade das empresas do sector.

O principal objectivo da empresa é satisfazer os clientes e as suas necessida-

des cada vez mais exigentes em termos de qualidade do serviço oferecido.

Foi imperativo encontrar uma nova metodologia de manutenção dos com-

boios, que permitisse reduzir os custos de manutenção sem pôr em causa

factores como a qualidade, fi abilidade e segurança.

Com este objectivo, a CP, em parceria com a EMEF “Empresa de Manuten-

ção de Equipamento Ferroviário” (prestador de serviços de manutenção), e

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111

Categoria 3

Melhoria de Processos

abrangendo 244 profi ssionais, está a implementar uma nova metodologia de

manutenção designada por RCM (Reliability Centred Maintenance - “Ma-

nutenção Centrada na Fiabilidade”) implicando nova maneira de pensar e

actuar na manutenção. Foi assim lançado um projecto-piloto para uma série

de material, com vista a:

• Aumentar a fi abilidade e a disponibilidade do material circulante;

• Reduzir os custos de manutenção;

• Melhorar a efi ciência do planeamento das intervenções no material.

A sua aplicação iniciou-se na CP em Setembro 2003 na frota dos comboios

de pendulação activa CPA 4000, que realizam o serviço alfa pendular, sím-

bolo dos modernos serviços da CP, terminando em Maio 2006.

Segundo o RCM, os equipamentos só devem ser retirados nas intervenções

para realização de revisões gerais quando a desmontagem e abertura dos

mesmos forem absolutamente necessárias. As rotinas de manutenção são

executadas para diminuir ou reduzir as consequências das falhas. Assim, a

logística de elementos de substituição deve equacionar a necessidade de

comprar o sobresselente, com implicações também ao nível da redução de

stocks. A aplicação da metodologia RCM é um projecto inovador aplicado

ao material circulante, evidenciando uma melhor gestão dos activos, redu-

ção de custos e melhor qualidade do serviço prestado.

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112

Benefícios do Projecto:

A aplicação da metodologia RCM permitiu alcançar um vasto leque de bene-

fícios de que se destacam os seguintes:

• Defi nição de novos ciclos de manutenção adequados ao contexto opera-

cional de cada segmento da frota de material;

• Acrescida segurança e fi abilidade dos equipamentos;

• Redução do tempo de realização das intervenções no material circulante;

• Maior disponibilidade do material circulante para o serviço;

• Redução dos níveis de stock;

• Melhoria da produtividade dos recursos e redução dos custos globais de

manutenção do Material Circulante através uma profunda revisão dos pla-

nos dos fabricantes;

• Extensão da vida útil das unidades motoras;

• A nível comercial, por a disponibilidade ser maior, pôde ser implementado

um novo modelo de oferta do serviço Alfa Pendular, com maior número de

comboios diários;

• Melhoria dos níveis de conforto do material e equipamentos;

Face ao desenvolvimento tecnológico do material e das novas realidades

comerciais e económicas, o RCM é uma ferramenta essencial para a compe-

titividade futura da CP, do sector dos transportes e da economia do País.

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113

Categoria 3

Melhoria de processos

Nomeados

CCDR-LVT – Comissão de Coordenação

e Desenvolvimento de Lisboa e Vale do Tejo

Nome do Projecto: Monitorização automática e permanente da extracção de inertes no Rio Tejo

Missão da Entidade:

Executar as políticas de ambiente, de ordenamento do território e cidades,

e de desenvolvimento regional ao nível das respectivas áreas geográfi cas de

actuação, promover a actuação coordenada dos serviços desconcentrados

de âmbito regional e apoiar tecnicamente as autarquias locais e as suas as-

sociações.

Descrição do Projecto:

Implementação de tecnologias inovadoras, com vista a permitir a monitori-

zação da extracção de inertes (quer a avaliação da produção de sedimentos

quer a evolução do perfi l hidráulico e do leito da linha de água), de modo

automático e permanente, com vista à melhoria da fi scalização dos títulos

de licença atribuídos e da sustentabilidade dinâmica do rio.

A metodologia desenvolvida prevê a pesagem automática, com báscula infor-

matizada, ligada a uma rede de transmissão automática da responsabilidade do

titular da licença, e a instalação de sistema de vídeo-vigilância para registo da

passagem de viaturas na unidade de pesagem, prevendo ainda a determinação,

com periodicidade a defi nir, da densidade das várias classes de materiais.

No que respeita à extracção de inertes por embarcações, no troço com

condições de navegabilidade, da ponte de Vila franca de Xira até Muge,

não contempladas na metodologia anterior, foi implementado o GeoTejo,

um sistema de controlo baseado no posicionamento das embarcações em

tempo real, no controlo do funcionamento dos equipamentos de extracção

e na transmissão de dados.

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114

A metodologia é complementada pelo levantamento periódico, da batime-

tria do rio, em 40 perfi s transversais do seu perfi l longitudinal, nas secções

das pontes e das estações hidrométricas e nos locais licenciados, colmatan-

do a ausência de monitorização sedimentológica na bacia.

Benefícios do Projecto:

O protocolo estabelecido, no âmbito deste projecto, em 2005, entre a

CCDR-LVT e as empresas de extracção de inertes (associadas na Associação

de Extracção de Inertes e Conservação do Rio Tejo), permitiu dar coerência

e transparência aos procedimentos estipulados, com ganhos para os objec-

tivos e resultados de ambas as partes.

A avaliação da extracção de inertes, enquanto desassoreamento do leito alu-

vionar, permite colmatar quer a ausência de monitorização da produção

de sedimentos na bacia, quer os erros e incertezas associados à recolha de

informação do transporte sólido no rio, contribuindo para o conhecimento

da evolução dos leitos e avaliando a razoabilidade de manter, no tempo, um

dado local de extracção.

O presente projecto permite, complementarmente, desenvolver a obser-

vação do assoreamento de albufeiras, fornecendo informação quantifi cada,

mais rigorosa, para a avaliação da produção de sedimentos na bacia, fenó-

meno de difícil monitorização.

Finalmente, o projecto integrou uma componente de avaliação económica

dos encargos associados à monitorização, fi scalização e controlo das opera-

ções, e dos custos de extracção, deduzidos dos custos duma actividade de

desassoreamento do leito que passa a ser evitada.

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115

Categoria 3

Melhoria de processos

CEGER – Centro de Gestão da Rede Informática do Governo

– Presidência do Conselho de Ministros, enquanto Entidade

de Certifi cação Electrónica do Estado

Nome do Projecto: Sistema de Certifi cação Electrónica do Estado (SCEE)

Missão da Entidade:

O CEGER é a Instituição de Tecnologias da Informação e Comunicação que,

na Presidência do Conselho de Ministros, tem como missão dar suporte

à governação nos domínios do governo electrónico, com foco estratégico

na segurança electrónica, comunicações e sistemas avançadas de apoio à

decisão do Governo.

Descrição do Projecto:

O Sistema de Certifi cação Electrónica do Estado (SCEE), constitui a Infra-

estrutura de Chaves Públicas do Estado Português e foi criado pelo Decreto-

Lei n.º 116-A/2006, de 16 de Junho, para assegurar a unidade, a integração e

a efi cácia dos sistemas de autenticação digital forte nas relações electrónicas

de pessoas singulares e colectivas com o Estado e entre entidades públicas.

A arquitectura do SCEE constitui uma hierarquia de confi ança que garante

a segurança electrónica do Estado e a autenticação digital forte das transac-

ções electrónicas entre os vários serviços e organismos da Administração

Pública e entre o Estado e os cidadãos e as empresas.

O SCEE funciona independentemente de outras infra-estruturas de chaves

públicas de natureza privada ou estrangeira, mas permite a interoperabilida-

de com as infra-estruturas que satisfaçam os requisitos necessários de rigor

de autenticação, através dos mecanismos técnicos adequados e da compati-

bilidade em termos de políticas de certifi cação, nomeadamente no âmbito

dos países da União Europeia. A criação do SCEE foi efectuada, com as de-

vidas adaptações, em conformidade com toda a legislação nacional e comu-

nitária em vigor, nomeadamente a relativa às regras técnicas e de segurança

aplicáveis às entidades certifi cadoras estabelecidas em Portugal na emissão

de certifi cados qualifi cados. Foi atribuído no mesmo Decreto-Lei à Autorida-

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116

de Nacional de Segurança, as funções de autoridade credenciadora, que até

agora se encontravam atribuídas ao Instituto das Tecnologias da Informação

da Justiça. O SCEE opera para as entidades públicas e para os serviços e

organismos da Administração Pública ou outras entidades que exerçam fun-

ções de certifi cação no cumprimento de fi ns públicos daquelas.

Benefícios do Projecto:

• Autenticação digital forte nas relações electrónicas de pessoas singula-

res e colectivas com o Estado e entre entidades públicas, contribuindo

de forma decisiva para a garantia de Segurança e Privacidade das comu-

nicações electrónicas;

• Estabelecimento de uma estrutura de confi ança electrónica, para que

as entidades certifi cadoras que lhe estão subordinadas disponibilizem

serviços que garantam: a realização de transacções electrónicas seguras;

a autenticação forte; e assinaturas electrónicas qualifi cadas e com força

probatória legal, de transacções ou informações e documentos electró-

nicos, assegurando a sua autoria, integridade, não repúdio e confi den-

cialidade;

• Assegurar a unidade, a integração e a efi cácia dos sistemas de auten-

ticação digital forte nas relações electrónicas de pessoas singulares e

colectivas com o Estado e entre entidades públicas;

• Contribuição, de forma fundamental, para a desmaterialização de pro-

cessos e procedimentos entre os organismos da Administração Pública,

e no relacionamento electrónico do Estado com os Cidadãos e as Em-

presas;

• Acompanhamento das melhores práticas internacionais no exercício

das actividades de certifi cação electrónica, da interoperabilidade de as-

sinaturas electrónicas e da identidade digital.

Apenas 18 meses após o lançamento do SCEE, estão já perfeitamente ope-

racionais e credenciadas nesta data 5 Entidades Certifi cadoras do Estado,

respectivamente a ECCE (Entidade Certifi cadora Comum do Estado), gerida

pelo CEGER, a ECAR (Entidade Certifi cadora da Assembleia da República),

gerida pela Assembleia da República, a Entidade Certifi cadora da Justiça,

gerida pelo ITIJ, a Entidade Certifi cadora do Passaporte Electrónico, gerida

pelo SEF e a Entidade Certifi cadora do Cartão de Cidadão, gerida pelo IRN.

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117

Categoria 3

Melhoria de processos

Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE

Nome do Projecto: Sistema de Gestão Integrada da Logística Hospitalar e do Circuito do Medicamento

Missão da Entidade:

O CHCB tem como missão prestar cuidados de saúde, com efi ciência, qua-

lidade, em tempo útil e a custos socialmente comportáveis, à população da

sua área de infl uência e a todos os cidadãos em geral.

Descrição do Projecto:

O Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE iniciou em 2004 a implementação

de um Sistema de Gestão Integrada da Logística Hospitalar e do Circuito do

Medicamento, co-fi nanciado pelo FEDER, no âmbito de uma candidatura à

Medida 2.2 do Saúde XXI – Tecnologias de Informação e Comunicação.

Este projecto tinha como fi nalidade implementar três aplicações informáti-

cas que permitissem introduzir boas práticas na gestão integrada dos Servi-

ços Farmacêuticos e de Aprovisionamento, mediante a utilização de ferra-

mentas operacionais e de gestão mais efi cazes. O projecto iniciou-se com a

identifi cação de um conjunto de problemas relacionados com a existência

de aplicações informáticas que possuíam um baixo nível de integração entre

elas, obrigando à redundância de informação e tornando difícil a obtenção

de indicadores e informação fi áveis, em tempo útil, para os diversos níveis

de gestão. Esta situação originava constrangimentos ao nível da organização

do Centro Hospitalar, nomeadamente no que concerne aos aspectos logís-

ticos e de gestão de doentes, assim como à interligação destas áreas com

outras.

Face ao exposto, procedeu-se à implementação de um sistema de informa-

ção assente em três soluções base: Logística Hospitalar; Farmácia Hospita-

lar; e Sistema Integrado de Gestão de Medicamentos – Serviços de Interna-

mento. A aplicação da “Logística Hospitalar” veio permitir executar de uma

forma simples e efi caz toda a gestão de Compras e Stocks do Centro Hospi-

talar Cova da Beira, EPE, possibilitando a gestão de aquisições, de stocks, de

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118

consumos, processos de encomenda e imputação de custos. Por outro lado,

a aplicação da Farmácia Hospitalar possibilitou uma completa e acessível

identifi cação do medicamento, aconselhamento à terapêutica, garantia de

continuidade terapêutica e uma correcta identifi cação dos medicamentos

administrados a doentes, constituindo também um apoio à decisão de aqui-

sição. No que concerne ao Sistema Integrado de Gestão de Medicamentos,

este módulo veio facilitar, em conjunto com a Farmácia Hospitalar, a gestão

de todo o circuito do medicamento dentro do Hospital, permitindo acom-

panhar a cada momento todos os medicamentos em circulação desde o

planeamento da sua aquisição até à sua administração ao doente.

Benefícios do Projecto:

A implementação do Sistema de Gestão Integrada da Logística Hospitalar e

do Circuito do Medicamento trouxe benefícios ao Centro Hospitalar Cova

da Beira, EPE ao nível da qualidade e visibilidade da informação, aumentan-

do a efi cácia e efi ciência técnica, tecnológica e económica da instituição e,

em particular, dos Serviços Farmacêuticos e de Aprovisionamento.

O Sistema Integrado de Gestão de Medicamentos, em conjunto com a apli-

cação “Farmácia Hospitalar”, permitiu a participação de todos os interve-

nientes no circuito do medicamento (médicos, enfermeiros, farmacêuticos,

administradores e administrativos) optimizando desta forma o funciona-

mento dos dois serviços, ou seja, de quem distribui o medicamento e de

quem o administra. Foi ainda possível optimizar a gestão da distribuição de

medicamentos, com informação de apoio à decisão de aquisição, redução

do tempo de fornecimento dos fármacos, minimização da carga burocrática

e redução de custos. Foram também criadas condições para introduzir a

prescrição por parte do médico, a recepção e validação dessa prescrição

por parte da farmácia, a consulta da lista de prescrições activas e o registo

de administração de medicamentos distribuídos aos serviços, quer em uni-

dose, quer em distribuição tradicional, a efectuar de uma forma automatiza-

da pelos enfermeiros.

Quanto à Logística Hospitalar, esta solução permitiu efectuar a caracteriza-

ção e o controlo dos artigos, desde o seu pedido interno até ao seu consu-

mo, passando pelos necessários processos de compras.

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Categoria 3

Melhoria de processos

119

CTT – Correios de Portugal, SA

Nome do Projecto: Processo de Despacho Electrónico

Missão da Entidade:

Os CTT – Correios de Portugal têm por missão o estabelecimento de liga-

ções físicas e electrónicas, entre os cidadãos, a Administração Pública, as

empresas e as organizações sociais em geral. A sua tradição postal é pro-

gressivamente reforçada e alargada às actividades e áreas de negócio, onde

a vocação logística e comunicacional da empresa possa ser efi cientemente

colocada ao serviço dos clientes.

Descrição do Projecto:

Os CTT utilizavam um formulário em papel para solicitar pareceres ou exarar

despachos na cadeia hierárquica de acordo com competências regulamen-

tadas. O formato do “template” e a forma de proceder variava na Empresa,

levando a consequências negativas como o elevadíssimo consumo de papel e

de consumíveis, ocupação de espaço, difi culdade e morosidade de encontrar

processos arquivados bem como a garantia de que o processo encontrado

seria a versão válida, distribuição demorada e onerosa, custosa partilha da

informação agravada pela nossa dispersão de edifícios e geográfi ca. A consta-

tação das inúmeras desvantagens levou a Empresa a decidir automatizar este

processo que designámos por PDE – Processo de Despacho Electrónico

Para o efeito, os CTT adquiriram uma ferramenta de GED – Gestão Electró-

nica de Documentos e de BPM – Business Process Management, e deram

início à implementação de um fl uxo com origem num formulário electróni-

co e recorrendo a pareceres, encaminhamento e arquivo electrónico, exe-

cutando os passos seguintes:

• Descrição da necessidade e submissão ao processo de aprovação de

acordo com a cadeia hierárquica;

• A cadeia de gestão acede ao processo electrónico podendo optar por

considerar o pedido infundado, desajustado ou inoportuno;

• A chefi a elabora pareceres e exara despachos usando os formulários dos

processos electrónicos respeitando as normas em vigor;

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120

• O processo é arquivado electronicamente, devidamente classifi cado,

facultando pesquisa em tempo real em formato electrónico aos interve-

nientes ou a quem for confi gurado o respectivo acesso;

• O processo em formato digital é distribuído pelos intervenientes e a

outras Unidades que estejam envolvidas ou tenham necessidade de ter

conhecimento do teor do despacho.

O PDE envolve 2.000 utilizadores dispersos geografi camente pelo país,

abrangendo o continente e ilhas. Foca-se na agilidade, segurança, partilha,

reutilização e rigor do tratamento electrónico de processos administrati-

vos.

Os processos são arquivados electronicamente devidamente classifi cados,

facultando a pesquisa em tempo real em formato electrónico aos interve-

nientes ou a quem for confi gurado o respectivo acesso.

Benefícios do Projecto:

• Fácil acessibilidade, elevada comodidade e transparência no tratamento;

• Rapidez e fl exibilidade nas operações de emissão de pareceres e de

decisões;

• Partilha da informação por todos os intervenientes;

• Diminuição do consumo de papel e de consumíveis;

• Redução de custos, decorrente do ponto anterior, bem como de fo-

tocópias, arquivos, distribuição, tempo de manuseamento/procura do

processo;

• Arquivo electrónico estruturado com acessos atribuídos de forma auto-

mática por integração com a Active Directory dos CTT;

• Diminuição de custos de infra-estrutura informática (inexistência de có-

pias pelos diversos discos pessoais/servidores de rede);

• Segurança no acesso à informação;

• Privacidade para as entidades envolvidas no processo;

• Disponibilidade, 24 horas por dia/365 dias por ano, possibilitando o

tratamento dos processos fora da Empresa;

• Libertação de espaço físico em edifícios (normalmente espaço nobre),

decorrente de arquivos em papel.

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121

Categoria 3

Melhoria de processos

ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos

Nome do Projecto: Gestão dos processos de reclamação e pedidos de informação, no âmbito do apoio aos consumidores de energia

Missão da Entidade:

Proteger adequadamente os interesses dos consumidores em relação a pre-

ços, qualidade de serviço, acesso à informação e segurança de abastecimen-

to, fomentar a concorrência efi ciente, estimular a utilização efi ciente da

energia e a defesa do meio ambiente e ainda arbitrar e resolver litígios.

Descrição do Projecto:

A ERSE iniciou em 2004 a implementação de um conjunto de medidas que

visaram a modernização dos sistemas de gestão documental, de informação

e gestão de reclamações e de pedidos de informação. Cada um destes ob-

jectivos corresponde a um projecto tendo os mesmos entrado em produção

entre 2004 e 2006.

Os principais factores de motivação foram: a) extensão das competências

da ERSE ao sector do gás natural e à regulação do sector eléctrico das Re-

giões Autónomas; b) a liberalização do mercado de electricidade, que im-

plicou um aumento do número de agentes de mercado (comercializadores)

e aumentou a importância das funções de resolução de confl itos; c) obri-

gatoriedade de recepção e resposta às reclamações inscritas nos Livros de

Reclamação das empresas reguladas com atendimento ao público.

Para a concretização do projecto, foram consideradas quatro etapas:

• Etapa 1 – Reformulação de processos internos: implementação do sis-

tema de gestão documental, com o objectivo de criação de um sistema

seguro, moderno e fi ável e desmaterializado, permitindo o registo de

procedimentos, despachos e decisões de cada um dos serviços de for-

ma integrada e aberta para toda a organização.

• Etapa 2 – Reformulação de conteúdos, disponibilização de serviços on-

line, desmaterialização de comunicações com os consumidores: refor-

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122

mulação dos formatos, conteúdos e funcionalidades da página da ERSE

na Internet, disponibilizando formulários de pedidos de informação e

de reclamações, que permitem registos e workfl ows automáticos no

sistema de gestão documental, canalizando a tarefa para o serviço com-

petente.

• Etapa 3 – Desmaterialização das comunicações entre a ERSE e as em-

presas do sector: implementação e entrada em funcionamento da pla-

taforma da Extranet que, através da página na Internet, numa área re-

servada, permite às entidades reguladas e associações representativas

dos interesses dos consumidores a troca de correspondência e fi cheiros

com a ERSE, associados ao tratamento de reclamações e pedidos de

informação, de forma célere, desmaterializada, confi dencial e segura,

recorrendo ao correio certifi cado digitalmente.

• Etapa 4 – Monitorização dos processos de reclamação na ERSE pelos

consumidores: possibilidade dos cidadãos, através do registo na página

na Internet, aceder a informação sobre o estado da sua reclamação ou

pedido de informação, de forma automática e de modo autónomo.

Benefícios do Projecto:

• ERSE: Racionalização de processos e de utilização de recursos; Promo-

ção da sociedade de informação; Ganhos de efi ciência: simplifi cação e

optimização dos processos directamente relacionados com as tarefas de

registo, recepção, despacho e envio das reclamações e pedidos de infor-

mação e melhoria dos tempos de resposta; Segurança e privacidade da

informação; Melhoria da imagem.

• Utilizadores fi nais (consumidores e empresas): Comodidade e conveni-

ência: diversifi cação dos canais de comunicação, através da disponibi-

lização de serviços on-line, acessíveis a qualquer hora e lugar; Efi cácia:

melhoria dos conteúdos e funcionalidades de apoio ao consumidor e

optimização dos tempos de resposta;

• Empresas reguladas: Desmaterialização da correspondência; Melhoria

da efi ciência, da produtividade e da poupança devido à substituição do

correio convencional; Desmaterialização das reclamações inscritas nos

Livros de Reclamação.

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123

Categoria 3

Melhoria de processos

GEPE – Gabinete de Estatística

e Planeamento da Educação

Nome do Projecto: Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO)

Missão da Entidade:

Garantir a produção e análise estatística da educação, tendo em vista o

apoio técnico à formulação de políticas, ao planeamento estratégico e ope-

racional, e uma adequada articulação com a programação fi nanceira, bem

como a observação e avaliação global de resultados obtidos pelo sistema

educativo, cabendo-lhe ainda assegurar o apoio às relações internacionais e

à cooperação nos sectores de actuação do ministério.

Descrição do Projecto:

O Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO),

instrumento crucial para a execução da Iniciativa Governamental Novas

Oportunidades, é uma plataforma electrónica constituída por duas compo-

nentes fundamentais:

• Gestão da oferta educativa e formativa: o SIGO constitui-se como plata-

forma única e integradora da oferta educativa e formativa anteriormen-

te dispersa por diferentes organismos do Ministério da Educação e do

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. É uma plataforma de

trabalho comum, partilhada pelos serviços centrais e regionais dos Mi-

nistérios acima referidos, bem como pelas escolas, centros de formação

e demais entidades formadoras. Todo o processo relativo à constituição,

aprovação, funcionamento, gestão e publicitação da oferta educativa e

formativa é agora realizado com recurso exclusivo a meios electrónicos.

A publicitação da oferta no sítio www.novasoportunidades.gov.pt, face

pública da plataforma, é realizada de forma automática, decorrendo da

aprovaçãwwo feita no sistema pelas entidades competentes.

• Gestão dos processos de reconhecimento, validação e certifi cação de

competências (RVCC): o SIGO constitui-se também como plataforma

electrónica de registo, acompanhamento, monitorização e gestão dos

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124

processos de reconhecimento de competências de adultos. É um ins-

trumento de trabalho para os Centros Novas Oportunidades (CNO),

permitindo o registo de todas as actividades envolvidas no processo de

certifi cação dos adultos. Permite ainda aos serviços centrais e regionais

do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação mo-

nitorizar e gerir a rede de CNO com base nos indicadores produzidos

pelo sistema. Neste momento estão registados no sistema cerca de 400

mil adultos.

Benefícios do Projecto:

• Sustentar a tomada de decisão no que respeita à estruturação da oferta

educativa e formativa;

• Reforçar a legibilidade da oferta educativa e formativa;

• Aprofundar o planeamento, o acompanhamento e a monitorização da

oferta educativa e formativa, garantindo a produção de informação esta-

tística sobre os domínios da educação e da formação;

• Servir de suporte à gestão e ao acompanhamento do sistema de reco-

nhecimento, validação e certifi cação de competências;

• Simplifi car processos administrativos: foram eliminados todos os formu-

lários impressos;

• Reduzir custos: com a eliminação dos formulários impressos;

• Interoperabilidade: todas as entidades intervenientes nos processos de

constituição da rede de oferta e da certifi cação de adultos relacionam-se

com o SIGO em função das suas competências. Para além disso, o SIGO

interliga-se e baseia sistemas de outras entidades e ministérios: Progra-

ma eoportunidades do Ministério das Obras Pública (http://eescola.pt/),

Programa Operacional Potencial Humano (http://www.poph.qren.pt/)

do Quadro de Referência Estratégico Nacional;

• Transparência: Toda a tramitação processual conducente à constituição

da rede de oferta de educação ou aos processos de certifi cação de com-

petências de adultos é observável;

• Sustentabilidade – Com o modelo de workfl ow implementado, o siste-

ma passou a ser auto-sufi ciente (pela interdependência criada), resistin-

do a eventuais mudanças organizacionais ou políticas.

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125

Categoria 3

Melhoria de processos

IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, IP

Nome do Projecto: Sistema NRAU

Missão da Entidade:

Assegurar a concretização da política defi nida pelo Governo para as áreas

da habitação e da reabilitação urbana, de forma articulada com a política de

cidades e com outras políticas sociais e de salvaguarda e valorização patri-

monial, assegurando a memória do edifi cado e a sua evolução.

Descrição do Projecto:

O Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) foi aprovado pela

Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro e demais legislação complementar –

Decretos-Lei n.ºs 156/2006 a 161/2006, de 8 de Agosto e Portarias n.ºs

1192-A/2006 e 1192-B/2006, de 3 de Novembro – e tem como principal

objectivo a actualização gradual das denominadas rendas antigas. Coube

ao IHRU o desenvolvimento de uma solução Web destinada a gerir as

várias funcionalidades criadas pelo NRAU. Participaram neste trabalho

várias entidades públicas cujo contributo foi decisivo – DGCI, DGITA,

UMIC, IIESS, ISS, LNEC, Municípios, Ordem dos Arquitectos e Ordem dos

Engenheiros.

Pretendeu-se a criação de um Portal que reproduz e operacionaliza o re-

ferido pacote legislativo, permite a simplifi cação de utilização, promove

a partilha de informação e a interoperabilidade entre serviços.

O Sistema NRAU tem como principal objectivo a criação de um ponto

único onde arrendatários, senhorios, a administração central e local, bem

como outras entidades, colaboram para levar a cabo o processo de actua-

lização das rendas de forma simples e expedita.

Para facilitar o acesso das diferentes entidades à informação sobre os pro-

cessos em curso, optou-se pela criação de uma plataforma de serviços

transversais a várias entidades, onde os recursos são partilhados. O siste-

ma assenta sobre uma solução Web que disponibiliza através da Internet

todas as funcionalidades destinadas a senhorios e arrendatários e, através

de uma extranet, as destinadas às várias entidades públicas envolvidas.

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126

O Sistema NRAU permite a autenticação de 12 diferentes tipos de utiliza-

dores, cujos perfi s estão orientados para as acções que realizam nas várias

plataformas, permitindo ainda que os senhorios e arrendatários possam ser

representados por uma terceira pessoa individual ou colectiva.

Benefícios do Projecto:

Na perspectiva dos vários intervenientes, os benefícios mais signifi cativos

são:

• Melhoria do serviço prestado ao cidadão, evitando deslocações e eli-

minando a apresentação de informação que já se encontra na posse da

administração pública (vulgo comprovativos);

• Serviços disponíveis online, 7x24 horas;

• Maior celeridade nos processos, disponibilizando a informação online e

diminuindo o tempo de tramitação nos vários serviços;

• Maior simplicidade e colaboração entre todos os intervenientes melho-

rando os circuitos de informação e normalizando e desmaterializando

os processos;

• Maior efi ciência, através de reutilização de processos já existentes na

administração pública;

• Criação de um ponto único de informação, evitando a sua duplicação e

erros na sua recolha e aumentado a transparência dos processos;

• Racionalização e redução dos custos: um único sistema acessível a todos

via Internet versus 308 diferentes sistemas geridos pelos municípios;

• Maior justiça, por cruzamento das informações existentes na adminis-

tração pública, garantindo assim a diminuição da fraude.

Pode-se afi rmar que o Portal é mais um passo no sentido de criar um ecos-

sistema de serviços públicos interligados, que partilham informação e pro-

cessos, disponíveis em vários portais públicos.

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127

Categoria 3

Melhoria de processos

IRN – Instituto dos Registos e do Notariado, I.P

Nome do Projecto: Empresa Online

Missão da Entidade:

O IRN, IP tem por missão executar e acompanhar as políticas relativas aos ser-

viços de registo, tendo em vista assegurar a prestação de serviços aos cidadãos

e às empresas no âmbito da identifi cação civil e do registo civil, de nacionali-

dade, predial, comercial, de bens móveis e de pessoas colectivas, bem como

assegurar a regulamentação, controlo e fi scalização da actividade notarial.

Descrição do Projecto:

O projecto «Empresa on-line» surge da necessidade de tornar o serviço de re-

gisto mais acessível aos seus utentes. Tratando-se de um registo obrigatório,

o registo comercial impõe às empresas a comunicação dos factos que so-

bre estas incidem, representando um custo administrativo para a actividade

económica. É este custo que se pretende reduzir, permitindo a constituição

de sociedades e a prática de actos de registo comercial on-line, ao mesmo

tempo que se simplifi cam procedimentos e se reduzem os respectivos pre-

ços e número de dias úteis necessários para a formalização da constituição

da empresa.

Assim, o factor determinante da implementação e desenvolvimento deste

projecto é a promoção da actividade económica, através da redução dos en-

cargos administrativos impostos às empresas. Tal como o serviço “Empresa

na hora”, o serviço “Empresa On-line” visa incentivar o empreendedorismo

em Portugal, ao abolir os tradicionais entraves burocráticos à constituição

de empresas.

Por outro lado, este serviço permitiu igualmente a concretização de outros

objectivos estratégicos como sejam a modernização da Administração Pú-

blica na área de criação de empresas, com a criação de um backoffi ce mul-

ticanal, integrado e único de suporte à interacção entre o empreendedor

e a Administração, a melhoria do acesso dos empreendedores aos serviços

públicos e a promoção da efi ciência da Administração Pública nas suas rela-

ções com os cidadãos e empresas.

Page 124: Download VI Livro BPSP

128

Este serviço incentivará a transparência, rapidez e simplifi cação no relacio-

namento com as empresas e contribuirá para o aumento da competitividade

nacional, bem como para efi cácia da gestão do seu ciclo de vida. A disponi-

bilização de um canal de comunicação com este nível de integração repre-

senta um profundo avanço no paradigma de provisão de serviços públicos

neste domínio, contribuindo em muito para uma forte elevação dos corres-

pondentes níveis de qualidade a partir de critérios de simplifi cação, harmo-

nização e ampliação do leque de serviços disponibilizados na Internet.

Benefícios do Projecto:

Principais benefícios para a Administração Pública:

• Melhoria dos processos nos serviços da Administração Pública e no re-

lacionamento com o cidadão, eliminando actos desnecessários, automa-

tizando tarefas e simplifi cando todo o processo;

• Possibilidade de recolha da informação junto do empreendedor numa

única interacção;

• Coerência da informação transaccionada entre entidades;

• Mais efi ciência na Administração Pública;

Principais benefícios para os Empresários:

• Eliminação da necessidade de presença do Utente nos balcões da Admi-

nistração Pública;

• Redução do número de documentos físicos necessários;

• Redução do custo para os cidadãos empreendedores;

• Integração dos diversos serviços da Administração Pública, automati-

zando os circuitos internos administrativos e tornando-os mais rápidos

e transparentes;

• Possibilidade de praticar actos de registo 7 dias por semana, 365 dias

por ano, em qualquer ponto do País, sem necessidade de deslocações;

• Acompanhamento do estado do pedido através de sms emitidos aquan-

do da realização do registo.

Page 125: Download VI Livro BPSP

129

Categoria 3

Melhoria de processos

IRN – Instituto dos Registos e do Notariado, IP

Nome do Projecto: Nascer Cidadão

Missão da Entidade:

O IRN, IP tem por missão executar e acompanhar as políticas relativas aos

serviços de registo, tendo em vista assegurar a prestação de serviços aos

cidadãos e às empresas no âmbito da identifi cação civil e do registo civil, de

nacionalidade, predial, comercial, de bens móveis e de pessoas colectivas,

bem como assegurar a regulamentação, controlo e fi scalização da actividade

notarial.

Descrição do Projecto:

O Nascer Cidadão tem três objectivos:

a) Permitir que o registo de nascimento das crianças, portuguesas ou estran-

geiras, se realize em unidades de saúde (hospitais e maternidades) logo

após o seu nascimento e sem necessidade de deslocações às conservató-

rias. Para tal, nas unidades de saúde estará um funcionário do registo civil

com acesso directo à aplicação informática do registo civil que lavra ime-

diatamente o registo de nascimento. O registo do nascimento da criança

é efectuado na unidade de saúde, imediatamente após a apresentação do

pedido pelos pais. No registo de nascimento é, também, fi xado o nome

da criança que é escolhido pelos pais. Efectuado o registo de nascimento

é entregue aos pais um documento comprovativo do mesmo.

b) Atribuir o número de identifi cação civil que será um dos números que

constará futuramente no cartão do cidadão.

c) Permitir que a inscrição das crianças na Segurança Social e no Serviço

Nacional de Saúde se efectue logo após o seu nascimento e, a pedido

dos pais, também, nos Serviços de Finanças e, ainda, identifi car situações

de risco para as crianças. Valências estas que se encontram em fase de

desenvolvimento.

Page 126: Download VI Livro BPSP

130

Benefícios do Projecto:

O projecto nascer cidadão permite que o recém-nascido, português ou es-

trangeiro, seja registado imediatamente na maternidade perante funcionário

do registo civil facilitando, deste modo, a vida dos cidadãos ao evitar a sua

deslocação à conservatória do registo civil, fazendo uso dos meios disponi-

bilizados pelas modernas tecnologias em obediência aos princípios da sim-

plifi cação e da desburocratização, e oferecendo um serviço mais rápido,

mais cómodo e mais efi ciente.

O projecto nascer cidadão está disponível de segunda a sábado pelo pe-

ríodo de 7 horas diárias, possibilitando, assim, a realização do registo de

nascimento de todas as crianças que nascem nas unidades de saúde pois o

período de internamento da parturiente é, em regra, de 48 horas.

O nascer cidadão promove o registo imediato das crianças em três dimen-

sões simultâneas: no registo civil, no serviço de saúde e no serviço de se-

gurança social. Facilita-se aos pais a promoção do registo do fi lho de forma

desburocratizada e permite-se identifi car precocemente situações de risco

das crianças e de desprotecção social dos pais.

Encontra-se, ainda, em fase de desenvolvimento as comunicações automá-

ticas do nascimento à Segurança Social, ao Serviço Nacional de Saúde e, a

pedido dos pais aos Serviços de Finanças. Encontra-se igualmente em de-

senvolvimento as comunicações para efeitos de detecção de situação de

risco. Porém, alcançada a sua plenitude, o que deverá ocorrer no decurso

deste ano, o nascer passará a permitir que a criança passe a estar automa-

ticamente inscrita junto destas entidades. O sistema informático do registo

civil passará a enviar a informação sobre o nascimento, por via electrónica e

em separado, à Segurança Social, ao Serviço Nacional de Saúde e, a pedido,

aos Serviços de Finanças.

A detecção de crianças em situação de risco social tornar-se-á mais efi caz.

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131

Categoria 3

Melhoria de processos

SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

Nome do Projecto: RAPID – Reconhecimento Automático de Passageiros Identifi cados Documentalmente

Missão da Entidade:

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras é um Serviço de Segurança, que tem

por missão o controlo da circulação de pessoas nas fronteiras, da entrada,

da permanência e da actividade de estrangeiros em território nacional, a

prevenção e repressão da criminalidade relacionada com a imigração e o

tráfi co de pessoas, a instrução dos processos de concessão dos estatutos de

igualdade, refugiado e da gestão do sistema de informação e emissão dos

passaportes para cidadãos nacionais e dos documentos para estrangeiros.

Descrição do Projecto:

O RAPID é um equipamento electrónico que realiza de forma automática

e sem intervenção humana nos procedimentos de Controlo de Fronteira.

No plano da melhoria na gestão das fronteiras, o Serviço de Estrangeiros e

Fronteiras inovou de forma signifi cativa com a criação de um sistema que

tira partido da existência de dados biométricos, nos novos passaportes elec-

trónicos, possibilitando um forte aumento da efi ciência e segurança dos

meios no controlo de fronteira e, em simultâneo, agilizando signifi cativa-

mente o controlo de fronteira para passageiros munidos com este tipo de

passaporte.

O desenvolvimento e implementação deste sistema por Portugal correspon-

de à necessidade e ao objectivo de uma forte racionalização de meios, um

grande aumento da efi ciência, e, consequentemente, uma signifi cativa me-

lhoria nos níveis de serviço no Controlo de Fronteira, que serve também a

competitividade do turismo português.

O Projecto RAPID confi gura o primeiro sistema do mundo que permitiu

o controlo automatizado de passageiros munidos apenas com o seu passa-

porte electrónico. Este sistema integra as funções de leitura e controlo dos

passaportes electrónicos com uma inovadora unidade de validação e veri-

Page 128: Download VI Livro BPSP

132

fi cação de dados biográfi cos, numa primeira fase e de dados biométricos,

numa segunda fase. Em cada uma das fases há um controlo directo sobre

o automatismo de abertura das portas, reduzindo o processo de passagem

de fronteira para uma duração média inferior a 20 segundos, garantindo

um signifi cativo aumento no fl uxo dos passageiros ao nível do controlo de

fronteira. Através de um inovador sistema de sensores, garante-se ainda que

o controlo seja realizado passageiro a passageiro.

O Projecto RAPID é um projecto concebido pelo SEF, produzido pela em-

presa portuguesa Vision-Box e foi objecto de várias avaliações positivas.

O RAPID já está instalado e a funcionar em plena produção nos Terminais

1 e 2 do Aeroporto de Lisboa, no aeroporto do Funchal e no aeroporto de

Faro. No primeiro semestre de 2008, as estações RAPID chegam aos restan-

tes aeroportos internacionais.

Nesta fase inicial as estações RAPID estão a operar apenas para os passa-

geiros portadores de passaportes electrónicos europeus, com mais de 18

anos.

Benefícios do Projecto:

Este projecto apresenta benefícios directos:

• Para o cidadão: o controlo de fronteira passa a ser um serviço de fácil

acesso e de qualidade controlada (20 segundos), proporcionando maior

comodidade e ganho signifi cativo no tempo de passagem no controlo

de fronteira;

• Para os Operadores Aeroportuários: o controlo de fronteira passou a ser

uma das operações aeroportuárias com níveis de serviço de excelência,

para os passageiros;

• Para os Operadores Turísticos: apresenta-se como uma mais valia, ga-

rantindo um menor tempo no trânsito aeroportuário, aumentando a sua

competitividade;

• Para a Administração Pública: representa uma signifi cativa medida de sim-

plifi cação administrativa, redução do processo burocrático e uma redu-

ção substancial de custos pela racionalização dos meios envolvidos;

• Para o País: o controlo de fronteira é uma operação mais segura, com a

garantia de um controlo documental e de passageiro efi ciente, realizada

de forma mais racional e de menores custos.

Page 129: Download VI Livro BPSP

133

Categoria 3

Melhoria de processos

Candidatos

GRUPO 1 Administração Central e Regional

CCDR-LVT – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento

de Lisboa e Vale do Tejo: Plataforma Colaborativa

A Plataforma Colaborativa para Elaboração e Discussão do Plano Regional

de Ordenamento do Território para o Oeste e Vale do Tejo corresponde

a uma aplicação informática disponibilizada em ambiente Internet e que

funciona como forma de interacção entre os diversos interlocutores do

Plano, desde a equipa de elaboração, à estrutura de acompanhamento

(86 entidades – administrações central e local e actores regionais), pas-

sando pela coordenação.

Num primeiro nível, os interlocutores anteriormente referenciados in-

teragem num segmento da Plataforma à qual se tem acesso através de

um registo prévio, podendo ter acesso e disponibilizar documentos, con-

sultar a agenda de trabalhos, entre outras operações importantes para a

evolução dos trabalhos.

Num segundo nível está a parte visível para o público em geral, onde

são disponibilizadas notícias e informações relativas ao desenrolar dos

trabalhos, sendo também disponibilizados os documentos que vão sen-

do aprovados pela Comissão que acompanha o Plano. Esta componente

tenderá a ganhar relevância no período de discussão pública do Plano

(prevista para o 2º trimestre deste ano).

CCDR-LVT – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento

de Lisboa e Vale do Tejo: Normas de Procedimento do Ordenamento do

Território e do Ambiente

A fi nalidade central da execução deste projecto foi a de objectivar e faci-

litar a relação da CCDR-LVT com os seus interlocutores (Cidadãos, Câma-

ras Municipais, empresas privadas, etc.) e reduzir os prazos de resposta às

solicitações apresentadas, isto é, reduzir os prazos de planeamento e de

licenciamento ambiental e territorial. Assim, a normalização de procedi-

Page 130: Download VI Livro BPSP

134

mentos, circuitos e formulários foi uma componente importante do pro-

jecto, assim como a simplifi cação da tramitação dos processos dentro da

CCDR-LVT. Os prazos de resposta foram encurtados em várias semanas e

meses, dependendo do tipo de processo considerado.

O projecto abrange um conjunto de 30 tipos de processos de planeamen-

to e de licenciamento, sendo 9 da área do Ordenamento do Território e

21 da área do Ambiente. Durante a elaboração das Normas procedeu-se à

análise, racionalização e sistematização dos passos de cada procedimen-

to, tendo como objectivo simplifi car e normalizar a tramitação dos pro-

cessos e as respectivas instruções e documentos de suporte, no quadro

da legislação em vigor.

As Normas elaboradas foram divulgadas publicamente em Julho de 2005

sob a forma de um Manual de Normas impresso e de um CD-ROM, e

através do site da CCDR-LVT. O Manual e o CD-ROM foram distribuídos

a cerca de 300 entidades públicas e privadas.

O site foi visitado no período de 24/07/06 a 24/01/08, no contexto dos

“top dos 100” fi cheiros mais consultados, por um número de utilizadores

que as colocam num posicionamento de 22 para as do Ambiente e de 26

para o Ordenamento.

CCDR-LVT – Comissão de Coordenação

e Desenvolvimento de Lisboa e Vale do Tejo:

Gestão Estratégica da Região de Lisboa e Vale do Tejo

O projecto “Gestão Estratégica da RLVT” assenta numa metodologia ino-

vadora para a gestão e acompanhamento do desenvolvimento económi-

co, social e territorial da Região de Lisboa e Vale do Tejo, perante o

desafi o de executar efi cazmente instrumentos como o Plano Estratégico

da RLVT (2000-2010) e do Programa Operacional da RLVT (2000-2006).

É realizado por uma equipa de especialistas em três domínios de moni-

torização – Território, Pessoas e Organizações – apoiada por técnicos da

CCDR, e tem por função apreciar a coerência das estratégias e dos ob-

jectivos seleccionados de acordo com as características das populações,

das sub-regiões e dos agentes económicos e sociais, e avaliar os efeitos

e impactos resultantes das acções desenvolvidas. Tem como objectivo

imediato melhorar os processos de decisão, e também de aprofundar as

dinâmicas sociais, económicas e territoriais sobre as quais se intervém.

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135

Categoria 3

Melhoria de processos

CEGER – Centro de Gestão da Rede Informática

do Governo: RedeLex – Rede do Procedimento

Legislativo Electrónico

A Convenção de Certifi cação Electrónica celebrada em 24 de Outubro

de 2006 entre os órgãos de soberania do Estado Português visou estabe-

lecer os princípios para a criação do sistema de informação da RedeLeX

– Rede do Procedimento Legislativo Electrónico.

O procedimento legislativo electrónico, actualmente em período experi-

mental desde 3 de Novembro de 2007, utiliza uma rede privada de teleco-

municações segura – a RedeLeX – que interliga os órgãos de soberania que

participam no procedimento legislativo (Presidência da República, Assem-

bleia da República, Governo e, quando aplicável, Tribunal Constitucional).

Este sistema de informação adopta os princípios e regras do Sistema de

Certifi cação Electrónica do Estado, garantindo a autenticação forte de

identidades e assinaturas nos diplomas, bem como nos demais actos as-

sociados às várias fases do procedimento legislativo.

As entidades intervenientes no procedimento legislativo utilizam uma

certifi cadora comum (Certifi cadora do Procedimento Legislativo) que

gere os certifi cados digitais qualifi cados para autenticação das identida-

des e assinaturas das pessoas com competência para praticar os actos

formais do procedimento legislativo.

A utilização da infra-estrutura de chaves públicas do Estado no âmbito do

Sistema de Certifi cação Electrónica do Estado garante, ainda, a integri-

dade dos diplomas circulados por via electrónica e a inviolabilidade das

assinaturas electrónicas apostas a estes documentos.

A circulação de documentos electrónicos é efectuada num sistema inte-

grado de comunicações e num sistema aplicacional de acesso reservado

(Aplicação RedeLeX) que permite a circulação de documentos ao longo

das diversas fases do procedimento legislativo, recorrendo, para tal, a

uma página em ambiente web com acesso seguro e exclusivo pelo órgão

de soberania interveniente em cada fase.

DGRHE – Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação:

Concurso de Acesso à Categoria de Professor Titular

Decorrente da reconfi guração do modelo da carreira docente, foi publi-

cado em 22 de Maio de 2007 o diploma que estabeleceu o regime do pri-

Page 132: Download VI Livro BPSP

136

meiro concurso de acesso à categoria de professor titular. Este concurso

visou dotar as escolas de um corpo de docentes altamente qualifi cado,

com mais experiência, formação e autoridade, tendo como objectivo me-

lhorar a prática pedagógica e consequente aumento do sucesso escolar.

A materialização deste concurso, considerando o período de tempo dis-

ponível e os vários milhares de candidatos que envolveu, só foi possível

com o suporte de uma fi ável plataforma electrónica, de fácil acesso e

manuseamento, concebida para o efeito.

A utilização deste formato electrónico permitiu, em primeira instância, a

realização do mencionado processo concursal, num curtíssimo período

de tempo, tendo em conta que no dia 1 de Setembro, impreterivelmente,

os docentes deveriam estar providos em professor titular; sendo também

de destacar a resposta célere dada aos candidatos e demais intervenien-

tes, durante as várias fases do concurso, com sucessivas actualizações

dos dados.

Escola Prática Infantaria: Portal Colaborativo

O Portal Colaborativo da Escola Prática de Infantaria, é baseado no Mi-

crosoft Windows SharePoint Services 2.0 com o intuito de criar um local

onde os militares e civis da unidade, aos diversos níveis da estrutura or-

ganizacional, pudessem comunicar, partilhar documentos, e trabalhar em

conjunto em projectos ou estudos, quer na vertente Formativa (o Core

Business da Unidade), quer na vertente da “Escola Regimental” (área ad-

ministrativa e de funcionamento).

A infl uência do Portal Colaborativo na melhoria dos processos de tra-

balho da Escola Prática de Infantaria teve refl exo directo nas seguintes

áreas de actuação:

• Gestão da Formação: partilha de recursos de formação e de apoio à

formação, tirando para isso partido da Rede de Dados do Exército,

uma das maiores redes corporativas a operar no país. Além disso,

o portal Colaborativo serve de suporte a outras aplicações, nomea-

damente o Moodle@EPI, recentemente implementado, e o Centro

de Lições Aprendidas;

• Gestão da Escola: tendo em conta a estrutura organizacional des-

ta unidade militar, superiormente defi nida, e fi sicamente sedeada

num Monumento Nacional (o Convento de Mafra), o Portal Colabo-

Page 133: Download VI Livro BPSP

137

Categoria 3

Melhoria de processos

rativo foi instituído como ferramenta importante da Gestão Corren-

te da Vida da Unidade, em áreas tão distintas como as Operações,

a Logística, o Apoio à Formação, o Apoio de Serviços, e inclusiva-

mente a Estrutura de Apoio ao Centro Novas Oportunidades que se

encontra em funcionamento na Escola;

• Avaliação Externa da Formação: utilizando as ferramentas disponi-

bilizadas pelo Portal Colaborativo (ao qual todo o Exército pode

aceder), são realizados inquéritos e aplicados outros instrumentos

de avaliação, acessíveis em todo o território Nacional, Continente

e Ilhas;

• Preservação ambiental: através da redução de consumíveis, com

especial ênfase no papel e toner/tinteiros de impressora.

IEFP – Instituto do Emprego e Formação

Profi ssional, IP: MAPA – Manuais de Procedimentos

das Áreas Administrativas

O projecto MAPA desenrolou-se em duas etapas distintas e sequenciais, a

saber: MAPA I: levantamento, reengenharia e mapeamento de processos,

seguido de elaboração e disseminação a nível nacional dos manuais de

processos e de procedimentos, incluindo as políticas e análise de risco

dos mesmos, para as áreas de aquisições, património e de logística e

armazéns; MAPA II: desenvolvimento de competências a nível nacional,

em matérias específi cas de análise de risco e de melhoria contínua de

processos, enquanto vector crítico para a consolidação da mudança de

paradigma de gestão, agora orientada à arquitectura de processos e à

melhoria do seu desempenho.

O projecto culminou com o desenvolvimento de uma plataforma especí-

fi ca de ensino à distância segundo padrões universais de CBT (computer

base training), enquanto instrumento essencial para chegar a um públi-

co mais alargado dentro da organização.

IRAR – Instituto Regulador de Águas e Resíduos:

Portal IRAR, Plataforma de e-governmentO Portal IRAR constitui-se como uma ferramenta de e-government que

permite melhorar a efi cácia e a efi ciência de funcionamento do Instituto,

Page 134: Download VI Livro BPSP

138

através da disponibilização de um conjunto de aplicações e de informa-

ção úteis aos colaboradores. Paralelamente constitui-se como o elemento

determinante para a comunicação com as entidades reguladas e com o

público em geral.

A nível interno, o Portal IRAR inclui várias aplicações destinadas a melho-

rar o funcionamento do Instituto, nomeadamente um sistema de gestão

documental e de processos, um sistema de gestão de pedidos, uma mó-

dulo de fóruns, de gestão de salas, uma biblioteca (publicações, imagens,

legislação e clipping de imprensa) e um directório com informação do

sector. Este directório centraliza toda a informação de negócio relevante

para actividade da organização (contactos externos e internos, informa-

ção das entidades reguladas, e outras entidades que se relacionam com

o IRAR).

A nível externo, para as entidades reguladas, foi criado um conjunto de

formulários externos para reporte de informação ao IRAR, estando igual-

mente disponíveis algumas das aplicações acessíveis aos colaboradores

do IRAR (directório, gestão de pedidos, biblioteca e fóruns).

Todo o Portal assenta numa lógica de perfi s de acesso, pelo que cada

utilizador apenas tem visibilidade sobre as aplicações e informação que

necessita.

Para além de constituir um interface, o Portal IRAR é também o repositó-

rio de informação que alimenta outros interfaces , como sejam o sítio do

IRAR na Internet e o sistema de informação geográfi ca do IRAR.

IRN – Instituto dos Registos e do Notariado,

IP e AMA – Agência para a Modernização Administrativa, IP:

Certidão Permanente

A certidão permanente corresponde ao acesso, através da Internet, em

tempo real e em qualquer momento, a todos os registos de uma entidade

registada em conservatória do registo comercial informatizada (socieda-

des, cooperativas, empresas públicas e outras entidades sujeitas a registo

comercial).

O pedido de uma certidão permanente pode ser efectuado na Internet,

em qualquer um dos seguintes canais: Portal da Empresa e Publicação

On-Line de Acto Societário, Portal do Cidadão ou em qualquer conserva-

tória do registo comercial.

Page 135: Download VI Livro BPSP

139

Categoria 3

Melhoria de processos

A certidão permanente contém todos registos da entidade comercial e

todos os pedidos de registo por transcrição ou por depósito, ainda pen-

dentes de elaboração ou confi rmação, sendo que relativamente a estes

é disponibilizada informação sobre o número da Apresentação e/ ou do

Depósito pendentes, com a identifi cação do tipo de actos requeridos.

Este serviço é subscrito através de assinatura, que pode ser por um, dois,

três ou quatro anos. De modo a alertar o requerente do fi m do prazo de

validade da certidão permanente serão enviadas, por e-mail , três notifi -

cações: 30 dias antes, sete dias antes e um dia antes.

Se durante o prazo de vigência da certidão forem efectuados registos

sobre a entidade comercial a que respeita, a certidão permanente refl ec-

te-os, razão pela qual corresponde à divulgação sempre actualizada do

conteúdo do registo.

SRSL – Sub-Região de Saúde de Leiria: SIIGF

– Sistema Integrado de Informação e Gestão da Formação

O SIIGF é uma aplicação informática desenvolvida em ambiente Intranet,

com competências na gestão global de um serviço de Formação e respei-

tando a segurança de dados pessoais. Baseia-se no princípio de navega-

ção interactiva, promovendo a utilização em massa das novas tecnologias

de informação e comunicação, com consequentes ganhos ao nível da

gestão das instituições de saúde. Este sistema “rompe” com as tradicio-

nais práticas administrativas, assentes em procedimentos burocráticos,

transformando os procedimentos inefi cientes (em suporte de papel) em

novas práticas alicerçadas em procedimentos electrónicos de qualidade,

transparentes e efi cientes, suportados por soluções tecnológicas raciona-

lizadas, susceptíveis de serem generalizados e “disseminados” por outras

organizações.

O SIIGF é constituído por uma aplicação informática que gere as inscrições

internas, pedidos de Comissão Gratuita de Serviço e requerimentos On-

line, desenvolvida em linguagem PHP. Tem uma base de dados MySQL, e

corre num servidor LINUX da SRSL. Está dividida em 2 módulos: um Front-

End, para os utilizadores, no qual é possível registar a inscrição interna, pe-

dido de Comissão Gratuita de Serviço ou requerimento e, posteriormente,

consultar resultados, entre outras funcionalidades. É permitido a qual-

quer utilizador, desde que faça parte da base de dados de pessoal da SRSL

Page 136: Download VI Livro BPSP

140

registar (ou requerer) a sua Comissão Gratuita de Serviço, inscrição

ou requerimento, preenchendo correctamente os dados no formulário

electrónico padrão e submeter o pedido para decisão superior. O utiliza-

dor recebe um e-mail automático de confi rmação de envio do pedido, e

é-lhe dada a possibilidade de acompanhar as fases de apreciação do seu

pedido. O outro, um Back-End, onde o superior hierárquico, o responsá-

vel pelo Serviço Técnico de Formação e o Coordenador da Sub-Região de

Saúde, proferem os seus despachos. Depois de apreciado superiormente

o pedido, o requerente, poderá consultar e imprimir o pedido de Co-

missão Gratuita de Serviço ou requerimento devidamente despachado.

Salienta-se que de forma a simplifi car e a tornar mais efi ciente o pro-

cesso de inscrição/pedido e consulta de resultados, o utilizador ao fazer

login na aplicação, só tem acesso aos dados referentes ao seu Serviço ou

Centro de Saúde (CS). Por outro lado, a SRSL, através do Administrador

informático do SIIGF, tem uma aplicação de back-offi ce que lhe permite

gerir toda a informação.

Turismo de Portugal, IP: Optimizar pela Transformação

da Arquitectura de Processos e Sistemas

A estrutura do Turismo de Portugal, IP, surge em Abril de 2007 da fusão

de atribuições dos quatro organismos públicos com funções ligadas ao

turismo. Este projecto visou dotar esta estrutura dos meios, ao nível de

processos, sistemas e aplicações, que alinhem a nova instituição e a sua

missão, potenciem as sinergias desta fusão e que a posicionem ao nível

das melhores práticas nacionais e internacionais, garantindo dessa forma

um desempenho de excelência e um efeito de demonstração e de visibi-

lidade muito signifi cativos na dinamização da modernização da Adminis-

tração Pública. Defi niram-se como principais objectivos: Garantir as con-

dições sufi cientes e necessárias para o Turismo de Portugal, IP operar de

forma integrada, nomeadamente através do apoio aos processos comuns,

garantindo a operacionalização dos processos de suporte comuns ao Tu-

rismo de Portugal, IP, da revisão das aplicações disponíveis para suportar

processos chave de suporte comuns, identifi cando qual o suporte neces-

sário a desenvolver para garantir os processos de forma unifi cada, e do de-

senvolvimento do conceito base do posto de trabalho integrado; Defi nir

um plano de implementação que permita ao Turismo de Portugal, IP ob-

Page 137: Download VI Livro BPSP

141

Categoria 3

Melhoria de processos

ter as sinergias resultantes da fusão de 4 organismos e em linha com as

iniciativas constantes no SIMPLEX 2007; Criar uma dinâmica de mudança

e inovação, fundamentada na motivação e envolvimento das pessoas que

constituem a organização.

A implementação está a ser efectuada de forma progressiva, e deve passar

pelas seguintes fases: preparação e pilotos, integração e optimização.

GRUPO 2 Administração Local

Câmara Municipal de Estremoz: Melhoria Contínua

O executivo eleito em 2005 criou um novo pelouro de “Inovação e

Modernização”, tendo sido constituído um Gabinete com esse nome. A

ideia era desmistifi car antigas mentalidades e métodos de trabalho para

se passar a inovar e a operar com novas “Ferramentas” que iam surgindo

e que pareciam fundamentais para melhorar os serviços prestados aos

cidadãos/clientes, aumentando a sua satisfação, bem como a satisfação

dos colaboradores da autarquia.

Passou a usar-se como referencial a Norma ISO 9001:2000, bem como

outros métodos considerados essenciais, nomeadamente a avaliação in-

terna de todos os serviços possíveis (pelos colaboradores na qualidade

de utilizadores) através da aplicação de questionários adaptados a cada

serviço. Em Janeiro de 2008 foi disponibilizado um novo serviço de in-

formática – uma solução de Gestão de Incidentes Informáticos, onde os

funcionários passam a reportar e a registar todos os incidentes informáti-

cos numa aplicação Web. Para além de acompanharem o estado de cada

incidente, efectuam também a sua avaliação, permitindo assim avaliar a

qualidade do serviço em vários parâmetros. A aplicação permite também

ao serviço de informática ter o inventário de hardware e software actua-

lizado. Estas medidas foram tomadas de modo a resolver problemas diag-

nosticados, e culminaram na atribuição da certifi cação de qualidade em

Janeiro de 2008. Implementou-se também um plano de apoio e manuten-

ção do património informático das escolas básicas 1º ciclo do concelho.

Page 138: Download VI Livro BPSP

142

Assim, e em conformidade com uma melhoria continua da qualidade de

serviço, foram promovidas várias iniciativas: Feira do Automóvel, Feira

das Escolas, FIAPE, Feira da Casa, Juvemoz, Encontrartes, Cozinha dos

Ganhões e o Estremoz Solidário.

Câmara Municipal de Loures: Auto-avaliação das diferentes

estruturas de departamento de Recursos Humanos

A promoção da Qualidade e a orientação para a Excelência são novos

desafi os colocados às organizações públicas. Neste sentido, foi defi nido

como objectivo primordial a prestação de um serviço com qualidade por

parte do Departamento de Recursos Humanos (DRH) da Câmara Muni-

cipal de Loures, sendo assim defi nida a implementação da metodologia

CAF (Common Assessment Framework) a todo o Departamento. Este

projecto está a ser desenvolvido através da defi nição dos seguintes objec-

tivos: proceder à auto-avaliação das diferentes estruturas do DRH, com

vista à posterior intervenção ao nível das acções de melhoria; no con-

texto do SIADAP (Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho na

Administração Pública), defi nir objectivos de serviços e de colaboradores

para a avaliação desempenho.

A CAF surge como um modelo de diagnóstico organizacional que per-

mite a identifi cação dos pontos fortes e das oportunidades de melhoria

das Áreas, a revelação das percepções dos colaboradores relativamente

às suas próprias Áreas, os níveis de satisfação quer dos colaboradores

quer dos clientes, etc. Todos estes indicadores vão permitir o desenvol-

vimento de inúmeros projectos que visam melhorar o desempenho e a

prestação do serviço. Através da aplicação da CAF pretende-se construir

projectos de mudança, com base no conhecimento do “estado de saúde”

do DRH e das suas Unidades Orgânicas.

Este grande projecto está a ser faseado tendo em conta a dimensão do

Departamento e a familiarização de todos os colaboradores com estes

novos conceitos.

Câmara Municipal de Sintra: Compras Electrónicas

A Câmara Municipal de Sintra, pretendendo estar na vanguarda da inovação

tecnológica, com o objectivo de disponibilizar as suas consultas ao merca-

Page 139: Download VI Livro BPSP

143

Categoria 3

Melhoria de processos

do da forma mais expedita possível, bem como convergir com o Programa

Nacional de Compras Electrónicas, estabeleceu como principais objecti-

vos: promover a efi ciência do processo aquisitivo público, gerando ganhos

e poupanças estruturais, facilitando e alargando o acesso das empresas

ao mercado de compras públicas e aumentando a transparência e a qua-

lidade de serviço prestado; criar dinâmicas de modernização junto dos

agentes económicos, promovendo a sua competitividade e produtivida-

de, e induzindo a adopção de novas práticas de comércio electrónico a

nível nacional.

Assim, nos termos do DL 197/99, conjugado com o DL 104/2002, de

12 de Abril, a CMS procedeu ao lançamento de 11 concursos públicos,

unicamente pela via desmaterializada, através da utilização de uma plata-

forma de comércio electrónico. Para além dos concursos públicos, foram

também lançados por esta via mais 13 procedimentos diversos. Os mon-

tantes de adjudicação envolvidos totalizam cerca de € 3.375.000 + IVA.

Nesta metodologia de trabalho, estão inseridas as vertentes ligadas a

existências, com a criação de um catálogo digital e subsequentes requi-

sições electrónicas, bem como uma vertente de gestão documental a

remeter à orgânica responsável pelas compras contratualizadas pela via

electrónica.

GRUPO 3 Instituições de Ensino Superior

Administração da Universidade

de Coimbra: UC – A uma tecla de distância

O desenvolvimento e implementação do processo de matrículas on-line

dos estudantes colocados pela 1ª vez na Universidade de Coimbra (UC),

através do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, surgiram

na prossecução de uma linha de modernização e de utilização racional

das novas tecnologias em prol de uma melhor efi ciência e uma maior

efi cácia na prestação de serviços aos estudantes. Com a implementação

dos mecanismos informáticos e articulação de circuitos de informação

entre diversas entidades, conseguiu-se a concepção de uma ferramen-

Page 140: Download VI Livro BPSP

144

ta de acesso via web que permitiu aos estudantes aceder aos campos

para preenchimento de dados pessoais, ao plano de estudos (disciplinas

obrigatórias e disciplinas opcionais para escolha, de acordo com a sua

preferência), bem como a todos os inquéritos solicitados anualmente

pela Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), pela própria UC (para

posterior tratamento estatístico) e ainda pela Caixa Geral de Depósitos

(CGD) (entidade emissora do Cartão de Estudante). Procurou-se criar um

interface web simples, agradável e de fácil manuseamento para o estu-

dante, não o obrigando a buscas desnecessárias ou a campos sucessivos

de directivas de preenchimento, proporcionando uma ferramenta acessí-

vel, que levou o estudante a encarar o processo de regularização escolar

(matrícula), como um acto normal de acesso a uma página de pesquisa,

em que a acção decorre no seu próprio espaço.

IPP – Instituto Politécnico de Portalegre:

Arquivo e Documentação, Uniformização de Procedimentos

Projecto conducente à uniformização de procedimentos arquivísticos em

todas as Unidades Orgânicas do Instituto e à criação de metodologias de

trabalho uniformes, que permitam fazer uma gestão efi caz e efi ciente do

ciclo de vida dos documentos, desde o Arquivo corrente ao defi nitivo,

não esquecendo o intermédio.

Assim, as tarefas levadas a cabo foram as seguintes:

1. Uniformização do classifi cador de documentos, uma vez que permi-

te a mesma organização dos processos em todas as Unidades Orgâni-

cas, o que torna mais fácil a organização e difusão da informação;

2. Aquisição de um software de gestão documental (X-Arq) comum,

que abranja as três fases do ciclo de vida dos documentos;

3. Digitalização e associação de todos os documentos recebidos e

expedidos abolindo o copiador de documentos;

4. Disponibilização da consulta on-line dos documentos através da

aquisição do módulo de pesquisa Web;

5. Uniformização dos impressos mais utilizados, como sejam os ofí-

cios, fax, folhas de informação/proposta e folhas timbradas;

6. Codifi cação de todos os impressos existentes nas várias secções de

forma a facilitar a gestão da informação, já que actualmente só está

disponível na intranet a última versão dos mesmos;

Page 141: Download VI Livro BPSP

145

Categoria 3

Melhoria de processos

7. Elaboração de um conjunto de normas de utilização e gestão efi caz

dos Arquivos do Instituto Politécnico de Portalegre;

8. Celebração de um protocolo de cooperação com o Arquivo Distri-

tal de Portalegre para a realização do serviço de microfi lmagem;

9. Realização de uma parceria com o Centro Regional de Segurança

Social de Portalegre para promover a reciclagem e venda do papel.

GRUPO 4 Instituições de Saúde

CHBC – Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE:

Implementação de Boas Práticas nos Processos Laboratoriais

O Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. iniciou em 2004 a implemen-

tação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2000 no Serviço de

Patologia Clínica, Serviço de Imuno-hemoterapia e Serviço de Anatomia

Patológica, co-fi nanciado pelo FEDER, no âmbito de uma candidatura à

Medida 2.3 do Saúde XXI – Certifi cação e Garantia da Qualidade. Este

projecto tinha como fi nalidade a introdução de metodologias efi cazes

de gestão, pretendendo-se também evidenciar boas práticas e controlo

das actividades desenvolvidas por estes três serviços, pertencentes ao

Departamento de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

do Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE.

O projecto iniciou-se com o enquadramento do Sistema de Gestão da

Qualidade, tendo-se procedido à análise de diversos aspectos na institui-

ção, nomeadamente, o reconhecimento da necessidade de mudança, al-

teração dos processos com a sistematização das actividades, promovendo

a melhoria dos fl uxos (informação, comunicação e resultados) e a identi-

fi cação das oportunidades de melhoria. Numa segunda fase procedeu-se

à defi nição dos objectivos gerais dos serviços, tendo em consideração a

estratégia delineada para o desenvolvimento das suas actividades/proces-

sos. Em Outubro de 2005, e após uma auditoria externa, realizada pela

APCER, ao Sistema de Gestão da Qualidade dos três serviços, foi-lhes atri-

buído o certifi cado de conformidade do Sistema de Gestão da Qualidade

ISO 9001:2000.

Page 142: Download VI Livro BPSP

146

O Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE decidiu assegurar a continuida-

de operacional deste Sistema, garantida diariamente pelos três serviços

envolvidos, através da gestão de processos e das constantes adaptações

no âmbito da dinâmica da Melhoria Contínua, de acordo com o modelo

PDCA (“Plan-Do-Check-Act”) ou Ciclo de Deming.

CHBC – Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE:

Boas Práticas nos Serviços Farmacêuticos

O projecto iniciou-se com o enquadramento do Sistema de Gestão da

Qualidade tendo-se procedido, nesta fase, à análise de diversos aspec-

tos no serviço, nomeadamente, o reconhecimento da necessidade de

mudança, melhoria da qualidade, em termos de efectividade e seguran-

ça, melhoria da efi ciência, dos sistemas de trabalho e da segurança dos

profi ssionais. Esta nova abordagem obrigou a uma mudança profunda

nos processos de gestão operacional praticados, conjugando sinergias,

promovendo a efi ciência e a eliminação do desperdício. Nesse sentido,

e considerando que a excelência deve ser baseada em Boas Práticas na

Farmácia Hospitalar e num Programa de Garantia de Qualidade, foi de-

senvolvido, mantido e melhorado o Sistema de Gestão da Qualidade dos

Serviços Farmacêuticos de acordo com as cláusulas da Norma NP EN

ISO 9001:2000 e Normas de Acreditação da Joint Commission Inter-

national. Como tal, foram identifi cados e documentados os processos

necessários para o Sistema de Gestão da Qualidade e para a sua aplicação

em toda a Organização, sendo que em 2007 os Serviços Farmacêuticos se

encontravam a funcionar de acordo com requisitos do SGQ.

CHLC – Centro Hospitalar de Lisboa Central:

Sistema de Comunicação Integrada das Equipas de Saúde

O Sistema de Comunicação Integrada das Equipas de Saúde tem por ob-

jectivo melhorar a comunicação entre os diversos profi ssionais de saúde

envolvidos num acto clínico, promovendo a sinergia inter-serviços, agili-

zando a comunicação e diminuindo o tempo de demora entre as várias

fases do processo de cuidar. O sistema baseia-se num software (Conne-

xAll) que gera informação em tempo real, através do processamento de

comunicação entre os vários tipos de equipamento (telemóvel, telefone

Page 143: Download VI Livro BPSP

147

Categoria 3

Melhoria de processos

fi xo com e sem fi os, computador ou outro) e o operador humano, com

vários níveis de segurança e elaboração de relatórios de actividade “just

in time”. Com este sistema é possível requisitar serviços, profi ssionais ou

prestar informação de estados, em tempo real, permanecendo junto do

utente ou do posto de trabalho.

Esta metodologia de trabalho pode ser aplicada a qualquer serviço me-

lhorando a gestão do serviço hospitalar. Numa fase piloto, o sistema foi

instalado no bloco operatório de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de

Santa Marta; os resultados verifi cados induziram o alargamento do pro-

jecto a outros serviços.

CHP – Centro Hospitalar do Porto, EPE:

Desmaterialização do Processo Clínico

O projecto aqui apresentado corresponde à desmaterialização do Proces-

so Clínico no HGSA – Hospital Geral de Santo António. A necessidade

de um instrumento uniformizado que concentrasse toda a informação

clínica sobre os doentes, de uma forma transversal e que servisse de su-

porte à decisão e actuação clínica, motivou este projecto, no sentido de

ser desenvolvido e implementado o Processo Clínico Electrónico (PCE),

cujos principais objectivos são enunciados a seguir:

• Registar de uma forma segura, consistente, efi ciente, clara e estru-

turada todos os dados recolhidos sobre o doente, a patologia e a

terapia a aplicar, reduzindo signifi cativamente os erros na actuação

clínica;

• Mimetizar e complementar os processos de registo de informação,

assim como a sua difusão;

• Registar a situação clínica do doente e correspondentes avaliações

da mesma por parte dos profi ssionais de saúde;

• Fundamentar as acções tomadas relativamente à prática clínica e

tratamento do doente;

• Alavancar a investigação clínica e a produção científi ca;

• Disseminar este programa por outros hospitais que o pretendam

adquirir, e desse modo colmatar a falha existente no mercado da

Saúde em Portugal.

• Os serviços onde o sistema se encontra em funcionamento operam

praticamente sem o recurso ao papel. São de destacar os ganhos

Page 144: Download VI Livro BPSP

148

ao nível da rapidez de acesso à informação, na acuidade da infor-

mação, na rapidez e efi ciência na tomada de decisão e na seguran-

ça. A articulação do registo e consulta de informação clínica entre

os vários tipos de profi ssionais e a tomada de decisão em grupo,

onde intervém um conjunto heterogéneo de profi ssionais dos vá-

rios serviços/especialidades (diálogo facilitado), são dois aspectos

a assinalar.

CHVNG/E – Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/ Espinho:

Implementação do Novo Modelo Logístico e de Compras

A imagem do Serviço de Aprovisionamento do CHVNG/E junto dos Ser-

viços Clínicos foi apurada num questionário lançado aos utilizadores no

início do ano de 2007, onde foram identifi cados vários problemas como

o tempo de fornecimento, os erros de distribuição, a morosidade do for-

necimento e a não satisfação de pedidos pendentes.

Reconhecidos os problemas, verifi cou-se que as causas se deviam, so-

bretudo: à não utilização da aplicação informática existente nos pedido

de materiais ao armazém central (utilizando-se o e-mail ou o suporte de

papel); à inexistência de visibilidade nos stocks avançados; às práticas

de sobrestockagem nos serviços; à estrutura pavilhonar da Instituição,

agravada pela integração da Unidade de Espinho. O projecto de melhoria

contínua na área de logística, desenvolvido e implementado em parceria

com a Escola de Gestão do Porto, em curso desde Março de 2007, con-

templou as seguintes vertentes/fases: a) Desenho do modelo logístico,

assente num pressuposto de garantia de visibilidade dos stocks, quer da

Instituição, quer os disponibilizados pelo fornecedor (materiais à con-

signação) aos Serviços Clínicos, ao longo de toda a cadeia de abasteci-

mento, bem como na correcção do registo do consumo (até então feito

à saída do armazém) aproximando-o do momento do consumo real; b)

Implementação do modelo em serviços piloto; c Reorganização de pro-

cessos do armazém central com o objectivo de dotação de capacidade

de resposta; d) Revisão da organização, determinada pela necessidade de

focalizar os profi ssionais do Serviço nas suas áreas funcionais específi cas

(logística e compras), atribuindo-lhe ferramentas adequadas, reforçando

as suas competências e retirando-lhes as atribuições acessórias, e sem

valor acrescentado, ao funcionamento do serviço; e) Adaptação dos sis-

Page 145: Download VI Livro BPSP

149

Categoria 3

Melhoria de processos

temas de informação, contemplando a implementação dos pedidos infor-

máticos, o desenvolvimento dos módulos de suporte ao modelo logísti-

co: armazéns avançados, gestão de consignados e registo de consumos

(incluindo consignados e imputação ao doente) em PDAs; f) Adaptação

de infra-estruturas das áreas de escritórios e armazém central do Serviço

de Aprovisionamento.

Hospital de Santarém, EPE – Serviço de Patologia Clínica:

Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade

– Acreditação pela norma ISO NP ISO/IEC 17025

Um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), baseado na implementação

da Norma 17025 (Norma de acreditação de laboratórios), permite evi-

denciar a competência técnica de um laboratório, para além da sua orga-

nização. A sua implementação visa a melhoria contínua e o controlo da

qualidade global do laboratório. O Serviço de Patologia Clínica do Hos-

pital de Santarém foi o primeiro Serviço do Serviço Nacional de Saúde a

obter a Acreditação pelo IPAC, segundo a Norma NP EN ISO/IEC 17025,

em 19 de Janeiro de 2006.

O Projecto de Acreditação levou a repensar e a melhorar as instalações.

Foi a 1ª grande mudança. A introdução dos requisitos de gestão levou

à 2ª grande mudança, traduzindo-se na implementação de procedimen-

tos e metodologias de trabalho, na realização de auditorias internas, na

defi nição e monitorização de objectivos da qualidade anuais e na avalia-

ção da satisfação do cliente. A qualifi cação e formação do pessoal são

fundamentais para um serviço de qualidade. A 3ª grande mudança foi a

mudança de atitude face à qualidade. O Serviço é um serviço público e

essa mudança é um processo lento, mas voluntário. O envolvimento ex-

ponencial dos colaboradores com o SGQ tem sido evidenciado em cada

auditoria. A aquisição do sistema informático (Appolo) e as consequentes

acções correctivas implementadas constituíram a 4ª grande mudança. A

5ª grande mudança foi a implementação de novos procedimentos e a

rastreabilidade associada aos ensaios.

Page 146: Download VI Livro BPSP

150

ULSM – Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE:

Criação de uma Rede Digital de Arquivo

A obsolescência dos métodos de diagnóstico através de imagem, reco-

lha, arquivo e distribuição, com resolução de baixa qualidade, originava

adiamentos de consultas e repetição de exames por não disponibilização

dos exames em tempo útil ou por difi culdades no diagnóstico. Era tam-

bém frequente a difi culdade de acesso/comunicação da informação do

doente entre o Hospital Pedro Hispano e os Centros de Saúde da ULSM,

originando duplicação desnecessária da requisição e realização de exa-

mes. Por outro lado, o nefasto e signifi cativo impacto ambiental causado

pelos inputs/outputs do processo tradicional – quantidade consumida

de resíduos líquidos (reveladores e fi xadores) e películas – exigiam a

sua minimização. Aliado a isto, o projecto ia de encontro ao eEurope

Action Plan, que defi niu como prioritárias acções que assegurassem a

mobilidade dos cidadãos na UE na área da saúde, a criação de redes de

informação através do desenvolvimento de infra-estruturas telemáticas

pelos prestadores de cuidados primários e hospitalares que contivessem

dados médicos essenciais para situações emergentes, e acesso seguro a

informação de saúde pessoal e que permitisse o tratamento em qualquer

Estado-Membro.

Neste contexto, a ULSM desenvolveu o projecto “Rede Digital de Ar-

quivo, Gestão e Distribuição de Imagem” (PACS) que consiste na im-

plementação de uma solução tecnológica que obtém imagens de valor

diagnóstico (RM, TAC, RX, Mamografi a, Ecografi a), arquivo e distribuição

das mesmas do sistema de arquivo de Radiologia Digital, para todos os lo-

cais adstritos (geografi camente dispersos) à ULSM, anulando-se o suporte

físico da imagem (películas).

Page 147: Download VI Livro BPSP

4Categoria

GestãoFinanceira

Page 148: Download VI Livro BPSP

152152

Venc

edor

esN

omea

dos

GRUPO ENTIDADE PROJECTO PRÉMIO

Administração

Local

Câmara Municipal de Águeda

Gestão Financeira… Pela Transparência 1º Prémio

Administração

Central e Regional

Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, IP (IGFCSS, IP)

Medidas de Atribuição do Excess Return

2º Prémio

Administração

Central e Regional

Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) e Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA)

Sistema Electrónico Integrado para a Efi cácia na Obtenção de Receitas Fiscais

2º Prémio

GRUPO ENTIDADE PROJECTO

Administração

Central e Regional

Instituto dos Registos e do Notariado, I. P. (IRN, I.P.), em conjunto com o Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça,IP (ITIJ, IP), a Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) e a Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA) do Ministério das Finanças e da Administração Pública, o Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Banco de Portugal

Informação Empresarial Simplifi cada

Instituições

de SaúdeUnidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Optimização e Centralização de MCDT

Page 149: Download VI Livro BPSP

153

Categoria 4

Gestão Financeira

Vencedores

Câmara Municipal de Águeda

Nome do Projecto: Gestão Financeira… Pela Transparência

Missão da Entidade:

A Câmara Municipal de Águeda defi niu como missão “Servir melhor, de for-

ma mais rápida e efi caz”. Gerir os recursos fi nanceiros de forma efi ciente e

efi caz é uma das principais tarefas necessárias à concretização dos objectivos

na medida em que o Servir Melhor implica, obviamente, o controlo rigoroso

das despesas e dos investimentos municipais.

Descrição do Projecto:

O Projecto defi ne-se nos seguintes pontos-chave:

• Análise de todos os procedimentos internos, objectivos a atingir e meios

para os concretizar – O Controlo Financeiro;

• Defi nição da metodologia de actuação no sentido de ser encontrada

uma solução que garanta o cumprimento das tarefas necessárias para

atingir os objectivos;

• Certifi cação da Qualidade dos Serviços;

Page 150: Download VI Livro BPSP

154

• Dotação de meios técnicos e equipamentos que permitam uma maior

celeridade no tratamento dos processos (automatização de tarefas),

maior segurança na circulação dos documentos dentro dos serviços

através da criação de circuitos (workfl ow) com responsáveis e prazos

de resposta predefi nidos consoante a difi culdade de cada tipo de pro-

cesso;

• Construção de um Arquivo Documental Digital que, associado ao work-

fl ow, permitiu que a circulação do papel tenha sido eliminada em cerca

de 85% (há processos que ainda não têm cobertura jurídica para se dis-

pensar o arquivo em papel);

• Criação de condições, através do Arquivo Documental Digital, para

garantir a segurança dos documentos e a acessibilidade em qualquer

posto de trabalho de acordo com o grau de permissões previamente

defi nido;

• Implementação dos Centros de Custos da Contabilidade Analítica que

permitem aferir com um grau de rigor desejável, os custos de cada obra,

se houve ou não desvio do valor orçamentado e quais as razões desse

desvio;

• Criação, como suporte à Contabilidade Analítica, de instrumentos de

funcionamento e do procedimento de requisição de materiais e recur-

sos em formulário próprio, em formato digital, que “carregam” imedia-

tamente na aplicação informática de apoio;

• Introdução de uma nova forma de comunicar com os fornecedores, utili-

zando SMS ou e-mail para dar conhecimento da transferência bancária;

Page 151: Download VI Livro BPSP

155

Categoria 4

Gestão Financeira

• Implementação do Balanced Scorecard para permitir um conhecimen-

to online da performance dos serviços municipais.

Este processo resulta de: reengenharia interna; parceria com as empresas

fornecedoras; avaliação das capacidades dos colaboradores, afectando-os

aos serviços para os quais tenham melhor perfi l; formação dos colaborado-

res para melhor resposta, utilizando as novas ferramentas técnicas disponí-

veis; processo de Gestão do Sistema da Qualidade que tem vindo a garantir

todo o processo de inovação e automatização das tarefas.

Por fi m, será sempre de realçar que o empenhamento dos Eleitos foi funda-

mental para a concretização deste projecto que nunca se considera como

terminado mas sempre em permanente actualização.

Benefícios do Projecto:

Não há dúvida de que o controlo das despesas foi o alvo e o principal objec-

tivo do projecto. No entanto, este objectivo é claramente complementado

com a melhoria interna dos serviços e uma clarifi cação de todo o percurso

que os documentos que originam a despesa e a justifi cam têm forçosamente

de cumprir.

A introdução dos Centros de Custo – Contabilidade Analítica – dá a garantia

de se obterem dados seguros e fi áveis sobre as despesas e receitas da Autar-

quia, onde e como são dispendidos os recursos fi nanceiros anuais.

O controlo das despesas, incluindo a verba do parque de máquinas e viatu-

ras permitiu uma redução drástica destes custos que, em muitos casos eram

originados pela manutenção de máquinas ou viaturas em “fi m de vida”, e

que uma gestão racional teria levado à sua substituição há já muito tempo.

Internamente, a nível dos serviços administrativos, o controlo das despesas

resultaram em economias signifi cativas, principalmente ao nível dos consu-

míveis, com a substituição de todas as impressoras, a sua centralização por

serviço e por máquinas com solução a laser.

Page 152: Download VI Livro BPSP

156

IGFCSS, IP – Instituto de Gestão

de Fundos de Capitalização

da Segurança Social, IP

Nome do Projecto: Medidas de atribuição do Excess Return

Missão da Entidade:

O Instituto tem como missão maximizar o valor dos activos sob gestão, de

acordo com as necessidades de longo prazo dos clientes.

Descrição do Projecto:

O IGFCSS, IP desenvolve a actividade de gestão de fundos. Atendendo às res-

trições previstas no regulamento de gestão do FEFSS – Fundo de Estabilização

Financeira da Segurança Social (mercados da União Europeia ou da OCDE),

o Conselho Directivo do IGFCSS, IP concluiu que o modelo de gestão de

fundos mais adequado é o da gestão indexada, isto é, gerir pequenos desvios

a uma carteira de referência adequada aos objectivos de médio prazo, a que

se chama benchmark. Esse diferencial – excess return – constituirá o valor

acrescentado gerado pelo IGFCSS, IP na gestão do FEFSS.

Por este motivo, a cadeia de tomada de decisões de investimento implementa-

da no IGFCSS, IP centra-se na formação de opinião sobre as grandes variáveis

macroeconómicas, sobre os mercados e sobre a permanente medição dos re-

sultados proporcionados pelos desvios decididos e pela respectiva execução.

Para tornar mais efectivas as decisões de investimento, o Instituto implemen-

tou um projecto de desenvolvimento do seu modelo de gestão de fundos

Page 153: Download VI Livro BPSP

157

Categoria 4

Gestão Financeira

assente na máxima ‘Medir, Gerir, Criar Valor’. A cadeia de tomada de decisões

de investimento integra os seguintes passos:

Formar Opinião > Fazer Proposta > Tomar Decisões > Executar

O esquema I ilustra as fases dessa cadeia e associa-lhes um enquadramento e

indicadores de medida.

A medição do valor acrescentado/destruído por cada uma das fases desta

cadeia é essencial para detectar o elo que necessita de aperfeiçoamento dos

instrumentos de apoio à decisão. Para tal foram construídos indicadores

para cada uma das fases.

A efectividade desta cadeia de tomada de decisão não seria realidade se não

estivesse ligada ao processo de avaliação de desempenho. É absolutamente

necessário responsabilizar e reconhecer quem desempenha para que os pro-

cessos sejam efectivos. As direcções responsáveis por cada passo da cadeia

de decisão e os seus colaboradores são avaliados por estes indicadores.

A actividade “gestão de activos” do IGFCSS, IP tem certifi cação ISO

9001:2000 desde Novembro/2007.

Benefícios do Projecto:

Após a construção e implementação destes indicadores foi já possível detec-

tar e corrigir fragilidades, nomeadamente, através do desenvolvimento das

ferramentas de apoio às propostas e à opinião e, noutros casos, mantém-se

a insatisfação com os resultados obtidos, o que identifi ca, de forma clara,

pontos de melhoria a desenvolver

Esquema 1

Page 154: Download VI Livro BPSP

158

A monitorização destes indicadores induziu uma focalização da actividade

de gestão de fundos nas variáveis mais relevantes, como sejam a sensibilida-

de para as variáveis com maior impacto no comportamento dos mercados

estudados, a selecção dos produtos fi nanceiros mais adequados, a evidência

Indicador Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Obj.

Índice mercados

a curto prazo

– acções

73% 78% 75% 67% 67% 69% 67% 67% 60%

Índice mercados

a curto prazo

– taxa de juro

58% 39% 42% 33% 33% 43% 40% 40% 60%

Índice macro

a médio prazo- - 38% 38% 31% 43% 52% 43% 50%

Índice mercados

a médio prazo- - 63% 55% 49% 45% 41% 39% 60%

Índice

de propostas0.17% 0.18% 0.08% -0.01% -0.02% -0.03% -0.26% -0.35% 0.35%

Índice

de execução0.32% 0.36% 0.59% 0.68% 0.75% 0.81% 1.14% 1.24% 0.13%

Índice

de execução

taxa de juro

-0.25% -0.35% -0.37% 0.07% -0.02% 0.02% 0.30% 0.38% 0.08%

Índice de

execução

acções

0.78% 0.88% 0.92% 1.11% 0.86% 0.67% 1.07% 1.24% 0.24%

Excess return 0.47% 0.53% 0.64% 0.68% 0.73% 0.80% 0.89% 0.89% 0.35%

A tabela seguinte evidencia a evolução daqueles indicadores:

Page 155: Download VI Livro BPSP

159

Categoria 4

Gestão Financeira

e relevância das diversas fontes de custos (transacção, liquidação, bid/ask

spreads, tracking error).

Os resultados fi nais obtidos são francamente satisfatórios, como é evidente

pela evolução do excess return ao longo do ano 2007, tendo sido possível

compensar as inefi ciências detectadas com a melhoria dos índices de execu-

ção. O modelo de gestão utilizado permitiu gerar um excess return de 0.89%

o que corresponde a um valor acrescentado de 62,4 milhões de Euros.

Este projecto envolveu todos os profi ssionais do IGFCSS, IP das Direcções

de Investimento e Estudos Planeamento e Controlo, bem como o Núcleo

da Qualidade.

Page 156: Download VI Livro BPSP

160

DGCI – Direcção-Geral dos Impostos

e DGITA – Direcção-Geral

de Informática e Apoio aos Serviços

Tributários e Aduaneiros

Nome do Projecto: Sistema Electrónico Integrado para a Efi cácia na Obtenção de Receitas Fiscais

Missão da Entidade – Execução da politica orçamental do estado.

Sistema Electrónico Integrado para a Efi cácia na Obtenção de Receitas

Fiscais

Descrição do Projecto:

O Sistema Electrónico Integrado para a Efi cácia das Receitas Fiscais tem por

missão promover o pagamento voluntário dos impostos e cobrar as dívidas

dos contribuintes incumpridores. Assenta na desmaterialização dos proces-

sos, na automatização das tarefas e procedimentos, na multiplicação dos

canais de comunicação, dos contactos e da interacção com os contribuin-

tes, e na utilização da Internet como interface relacional entre a DGCI e os

contribuintes.

O sistema desencadeia de forma automática e sistemática todos os proce-

dimentos previstos na Lei para os casos de incumprimento dos deveres de

Page 157: Download VI Livro BPSP

161

Categoria 4

Gestão Financeira

pagamento de impostos. Integra 8 sistemas informáticos integrados que

funcionam em rede entre si e com os restantes sistemas da DGCI, para que

tenham autonomia para tramitar os processos até ao seu fi m mediante im-

pulsos electrónicos.

Foi ainda implementada uma rede de obtenção de dados de entidades exter-

nas (cerca de 600.000 entidades) e de todas as bases de dados da DGCI.

As comunicações com os contribuintes e entidades terceiras foram total-

mente automatizadas e multiplicaram-se os canais de comunicação à Inter-

net, ao e-mail, permitindo-se o pagamento de dívidas em todos os 371 Servi-

ços de Finanças, nos CTT, nos bancos, em qualquer caixa Multibanco e no

home-banking da Internet.

Benefícios do Projecto:

• Aumentou a aceitação social do sistema e o cumprimento voluntário;

• Aumentou a equidade fi scal e a justiça na distribuição da carga fi scal;

• Aumentou a efi ciência da economia, diminuindo-se fortemente as dis-

torções na concorrência geradas pela evasão fi scal;

• Aumentou a efi cácia do Estado sobre as cerca de 560.000 pessoas que

não pagavam anualmente os seus impostos em cada ano;

• Diminuiu a perda de receita gerada pela falta de pagamento voluntário

dos impostos, que era de 4.2 mil milhões de euros em 2005 (54% da

receita do IRS e 2,7% do PIB desse ano) e passou para 3,1 mil milhões

em 2007 (34% da receita do IRS e 1,9% do PIB desse ano), invertendo a

tendência constantemente crescente até 2005;

• Diminuiu a taxa de incobrabilidade das receitas fi scais, passando em 3

anos de 10,2% para 4,2%;

• Sedimentou-se na opinião pública um sentimento de que o sistema fi s-

cal funciona e é efi caz com os incumpridores e isso aumentou a sen-

sibilidade social perante a justiça na distribuição da carga fi scal. Para

os contribuintes cumpridores o sistema tornou-se mais justo, tornando

desnecessários novos aumentos das taxas dos impostos;

• Aumentou a motivação dos cerca de 2.000 funcionários da DGCI que

em 2 anos se adaptaram às novas tecnologias, foram libertos de tarefas

rotineiras para funções de elevado cariz técnico e adquiriram a percep-

ção de que a DGCI consegue agora combater efectivamente a evasão e

o incumprimento fi scais;

Page 158: Download VI Livro BPSP

162

• Envolveu mais de 750.000 devedores e mais de 600.000 entidades pú-

blicas e privadas que colaboram com a DGCI no fornecimento da infor-

mação que serve de suporte ao sistema, bem como de 65.000 entidades

interlocutoras na efectivação de penhoras e controlos externos;

• Diminuíram-se drasticamente os custos de contexto, eliminou-se prati-

camente toda a extensa burocracia que estava associada ao sistema;

• Diminuiu drasticamente a taxa de erros e inefi ciências, para valores in-

signifi cantes (0,07% em 2007);

• A acção da DGCI sobre os devedores passou a ser sistemática e transpa-

rente e não errática nem discricionária;

• O país passou a dispor de uma base de dados de informação sólida e

fi ável.

Page 159: Download VI Livro BPSP

Categoria 4

Gestão Financeira

163

Nomeados

IRN – Instituto dos Registos e do Notariado, IP em

conjunto com o ITIJ – Instituto das Tecnologias de

Informação na Justiça, IP, a DGVI – Direcção-Geral

dos Impostos, a DGITA – Direcção-Geral de Informá-

tica e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros,

o INE – Instituto Nacional de Estatística e o Banco

de Portugal.

Nome do Projecto: Informação Empresarial Simplifi cada

Missão da Entidade:

O IRN, I P, tem por missão executar e acompanhar as políticas relativas

aos serviços de registo, tendo em vista assegurar a prestação de serviços

aos cidadãos e às empresas no âmbito da identifi cação civil e do registo

civil, de nacionalidade, predial, comercial, de bens móveis e de pessoas

colectivas, bem como assegurar a regulamentação, controlo e fi scalização

da actividade notarial.

Descrição do Projecto:

A IES – Informação Empresarial Simplifi cada, consiste numa nova forma de

entrega, por via electrónica e de forma totalmente desmaterializada, de obri-

gações declarativas de natureza contabilística, fi scal e estatística.

Antes da implementação do projecto IES, as empresas estavam obrigadas a

prestar a mesma informação sobre as suas contas anuais a diversas entidades

públicas, através de meios diferentes:

• Depósito das contas anuais e o correspondente registo, em papel,

junto das conservatórias do registo comercial;

• Entrega da declaração anual de informação contabilística e fi scal ao

Ministério das Finanças (Direcção Geral dos Impostos);

• Entrega da informação anual de natureza contabilística sobre as suas

contas ao INE para efeitos estatísticos;

Page 160: Download VI Livro BPSP

164

• Entrega da informação anual de natureza estatística sobre as suas con-

tas ao Banco de Portugal.

No essencial, o cumprimento de cada uma destas obrigações implicava para

as empresas a necessidade de transmitir informação substancialmente idên-

tica sobre as suas contas anuais a quatro entidades diferentes e através de

quatro meios diferentes.

Com a criação da IES, toda a informação que as empresas têm de prestar

relativamente às suas contas anuais passou a ser transmitida num único mo-

mento e perante uma única entidade, através do preenchimento de formu-

lários únicos submetidos por via electrónica, aprovados pela Portaria n.º

208/2007, de 16 de Fevereiro, alterados para o ano/exercício de 2007 atra-

vés da Portaria n.º 8/2008, de 3 de Janeiro. Esses formulários estão disponí-

veis nos seguintes sítios Internet: www.ies.gov.pt, www.e-fi nancas.gov.pt,

e www.dgci.gov.pt .

Assim, com a criação da IES, estabelece-se uma nova forma de entrega da

informação respeitante ao cumprimento destas 4 obrigações legais.

Benefícios do Projecto:

O projecto IES tem associados os seguintes benefícios:

• A vida das empresas torna-se mais simples: passam a cumprir-se 4 obri-

gações com o envio de um formulário único, evitam-se deslocações e

elimina-se a entrega de documentos em papel;

• Reduzem-se custos para as empresas: com a IES, o registo da prestação

de contas é menos dispendioso. Por outro lado, as empresas poupam

em deslocações e na produção de documentos em formatos diferentes

para 4 entidades públicas;

• Contribui para que a Economia portuguesa se torne mais competitiva

e transparente: passa a existir mais informação sobre o mercado portu-

guês e a informação passa a ser mais actual, porque é disponibilizada

mais rapidamente;

• Informação estatística sobre a universalidade das empresas: permite uma

visão mais fi dedigna e completa da evolução da economia nacional.

Page 161: Download VI Livro BPSP

MençãoHonrosa Especial

Page 162: Download VI Livro BPSP

166166

Venc

edor

es

GRUPO ENTIDADE PROJECTO DISTRITO PRÉMIO

Instituições

de Saúde

Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Acompanhamento do prematuro no domicílio

PortoMenção Honrosa Especial

Instituições

de Saúde

Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Monitorização e di-vulgação da Ecologia Hospitalar

PortoMenção Honrosa Especial

Instituições

de Saúde

Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Optimização e Centra-lização de MCDT Porto

Menção Honrosa Especial

Instituições

de Saúde

Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Prescrição Electrónica PortoMenção Honrosa Especial

Page 163: Download VI Livro BPSP

167

Menção Honrosa Especial

ULSM – Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE

Nome do Projecto: Acompanhamento do prematuro ao domicílio

• Missão da Entidade:

Identifi car as necessidades em saúde da população do concelho de Matosi-

nhos e dar-lhes uma resposta integrada, oferecendo um contínuo de cuidados

e serviços, disponíveis através de uma rede de serviços de fácil acesso e cir-

culação que permitam ganhos em saúde, com uma efi ciência técnica e social

de nível superior.

• Descrição do Projecto:

A equipa de enfermagem do Serviço de Neonatologia da ULSM realizou um

trabalho de investigação sobre a “Caracterização da satisfação dos pais quan-

to à assistência de Enfermagem em Neonatologia”, que permitiu identifi car

algumas necessidades e difi culdades sentidas no momento da alta, assim

como os diversos contactos telefónicos efectuados pelos pais nas primeiras

24 horas após a alta, vindas ao Hospital sem justifi cação patológica, alguns

reinternamentos e a verbalização de sentimentos de insegurança e ansieda-

de dos pais, nos cuidados a ter com o seu bebé no domicílio.

Page 164: Download VI Livro BPSP

168

Neste sentido, a equipa de Enfermagem da ULSM procurou modelos de cui-

dados que minimizassem os efeitos da hospitalização e simultaneamente

preparassem os pais para a prestação dos cuidados familiares no domicílio.

Foi assim criado o projecto de trabalho “Parceria de cuidados no acompa-

nhamento do prematuro no domicílio”, que consiste no apoio domiciliário

aos prematuros.

• Benefícios do Projecto:

• Partilha de conhecimentos das duas áreas de cuidados (Hospitalares e

Primários);

• Diminuir a ansiedade dos pais;

• Readaptar os ensinos efectuados durante o internamento à realidade

familiar;

• Facilitar a acessibilidade no acompanhamento destas famílias no Centro

de Saúde;

Para além do envolvimento dos Enfermeiros, este projecto permite tam-

bém maior satisfação e segurança de toda a equipa Médica do Serviço

de Neonatologia, para antecipação da alta com menos de 2000gr, e es-

paçamento da primeira

consulta médica após alta.

O projecto permitiu assim

a redução do tempo de in-

ternamento, em média seis

dias de internamento por

cada prematuro, com as

consequentes vantagens

em termos de sociais e

humanos. Em termos eco-

nómicos, esta redução de

seis dias de internamento,

em média, por cada pre-

maturo, pela possibilidade

de alta a bebés prematuros

com peso maior ou igual a

1700gr, permitiu à ULSM

economizar €177.905.

Page 165: Download VI Livro BPSP

169

Menção Honrosa Especial

Nome do Projecto: Optimização e Centralização de MCDT

• Descrição do Projecto:

A ULSM vinha constatando a exis-

tência de um montante signifi -

cativo de Subcontratos de Meios

Complementares de Diagnóstico e

Terapêutica (MCDT). A título ilustrati-

vo, esse montante ascendia em 2005

a €15,7M, gerada em 85%, na consul-

ta. Por outro lado, a capacidade ins-

talada de MCDT (no HPH – Hospital

Pedro Hispano), tinha também uma

dimensão económica considerável

(€11,9M). Assim, as necessidades de

MCDT ascendiam a cerca de 22,7%

do orçamento anual de exploração

da ULSM, sendo 12,9% relativos a

subcontratos. Constatou-se que essa

percentagem tinha crescido cerca

de 20% entre 2002-05. Para além disso, os processos de conferência desta

facturação eram levados a cabo pela Sub-Região de Saúde do Porto (SRS Por-

to). Por fi m, há que sublinhar que o fi nanciamento dos Cuidados primários,

assegurados pela ULSM, é fi xo, desde 2002, o que absorve quaisquer raciona-

lizações que a ULSM alcançasse.

Considerando este contexto foi iniciado, em Outubro de 2006, o projec-

to de “Centralização e optimização de MCDT”. Este assentou em três eixos

fundamentais: racionalidade económico-fi nanceira, criação de processos de

conferência (para as situações anteriormente asseguradas pela SRS Porto) e

agilidade administrativa via sistemas de informação, o que permitiu, entre

outros: o alargamento da internalização de MCDT, até ao limite da capacida-

de instalada no HPH (sobretudo Patologia clínica e Imagiologia); a optimiza-

ção da subcontratação, nomeadamente na Oxigenoterapia (novo Concurso);

e a Prescrição Electrónica.

Page 166: Download VI Livro BPSP

170

• Benefícios do Projecto:

Os principais benefícios foram o impacto positivo no desempenho econó-

mico-fi nanceiro, com libertação de recursos signifi cativos, que são impor-

tantes quer para aumentar a quantidade e qualidade da actividade assisten-

cial, quer para investir em projectos que garantam a sustentabilidade da ULS

de Matosinhos. Em termos anuais, em 2007 reduziram-se os encargos com

subcontratos em cerca de 16% (montante superior a 2,5 M) face a 2006. No

caso particular da Oxigenoterapia, a diminuição de custos ascendeu a 40%, e

a expectativa é de que continue a diminuir em 2008. Ao nível da actividade

assistencial, de 2006 para 2007, aumentaram 4% as Consultas hospitalares,

33% as sessões de Hospital de Dia e 226% a produção de GDH de ambulató-

rio (cirúrgicos e médicos).

Por outro lado, criaram-se condições de gestão integrada de recursos, que

pressionaram aumentos de produtividade e efi ciência, em vários Serviços,

de MCDT: cerca de 20% na Medicina Física e de Reabilitação, cerca de 7% na

Imagiologia, cerca de 3% na Imuno-hemoterapia, e cerca de 1% na Patologia

clínica (o nível de produção era já bastante elevado). Esta gestão integrada

de recursos foi potenciada pela informação disponibilizada aos Centros de

Saúde, quanto à actividade e agenda dos serviços de MCDT hospitalares.

Com o projecto foi ainda benéfi co o acréscimo de controlo e informação, no

âmbito dos processos de conferência (base para que a optimização se torne

um processo contínuo). No âmbito dos processos de conferência e controlo

interno implementados, foram detectadas diversas situações irregulares, en-

tretanto comunicadas às entidades competentes. Este facto signifi ca minimi-

zar o grau de desperdício na Saúde, algo que é consensualmente desejável.

Tornando-se obrigatória a prescrição em formato electrónico, que nos Cui-

dados Primários já abrange 99,9 % dos profi ssionais, favoreceram-se as con-

dições para a criação de processo único electrónico e a tele-medicina, com

todas as vantagens que daí resultam.

Page 167: Download VI Livro BPSP

171

Menção Honrosa Especial

Nome do Projecto: Prescrição Electrónica

• Descrição do Projecto:

A actividade clínica de prescrição

terapêutica era elaborada manual-

mente pelos médicos, utilizando

formulários em papel. Eram neces-

sárias 3 vias: uma para o processo

clínico, outra para os Enfermeiros e

a última para a Farmácia. O acesso

pelos Enfermeiros à 2ª via era efec-

tuado presencialmente e a 3ª via era

fi sicamente transportada por um

Auxiliar e dependia do destacar da

mesma pelos Enfermeiros. Tanto os

Enfermeiros como os Farmacêuticos

dedicavam então uma quantidade

considerável de tempo na transcrição da informação da folha de terapêuti-

ca para os respectivos sistemas informáticos, usados no âmbito da respecti-

va actividade. Os Serviços Farmacêuticos são responsáveis pela elaboração

do perfi l fármaco-terapêutico do doente, preparação e respectivo envio da

medicação individualizada, diária, em dose unitária. Quanto às prescrições

médicas, havia ainda o problema da diversidade de terapêuticas para os mes-

mos diagnósticos, o que impedia que fossem alcançadas as melhores condi-

ções negociais com os respectivos fornecedores de fármacos.

Assim, o projecto, iniciado em fi nais de 2005, consistiu numa mudança de

processos, apoiada numa solução informática integrada, que veio eliminar

os problemas mencionados. A integração de dados permitiu a ligação das

aplicações já usadas na Farmácia e pelos Enfermeiros.

• Benefícios do Projecto:

Desde logo foram eliminados os problemas de tempo dispendido em inter-

pretar e transpor informação das folhas de terapêutica para as aplicações

informáticas. Essa prática, além de ter pouco valor acrescentado, acarretava

riscos que desta forma foram minimizados ou eliminados.

Page 168: Download VI Livro BPSP

172

Passou a haver um controlo inexistente até então: quando são necessários

esclarecimentos, ou responsabilizações por erros na prescrição, passa a ser

sempre possível a identifi cação do médico prescritor (através do uso de

password individual), do farmacêutico que dispensou o fármaco, e do enfer-

meiro que o administrou.

Relativamente ao tempo libertado em relação aos Enfermeiros, tornou-se

possível eliminar um conjunto signifi cativo de acumulações de horários,

contribuindo para uma melhor distribuição de recursos institucionais e um

efi caz controlo orçamental dos custos com pessoal. Por outro lado, ao nível

dos Farmacêuticos, aumentou-se o value-for-money empregue.

Passou também a ser possível assegurar tarefas de maior valor acrescentado,

em maior benefício dos utentes, tais como identifi cação, prevenção e elimi-

nação dos problemas relacionados com o uso dos medicamentos (PRM) nas

situações em concreto.

Page 169: Download VI Livro BPSP

173

Menção Honrosa Especial

Nome do Projecto: Monitorização e divulgação da ecologia hospitalar

• Descrição do Projecto:

Os antibióticos constituíram um avanço muito importante na medicina. No

entanto, os seus benefícios começam a ser cada vez mais limitados pelas

resistências que os microrganismos desenvolvem como resposta à pressão

exercida pela utilização crescente de antibióticos.

A decisão sobre a antibioterapia a escolher baseia-se em três vectores: o

doente, os microrganismos e os antimicrobianos. Quanto aos doentes, assu-

mem relevância os factores que infl uem claramente na selecção dos micror-

ganismos e portanto condicionam a opção terapêutica.

A selecção da antibioterapia depende do agente patogénico causador da

infecção, mas, na maioria das vezes, os resultados dos exames microbioló-

gicos são ainda desconhecidos aquando da prescrição, que terá, portanto,

de ser empírica. É, por conseguinte, necessário conhecer a epidemiologia,

manifestações clínicas e microrganismos causais mais frequentemente asso-

ciados a cada síndrome. A terapêutica deve ser fundamentada em conceitos

e normas genéricas que estejam baseadas, não só numa revisão actualizada

da literatura, mas também nos padrões epidemiológicos, de prevalência e de

resistência microbiana locais, inerentes a cada Unidade.

Page 170: Download VI Livro BPSP

174

Existem vários estudos que confi rmam que a utilização precoce de antibió-

ticos adequados ao tratamento de infecções graves adquiridas em ambiente

hospitalar é um dos factores mais importantes determinantes da boa evolu-

ção do doente. Em ambiente hospitalar, há uma elevada incidência destas,

com frequente utilização de antibióticos de largo espectro e elevado risco

de indução de microrganismos multiresistentes.

• Benefícios do Projecto:

Há uma série de medidas institucionais que podem ser levadas a cabo e que

contribuem para uma menor e melhor utilização de antibióticos como é o

caso das orientações para utilização de antibióticos em determinadas pato-

logias, num contexto específi co e baseadas no conhecimento epidemiológi-

co e microbiológico da comunidade e da instituição.

A detecção e o registo do perfi l de sensibilidade aos antibióticos dos mi-

crorganismos mais prevalentes em ambiente hospitalar e da comunidade,

a sua divulgação via Inter-

net e a distribuição pelos

médicos da ULSM dum

folheto de bolso plasti-

fi cado de fácil consulta

daqueles dados visam aju-

dar a uma prescrição anti-

biótica mais adequada. O

objectivo era maximizar

a efi cácia do tratamento

da infecção e simultanea-

mente minimizar a selec-

ção de microrganismos

resistentes, através da uti-

lização racional de antimi-

crobianos.

Visavam também salientar

que, mesmo que já estejam

estabelecidas determina-

das resistências no hospi-

tal, é possível fazê-las regre-

{ESTIRPES DA COMUNIDADE

MAIS PREVALENTES}

(Percentagem de susceptibilidade)

922 137 96 85 134 126

48 56 100

11 100

85 91 94 61 100

87 78 95

98 84 100

98 84 100 88

98 95 100 82

100 100 100 93

98 99 99 100

93 85 91 94 98 84

94 26 98 98

76 82 60 99

80 77 74 88 58 86

100

Esch

eric

hia

coli

(94%

urin

ária

s)

Kleb

siella

pne

umon

iase

(93%

urin

ária

s)

Stra

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s(4

7% d

e fe

ridas

)

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(89%

urin

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s)

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3% u

rinár

ias)

Pseu

dom

onas

aeru

gino

sa(4

9% d

e fe

ridas

)

An

tib

ióti

cos

Total de Estirpes

Beta-lactâmicos

Ampicilina

Penicilina

Amoxicilina-Ac. clavulânico

Oxacilina

Cefuroxima - Acetil

Cefotaxima

Ceftazidima

Piperacilina - Tazobactam

Imipenem

Amicacina

Gentamicina

Nitrofurantoína

Cotrimoxazol

Ciprofl oxacina

Vancomicilina

Aminoglicosídeos

Outros

« 50% de sensibilidadeentre 50 e 85% de sensibilidade≥ 85% de sensibilidadeResistências naturais

Page 171: Download VI Livro BPSP

175

Menção Honrosa Especial

dir, com a adesão de todo o pessoal às medidas gerais de controlo de infecção.

Consciente da mobilidade dos doentes, e de que a informação acerca da

“Ecologia microbiana hospitalar” existente no Concelho de Matosinhos, po-

derá ser útil a todas as Instituições onde os doentes residentes em Matosi-

nhos sejam assistidos, uma vertente pioneira e inovadora do projecto, a nível

nacional, consiste na divulgação dos dados, devidamente analisados, na sua

página da Internet (http://www.ulsm.pt/patologiaclinica/). Só assim se con-

segue uma diminuição das resistências, com consequentes benefícios em

termos de diminuição da mortalidade, morbilidade, tempo de internamento

e custos económicos das doenças infecciosas.